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FORMAÇÃO DA ARQUITETURA NA PENÍNSULA IBÉRICA. Antecedentes Históricos e Arquitetônicos Arquitetura e Urbanismo 3º período TH-2

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FORMAÇÃO DA ARQUITETURA

NA PENÍNSULA IBÉRICA

Antecedentes Históricos e Arquitetônicos

Arquitetura e Urbanismo

(2)

“A relação com o território, o urbanismo e a

arquitetura são componentes fundamentais da

cultura de uma sociedade. A compreensão dos

processos que deram origem a essas formas de

organização espacial e o conhecimento de suas

características morfológicas e das práticas

sociais e culturais que lhes estão associadas

são essenciais para a permanência da memória

dessas comunidades.”

(3)

A Península Ibérica é uma região cuja ocupação é antiga por esse motivo

sofrerá a influência de vários povos na formação de sua cultura

(4)

O primeiro surto de urbanização da Península se dará

através da romanização (a invasão romana ocorre por volta do ano 218 a.C.).

Nesse período haverá o surgimento de uma arquitetura

complexa e uma colonização sistemática na região que

recebe o nome de Lusitânia (que correspondia praticamente a todo território português).

cidade de Conímbriga.

(5)

Ruínas da vila romana em Pisões.

Ruínas de um Templo Romano em Évora.

Uma das

estratégias

romanas de

domínio cultural

era a implantação

de edifícios

monumentais e

construção de

infra-estruturas

como aquedutos e

estradas,

conferindo

unidade ao vasto

território ocupado

pelo Império.

(6)

O período que segue a queda do Império

Romano (Séc. V) e que corresponde à Idade

Média, no caso de Portugal pode ser definido da

seguinte forma:

Arte tardo-romana ou paleocristã (Séc. V e VI);

Arte dos Visigodos (Séc. VII e VIII);

Arte dos Mulçumanos (Séc. VIII a XI).

Nos primeiros anos pós queda romana, o norte

de Portugal é invadido pelos suevos (povos da

região da Alemanha) – 411 a 585; sendo que o

Sul permanece cristão e romano até a unificação

dos visigodos no século VI.

(7)

• Fundam várias cidades – Braga, Porto, Lugo,

Astorga.

• Usavam a estratégia de se integrar à

população, adaptaram-se à língua latina, ao

direito romano e convertem-se ao cristianismo.

Portus Cale na atualidade: Porto

(8)

No Século VI há

a unificação

visigótica

(Povos

germânicos do

Leste Europeu).

Azul – Suevos ; Ocre – Visigodos.

Apesar da posição privilegiada dos povos

invasores, provocaram poucas transformações na

sociedade e arquitetura do período.

(9)

• A queda do Império Romano ocasiona uma

redução no nível de crescimento demográfico

• A economia volta a ser predominantemente

agrária

• Ocorre uma “desurbanização”, ou seja, há

uma migração populacional de volta ao campo

e as cidades não são mais centros econômicos

importantes.

• A Igreja Católica torna-se responsável pela

manutenção de vários centros urbanos.

(10)

Arquitetura Visigoda

• Exemplares sobreviventes da

arquitetura visigótica: igreja de

San Cugat del Vallés

(Barcelona); a ermida e igreja

de Santa Maria de Lara e a

Capela de São Frutuoso (Braga);

a Igreja de São Gião (Nazaré)

• Os visigodos influenciaram

formas artísticas originais, como

o arco de ferradura e a planta

cruciforme das igrejas.

Foto: Jose olgon

-commons.wikimedia.org

(11)

Arquitetura Visigoda

• Características:

– planta de basílica, e por vezes cruciforme,

podendo ser uma combinação de ambas, com

espaços bem compartimentados;

– Arcos em forma de ferradura sem pedras de

fecho;

– Uso de colunas e pilares com capitéis coríntios de

desenho particular;

– Abóbodas com cúpulas nos cruzamentos;

– Decoração com motivos vegetais e animais.

(12)

Capitel da igreja visigótica de San Pedro de la

Nave. Samora, Espanha

Restos visigóticos (com arcos em ferradura) na cripta da Catedral de Palência.

Igreja de San Pedro de la Nave, Samora.

(13)

Domínio Visigodo

• Visigodos  são do norte e leste europeu

• Compõem os povos “bárbaros” (não

civilizados)

• Fundaram novas cidades

• Entre seus legados temos vários vocábulos e o

direito visigótico (consuetudinário) (romano =

positivo)

(14)

• No século VIII, o processo de sucessão do reinado visigótico gerou conflitos.

• Um grupo de descontentes com a sucessão do reino pediu

ajuda militar a um governador muçulmano chamado Tárique. • A partir de 711 iniciaram-se

movimentações populacionais e militares lideradas pelo líder muçulmano.

• Estes vieram do norte da África e cruzaram o Mar

Mediterrâneo para alcançar a Península Ibérica.

(15)

Situação geral da Europa

• O fim do Império Romano (476 d.C.) provoca

mudanças econômicas, que vão desde as formas

produtivas até a questão monetária (substituição

do ouro pela prata)

• A incerteza política, guerras territoriais e as novas

invasões na Europa facilitam o processo da

invasão árabe na região da Península Ibérica.

• Ao longo de toda a Europa as cidades tornam-se

locais marginais, não mais funcionando como

centros administrativos, apenas locais de

produção e troca.

(16)

• O domínio árabe da Península significou o

fechamento do comércio marítimo via

Mediterrâneo.

• O comércio passa a se desenvolver em nível

regional, limitando-se temporariamente à

produção local.

• No restante da Europa a Igreja Católica

torna-se estorna-sencial na manutenção dos centros

urbanos existentes.

• Na região da Península Ibérica as cidades são

modificadas e associadas as hábitos dos

(17)

FORMAÇÃO DO IMPÉRIO ISLÂMICO

Península Ibérica – 711 a 1492

Desenho do livro Las

Glorias Nacionales (1852) representando a Batalha de Guadalete (711), início da invasão islâmica da Península Ibérica

(18)

IMPÉRIO ISLÂMICO

• Sob os recursos de Maomé, os árabes

muçulmanos expandiram sua civilização e

comércio por toda península arábica, norte da

África e mais tarde, após a morte de Maomé,

chega até a Península Ibérica na Europa.

• Originária da Península Arábica, local de

nascimento de Maomé, a religião islâmica serve

como ponto de união para um povo

originalmente nômade.

• Entre 622 e 750 d.C. o Império Islâmico se

(19)
(20)
(21)
(22)
(23)

• O islamismo une um povo nômade que reúne mercadores do deserto e dos mares da península arábica e do Mediterrâneo; • Um povo em constante conflito com os impérios que por lá passaram ou permaneceram (persas, gregos, romanos, bizantinos).

• Em seu entorno, duas grandes religiões monoteístas, demonstram

a força da unidade para enfrentar os grandes inimigos, que provocam

a miséria e a escravidão.

• A mensagem do Corão, de

submissão (Islã) a Alah os une e fortalece.

(24)

E

XPANSÃO DO

I

MPÉRIO

I

SLÂMICO

A Conquista Muçulmana

da Península Ibérica

ocorreu com a vitória sobre o rei visigodo Rodrigo, a qual determinou o fim do

Reino Visigótico de Toledo. Os muçulmanos

se estabeleceram então na península e, progressivamente, foram ampliando suas conquistas territoriais. Em consequência do domínio territorial e militar, veio também a influência cultural.

(25)

Al-Andalus: foi o nome

dado à península Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII, tendo o nome sido utilizado para se

referir à península independente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas.

(26)

Expansão do Império Islâmico

• De início integrado na província norte-africana do

império omíada, o al-Andalus seria um emirado (756–929) e posteriormente um califado (929–1031). Com a

dissolução do califado (1031), o território pulverizou-se em vários reinos.

• O Reino das Astúrias foi a primeira região da Península Ibérica que se libertou do domínio dos Mouros quando da invasão por estes da Península Ibérica.

(27)

• As principais influências da cultura islâmica são a influência árabe, persa, turca e o estilo paleocristão

bizantino. • Os árabes eram povos nômades do deserto, de vida

muito simples, cujos abrigos eram tendas. Por isto mesmo, não havia uma arquitetura árabe, as principais peças de arte eram utilitárias e de fácil transporte: vasos, jarras, tapetes, etc.

(28)

• O islamismo seguia a tradição judaica que não permitia a

representação da imagem de Deus. Os temas da pintura e da tapeçaria eram normalmente naturalistas ou geométricos. • A experiência religiosa do

infinito e da inutilidade da vida terrena participa de toda a arte muçulmana.

• A continuação infinita de um tema abstrato, semiabstrato ou parcialmente figurativo é a

expressão profunda da crença na eternidade e o desprezo pela existência terrena.

(29)

A Expansão da Cultura Árabe

• A caligrafia teve um papel

dominante na arte islâmica e se integrou a toda sorte de

projetos decorativos. São dois os principais caracteres da

caligrafia: O cúfico, angular; e o nashki, cursivo. • Cúficosimples (790 d.C.); • Cúficofolheado (952 d.C.); • Cúficofloreado (848 d.C.); • Nashki(1285 d.C); . • Thuluth(1348 d.C.); • Nastalik(1543 d.C).

(30)

CONCEITOS IMPORTANTES

• ÁRABE: pessoa que nasce

ou vive na península arábica.

• MUÇULMANO: seguidor ou

fiel da religião islâmica.

*Portanto árabe e mulçumano não são sinônimos.

• ISLÃ: significa “submeter-se à

vontade de Deus”. Para o islã, o homem deve entregar-se a Deus e submeter-se à Sua vontade em todas as áreas da vida.

Um fiel marroquino em oração

(31)

SOBRE O

ISLAMISMO

• Religião monoteísta que prega a submissão total

do homem à vontade de Alá;

• O livro sagrado dessa religião e que contém as

revelações a Maomé é o Alcorão;

• Além de orientações puramente religiosas, o

alcorão também tem instruções que contribuem

para a ordem social e o interesse dos grandes

comerciantes.

(32)

• O Corão ou Alcorão é o livro sagrado do Islã. Escrito pelos seguidores de Maomé e sob a supervisão do profeta, a obra trata de preceitos religiosos, políticos e morais.

(33)

BASES DO ISLAMISMO

Oração

O ritual da oração representa a humildade do homem na presença de Alá.

Deve ser praticado ao levantar, à primeira hora da tarde, ao fim da tarde, ao por-do-sol e à noite, antes de deitar. A oração sempre é feita na direção de Meca.

(34)

BASES DO ISLAMISMO

Esmola

• A prática da esmola é

chamada de “Zacat”,

palavra que significa

purificar.

• A esmola purifica e

demonstra a

responsabilidade

social do crente, sua

vontade de contribuir

para a manutenção

da comunidade.

(35)

BASES DO ISLAMISMO

Jejum

• O muçulmano deve guardar o

nono mês lunar, o Ramadã, como um período de jejum, no qual se abstem de comer, beber, fumar e manter relações sexuais durante as horas de luz diurna.

• O jejum tem a intenção de

submeter o corpo ao espírito e fortificar a vontade através da

disciplina. O jejum leva o homem a chegar mais perto de Deus.

(36)

BASES DO ISLAMISMO

Peregrinação

• A peregrinação a Meca é um dos deveres do fiel. • Todos os muçulmanos devem ir, pelo menos uma

vez na vida, para essa cidade.

• Antes de entrar em Meca, o peregrino abandona

seus trajes habituais e cobre-se com panos brancos. • Os peregrinos dão

sete voltas ao redor do santuário da grande

mesquita de Meca, além de cumprir outros rituais.

(37)

Legados da cultura Islâmica

• Primeiros a utilizar recursos como cheques e letras

de câmbio.

• Desenvolveram as ciências e o brilho das artes (arabescos, pinturas etc.);

• Aperfeiçoaram o algarismo arábico que nós usamos (1,2,3...)

• Criaram contos famosos como “As mil e uma noites”.

(38)

Próximas aulas

• Urbanismo

Islâmico

• Arquitetura

Islâmica

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