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A importância do conhecimento em primeiros socorros e suporte básico de vida no adulto nas escolas

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Academic year: 2021

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Pedro Miguel Cantante Nobre

Relatório de Estágio Pedagógico

“A Importância do conhecimento em Primeiros Socorros e

Suporte Básico de Vida no Adulto nas Escolas”

Mestrado em Ensino da Educação Física nos

Ensinos Básico e Secundário

- Versão Definitiva -

Universidade de Trás-os-Montes e Alto

Douro - Vila Real,

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Pedro Miguel Cantante Nobre

Relatório de Estágio Pedagógico

“A Importância do conhecimento em Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida no Adulto nas Escolas”

Mestrado em Ensino da Educação Física nos

Ensinos Básico e Secundário

- Versão Provisória -

Orientadores: Prof. Dr. Nuno Garrido

Prof. Hélder Rodrigues

UTAD

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Relatório de estágio apresentado à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor Nuno Garrido e do Professor Hélder Rodrigues.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador de estágio, Professor Hélder Rodrigues, por todos os conhecimentos transmitidos e por todo o apoio e pelas palavras que me deu como forma de motivação.

À Escola Básica 2- 3 de Santa Marta de Penaguião por me ter recebido, em especial ao Diretor da Escola que sempre se mostrou disponível para colaborar e ajudar em tudo o que fosse possível.

Aos funcionários da Escola, em especial à Dona Jorge e ao Sr. Tito, pelo à vontade que me transmitiram e pelo auxílio na montagem de material para as aulas.

Aos alunos da escola, em particular às turmas que lecionei, pela experiência que me proporcionaram e com o que também aprendi com eles. Sem eles esta minha “aventura” não seria possível.

Ao professor Nuno Garrido, por me ter ajudado, mais numa fase inicial, a integrar nos métodos de trabalho e me transmitir os métodos de funcionamento do Estágio Pedagógico.

À UTAD por me ter acolhido para realizar o meu 2º ano de estudos do 2º ciclo.

Aos meus pais e à minha irmã, muito especialmente à minha mãe pelo momento que atravessa devido a um problema oncológico e sempre me apoiou em todas as minhas etapas, pelas palavras de alento e pela força que me foi dando quando mais precisei.

À minha namorada, pela paciência que teve comigo em algumas fases menos boas e pelos incentivos moralizadores que sempre me deu.

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A todos os que, de uma ou outra forma contribuíram para que atingisse com sucesso esta etapa.

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Índice Geral

AGRADECIMENTOS ... 4 Índice Geral ... 6 Abreviaturas ... 8 RESUMO ... 10 ABSTRACT ... 11 Relatório de Estágio ... 12 Introdução ... 13

Tarefas de estágio de ensino/ aprendizagem ... 15

Planos de aula ... 15

Unidades Didáticas ... 16

Métodos de Controlo da Unidade Didática ... 19

Avaliação Diagnóstica ... 19

Avaliação Formativa ... 20

Avaliação Sumativa ... 21

Práticas de Ensino Supervisionado ... 22

Tarefas de Estágio de Relação Escola- Meio ... 23

Estudo de turma ... 23 Amostra ... 24 Procedimentos ... 24 Tratamento de dados ... 25 Instrumentos ... 25 Atividades na Escola ... 30

Desporto Escolar (DE) ... 30

Outras atividades ... 31

Direção de turma (DT) ... 32

Tarefa de Estágio de Extensão à Comunidade ... 33

Ação de Formação na Escola ... 33

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“A Importância do conhecimento em Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida

no Adulto nas Escolas” ... 35

Introdução ... 35

Objetivo Geral ... 38

Objetivos Específicos ... 38

Data e local de realização, População Alvo, Patrocínios, Recursos Materiais ... 39

Recursos Humanos ... 40

Convidados ... 40

Divulgação ... 40

Balanço Final Ação de Formação... 41

Conclusão e Perspetivas Futuras ... 43

Bibliografia ... 46

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Abreviaturas

AD- Avaliação Diagnóstica AS- Avaliação Sumativa CT- Conselho de Turma DE- Desporto Escolar DT- Direção de Turma

INEM- Instituto Nacional de Emergência Médica NEE- Necessidades Educativas Especiais PA- Plano de Aula

PLS- Posição Lateral de Segurança

PNEF- Programa Nacional de Educação Física RCP- Reanimação Cardio-Pulmonar

SIEM- Sistema Integrado de Emergência Médica SBV- Suporte Básico de Vida

UD- Unidade Didática

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“O professor (…) deve ser capaz de

ser o instrutor e o facilitador da aprendizagem, o expositor e o individualizador do ensino, o catalisador de relações humanas e o investigador, o que domina os conteúdos e o modo de os transmitir, o que ensina para se aprender e ensina a aprender a aprender (…), um actor, um educador cívico, social, moral, um modelo (…).”

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RESUMO

O Estágio Pedagógico é o culminar dum longo percurso de cinco anos de estudos e tive oportunidade de aplicar na prática muitos dos conhecimentos adquiridos, num contexto real, através da atividade de docente em contexto curricular. Esta etapa final permitiu-me consolidar toda a formação adquirida por mim como profissional como também como pessoal.

Este relatório serve-me para expressar, descrever e partilhar todas as experiências por que passei ao longo do meu estágio como Professor Estagiário de Educação Física.

O documento está dividido em duas partes distintas. Na parte inicial, através de um processo reflexivo/ crítico e solidamente fundamentado sobre todo o processo de formação desenvolvido ao longo deste ano letivo. Serão apresentadas as fases que passei durante o estágio pedagógico, a minha vivência na escola, dificuldades, ansiedades e preocupações, mas também as estratégias e as aprendizagens adquiridas durante a minha intervenção nas diversas áreas de desempenho. Numa segunda parte estará inserida a ação de formação por mim realizada na escola.

A realização do Estágio Pedagógico possibilitou-me o desenvolvimento de um leque de experiências enriquecedoras, as quais foram concretizadas com o melhor empenhamento e dedicação, aumentando assim a minha qualidade de ensino.

Palavras-Chave: Estágio Pedagógico, Educação Física, Professor, Reflexão,

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ABSTRACT

The preparation of this report comes as part of the course Interdisciplinary Seminar 1/2, the 1st and 2nd semesters of the 2nd cycle of studies, corresponding to the degree of Master in Teaching Physical Education in Primary and Secondary Education, University of Trás-os-Montes and Alto Douro (UTAD).

The Teaching Internship is the culmination of a long journey of five years study and had the opportunity to put into practice many of the acquired knowledge in a real context, through the activity of teaching in curricular context. This final step allowed me to consolidate all training received by me as a professional as well as personal.

This report serves to describe and I share all the experiences I went through during my internship as a Trainee Teacher of Physical Education.

The document is divided into two distinct parts. In the early part, through a reflective/ critical and grounded firmly on the entire training process developed throughout this school year process. I went through phases during the practicum, my experience in school, difficulties, anxieties and worries, but also the strategies and skills acquired during my intervention in various areas of performance will be presented. In the second part the action of training for me will be held in the school operates.

The completion of the Teacher Training enabled me to develop a range of enriching experiences, which were implemented with the best commitment and dedication, thereby increasing the quality of my teaching.

Keywords: Teacher Practice, Physical Education, Teacher, Reflection,

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Introdução

A elaboração deste relatório surge no âmbito da Unidade Curricular Seminário Interdisciplinar 1/2, do 1º e 2º semestres do 2º ciclo de estudos, correspondendo ao grau de Mestre no Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O meu estágio decorreu na Escola Básica 2- 3 de Santa Marta de Penaguião, com a orientação do Professor Hélder Rodrigues e com a supervisão do Professor Doutor Nuno Garrido da UTAD. No início do ano letivo o meu orientador de estágio atribuiu-me a turma C do 7º e a turma C do 9º ano visto tratar-se de anos com níveis diferentes de aprendizagem. O estágio teve a duração do 1º e 2º período uma vez que eu era o único professor estagiário e já tinha cumprido todos os requisitos de avaliação, como tal o meu orientador dispensou-me das aulas do 3º período.

Segundo Frontoura (2005), “o estágio pedagógico é a componente fundamental do processo de formação do aluno estagiário”, onde o aluno tem a oportunidade de meter em prática todo o conhecimento adquirido ao longo da sua formação académica e desenvolver novas competências profissionais que permitam responder às muitas dificuldades que ocorrerão ao longo da carreira docente.

Segundo Daresh (1990, cit. Por Caires & Almeida, 2000, p. 221 e 222) os objetivos inerentes ao estágio são: “a aplicação das competências e conhecimentos adquiridos ao longo do curso a um contexto prático; o alargamento do repertório de competências e conhecimentos do aluno através da sua participação numa série de experiências práticas; o ensaio de um compromisso com uma carreira profissional; a identificação das áreas (pessoais e profissionais) mais fortes e aquelas que necessitam de algum aperfeiçoamento; ou, ainda, o desenvolvimento de uma visão mais realista do Mundo Profissional em termos daquilo que lhe é exigido e que oportunidades lhe poderão oferecer”.

Pretendi usufruir ao máximo do Estágio com trabalho, empenho e dedicação ao longo de todo o processo de ensino-aprendizagem com o objetivo de congregar o máximo de aprendizagens e experiências. Como já

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tinha leccionado, pensei que fosse mais fácil a minha adaptação à escola, assim como aos alunos, embora os níveis de exigência e de aprendizagem fossem completamente diferentes. Encarei esta nova etapa de frente com a mentalidade de querer expandir os meus conhecimentos e colocar em prática os que já adquiri enquanto professor assim como aluno.

Embora o Estágio Pedagógico não tenha sido o meu primeiro contato com a lecionação, revelou-se ser uma prova bastante enriquecedora a nível profissional e pessoal, ajudando-me a complementar todas as experiências adquiridas anteriormente. O meu principal objetivo, através das vivências com os alunos foi adquirir os conhecimentos/ técnicas e estratégias fundamentais para desempenhar a tão complexa tarefa de ensinar. Como professor, tentei sempre seguir os ideais de Bento (2003) e procurei “tornar o ensino atraente! Eis uma exigência mais importante para um bom e efetivo ensino” através de estratégias para resolver todos os problemas ao longo do processo de ensino-aprendizagem, na colaboração com todos os outros professores (quer do grupo disciplinar, quer do Departamento) realizando atividades inovadoras e formas de trabalho motivantes que proporcionem aos alunos o maior desenvolvimento possível.

Para que tudo isto fosse possível e me fizesse sentir uma pessoa mais competente, as reuniões com meu orientador de estágio foram fundamentais e de extrema relevância, porque me permitiram alterar, melhorar, experimentar e delinear estratégias de promoção do sucesso no processo de ensino-aprendizagem.

A primeira parte do relatório está dividida por três grupos distintos (tarefas de estágio de ensino/ aprendizagem, tarefas de estágio em relação à escola/ meio e as tarefas de estágio de extensão à comunidade) e a segunda parte é dedicada à Ação de Formação.

Finda esta etapa, irei sempre recordar esta longa caminhada, apesar de bastante díficil, com satisfação, admiração e dever cumprido de forma bastante positiva e exemplar por todo trabalho a que fui proposto ao longo do ano letivo, sentindo-me uma pessoa mais sólida, mais completa e mais competente.

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Tarefas de estágio de ensino/ aprendizagem

Planos de aula

De acordo com Bento (1987), o plano de aula “conduz então as reflexões anteriores à realização metodológica do ensino e ao balanço das actividades concretas do professor e dos alunos”, sendo que “a aula é realmente o verdadeiro ponto de convergência do pensamento e da acção do professor”.

O plano de aula foi elaborado em conjunto com o orientador da escola e continha informações relevantes como: data, hora, tempo de aula, UD (unidade didática), número da UD, conteúdos da aula, local da aula, recursos materiais, ano, turma, número de alunos, professor, objetivos específicos, função didática e objetivos operacionais. Para cada exercício foram contabilizados os tempos totais e parciais, sequêncialização das tarefas e estratégias/ controlo da atividade. A organização deste plano de aula estava distribuída por três fases distintas: parte inicial (aquecimento), parte principal e parte final (retorno à calma).

A elaboração dos planos é uma mais valia que acompanha o professor servindo-me como um suporte orientador da aula, pois no decorrer desta ocorrem sempre imprevistos que me obrigavam a estar preparado a “inventar” adaptações no momento. As situações com que me deparei, e que fui obrigado a improvisar e adotar as melhores estratégias para cumprir os objetivos da aula estiveram relacionados com o número de alunos presentes, número de alunos equipados de forma adequada à prática, espaços disponíveis para o funcionamento da aula, condições meteorológicas e situações de greve como foi o caso de quando abordava a UD de Natação nas Piscinas Municipais. Considerando os objetivos operacionais, alguns dos planos de aula que sofreram alterações foram em função das necessidades identificadas no contexto da aula.

Inicialmente, senti bastantes dificuldades na elaboração dos PA visto que na minha formação académica em Ciências do Desporto nunca me foi solicitado para formulá-los. Assim, tudo na UTAD, mais propriamente no

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Estágio Pedagógico foi novidade para mim e senti-me a começar do patamar zero. Na fase inicial do estágio, mais propriamente nas primeiras aulas a intervenção e a ajuda do meu orientador na organização e planificação das aulas foram fulcrais para a minha adaptação à elaboração dos planos. Tive a preocupação de integrar os conhecimentos das modalidades e a aptidão física, tendo sempre em conta o tempo de empenhamento motor dos alunos, equiparando o PNEF que nos diz que “na estrutura da aula o professor deve assegurar que a intensidade do esforço desenvolvido pelos alunos seja relevante, possibilitando a melhoria da aptidão física dos alunos, considerando também exercitação específica e os cuidados metodológicos específicos do treino das diversas capacidades motoras”.

Nos meus planos de aula, utilizei uma sequência lógica de exercícios critério do mais simples para o mais complexo, terminando sempre com situação de jogo em modalidades coletivas. No entanto, e refletindo um pouco sobre os resultados que obtive, uma realização mais prolongada da situação de jogo, em detrimento de exercícios critério, pudesse ter sido uma mais-valia para os alunos. Chego a esta conclusão porque os problemas e as situações mais complicadas aparecem aos alunos durante a situação de jogo, não existindo assim uma melhor exercitação senão a realização deste, mesmo que em situações de jogo reduzido/ condicionado.

No final de cada aula elaborei os balanços da aula onde fiz uma introspeção da forma como correu a aula (nível de consecução dos objetivos específicos, adaptabilidade e cumprimento do plano de aula, comportamento da turma/ alunos e a própria prestação do professor).

Unidades Didáticas

A planificação da Unidade Didática surge no sentido de promover o sucesso do processo ensino-aprendizagem de qualquer modalidade, justificando-se a sua existência pela necessidade de basearmos a nossa atividade em objetivos precisos, na tentativa de transmitirmos a matéria aos

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alunos de forma sistematizada. Este tipo de documento visa garantir o sucesso da aprendizagem, constituindo um instrumento de suporte do processo de ensino, assentando os seus conteúdos numa análise ponderada dos programas de Educação Física face à realidade do nível dos alunos. Segundo Bento (1987), as Unidades Didáticas “são partes essenciais do programa de uma disciplina. Constituem unidades fundamentais e integrais do processo pedagógico e apresentam aos professores e alunos, etapas claras e bem distintas de ensino e aprendizagem” e “em torno da unidade temática decorre a maior parte da actividade de planeamento e de docência do professor”. A planificação bem orientada e estruturada de acordo com a população alvo é sem dúvida um trabalho fulcral e imprescindível ao docente. Portanto, para além da planificação ser essencial à aquisição de conteúdos por parte dos alunos e ajustada a cada um deles, exige também a sua reflexão. Isto é, o docente durante e após a aplicação da UD deve refletir sobre os aspetos positivos, negativos e ainda, verificar se o objetivo foi cumprido.

As UD elaboradas por mim estavam distribuídas em cinco áreas: caracterização da popuplação alvo (ano, turma, masculinos e femininos), caraterização dos recursos (temporais, materiais e humanos), definição dos objetivos (domínio cognitivo, domínio psicomotor e domínio socio-afetivo), critérios, parâmetros e ponderações de avaliação (domínio cognitivo, domínio psicomotor e domínio socio-afetivo) e estruturação e sequencialização de conteúdos (aula, data, local, conteúdos, objetivos específicos, estratégias, função didática e métodos de controlo). As unidades didáticas foram construídas ao longo dos dois períodos e foram elaboradas antes de iniciar a lecionar determinada modalidade. No 1º período, para o 7º ano, lecionei as modalidades de atletismo, basquetebol e orientação e no 2º período foram abordadas as modalidades de natação e voleibol. Já para o 9º ano as modalidades lecionadas foram o atletismo, voleibol e natação no 1º período e badminton, basquetebol e ginástica no solo no 2º período. Confesso que, senti algum receio para lecionar a UD de badminton, pois ao longo do meu percurso escolar nunca abordei a modalidade, jogando-a apenas nos tempos “mortos” das aulas. Isto obrigou-me a fazer um estudo mais aprofundado do badminton e também contei com a preciosa ajuda do meu orientador que me forneceu

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alguma documentação e me foi dando algumas dicas/ estratégias para ultrapassar esta fase de maior dificuldade.

Inicialmente, cada UD começava com uma AD (avaliação diagnóstica) e eram estes os resultados que ditavam todo o trabalho seguinte. Através da AD analisei as maiores dificuldades dos alunos na modalidade em questão e concluiria se seria necessário um reajustamento dos objetivos pré-delineados e o que se esperava que os alunos atingissem.

Para as seguintes aulas tive como princípio a complexidade dos conteúdos e de partir do conhecido para o desconhecido, ou seja, nas primeiras aulas foram lecionados conteúdos familiares aos alunos e os mais complexos introduzidos progressivamente. Aos conteúdos mais complexos foi dada maior ênfase. Para cada UD foram planeados os diferentes tipos de avaliação (diagnóstica, formativa e sumativa), os momentos e as respetivas grelhas de observação sendo que a AS (avaliação sumativa) era realizada após todos os conteúdos da modalidade terem sido abordados.

As estratégias de abordagem para cada unidade didática serviram para ultrapassar com maior facilidade os problemas com que me deparei, permitindo-me uma melhoria na minha intervenção, individualizando o processo de ensino-aprendizagem em função das necessidades dos alunos. Para cada unidade foram seleccionadas técnicas de instrução, clima e disciplina; estilos de ensino; formas de construção de grupos; alunos a utilizar como modelo, diferenciação de alunos, entre outros.

No final de cada UD realizei um balanço final que tinha como objetivo analisar todo o trabalho elaborado ao longo da unidade, o seu resultado, se os alunos atingiram os objetivos esperados, se houve melhoria desde a AD até à AS, se as estratégias foram bem aplicadas e o que alteraria para melhorar no futuro. Um estudo efetuado por Black et al. (2002) mostra que é necessário reflectir sobre o processo de ensino e modificar algumas estratégias de ensino e de avaliação feita pelos professores.

As tabelas abaixo servem para comprovar que as estratégias implementadas foram as mais corretas para a modalidade em questão e que se verificou realmente evolução dos alunos desde a AD até ao momento da AS.

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Modalidade Avaliação Diagnóstica Avaliação Sumativa

Atletismo 2,4 3,8

Basquetebol 3,2 3,8

Orientação 2,5 3,6

Voleibol 2,5 3,7

Natação 2,6 3,5

Tabela 1- Evolução dos aluns do 7º ano comparando resultados da avaliação diagnóstica e sumativa;

Modalidade Avaliação Diagnóstica Avaliação Sumativa

Atletismo 2,9 3,3 Natação 2,3 3 Voleibol 2,4 3,6 Badminton 2,4 3,2 Basquetebol 3 3,9 Ginástica no Solo 2,4 3

Tabela 2- Evolução dos aluns do 9º ano comparando resultados da avaliação diagnóstica e sumativa;

Métodos de Controlo da Unidade Didática

O controlo das Unidades Didáticas foram efetuados através da avaliação, as quais se processaram em três momentos distintos, mas complementares. Sendo assim, temos a Avaliação Diagnóstica, a Avaliação Formativa e a Avaliação Sumativa, intervindo no início, durante e no final da Unidade Didática, respectivamente.

Avaliação Diagnóstica

Com base no Despacho Normativo nº 1/2005, a Avaliação Diagnóstica conduz à adoção de estratégias de diferenciação pedagógica que contribuem

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para elaborar, adequar e reformular o projeto curricular de turma, facilitando a integração escolar do aluno, apoiando a orientação escolar e vocacional. Assim, será a partir deste tipo de avaliação que vamos identificar e perceber em que níveis de ensino se situam os alunos para estabelecer objetivos adequados aos alunos.

A avaliação diagnóstica foi sempre realizada na primeira aula de cada unidade didática e teve como objetivo identificar o nível e capacidade de desempenho motor dos alunos e da turma em geral, para definir melhor os objetivos das Unidades Didáticas e escolher os conteúdos mais adequados às características dos alunos. Para tal foi elaborado um protocolo de Avaliação Diagnóstica, tendo em conta os gestos técnicos e os respetivos critérios de êxito, assim como toda a organização espacial dos exercícios. O registo da avaliação foi efetuado através de uma grelha de avaliação com todos os gestos técnicos. Esta será avaliada de 1 a 5 valores a que os níveis correspondem a uma observação criterial: 1 – Não realiza; 2 – Realiza com dificuldade; 3 – Realiza com algumas incorrecções; 4 – Realiza correctamente; 5 – Realiza muito bem.

Avaliação Formativa

Segundo o Despacho Normativo nº 1/2005, a Avaliação Formativa é a principal modalidade de avaliação do ensino básico, assume o caráter contínuo e sistemático e visa a regulação do ensino e da aprendizagem, recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo com a natureza das aprendizagens e dos contextos que ocorrem. De acordo com Ribeiro (1999), a Avaliação Formativa pretende determinar a posição do aluno ao longo de uma unidade de ensino, no sentido de identificar dificuldades e de lhes dar solução.

A Avaliação Formativa é uma obtenção rigorosa de dados ao longo do processo de ensino-aprendizagem com o objetivo de melhorar e aperfeiçoar o processo que avalia e seleccionar os meios didáticos adequados aos alunos. Permite uma ação reguladora entre o processo de ensino e o processo de aprendizagem, adaptando o sistema ao indivíduo. Tem como finalidades a

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melhoria do processo avaliado, proporcionar informações ao aluno e ao professor sobre o processo de ensino-aprendizagem, determinar o grau de consecução dos objetivos, identificar possíveis erros existentes no processo de ensino-aprendizagem e reorientar as estratégias utilizadas pelo professor. Este tipo de avaliação ocorre ao longo do processo de ensino-aprendizagem e refere-se a decisões de regulação da aprendizagem e adaptação das estratégias de ensino e aprendizagem.

Avaliação Sumativa

Segundo o Despacho Normativo nº 1/2005, a Avaliação Sumativa consiste na formulação de um juízo globalizante sobre o desenvolvimento das aprendizagens do aluno e das competências definidas para cada disciplina e área curricular. De acordo com Ribeiro (1999) a Avaliação Sumativa pretende apreciar o processo desenvolvido pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem, tendo como objetivo aferir resultados já recolhidos na avaliação formativa e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino.

Foi realizada sempre no final de cada unidade didática e tem como finalidades valorizar a aprendizagem realizada, determinar o nível alcançado pelo aluno e determinar a eficácia dos processos de ensino e aprendizagem. A avaliação faz assim parte do processo ensino-aprendizagem sendo indispensável a sua utilização uma vez que as unidades didácticas agrupam três domínios (psicomotor, cognitivo e sócio-afectivo).

Todos os alunos foram abrangidos pelos três domínios à excepção de uma aluna, que por motivos de saúde apresentou atestado médico para o corrente ano letivo, sendo apenas avaliada em dois campos (cognitivo e socio-afetivo). Neste caso particular solicitei sempre à aluna que colaborasse comigo na montagem do material no início da aula e no final da aula para arrumar. Além destas tarefas a aluna realizou trabalhos no final de cada unidade didática sobre a modalidade em questão, assim como realizou as fichas de avalição, tal como os alunos no geral.

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Práticas de Ensino Supervisionado

Nas primeiras aulas, a presença do meu orientador deixou-me bastante tímido e reticente sobre as ações e decisões a tomar em qualquer das situações porque mesmo sendo eu o professor sabia que tinha alguém também a avaliar-me. O meu medo de errar era uma fonte negativa que me perseguia embora viesse a perceber que a presença do orientador era para meu bem. Nas horas estipuladas para me reunir com o orientador, este corrigia-me dos erros que cometia e do que poderia alterar para poder ser um profissional da área ainda melhor. Considero que as observações, que nem sempre foram agradáveis, foram bastante importantes para mim, fizeram-me refletir e corrigir os maiores problemas e consolidar as mais valias que já possuía.

As observações realizadas ao meu orientador, assim como aos outros professores da escola (excepto aos que não deram autorização) considero que foram um bem essencial porque me permitiram retirar as principais estratégias de cada um, para me enriquecer em relação aos métodos que utilizavam na aula (formação de grupos, posicionamento, ordem dos exercícios, feedbacks individuais e ao grupo, montagem e arrumo do material).

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Tarefas de Estágio de Relação Escola- Meio

Estudo de turma

O estudo de turma realizado foi fundamental para eu ter um conhecimento mais aprofundado da turma e mais especialmente do estilo de vida de cada aluno. Todo o professor deveria ter um conhecimento ao pormenor de cada aluno para proceder a estratégias individuais, consoante a necessidade de cada aluno. Para além de ser um item da minha avaliação, realizei com entusiasmo este estudo porque fiquei a conhecer melhor sobre os hábitos de cada um facilitando a interação entre professor- aluno, correspondendo às suas necessidades.

Segundo Costa et al. (1996), a aquisição de competências pessoais não se deve limitar apenas aos conteúdos de natureza académica e intelectual, competindo às escolas uma gestão das diferenças individuais dos alunos contribuindo para a integração responsável e participativa dos alunos na sociedade. Neste sentido, a escola deve estar bem estruturada de modo a conciliar todas as culturas que existem no seu meio escolar. Desta forma será possível que todos os alunos se sintam pertencentes à escola para conseguirem aprender de forma harmoniosa. A escola deve garantir constantemente a inclusão e a diferenciação de todos para conseguir uma educação e uma formação efetiva e socialmente mais rica. É fulcral que cada professor garanta a singularidade de cada aluno, para mantê-lo ativo nas suas aprendizagens na escola, integrando-o e educando-o para a sociedade em que está inserido, de modo a ser um adulto consciente e estável.

Assim, o principal objetivo deste estudo foi o de fazer uma caraterização da turma com maior detalhe e mais aprofundadamente as particularidades sociais, culturais, económicas e psicológicas de cada aluno que interferiam no processo de ensino- aprendizagem permitindo-me adaptar as aulas face às limitações de cada um.

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Amostra

A amostra deste estudo foi constituída por 20 alunos da turma C do 9º ano da Escola Básica 2- 3 de Santa Marta de Penaguião.

Procedimentos

Participação nas reuniões de Conselho de Turma (CT) em que a Diretora de Turma (DT) fez uma breve caracterização da turma (problemas de saúde, dificuldades, alunos com NEE- Necessidades Educativas Especiais) tendo em conta os dados do ano anterior. Foi entregue uma Ficha Biográfica aos Diretores de Turma, pelo Agrupamento, para os alunos preencherem. A Ficha continha várias questões sobre os alunos, encarregados de educação, vida escolar, hábitos de estudo, ocupação de tempos livres, professores e as suas perspetivas futuras. Em conjunto com o meu orientador elaborámos um questionário visto que a ficha carecia de alguns pontos importantes relacionados com a disciplina de Educação Física e a prática de atividade física.

Assim, a Diretora de Turma entregou os questionários aos alunos para o respetivo preenchimento. A DT informou os alunos do objetivo do questionário e de que o preenchimento era sigiloso pelo que deveriam ser o mais sincero possível. Posteriormente foram-me entregues os questionários para proceder ao tratamento e análise de dados.

O preenchimento destes questionários teve como objetivo obter o máximo de informações pertinentes para uma correta caracterização dos alunos e da turma, que se tornou claramente numa ferramenta fulcral em todo o processo de ensino-aprendizagem decorrente ao longo do ano letivo.

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Tratamento de dados

Procedi à verificação dos dados e análise cuidada dos resultados através do programa “Microsoft Office Excell 2010” e foram apresentados sobre a forma gráfica e tabelas. Depois do tratamento dos dados elaborei um Power Point para apresentar numa reunião do CT dando a conhecer todas as conclusões retiradas relativas à turma.

Para além dos questionários realizei uma leitura das fichas individuais dos alunos referenciados no Conselho de Turma com NEE e dos alunos com acompanhamento psicológico.

Instrumentos

No questionário entregue aos alunos constavam os seguintes parâmetros de avaliação:

 Dados Biográficos;  Problemas de Saúde;  Deslocação para a Escola;  Agregado Familiar;

 Encarregados de Educação;  Hábitos Alimentares;

 Vida Escolar;

 Interesse pela Educação Física;  Ocupação dos Tempos Livres;

Estes parâmetros foram fundamentais para o conhecimento das diferentes situações em que cada aluno se encontra. Depois de analisar os dados constatei que dos vinte alunos, sete apresentam problemas de saúde os

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quais devo ter em conta, ainda que alguns não influenciem diretamente as aulas práticas.

 4 Alunos têm asma levando a que a intensidade dos exercícios tenha sido menor para eles;

 Relativamente ao sopro, alergia e tiróide não foram adaptados nenhuns planos específicos.

 A aluna com NEE apresenta também insuficiência aórtica moderada e com deslocamento da retina não estando autorizado a fazer aulas de Educação Física pelo que os parâmetros de avaliação foram diferentes como referido anteriormente.

A residência dos alunos é bastante dispersa de uns para os outros, habitando no máximo dois alunos por localidade. O meio de transporte utilizado para se deslocarem para a escola é maioritariamente o autocarro e o tempo que levam para chegar ao destino é entre os 11 e os 20 minutos. Este critério é bastante importante para a ida para a escola dado que esta turma tem aulas às sextas-feiras às 08h30 e os autocarros que os transportam podem chegar atrasados pelo que terei de ser condescendente caso algum aluno se atrase.

Relativamente aos encarregados de educação constatei que a profissão dominante é doméstica daí o nível económico ser baixo. Treze alunos possuem Apoio Social Escolar o que me leva a crer que a turma, no geral, poderá apresentar carências económicas e embora este apoio permita aos alunos adquirir livros mais baratos ou até oferecidos, no caso da Educação Física isto não se verifica, logo a aquisição de material específico para a disciplina poderá ser dispendioso sendo eu mais tolerante em relação ao equipamento dos alunos.

Como cada caso é um caso, tornou-se fundamental saber quais os alunos que vivem com os pais, ou se se encontravam em situações de monoparentalidade, ou por outro lado situações de famílias carenciadas, pois normalmente estes são alunos que necessitam mais de apoio psicológico, motivação e afeto. Verifiquei apenas uma aluna que a mãe tinha falecido à relativamente pouco tempo e se encontrava em instabilidade emocional, isolando-se frequentemente dos outros alunos. Outro fator que contribuiu para os receios da aluna nas aulas de Educação Física foi a sua estrutura física que

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lhe baixava bastante a sua auto-estima, em que o medo de fazer mal ou de errar um simples passe perduravam em termos mentais temendo sempre o gozo dos colegas de turma. Na ginástica no solo, com o intuito de proteger a aluna, em conversa com o meu orientador concluímos que a aluna iria dar apenas a ajuda aos colegas. A avaliação sumativa da aluna nesta unidade didática foi baseada apenas, na ajuda correta em relação aos colegas de turma e na ficha de avaliação de conhecimentos dei uma maior cotação à modalidade em relação aos colegas.

Foi dado especial atenção aos hábitos alimentares dos alunos, especialmente ao pequeno almoço, pois a aula tinha início logo às 8h30 requerendo uma boa alimentação nesta refeição. Segundo o CSS (2012), “o rendimento escolar está intimamente relacionado com a qualidade e a quantidade do aprovisionamento alimentar, destacando-se o papel vital do pequeno-almoço”. A eliminação do pequeno-almoço provoca hipoglicémia (diminuição do açúcar do sangue) resultando sintomas, que muitas vezes os alunos nem dão conta como: cansaço, perda de força, desfalecimento, visão turva, confusão mental, cefaleias, alterações do humor e vómitos. Neste campo, nunca houve qualquer problema ou sintoma, visto que dos 20 alunos que participaram no estudo, 18 afirmaram tomar o pequeno almoço. Os 2 alunos que iam para a escola em jejum foram alertados para os problemas que poderiam vir ter e posteriormente fui informado que o pequeno almoço já fazia parte da refeição dos alunos em causa.

Relativamente à vida escolar dos alunos, através do questionário tive conhecimento dos alunos repetentes, as disciplinas preferidas, a postura dos encarregados de educação face ao rendimento escolar dos alunos.

Retirei também dados sobre a ocupação dos tempos livres dos alunos, a regularidade da prática de atividade física, as modalidades preferidas e a participação de cada um perante as modalidades do desporto escolar com o objetivo de lhes proporcionar uma maior oferta.

Os alunos referiram que as disciplinas que mais gostavam eram a Educação Física e Matemática, tendo recaído sobre mim a responsabilidade de dar resposta às expetativas dos alunos proporcionando-lhes aulas de intensa atividade motora através de exercícios motivadores que lhes despertássem entusiasmo na realização dos mesmos. Os encarregados de educação

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demonstram interesse no percurso escolar dos seus educandos procurando saber os resultados, assinando as fichas de avaliação de conhecimentos teóricos e conversando sobre os problemas. O apoio nos estudos é feito pelos encarregados de educação e quando tal não acontece por diversos fatores, procuram ajuda entre familiares, principalmente nos irmãos.

Quanto à ocupação dos tempos livres, a totalidade dos alunos referiu que os ocupam a ver TV, seguida de ouvir música e computador. A prática desportiva surge apenas em nono lugar, tendo sido quase das últimas opções dos alunos. Segundo a Busbike, muitos são os jovens que passam a interessar-se por outras atividades e a deixar de lado a prática de desporto. O estilo de vida dominante na sociedade atual conduz os adolescentes a hábitos demasiado sedentários (televisão, computador, telemóvel e consolas de jogos). Perante tal situação alertei os alunos para os benefícios da prática de desporto assim como os riscos do sedentarismo. Pollastschek & O’Hagan (1989 cit in Cruz et al., 1996) referem que o exercício poderá ajudar as crianças a terem melhores níveis de rendimento escolar. Assim, falei-lhes das modalidades oferecidas pelo desporto escolar (futsal, xadrez e dança) e influenciei-os e incentivei-os para a prática regular de atividade física para que praticassem alguma destas opções. Foi uma tarefa díficil, mas considero que foi uma missão cumprida visto que apenas quatro alunos não frequentaram nenhuma destas modalidades.

Por sua vez, as modalidades que os alunos mais gostam são o Basquetebol e a Natação e a que menos gostam é o Atletismo. Consegui que os alunos não se desmotivássem nas aulas porque consegui conciliar as aulas de Natação e Atletismo no 1º período assim como implementei aulas com exercícios competitivos e não apenas uma repetição de um gesto ou de um movimento.

No final das aulas verifiquei sempre se os alunos tomávam banho, situação que nunca tive necessidade de intervir, pois sempre dei o tempo necessário para tratarem da sua higiene pessoal.

Considero que este estudo foi um ponto de partida para traçar um plano/ estratégias pedagógicas para implementar ao longo dos dois períodos que me permitissem alcançar as metas definidas, incutindo sempre aos alunos o gosto

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pela educação física assim como o interesse pela prática de desporto e hábitos de vida saudáveis.

Foi bastante importante ter um bom conhecimento geral de todos os alunos que constituíam esta turma porque me forneceu uma base mais sólida para a identificação das necessidades, dificuldades e problemas dos alunos, com vista à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. A análise da turma foi um instrumento precioso na busca de estratégias de intervenção adequadas à situação real dos alunos, indo ao encontro das suas necessidades individuais e tirando o máximo proveito das características de alguns alunos ou do grupo em geral.

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Atividades na Escola

Desporto Escolar (DE)

Desde o início do ano letivo que entrou em funcionamento o desporto escolar com as modalidades já acima referidas (futsal, xadrez e dança). O horário era às quartas e sextas feiras das 15h30 às 17h30.

Considero esta atividade extracurricular uma mais valia para os alunos assim como Snyder e Spreitzer, (1990) que defendem que a participação em atividades do desporto escolar pode: 1) conduzir ao aumento do interesse pela escola; 2) motivar os jovens atletas para um bom desempenho académico a fim de manterem a elegibilidade que o desporto lhes confere; 3) aumentar a perceção de valor próprio; 4) conduzir ao aumento do interesse por parte dos pais, professores e treinadores; 5) promover o sucesso académico; e 6) conferir ao atleta a esperança de frequentar a escola e participar nas atividades desportivas que a mesma proporciona.

A minha função no DE resumiu-se a prestar auxílio ao meu orientador que ficou responsável pelo futsal do 3º ciclo. Nesta atividade fiz de tudo um pouco o que me foi pedido com entusiasmo, pois sentia que tudo o que fazia era mais experiência que ganhava e este ano de estágio era o ideal para tal. Encarei cada tarefa como um novo desafio, embora já tenha trabalhado na área do treino, desde o mais simples aquecimento até ao ficar responsável por todo o treino. Inicialmente, comecei a dar apenas o aquecimento motor, realizando os exercícios adequados para a prática. Posteriormente comecei a realizar exercícios adequados ao estilo de jogo adotado pelo meu orientador, assim como o treino de “jogadas estudadas”. Depois desta passagem ligeira pelo treino o meu orientador deixou-me com totais funções e confesso que me senti bastante à vontade e trabalhei com bastante entusiasmo e motivação em poder transmitir os meus conhecimentos técnico-táticos aos alunos. Quando era o meu orientador a dar o treino, eu era um “um mero espetador” com gosto pelo futebol e concluí que faltava uma motivação extra aos alunos. Foi aí que tivemos uma conversa e disse-lhe que se eu treinásse juntamente com os alunos, eles iriam encaram o treino com mais rigidez e com outro empenho. O orientador achou que seria bastante benéfico para os alunos e a partir do 2º

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período, quando não me era atribuída nenhuma função realizava o treino juntamente com os alunos.

Outras atividades

Ao longo dos dois períodos em que estagiei, foram várias as atividades realizadas em que participei ativamente. Ao nível da Atividade Interna oferecemos aos alunos o Tribol e o Torneio de Ténis de Mesa. Ao nível do Tribol, distribuído por três modalidades (Futsal, Voleibol e Basquetebol), fiquei responsável pela montagem dos campos e da arbitragem, enquanto no Torneio de Ténis de Mesa tudo passava por mim. Organização do calendário de jogos, distribuição pelas horas livres dos alunos e controlo da arbitragem. Posso afirmar que foi complicado realizar esta tarefa por todos os fatores, mas que no final tudo correu na perfeição, sem qualquer tipo de falha. Neste torneio os alunos mostraram uma grande motivação e interesse visto que me perguntavam constantemente quando voltavam a jogar e qual era a sua classificação. Considero que foi bastante produtiva esta atividade vista a adesão que teve de alunos, daí ter-mos de ter limitado o número de inscrições.

Colaborei também no Mega Sprint, Mega Quilómetro e no Corta Mato Escolar, assim como também acompanhei os alunos que se apuraram para as fases regionais, quer no Complexo Desportivo da UTAD, quer no NaturParK em Andrães.

Para mim, o maior desafio que tive ao nível destas atividades foi a organização do “Peddy-Paper + Saúde”. Toda a responsabilidade recaíu sobre mim, todos os passos tiveram de ser bem pensados e analisados. Organização das equipas, ordem de saída, intervalo de tempo entre as equipas, classificação final e a colocação das bandeiras e pontos de controlo pela vila de Santa Marta de Penaguião com as questões (apenas estas foram elaboradas pela professora de Ciências da Natureza). Para além disto, era fundamental a segurança dos alunos, sendo necessário a intervenção da GNR em cortes de estrada.

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Esta atividade revelou-se um sucesso, sem qualquer tipo de ocorrência anormal durante a sua realização. Após todos os obstáculos ultrapassados e o sentimento de dever cumprido, considero que foi uma tarde de prática desportiva bastante positiva, fomentada pela boa disposição dos alunos e pelo seu saudável espírito competitivo.

Direção de turma (DT)

Ao longo dos dois períodos mantive sempre uma relação de proximidade com a diretora de turma, estando eu e ela a par de todos os problemas que fossem ocorrendo na turma. Relativamente à direção de turma estive presente em todas as reuniões do Conselho de Turma e foi aqui que tive noção de todo o processo para a elaboração de planos de turma, lançamento de faltas e de notas. Estar presente nas reuniões e acompanhar de perto todo este processo foram uma mais-valia para me sentir mais à vontade e ter uma perspetiva diferente dos assuntos a tratar que me ajudarão no futuro quando exercer definitivamente a docência.

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Tarefa de Estágio de Extensão à Comunidade

Ação de Formação na Escola

A escolha de um tema pertinente e ao mesmo tempo interessante e que fosse apelativo a toda a comunidade escolar foi um grande problema para mim. Primeiro porque o Núcleo de Estágio se resumia apenas a mim, depois porque tudo era novo para mim e não tinha qualquer tipo de conhecimento dos métodos de funcionamento nem de elaboração de uma Ação de Formação. Confesso que antes de decidir o tema andei bastante assustado, estava meio perdido, com dúvidas sobre que assunto seria abordado, até que em conversa com o meu orientador sobre primeiros socorros eu “acordei” e pensei que seria um tema bastante importante para toda a comunidade escolar. O meu orientador concordou, achou que seria de extrema relevância e foi aí que meti mãos ao trabalho e pesquisei sobre o tema e se era benéfica a sua inclusão nas escolas. Visto que toda a informação se direcionava nesse sentido decidi avançar e começar a planear pormenorizadamente todos os passos a dar para atingir com sucesso este desafio. No capítulo abaixo estarão explicados todos caminhos percorridos e todas as fases passadas para concluir com brio este grande desafio.

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Ação de Formação

“A Importância do conhecimento em Primeiros Socorros e

Suporte Básico de Vida no Adulto nas Escolas”

Introdução

No nosso dia-a-dia, quando menos esperamos, estamos sujeitos a ser confrontados com situações de emergência que nos “obriga” a uma intervenção rápida e eficaz. O que acontece é que grande parte dos cidadãos não se sente preparado para atuar, quer por não saber como proceder quer por desconhecer a necessidade do fazer. Muitas vezes, pode não se enontrar mais ninguém no local da ocorrência e é importante que qualquer pessoa esteja preparada para atuar o mais rápido possível até que cheguem os meios de socorro. Segundo a Cruz Vermelha, “os primeiros socorros são a resposta rápida e inicial a uma emergência médica, através da aplicação de técnicas simples e eficazes para reduzir a gravidade da situação, melhorando as hipóteses de sobrevivência de uma vítima e diminuindo o seu grau de sofrimento”. O conhecimento em Primeiros Socorros possibilita que se aumente a capacidade de recuperação e aumenta-se assim a possibilidade de recuperação e permanência da sua qualidade de vida. Saber o que fazer e, muito mais importante, o que não fazer poderá implicar a total recuperação de vítimas que se encontrem em situações que necessitam de auxílio.

Quem tiver desconhecimento destas técnicas e tentar improvisar pode causar ainda mais problemas à vítima do que o que já tem, podendo mesmo levar à morte. Assim, seria bastante importante que qualquer pessoa tivesse um curso qualificado, teórico e prático com direito a aprovação das entidades competentes.

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Cerca de 2/3 das mortes por paragens Cardio-Respiratórias e problemas cardiovasculares ocorrem fora das unidades hospitalares logo as hipóteses de sobrevivência para a vítima variam em função do tempo de atuação. A probabilidade de se sobreviver e recuperar nestas situações depende da capacidade de quem está a assistir ao acontecimento saber quando e como pedir ajuda, e iniciar de imediato o Suporte Básico de Vida (SBV). O tempo de chegada de um meio de socorro ao local, por muito rápido que seja pode demorar cerca de 6 minutos, levando a que as hipóteses da vítima sobreviver caiam de 98% para 11% se as pessoas que se encontrarem junto da vítima não souberem atuar em conformidade.

Embora nos últimos anos o desenvolvimento tecnológico tenha sido grande, o aperfeiçoamento das técnicas de reanimação, a formação em Suporte Básico de Vida e a criação de sistemas organizados de emergência médica, morrem anualmente em todo o mundo milhões de pessoas por ausência, atraso ou insucesso das manobras de SBV. O objetivo da RCP (Reanimação Cardio-Pulmonar) é recuperar vítimas de paragem cardio-respiratória, procurando que estas tenham uma vida igual à que tinham antes do acontecimento, sem que venham a ocorrer lesõe cerebrais. O sucesso das manobras de RCP está condicionado pelo tempo, pelo que quanto mais cedo se iniciar o SBV maior a probabilidade de sucesso de vida.

O Suporte Básico de Vida é um conjunto de procedimentos que se encontram pré-definidos e com técnicas uniformizadas, com o objetivo de identificar as situações de perigo de vida, saber como e quando pedir ajuda e saber iniciar, sem a ajuda de qualquer tipo de material, manobras que salvaguardem a ventilação e a circulação para manter a vítima viável. Após a chegada da ajuda médica é analisado realmente o estado da vítima e procede-se ao tratamento adequando e, casualmente, consiguir restabelecer o normal funcionamento dos aparelhos respiratório e cardíaco.

As manobras de SBV só por si, não são suficientes para recuperar grande parte das vítimas de paragem cardio-respiratória, destina-se a ganhar tempo, para manter as funções vitais até à chegada do Suporte Avançado de Vida.

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A Cruz Vermelha “acredita que o socorrismo é uma responsabilidade cívica primária e que os cidadãos devem desenvolver competências nesta área, no sentido de ajudarem o próximo e assim reforçar os laços de solidariedade na sociedade”.

Segundo o Presidente do Conselho Português de Ressuscitação, Rui Araújo, "Falta uma visão integrada que permita intervir em termos de formação básica, para crianças e profissionais que interagem com grandes grupos de população". O mesmo referiu que uma pessoa que venha a sofrer um colapso, tem uma probabilidade de sobreviver entre 60 e 70% se for assistida de imediato com o SBV. Perante tal crítica o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, reconheceu que é fundamental dar formação aos jovens. Manuel Pizarro admitiu que "Tem de começar nas escolas, depois do crescimento e consolidação do INEM, temos de dar agora mais atenção à formação aos mais jovens".

Posteriormente, o Diário da República aprovou e publicou no dia 22 de Fevereiro de 2013 uma recomendação da Assembleia da República ao Governo.

A resolução n.º 33/2013 recomenda ao Governo que:

“1- Introduza nas escolas nacionais, no início do ano letivo de 2013-2014, uma formação de frequência obrigatória dirigida aos alunos do 3º ciclo do ensino básico e com uma duração total de seis a oito horas”.

“2- Esta formação seja denominada Suporte Básico de Vida.”

“3- A formação em Suporte Básico de Vida seja ministrada através de parcerias institucionais a celebrar- no respeito pela liberdade de escolha de cada escola- com as instituições tuteladas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em conformidade com as disposições legais em vigor no que concerne à formação em Socorro, bem como a possível inclusão das escolas com sistema autónomo de socorro no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)”.

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Objetivo Geral

Face ao exposto anteriormente, o meu objetivo passou por transmitir à população escolar, os conhecimentos necessários para que, quando confrontados com uma situação em que se exige o conhecimento de Primeiros Socorros e das manobras de Suporte Básico de Vida estivessem em condições normais de dar auxílio a qualquer vítima.

Objetivos Específicos

1. Descrever os elos da Cadeia de Sobrevivência;

2. Identificar as principais causas de Paragem Cardio-Respiratória (PCR); 3. Listar e descrever as técnicas de reanimação em vítima adulta de acordo com o algoritmo;

4. Listar e descrever os passos para colocar a vítima em Posição Lateral de Segurança (PLS);

5. Reconhecer a obstrução da via aérea no adulto;

6. Listar e descrever a sequência de procedimentos adequada à desobstrução da via aérea no adulto.

7. Identificar os procedimentos adequados para o tratamento de entorses, febre, hemorragia nasal, feridas, queimaduras, desmaio, corpos estranhos nos olhos, nariz e ouvidos, fraturas e traumatismos.

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Data e local de realização, População Alvo, Patrocínios,

Recursos Materiais

Inicialmente a escolha do local para a realização da ação de formação trouxe-me algumas dúvidas. A minha indecisão prendia-se com o fato de a realizar no Auditório Municipal ou no Auditório do Pavilhão da própria escola. Por um lado o conforto do Auditório Municipal, por outro lado o espaço para a realização da parte prática para os formandos, assim como a própria deslocação destes para o local. Foi entao que decidi escolher o Auditório do Pavilhão e a data de 5 de Março de 2014. A data não foi por mim escolhida, mas sim, tive em conta a disponibilidade dos preletores que me viriam a auxiliar na palestra.

A ação de formação foi aberta a toda a extensão da comunidade escolar, entre eles, professores, funcionários e alunos do 9º ano de escolaridade.

Cada formando recebeu uma caneta e uma capa fruto dos apoios dados pela Câmara Municial de Santa Marta de Penaguião e da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santa Marta de Penaguião. O coffee-break ficou da responsabilidade da escola. Para que estes apoios se tornassem realidade foi necessário fazer um ofício e entregá-lo às respetivas entidades.

O Auditório do Pavilhão Desportivo da Escola EB 2- 3 de Santa Marta de Penaguião dispunha do equipamento de projetor de slides, écran de projeção, equipamento de som e computador. Para a dita formação utilizei documentos de apoio, slides (ver em anexos) e videos alusivos ao tema.

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Recursos Humanos

Preletores:

1- Professor Estagiário de Educação Física da Escola EB 2- 3 de Santa Marta de Penaguião: - Prof. Pedro Nobre;

2- Enfermeiros do VMER do Hospital Distrital de Vila Real;

Convidados

- Orientador de Estágio- Prof. Hélder Rodrigues;

- Direção do Conselho Executivo da Escola EB 2- 3 de Santa Marta de Penaguião;

- Coordenadora PESES- Prof. Adelaide Guerra;

- Presidente da Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião;

- Gerente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santa Marta de Penaguião;

Divulgação

A divulgação da ação de formação foi transmitida na escola através de: - Cartazes e flyers colocados na Escola;

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Balanço Final Ação de Formação

A ação de formação realizada no dia 5 de Março de 2014, com o tema “A Importância dos Primeiros Socorros e do Suporte Básico de Vida no Adulto nas Escolas” contou com a presença de cerca de 40 formandos da Escola EB 2-3 de Santa Marta de Penaguião. A escolha do tema confirmou-se ser de grande interesse e importância para todos visto que o conhecimento em Primeiros Socorros possibilita que se aumente a capacidade de recuperação e aumenta-se assim a possibilidade de permanência da sua qualidade de vida.

Inicialmente a ação começou com a abertura do Diretor da Escola com uma intervencão de quinze minutos. Nesta altura encontrava-me bastante nervoso com receio de falhar algum pormenor, mas por outro lado ansioso por descobrir qual o interesse e o impacto que o tema teria para os formandos em questão. Assim, assumi um pensamento de confiança, que me ajudou a transmitir de forma perceptível a minha apresentação, que por sua vez, os formandos mostraram bastante atenção às técnicas e perigos de agir de forma errada perante determinada situação. Apesar de perceptível, uma das minhas falhas, já por mim conhecida, foi a rapidez da oralidade com que apresentei a ação, pois nunca consegui acalmar muito visto que esta foi a minha primera experiência como formador e a rápida explicação, mesmo que correta, fizeram-me sentir protegido. Isto é algo que um dia espero corrigir, pois todos erramos e “Errar é Humano”.

No final da parte teórica, os funcionários tiveram a sua oportunidade de fazer os seus questionamentos relativamente a dúvidas com que ficaram e nessa parte foram muito interventivos, não só por dúvidas em relação ao apresentado, como em relação a novas situações já vivenciadas e que poderiam vir a ocorrer.

A parte prática contou com a participação dos funcionários, realizando e experienciando as manobras de suporte básico de vida, assim como a própria reanimação, passando por todas as etapas a executar.

Em suma, o meu objetivo que passava por transmitir à população escolar, os conhecimentos necessários para que, quando confrontados com uma situação em que se exige o conhecimento de Primeiros Socorros e das manobras de Suporte Básico de Vida estejam em condições normais de dar

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auxílio a qualquer vítima foram atingidos. Estou satisfeito pela minha prestação e da forma como decorreu cada fase da ação. Esta foi mais uma atividade, entre muitas outras realizadas ao longo dos períodos letivos já aqui referidas que contribuiu para enriquecer a minha experiência e o meu conhecimento, e que me será extremamente útil no meu futuro enquanto profissional.

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Conclusão e Perspetivas Futuras

Finalizado o ano letivo e, com ele, terminou também esta longa caminhada no âmbito do processo do Estágio Pedagógico. Fantástica que foi esta experiência de vida. A dedicação e o empenho resultaram em muito tempo de trabalho, sempre com o mesmo objetivo, melhorar de dia para dia a minha prestação e capacidades enquanto professor de Educação Física, sempre com o compromisso de seriedade para com a turma.

Não tenho qualquer dúvida quando afirmo que este foi um ano extremamente desgastante e trabalhoso, visto que todos os dias existiam tarefas a realizar e a cumprir escrupulosamente com prazos a cumprir. No entanto, tudo isso foi sendo ultrapassado com a evolução que fui ganhando com esta experiência que me foi proporcionada. Cada plano de aula, balanço, unidáde didática, observação, formação ou documento elaborado era um pequeno passo no longo caminho do meu desenvolvimento quer a nível profissional quer pessoal.

Foi um trabalho muito enriquecedor para mim, visto que me foi possível partilhar todos os meus conhecimentos com a minha turma, criando uma relação de proximidade com todos. Por vezes, a recetividade da turma não foi a melhor, mas mesmo assim, este foi um fator que me permitiu evoluir ainda mais e estar ciente da diversidade de alunos que podem existir na mesma turma. Por isso, para além de ensinar, confesso que também aprendi imenso na relação que constantemente tentava estabelecer com os alunos e consegui que fosse uma relação de respeito pelas hierarquias, “manda quem pode obedece quem deve”.

A partilha de experiências foi outro ponto de destaque no meu processo de desenvolvimento enquanto professor. Durante este ano letivo, tive a oportunidade de absorver muitos conhecimentos com o orientador e com os restantes professores do grupo disciplinar. As reuniões que decorreram com estes foram sem dúvida momentos ricos, na medida em que me iam dotando de mais ferramentas para poder resolver os problemas que apareciam ao longo

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do estágio e também aqueles que futuramente possam vir a aparecer nesta profissão. Para, além disso, a troca e partilha de ideias com outros professores da escola, traduziram-se igualmente num complemento para a minha formação e sucesso em todo este processo. Assim, toda esta experiência se tornou num momento importante no meu crescimento como profissional.

Ao nível das perspetivas para o futuro, e estando ciente das dificuldades e dos momentos complexos presente no sistema de ensino no nosso país, é certo que irei encontrar muitas dificuldades em colocar em prática num futuro próximo tudo aquilo que construí e que aprendi ao longo deste ano letivo. No entanto, e tendo em conta todo o trabalho que tive de realizar e as dificuldades que me vi obrigado a solucionar, decididamente é uma aposta de futuro para mim. Apesar de estar envolvido na lecionação de Atividade Física e Desportiva no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular no 1º ciclo há três anos letivos, a passagem para o patamar do 2º, 3º ciclo e secundário seria, sem sombra de dúvida, um motivo de grande alegria para mim, tendo em conta que a lecionação a estes ciclos de escolaridade comparativamente com o 1º ciclo, são realidades bem diferentes.

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Imagem

Tabela 1- Evolução dos aluns do 7º ano comparando resultados da avaliação diagnóstica e sumativa;

Referências

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