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Marés fortes, Estados fracos

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STATE BUILDING & STATE FRAGILITY

Patrícia Santos Rita Costa

Simão Barbosa Abril de 2020

Uma análise da fragilização e adaptabilidade estatal aos impactos das

alterações climáticas aplicada à Papua Nova Guiné e ao Tuvalu

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2 Índice

Resumo………. 3

Introdução... 4

Ameaça física... 5

Capacidade estatal e alterações climáticas... 6

Papua Nova Guiné... 8

Tuvalu... 12 Conclusão... 15 Anexos... 16 Bibliografia... 19

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Resumo

No contexto actual, os Estados enfrentam um número crescente de ameaças de carácter global, entre as quais as alterações climáticas. Assim, face a um perigo tão abrangente como este, torna-se essencial reflectir sobre o seu papel como “multiplicador de ameaças” (OCDE, 2018), entendendo os possíveis efeitos no Estado, na sua estabilidade e na sua sustentabilidade. No contexto deste artigo, decidimos analisar dois Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) - Tuvalu e Papua Nova Guiné. Estes Estados são inerentemente vulneráveis devido às suas características naturais, factores estes que se agravam perante as suas condições internas frágeis. Este fenómeno tem diversas repercussões das quais destacamos, para fins de análise, a subida do nível das águas do mar. Deste modo, ao longo deste escrito, procuramos clarificar a relação existente entre fragilidade e problemáticas ambientais incidindo, nomeadamente, sobre as políticas de adaptação e mitigação destes dois países singularmente em risco.

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Introdução

No contexto actual, os Estados enfrentam um número crescente de ameaças de carácter global, entre as quais as alterações climáticas. Apesar da evidente necessidade de acção conjunta para combater este tipo de ameaças, o Estado continua a ser a principal célula de organização e resposta. Deste modo, face a uma ameaça tão abrangente como as alterações climáticas, torna-se essencial reflectir sobre o seu papel como “multiplicador de ameaças” (OCDE, 2018), entendendo os possíveis efeitos no Estado, na sua estabilidade e sustentabilidade.

É evidente que o risco causado pelas alterações climáticas não se manifesta uniformemente, verificando-se duas tendências segundo as previsões actuais. Primeiro, alguns Estados serão consideravelmente mais afectados que os restantes e, segundo, os Estados com maior risco de serem afectados são, no geral, os que menor capacidade têm de fazer frente à ameaça, tratando-se na sua maioria de Estados em desenvolvimento.

No contexto deste artigo, decidimos analisar dois Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) - Tuvalu e Papua Nova Guiné. Os SIDS, apesar de diversos, partilham características que os tornam particularmente vulneráveis às alterações climáticas, como a concentração de população, de actividades socioeconómicas e de infra-estruturas nas zonas costeiras; a dependência dos recursos aquáticos; a existência de recursos naturais limitados e capacidade financeira, técnica e institucional insuficiente (UNFCC, 2005). A característica natural mencionada dos países em desenvolvimento agrava-se no caso de Estados frágeis, como é o caso de ambos os paíagrava-ses escolhidos (OCDE, 2018; Banco Mundial, 2020).

Focaremos a nossa análise, portanto, na resposta destes Estados às alterações climáticas, particularmente à subida do nível médio do mar, com o objectivo de analisar a vulnerabilidade e a capacidade de adaptação dos aparelhos estatais à ameaça. Ao longo deste artigo referimo-nos a vários conceitos essenciais, que definimos da seguinte forma:

Mitigação é definida pelo Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) como “uma intervenção humana para reduzir as fontes ou aumentar a captura de gases de efeito de estufa”1 (IPCC, 2014, p. 125).

Adaptação trata-se do “ajustamento nos sistemas naturais ou humanos como resposta a estímulos climáticos verificados ou esperados, que moderam danos ou exploram oportunidades benéficas” (Agência Portuguesa do Ambiente, n.d.). Capacidade de adaptação ou adaptabilidade, por sua vez é a “capacidade de sistemas, instituições, humanos e outros organismos de se adaptarem a danos potenciais, de explorarem

1 “A human intervention to reduce the sources or enhance the sinks of greenhouse gases (GHGs).” - Tradução livre dos autores.

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5 oportunidades ou de responderem às consequências”2 (IPCC, 2014, p. 118). Deste modo,

torna-se claro que a capacidade de adaptação nem sempre se traduz em acção, pelo que a adaptação efectiva pode ser bem inferior à que seria possível se maximizada a capacidade de adaptação.

Vulnerabilidade é definida como “a propensão ou predisposição de ser afectado adversamente. Por sua vez, engloba uma variedade de conceitos e elementos incluindo a sensibilidade ou susceptibilidade ao dano e a falta de capacidade de superação e adaptação”3 (IPCC, 2014, p. 128).

Finalmente, resiliência, ou seja, “a capacidade dos sistemas sociais, económicos e ambientais de superação de eventos, tendências ou perturbações perigosas, de resposta ou reorganização de formas que mantenham as suas funções, identidades e estruturas essenciais, enquanto se mantém também a capacidade de adaptação, aprendizagem e transformação”4 (IPCC, 2014, p. 127).

Ameaça física

É possível distinguir entre dois tipos de ameaças climáticas: os eventos extremos (e.g furacões, ondas de calor, ciclones) e mudanças ambientais a longo prazo (e.g. aumento da temperatura, subida do nível da água do mar). Neste artigo, escolhemos focar-nos no segundo grupo, particularmente na subida do nível médio do mar, por se tratar de um evento a longo prazo e com alto grau de confiança sendo, por isso, os planos de acção dos decisores políticos mais facilmente analisáveis. No entanto, esta escolha dá-se apenas para simplificar a análise, sendo essencial clarificar que todo o espectro de ameaças está estreitamente conectado, reforçando-se mutuamente. Segundo o IPCC:

“For example, accelerating sea level rise will combine with storm surges, tides and waves to generate to extreme sea level events that affect flooding, shoreline changes and salinisation of soils, groundwater and surface waters. Sea level rise will also combine with ocean warming to accelerate permafrost thawing in the Arctic.”5 (IPCC, 2019, 659)

2 “The ability of systems, institutions, humans and other organisms to adjust to potential damage, to take advantage of opportunities, or to respond to consequences.” - Tradução livre dos autores.

3 “The propensity or predisposition to be adversely affected. Vulnerability encompasses a variety of concepts and elements including sensitivity or susceptibility to harm and lack of capacity to cope and adapt.” – Tradução livre dos autores.

4 “The capacity of social, economic and environmental systems to cope with a hazardous event or trend or disturbance, responding or reorganizing in ways that maintain their essential function, identity and structure, while also maintaining the capacity for adaptation, learning and transformation.” - Tradução livre dos autores. 5 Em português: “Por exemplo, a aceleração da subida do nível do mar irá combinar-se com marés de tempestade, gerando eventos do nível do mar extremos que afetam cheias, mudanças na linha da costa e a salinização dos solos, águas subterrâneas e águas superficiais. A subida do nível do mar também se combinará com o aquecimento dos oceanos acelerando o degelo do permafrost no Ártico.” – Tradução livre dos autores.

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6 De acordo com as projecções do Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (2014), o nível médio das águas do mar subirá, na melhor das hipóteses, entre 26 e 55 centímetros e, na pior, entre 45 e 82 centímetros, até ao fim do século XXI. Este fenómeno não será proporcional em todas as zonas do globo, apontando as previsões para um Pacífico particularmente afectado (IPCC, 2014).

Ambos os Estados analisados se encontram nesta zona de maior risco. No caso da Papua Nova Guiné entre 50 a 80% da área terrestre encontra-se a menos de um metro acima do nível médio da água do mar e, por isso, em risco iminente de submersão, sendo que 25% das zonas costeiras do país já foram inundadas (UNFCC, 2005). Tuvalu, por sua vez, tem uma altitude média de 1,83 metros acima do nível do mar, sendo a altura máxima inferior a 3 metros. (German Watch, 2004) O caso destas pequenas ilhas tem sido polémico, uma vez que, na verdade, algumas ilhas do Estado arquipélago têm ganho área apesar da subida do nível do mar (National Geographic, 2015; IPCC, 2014). No entanto, isto não significa que as ilhas estejam a salvo:

“It has, however, been argued that the capacity of some atoll islands to maintain their land area by naturally adjusting to sea level rise could be reduced in the coming decades (low evidence, high agreement). Indeed, the projected combination of higher rates of sea level rise (Sections 4.2.3.2, 4.2.3.3 and 4.2.3.5), increased wave energy (Albert et al., 2016; see also Section 6.3), changes in storm wave direction (Harley et al., 2017), as well as the impacts of ocean warming and acidification on the reef system (Quataert et al., 2015; Hoegh-Guldberg et al., 2018), is expected to shift the balance towards more frequent flooding and increased erosion (Sections 4.3.3, 5.3.3).”6 (IPCC, 2019, pág 663)

Capacidade estatal e alterações climáticas

Como já referido anteriormente, as alterações climáticas funcionam como um multiplicador de ameaças. Deste modo, os fenómenos a si associados agravam as fragilidades e problemáticas já sentidas pelos Estados e suas comunidades. Prevêem-se problemas como a escassez de água potável, dificuldades na agricultura, destruição de infraestruturas, aumento da incidência de doenças tropicais, entre outras (UNFCC, 2005; Gilman, Randall, & Schwartz, 2011). Além dos desafios a longo termo, que necessitam de estratégias a longo prazo, as alterações climáticas aumentam a probabilidade e intensidade de fenómenos extremos decorrentes normalmente, como cheias, furacões e secas. Estes

6 Em português: “Tem sido, no entanto, proposto que a capacidade de algumas ilhas atóis de manterem a sua área terrestre através do ajustamento natural à subida no nível do mar poderá reduzir-se nas próximas décadas (confiança baixa, muito provável). Na verdade, espera-se que a projeção combinada de níveis mais altos de subida do nível do mar, aumento da energia das ondas, mudanças na direção de ondas de tempestade, assim como os impactos do aquecimento dos oceanos e a acidificação do sistema de corais, conduza a alterações do equilíbrio no sentido de inundações mais frequentes e um aumento da erosão.” - Tradução livre dos autores.

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7 fenómenos contribuem para a fragilização dos Estados e para uma diminuição da capacidade de resiliência (O’Brien, O’Keefe, Rose, & Wisner, 2006). Ainda mais:

“The relationship between disasters and fragility is frequently mutually reinforcing. Disasters place additional stresses on already overburdened governments. They also displace large volumes of people, reduce economic opportunities and shift access to resources. A lack of structural and individual coping mechanisms, such as social safety nets, insurance mechanisms and social networks to support migration, can fuel grievances.”7

(OCDE, 2018, p. 61)

Para fazer face às alterações climáticas os Estados necessitam de mobilizar recursos, quer para estratégias de adaptação como mitigação. Em Estados em desenvolvimento e contextos frágeis com capacidade estatal limitada, nos quais os SIDS se enquadram, as tendências climáticas a longo prazo, com o agravamento pela mais frequente ocorrência de fenómenos extremos, podem levar, em alguns casos, a uma sobrecarga do aparelho estatal, comprometendo outras funções essenciais do Estado e deixando-o mais dependente do exterior e, daí, ainda mais frágil (Biermann & Dingwerth, 2004; Gilman et al., 2011).

7 Em português: “A relação entre desastres e fragilidade é frequentemente reforçada mutualmente. Os desastres colocam stress adicional nos governos já sobrecarregados. Além disso, levam ao desalojamento de uma grande quantidade de pessoas, reduzem oportunidades económicas e deslocam o acesso a recursos. A falta de mecanismos de subsistência, com redes de segurança social, mecanismos de seguros e de redes sociais, para apoiarem a migração podem alimentar ressentimentos.” – Tradução livre dos autores.

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Papua Nova Guiné

A Papua Nova Guiné surge como o 18º país mais vulnerável do mundo8 o que,

paralelamente, faz com que a mesma seja menos diligente no que a agir perante situações urgentes diz respeito. Não obstante, medidas tem tomado no sentido de gerenciar possíveis agruras e iminentes impasses. Para isso, implementou o “National Environment and Disaster Mitigation Programme”9. Um programa assente numa lógica de formulação, monitorização

e avaliação de práticas, de acções e de políticas e permitindo a garantia de um financiamento e investimento de actividades em direcção ao suprimento das suas necessidades e à percepção do risco que uma circunstância adversa pode exigir. Desta forma, procura conciliar uma intervenção política com uma sensibilização da opinião pública e uma assistência interna e externa tendo como fastígio a prevenção do desastre e/ou a mitigação dos infortúnios. Podemos também tomar como exemplo a iniciativa “A Step Ahead”10 que pretende criar uma rede de stakeholders sob um plano nacional estratégico,

oferecendo às diferentes comunidades da PNG uma atmosfera mais segura e sustentável para se viver.

Antes de mais, não podemos esquecer que Papua, localizada no Círculo de Fogo do Pacífico e na região da Melanésia, é o maior e mais populoso país neste mesmo oceano11 o

que, por isso, leva a que processos cujo prelúdio tanto é lento (como secas, fortes geadas, erosões costeiras, subida do nível médio das águas ou salinização) como rápido (leia-se, ciclones, inundações, erupções vulcânicas, terramotos, deslizamentos de terra ou tempestades) sejam uma verdade duradoura. Por ora, a PNG apresenta um IDH baixo, integrando a lista de Estados Frágeis da OCDE em 201812.

Constituindo-se como o lar da terceira maior área do mundo de floresta tropical, a proximidade ao equador faz com que o seu meio seja controlado por massas de ar húmidas e quentes. Por sua vez, este clima de monção faz com que as altas temperaturas sejam uma constante durante o ano todo, associadas a chuvas intensas. Paradoxalmente, varia de ano para ano devido à oscilação El Niño-Sul (subdividido em três fases, nomeadamente a El Niño mais seca; a La Niña mais húmida; e a fase neutra13). Com o crescimento da temperatura

média, com o aumento do nível médio das águas do mar14, com o incremento da

acidificação do oceano, com a intensificação dos ciclones tropicais e com as mudanças de padrões de chuva, assiste-se à construção de uma nova imagem de Papua em que o próprio fotógrafo tenta a não criação da mesma. É certo que a dependência perante certos recursos, o isolacionismo dos seus mercados, as importações, a pobreza relativa e a

8 (University of Notre Dame, 2020) 9 (Barter)

10 (Barter)

11 (Asian Development Bank, 2011) 12 (OECD, 2018)

13 (Pacific Climate Change Science Program, 2011) 14 (IPPC, 1995)

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9 crescente urbanização e a fragilidade dos ecossistemas não tem invalidado o lugar deste país no pelotão da frente na região em que se encontra.

Primeiramente, a existência de vastos recursos naturais em termos de disponibilidade de produtos agrícolas, depósitos minerais, florestas extensas, recursos pesqueiros e potencial hidroeléctrico, permitiram que a economia do país se expandisse nos últimos anos (havendo espaço à produção, sobretudo de petróleo e gás, conciliada com fortes exportações), tornando-se uma das de crescimento mais rápido na região do Pacífico-Sul. Ademais, a Papua Nova Guiné adquire o estatuto de cidadão global responsável15, no

âmbito do comprometimento com a redução das emissões globais, transfigurando-se numa economia de baixo carbono.

Adicionalmente, através do “Papua New Guinea Development Strategic Plan 2010/2030” é possível traçar uma linha de orientação estratégica que infere sobre o desenvolvimento do país, numa vertente ampla e integradora o que, para o caso, faz evidenciar a superintendência da sustentabilidade e dos recursos naturais renováveis16. Por

outro lado, a implementação do REDD+17 por meio da UNFCCC18 contribui para a priorização

de uma mais-valia variável do país, ou seja, o foco no uso da terra e o aproveitamento florestal a braço dado com a questão das populações indígenas e as migrações internas19.

Esta última questão tem vindo a ganhar valor, estendendo-se o nível de análise para outros factores independentes e inter-relacionados para lá do acima mencionado e criando-se refugiados climáticos20. Simultaneamente, a Visão 205021 demanda por uma resiliência

climática assentando no desenvolvimento socioeconómico e na adaptação das comunidades mediante a participação dos cidadãos (para isto, pode contar com o Climate Change Trust Fund22).

Sendo as zonas rurais mais acometíveis aos impactos do clima, a resposta procurada pela PNG acaba por enfrentar desafios que, de per si, se tornam difíceis de derrogar (sendo, para isso, fundamental o planeamento e desenvolvimento urbano em termos de política local)23. Por outro lado, a redistribuição e relocalização da população carece da

inevitabilidade de uma avaliação coordenada e sistemática na busca de soluções, aliando os governos, ONG’s e a sociedade civil ou outras Instituições24. Ainda assim, não existem dados

concretos organizadores destas migrações, o que acaba por ser exacerbado devido não só aos factores humanos (infra-estruturas precárias, serviços limitados e ineficazes e

15 (United Nations)

16 (Department of National Planning and Monitoring, 2010) 17 (Tebtebba Foundation, 2008)

18 Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima 19 (United Nations)

20 (Dryzek, John S. & Norgaard, Richard B. & Schlosberg David, 2012) 21 (IOM, 2015)

(United Nations) 22 (IOM, 2015) 23 (IOM, 2015) 24 (IOM, 2015)

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10 corrupção) mas também aos factores naturais (erosão do solo, perda de biodiversidade e secas ou inundações costumeiras).

Se quisermos definir a conduta da Papua Nova Guiné de acordo com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, a paz, a prosperidade e a segurança granjeiam o protagonismo naquilo que é designado de Segurança Humana25 em meios de resposta à

fragilidade característica e intrínseca ao seu ser enquanto país.

Por exemplo, em termos de segurança alimentar, a Papua personaliza um baixo valor relativamente a esta matéria, ainda que se destaque de forma positiva relativamente aos outros países do pacífico26. Em virtude disto, a ajuda do Banco Asiático de Desenvolvimento

segundo parâmetros de intervenção que vão desde a educação e a saúde até ao ambiente e a agricultura, une a possível cooperação regional a uma assistência de emergência27.

Em contrapartida, o caso paradigmático das Ilhas Carterets ressalva as ironias que as alterações climáticas podem ocasionar. Assim, estas Ilhas na PNG surgem entre as primeiras do mundo com refugiados climáticos. Por conseguinte, a realidade vivida dá aso a uma reacção controversa. Se por um lado, as mudanças no clima levaram a que estas pessoas abandonassem as suas casas para irem para estes campos, por outro lado, o acolhimento que suporiam a encontrar mostrou-lhes as feridas de um viver pobre e miserável, nomeadamente no que se refere às mulheres28. Aqui, o clima errático tem metamorfoseado

os sistemas agrícolas o que, por sua vez, leva a que as mulheres produzam pouco e vendam parcamente. Numa espiral depreciativa, a pobreza e a fome dão o mote para uma vida de desesperança, desamparo e fracasso. Também a violência contra o sexo feminino, a inacessibilidade à saúde ou a elevada mortalidade infantil expõem esta situação degradante. Todavia, deveres têm sido concretizados tais como a inclusão das pessoas indígenas nas políticas e medidas de decisão acerca das alterações climáticas ou as políticas específicas de género pressupondo a garantia dos direitos das mulheres no apoio sanitário, aos serviços de saúde e outros alusivos à temática do clima29 (e não esquecendo os

mecanismos internacionais tão cruciais para a efectiva mitigação e adaptação).

Por fim, é oportuno dar ênfase ao facto de que a Papua Nova Guiné não é um país só, pois as preocupações face às ameaças existenciais são compartilhadas com os seus congéneres no Pacífico. Num contínuo esforço de reduzir as emissões de combustíveis fósseis ao encontro da eficiência energética, o mesmo só valerá se existir financiamento adequado e previsível capaz de garantir o crescimento económico sustentável. Em Maio de 2015, o governo da PNG aprovara uma lei de mudança climática30 tornando-se a primeira

região do Pacífico a implementar uma lei no sentido tal de uma minimização dos efeitos das alterações climáticas. Destarte, alavancando-se as vantagens competitivas e a capacidade

25 (United Nations University Institute for Environment and Human Security, 2012) 26 (Asian Development Bank, 2011)

27 (Asian Development Bank, 2011) 28 (UNFCCC)

29 (UNFCCC) (IOM, 2015) 30 (United Nations)

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11 construtiva da Papua Nova Guiné (atente-se na sua riqueza natural e capital humano) por intermédio de investimento directo estrangeiro ou contribuições domésticas, é plausível traçar um destino que pode promover o desenvolvimento sustentável (nunca olvidando a incerteza de um futuro causada, verbi gratia, pelas secas e as inundações ou os danos aos recifes de coral).

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Tuvalu

Situado no Pacífico-Sul, na região da Polinésia, Tuvalu é um Estado constituído por nove ilhas, três das quais são ilhas de recife, sendo que as restantes seis são atóis. Com cerca de 11 mil habitantes e uma área total de 26 quilómetros quadrados, Tuvalu é o quarto Estado mais pequeno do mundo. Está classificado pelo World Bank como um Estado com alta fragilidade social e institucional e pelas Nações Unidas como um dos países menos desenvolvidos. De acordo com a UN, o país tem uma taxa de vulnerabilidade económica altamente elevada sendo que os seus cidadãos, em geral, são pescadores ou subsistem graças à produção agrícola. Para além disso, cerca de 80% da sua população com mais de 15 anos depende destas actividades. Por sua vez, a restante percentagem trabalha nos sectores público ou privado na capital Funafuti ou na ilha de Vaitupu, as duas ilhas mais urbanizadas do país.

Apenas três das suas ilhas, Nukufetau, Vaitupu e Nanumea, possuem lençóis de água subterrâneos sustentáveis, sendo que a grande maioria do abastecimento de água de Tuvalu é resultante da colecção de água da chuva. A localização do país é também relevante neste aspecto, visto que devido a se situar no Pacífico-Sul, o Tuvalu é altamente susceptível à oscilação El Niño-Sul. Os períodos de seca desta revelam-se catastróficos para Tuvalu, mesmo chegando a forçar o Estado a racionalizar o consumo de água dos seus cidadãos, como já aconteceu durante um período de seca em 2011.

Importa também salientar as dimensões geográficas de Tuvalu, que devido à sua altitude média de 1,83 metros acima do nível do mar e à sua largura máxima de 400 metros de uma costa à outra, dispõe de pouco território para plantações agrícolas e, ademais, é deveras vulnerável a cheias que podem comprometer as suas infra-estruturas e habitações, causadas pelas tempestades tropicais normalmente associadas à região em que se encontra. Um exemplo disto é o ciclone Pam que em 2015 forçou cerca de 45% da população tuvaluana a ser relocalizada.

Devido às condições previamente descritas, Tuvalu é um dos Estados mais vulnerabilizados pelas alterações climáticas, cuja sobrevivência urge ação climática imediata. Actualmente, o medo e incerteza causados pelas possíveis consequências futuras resultantes das alterações climáticas, levou muitos dos cidadãos tuvaluanos a emigrar. Cerca de um terço da população tuvaluana está neste momento a viver na Nova Zelândia e muitos dos que ainda vivem nas ilhas temem ter de se mudar também, podendo vir a ser refugiados climáticos num futuro não muito distante. Os problemas tuvaluanos resultantes do aquecimento global centram-se em três grandes áreas: a manutenção da costa e biodiversidade marítima, a produção agrícola e a garantia de abastecimento e qualidade da sua água.

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13 No que toca à manutenção da sua costa, não só se identificam problemas com a subida do nível do mar, que é de per si perigosa para um Estado com uma altitude média de 1,83 metros, como também vemos problemas no que toca à erosão costeira. Resultante do crescimento populacional do Tuvalu e consequente necessidade de construir habitações, existe uma crescente necessidade de recorrer às terras da costa para garantir esta habitação. Por seu turno, esta necessidade enfraquece o solo fazendo-o ficar mais vulnerável à erosão da costa. Isto revela-se altamente problemático quando associado com a maior frequência e intensidade de tempestades tropicais na zona do Pacífico que não só tem sido observada como também está prevista a aumentar devido às alterações climáticas. Estas tempestades mais intensas são responsáveis por erodir o solo costeiro, deixando as ilhas de baixa altitude mais vulneráveis a eventos como cheias. Relativamente à sua biodiversidade marítima, esta encontra-se cada vez mais comprometida, não só pela poluição local dos oceanos, que seria agravada pela erosão do solo e subsequente arrastamento de matérias poluentes para a água, mas também pelas consequências das alterações climáticas nos habitats de espécies marítimas, como os recifes de corais, os habitats de muitas das espécies das quais os tuvaluanos dependem para a sua subsistência. Além disto, o aquecimento global, a subida do nível do mar e subsequente erosão da costa representam também uma ameaça à produção agrícola tuvaluana. Aumentos de temperatura média e dióxido de carbono (CO2) têm consequências devastadoras sobre a produtividade dos seus cultivos e a biodiversidade da fauna local. Aparte estes factos, a própria subida do nível do mar é também uma ameaça à segurança alimentar das ilhas devido à salinização do solo e dos mantos de água subterrâneos. Isto é pernicioso para plantas como o taro, uma das fontes alimentares mais comuns, e outras espécies das ilhas devido à sua baixa tolerância ao sal. Acima de tudo, é também uma ameaça às fontes de água potável de Tuvalu, que por si só já são escassas.

Importa frisar que a água é, sem dúvida, um dos recursos naturais mais relevantes para o Tuvalu no contexto das alterações climáticas. A sua dependência de água da chuva e escassas fontes de água subterrânea fazem com que fenómenos como a salinização destes mantos de água se revelem altamente prejudiciais ao seu bem-estar neste aspecto. Para agravar ainda mais a situação, o aumento de intensidade de fenómenos climatéricos como a oscilação El Niño-Sul faz com que os períodos de seca sejam cada vez maiores para um Estado cuja dependência da água da chuva já é elevada e só virá a aumentar devido à salinização das suas águas.

Perante estas adversidades cabe ao Tuvalu, e também à comunidade internacional, a implementação de programas que visem amenizar os impactos da catástrofe climática emergente. Para isto, o Tuvalu já tem feito muito do que pode, implementando dois planos nacionais de acção para a adaptação (NAPA) desde 2007, focados em guiar o desenvolvimento do país no sentido de melhor se adaptar à subida do nível do mar. Além disso, as alterações climáticas são um assunto que pauta todas as áreas do seu plano nacional para o desenvolvimento sustentável, demonstrando o quão ciente o Estado está da sua situação e a sua vontade de tomar medidas pelas suas próprias mãos. Para além dos planos nacionais, o Tuvalu tem ainda o TCAP, o programa de adaptação costeira de Tuvalu,

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14 um programa implementado pelo governo Tuvaluano em parceria com o UN Development Programme e co-financiado pelo Green Climate Fund. No total, estão investidos cerca de 39 milhões de dólares em melhorar a resiliência da costa. No que concerne a apoios internacionais, o Tuvalu conta também com o PACC, um programa do UN Development Programme que se centra em garantir a adaptabilidade dos Estados do Pacífico. No Tuvalu, o problema principal identificado para resolução por este programa foi a questão da água potável. Neste sentido, os fundos da UNDP foram usados no desenvolvimento de infra-estruturas de armazenamento de água, como por exemplo, uma cisterna de 700,000 litros para as comunidades de Lofeagai e Funafuti, dois dos distritos mais afectados pelas secas.

A dependência de apoios e parcerias internacionais para a adaptabilidade fragiliza em muito as capacidades internas de adaptabilidade estatal do Tuvalu, visto nenhum fundo ser eterno. Neste sentido, Tuvalu, como muitos outros Estados do pacífico, está a tentar aceder a creditação através de entidades de implementação estatal (NIEs) para receber transferências directas do Green Climate Fund e o Adaptation Fund. Embora isto possa parecer paradoxal, a transferência directa destes fundos tem dois propósitos importantes. Primeiramente, permite o acesso a estas quantias monetárias sem recurso a intermediários ou parcerias com terceiros, como agências e ONGs internacionais; segundamente, estes fundos serão usados para o desenvolvimento de programas de adaptação nacionais. Os mesmos visam desenvolver as capacidades de adaptação do Estado, através do financiamento a agências internas que melhor compreendem as necessidades das suas comunidades e, como tal, estarão melhor adaptadas a saber em que áreas e infra-estruturas investir. Isto permite ao Estado um melhor desenvolvimento centrado em gestão e investimento interno. Assim, Tuvalu reconhece os problemas que o fragilizam e assume a sua responsabilidade enquanto primeiro actor da sua resolução.

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Conclusão

Em prol das problemáticas já descritas torna-se evidente o potencial de fragilização que as alterações climáticas representam como um todo e, particularmente, nos pequenos Estados insulares do Pacífico-Sul. As mesmas, como ameaça global, afectam toda a Sociedade Internacional e ainda que os seus efeitos não sejam homogéneos. Um dos grupos de maior risco são justamente estes Estados que, pelas suas características, são também mormente vulneráveis. Deste modo, urge a necessidade de uma acção internacional coordenada, aliada a um reforço considerável da capacidade de adaptação e de acção directa neste sentido, a nível interno. Apesar das suas semelhanças, as especificidades de cada um destes Estados, tais como diversas características geográficas e demográficas e um diverso potencial de recursos, levam a que estes sejam lesados de forma diferente. Assim, para melhor corresponder às necessidades das suas tão distintas comunidades, é crucial encorajar a criação de condições favoráveis à resiliência intra-estatal.

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Anexos

“Fragility thus arises from substantial disequilibrium in state–society relations. It has multiple underlying causes, both chronic and acute, and it can produce multiple consequences, most worryingly vulnerability to internal conflict, inability to cope with humanitarian disaster and high risk of state collapse. There are extreme events or shocks that might produce fragility in even apparently resilient states; our greater concern is with chronic fragility, which renders states less resilient to shocks” (Jones and Chandran, 2008, p. 16).

Fonte: Eric L. Gilman & Joanna Ellison & Vainuupo Jungblut & Etc. (2006). Climate Research. Adapting to Pacific Island mangrove responses to sea level rise and climate change. Colorado, USA: Inter Research - Kleypas, Joan.

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17 “The sea is our very close neighbour. In fact, on the island where I live, Funafuti, it is possible to throw a stone from one side of the island to the other. Our islands are very low lying. When a cyclone hits us there is no place to escape. We cannot climb any mountains or move away to take refuge. It is hard to describe the effects of a cyclonic storm surge when it washes right across our islands. I would not want to wish this experience on anyone. The devastation is beyond description … This concern is so serious for our people, that the Cabinet, in which I am a member, has been exploring the possibility of buying land in a near-by country, in case we become refugees to the impacts of climate change.” Statement near-by Hon. Teleke P. Lauti (Tuvalu); November 2000, The Hague, Netherlands (COP 6) - Fonte: UNFCC 2005

Fonte: United Nations University Institute for Environment and Human Security. (2012). Climate Change and Fragile States. Rethinking Adaptation. Germany: Munich RE Foundation.

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18 Fonte: OCDE 2018

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Bibliografia

Agência Portuguesa do Ambiente . (s.d.). APA. Obtido de Adaptação às Alterações Climáticas:

https://apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=81&sub2ref=118&sub3ref=392 Asian Development Bank. (2011). Food Security and Climate Change in the Pacific.

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Referências

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