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Ata da 15ª Reunião do CONFAZ-M/SC

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Academic year: 2021

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Ata da 15ª Reunião do CONFAZ-M/SC

No décimo nono dia de abril de dois mil e doze, reuniram-se no CentroSul, salas Joaquina/Jurerê, localizado na Avenida Av. Gustavo Richard, s/nº - Baía Sul, Centro, Florianópolis/SC, os membros titulares e/ou suplentes do Conselho de Órgãos Fazendários Municipais de Santa Catarina (CONFAZ-M/SC), conforme lista de presença anexa, a partir das quinze horas e cinquenta minutos, atendendo ao Edital de Convocação nº 01/2012, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

1. Eleição e posse da diretoria do CONFAZ-M/SC;

2. Posição do TJSC sobre dedução na base de cálculo do ISS dos materiais e subempreitadas na construção civil;

3. Parceria com Corregedoria do TJSC sobre o projeto do ITBI On-line; 4. Programa de Gestão Tributária do CIGA;

5. Programação do 2º Seminário Estadual de Direito Tributário; 6. Assuntos diversos.

O Presidente do CONFAZ-M/SC e Secretário de Finanças de Rio do Sul, Sr. Eugênio Vicenzi, efetuou a abertura da reunião cumprimentando os presentes, o qual compunha a mesa junto ao Sr. Edinando L. Brustolin (membro executivo do CONFAZ-M), ao Sr. Sergio Tiscoski (2º vice-presidente e representante suplente da AMREC) e ao Sr. Olides Bertaioli (1º secretário e representante da AMARP). Na sequência a palavra foi concedida ao Sr. Edinando para que o mesmo conduzisse a pauta da reunião.

O Sr. Edinando iniciou a apresentação do segundo item da pauta: Posição do TJSC sobre dedução na base de cálculo do ISS dos materiais e subempreitadas na construção civil. O mesmo comentou acerca do posicionamento do Supremo Tribunal Federal – STF que já decidiu pela constitucionalidade a dedução na base de cálculo do ISS dos materiais e subempreitadas na construção civil, além de ser reconhecido desta forma por várias instâncias do poder judiciário. Ao explanar sobre o assunto, o Sr. Edinando mencionou que a Lei Complementar nº 116, que regula o ISS, determina que a dedução a ser feita refere-se aos materiais fornecidos pelo próprio prestador do serviço de construção civil, desde que produzido fora do local da obra, pois desta forma o material é caracterizado como mercadoria e será tributado pelo ICMS, ou seja, será excluído da base de cálculo do ISS. Os tribunais de uma forma pacífica, ratificaram esta interpretação. Todavia, o STF ao decidir pela constitucionalidade da dedução, embora não tenha abordado o mérito do que pode ou não pode deduzido (nem poderia, pois é matéria de

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competência do STJ), permitiu que muitos advogados de contribuintes construíssem uma interpretação para ampliar a dedução na base de cálculo de ISS até então pacífica, abrangendo a dedução de todo e qualquer material no caso de serviços da construção civil. Inclusive, há decisões do Tribunal de Justiça de Santa Catarina pela dedução de todo e qualquer material na base de cálculo. Desta forma, esta se abrindo interpretação equivocada de que a tributação seja efetuada apenas sobre a mão de obra dos serviços de construção civil. Advertiu o Sr. Edinando que tal incidência do ISS deve ser sobre o serviço, sendo apenas deduzido o material produzido pelo prestador fora do local, nos termos da Lei Complementar 116. Sendo assim, o Sr. Edinando defendeu que seja adotada uma postura unânime pelos membros do conselho do CONFAZ-M contra esta jurisprudência equivocada. O mesmo mencionou que a Federação Catarinense de Municípios recebeu material do Procurador do município do Rio de Janeiro que defende a dedução apenas dos materiais produzidos pelo próprio prestador do serviço fora do local e solicitou que se faça um bom uso da defesa preparada pelo respectivo Procurador, visto que os municípios catarinenses são impactados por perda na arrecadação municipal e, ainda, podem estar sujeitos a ter de devolver os recursos arrecadados aos contribuintes. Logo, O Sr. Edinando abriu a palavra para os presentes para discussão do tema.

Questionou-se quanto ao tratamento que deve ser dado a dedução na base de cálculo do ISS no caso de contratação de serviços para construção de barracões, com a utilização de materiais pré-moldados produzidos fora do local da obra. O Sr. Edinando respondeu que neste caso a dedução deste material seria efetuada. Os senhores Julio, representante da AMMVI, e Agostinho, da AMVALI, sugeriram que o assunto seja debatido melhor, devido ao fato de que a tributação do ICMS também está envolvida, inclusive os efeitos em relação ao valor adicionado. O Sr. Edinando retomou a palavra e frisou o ponto de vista da Lei Complementar nº 116, que permite apenas a dedução, da base de cálculo do ISS, do que é considerado mercadoria, sendo que acerca do ICMS o Sr. Edinando comentou que o Movimento Econômico é quem poderia fornecer um entendimento mais adequado.

A respeito da discriminação na nota fiscal de serviços do material empregado e da mão de obra, debateu-se que para efeitos de ISS tal discriminação não altera o cálculo.

Logo, o Sr. Edinando avançou ao próximo item da pauta relativo ao Programa de Gestão Tributária - PGT, o qual é desenvolvido em conjunto com o Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal – CIGA, sendo que o CONFAZ-M assume o papel de legitimar as ações do CIGA de forma a atender aos anseios dos municípios catarinenses representados no CONFAZ-M. O Sr. Edinando prosseguiu com a

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informação de que neste ano foi criado um Comitê do REGIN com o intuito de monitorar o funcionamento do REGIN, bem como a fim de promover uma futura padronização do sistema do REGIN no estado de Santa Catarina e tornar o processo de abertura de empresas mais fácil aos contribuintes. Neste Comitê, comunicou o Sr. Edinando haverá representantes do CONFAZ-M e da FECAM. Em seguida, convocou o Sr. Gilsoni (diretor executivo do CIGA) para apresentar um panorama dos aplicativos do PGT. O Sr. Gilsoni cumprimentou os presentes e convidou aos presentes a conhecerem maiores detalhes do PGT no stand da FECAM durante o Congresso dos Municípios (19 e 20 de abril de 2012). E prosseguiu com a apresentação do sistema da NFe-conjugada, que permite aos municípios contratantes efetuarem consulta às notas fiscais eletrônicas conjugadas, desde que o contribuinte possua inscrição estadual. O diretor do CIGA ressaltou o elevado número de notas fiscais no sistema NFe-conjugada, bem como comentou de que novas soluções poderão ser desenvolvidas quanto a NFe-conjugada a partir do ingresso de mais municípios no PGT. Quanto ao sistema do Simples Nacional, o Sr. Gilsoni informou que a carga dos dados no sistema já foi efetuada e está em utilização pelos municípios contratantes do PGT. No que tange ao REGIN, o diretor executivo do CIGA mencionou que há uma dificuldade relacionada ao convênio entre o Estado de Santa Catarina e a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina – JUCESC, sendo que esta não possui suporte adequado do Estado o que prejudica o atendimento dos usuários do REGIN consorciados ao CIGA, visto que este provê a atualização e manutenção do sistema aos municípios. O Sr. Gilsoni ressaltou que em 2012 o foco do CIGA será a consolidação das ferramentas existentes no âmbito do PGT, agradeceu o espaço na reunião e se colocou a disposição para perguntas. O Presidente do CONFAZ-M, Sr. Eugênio, retomou a palavra e iniciou seus comentários acerca do sistema do ITBI, abrangido pelo PGT, visto que o mesmo possui o sistema teste no município de Rio do Sul. O Presidente informou que o sistema do ITBI está pronto para implantação. E quanto ao sistema da NFe-conjugada, o Presidente comentou acerca dos avanços que podem ser realizados futuramente neste sistema. Ainda, ressaltou a importância de novos municípios aderirem ao PGT, visto que o atual número de municípios usuários ainda é muito baixo, para que ocorram avanços na padronização da gestão tributária no estado de Santa Catarina, bem como comentou os avanços no REGIN e a possível integração deste sistema com a Receita Federal.

O Sr. Gilsoni retomou a palavra e apresentou no telão o Portal do sistema do ITBI, abrangido no PGT, e comentou das facilidades do sistema e da integração com os cartórios. Além disso, explanou acerca do funcionamento do sistema do Simples

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Nacional e enfatizou o papel deste sistema para facilitar a gestão do Simples por parte dos municípios.

O Sr. Edinando salientou que o CIGA desenvolve os sistemas do PGT de acordo com as sugestões e discussões do CONFAZ-M, e comentou sobre os procedimentos necessários aos municípios para utilizarem o PGT. Quanto a nota fiscal eletrônica, o mesmo ressaltou a importância do sistema da NFe-conjugada para os municípios e da necessidade de que estes regulamentem a emissão de nota fiscal eletrônica de serviços.

O Sr. Olides, 1º secretário do CONFAZ-M, relatou alguns acontecimentos relacionados aos contribuintes do município de Fraiburgo, os quais foram identificados por meio de utilização dos sistemas da NFe-conjugada e do Simples Nacional. Além disso, quanto ao REGIN o mesmo ressaltou sua preocupação no caso de empresas que têm confirmado seus endereços falsos em alguns municípios. Então, ressaltou o quanto o CIGA pode contribuir no sentido de impedir tais irregularidades.

O diretor executivo do CIGA informou que já existem 206 municípios catarinenses com registro de NFe-conjugada no sistema desenvolvido pelo CIGA, e alertou de que em muitos casos os municípios não tenham autorizado a emissão da nota fiscal eletrônica de serviços.

O Presidente do CONFAZ-M tomou a palavra e comentou que os próximos passos do PGT devem ser rumo a integração dos sistemas com os municípios. O mesmo relatou que em breve os entraves no REGIN devem se resolver, bem como comentou da importância de divulgação do PGT aos municípios catarinenses.

O Sr. Gilsoni, diretor executivo do CIGA, apresentou o sistema da NFe-conjugada e o Sr. Edinando complementou que as melhorias ocorrerão na medida em que os municípios aderirem ao PGT. Ainda, quanto ao ITBI on-line, o Sr. Edinando informou que o CONFAZ-M tem buscado apoio institucional neste sistema junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina relativo a composição da base de cálculo do ITBI (valor do imóvel).

Na sequência o Sr. Edinando tratou do outro item da pauta referente ao 2º Seminário Estadual de Direito Tributário que será realizado nos dias 9 e 10 de julho de 2012. O mesmo solicitou autorização dos presentes para que o CONFAZ-M e a FECAM decidam os temas a serem tratados durante apresentação no respectivo seminário. Os presentes não se pronunciaram quanto a sugestões de temas a serem tratados e autorizaram que a escolha seja feita pelo CONFAZ-M e FECAM. O último item da pauta foi apresentado pelo Sr. Edinando: eleição e posse da diretoria do CONFAZ-M/SC. O mesmo mencionou as condições para a candidatura dos membros do Conselho. O atual Presidente do CONFAZ-M/SC discursou sobre a

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sua passagem no respectivo cargo, agradeceu pela oportunidade de ocupar tal posição e colocou-se a disposição.

Na sequência, o Sr. Edinando solicitou aos presentes que apresentassem os nomes para a Diretoria do CONFAZ-M/SC. Os seguintes nomes foram apresentados para composição da Diretoria: Sr. Flávio, representando a AMUNESC; Sr. Michel, representando a AMMVI; Sr. Tiscoski, representando a AMREC; e Sr. Olides, representando a AMARP.

Quanto ao cargo de Presidente, manifestaram-se para ocupar o cargo o Sr. Sérgio, Sr. Olides e Sr. Flávio. Na contagem dos votos, o Sr. Sérgio foi eleito presidente do CONFAZ-M/SC com seis votos. O Sr. Olides computou quatro votos e o Sr. Flávio 3 votos. Assim, restaram eleitos os seguintes representantes para a diretoria do CONFAZ-M/SC: Presidente: Sérgio Tiscoski, representante da AMREC; 1º Vice-Presidente: Olides Bertaioli, representante da AMARP; 2º Vice-Vice-Presidente: Flávio Martins Alves, representante da AMUNESC; 1º Secretário: Michael Zimmermann, representante da AMMVI; e 2º Secretário: Geralci João Apolinário, representante da AMOSC.

Na sequência, foram escolhidos os dois membros representantes do CONFAZ-M/SC no Comitê do REGIN: Sr. Eugênio Vicenzi e Sr. Olides Bertaioli.

O atual Presidente do CONFAZ-M/SC, Sr. Eugênio, deu posse à nova diretoria do CONFAZ-M/SC e transmitiu a palavra ao novo Presidente, Sr. Sérgio Tiscoski, que efetuou seu discurso de posse agradecendo pela confiança que lhe foi conferida e deu por encerrada a reunião.

Referências

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