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TRABALHO CIENTÍFICO (MÉTODO DE AUXÍLIO DIAGNÓSTICO PATOLOGIA CLÍNICA)

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Academic year: 2021

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TRABALHO CIENTÍFICO (MÉTODO DE AUXÍLIO DIAGNÓSTICO – PATOLOGIA CLÍNICA) ESTABILIDADE DO PLASMA FRESCO CONGELADO CANINO EM DIFERENTES PROTOCOLOS DE CONGELAMENTO E ARMAZENAMENTO

STABILITY OF CANINE FRESH FROZEN PLASMA IN DIFFERENT FREEZING AND STORAGE PROTOCOLS

Gabrielly SANTOS1; Regina Takahira2; Maurício Wilmsen3; Carolina Latini4; Ana Beatriz Andrade4

1 Estudante de graduação de Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Botucatu,

gabriellysantossantos@hotmail.com

2 Professora Adjunta do Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Botucatu

3 Aluno de pós graduação do curso de Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Botucatu

4 Estudante de graduação de Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Botucatu

Resumo:

O plasma fresco congelado (PFC) apresenta diversos fatores que o tornam um elemento importante na transfusão de sangue, entre eles fatores de coagulação como os Fatores VII, VIII, X e fibrinogênio, além do Fator de von Willebrand. A temperatura de congelamento e o tempo de armazenamento são fundamentais na preservação e viabilidade desses elementos. Com base nisso, esse trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade do PFC após a aplicação de dois protocolos de congelamento e armazenamento, avaliando assim a influência do tempo e temperatura na qualidade do hemocomponente. Foram avaliados 20 cães (n=20) saudáveis, com idade entre 1 e 8 anos, com no mínimo 25 kg, previamente submetidos a exame clínico e laboratorial, que foram divididos em dois grupos com 10 animais cada. O grupo I teve seu plasma fresco congelado a –80ºC, e o segundo a –20ºC. Foram utilizadas apenas as bolsas que apresentaram o volume de 450+20 mL de sangue total. As bolsas de ambos os grupos tiveram a viabilidade dos seus fatores de coagulação aferida por meio da determinação do Tempo de Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) e fibrinogênio, antes do congelamento, 24 horas após o congelamento e após três e seis meses de armazenamento. As comparações entre as médias dos grupos e momentos foram realizadas por meio da ANOVA ao nível de 5% de significância. Não houve

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diferença significativa (p>0,05) entre os grupos em cada momento. Da mesma forma, não houve diferença significativa para o TP, TTPA e fibrinogênio entre os momentos tanto nas bolsas armazenadas a -20ºC quanto nas bolsas armazenadas a -80ºC. Esses resultados indicam que a temperatura de congelamento e de armazenamento do PFC não influenciou na concentração dos fatores de coagulação até três meses após a colheita.

Palavras-chave: Cão, Plasma fresco congelado, hemocomponentes, sangue. Keywords: Dog, Fresh frozen plasma, blood products, blood.

Introdução:

O plasma fresco congelado (PFC) apresenta diversos fatores que o tornam um elemento importante na transfusão de sangue, entre eles fatores de coagulação como os Fatores VII, VIII e fibrinogênio. A temperatura de congelamento e o tempo de armazenamento são fundamentais na preservação e viabilidade desses elementos e, portanto, na qualidade do PFC para uso na transfusão.

Metodologia e Métodos: Animais:

Foram utilizados 20 cães (n=20), todos saudáveis, com idade entre 1 e 8 anos, com no mínimo 25 kg, sem raça específica e com vacinação anual e vermifugação semestral em dia, oriundos de proprietários voluntários, mediante assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. Os cães foram submetidos a exames clínicos e laboratoriais (hemograma, ureia, creatinina, ALT, FA, GGT, proteínas totais, albumina e PCR para Ehrlichia canis), sendo coletadas as bolsas somente após ter sido constatada a normalidade destes.

Colheita e processamento das bolsas de sangue:

As colheitas foram feitas por meio de venopunção da jugular, após antissepsia local, utilizando o método gravitacional, com homogeneização mecânica. Foram usadas bolsas triplas (JP Indústria Farmacêutica®), com

capacidade de 450ml. Cada bolsa de sangue fresco total foi processada em até três horas após a coleta, tendo sido primeiramente centrifugada (ROTANDA 460 RS –

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Hettich) a 1.000g por 14 minutos a 4ºC para obtenção do plasma fresco que em seguida foi transferido para uma das bolsas satélites para ser então congelado. Foram utilizados apenas os cães cujas bolsas apresentarem o volume de 450+20 mL de sangue total.

Delineamento experimental:

Os cães foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais, sendo que o grupo I foi constituído por 10 animais que tiveram seu plasma fresco congelado e armazenado a -80 ºC e o grupo II por mais 10 animais, com o plasma fresco congelado e armazenado a -20 ºC.

O plasma fresco congelado dos dois grupos foi então submetido a dosagem do TP, TTPA e fibrinogênio em três momentos diferentes: 24 horas após o congelamento, constituindo o momento zero, um e três meses após o congelamento, constituindo o momento 1 e 2 respectivamente.

As mensurações de TP e TTPA foram realizadas a partir dos kits da marca Clot®, enquanto as de fibrinogênio a partir dos kits da marca Helena®. Todas as dosagens foram realizadas com o auxílio do coagulômetro Clotimer®.

Além disso, uma amostra do sangue dos 20 cães foi obtida antes da coleta da bolsa, para se estabelecer um valor médio de controle dos fatores de coagulação estudados. Esse valor foi posteriormente comparado com os valores encontrados após os diferentes protocolos de congelamento e armazenamento empregados nos diferentes momentos.

Análise estatística:

As comparações entre as médias dos grupos e momentos foram realizadas por meio da ANOVA ao nível de 5% de significância.

Resultados e Discussão (ou Discussão):

A análise dos resultados mostrou que não houve diferença significativa entre os grupos em cada momento (p>0,05), da mesma forma como esta também não pode ser vista entre os momentos das bolsas armazenadas a -20ºC e das bolsas armazenadas a -80ºC. A análise das amostras congeladas a -20ºC e a -80ºC nos diferentes momentos encontram-se nas Tabelas 1 e 2, respectivamente.

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Tabela 1. Análise das médias obtidas nas amostras de plasma fresco congeladas a -20ºC.

Letras maiúsculas diferentes indicam diferença significativa (p<0,05) entre as temperaturas. Letras minúsculas diferentes indicam diferença significativa (p<0,05) entre os momentos.

Tabela 2. Análise das médias obtidas nas amostras de plasma fresco congeladas a -80ºC.

TP (s) TTPA (s) Fibrinogênio (mg/dL)

M0 9,5 (A,a) 12,3 (A,a) 114,5 (A,a)

M1 9,9 (A,a) 12,4 (A,a) 112,8 (A,a)

M2 9,8 (A,a) 13,2 (A,a) 140,1 (A,a)

Letras maiúsculas diferentes indicam diferença significativa (p<0,05) entre as temperaturas. Letras minúsculas diferentes indicam diferença significativa (p<0,05) entre os momentos.

Esses resultados indicam que a temperatura de congelamento inicial não influencia na viabilidade dos fatores de coagulação TP, TTPA e Fibrinogênio em até três meses após a coleta. Esse resultado condiz com o encontrado por Farrugia e Prowse (1985). Pode-se observar também que a temperatura de armazenamento não teve influência significativa em até três meses de estocagem, visto que nenhum dos fatores apresentou decréscimo que fosse significante e, portanto, prejudicial para a eficiência do uso do PFC na transfusão.

Tais resultados são positivos pois indicam que o plasma pode ser estocado empregando-se mais de um protocolo de armazenamento e, portanto, não é necessário ter no estabelecimento um freezer a -80ºC, que requer manutenção específica e tem um maior custo de aquisição em relação ao de -20ºC. Dessa forma, a estocagem da bolsa de PFC se torna mais acessivel para a maioria de clínicas e

TP (s) TTPA (s) Fibrinogênio (mg/dL)

M0 10,3 (A,a) 12,5 (A,a) 170,2 (A,a)

M1 9,1 (A,a) 11,4 (A,a) 108,4 (A,a)

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hospitais, tornando-se a transfusão desse hemocomponente uma alternativa terapêutica mais viável. Vale ressaltar que esta técnica tem comprovada ser uma técnica extremamente benéfica, especialmente para pacientes com deficiências hereditárias de fatores de coagulação, como a hemofilia e também a Doença de von Willebrand.

É de suma importância que o volume da bolsa (450 +/- 20mL), assim como as condições do animal (animal saudável, dentro do peso e da idade) e da coleta (usando-se o máximo de assepsia, menor estresse para o animal e em um tempo não superior a 15 minutos) sejam respeitados pois são fatores que afetam diretamente a qualidade do sangue e, portanto, de seus hemocomponentes e do seu armazenamento.

Conclusão:

Com base na análise, o congelamento e o armazenamento a -80ºC se mostraram tão eficientes quanto o realizado a -20ºC, pois não houve diminuição nem diferença na atividade ou concentração dos fatores de coagulação testados, indicando que a qualidade do PFC foi mantida.

Referências:

BROWN, D.; VAP, L. Princípios sobre transfusão sanguínea e reação cruzada. In: THRALL, M.A. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. 1.Ed. São Paulo: ROCA, cap, 15, p. 188-198, 2007.

CARLEBJORK, G.; BLOMBACK, M.; PIHLSTEDT, P. Freezing of plasma and recovery of fator VIII. Transfusion, v. 26, p,159-162, 1986.

WARDROP, K. J.; BROOKS, M. B. Stability of hemostatic proteins in canine fresh frozen plasma units. Veterinary Clinical Pathology, p. 91-95, 2001. FARRUGIA, A.; PROWSE, C. Studies on the procurement of blood

coagulation factor VIII: effects of plasma freezing rate and storage conditions on cryoprecipitate quality. Journal of Clinical Pathology, v. 38, p. 433-437, 1985.

Referências

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