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VIVÊNCIA DE EVENTOS ESTRESSORES ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA / EXPERIENCE OF STRESOR EVENTS AMONG NURSING STUDENTS FROM A PUBLIC UNIVERSITY

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Academic year: 2021

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VIVÊNCIA DE EVENTOS ESTRESSORES ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

EXPERIENCE OF STRESOR EVENTS AMONG NURSING STUDENTS FROM A PUBLIC UNIVERSITY VIVENCIA DE EVENTOS ESTRESORES ENTRE ACADÉMICOS DE ENFERMERÍA DE UNA

UNIVERSIDAD PÚBLICA

Nataly Cristina Bastos Silva1 Marcelle Paiano2 Maricy Morbin Torres3 Maria Aparecida Salci4 Andre Estevam Jaques5 RESUMO

Objetivo: compreender como acadêmicos de enfermagem vivenciam, ao longo do processo formativo, eventos estressores ocasionados pelo curso. Métodos: estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa. Participaram 18 acadêmicos do curso de enfermagem de uma universidade estadual do Noroeste do Paraná. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semi-estruturada. A análise dos dados obteve-se por meio da Análise de Conteúdo, modalidade temática de Bardin. Resultados: foi possível identificar aspectos desencadeadores de estresse: insegurança nos estágios, cobrança por notas e por participação em projetos e excesso de atividades acadêmicas, dificultando a manutenção da vida social, do lazer e de um adequado padrão de sono, resultando em alterações físicas, emocionais e comportamentais. Estratégias de enfrentamento citadas foram a presença da família e amigos e realização de atividades de lazer. Considerações Finais: Frente aos eventos estressores citados e as estratégias de enfrentamento, torna-se necessário rever o papel da universidade frente a promoção da saúde e da qualidade de vida dos acadêmicos.

Descritores: Estudantes de Enfermagem; Educação em Enfermagem; Estresse Psicológico; Enfermagem; Saúde Mental.

1 Enfermeira. Graduada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: nataly.cristina@gmail.com 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem da UEM. E-mail: marcellepaiano@hotmail.com

3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem da UEM. E-mail: maricymorbin@uol.com.br

4 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem da UEM. E-mail: masalci@uem.br

5 Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Professor do Departamento de Enfermagem da UEM. E-mail: andre.jaques@hotmail.com

Autor correspondente: Marcelle Paiano. Av. Colombo, 5790, Bloco 1, sala 10 - Jd. Universitário, CEP 87020-900 - Maringá - PR – BR. Telefone: (44) 3011-4514.

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ABSTRACT

Objective: to understand how nursing students experience, during the formative process, stressful events caused by the course. Methods: exploratory-descriptive study with a qualitative approach. A total of18 nursing students from a state university in the Northwest of Paraná participated in the study. For the data collection, a semi-structured interview was used. The data analysis was obtained through Content Analysis, Bardin´s thematic modality. Results: it was possible to identify stress-triggering aspects: insecurity in the clinicals, pressure for grades and participation in projects and excessive academic activities, making it difficult to keep social life, leisure and an adequate sleep pattern, resulting in physical, emotional and behavioral disturbance. Coping strategies were the presence of family and friends and carrying out leisure activities. Final Considerations: Faced with the stressful events cited and coping strategies, it is necessary to review the role of the university in the promotion of health and the quality of life of students.

Descriptors: Students, Nursing; Education, Nursing; Stress, Psychological; Nursing; Mental Health.

RESUMEN

Objetivo: comprender cómo los académicos de enfermería vivencian, a lo largo del proceso formativo, eventos estresores ocasionados por el curso. Métodos: estudio exploratorio-descriptivo, de abordaje cualitativo. Participaron 18 académicos del curso de enfermería de una universidad pública del Noroeste de Paraná. Para la recogida de datos se utilizó la entrevista semiestructurada. El análisis de los datos se obtuvo por medio del Análisis de Contenido, modalidad temática de Bardin. Resultados: fue posible identificar aspectos desencadenantes del estrés: inseguridad en las prácticas, cobro por notas y por participación en proyectos y exceso de actividades académicas, dificultando el mantenimiento de la vida social, del ocio y de un adecuado patrón de sueño, resultando en alteraciones físicas, emocionales y comportamentales. Las estrategias de enfrentamiento citadas fueron la presencia de la familia y amigos y la realización de actividades de ocio. Consideraciones finales: Frente a los eventos estresores citados y las estrategias de enfrentamiento, se hace necesario revisar el rol de la universidad frente a la promoción de la salud y la calidad de vida de los académicos.

Descriptores: Estudiantes de Enfermería; Educación en Enfermería; Estrés Psicológico; Enfermería; Salud Mental.

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, o trabalho possui grande importância social e talvez, por isso, o estresse laboral está amplamente difundido em nossa sociedade(1). O estresse pode ser definido como um estado de desconforto psicológico no qual há desgaste físico anormal do indivíduo e/ou redução de seu potencial de trabalho, que leva à incapacidade de tolerância, superação ou adaptação a situações que exigem do psíquico no ambiente da vida(2). Este estado de desconforto psicológico é causado pelos

chamados “eventos estressores”, ou seja, eventos esporádicos ou rotineiros que pressionam o indivíduo a lidar com tal situação(3). As formas, cognitivas e comportamentais, de cada indivíduo empregadas para lidar com os eventos estressores são chamadas “estratégias de coping”, e são utilizadas com o objetivo de reduzir ou ter controle sobre os danos percebidos por essa pessoa. Isto é, configuram-se como estratégias de diminuição do sofrimento(3).

Tendo em vista a rotina geral dos hospitais e a rotina das áreas específicas, como as oncológicas, observa-se que o

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desgaste físico, provocado tanto por fatores laborais como pela jornada exaustiva de trabalho (muitas vezes dupla), podem provocar sobrecarga física-emocional nestes profissionais(4). Sabe-se, também, que o estresse está ligado ao convívio com pessoas que possuem/apresentam doenças que despertam grande compaixão, simpatia ou sofrimento entre os trabalhadores(2,5). Logo, este desafio, é vivenciado pelos profissionais da saúde em seu dia a dia de trabalho e constitui risco psicossocial(1).

Além destes fatores, o enfermeiro desempenha muitas funções em seu local de atuação, nas ações de gerência e assistência; sofre com a desvalorização da profissão quando comparado a outros profissionais; e precisa, ainda, lidar com as situações precárias de trabalho (realidade bastante comum em diversos cenários). Estas situações geram no indivíduo intensa sobrecarga psíquica, além de causar cansaço físico e desmotivação que, possivelmente, se refletem em diminuição da vitalidade da equipe como um todo(1,2).

Todos esses geradores de estresse profissional já começam a ser percebidos desde a formação inicial. Além disso, existem estressores peculiares ao período da graduação. No âmbito acadêmico em geral, o aluno vivencia situações de grande estresse, nomeadamente, a necessidade de estabelecer contato com novas e diferentes pessoas, novo ritmo de estudos, diferentes formas de avaliação, preocupação com a carreira, com a construção de um currículo “atraente”,

nova identidade sendo

descoberta/desenvolvida, além dos desafios em morar longe dos pais, cuidar da sua própria alimentação, gastos, organização do tempo, entre outras coisas(3). Estes fatos reforçam a necessidade e a importância de se estudar o estresse entre acadêmicos.

Destaca-se, ainda, a relevância de se abordar o tema entre acadêmicos de enfermagem frente à associação de

situações de grande estresse como, por exemplo, vida universitária e estágio na área de formação profissional. Estudos voltados ao estresse e à Síndrome de

Burnout em acadêmicos de

enfermagem(1,3,4,6-9), que pode ser definida como um conjunto de sinais e sintomas relacionados à cronificação do estresse do meio laboral, caracterizados por redução da eficiência e eficácia profissional ou estudantil(9), enfatizam e confirmam a presença do estado patológico de estresse entre estes acadêmicos e revelam a necessidade de estudos que abordem estratégias de intervenção, bem como a participação do colegiado de docentes promovendo a saúde e prevenindo estados de estresse crônico entre os alunos.

Então, considerando a atual realidade, na qual a presença de estresse entre estudantes de enfermagem tem sido discorrida nos últimos anos(6,8) e, concomitantemente, levando-se em consideração a carência de estudos que tratem da formulação de estratégias de apoio por parte da docência, coordenação e demais envolvidos com os acadêmicos(3), destaca-se a relevância desta pesquisa para o ambiente acadêmico, que teve por objetivo compreender como acadêmicos de enfermagem vivenciam, ao longo do processo formativo, eventos estressores ocasionados pelo curso.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa. O estudo foi realizado na Universidade Estadual de Maringá – UEM, campus sede, localizada no noroeste do estado do Paraná. A Universidade conta com seis campi, além de complexos de ensino, pesquisa e assistência(10).

A população do presente estudo englobou os acadêmicos do curso de graduação em enfermagem no Campus

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de Maringá. Por ocasião da coleta de dados, o curso de enfermagem contava com aproximadamente 53 alunos matriculados na primeira série, 32 na segunda série, 29 na terceira série e 30 na quarta série, totalizando 144 alunos.

A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas individuais semiestrutura-das, com a aplicação de um questionário baseado na literatura vigente sobre o tema, bem como no objetivo da pesquisa. Tal questionário continha questões de identificação (dados sociodemográficos) e questões abertas com o intuito de compreender os principais eventos estressores vivenciados por acadêmicos durante o curso de graduação, sendo a questão norteadora: “Conte-me como você vivencia os eventos estressores durante o período da graduação”.

Para a realização das entrevistas foi realizado o primeiro contato com os acadêmicos após o período de aula de cada série. Neste primeiro contato, foi agendada a entrevista com os acadêmicos de acordo com a sua disponibilidade quanto ao melhor local, data e horário. A pesquisadora elaborou uma lista de entrevistas com os acadêmicos interessados em participar, de acordo com a ordem dos alunos descrita pelo Departamento de Assuntos Acadêmicos (DAA). Foram incluídos todos os alunos regularmente matriculados no curso de Enfermagem, englobando desde os acadêmicos da primeira série (matriculados no ano de 2016) até os da quarta série (matriculados do ano de 2013).

As entrevistas foram iniciadas com os acadêmicos da primeira série e finalizadas no momento da saturação dos dados qualitativos, ou seja, interrompeu-se a coleta de dados quando se constatou que elementos novos para subsidiar a teorização almejada não eram mais depreendidos a partir do campo de observação(11). Após a conclusão da primeira série, as entrevistas deram continuidade com os acadêmicos da

segunda série e assim por diante até a finalização com os acadêmicos da quarta série do curso. O processo de identificação da saturação dos dados se repetiu em todas as séries do curso. Desta forma, a pesquisa foi finalizada com a participação de 18 acadêmicos.

As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e analisadas por meio da Análise de Conteúdo, modalidade temática proposta por Bardin(12). Este método de análise visa o desvendar crítico, primordialmente, a partir da descrição e de inferências que buscam esclarecer as causas de um problema ou as possíveis consequências advindas do mesmo. Esta análise está dividida em 1) Pré-análise: engloba preparação do material, construção de hipóteses e formulação de indicadores que irão nortear a interpretação final; 2) Explora-ção do material: neste momento os dados são codificados, ou seja, transformados sistematicamente e agrupados em unida-des de registro, que pode ser temas, palavras ou frases; 3) Tratamento dos resultados: trabalho realizado por meio da inferência, que é guiada por vários polos de atenção/comunicação. Estes são esclarecidos e, em seguida, novos temas e dados são descobertos, fazendo-se necessário a comparação entre enun-ciados e ações, a fim de verificar possíveis unificações(12).

A pesquisa foi desenvolvida de acordo com os trâmites determinados pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pelos indivíduos participantes ou seus pais no caso de não possuírem 18 anos. A coleta de dados ocorreu somente após a autorização da coordenadora do curso de enfermagem e da aprovação do projeto pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da instituição signatária (CAAE 56823916.1.0000.0104).

Para preservação do sigilo dos participantes, a identificação foi feita por

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meio da letra A (Acadêmico) e do número sequencial de acordo com a ordem das entrevistas, seguido da série do aluno. RESULTADOS

Foram entrevistados quatro alunos da primeira série, quatro da segunda série, cinco da terceira série e cinco da quarta série, totalizando dezoito estudantes. A idade dos entrevistados variou entre dezessete e vinte e cinco anos; três eram do sexo masculino e quinze do feminino; e apenas um residia em outro município.

A partir da análise dos dados referentes às entrevistas, foram identificadas duas categorias: “Fatores estressores relatados pelos acadêmicos de enfermagem” e “Diminuindo o estresse vivenciado pelos acadêmicos”.

Fatores estressores relatados pelos acadêmicos de enfermagem

Os estudantes expuseram diversas situações que os levavam ao estresse. Dentre elas a rotina caracterizada por grande quantidade de provas, trabalhos e estágios que coincidem em datas próximas, a cobrança na participação de projetos a fim de cumprir as atividades acadêmicas complementares exigidas pela universidade, além do desejo de possuir um currículo atraente.

[...] quando tem algum trabalho, alguma prova, aí todo mundo surta, fica doido, tem que estudar (A3-1ª série).

No estágio eu particularmente fico muito

nervosa quando vou fazer algum

procedimento pela primeira vez. [...] é onde eu mais me estresso (A12- 3ª série).

[...] a gente tem projeto, tem um monte de coisa para fazer, além da pressão de ter um currículo bom (A14- 4ª série).

Outro fator referido pelos entrevistados se relacionou à elevada carga horária, principalmente por ser um curso integral sendo que o tempo de

permanência na universidade foi considerado extenso, causando sensação de sobrecarga. Isso acarretava falta de tempo livre, uso de tempo de descanso ou de refeição para realização das atividades do curso e dificuldades para armazenar o conteúdo ensinado em aula, como se observa nas falas a seguir:

[...] a gente perdeu as férias inteiras fazendo esse trabalho, indo atrás das coisas. Nisso eu fiquei bem nervosa, porque eu queria descansar (A3- 1ª série).

A gente tem a sexta-feira livre para participar de projetos. E aí tem essa questão também, que talvez o tempo que você poderia ter um momento de lazer na sexta-feira à tarde, você tem que cumprir as cargas horárias em projetos (A12- 3ª série).

[...] a gente não tem tempo para dormir, nem para estudar, nem para ter vida social aqui, porque a gente tem aula toda manhã e tarde, faz projeto à noite, faz plantão e acaba sendo uma rotina muito pesada (A15- 4ª série).

Outra circunstância apresentada como estressante para os alunos foi o relacionamento fragilizado com os professores. Os mesmos referem sentir medo de expor uma situação de dificuldade ou estresse, se sentem bastante cobrados e relatam falta de compreensão e humanização por parte dos docentes.

Quando a gente sente que o professor [...] você precisa de alguma ajuda, alguma coisa, você acompanha as aulas, você é interessado, mas o professor parece que não entende que não é só a matéria dele, não é muito flexível, sabe? Isso me estressa um pouco, me irrita (A5- 2ª série).

Então a gente se cobra muito, só que além da gente se cobrar tem mais os professores que pegam no pé, cobram bastante da gente isso. E assim, eles falam tanto de humanização no primeiro ano, mas não é isso que eles fazem com a gente (A10- 3ª série).

Não entende, às vezes, o nosso lado que a gente está aprendendo, sabe? Que a gente está ali pela primeira vez e que a chance de a gente não fazer corretamente na primeira, nos primeiros procedimentos é natural, sabe? E, às vezes, eles exigem que você se saia perfeito

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[...] e isso gera um ambiente de estresse muito grande (A12- 3ª série).

Diante dessas situações de estresse, os acadêmicos referiram apresentar sintomas físicos, emocionais e alterações de comportamento, que podem ser reflexo do acúmulo de estresse durante a graduação, especialmente, por não saberem lidar de efetiva e eficaz com os problemas vivenciados nesta fase.

Olha, a gente está, a gente chegou num ponto que a gente está exausto agora. Então está todo mundo estressado com estágio, estressado com nota, estressado com aula [...] Eu cheguei, acho que chegou num nível tão grande, para você ter noção meu cabelo caiu um monte, um monte, um monte de tão nervosa que eu fiquei (A13- 3ª série).

Muita dor de cabeça que eu sinto, é exaustão, é insônia, dá taquicardia, dá aumento da sudorese [...] ai que triste (A16- 4ª série). Eu entrei em depressão esse ano e foi bem difícil de lidar, por conta da universidade mesmo. Eu na verdade estava com dificuldade de associar estágio, projeto, TCC, e também a questão de ter vida social, de poder dormir (A15- 4˚série).

Em síntese, nesta categoria foi possível identificar que diferentes aspectos cooperaram para desencadear o estresse entre os acadêmicos de enfermagem, tais como, insegurança nos estágios, cobrança por notas e por participação em projetos e excesso de atividades acadêmicas, dificultando a manutenção da vida social, do lazer e de um adequado padrão de sono. Estes aspectos podem ter favorecido o surgimento de alterações físicas, emocionais e comportamentais. Mas, ao procurarem os docentes os alunos não se sentiam acolhidos de forma humanizada. Diminuindo o estresse vivenciado pelos acadêmicos

As principais influências para um bom enfrentamento do estresse vivenciado pelos acadêmicos foram a família e as amizades dentro e fora da faculdade. Os

alunos utilizaram-se também da música, da atividade física, da religião e do namoro, além do próprio descanso físico, incluindo dormir, reservar o fim de semana para passear e ficar um tempo sem estudar.

Eu tento espairecer. Quando eu tenho um pouco de tempo sobrando eu vou andar, vou caminhar, ou eu desligo de tudo, fico assistindo um filme, esqueço da faculdade e das coisas que eu tenho que fazer para tentar relaxar um pouco e não sofrer por causa disso (A6- 2ª série).

[...] o meu maior tempo que eu passo quando eu não estou na faculdade é na igreja. Então, a minha maneira de desestressar é isso, é o meu relacionamento que eu tenho com as coisas da igreja, minha vida de oração, minha vida com Deus [...] (A12- 3ª série).

Olha, acho que é parar, pensar e respirar e minha mãe me ajuda muito, ela me controla bastante. Então, essas conversas assim [...] meus pais aliás, meu pai também me ajuda bastante, conversando comigo. Eles mesmos me acalmam. É mais isso (A13- 3ª série).

Os alunos se posicionaram também quanto ao papel da faculdade frente aos desafios de lidar com o estresse no curso de enfermagem. Os mesmos sugeriram a extensão do curso para cinco anos, a presença de um psicólogo para ouvi-los e ajuda-los a superar as situações de conflito vivenciadas, organização da grade curricular a fim de diminuir a concentração de atividades como estágios e provas.

Ter um psicólogo para conversar com a pessoa (risos). Por exemplo, ter um para caso você ficou estressado e quer desabafar, às vezes, você é meio fechado, aí você vai lá e conta para aquela pessoa, ela pode te ajudar no momento (A4- 1ª série).

Eu acho que a nossa carga horária é muito pesada. Então, talvez, aumentar um pouco o tempo do curso, eu sou a favor de cinco anos, para tentar distribuir um pouco esse tempo e essa carga que a gente tem para gente ter

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mais tempo para se organizar e descansar e poder se dedicar a outras coisas também (A6- 2ª série).

Também houve destaque para a necessidade de mudança na metodologia de aula, a participação dos estudantes nas reuniões de departamento para desenvolvimento de maior diálogo aluno/professor e, dentre outras coisas, a revisão de uma conduta ética e humanizada pelo corpo docente para que haja maior compreensão para com os acadêmicos.

É, talvez ter mais é, roda de conversa, sabe? Por exemplo, no curso de enfermagem não tem um representante de turma nas reuniões do departamento [...] a gente, às vezes, tem muito contato com o que os professores chegam a nós, mas, às vezes, não chega informação até eles do que nós alunos pensamos ou sentimos (A12- 3ª série). Mas, na questão das aulas teóricas eu acho que tinha que mudar um pouco na questão de não ser tão maçante assim [...]. Mas, perguntar se, além de entenderam, tipo, debater qual que se encaixa em nosso cotidiano [...] o que a gente vai viver no hospital. Falta mais conversa entre professor e aluno (A8- 2ª série).

Nesta categoria verificou-se que os alunos, ao vivenciarem o estresse no âmbito acadêmico, lançavam mão de estratégias para diminuí-lo. Entre elas destacou-se a presença da família, amigos e namorados e a realização de atividades de lazer. Para auxiliar os alunos nesta vivencia cotidiana do estresse eles sugeriram que seria interessante aumentar o tempo do curso, ter à disposição um psicólogo que pudesse acompanha-los e melhorar a relação/interação com o corpo docente. DISCUSSÃO

O estresse no meio acadêmico é bastante estudado e podem ser

encontrados fatores estressantes comuns em diversos estudos e populações(5-9). Uma revisão integrativa, por exemplo, sobre o estresse em estudantes de enfermagem(6), mostrou que o método de ensino e as dificuldades pessoais vivenciadas na universidade foram os principais causadores de estresse no meio acadêmico, além da dificuldade de conciliação entre provas e trabalhos e tempo de lazer.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional adota a noção de competências como eixo estruturante dos currículos de formação e isso também é expressado nas diretrizes curriculares nacionais de formação de enfermeiros, valorizando a relação com o mundo do trabalho, suas grandes transformações e demandas. Dessa relação, emerge a ideia de produção social e educacional de um novo trabalhador, com competências, com qualificação técnica, com conhecimentos de caráter global, com capacidade de tomar decisões, de empreender, de trabalhar em equipe e de enfrentar contínuas situações de mudança(13).

Nesse sentido, o estudante de enfermagem está suscetível aos riscos psicossociais no ambiente acadêmico devido à conjunção de fatores inerentes à formação e ao trabalho na área hospita-lar. Há de se considerar o tempo dedicado às atividades como realização da mono-grafia de final de curso e estudos clínicos nos campos de prática. Além disso, evidencia-se o elevado nível de estresse dos acadêmicos ao iniciar as atividades práticas no hospital geral, quando se deparam com a pouca familiaridade em relação à organização do trabalho(1).

A rotina da graduação em enfermagem torna-se estressante por ser, na maior parte dos casos, um curso integral, no qual, em campos de estágios, há contato direto com o paciente que encontra-se doente e necessitando de cuidados, por vezes complexos, que serão prestados pelos acadêmicos, diretamente

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supervisionados pelos docentes(14). Por isso, há uma importante cobrança dos professores para que os procedimentos sejam executados de forma correta e segura. E, mesmo que isso seja desenca-deador de estresse entre os alunos, os professores precisam ponderar sobre a qualidade do cuidado prestado direta-mente aos usuários que estão sendo atendidos pelos acadêmicos, porém é necessário uma postura acolhedora e humanizada frente estas situações.

Estudo realizado em universidade pública no sul do Brasil com os acadêmicos de enfermagem demonstrou diversas manifestações referentes às três dimensões do Burnout, as quais estavam associadas à elevada carga horária das disciplinas, atividades extraclasse e extracurriculares, percepção de estarem permanentemente em processo de avaliação pelos docentes, dicotomia entre teoria e prática, falta de acolhimento durante as atividades práticas e estágios por parte das diferentes equipes de saúde, contato frequente com situações de sofrimento, falta de reconhecimento e de valorização da enfermagem e de identificação com as atividades da profissão(7).

Ainda, segundo este mesmo estudo, as especificidades das situações viven-ciadas pelos estudantes parecem desencadear a exaustão emocional evi-denciada, contribuindo para que os alunos se distanciem dos estudos e para o comprometimento do seu sentimento de eficácia profissional(7). Acredita-se que manifestações de estresse referidas pelos estudantes requerem atenção e valori-zação por parte das instituições de ensi-no, com o planejamento e a implementa-ção de ações que visem minimizar o estresse ocasionado pelas situações identificadas, as quais parecem estar associadas ao desenvolvimento das di-mensões do Burnout entre os estudantes.

Além disso, a quantidade de provas e trabalhos, a necessidade de cumprimento de atividades complementares em

proje-tos e a busca pela construção de um currículo atraente para o mercado de trabalho foram citadas como fatores que pressionam e aumentam a sensação de sobrecarga dos alunos. Na pesquisa anteriormente citada(7) estes fatores resultaram em cansaço físico e mental entre os alunos entrevistados, além de dores pelo corpo, sudorese e outros sintomas psicossomáticos. Ressalta-se que os eventos estressores estiveram presentes em todas as séries do curso.

Ainda nesta pesquisa(7), a descrença dos alunos para com o curso mostrou-se relacionada à cobrança dos professores e à falta de compreensão dos mesmos. Dessa forma, os alunos sentiram-se desmotivados com os estudos e com a possibilidade de buscar apoio emocional junto aos docentes. Este evento estressor é de grande impacto na vida acadêmica, pois, como observado em um estudo, o mau relacionamento entre aluno-professor pode levar, de forma indireta, à evasão do estudante, enquanto o bom relacionamento com eles leva o aluno à postergar a desistência do curso, por sentir-se acolhido em suas dúvidas e necessidades(15).

Quanto às alterações apresentadas pelos alunos, como taquicardia, aumento da sudorese, insônia e depressão, os mesmos se encaixam nos sinais e sintomas físicos e emocionais mais fre-quentes do estresse. Tal situação ocorre quando o organismo encontra-se em estado de exaustão, no qual os meca-nismos de adaptação não conseguem compensar o constante estresse vivencia-do. O indivíduo em situações de estresse pode desenvolver doenças como hiper-tensão arterial, ansiedade e depressão, problemas dermatológicos, entre outras(4).

Em estudo sobre as estratégias de coping empregadas por estudantes de enfermagem(14), observou-se que as mais utilizadas foram a fuga da realidade, seguida da reavaliação positiva. Analoga-mente, os dados observados no presente

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estudo, também mostraram que o afastamento foi a estratégia mais eviden-te entre os acadêmicos, que buscavam dormir e passar alguns dias sem estudar, a fim de esquecer os compromissos com a faculdade por um momento.

Este tipo de estratégia que não visa o enfrentamento ou mudança da situação é vista como negativa. Após a utilização de estratégias não efetivas o aluno torna-se passivo diante do evento estressor, o que pode levar à alterações psicológicas, comportamentais e físicas que influen-ciam no desempenho do estudante e o levam à abandonar atividades pessoais de lazer a fim de diminuir a sobrecarga de atividades(14).

Como forma efetiva de diminuir o estresse os alunos encontraram no apoio familiar, de amigos e da igreja uma forte estratégia de enfrentamento dos conflitos acadêmicos, na qual o diálogo e as brincadeiras geraram alívio, conforto e perseverança. Este resultado pode ser enquadrado na estratégia de coping suporte social e representa uma forma importante para o manejo do estresse que precisa ser incentivada pelos docentes ao lidarem como alunos que apresentam ou se queixam de sobrecarga e/ou estresse(14).

Ressalta-se que a investigação entre acadêmicos da área da saúde configura-se como um aspecto importante em termos de promoção e prevenção na Saúde Ocupacional, indo ao encontro dos esforços do Ministério da Saúde brasileiro no que tange à humanização da saúde. Pessoas já desgastadas no período de formação podem representar profis-sionais menos empáticos e atentos às necessidades de usuários de serviços de saúde durante a vida profissional. Fator que contribui tanto para o adoecimento dos profissionais, como para a qualidade da atenção do sistema de saúde brasileiro(9).

Nesse sentido, estudo realizado com acadêmicos de medicina no período do internato questionou o estilo de vida

adotado por eles, já que os mesmos estão constantemente expostos a diversos fatores estressantes. Sugere-se a prática de atividade física regular nesta população, mais tempo para descanso e lazer, e tolerância a mudanças no cotidiano, visto que estes fatores se mostram associados positivamente a baixos níveis de estresse, contribuindo para minimizar a sobrecarga física e mental nestes indivíduos(16).

Em relação ao papel da universidade na diminuição do estresse foi constatado que conhecer sobre os problemas que afetam o aluno universitário pode ser útil para os membros das unidades de ensino repensarem suas estratégias de ação e proporem soluções focais para essas questões(8). Dessa forma, seria impor-tante que as estratégias de intervenção investissem no desenvolvimento de recursos de enfrentamento dos alunos (recursos pessoais, maior autoconfiança, construção de redes de apoio, avaliação da dimensão e relevância dos problemas) a fim de que estas situações não atinjam proporções que diminuam o engajamento do aluno com o curso e a carreira, e que estas intervenções sejam criadas a partir de informações próprias do contexto de estudo e prática vivenciados pelos alunos.

Assim, destacam-se que os estudos nacionais precisam investir no sentido de identificar problemas focais, de áreas e grupos de alunos específicos, o que facilitaria a criação de intervenções justamente direcionadas a estes proble-mas. Investigações detalhadas sobre as particularidades dos diferentes grupos de estudantes universitários podem fornecer subsídios importantes para a criação de intervenções e serviços de apoio que venham realmente ao encontro das demandas do aluno, e não sejam apenas generalizações de intervenções criadas para outros públicos e settings adaptadas ao contexto universitário(15).

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Foi possível identificar a partir dos resultados desta pesquisa, que alguns alunos do curso de enfermagem da universidade investigada referem viven-ciar um alto nível de estresse devido à rotina do curso, às experiências dramáticas vivenciadas no estágio, à grande quantidade de provas e trabalhos, à cobrança e à falta de compreensão dos professores, dentre outros aspectos.

Destaca-se também que os alunos buscaram diferentes estratégias de enfretamento do estresse que visavam a superação do problema, sendo que o suporte social foi um dos mais comuns e amplamente relatado como eficaz. O professor, por sua vez, deve estar sensibilizado acerca de seu papel na formação profissional de cada acadêmico que se encontra em sala de aula, buscando estratégias diferentes que atraiam a atenção do aluno, que gerem conhecimento e especialmente que acolha de forma humanizada os alunos em suas diversas necessidades.

Isto demonstra que a universidade tem importante papel na promoção da saúde e da qualidade de vida dos

acadêmicos, visto que algumas estratégias de enfrentamento dos estudantes de enfermagem tem se mostrado negativas e não eficazes para combater o estresse. Sugere-se às uni-versidades a criação de um Gabinete de Aconselhamento Psicopedagógico com parecer multidisciplinar, no qual o aluno passe por consulta com o psicólogo, receba apoio de outros alunos e participe de programas de bolsas de estudos nos casos de dificuldades socioeconômicas.

Acredita-se que os resultados aqui arrolados possam contribuir com os universitários, especificamente de enfermagem que vivenciam a sobrecarga e o estresse e com o corpo docente a fim de despertar um olhar mais crítico quanto o papel da universidade diante do estresse acadêmico, muito estudado ultimamente quanto às estratégias pessoais do aluno, no entanto, deixando lacunas quanto às mudanças a serem feitas na grade curricular, na estrutura e na metodologia de aula, bem como a criação de um ambiente secundário para promoção da saúde física e, principal-mente, mental dos acadêmicos.

Contribuição individual dos autores: Silva NCB; Paiano M: Participaram na concepção e redação do projeto; análise e interpretação dos dados; redação do artigo e aprovação final da versão a ser publicada. Torres MM; Salci MA; Jaques AE: Participaram da revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação final da versão a ser publicada. Todos os autores declaram ser responsáveis por todos os aspectos do trabalho, garantindo sua precisão e integridade.

Submetido: 02/05/2018 Aceito em: 14/08/2018

REFERÊNCIAS

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geral: riscos psicossociais. Rev. Enferm. UERJ. 2012;20(3):317-322.

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Referências

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