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A PESSOA JURÍDICA E O REGISTRO DE IMÓVEIS

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Academic year: 2021

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A PESSOA JURÍDICA E O REGISTRO DE IMÓVEIS

Por Rubia Mara Oliveira Castro Girão

O Código Civil, em todo o LIVRO II, que cuida do Direito de Empresa, utiliza a palavra RURAL em apenas 03 artigos: 970, 971 e 984.

A falta de previsões específicas pode levar a duas conclusões: a primeira seria a de que não há necessidade de previsões em separado porque somente há diferença na atividade exercida, sendo o regramento exatamente igual para as rurais e as não rurais. A segunda seria a de que, apesar de termos em nosso país uma origem histórica, econômica, cultural e socialmente indissociáveis do setor primário, ainda não temos um executivo e um legislativo que julguem ser necessário conferir atenção às particularidades da atividade rural.

Desde que a sociedade passou a diferenciar o ambiente urbanizado e as atividades

nele exercidas, as que lhes eram anteriores, desempenhadas desde tempos primitivos pelo

homem para garantia de sua sobrevivência, por contraponto, passaram a ser classificadas

como rurais.

Quando se falava em produtor rural o senso comum costumava nos remeter à ideia

de uma pessoa física que exercia atividade rural.

Exigências de ordem trabalhista, previdenciária, contábil e fiscal acabaram por impor

ao produtor rural que realizasse sua inscrição perante a Receita Federal, para que assim

pudesse regularmente atuar, contratando, comprando e alienando seus produtos.

Porém em nenhum momento exigiu-se que o produtor rural fizesse sua inscrição

perante algum órgão responsável por registro, como o Registro Civil das Pessoas

Jurídicas (RCPJ) ou o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins

(RPEM).

Parece que a compreensão pública de que se tratava de uma atividade quase que

natural e inerente à própria existência humana, já lhe dava condição suficiente de

reconhecimento. Em outras palavras, esse atributo era-lhe conferido pelo seu mero

exercício. Não haveria necessidade de que a lei lhe atribuísse personalidade.

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O ato de registro é fato jurídico criado por lei, que por sua vez é utilizada pelos

homens que necessitam ordenar a vida em sociedade. Através dela, por ficção

convencional, passa-se a reconhecer a constituição, ou a existência de certos entes e

a eficácia ou a validade de seus atos.

No caso da atividade empresarial, seja praticada de forma isolada por uma pessoa

física ou em conjunto por mais de um sócio, enquanto não praticado o ato de registro,

a atividade até existe (plano da existência fática), porém é considerada irregular. Para

que essa entidade una ou plúrima passe a ser reconhecida demanda-se o registro de

seus atos constitutivos, no órgão competente. Somente com o registro é que a pessoa

jurídica passa a ter personalidade e a publicidade é essencial para que ela possa agir

como sujeito de direitos e obrigações.

Assim está no Código Civil, art. 967 e art. 985:

“Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.”

“A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).”

E desde 2002, quando editado um único diploma de direito privado, abandonou-se a dicotomia entre o direito civil e comercial, previu-se no art.1.150:

“O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.”

Por este dispositivo já se vê que esse ato de registro, em nossa legislação, é praticado

por entidades diversas, ambas dotadas do atributo da fé pública: os cartórios, que exercem

atividade privada, regidos pela Lei l n° 8.935/1994combinado com a Lei 6.015/73 e as

Juntas Comerciais, que exercem atividade pública e são regradas pela Lei n° 8.934/1994.

No Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme a Lei 6.015/73, art. 114. são

inscritos:

“I - os contratos, os atos constitutivos, o estatuto ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, bem como o das fundações e das associações de utilidade pública;

II - as sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, salvo as anônimas.

III - os atos constitutivos e os estatutos dos partidos políticos;

Parágrafo único. No mesmo cartório será feito o registro dos jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias a que se refere o art. 8º da Lei nº 5.250/67.”

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O Registro Público de Empresas Mercantis realiza o arquivamento dos atos das

firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis, independentemente de seu

objeto, nos termos do art. 2º da Lei 8.934/94,

Enfim, no Código Civil não há uma conceituação de pessoa jurídica, mas temos que

se considera empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada

para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966) e que é obrigatória a

inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede,

antes do início de sua atividade. (art. 967).

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Então o sócio seria a pessoa física ou jurídica que integra a sociedade contribuindo

com bens e/ou serviços para a integração do capital social.

O Registrador de Imóveis lida diariamente com essa dicotomia: ora é o proprietário, o possuído ou o garantidor uma pessoa natural, e ora uma pessoa jurídica. Por vezes, pessoa jurídica toma o empréstimo que é garantido por pessoa física; em outras, um empresário individual pretende ter seu imóvel vinculado à atividade empresária; podemos em um momento lidar com nome empresarial seguido de abreviação ‘MEI’ e no ano seguinte, nele constar ‘EPP’; podemos encontrar uma Ltda que se transforma em EIRELI; e uma unipessoal que perde o prazo legal e volta a admitir sócios, cedendo-lhe quotas; às vezes temos pedidos de alteração de razão social na matrícula, sem alteração do CNPJ ou do objeto social; ou um proprietário de imóvel rural resolver constituir uma holding em planejamento sucessório; e até pode figurar como parte em negócio jurídico translativo pessoa jurídica em recuperação judicial.

Deste modo, resolvemos nos dedicar ao tema da pessoa jurídica no Registro de Imóveis e para tanto, realizamos estudo de todas e cada uma das pessoas jurídicas, de forma a sistematizar os tópicos que podem exigir a atenção do registrador imobiliário.

Em virtude do exíguo tempo que dispomos nesta oportunidade, afunilamos o exame para os tipos individuais e societários de apresentação mais frequente perante o registro de imóveis, e de forma paralela cuidamos da atividade empresária individual ou societária típica em comparação com a rural, para visualização das eventuais diferenças. Advertimos também a adoção do uso da palavra RURAL e não agrário, por esta remeter à agrícola.

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Nos termos do Código Civil, as cooperativas têm sempre natureza civil e por essa razão devem ter seu registro constitutivo realizado no no RCPJ, porém ainda vêm sendo registradas nas Juntas.

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Consideraremos que os leitores são estudiosos de direito empresarial (que já foi chamado de comercial), e portanto cientes das definições básicas do direito societário. Partiremos da significação de empresa como atividade e destacaremos em cada tipo examinado: 1) CONCEITO; 2) REGISTRO; 3) NATUREZA DO REGISTRO; 4) RESPONSABILIDADE; 5) RJ - Recuperação Judicial; 6) ATO REGISTRAL; 7) TRIBUTAÇÃO PELA TRANSFERÊNCIA.

De início, consignamos que o Registrador Imobiliário, em respeito aos princípios que o regem, deve realizar estrito exame da LRP, art. 176, §1º, II, que prevê como requisito da matrícula:

“4) o nome, domicílio e nacionalidade do proprietário, bem como: [...]

b) tratando-se de pessoa jurídica, a sede social e o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda;”

E como requisito para o registro no Livro 2, prevê a LRP, art. 176, §1º, III, 2, ser necessário o lançamento do nome, domicílio e nacionalidade do transmitente, ou do devedor, e do adquirente, ou credor, bem como:

“b) tratando-se de pessoa jurídica, a sede social e o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda;”

TIPOS SOCIETÁRIOS MAIS COMUNS

Passamos agora à análise das pessoas jurídicas: empresário individual, eireli e da sociedade limitada, sendo que utilizaremos a cor laranja para representar a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, eis que se trata de cor secundária resultante da mistura, em igual proporção, dos tons vermelho e amarelo, assim como a eireli toma a característica da unipessoalidade e a limitação da responsabilidade, comuns à outras entidades jurídicas.

Empresário individual EIRELLI Sociedade empresária

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País

Art. 981 Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Empresário Individual

1) CONCEITO - Pessoa natural que desempenha uma atividade econômica organizada para a

produção ou a circulação de bens ou de serviços e consecução de fins econômicos lucrativos

– conforme CC 2002 art.966.

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CC Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

2) REGISTRO – OBRIGATÓRIO - deve ter registro na Junta Comercial – conforme CC 2002 art.967. CC Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

3) NATUREZA DO REGISTRO – constitutiva, pois o registro faz nascer para o mundo jurídico um ente ficcional.

4) RESPONSABILIDADE – confunde-se patrimônio do empresário com o da pessoa física, ou seja, responde o empresário com seu patrimônio pessoal pelos compromissos assumidos.

5) Recuperação Judicial – Poderá requerê-la diante das previsões da Lei 11.101/2005

Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.

6) ATO REGISTRAL – AVERBAÇÃO DE AFETAÇÃO - Se bens estão em nome próprio (pessoa física) e pretende-se que seja utilizado pelo empresário individual para sua atividade, deve-se realizar uma averbação específica de destinação à sua atividade empresarial. Para afetar precisa da concordância do(a) cônjuge, tendo em vista o CC art. 978, do CC/2002, que prevê:

“Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.”

7) TRIBUTAÇÃO PELA TRASFERÊNCIA – - A aquisição de um bem imóvel pela pessoa física pode ser instrumentalizaa por escritura pública ou, nos termos do art. 108 do Código Civil, por instrumento particular, em qualquer caso, sujeita a registro no Registro Imobiliário, havendo apreciação do ente tributante quanto ao imposto de transferência. Quando existe o requerimento de afetação, prudente ser apreciada a incidência de ITBI que pode ser julgado devido. Então recomenda-se SOLICITAR MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

Vale meditar sobre evential necessidade de avaliação do ente tributante municipal em um fato bastante corriqueiro nos dias atuais: a TRANSFORMAÇÃO DE EI PARA EMPRESA diante

da permissão do Código Civil.

“CC Art. 968 § 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.”

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1) CONCEITO – Produtor pessoa natural que desempenha uma atividade RURAL para a produção

ou a circulação de bens ou de serviços e consecução de fins econômicos lucrativos, assim

considerado aquele que gerencia sozinho um negócio. Aos empresários individuais rurais é assegurado tratamento diferenciado nos termos da Lei Civil:

CC “Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.”

2) REGISTRO – FACULTATIVO – a ser realizado na Junta Comercial. Em o fazendo, podemos passar a chamá-lo de empresário rural e não mais produtor rural

CC Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, PODE, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 3) NATUREZA DO REGISTRO – Há divergência doutrinária que reflete na jurisprudência, onde encontramos: 1ª posição – Declaratória (declarando-se uma atividade que já ocorre no plano fático pela pessoa natural produtora rural. 2ª posição - Constitutiva (passa a ser reconhecida a atividade a partir do registro)

4) RESPONSABILIDADE – Diz-se que não há distinção entre o patrimônio do empresário com o da pessoa física, não importa se tem registro ou não.

5) RECUPERAÇÃO JUDICIAL – Caso faça o registro fica o produtor rural, nos termos da lei, equiparado aos empresários, inclusive para fins de acesso às previsões da Lei de Recuperação Judicial (Lei nº 11.101/2005). No entanto, encontra divergência na doutrina e a jurisprudência a necessidade de preenchimento de 02 anos de registro para requerê-la.

6) ATO REGISTRAL – AVERBAÇÃO DE AFETAÇÃO - Se bens imóveis estiverem em nome da pessoa física e pretende-se que seja utilizado pelo empresário individual, deve-se realizar averbação específica de destinação à sua atividade empresarial. Para afetar precisa da concordância do(a) cônjuge, tendo em vista o CC art. 978. Mais uma ves relembre-se que há se atentar para os termos do nos termos do art. 978 do CC/2002:

“Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.”

7) TRIBUTAÇÃO PELA TRASFERÊNCIA - A aquisição de um bem imóvel pela pessoa física pode ser instrumentalizaa por escritura pública ou, nos termos do art. 108 do Código Civil, por instrumento particular, em qualquer caso, sujeita a registro no Registro Imobiliário, havendo apreciação do ente tributante quanto ao imposto de transferência. Quando existe o requerimento de afetação, prudente

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ser apreciada a incidência de ITBI que pode ser julgado devido. Então recomenda-se SOLICITAR MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada Eireli em geral

1) CONCEITO - Cuida-se de uma empresa constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. Temos, portanto, como requisitos:

* uma única pessoa natural titular de todo o capital social;

* que somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade;

* e exerce atividade empresária (organização de bens e serviços) visando lucro;

* com capital social não inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País = hoje R$ 99.800,00;

* e seja o capital social devidamente integralizado.

2) REGISTRO – OBRIGATÓRIO - na Junta Comercial - CC 2002 art. 980 - A introduzido pela Lei 12.441/2011.

“Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.”

3) NATUREZA DO REGISTRO – a ser realizado na Junta Comercial, tem efeito constitutivo, ou seja a eireli é considerada existente após seu registro e integralização de bens ao capital social.

4) RESPONSABILIDADE – Limitada ao patrimônio so

cial, ou seja, haverá uma separação entre

os bens da pessoa física e da empresa eireli.

“CC 2002 art. 980-A § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.”

5) RECUPERAÇÃO JUDICIAL – Parece-nos que, considerando o previsto nos arts. 1º e 2º da lei 11.101/05, não há porque uma eireli não poder usar das normas sobre recuperação judicial. Pelo contrário, considerada uma empresa, quando em dificuldades financeiras, poderá valer-se da oportunidade de recuperar-se e sanear suas contas.

“Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.”

6) ATO REGISTRAL - REGISTRO DA INTEGRALIZAÇÃO DE BENS AO CAPITAL SOCIAL - nos termos do art. 167, I, item 32 da Lei de Registros Públicos, após feito o depósito do contrato social na Junta Comercial, aguarda-se seja ele ou uma certidão de inteiro teor do ato de integralização registrado na Junta, para o Registro de Imóveis.

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Frise-se, por ser ocorrência cada vez mais comum, que havendo a transformação do EI (empresário individual) em EIRELI, com o devido registro no Registro Público das Empresas Mercantis (Junta Comercial), parece que ocorre a constituição de uma nova empresa pelo instituto da transformação. Por um mesmo ato haverá a desconstituição do EI, e a constituição da EIRELI, tornando-se imprescindível a realização da integralização e o seguinte registro dp ato.

7) TRIBUTAÇÃO PELA TRASFERÊNCIA – Pela Constituição Federal, artigo 156, parágrafo 2º, inciso I, existe imunidade tributária na integralização de nens. No entanto, há que ser apreciada a incidência de ITBI que pode ser devido, em eventuais casos de integralização, eis que aos 13 de agosto de 2020, por maioria dos votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não há imunidade tributária do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) caso o valor do imóvel seja maior do que o capital social da empresa. Na sessão virtual encerrada em 4/8, os ministros negaram provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 796376, com repercussão geral reconhecida (Tema 796).Então SOLICITAR MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

Eireli rural

1) CONCEITO – Empresa constituída por uma pessoa natural titular da totalidade do capital social que individualmente realiza atividade econômica organizada de bens e serviços de natureza rural e finalidade lucrativa. A EIRELI é a mais nova forma de organização da atividade econômica, entre a figura do empresário individual e a das sociedades, donde parece que pode ser utilizada pelo empresário rural que passará a ser equiparado a empresário não rural, aplicando-se, no que couber, as regras das sociedades limitadas.

2) REGISTRO – FACULTATIVO – a ser realizado na Junta Comercial, nos termos da lei civil: “CC Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, PODE, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.

Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação.”

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3) NATUREZA DO REGISTRO – Existe divergência doutrinária que reflete na jurisprudência, onde encontramos que a natureza do registro, quando realizado: 1ª posição – tem natureza declaratória de uma situação já exercida pela pessoa natural. Devemos lembrar que com o registro o empresário rural de responsabilidade limitada (eireli) é considerado equiparado a empresário não rural, aplicando-se-lhe, no que couber, as regras das sociedades limitadas. Numa segunda posição, temos a natureza constitutiva.

4) RESPONSABILIDADE – Quando não houver registro na Junta Comercial, as consequências da irregularidade virão pela responsabilização do patrimônio do empresário pelas dívidas contraídas pela eireli rural. Quando feito o registro na Junta Comercial, responderão pelas dívidas da eireli, de forma limitada apenas o seu patrimônio social:

“CC 2002 art. 980-A § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.”

5) RECUPERAÇÃO JUDICIAL – No caso da Eireli Rural, quando existe o registro na Junta Comercial, passa-se a ser equiparada ao empresário, ou seja, o será para todos os fins inclusive para solicitação da recuperação judicial. Se não há registro, não poderá requerê-la e nem solicitar a falência daqueles que forem seus devedores.

6) ATO REGISTRAL – REGISTRO DA INTEGRALIZAÇÃO DE BENS AO CAPITAL SOCIAL, após o empresário rural requerer seu registro na Junta Comercial como Eireli Rural, nos termos do art. 167, I, item 32 da Lei de Registros Públicos deverá apresentar o contrato social (ou uma certidão de inteiro teor do ato de integralização registrado na Junta), para o Registro de Imóveis. Recorde-se que exige a Lei Civil que o capital social seja devidamente integralizado e que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País..

7) TRIBUTAÇÃO PELA TRASFERÊNCIA - A Constituição Federal, no artigo 156, parágrafo 2º, inciso I, prevê imunidade tributária. No entanto, há que ser apreciada a incidência de ITBI que pode ser devido, em eventuais casos de integralização, eis que aos 13 de agosto de 2020, por maioria dos votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não há imunidade tributária do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) caso o valor do imóvel seja maior do que o capital social da empresa. Na sessão virtual encerrada em 4/8, os ministros negaram provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 796376, com repercussão geral reconhecida (Tema 796). Então SOLICITAR MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II:

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I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

Sociedade empresária

Entre as sociedades personificadas há a Sociedade Limitada (Ltda), regida pelos disposto no CC art. 1052 a 1087, sendo que nas omissões do capítulo, haverão que ser seguidas as normas da sociedade simples, podendo ainda o contrato social prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.

1) CONCEITO – Como hoje em dia temos o empresário individual de responsabilidade limitada (Eireli), a sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas, nesta última hipótese, que se reúnem por affectio societates, quando organizam bens e direito para consecução de fins econômicos lucrativos.

2) REGISTRO – OBRIGATÓRIO – a ser realizado na Junta Comercial, nos termos do Código Civil, art. 985 e art. 1150 a 1154, merecendo nota o fato de que enquanto não registrada é considerada irregular.

“Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).”

“Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.”

3) NATUREZA DO REGISTRO – Tem efeito constitutivo, nascendo a sociedade para o mundo jurídico com o ato registral na Junta Comercial.

4) RESPONSABILIDADE – Há diversos tipos societários e a depender do tipo adotado, haverá uma responsabilidade, porém na Sociedade Limitada, ela será regida pelo Código Civil, art. 1052:

Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 5) RECUPERAÇÃO JUDICIAL – Regra geral é aplicada: pode fazer uso dos termos da Lei 11.101/2005, solicitando a Recuperação Judicial.

6) ATO REGISTRAL – REGISTRO DA INTEGRALIZAÇÃO DE BENS AO CAPITAL SOCIAL - nos termos do art. 167, I, item 32 da Lei de Registros Públicos e quando for trazido o contrato social (ou uma certidão de inteiro teor do ato de integralização registrado na Junta), para o Registro de Imóveis realizar a qualificação do título, será feito o registro da integralização.

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7) TRIBUTAÇÃO PELA TRASFERÊNCIA - A Constituição Federal, no artigo 156, parágrafo 2º, inciso I, prevê imunidade tributária. No entanto, há que ser apreciada a incidência de ITBI que pode ser devido, em eventuais casos de integralização, eis que aos 13 de agosto de 2020, por maioria dos votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não há imunidade tributária do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) caso o valor do imóvel seja maior do que o capital social da empresa. Na sessão virtual encerrada em 4/8, os ministros negaram provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 796376, com repercussão geral reconhecida (Tema 796). Então SOLICITAR MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

Sociedade empresária RURAL

* Pensando sempre em sociedade limitada.

1) CONCEITO – Temos uma Sociedade Empresária Rural quando a atividade desempenhada caracteriza-se como rural, por uma (visto que hoje em dia temos a Eireli), ou mais de uma pessoa que reúne e organiza bens e direito para consecução de fins econômicos lucrativos.

2) REGISTRO – FACULTATIVO nos termos do CC art.984. Porém

CC Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, PODE, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.

Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a

transformação.

3) NATUREZA DO REGISTRO – Como já visto, existe divergência doutrinária que reflete na jurisprudência no que se refere à necessidade do registro (e qual o prazo dessa inscrição, se dois anos ou não) para requerer a recuperação judicial. Acabamos por encontrar duas correntes: 1ª posição – Declaratória de uma situação de fato já exercida pela pessoa natural e uma 2ª posição - Constitutiva pois antes dela a atividade existe mas seria equiparada à irregular. Diante de um

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registro facultativo, pergunta-se se a sociedade rural que não o realiza, praticaria atos regulares ou irregulares passíveis de nulidade ou anulação.

4) RESPONSABILIDADE – Limitada quando há o registro. Sem que haja registro, a ‘sanção’ àquele que exerce ‘irregularmente’ atividade societária seria a responsabilização ilimitada dos sócios pelas obrigações da sociedade. Portanto, é uma exceção ao princípio da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, pois não existirá mais patrimônio autônomo da sociedade.

5) RECUPERAÇÃO JUDICIAL - quando há o registro, terá acesso aos benefícios da recuperação judicial e da falência. Não havendo, não poderá solicitar a RJ e nem requerer a falência de um seu devedor.

6) ATO REGISTRAL – REGISTRO DA INTEGRALIZAÇÃO DE BENS AO CAPITAL SOCIAL - nos termos do art. 167, I, item 32 da Lei de Registros Públicos, quando feito o registro na Junta Comercial e for trazido o contrato social (ou uma certidão de inteiro teor do ato de integralização registrado na Junta), para o Registro de Imóveis realizar o ato de registro após a qualificação. 7) TRIBUTAÇÃO PELA TRASFERÊNCIA - A Constituição Federal, no artigo 156, parágrafo 2º, inciso I, prevê imunidade tributária. No entanto, há que ser apreciada a incidência de ITBI que pode ser devido, em eventuais casos de integralização, eis que aos 13 de agosto de 2020, por maioria dos votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não há imunidade tributária do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) caso o valor do imóvel seja maior do que o capital social da empresa. Na sessão virtual encerrada em 4/8, os ministros negaram provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 796376, com repercussão geral reconhecida (Tema 796). Então SOLICITAR MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

SOBRE CADASTROS DA PESSOA JURÍDICA

O Registrado de Imóveis irá deparar-se com diversos cadastros da pessoa jurídica, nos mais diversos órgãos políticos, sendo mencionados quando da qualificação da pessoa jurídica, com respeito às normas da LGPD :

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- NIRE é a sigla de Número de Identificação do Registro de Empresas. O NIRE é o registro de legalidade da empresa na Junta Comercial do Estado. É um número único que comprova que a empresa existe oficialmente.

- INSCRIÇÃO ESTADUAL (IE) é o registro do contribuinte no cadastro do ICMS mantido pela Receita Estadual. Com a inscrição, o contribuinte do ICMS passa a ter o registro formal do seu negócio, junto à Receita estadual do estado onde está estabelecido.

- NIRF é a sigla para o Número de Identificação do imóvel na Receita Federal do Brasil. Através dele é possível emitir-se a Certidão de Débitos Relativos a Tributos Federais e à Divida Ativa da União de imóvel rural, no site da receita ferderal.

O PRODUTOR RURAL E A RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Como qualquer empresário, pode o produtor rural bem gerir ou pode não administrar seu patrimônio satisfatoriamente, contraindo dívidas que não consegue quitar.

Para os empresários e as sociedades empresárias que se encontravam em situação de insolvência, sempre existiu a possibilidade de ganho de uma segunda chance para continuar exercendo sua atividade enquanto negociavam suas dívidas (v. Decreto-Lei 7.661/45, Lei de Falências).

Nossa norma em vigor (Lei nº 11.101/2005) traz em seu art. 1º que a “recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.”

Esse artigo merece ter leitura conjunta com demais dispositivos da lei, donde são requisitos para o pedido de recuperação judicial, que o devedor seja empresário (art. 1º), que exerça regularmente suas atividades há mais de dois anos (art. 48) e que instrua o seu pedido com a certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas (art. 51, inciso V). Al[em disso, por interpretação de outros dispositivos, lidos conjuntamente, tem que ser preenchidos:

I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em

julgado, as responsabilidades daí decorrentes;

II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;

III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial

com base no plano especial de que trata a Seção V;

IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador,

pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. A recuperação judicial

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também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor,

inventariante ou sócio remanescente.

No entanto, o registro do produtor rural não é obrigatório, nos termos da lei civil, reconhecendo-se a sua existência e consideram-reconhecendo-se legalmente válidos e eficazes os atos que pratica reconhecendo-sem que necessite de prévio registro.

Pelo Código Civil, nos art. 971 e 984, tem-se a facultatividade do seu registro, podendo realizálo quando pretende a equiparação ao empresário e à sociedade não rural sujeito a registro, quando a atividade rural constitua sua principal profissão, desde que observe as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos e requeira inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis.

A partir dessas considerações surge o argumento de que somente se torna possível ao produtor rural usufruir dos termos da Lei nº 11.101/2005 quando realiza seu registro na Junta Comercial (então seria empresário rural ou sociedade rural). No entanto, há recente corrente diversa que considera desnecessário o registro.

Também divergem acercada necessidade de o registro na Junta Comercial já tr ocorrido há mais de dois anos.

ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE – LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006

Fonte -

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD

Em quaisquer dos tipos acima comentados há que se atentar para o regramento específico da MEI e EPP, previsto no art. 18-A. § 1o da Lei Complementar nº 123/2006:

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“Art. 18-A. [...]

§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta,

no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00

(oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo.”

Também há que se conhecer o que prevê o Código Civil nos art. 968. § 4º e 5º:

“ Art. 968. § 4º O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 , bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)

CC Art. 968 § 5º Para fins do disposto no § 4º, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)”

Entretanto, para o Registrador Imobiliário a classificação tributária da pessoa jurídica em Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte não traz qualquer relevância e não deve ser motivo para devoluções de títulos porventura apresentados para qualificação.

CONCLUSÃO SOBRE A FACULTATIVIDADE DO REGISTRO QUANDO DA ATIVIDADE

RURAL

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL RURAL SOCIEDADE RURAL

“CC Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, PODE, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.”

“CC Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, PODE, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.

Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação.”

Remanescem perguntas sobre às quais solicita-se meditação:

a) Acaso realizado o registro de um imóvel, tendo por proprietário um empresário individual, o ato é inexistente, nulo, anulável?

b) Matriz e filial, tendo CNPJs diferentes, merecerão ter matrículas diferentes no caso de aquisição de bem imóvel? Em qual deles devem ser registrados os bens imóveis?

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c) Quais os efeitos do cancelamento do CNPJ da matriz? E de uma filial? Há que ser tomada alguma providência em âmbito registral?

d) O que significa a “consolidação” de dois CNPJs? Há que ser tomada alguma providência em âmbito registral?

e) Transformação de sociedade limitada (Ltda) em eireli, pela concentração de cotas sociais (CC 2002, art. 1033 parágrafo único), merece averbação na matrícula?

f) Nas transformações societárias com distribuição de bens incide ITBI? Qual a forma a ser seguida: escritura pública ou contrato social arquivado no registro competente?

g) Dissolução da sociedade agrária é ato que merece assentamento na matrícula? Qual a forma a ser obedecida para gerar esse ato: escritura pública ou contrato social? Há que ser avaliada a incidência de ITBI quando há distribuição de lucro?

h) Qual a diferença entre dissolução e transformação? Em alguma delas há que ser tomada alguma providência em âmbito registral?

i)

Devem ser averbadas nas matrículas as mudanças de razão social?

j) Devem ser averbadas nas matrículas as mudanças (ampliação ou redução) de objeto social

k) Notícias sobre penhora de cotas sociais são motivo suficiente para devolução de títulos

transmissivos ou de oneração da propriedade imobiliária?

Referências

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