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CM 108 _OT 103 - Desenho Técnico Mecânico (Apostila)

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(1)
(2)
(3)

 APRESENTAÇÃO

 APRESENTAÇÃO

A execução dos projetos das áreas técnicas ainda é dependente dos desenhos bidimensionais

A execução dos projetos das áreas técnicas ainda é dependente dos desenhos bidimensionais

que são utilizados para fazer o detalhamento dos detalhes construtivos que envolvem o objeto

que são utilizados para fazer o detalhamento dos detalhes construtivos que envolvem o objeto

 projetado.

 projetado.

Diferentemente das imagens tridimensionais, que podem ser ente

Diferentemente das imagens tridimensionais, que podem ser ente ndidas por qualquer pessoa,

ndidas por qualquer pessoa,

os desenhos bidimensionais se constituem em uma linguagem gráfica que só pode ser entendida por 

os desenhos bidimensionais se constituem em uma linguagem gráfica que só pode ser entendida por 

quem a estuda.

quem a estuda.

Assim, um desenhista técnico deve, não só insinuar a sua intenção, mas dar uma informação

Assim, um desenhista técnico deve, não só insinuar a sua intenção, mas dar uma informação

exata e positiva de todos os detalhes de máquina ou estrutura existente em sua imaginação. Eis por 

exata e positiva de todos os detalhes de máquina ou estrutura existente em sua imaginação. Eis por 

que o desenho é mais do que uma simples representação de um objeto, é uma linguagem gráfica

que o desenho é mais do que uma simples representação de um objeto, é uma linguagem gráfica

completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada operação e guardar um registro

completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada operação e guardar um registro

completo da peça, para reprodução ou reparos.

completo da peça, para reprodução ou reparos.

O objetivo desse curso, portanto, é que, tanto o mantenedor mecânico quanto o operador 

O objetivo desse curso, portanto, é que, tanto o mantenedor mecânico quanto o operador 

técnico, entenda esta linguagem e consiga não só lê-la prontamente quando escrita por outras

técnico, entenda esta linguagem e consiga não só lê-la prontamente quando escrita por outras

 pessoas, mas também escrevê-la, expressando-a com clareza.

 pessoas, mas também escrevê-la, expressando-a com clareza.

Para que isso seja possível, o texto foi estruturado em quatro capítulos, a saber:

Para que isso seja possível, o texto foi estruturado em quatro capítulos, a saber:

 No Capítulo 1 apresenta-se conceitos e definições básicas, visando esclarecer a necessidade

 No Capítulo 1 apresenta-se conceitos e definições básicas, visando esclarecer a necessidade

e aplicabilidade do desenho técnico.

e aplicabilidade do desenho técnico.

  No Capítulo 2, por outro lado, relaciona-se alguns dos instrumentos necessários para a

  No Capítulo 2, por outro lado, relaciona-se alguns dos instrumentos necessários para a

elaboração de desenhos técnicos.

elaboração de desenhos técnicos.

O desenho técnico, como linguagem gráfica técnica, tem necessidade fundamental do

O desenho técnico, como linguagem gráfica técnica, tem necessidade fundamental do

estabelecimento de regras e no

estabelecimento de regras e normas. Por exemplo,

rmas. Por exemplo, a representação de uma

a representação de uma determinada

determinada peça deve

peça deve

 possibilitar a todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares diferentes,

 possibilitar a todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares diferentes,

interpretar a produzir peças tecnicamente iguais. Portanto, no Capítulo 3 são apresentadas as

interpretar a produzir peças tecnicamente iguais. Portanto, no Capítulo 3 são apresentadas as

 padronizações e normas empregadas para a elaboração e interpretação de desenhos técnicos.

 padronizações e normas empregadas para a elaboração e interpretação de desenhos técnicos.

O Capítulo 4 fornece subsídios para a utilização e distinção dos vários tipos de projeções

O Capítulo 4 fornece subsídios para a utilização e distinção dos vários tipos de projeções

ortogonais existentes, as quais permitem reproduzir a forma exata dos objetos, com as suas três

ortogonais existentes, as quais permitem reproduzir a forma exata dos objetos, com as suas três

dimensões principais (comprimento, largura e altura) sobre um plano.

dimensões principais (comprimento, largura e altura) sobre um plano.

 No Capítulo 5 são apresentados os procedimentos para a inserção de cotas nos desenhos, ou

 No Capítulo 5 são apresentados os procedimentos para a inserção de cotas nos desenhos, ou

seja, a sua cotagem, permitindo informar as dimensões de um objeto representado.

seja, a sua cotagem, permitindo informar as dimensões de um objeto representado.

O Capítulo 6 fornece procedimentos para a interpretação de perspectivas. Observa-se que a

O Capítulo 6 fornece procedimentos para a interpretação de perspectivas. Observa-se que a

  perspectiva é uma técnica de representação tridimensional que possibilita a ilusão de espessura e

  perspectiva é uma técnica de representação tridimensional que possibilita a ilusão de espessura e

 profundidade das figuras e, assim, pode-se representar os objetos tais como se apresentam à nossa

 profundidade das figuras e, assim, pode-se representar os objetos tais como se apresentam à nossa

vista e, portanto, trata-se de um assunto de grande importância.

vista e, portanto, trata-se de um assunto de grande importância.

Finalizando, quando uma peça a

Finalizando, quando uma peça a ser desenhada possui muitos detalhes internos ou invisíveis,

ser desenhada possui muitos detalhes internos ou invisíveis,

as projeções ortogonais apresentam muitas linhas tracejadas e, em geral, dificultam a compreensão

as projeções ortogonais apresentam muitas linhas tracejadas e, em geral, dificultam a compreensão

do desenho. Para facilitar a interpretação desses detalhes são utilizadas vistas em corte, cujo estudo

do desenho. Para facilitar a interpretação desses detalhes são utilizadas vistas em corte, cujo estudo

é o objetivo do Capítulo 7.

(4)

 ÍNDICE 

 ÍNDICE 

CAPÍTULO

CAPÍTULO 1:

1: CONCEITOS

CONCEITOS BÁSICOS

BÁSICOS ___________

_______________________

_______________________

______________________

___________ 11

RESUMO

RESUMO ________________________________

_____________________________________________________________________

__________________________________________

_____ 11

1.0 -

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________

INTRODUÇÃO _________________________________________________________________

_________________________________ 11

2.0 - VISÃO

2.0 - VISÃO ESPACIAL ______________________________

ESPACIAL ______________________________________________________________

________________________________ 11

3.0 – ORIGEM

3.0 – ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO_______________

DO DESENHO TÉCNICO_______________________________________________

________________________________ 11

4.0 -

4.0 - TIPOS DE

TIPOS DE DESENHO TÉCNICO_______________________________________________

DESENHO TÉCNICO__________________________________________________

___ 11

5.0 –

5.0 – ELABORAÇÃO DE

ELABORAÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS

DESENHOS TÉCNICOS ___________________________

_______________________________________

____________ 22

REFERÊNCIA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIBLIOGRÁFICA _____________________________

_____________________________________________________

________________________ 22

CAPÍTULO

CAPÍTULO 2: INS

2: INSTRUMENTOS

TRUMENTOS PARA D

PARA DESENHO

ESENHO __________

_____________________

______________________

_____________

__ 33

RESUMO

RESUMO ________________________________

_____________________________________________________________________

__________________________________________

_____ 33

1.0 -

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________

INTRODUÇÃO _________________________________________________________________

_________________________________ 33

2.0 - LISTA

2.0 - LISTA DE INSTRUMENTOS E

DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS

MATERIAIS ________________________________

_______________________________________

_______ 33

3.0

3.0 -

- PRECAUÇÕES

PRECAUÇÕES COM

COM OS MATE

OS MATERIAIS:

RIAIS: ___________________________

____________________________________________

_________________ 55

4.0 – L

4.0 – LÁPIS E LAPISEIRA_____________________________

ÁPIS E LAPISEIRA____________________________________________________________

_______________________________ 55

CAPÍTULO 3: NORMAS

CAPÍTULO 3: NORMAS TÉCNICAS__________

TÉCNICAS_____________________

_______________________

_______________________

______________

___ 7 

RESUMO

RESUMO ________________________________

_____________________________________________________________________

__________________________________________

_____ 77

1.0 -

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________

INTRODUÇÃO _________________________________________________________________

_________________________________ 77

2.0 –

2.0 – NORMAS ABNT____________________________________________________

NORMAS ABNT________________________________________________________________

____________ 77

3.0 –

3.0 – FORMATOS DE

FORMATOS DE PAPEL

PAPEL _______________________________

_________________________________________________________

__________________________ 88

4.0 -

4.0 - LEGENDA _________________________

LEGENDA ___________________________________________________________

____________________________________________

__________ 99

5.0 –

5.0 – NOTAS ADICIONAIS _____________________

NOTAS ADICIONAIS ________________________________________________________

______________________________________

___ 99

5.0 –

5.0 – CALIGRAFIA TÉCNICA ____________________

CALIGRAFIA TÉCNICA _______________________________________________________

___________________________________ 10

10

6.0

6.0 -

- LINHAS

LINHAS ______________________________

_______________________________________________________________

________________________________________

_______ 11

11

6.1 -

6.1 - Linha Para ContoLinha Para Contornos e Arestas Visívrnos e Arestas Visíveiseis ______________________________________________________________________________________________________ 1111 6.2 - Linha Para Contorn

6.2 - Linha Para Contornos e os e AresArestas Não Visívtas Não Visíveiseis ______________________________________________________________________________________________ 1111 6.3 -

6.3 - Eixo de Eixo de SimeSimetriatria ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1111 6.4 –

6.4 – Linhas de CotaLinhas de Cota ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1212 6.5 - Linhas de Chama

6.5 - Linhas de Chamada ou Extensãoda ou Extensão __________________________________________________________________________________________________________________ 1212 6.6

6.6 - - Linhas de Linhas de Corte_______Corte_______________________________________________________________________________________________________________________________________ 1212 6.7

6.7 - - Linhas Linhas Para Para Rupturas Rupturas Curtas_________________________Curtas_________________________ ________________________________________________________________ ________ 1212 6.8 -

6.8 - LinhaLinhas s ParPara a RuptuRupturas Longasras Longas ________________________________________________________________________________________________________________________ 1212 6.9

6.9 - - LinhaLinhas s Para HachuraPara Hachurass ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 1212

7.0

(5)

CAPÍT

CAPÍTULO

ULO 4:

4: PROJ

PROJEÇÕES ORTOGONA

EÇÕES ORTOGONAIS

IS ____

________

________

________

________

________

________

________

________

_______

___ 15

15

RESUMO

RESUMO ________________________________

_____________________________________________________________________

_________________________________________

____ 15

15

1.0 -

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________

INTRODUÇÃO ________________________________________________________________

________________________________ 15

15

2.0

2.0 –

– CONCEITUAÇÃO

CONCEITUAÇÃO ____________________________

____________________________________________________________

__________________________________ 15

15

3.0 –

3.0 – ARESTAS OCULTAS _______________________________________

ARESTAS OCULTAS __________________________________________________________

___________________ 17

17

4.0

4.0 –

– ARESTAS

ARESTAS COINCIDENTES

COINCIDENTES ___________________________

____________________________________________________

_________________________ 18

18

5.0 -

5.0 - LINHAS DE

LINHAS DE CENTRO E

CENTRO E DE SIMETRIA

DE SIMETRIA _______________________________

__________________________________________

___________ 18

18

6.0

6.0 –

– VISTAS AUXILIARES

VISTAS AUXILIARES _____________________________

_________________________________________________________

____________________________ 19

19

7.0

7.0 -

- VISTAS

VISTAS ESSENCIAIS

ESSENCIAIS ______________________________

__________________________________________________________

____________________________ 19

19

8.0

8.0 –

– VISTA

VISTA ÚNICA

ÚNICA ________________________________

________________________________________________________________

________________________________ 20

20

CAPÍTULO 5: COTAGEM_______

CAPÍTULO 5: COTAGEM___________________

_______________________

_______________________

_______________________

_____________

__ 21

21

RESUMO

RESUMO ________________________________

_____________________________________________________________________

_________________________________________

____ 21

21

1.0 -

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________

INTRODUÇÃO ________________________________________________________________

________________________________ 21

21

2.0

2.0 –

– COTAS

COTAS____________________________________

_______________________________________________________________________

___________________________________ 21

21

3.0 -

3.0 - REGRAS PARA A

REGRAS PARA A COTAGEM___________________________________________________

COTAGEM___________________________________________________ 23

23

4.0 -

4.0 - TIPOS DE

TIPOS DE COTAGEM

COTAGEM_________________________________

__________________________________________________________

_________________________ 27

27

5.0 -

5.0 - COTAGEM DE

COTAGEM DE CORDAS E

CORDAS E ARCOS

ARCOS ____________________________

______________________________________________

__________________ 27

27

6.0 -

6.0 - COTAGEM DE

COTAGEM DE ÂNGULOS, CHANFROS

ÂNGULOS, CHANFROS E ESCAREADOS__________________________

E ESCAREADOS__________________________ 28

28

7.0 -

7.0 - COTAGEM DE

COTAGEM DE ELEMENTOS EQ

ELEMENTOS EQÜIDISTANTES E/OU REPETIDOS_________________

ÜIDISTANTES E/OU REPETIDOS_________________ 28

28

REFERÊNCIA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIBLIOGRÁFICA _____________________________

____________________________________________________

_______________________ 29

29

CAPÍTULO

CAPÍTULO 6: PERSP

6: PERSPECTIVAS

ECTIVAS__________

______________________

_______________________

______________________

_________________

______ 30

30

RESUMO

RESUMO ________________________________

_____________________________________________________________________

_________________________________________

____ 30

30

1.0 -

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________

INTRODUÇÃO ________________________________________________________________

________________________________ 30

30

2.0

2.0 - PERSPE

- PERSPECTIVA ISOMÉTRICA:_____________________________________________

CTIVA ISOMÉTRICA:__________________________________________________

_____ 30

30

2.1 -

2.1 - Perspectiva Perspectiva Isométrica Isométrica de Objetode Objetos Planos___________________________________________________s Planos___________________________________________________ 3030 2.2

2.2 - - Perspectiva Perspectiva Isométrica Isométrica de de Objetos Objetos CilíndricosCilíndricos ______________________________________________________________________________________________ 3131

3.0

3.0 - PERSPE

- PERSPECTIVA CAVALEIRA ___________________________________________________

CTIVA CAVALEIRA ___________________________________________________ 31

31

3.1 -

3.1 - PersPerspectipectiva Cavaleirva Cavaleira de a de ObjetObjetos Planosos Planos ______________________________________________________________________________________________________ 3131 3.2 -

3.2 - PersPerspectivpectiva Cavaleira De Objeta Cavaleira De Objetos Cilíndricos Cilíndricosos ______________________________________________________________________________________________ 3131

4.0

(6)

CAPÍTULO 7: CORTES, SEÇÕES E RUPTURAS ___________________________________ 34 

RESUMO _________________________________________________________________________ 34

1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 34

2.0 – DEFINIÇÕES _________________________________________________________________ 34

3.0 – TIPOS DE PLANOS CORTE ____________________________________________________ 34

3.1 - Plano de Corte Horizontal___________________________ _________________________________ ___ 34 3.2 - Plano de Corte Vertical_______________________________________ __________________________ 35 3.2.1 - Plano de corte longitudinal __________________________________________________________ 35 3.2.2 - Plano de corte transversal ___________________________________________________________ 35

4.0 - LINHA DE CORTE_____________________________________________________________ 35

5.0 - CORTE TOTAL:_______________________________________________________________ 36

6.0 – HACHURAS __________________________________________________________________ 37

7.0 – CORTE EM DESVIO___________________________________________________________ 39

8.0 - CORTE PARCIAL _____________________________________________________________ 39

9.0 - SEÇÕES ______________________________________________________________________ 40

9.1 - Seções Traçadas Sobre as Vistas _________________________________________________________ 40 9.2 - Seção Traçada Fora da Vista___________________________________________________ __________ 40 9.3 - Seções Traçadas Com a Interrupção das Vistas ______________________________________________ 40

10.0 - RUPTURAS __________________________________________________________________ 41

11.0 – CONVENÇÃO ABNT _________________________________________________________ 42

(7)

“Uma imagem é algo intermediário entre

uma idéia e um objeto." 

 Samuel Taylor Coleridge (1772-1834)

(8)

CAPÍTULO 1: CONCEITOS BÁSICOS 

Em outras palavras, a visão espacial permite a

  percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem

estar vendo fisicamente os objetos.

RESUMO

Este capítulo apresenta conceitos e definições

  básicas, visando esclarecer a necessidade e

aplicabilidade do desenho técnico.

3.0 – ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO

O desenho técnico, tal como ele é entendido

hoje, foi desenvolvido graças ao matemático francês

Gaspar Monge

(1746-1818). Os métodos de

representação gráfica que existiam até aquela época

não possibilitavam transmitir a idéia dos objetos de

forma completa, correta e precisa.

1.0 - INTRODUÇÃO

O

desenho técnico

é uma forma de expressão

gráfica que possui a finalidade de representar tanto a

forma quanto as dimensões e posição de objetos de

acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas

diversas atividades na construção de máquinas e

estruturas.

representar, com precisão, os objetos que têm três

Monge criou um método que permite

dimensões (comprimento, largura e altura) em

superfícies planas, como, por exemplo, uma folha de

 papel, que tem apenas duas dimensões (comprimento e

largura).

Utilizando-se de um conjunto constituído por 

linhas, números, símbolos e indicações escritas

normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é

definido como linguagem gráfica universal da área

técnica.

Esse método, conhecido como

mongeano

,

quando foi publicado em 1715, foi chamado de

geometria descritiva, sendo os seus princípios a base

do desenho técnico.

Assim como a linguagem verbal escrita exige

alfabetização, a execução e a interpretação da

linguagem gráfica do desenho técnico exige

treinamento específico, porque são utilizadas figuras

  planas (em duas dimensões) para representar formas

espaciais.

  No século XIX, com a revolução industrial,

foi necessário normalizar a forma de utilização da

geometria descritiva para transformá-la numa

linguagem gráfica que, a nível internacional,

simplificasse a comunicação e viabilizasse o

intercâmbio de informações tecnológicas.

O desenho técnico, não mostrando o objeto tal

como ele é visto quando terminado, só pode ser 

interpretado por quem compreender a sua linguagem.

Assim, conhecendo-se a metodologia utilizada

  para elaboração do desenho em duas dimensões é

  possível entender e conceber mentalmente a forma

espacial representada na figura plana.

Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da

  International Organization for Standardization – ISO

normalizou a forma de utilização da geometria

descritiva como linguagem gráfica da área técnica e da

arquitetura, chamando-a de

desenho técnico

[1].

 Na prática pode-se dizer que, para interpretar 

um desenho técnico, é necessário enxergar o que não é

visível e a capacidade de entender uma forma espacial

a partir de uma figura plana é chamada visão espacial.

  Na atualidade, a expressão

desenho técnico

inclui todos os tipos de desenhos utilizados nas áreas

técnicas incorporando também os desenhos tais como

gráficos, diagramas, fluxogramas e outros.

2.0 - VISÃO ESPACIAL

4.0 - TIPOS DE DESENHO TÉCNICO

Conforme descrito em [1],

visão espacial 

é

um dom que, em princípio todos têm, dá a capacidade

de percepção mental das formas espaciais. Perceber 

mentalmente uma forma espacial significa ter o

sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto.

O desenho técnico é dividido em dois grandes

grupos, a saber:

 Desenho projetivo

Por exemplo, fechando-se os olhos pode-se

imaginar a forma espacial de um motor ou outro

equipamento qualquer 

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 1: Conceitos Básicos- 1

São os desenhos resultantes de projeções do

objeto em um ou mais planos de projeção e

correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas.

(9)

 Desenho não-projetivo

 Na maioria dos casos corresponde a desenhos

resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os

desenhos de gráficos, diagramas e outros.

Os desenhos projetivos compreendem a maior 

  parte dos desenhos feitos nas indústrias e alguns

exemplos de utilização são, conforme [1]:

a) Projeto e fabricação de máquinas,

equipamentos e de estruturas nas

indústrias de processo e de manufatura

(indústrias mecânicas, aeroespaciais,

químicas, farmacêuticas, petroquímicas,

alimentícias etc.);

 b) Projeto e construção de edificações com

todos os seus detalhamentos elétricos,

hidráulicos, elevadores etc.;

c) Projeto e construção de rodovias e

ferrovias mostrando detalhes de corte,

aterro, drenagem, pontes, viadutos etc.;

d) Projeto e montagem de unidades de

 

processos,

tubulações

industriais,

sistemas de tratamento e distribuição de

água, sistema de coleta e tratamento de

resíduos;

e) Representação de relevos topográficos e

cartas náuticas;

f) Desenvolvimento

de

produtos

industriais.

g) Projeto e construção de móveis e

utilitários domésticos;

h) Promoção de vendas com apresentação

de ilustrações sobre o produto.

Pelos exemplos apresentados em [1],

conclui-se que o deconclui-senho projetivo é utilizado em todas as

modalidades técnicas e, em função disso, apresentam

nomes que correspondem a alguma utilização

específica, como:

a) Desenho Mecânico;

 b) Desenho de Máquinas;

c) Desenho de Estruturas;

d) Desenho Arquitetônico;

e) Desenho Elétrico;

f) Desenho Eletrônico;

g) Desenho de Tubulações.

Apesar dos nomes diferentes, as diversas

formas de apresentação do desenho projetivo têm uma

mesma base, e todas seguem normas de execução que

  permitem suas interpretações sem dificuldades e sem

mal-entendidos.

5.0 – ELABORAÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS

Às vezes, a elaboração de um desenho técnico

envolve o trabalho de várias pessoas.

 No caso de um desenho técnico mecânico, por 

exemplo, um projetista planeja a peça e imagina como

ela deve ser. Depois representa suas idéias por meio de

um

esboço,

isto é, um

desenho técnico à mão livre

.

O esboço serve de base para a elaboração do

desenho preliminar 

ou

anteprojeto

. O desenho

  preliminar corresponde a uma etapa intermediária do

  processo de elaboração do projeto, que ainda pode

sofrer alterações.

Depois de aprovado, o desenho que

corresponde à solução final do projeto será executado

  por um desenhista técnico. O

desenho técnico definitivo

, também chamado de

desenho para execução

, contém todos os elementos necessários à sua

compreensão.

Os desenhos para execução, atualmente, na

maioria dos casos, são elaborados em computadores,

mas também pode ser feito em prancheta. Em qualquer 

caso, entretanto, deve atender rigorosamente a todas as

normas técnicas que dispõem sobre o assunto.

O desenho técnico deve chegar pronto às mãos

do profissional que vai executar a peça ou montagem.

Muitas vezes, nesses casos, é necessário

efetuar-se a traçagem, ou seja, a marcação de curvas,

retas ou pontos sobre a chapa para visualização dos

locais a serem cortados, furados, dobrados, etc.

Observe-se que, tais operações, normalmente,

 precedem às de conformação.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

[1] Ribeiro, A.C.; Peres, M.P; Izidoro, N. “Leitura e

Interpretação de Desenho Técnico” – Faenquil – 

Faculdade de Engenharia Química de Lorena.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 1: Conceitos Básicos- 2

(10)

CAPÍTULO 2: INSTRUMENTOS PARA DESENHO 

RESUMO

2.0 - LISTA DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS

Este capítulo relaciona alguns dos instrumentos necessários para a elaboração de desenhos técnicos.

Uma lista de materiais para desenhos manuais  pode ser extensa, como, por exemplo:

a) compassos;

1.0 - INTRODUÇÃO

Os desenhos técnicos podem ser efetuados de várias formas, tais como mecanicamente, com instrumentos mecânicos e desenhos criados através da utilização de programas gráficos computacionais, CAD/CAM, projeto assistido por computador.

Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por computadores, pois existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos.

 b) lápis; Um dos programas mais populares nesse

sentido é o AutoCad, da empresa Autodesk.

c) lapiseiras,

d) Minas de grafite e porta grafite

Figura 1 – Exemplo de desenho utilizando o AutoCad,

da Autodesk. e) Régua “T”;

  No entanto, esse assunto é tratado em um curso específico.

A forma tradicional de se desenhar  (manualmente) é empregando instrumentos apropriados, inclusive para que eles se tornem fáceis e  precisos.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 2: Instrumentos Para Desenho- 3

Desta forma, este capítulo é dedicado a uma rápida descrição dos aparelhos usualmente necessários no desenho. Alguns outros que não de uso diário, mas destinados a trabalho especiais.

(11)

k) Curvas francesas; f)  prancheta;

l) Transferidor;

g) Esquadros de 45º e 60º;

m) Estilete;

h) Escala (três de seção achatada com duas graduações) com escalas proporcionais em pés e polegadas;

n) Lixa para grafite;

i) Régua

o) Tecnígrafo de mola para prancheta;

 j) Borracha branca macia;

 ________________________________________________________________________________________________ 

(12)

 p)   Normógrafo; espetar o compasso na prancheta; h) i) azeitar as articulações do compasso;

 j) usar o compasso de ponta seca como martelo ou pinça;

k) colocar pesos sobre o "T”, para conservá-lo em posição;

l) traçar uma linha a lápis ou tinta voltando par a

traz;

m)   passar a borracha por tod o o desenho depois

de terminado. Isso tiraria o brilho das linhas a nanquim;

n) começar o trabalho antes de limpar a mesa de instrumentos;

o) deixar os instrumentos sem limpar,  principalmente tratando-se do tira-linhas;  p) guardar os compassos de mola, sem distender,

 para descanso das molas; q) Aranha;

q) dobrar o papel de um original ou de uma cópia;

r) introduzir no tinteiro de nanquim uma pena que tenha sido usada com tinta comum de escrever;

s) diluir o nanquim na água. Se estiver espesso é melhor jogar fora.

r) Caneta Nankin;

4.0 – LÁPIS E LAPISEIRA

A grafite foi descoberta na Baviera por volta de 1400, não lhe tendo sido dado na época o devido valor.

O grafite começou a ser empregado como lápis a partir do ano de 1564, com a descoberta das minas da Inglaterra e hoje é comumente utilizado em lápis escolares, técnicos e de escritório, além do lápis de carpinteiro. Componente básico dasminas normais

e minas finas utilizadas em lapiseiras, a indústria do

lápis busca no grafite características que permitam atingir condições ideais de resistência mecânica e suavidade, associadas ao baixo coeficiente de atrito, além de uma excelente coloração negra.

Há uma enorme variedade de qualidades de grafite. Envolvida em madeira (lápis), em minas simples de várias espessuras para porta minas, desde as mais vulgares 0,5 mm, 0,7 mm, 1,2 mm, até às mais grossas apenas envolvidas em plástico para desenhos que exigem um grande depósito de grafite.

3.0 - PRECAUÇÕES COM OS MATERIAIS:

Em relação ao uso dos vários materiais, nunca:

Atualmente, os lápis são produzidos com uma mistura de grafite e argila que permite que eles possuam diversas durezas, desde extra-duras a extra-macias. As mais duras permitem traços finos cinzento pálido, as mais macias produzem traços mais grossos e mais negros, pois depositam mais grafite no papel.

a) usar a escala como régua;

 b) desenhar com a aresta inferior da régua "T"; c) cortar papel com canivete ou lâmina,

empregando a régua “T” como guia; d) usar a régua “T” como martelo;

Para desenho técnico tem-se, basicamente, a seguinte escala de grafites:

e)   por qualquer das extremidades do lápis na  boca;

f) trabalhar com lápis de ponta gasta;

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 2: Instrumentos Para Desenho- 5 3H ,2H , H e HB.

(13)

Por  H entende-se Hard , ou seja, uma mina

dura e por  HB entende-se Hard/Brand , ou seja, uma

mina de dureza média

Associados ao uso da grafite estão sempre os afiadores ou canivetes para afiar, as borrachas mais ou menos macias e os porta-minas.

A grafite pode ser usada praticamente em todas as superfícies, exceto nas plastificadas, onde adere mal.

O afiamento da mina é executado sobre papel ou lixa fina colada numa tabuinha de madeira compensada; esta é mantida com a extremidade para  baixo, de modo a impedir que o pó da grafite caia sobre

o desenho, sujando-o.

Figura 2 – Afiamento de mina.

 Na maioria das vezes, os lápis são apontados  por apontadores, elétricos ou não, mas o fato é que as suas pontas são curtas e com um ângulo muito acentuado. Para que o desenho seja bem, executado é necessário pontas mais longas, com ângulos suaves   para que a grafite toque o papel em toda a sua

extensão, como ilustrado na figura 3.

Figura 3 – Grafite tocando papel.

Assim, é importante apontar o lápis com estilete, como ilustrado na figura 4 e, posteriormente afiado, como na figura 2.

Figura 4 – Apontamento de lápis.

Para as lapiseiras, é conveniente usar a mina apontada com estilete utilizando-se o mesmo   procedimento anterior, principalmente naqueles casos

em que deseja traçar muitas linhas retas finas de grande comprimento (tracejadas nas secções, linhas de cota),  para que esta se consuma mais lentamente.

Observa-se, entretanto, que para minas de   pequeno diâmetro (0,5 mm ou menor), não há

necessidade de afiamento.

Durante o uso de lapiseiras com minas muito finas, deve-se ter o cuidado de que a mina não saia muito da ponteira, pois se quebram facilmente.

 ________________________________________________________________________________________________ 

(14)

CAPÍTULO 3: NORMAS TÉCNICAS 

RESUMO

 

Neste

capítulo

são

apresentadas

as

 padronizações e normas empregadas para a elaboração

e interpretação de desenhos técnicos.

1.0 - INTRODUÇÃO

O desenho técnico, como linguagem gráfica

técnica,

tem

necessidade

fundamental

do

estabelecimento de regras e normas. Por exemplo, a

representação de uma determinada peça deve

 possibilitar a todos que intervenham na sua construção,

mesmo que em tempos e lugares diferentes, interpretar 

e produzir peças tecnicamente iguais.

Isso, naturalmente, só é possível, quando se

tenham estabelecido de forma fixa e imutável, todas as

regras necessárias para que o desenho seja uma

autentica e própria linguagem técnica, que possa

cumprir a função de transmitir ao executor da peça as

idéias e desejos do desenhista.

Assim, foi necessário padronizar os

  procedimentos de representação por meio de normas

técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente.

Observa-se que cada país elabora suas normas

técnicas e estas são acatadas em todo o seu território

 por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente,

a este setor.

Por outro lado, como há o comércio de

  produtos e serviços entre as nações, os órgãos

responsáveis pela normalização em cada país, criaram

a

 ISO - International Organization for Standardization

(

Organização Internacional de Normalização

).

Quando uma norma técnica proposta por 

qualquer país membro é aprovada por todos os países

que compõem a ISO, essa norma é organizada e

editada como norma internacional.

 No Brasil, as normas são aprovadas e editadas

 pela

  ABNT - Associação Brasileira de Normas

Técnicas

e seguem as normas internacionais aprovadas

 pela ISO.

2.0 – NORMAS ABNT

A execução de desenhos técnicos é

inteiramente

normalizada

pela

ABNT.

Os

  procedimentos para execução de desenhos técnicos

aparecem em normas gerais que abordam desde a

denominação e classificação dos desenhos até as

formas de representação gráfica, como é o caso da

 NBR 5984

– 

 Norma Geral de Desenho Técnico

(Antiga

 NB 8

) e

da NBR 6402

– 

 Execução de Desenhos Técnicos de máquinas E Estruturas Metálicas

(Antiga

NB 13

),

  bem como em normas específicas que tratam os

assuntos separadamente, conforme os exemplos

seguintes:

a)   NBR 10647 – Desenho Técnico – Norma

Geral;

 b)   NBR 10068 – Folha de Desenho Layout e

Dimensões,

c)   NBR 10582 – Apresentação da Folha para

Desenho Técnico;

d)   NBR 13142 – Desenho Técnico – 

Dobramento de Cópias;

e)   NBR 8402 – Execução de Caracteres para

Escrita em Desenhos Técnicos;

f)   NBR 8403 – Aplicação de Linhas em

desenhos – Tipos de Linhas – Larguras das

Linhas;

g)   NBR 10067 – Princípios Gerais de

Representação em Desenho Técnico;

h)  NBR 8196 – Desenho Técnico – Emprego de

Escalas;

i)  NBR 12298 – Representação de Área de Corte

Por Meio de Hachuras em Desenho Técnico;

 j)  NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico;

k)   NBR 8404 – Indicação do Estado de

Superfície Em Desenhos Técnicos;

l)   NBR 6158 – Sistema de Tolerâncias e

Ajustes;

m)  NBR 8993 – Representação Convencional de

Partes Roscadas em Desenho Técnico.

Existem outras normas que regulam a

elaboração dos desenhos de uma área técnica

específica, como, por exemplo:

a)   NBR 6409, que normaliza a execução dos

desenhos de eletrônica;

 b)   NBR 7191, que normaliza a execução de

desenhos para obras de concreto simples ou

armado;

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 7

c)  NBR 11534, que normaliza a representação de

(15)

Desta forma, os formatos da série “A” seguem

as dimensões em milímetros fornecidas na tabela 1.

3.0 – FORMATOS DE PAPEL

Conforme a

  NBR 10.068

, as folhas de papel

 podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na

 posição horizontal.

Formato Dimensões

 A0

841 x 1189

 A1

594 x 841

 A2

420 x 594

 A3

297 x 420

 A4

210 x 297

 A5

148 x 210

Tabela 1 – Dimensões básicas das folhas da série A.

Qualquer que seja o formato do papel, os

elementos mostrados na figura 3 devem aparecer em

um desenho técnico.

Figura 1 – Posição de folhas normalizadas.

Os tamanhos das folhas seguem os formatos

da

 série A

, devendo o desenho ser executado no menor 

  possível, desde que não comprometa a sua

interpretação.

O formato básico dessa série é chamado de

 A0

, o qual corresponde a retângulo com lados de 841

mm e 1.189 mm e área igual a 1 m

2

. Os demais

formatos são formados por divisão ao meio, sempre

  pelo lado maior, do

 A0

e dos formatos subseqüentes.

Por exemplo: o formato

 A1

é metade do

 A0

, o formato

A2 é metade do A1, o A3 é metade do A2 e, assim,

sucessivamente.

Figura 3 – Elementos de uma folha para desenho

técnico.

Conforme a normalização da

 ABNT 

, a margem

esquerda em desenhos técnicos sempre é igual a 25

mm, como ilustrado na figura 3, independentemente do

formato do papel. Desta forma, as demais margens são

as dadas na tabela 2, com as respectivas espessuras das

linhas para traçá-las.

Formato  Margens (mm)  Espessura das linhas das margens (mm)  A0

10

1,4

 A1

10

1,0

 A2

10

0,7

 A3

10

0,5

 A4

5

0,5

 A5

5

0,5

Tabela 2 – Dimensões das margens.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 8

A figura 4 exemplifica para uma folha de

formato A3.

Figura 2 – Representação de uma folha

 A0

e demais

(16)

Figura 4 – Dimensões de uma folha de formato A3.

4.0 - LEGENDA

A

legenda

é usada para informação, indicação

e identificação do desenho e deve ser traçada conforme

a NBR 10086.

A posição da legenda deve estar dentro do

quadro para desenho de tal forma que contenha a

identificação do desenho.

Tanto nas folhas verticais quando horizontais,

a legenda deve ficar no canto inferior direto nos

formatos

 A3

,

 A2

,

 A1

e

 A0

, ou ao longo da largura da

folha de desenho no formato

 A4

.

A direção da leitura da legenda deve

corresponder a do desenho. Ela deve ter 178 mm para

formatos A4, A3, A2 e 175 mm nos A1 e A0.

Em uma legenda de desenhos técnicos devem

constar as seguintes informações:

a) Titulo do desenho;

 b)  Número do desenho;

c) Designação da revisão.

d) Escala;

e) Designação da firma;

f) Projetista, desenhista ou outro

responsável pelo conteúdo do

desenho.

g)  Nome e localização do projeto.

h) Data e nome;

i)

Local, data, assinatura.

 j)

Conteúdo do desenho

k) Unidade utilizada no desenho.

l)

Indicação do método de projeção.

m) Descrição dos componentes:

- Quantidade;

- Denominação;

- Peça;

- Materiais, normas e dimensões.

A figura 5 apresenta um layout de legenda.

Figura 5 – Layout de legenda.

5.0 – NOTAS ADICIONAIS

Após se completar a representação de uma

 peça por intermédio do desenho cotado, determinados

dados técnicos relativos à peça ou a seu processo de

fabricação, necessitam, às vezes, ser acrescentados sob

a forma de notas escritas. Eles podem ser colocados de

diversas maneiras; uma delas é numa lista geralmente

localizada acima ou ao lado da legenda.

  Nessa lista estão contidos os elementos

específicos relativos à peça ou as peças desenhadas na

folha.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 9

A figura 6 apresenta um exemplo de uma

situação como esta.

(17)

Figura 6 – Notas adicionais.

5.0 – CALIGRAFIA TÉCNICA

Um dos mais importantes requisitos dos

desenhos mecânicos é a caligrafia simples,

 perfeitamente legível e fácil de desenhar.

Desta forma, adota-se a

caligrafia técnica

,

cujas letras e algarismos podem ficar na vertical ou

inclinados para a direita, formando um ângulo de 75

0

com a linha horizontal.

As letras maiúsculas servem para cabeçalho e

títulos; as minúsculas para subtítulos, anotações, etc. O

tipo de escrita com letras altas (10 mm) não

compreende as letras minúsculas.

A altura das letras minúsculas é 2/3 da altura

das maiúsculas correspondentes.

As letras de altura de 2,5 e 3,5 mm são

normalmente feitas á mão; podem ser executadas

indiferentemente em pé ou inclinada.

As letras de 5 mm de altura são feitas a

normógrafo.

Os interespaços entre as linhas podem ser de

duas dimensões. Os espaços menores são indicados

  para linhas sucessivas escritas com caracteres de

mesma dimensão; as entrelinhas maiores para linhas

sucessivas escritas com caracteres de diferentes

dimensões: neste caso empregar entrelinhas adequadas

 para os caracteres de maior dimensão.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 10

(18)

6.0 - LINHAS

As

linhas

de qualquer desenho devem ser 

negras, densas e nítidas.

São necessárias três espessuras de linhas, ou

seja,

 grossa

,

média

e

 fina

.

A

 grossa

possui espessura livre determinada

  pelo tamanho do desenho, a

média

possuirá a metade

da espessura da grossa e a

 fina

, metade da espessura da

média.

Os tipos de linha convencionais são os

seguintes:

6.1 - Linha Para Contornos e Arestas Visíveis

A linha para contornos e arestas visíveis é

uma linha grossa cheia, como mostrado.

 No desenho técnico, a linha para contornos e

arestas visíveis indica o contorno de modelos esféricos

ou cilíndricos e as arestas do modelo que são visíveis

ao observador.

A título de esclarecimento, observe-se o

desenho de um dado, como o da figura 7.

Figura 7 – Desenho de um dado.

  Na figura 7, as letras

 A   B C D

indicam as

linhas para contornos e arestas visíveis da elevação. As

letras

  E F G H 

indicam as linhas para contornos e

arestas visíveis da planta. As letras

 I J L M 

indicam as

linhas para contornos e arestas visíveis da lateral.

As linhas para contornos e arestas visíveis

estão indicando as arestas do dado que são visíveis ao

observador.

6.2 - Linha Para Contornos e Arestas Não Visíveis

A linha para contornos e arestas não visíveis é

uma linha tracejada de espessura média, como visto

 No desenho técnico, a linha para contornos e

arestas não visíveis indica as

arestas

que não são

visíveis ao observador, isto é, as arestas que ficam

encobertas.

Para exemplificar, analise-se na figura 8 um

modelo com todas as faces projetadas de uma só vez.

  No desenho técnico deste modelo é possível

reconhecer a linha para contornos e arestas visíveis e a.

linha para contornos e arestas não visíveis.

Figura 8 – Arestas não visíveis (tracejadas).

6.3 - Eixo de Simetria

Como mostrado anteriormente, o eixo de

simetria, bem como a linha de centro, é uma linha fina

formada por traços e pontos alternados.

  No desenho técnico, a função do eixo de

simetria é indicar que o modelo é

 simétrico

.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 11

De forma a um maior esclarecimento, as

figura 9 e 10 apresentam, respectivamente, um modelo

simétrico e um não simétrico com indicação de linha

de centro.

(19)

Figura 9 - Modelo simétrico.

Figura 10 – Modelo não simétrico com indicação de

linha de centro.

6.4 – Linhas de Cota

As linhas de cota são de espessura fina, traço

contínuo, como citado, porém limitadas por setas nas

extremidades.

Figura 11 – Utilização de linha de cota.

6.5 - Linhas de Chamada ou Extensão

São de espessura fina e traço contínuo. Não

devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se

além da última linha de cota que limitam.

Figura 12 – Utilização de linha de extensão.

6.6 - Linhas de corte

As linhas de corte são empregadas para

indicar cortes e seções.

Figura 13 – Utilização de linha de corte.

6.7 - Linhas Para Rupturas Curtas

Servem para indicar pequenas rupturas e

cortes parciais, como na figura 14.

Figura 14 – Utilização de linhas de rupturas curtas.

6.8 - Linhas Para Rupturas Longas

São utilizadas como na figura 15.

Figura 15 – Utilização de linhas de rupturas longas.

6.9 - Linhas Para Hachuras

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 12

São de espessura fina, traço contínuo ou

tracejadas, geralmente inclinadas a 45º, e mostram as

 partes cortadas da peça. Servem também para indicar o

material de que é feita, de acordo com as convenções

recomendadas pela ABNT.

(20)

Além disto,

 pelo menos um dos lados da razão

sempre terá

valor unitário

, o que resulta nas seguintes

 possibilidades:

7.0 - ESCALAS

Como o desenho técnico é utilizado para

representação de máquinas, equipamentos, prédios e

até unidades inteiras de processamento industrial, é

fácil concluir que nem sempre será possível representar 

os objetos em suas verdadeiras grandezas. Assim, para

viabilizar a execução dos desenhos, os objetos grandes

  precisam ser representados com suas dimensões

reduzidas, enquanto os objetos, ou detalhes, muito

 pequenos necessitarão de uma representação ampliada.

a) escala natural, ou seja, para desenhos em

tamanho natural

Para evitar distorções e manter a

 proporcionalidade entre o desenho e o tamanho real do

objeto representado, foi normalizado que as reduções

ou ampliações devem ser feitas respeitando uma razão

constante entre as dimensões do desenho e as

dimensões reais do objeto representado.

A

razão

existente

entre

as

dimensões do desenho

e as

dimensões reais

do objeto é chamada de

escala do desenho

.

 b) escala de redução, ou seja, para desenhos

reduzidos:

É importante ressaltar que, sendo o desenho

técnico uma linguagem gráfica, a

ordem da razão nunca pode ser invertida

, e a

escala do desenho  sempre

será definida pela

relação

existente entre as

dimensões lineares

de um

desenho

com as

respectivas dimensões reais

do

objeto desenhado

.

Existem três tipos de escalas, a saber:

a) escala natural;

 b) escala de redução;

c) escala de ampliação.

c) escala de ampliação, ou seja, para desenhos

ampliados:

A

escala natural 

é aquela utilizada, quando o

tamanho do desenho do objeto é igual ao tamanho real

do mesmo.

A

escala de redução

é aquela que é utilizada

quando o tamanho do desenho do objeto é menor que o

tamanho real do mesmo.

A

escala de ampliação

é aquela utilizada

quando o tamanho do desenho de um objeto é maior 

que seu tamanho real.

Para facilitar a interpretação da relação

existente entre o tamanho do desenho e o tamanho real

do objeto, a

 ABNT 

recomenda que nas indicações de

escalas se utilize a notação das razões que utiliza o

símbolo ‘

:

’, como, por exemplo 1:1. O numeral da

esquerda dos dois pontos sempre representa as medidas

do desenho, enquanto que o numeral da direita dos dois

 pontos representa a medida real da peça.

A norma

 NBR 8196 

da

 ABNT 

recomenda, para

o desenho técnico, a utilização das seguintes escalas:

 Escalas de Redução

:

1 : 2; 1 : 20; 1 : 200; 1 : 2000; 1 : 5; 1 : 50; 1 : 500; 1 : 5000;

A indicação é feita na legenda dos desenhos

utilizando a palavra

 ESCALA

, ou abreviada por 

 ESC. ,

seguida dos valores da razão correspondente.

1 : 10; 1 : 100; 1 : 1000; 1 : 10000  Escalas de Ampliação

:

Quando, em uma mesma folha, houver 

desenhos com escalas diferentes daquela indicada na

legenda, deverá existir abaixo dos respectivos desenhos

a identificação das escalas utilizadas.

2 : 1; 20 : 1; 5 : 1; 50 : 1

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 13

(21)

A figura 16 apresenta um exemplo de escala

de redução, referente à planta baixa de uma oficina.

 Neste caso, naturalmente, não é possível desenhá-la em

tamanho real.

  Note-se que, neste caso, as dimensões que

estarão no desenho serão 100 vezes menores que as

reais, pois a escala é 1:100.

Observação Importante

:

Infelizmente, por problemas de editoração do

texto, não foi possível que a figura estivesse realmente

na escala 1:100. Não adiantará, pois, medir as

dimensões porque elas não corresponderão aos valores

reais que deveriam estar em uma planta. Mas, o

importante é o exemplo e o conseqüente entendimento.

Figura 16 – Exemplo de escala de redução.

A figura 17, por outro lado, apresenta um

exemplo de escala de ampliação, referente à trava do

  bloco complementar de um contator com contatos

auxiliares. Neste caso, se o desenho fosse feito em

escala natural, seria impossível observar os seus

detalhes.

  Note-se que, neste caso, as dimensões que

estarão no desenho serão 5 vezes menores que as reais,

 pois a escala é 5:1.

Observação Importante

:

Infelizmente, por problemas de editoração do

texto, não foi possível que a figura estivesse realmente

na escala 5:1. Não adiantará, pois, medir as dimensões

  porque elas não corresponderão aos valores reais que

deveriam constar no desenho. Mas, o importante é o

exemplo e o conseqüente entendimento.

Figura 17 – Exemplo de escala de ampliação.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 3: Normas Técnicas - 14

(22)

CAPÍTULO 4: PROJEÇÕES ORTOGONAIS 

RESUMO

Esse capítulo fornece subsídios para a

utilização e distinção dos vários tipos de projeções

ortogonais.existentes.

1.0 - INTRODUÇÃO

A finalidade das

 projeções ortogonais

consiste

em reproduzir a forma exata dos objetos, com as suas

três dimensões principais (comprimento, largura e

altura) sobre um plano, o qual é o papel que se

desenha.

2.0 – CONCEITUAÇÃO

Um objeto que se observa, ou se imagina,

  pode ser desenhado (representado) em um plano, o

qual é denominado

  plano de projeção

. A essa

representação gráfica se dá o nome de

 projeção

.

Figura 1 – Projeção.

Figura 2 – Vistas.

Pode-se obter as projeções através de

observações feitas em posições determinadas. Assim,

tem-se várias

vistas

do objeto, como ilustra a figura 2.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 4: Projeções Ortogonais - 15 A vista frontal recebe o nome de projeção vertical ou elevação, como é o caso ilustrado na figura 1

(23)

A figura 3, por outro lado, representa as

  projeções horizontais

vistas de cima

, ou

 plantas

dos

objetos, para o observador na posição indicada pela

seta.

Figura 5 – Planos de projeções.

A este conjunto de planos, diz-se que as

 projeções estão representadas no

1º diedro

.

Se, por outro lado, os três planos de projeções

forem planificados, obtêm-se como resultado, as

 projeções nos três planos, representadas em apenas um

 plano (ou seja, do papel em que se desenha), conforme

o exemplo da figura 6.

Figura 3 - Vista de cima (planta) de objetos.

Considerando-se um plano lateral, como

citado, pode-se nele representar o objeto por outra

vista. A vista representada no plano lateral, é

denominada de

vista lateral esquerda

ou

 perfil 

.

Figura 6 – Projeções em três planos.

Estas projeções denominam-se

 projeções ortogonais

, ou seja, aquelas nas quais as linhas

  projetantes são perpendiculares aos planos de

 projeções.

Figura 4 - Representação das projeções laterais (vistas

laterais esquerdas ou perfis) de objetos.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 4: Projeções Ortogonais - 16

Assim, no desenho técnico elaborado

empregando as normas da ABNT, as projeções

ortogonais ocorrem no 1º diedro e são representados

como na figura 7.

Agrupando-se os três planos verticais,

horizontal e lateral, obtêm-se para uma peça qualquer,

o ilustrado na figura 5.

(24)

Analisando-se figura 8 nota-se que a

  superfície A

está oculta quando a peça é vista

lateralmente (direção 3), enquanto a

  superfície B

está

oculta quando a peça é vista por cima (direção 2).

 Nestes casos, as arestas que estão ocultas em

um determinado sentido de observação devem ser 

representadas por linhas tracejadas, como ilustra a

figura 9.

Figura 7 – Representação das vistas em desenhos

técnicos.

  Note-se que qualquer desenho pode ser 

representado desse modo.

3.0 – ARESTAS OCULTAS

Figura 9 – Vistas.

Como

a

representação

de

objetos

tridimensionais, por meio de projeções ortogonais, é

feita por vistas tomadas por lados diferentes,

dependendo da forma espacial do objeto, algumas de

suas superfícies poderão ficar ocultas em relação ao

sentido de observação.

As linhas tracejadas são constituídas de

 pequenos traços de comprimento uniforme, espaçados

de um terço de seu comprimento e levemente mais

finas que as linhas cheias, conforme citado no capítulo

anterior.

Deve-se procurar evitar o aparecimento de

linhas tracejadas, porque a visualização da forma

espacial é muito mais fácil mediante as linhas cheias

que representam as arestas visíveis.

Seja o caso da figura 8, por exemplo.

É importante destacar que evitar o

aparecimento de linhas tracejadas não significa

omiti-las, pois, em relação ao sentido de observação, as

linhas tracejadas são vitais para compreensão das

 partes ocultas do objeto.

As linhas tracejadas podem ser evitadas

invertendo-se a posição da peça em relação aos planos

de projeção (mudar a posição da vista de frente).

As Figuras 10 e 11 mostram exemplos da

mudança de posição da peça em relação à vista de

frente para evitar linhas tracejadas.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 4: Projeções Ortogonais - 17

Figura 10 – Posição inicial.

(25)

É a partir da linha de centro que se faz a

localização de furos, rasgos e partes cilíndricas

existentes nas peças.

Conforme dito no capítulo anterior, a função

da linha de simetria é indicar que o modelo é

 simétrico

.

Ambas as linhas ultrapassam o contorno dos

desenhos dos objetos

Figura 11 – Nova posição.

4.0 – ARESTAS COINCIDENTES

Quando na tomada de vista, em um

determinado sentido de observação, ocorrer a

sobreposição de arestas (superfícies coincidentes),

representa-se aquela que está mais próxima do

observador.

Figura 12 – Arestas coincidentes.

Observando-se a figura 12, conclui-se que

uma linha cheia, a qual represente uma superfície

visível, sempre irá se sobrepor à uma linha tracejada, a

qual represente uma superfície invisível. Em outras

  palavras, a linha cheia prevalece sobre a linha

tracejada.

Além disto, as linhas que representam arestas

(linha cheia ou linha tracejada) prevalecem sobre as

linhas auxiliares (linha de centro), analisadas a seguir.

5.0 - LINHAS DE CENTRO E DE SIMETRIA

 Nos desenhos em que aparecem as superfícies

curvas é utilizado um novo tipo de linha, composta de

traços e pontos que é denominada

linha de centro

. As

linhas de centro são usadas para indicar os eixos em

corpos de rotação e também para assinalar formas

simétricas secundárias.

As linhas de centro são representadas por 

traços finos separados por pontos (o comprimento do

traço da linha de centro deve ser de três a quatro vezes

maior que o traço da linha tracejada).

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 4: Projeções Ortogonais - 18

Figura 13 – Exemplos de aplicação de linhas de centro

(26)

6.0 – VISTAS AUXILIARES

A principal finalidade de um desenho é

fornecer informações suficientes ao profissional, que

vai utilizá-lo, para que possa construir, controlar ou

montar uma peça ou um mecanismo, de acordo com as

especificações do projetista. A seleção e a distribuição

das vistas dependem da simplicidade ou da

complexidade do objeto. Os objetos são desenhados,

comumente, em três vistas, como já explicado. Além

dessas três vistas básicas, outras poderão ser 

representadas, quando tal se fizer necessário para uma

 perfeita interpretação do objeto.

 Nos casos em que o maior número de detalhes

visíveis estiverem colocados ao lado direito (com

relação á vista de frente), usa-se a vista lateral direita,

que será projetada á esquerda da vista de frente,

conforme o exemplo da figura 14.

Figura 16 – Utilização da vista lateral direita.

Em certos casos, porém, há necessidade de se

usar, no mesmo desenho, as duas vistas laterais para

melhor esclarecimento de detalhes importantes, como

ilustrado na figura 17.

Figura 14 – Exemplo de vista lateral direita.

Observe-se, a seguir, as vistas laterais das

 projeções ortogonais da figura 15.

Figura 17 – Utilização de duas vistas laterais.

Quando se representam as duas vistas, as

linhas médias tracejadas desnecessárias podem ser 

omitidas, como no exemplo da figura 17.

Figura 15 – Vistas laterais.

7.0 - VISTAS ESSENCIAIS

O maior número de detalhes visíveis do objeto

(peça) está posicionado do lado direito, com relação á

vista de frente. Portanto, na vista lateral esquerda

 predomina a representação de maior número de linhas

de contornos e arestas não visíveis.

As

vistas

essenciais

são

aquelas

indispensáveis para a compreensão do desenho e,

  portanto, elas são as mais importantes nas

representações dos objetos (peças).

Pode-se empregar três ou mais vistas, como

também usar duas e, em alguns casos, até uma única

vista.

 Nestes casos, desaconselha-se a representação

desta vista, pois o predomínio das linhas médias

tracejadas em uma vista, aumenta a sua complexidade.

 ________________________________________________________________________________________________ 

Capítulo 4: Projeções Ortogonais - 19

Em qualquer uma destas situações, continuará

havendo a vista principal, ou seja, a vista de frente,

sendo escolhida como segunda vista, se necessário

aquela que melhor complete a representação da peça.

Assim, seria mais adequada a representação da

vista lateral direita, conforme ilustra o exemplo da

figura 16.

Referências

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