PROGRAMA
DE
Pós-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
DE
PRODUÇÃO
RICARDO
KARVAT
CURSOS
SUPERIORES
DE TECNOLOGIA
NO
CEFET-PR
39 ›-4
0408
O
U1\/IA
PROPOSTA
DE
METODOLOGLA PARA O
DESENVOLVI1\/[ENTO
DE
NOVA
MODALIDADE
Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação
em
Engenharia deProdução
da Universidade Federal de Santa Catarina para obtençãodo
grau de Mestreem
Engenharia de Produção.Orientador: Prof. Dr. Francisco Antônio Pereira Fialho
Florianópolis
Maio
de 2001Quero
estender osmeus
agradecimentos a todos que, diretaou
indiretamente, contribuíram à realização deste trabalho.Em
particular:Ao
Professor Dr. Francisco Antônio Pereira Fialho que orientou o desenvolvimento desta dissertação;Ao
Prof. WellingtonMazer
pela colaboração e incentivo;A
todos os professoresdo Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia deProdução da
Universidade Federalde
Santa Catarina;Ao
grupo de Professoresdo Departamento
Acadêmico
de ConstruçãoCivil
do
CEFET-PR
que se dispuseram a participarda
aplicação prática;À
Direçãodo
CEFET-PR,
Unidade
de Curitiba.À
secretáriado Departamento
Acadêmico
de Construção Civildo
CEFET-PR,
Izabel C. K. de Siqueira, que muitome
auxiliouna
busca deÀ
minha
esposaCleomara
que soube,com
ternura, paciência e amor, contribuir deforma
singular para a concretização deste trabalho.A
meu
filho João Gabriel dequem
roubei muitas horas de convívio, importantesna
sua educação e divertimento.A
Deus,que pode
me
dar a dádivada
paciência,saúde e perseverança
na
elaboração deste-CURSOS
SUPERIORES
DE
TECNOLOGIA
NO
CEFET-PR
Uma
proposta
de metodologia
para
o
desenvolvimento de
nova
modalidade
Esta dissertação foi julgada e aprovada para a obtenção
do
título de Mestreem
Engenharia deProdução no Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia deProdução
da Universidade Federal de Santa Catarina./'` Florianópolis,
22
demaio
AA
Prof. Ricar
Mir
arcia,PhD.
"oorl enador
do
soÍ
BANCA EXAMINADORA
Prof.
~ncisco(1šntônio
Peflra
FialhoOrienta or: a S
I
- zz- ffzll 4 . , . . . z ./
' . 'Prof. Dr. ancisco
Antomoí
ereira Fialho Prof. Dra. Edis ra " apolli~2Q;
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
CURSOS
SUPERIORES
DE
TECNOLOGIA
NO
CEFET-PR
UMA
PROPOSTA DE
METODOLOGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO
DE
NOVA
MODALIDADE
RICARDO
KARVAT
Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação
em
Engenharia deProdução da
Universidade Federal de Santa Catarina para obtençãodo
grau de Mestreem
Engenharia de Produção.Florianópolis
Maio
de2001
Lista
de
Figuras
... .. ixLista
de
Quadros
... ._x
Lista
de Tabelas
... .. xiRESUMO
... .. xiiABSTRACT
... .. xiii 1INTRODUÇÃQ
... _. oi 1.1Origem
do
Trabalho ... .. 01 1.2 Apresentaçãodo
Problema
... .. 01 1.3 Justificativado
Trabalho ... .. 03 1.4 Objetivos ... ..O5
1.4.1 Objetivo Geral ... .. 05 1.4.2 Objetivos Específicos ... ._06
1.5 Estruturado
Trabalho ... ..06
1.6 Limitaçõesda
Pesquisa ... ..O7
1.7 Resultados Esperados ... _.07
2
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
... ..os
2.1 Braínstorming ... ..O8
2.1.1 'Técnicado
Brainstorming ... ..08
2.1.2 Aplicaçãodo
Brainstorming ... ..09
2.2Marketing
... .. 10 2.3 Pesquisa deMercado
... .. 12 2.4Benchmarking
... .. 14 2.5 \Equipes de Trabalho ... .. 16 2.6Gerenciamento
de Reuniões ... ..22
2.6.1Coordenador de
Reuniões ... ..22
2.6.2 Preparaçãoda Reunião
... ..25
3
METODOLOGIA
DE
ENSINO
SUPERIOR
... ..28
3.1 Requisitos
do
Professor Universitário ... ..28
3.1.1 Requisitos Legais ... ..
28
3.1.2 Requisitos Pessoais ... ..
29
3.1.3 Requisitos Técnicos ... .. 31
3.2
Metodologia
e Didáticado
Ensino Superior ... .. 313.3 Planejamentos das Atividades Educacionais ... ..
32
3.3.1 Planejamento Educacional ... ..
32
3.3.2 Planejamento Cunicular ... ..32
3.3.3 Planejamento de Ensino ... .. 35 3.4 Avaliaçãoda
Aprendizagem
... ._37
3.4.1 Provas Discursivas ... ._38
3.4.2 Provas Objetivas ... ..39
3.4.3 Provas Práticas ... .. 39 3.4.4 Provas Orais ... ..40
3.5 Biblioteca ... .. 414
MoD1‹:Lo
METoDoLÓG1co
... .. 43 4.1Geração da
Idéia ... ..43
4.2
Nomínação
daModalidade
Pretendida ... ..46
4.3
Detenninação da Equipe
de Professores ... ..46
4.4
Detenninação do
Perñldo
Egresso ... ..47
4.5
Determinação da Grade
Curricular ... ..48
4.6
Determinação
das Cargas Horárias ... ..48
4.6.1
Determinação da Carga
Horária Semestral ... .. _49 4.6.2 Distribuição daCarga
HoráriaSemanal
... ..49
4.7
Determinação
do
Ementário ... ..50
4.8 Consulta ao
Mercado
de Trabalho ... .. 504.9 Consulta aos Possíveis Pretendentes ao Curso ... .. 51
5
APLICAÇÃO
DA
ABORDAGEM
PROPOSTA
... ..54
Figura l - Trabalho de equipe
como
sistema ... .. Figura 2 -Dados
deuma
disciplina apresentadosna
grade curricularde
LISTA
DE
QUADROS
Quadro
1 -Comportamento
em
reuniões ... .. 19Quadro
2 - Avaliaçãodo
equilíbrio entre tarefa e processoem
reuniões .... ..20
Quadro
3 - Tarefas de desenvolvimento e os correspondentes papéis deTendo
em
vistaque
oCEFET-PR
desenvolve os Cursos Superiores de Tecnologiacom
formação
específica voltada a explorar os nichos demercado não
capacitados pelos Cursos de Engenharia, surge então a necessidade de pesquisar ointeresse
do mercado
por esta capacitação e a viabilidade destanova
modalidade.Os
Cursos Superiores de Tecnologia são dinâmicos e a existência de várias modalidades éa razão
da
sobrevivência deste tipo de ensino.É
normalque
um
grupo de professores se reúna e passe a desenvolveruma
nova
modalidade dentrodo
conhecimento edo
“achísmo”
deste grupo,,muitas vezescom
baseem
uma
consulta precária àcomunidade
docente e aomercado
de trabalho.Em
virtude da inexistência de publicações neste tipode atividade de ensino e pelo fato
do
CEFET-PR
estar ofertando estes cursos desdeo
primeirosemestre de 19§9,com
várias modalidades nas diversas áreas de atuaçãoda
Engenharia, enão
se ter registro das metodologias aplicadas enem mesmo
das dificuldades encontradas, de suas falhas e de seus acertos, surge então a necessidade deuma
metodologia para o desenvolvimento destas modalidades. Este trabalho apresentauma
propostade
Metodologia a ser aplicada ao desenvolvimento destas modalidades específicas,com
base sólidano
conhecimentodo
corpo docente ena
experiênciado
setor produtivo
da
Construção Civil,além
experiênciado
próprio autorda
pesquisa adquiridano
acompanhamento
do
desenvolvimento de duas modalidades (Concreto eGerenciamento do Espaço
Urbano), e tendocomo
objetivo final chegar àGrade
Curricular e ao Ementário de urna modalidade proposta.Tends
inview
thatCEFET-PR
develops the Superior Coursesof Technology
with specific formation explored the nichesof
market not qualified hair Coursesof
Engineering again, it appears theneed
to research the interestof
the market for thistraining
and
the viabilityof
thisnew
modality then.The
Superior Coursesof Technology
aredynamic and
the existence of severalmodalities is the reason of the survival of this teaching type.
It is
nonnal
that a groupof
teachers meetsand
start to develop anew
modality insideof
theknowledge and of
theachismo
of this group, a lot of times with base in a precarious consultation the educationalcommunity
and
to the labor market.By
virtue of the inexistência of publications in this type of teaching activity,and
for thefact
of
CEFET-PR
tobe
ofertando these coursesfrom
the first semester of 1999, withseveral modalities in the several areas
of
performanceof
the Engineering,and
not tohave
registrationof
the applied methodologiesand
not evenof
the found difficulties,of
its
flaws
and
of its successes, it appears theneed of
amethodology
then for thedevelopment
of these modalities.The
presentwork
intends to present amethodology
proposal to be applied to thedevelopment of
these specific modalities, with solid bases in theknowledge of
thefaculty
and
in the experienceof
the productive section of the Civil Construction, besides the experience forme
acquired in theaccompaniment of
thedevelopment of
two
modalities (Concreteand
Gerenciamento of theUrban
Space),and
tends as ñnal objective to arríve theGrade
Curricularand
to Ementário of a modality proposal.1.1
Origenído Trabalho
Há
muitos anos, a Prefeiturado
Município de' Curitibavem
incentivandoconstrutoras e proprietários de antigos casarões a restaurarem estes patrimônio.
Os
profissionais, porém, das áreas de Engenharia e Arquitetura
têm
encontrado muitas dificuldades neste tipo de atividade, eque
só setoma
realidade à custa de muito esforço de alguns profissionais dedicados que, isoladamente,buscam
estudar esta arte.Por
esse fato, nota-seque
omercado
de trabalho sente a necessidade deum
cursoque fonne
profissionais qualificados para esta área de trabalho da construção civil.Conversando
com
moradores
de antigos edifíciosou
mesmo
com
herdeiros deantigas moradias, concluiu
o
autor desta pesquisa que estas pessoastêm
dificuldadesem
encontrar profissionaisque
possam
diagnosticar os reais problemas destas moradias, desgastadas pelo tempo,como
infiltrações, pequenas rachaduras, envelhecimentodo
sistema hidráulicoou
entupimentodo
sistema de esgoto. Haveria, pois, necessidade deum
clínico geralde
edificações doentes, para fazerum
projeto de recuperação eencaminhamento
dos problemas a profissionais especializadosna
área afetada,sem
desgastar seus proprietárioscom
a “loteria” de profissionais que entendem especificamentede
suas áreas,mas
desconhecem o
básico de talcampo
de atividade.Tendo
em
vistaque
oCEFET-PR
desenvolve os Cursos Superioresde
Tecnologiacom
formação
específica voltados a explorar os nichos demercado não
capacitados pelosCursos de Engenharia Civil, nasceu, então, a necessidade de pesquisar,
no
mercado, se háinteresse por esta capacitação e se há viabilidade para desenvolver
um
cursoque
atenda estanova
modalidade.1.2
Apresentação
do Problema
Os
Cursos de Tecnologia implantados peloCEFET-PR
sãode
nível superior, cujo objetivo é aformação
específica, sendo diferentes dos Cursos de Engenhariaque visam
auma
formação
genérica.'
Estes cursos são desenvolvidos
em
duas fasesbem
distintas, de l.° e 2.° ciclo.O
l.° ciclo (três semestres didáticos+
um
semestrede
estágio supervisionado) é abase para qualquer modalidade dentro de
uma
mesma
área.O
2.° ciclo (três semestres didáticos+
um
semestre de trabalho de diplomação) éespecífico,
dando
a qualificação da modalidade.Na
área de Construção Civilhá
quatro modalidadesem
andamento: - Gerênciade Obras
na Unidade
de Pato Branco.- Materiais de Construção
na
Unidade
deCampo
Mourão
- Concretona Unidade
de Curitiba-*
Gerenciamento
do Espaço Urbano
em
desenvolvimentona Unidade
deCuritiba.
Todas estas modalidades
têm o
primeiro ciclo igual, independente de modalidadeou
cidade,porém
dentro deuma
mesma
área de atuação,como
éno
caso a Construção Civil.Os
Cursos Superiores de Tecnologia são dinâmicos e a existência de váriasmodalidades é,
com
certeza, a razãoda
sobrevivência deste tipode
ensino.Uma
detemrinada modalidade pode, muitas vezes, saturar o
mercado
de trabalho local,em
pouco
tempo.
Contudo há
possibilidade demn
profissional, oriundodo Curso
Superior de Tecnologia, poder voltar e especializar-seem
nova
área de atuação, fazendo apenaso
2.°ciclo, caso
não
tenha se adaptado à modalidade escolhidaou
caso as oportunidadesde
emprego
requeiramnova
formação.Atualmente,
com
oaumento da
competitividadeno
mercado
de trabalho, os egressos trabalhamna
árdua tarefa de sobreviver e depositam toda a sortedo
seu futurona
habilidadede
um
grupo de docentesem bem
planejarum
cursoque
lhesdê
a base necessária parabem
desempenharem
suas funçõesnum
verdadeiro nichode
mercado.Cabe
ressaltar aqui quemesmo
as melhores pesquisas de mercado, quepretendem
aferiralta credibilidade aos seus resultados,
têm
falhadona
identificaçãode
verdadeiras necessidades latentes dos consumidores(BAXTER,
1998). Isto ocorre porque os próprios consumidoresdesconhecem
freqüentemente suas necessidades.É
norrnal, pois,que
um
grupo de professores se reúna e passe a desenvolveruma
nova modalidade
dentrodo
conhecimento edo
“achismo” deste grupo, muitas vezescom
baseem
uma
consulta precária àcomunidade
docente e aomercado
de trabalho.Quanto
à intuição dos responsáveis por projetos de novos cursos, pode-se dizerque
dela tanto surgiram os mais fantásticos casos de sucesso,como
osmais
terríveis casos de fracasso.Baseado
nesta experiência pretende-se darum
norte aos futuros projetistascom
alguns passos básicos, a
fim
de dirimir os possíveis enganos nastomadas
de decisão, taiscomo
seguir a intuição daquele elementodo
grupoque
sabe muitobem
defender a suaidéia,
mesmo
quando não
tem
razão.1.3 Justificativa
do Trabalho
O
CEFET-PR vem
desenvolvendo Cursosde
Tecnologia de Nível Superior desde o primeiro semestre de 1999, e oDepartamento
Acadêmico
de Construção Civilda
Unidade
de Curitiba implantou oCurso
Superior de Tecnologiaem
Construção Civil-
Modalidade
Concreto, que éuma
propostamodemae
inovadora voltada àfonnação de
profissionais
de
nível superior. Nesta proposta, 0CEFECT-PR
alia conhecimentos tecnológicos auma
sólida base científica e humanista que qualificao
profissionalno
desenvolvimento de atividades nos diversos setores emergentesda
Construção Civil,especialmente
no
tocante à aplicaçãodo
concretoem
obras de construção civil,pavimentação e
na
indústria de pré-moldados,além
de realizar análisesem
laboratórios.Os
currículos plenos de graduação dos Cursos Superiores de Tecnologia,no
sistemaCEFET-PR, obedecem
ao dispostona
Lei~~n.° 9.394, de 20/12/96,no
Decreto n.°2.208 de 17/04/97, e nas resoluções específicas para cada curso, expedidas pelos órgãos
COIHPCÍCIIÍCS. _
Ressalte-se
que
oCEFET-PR
avançou além do
simples atendimento das novas determinações legais, dirigindo-se para a vertentedo
aproveitamento das oportunidades abertas pelanova
legislação, especialmente pareceresdo
Conselho Nacional de Educação.Foram
extraídas idéiasdo
parecer dos Conselheiros Jacques Velloso e Hésio deAlbuquerque
Cordeiro,que
procura dar visão aoschamados
cursos seqüenciais, eparticularmente
do
Parecer 776/97que dá
“orientações para as diretrizes dos cursos de graduação”. Deste documento, foram incorporados à proposta dos novos Cursos Superioresde
Tecnologia pontos fundamentais,como
o que
cita a “necessidade deuma
profunda revisãode
toda a tradição que burocratiza os cursos e se revela incongruentecom
as tendênciascontemporâneas de considerar a
boa
fonnação,no
nível de graduação,como
uma
etapainicial
da formação
continuada...”, ecomo também
aqueleque
enfatizaque
“devem
(asdiretrizes curriculares) pautar-se pela tendência observada hoje nos países desenvolvidos, de redução
da
duraçãoda
formaçãono
nível de graduação...”.A
estrutura curricular dos Cursos Superiores de Tecnologiado
sistemaCEFET-PR
apresenta bases científicas e de gestão de nível superior, dimensionadas e direcionadas àmodalidade
deformação do
tecnólogo. Estas bases são inseridasno
currículo,ou
em
disciplinas específicas,ou
dentro das disciplinas de base tecnológicano
momento
em
que
elas se
fazem
necessárias.Esta estrutura curricular caracteriza-se, ainda, por ser
formada
porndois ciclos,distintos e verticalizados, sendo 0 primeiro ciclo de duração
mínima
de 1.200 horas/aula, maisum
periodo de,
no
mínimo, 400 horas de estágio curricular supervisionado. Este primeiro ciclotem
por objetivo dar-lhe
uma
fonnação geral (ampla) e prepará-lo para dar continuidade aos estudosno
segundo ciclo, de caráter especialista (modal), de duraçãomínima
de 1.200 horas/aula eo
desenvolvimento demn
trabalho de diplomação,com
mais200
horas deatividades.
Os
Cursos Superioresde
Tecnologia serão desenvolvidosem
regime semestral,sendo o
ano
civil divididoem
dois períodos letivos de,no mínimo,
100 diasde
trabalho escolar efetivo cadaum.
Dentre as inovações propostas nos currículos dos novos Cursos Superiores de Tecnologia, destaca-se
o
estágio supervisionado cursadoem
empresas relacionadas à áreade
formação'do
profissional.No
estágio supervisionado realizado concomitantementeou
apóso
terceiro período, o estudante faz seu primeiro contatocom
a realidadeda
empresa, saindodo
ambienteacadêmico
com
seus princípios teóricos e vislumbrando a complexidade daquelenovo
mundo,
suas tecnologias, procedimentos, cultura e ambiente. Neste contato, a teoria é colocada à prova, e a capacidade de relacionamentodo
estudante é exigida, resultandoem
enorme
retomo, pois ele é motivado frente ao desafio.Destacam-se,
também,
as atividades complementares, poisnão
é desejávelque o
estudante dos Cursos Superiores de Tecnologia seja simplesmente convidado a freqüentar aulas ministradas segtmdo os termos universitárioscomuns,
reunindo, por essa maneira, oscréditos necessários para o recebimento
de
um
diploma.O
alunonão
pode ser simplesmenteouvinte,
mesmo
nas áreas das ciências e nas criações tecnológicas.Cabe
ao estudante a responsabilidade pela buscado
conhecimento.A
curiosidade e a observaçãodevem
sermarcas
permanentesdo
corpo discente.O
profissíonaldo
futurodeverá ter a capacidade de aprender a aprender.
Deverá
serum
estudante a vida toda,ou
seja, seu aprendizado será permanente e esta postura deve ser incorporada
no
processoensino -
aprendizagem
desenvolvidono
curso.No
Trabalho de Diplomação, dispostono
final da grade curricularcom
objetivode
promover
a consolidação dos conhecimentos, o estudante propõe à coordenaçãodo
curso,juntamente
com
o setor produtivo, a resolução de problemas tecnológicos de interesse parao
setorou
o desenvolvimento deum
processoou
produto inovador. Desenvolvidocomo
coroamento
dos conhecimentos adquiridos, permiteao
futuro profissional o desenvolvimento de sua capacidade inovadora e criativa,bem
como
sua inserção, jáno
decorrer de sua formação, nas atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.A
carga horária prevista para o Trabalho deDiplomação
é de200
horas/aula,sendo 152 horas/aula para
o
desenvolvimentodo
trabalho e48
horas/aula presenciais,com
a participação
do
alunoem
Seminário deAcompanhamento
e Avaliação dos trabalhos.Os
objetivosdo
Semináriode
Acompanhamento
e Avaliação,com
carga horária equivalente a 3 horas/aula semanais, são:- orientar
o
alunona
elaboraçãodo
projeto de seu Trabalho de Diplomação; -acompanhar
a evoluçãodo
trabalhodo
aluno ao longodo
período; e - oportunizaro
contato periódicodo
alunocom
seu professor orientador.1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo
Geral
Apresenta
uma
proposta de metodologia a ser aplicada para o desenvolvimento das modalidades especificas,ou
seja, gerênciade
obras, materiais de construção, concreto e gerenciamentodo
espaço urbano.1.4.2 Objetivos Específicos
Dentre os objetivos específicos, este trabalho se
propõem
az- apresentar
algumas
técnicas básicas essenciais aobom
desenvolvimentodo
trabalho que
o
tome
menos
oneroso emais
produtivo;- apresentar
uma
proposta de seqüência de trabalho afim
de0 tempo
gasto
em
reuniões muitas vezessem
objetividade,pagando
o alto preçoda
desmotivação de pessoas capacitadas e interessadasno
desenvolvimentodo
trabalho proposto; e- .chegar à estruturação
de
uma
modalidade,com
base nas técnicas aquiapresentadas.
1.5
Estrutura
do
Trabalho
Para a elaboração desta pesquisa, foi planejada
uma
estruturacomposta
de cincocapitulos,
conforme
apresentação abaixo.O
primeiro capítulo, oda
introdução, envolveuma
rápida visãono
contexto geral,a justificativa, os objetivos e a estrutura. _
O
segundo capítulo tratada
fundamentação teóricaque
se baseiana
pesquisa de ferramentas usadas pelas empresas, partindo-seda
geração de idéias, técnicas de marketing, técnicas de trabalhoem
grupo, e estendendo-se às práticas escolares das metodologiasde
ensino, cujameta
final é chegar-se aum
curriculoda
modalidade proposta,fundamentado
em
bases sólidas.No
capítulo 3 é apresentadauma
proposta de metodologia para o desenvolvimento das novas modalidades dos Cursos Superiores de Tecnologia implantados peloCEFET-PR
ecom
baseno
desenvolvimento das duas modalidadesda Unidade
de Curitiba, e aplicadano
desenvolvimentoda
modalidade proposta neste trabalho.O
quarto capítulo versa sobreo
resultado deste traballio,ou
seja, a grade curricularinovada e o ementário da modalidade “Recuperação e Restauração de Edificios” desenvolvida por
um
grupode
Professoresdo Departamento
Acadêmico
de Construção Civilda
Unidade
deO
quinto capítulo tratada
conclusãodada
pelo autor sobreo
desenvolvimento deste trabalho e arecomendação da
continuidadeem
futuros trabalhos.1.6 Limitações
da
PesquisaA
principal limitação desta pesquisa é a inexistência de publicações neste tipode
atividade de ensino, haja vistaque
oCEFET-PR
vem
sendoo
pioneirona
oferta dos Cursos Superiores de Tecnologiacom
formação
específica.Apesar do
CEFET-PR
estar ofertandoestes cursos desde o primeiro semestre de 1999,
com
várias modalidades nas diversas áreas de atuaçãoda
Engenharia,não
setem
registro das metodologias aplicadas enem mesmo
das dificuldades encontradas,de
suas falhas e de seus acertos.No
desenvolvimento deste traballio, a metodologia foi desenvolvida simultaneamentecom
a aplicação prática; isto dificultou a aplicação prática,porém
favoreceu o desenvolvimentoda
metodologia.1.7 Resultados
Esperados
_
Com
esta pesquisa, o autor acredita estardando o
primeiro passona
elaboração deuma
metodologia de desenvolvimento para as futuras modalidades dos Cursos Superiores de Tecnologia, baseadaem
experiência própria ena
de tantos outrosque
se dedicaram à criação e ao desenvolvimento destes projetosDeve
ficar claro, ao final deste trabalho, que a preocupaçãono
desenvolvimento deum
cursodeve
iralém
das práticas escolares, pois a escola necessita usar,além
de suas própriasferramentas, as utilizadas pelas empresas
no
desenvolvimento de seus produtos, desde aidéia inicial até
o
seu lançamentono
mercado, estendendo-se, ainda, aoacompanhamento
do
produtono
mercado.A
preocupação
no
desenvolvimento
deum
cursodeve
iralém
das práticasescolares, pois a Instituição de
Ensino
necessita usar,além de
suas próprias ferramentas, as utilizadas pelasempresas no desenvolvimento
eacompanhamento
de
seus produtos.2.1
Brainstorming
O
brainstormingtambém
conhecido por “tempestade de idéias”ou “chuva
deidéias” é
uma
técnicaempregada
principalmente nos cursos de Qualidade, tendo por objetivo a motivação de gruposna
geração de idéiasou
resolução de problemas.2.1.1
Técnica
do
Brainstorming
Trata-se de
uma
técnica usadaem
reunião,em
que
os integrantes sãochamados
einstigados a falar de idéias para resolver algtnn problema
ou
criar algo.Todos
falam oque
lhesvêm
à mente,sem nenhuma
críticaou
filtro por parte dequem
querque
seja.Quem
conduz
a reunião anota todas as idéias, por
mais
absurdasque
possam
parecer, e depois éque
são aprofundadasuma
auma,
analisando-as e verificando as possibilidades de aproveitamento.Esta técnica
de
geração de idéias se baseiaem
dois princípios, a saber:a) Suspensão
do
julgamento: possibilita a geração de idéias sobrepujandoo
pensamento
de julgar e criticar, pois,somente
após a existências de idéias consideradas suficientes, éque
se procederá ao julgamento de cada tuna.b)
A
quantidade origina qualidade: quantomaior 0
número
de idéias geradas,maior
será a possibilidade queuma
delasvenha
a originar solução ao problema;além
disso,maior
será a possibilidade de conexões e associações.Segundo
CSILLAG
(1995),há
quatro regras básicas aserem
seguidas duranteuma
sessão de brainstorming:l- Eliminar qualquer crítica: evitando assim eventuais bloqueios por parte dos
2- Estar desinibido e externar as idéias
como
elas aparecem:de
talforma
a relaxartodas as inibições durante a geração de idéias, permitindo assim
aumentar o
seunúmero
num
clima apropriado;3-
Quanto mais
idéias melhor: pois, assim, serámaior
a chance de conseguir soluções para os problemas, diretamenteou
pormeio
de novas associações;4~
Combinar
as idéias já existentes: poisuma
nova
idéia énormalmente
frágil e precisa ser reforçada paraque
seja considerada boa.Esta técnica
pode
ter muitos usosde
acordocom
a necessidade, poisnão
sópode
ser usada
na
geração de idéias, mas,também, na
crítica de idéiasou na
escolha deum
problema;porém
sempre
respeitando as quatro regras.2.1.2
Aplicação
do
“brainstorming”
Para
SOUZA
(1995),em
uma
primeira fase criativa, os participantes de urna equipe são encorajados a exporsem
censura sua idéias. Vale tudo.Uma
idéia aparentementeabsurda
pode
levar a outra que, sozinhaou
combinada,conduz
à definiçãodo
problema, de suas causas ede
sua abrangência.Não
são permitidas, portanto, críticasou
avaliações dasidéias expostas.
_
Na
fase seguinte, os esforçosdo
gmpo
são direcionados para analisar e criticar asidéias apresentadas.
Cada
integrante deverá justificar e defender suas idéias, tentandoconvencer
o
grupo de suas vantagens.As
idéias e sugestões são, portanto, filtradas,permanecendo
apenas aquelasque
forembem
fundamentadas e aceitas por todos, as quais serão priorizadas por consenso entre os integrantesdo
grupo.Existem
duas funções básicas a seremdesempenhadas
nas seções de brainstorming,ou
seja, a de coordenador e a de secretário.-
Ao
coordenadorcompete
harmonizar os trabalhos, levar o grupo a definir claramente otema
a ser estudado, disciplinaro
fluxo
de apresentação e registro das idéias,coordenar as discussões
na
fase crítica e orientaro
grupo para chegar ao consenso quanto àmelhor ou
às melhores sugestões apresentadas.-
Ao
secretário cabe registrar as contribuições expostas pelos integrantesdo
grupo,arruma-las e reapresentá-las para análise geral. Compete-lhe
também
registrarde forma
definitiva as contribuições julgadas aproveitáveis.
O
brainstorming encontra aplicaçãoem
todas as fases de desenvolvimentoda
grade curricular edo
ementárioda
modalidade proposta.LEVESQUE
(1999, p. 125) sugerecom
propriedade, duas perguntas de fechamento desta fase:“Em
no máximo 15 minutos, revisem as relações de pontos fortes e fracosgerados.
Sem
avaliação ou discussão prévias, relacionemem
um
flip char!quantas idéias tiverem para responder a essas duas perguntas:
1.
O
que podemos fazer para ampliar nossos pontos fortes?2.
O
que podemos fazer para superar nossos pontos fracos?Para cada ponto forte relacionado a pergunta é: Se tivéssemos recursos,
tempo e autoridade ilimitados, o que poderiamos fazer para tirar muitos
benefícios disso?
Como
poderiamos tomar isso bastante eficaz?O
que serianecessário para dar a isso
um
grande impacto?Para cada ponto fraco relacionado a pergunta é: Se não tivéssemos
nenhum tipo de restrição, como poderíamos eliminar esse problema?
O
que poderíamos fazer para superar esse obstáculo?Como
poderíamos transformaresse ponto fi'aco
em
um
ponto forte?”2.2
Marketing
Não
se pretende aqui ensinar as técnicas de marketing,mas
sim daruma
idéia de seu funcionamento e mostrar a sua importânciano
ensino, principalmente nos cursos novos, poisde
que
adiantaria tero melhor
curso seninguém
soubesseque
ele existeou
qual é seu conteúdo e objetivo, oque
o
levaria ao fracassomesmo
antes de começar.Uma
das metasdo
marketing é identificarcom
clareza o público alvo.No
Brasilhá
milharesde
listasde
endereços disponiveis; cabe, então, detectarcom
clareza qual delasseria a
recomendada
para o casoem
questão.Está bastante claro que se quer atingir principalmente os alunos
de
2.° Grau.Mas
como
atingi-los? Sabe-seque
os jovens são muito influenciáveis, tanto pelos adultoscomo
pelos seus próprios colegas. Então, pode-se atingir,
além
dos próprios alunos de 2.° Grau,A
primeira categoriapode
ser a dos alunos dos cursos de tecnologia de outras modalidades que, motivadoscom
seu cursoou
interessados nesta nova modalidade,podem
de maneira simples e doméstica influenciar o público alvo pretendido.A
segunda
categoria seria a classe de engenheiros civis. Sabe-seque
os pais,quando
bem
sucedidosem
sua carreira profissional, incentivam seus filhos e parentes a seguirem omesmo
rumo;
ehá
também
aquelesque não foram
bem
sucedidos e desestimulam seus filhos a seguirem amesma
carreira profissional.Vamos,
então, explorar osbem
sucedidos e, para isso, pode-se encontrar muitas listas deendereços, tais
como
nos sindicatos, nos órgãos e associações representativas dessasclasses.
Cabe
aqui salientar que,quando
se refere a lista de endereços, seria a de endereçosresidenciais, comerciais e
na
internet, sendo esta última,com
certeza, a mais rápida, maisbarata e mais eficaz.
Cabe, então, apresentar
algumas
regras básicas de marketing paratomar
mais claraa necessidade e a importância desta ferramenta, a saber: planejar o plano de marketing, mensuração, e persuasores.
a) Planejar
o
plano de marketing:Para
JUTKIN
S
(1994), o plano de marketing divide-seem
quatro seções principais,que
são: os fatos, a situação, a estratégia e a tática, e
o
método.-
Os
fatoscompreendem
a reunião de todas as informações básicas necessárias, aidentificação das
opommidades
e dos problemas específicos e a conclusão sobre a direção geralcom
base nos fatos retmidos.-
A
situação é a clara identificaçãodo
produto edo
mercado, a avaliação e entendimentoda
concorrência, sendo consideradas todas as opções de comunicação.-
A
estratégia equipara-se ao planejamento, enquanto a tática equipara-se aexecutar o plano.
-
O
método
identifica,em
termos concretos, os pensamentos e a tática de respostadireta, correspondentes necessários para realizar e completar o plano.
b) Mensuração:
“Uma
das grandes vantagens do marketing direto é que ele é mensurável. Testar váriosfatores é mais fácil e barato, e os resultados são mais confiáveis, pois as
que elas disseram que poderiam fazer. Essas respostas precisas, quando
convertidas
em
números, formam as regras básicas e é preciso conhecê-las.Essas regras, por sua vez, formam a base dos livros sobre como fazer.”
(GOSDEN,
1991, p.2).Também
segundo
GOSDEN
( 1991 ), existe a regra 40-40-20, desenvolvida porEd
Mayer,
a qual declaraque
o sucessoou
o fracassodo
seu esforço de marketing direto é simplesmente:40%
-O
público-
especificamente,0
público certoou
osegmento
certodo
público certo.40%
-Quem
é você, seu produtoou
serviço, sua oferta-
Quem
é você éimportante, pois seu público
não pode
vê-loou o
seu ambiente.20%
- Criação, formato,postagem
-isto inclui índice de postagem, formato, cor, tema, texto, parte gráfica e tudo o maisque você
puder imaginar.c) Persuasores:
Para
GOSDEN
( 1991 ), existemalgumas
coisinhasque
sepode
fazer para desenvolverum
percepção positiva:0 Mostrar o produto
em
seu estágio mais benéfico;0
Se
não
puder fazerbem
feito, fazer demodo
diferenteou não
fazer; 0 Ser percebidocomo
um
especialista; e0
Acima
de tudo, dar a percepção de que é importante.2.3 Pesquisa
de
Mercado
A
pesquisa demercado
vem
a seruma
ferramenta baseadanum
método
cientifico,que
permite descobrir as preferências e as necessidades; neste caso,do mercado
de trabalhoe
da
clientela.A
“Um
mercado
consiste de todos os consumidores potenciaisque
compartilham deuma
necessidadeou
desejo especifico, dispostos e habilitados para fazer urna trocaque
satisfaça essa necessidade
ou
desejo.”(KOTLER,
1998, p.31).É comum
que
as empresas necessitem fazer estudos de pesquisa sobre detemrinadoproblema ou
oportunidade de mercado. Para este caso,como
Instituição deTecnologia, a necessidade é a
mesma.
Também
écomum
confimdir-se pesquisa demercado
com
pesquisade
marketing.Segundo
KOTLER
(1998, p. 1 14), pesquisa de marketing é o planejamento, coleta, análise e apresentação sistemática de dados e descobertas relevantes sobreuma
situação especifica de marketing enfrentada poruma
empresa, enquanto a pesquisa demercado
ageem
um
mercado
especíñco e é apenasum
componente da
pesquisa de marketing.Para
LEVESQUE
(1999, p.l15), as pesquisas demercado
sãomais
adequadas quando se necessitacom
urgência de muitos dados gerais dos clientes. Elaborar questionários para pesquisas demercado
eficazes éuma
ciênciaem
si.Se
a pesquisa for grande (suponha-se,mais de 50
perguntas), émelhor
deixar sua elaboração a cargo de peritos.Se
“você”mesmo
estiver elaborando a pesquisa e estiverem
dúvida quanto aoque
deve ser incluídoou
excluído, lembrar o seguinte:“Menos
ésempre
mais,menor
ésempre melhor
emais
simples ésempre
melhor”.Quanto melhor
for a elaboração da pesquisa,mais
fácil serápeneirar a enxurrada de dados para conseguir tirar proveito de tudo.
Mesmo
que
aspesquisas de
mercado gerem
rapidamente grandes voltuncs de dados, paraque
eles sejamúteis,
devem
ser peneirados, analisados e resumidos.SILVA
(1997, p. 123) cita as técnicas alternativas de entrevista:1. Entrevista Pessoal:
- Vantagens:
0
O
número
de respostas é maior;0
Obtém-se maior
número
de informações; e0
Maior
flexibilidadedo
entrevistadorem
adaptar e interpretar perguntas dedificil entendimento.
- Desvantagens:
0 Custo muito elevado; e
0
O
entrevistador poderá influenciar o entrevistado.2. Entrevista por Telefone:
- Vantagens:
0 Velocidade
em
se obter as infonnações; 0 Custo reduzido; e- Desvantagens:
0
Número
limitado de informações; e0
Dificuldade
de se obteruma
amostra representativa.3. Entrevista pelo Coireiolz
- Vantagens:
0
Maior
versatilidade das perguntas;0 Custo
mais
baixo, independentedo
localonde
se encontrar o entrevistado; e 0Maior
tranqüilidadeno
preenchimentodo
questionário.- Desvantagens:
0 '
Alto índice de não-respondentes; e
0
Maior
possibilidade de erros nas respostas.SILVA
(1997, p. 124)enumera
as fases pelas quais se processam as pesquisas,começando
pelas finalidadesda
pesquisa ate' chegar à redaçãodo
relatório, contendo as conclusões e recomendações:0 Finalidade
da
pesquisa;0
Determinação
das fontes de dados e informações;0 Elaboração de questionários
ou
formulários para coleta de dados;0 Planejamento e estabelecimento
da
amostragem do
mercado;0 Coleta dos dados e informações;
0 Seleção e análise dos dados obtidos;
0
Ordenamento da
matériaou do
texto para o relatório;e 0Redação do
relatórioda
pesquisa.2.4
Benchmarking
Todos conhecem
aquela régua de madeira graduada, enterradana
areiana
posiçãovertical, encontrada à beira
do
mar,que
sen/e para medir a variação das marés.“ Ela
é o autêntico bench mark.
O
legítimo e original que deu origem àpalavra hoje usada nas empresas. Bench mark é o nome
com
que a ciênciabatizou qualquer instrumento fixo, que permite comparar
um
novo registro(mark, uma marca) a
um
padrão preestabelecido, a partir deum
ponto de' Cabe
observação (bench, o banco onde os antigos exploradores ficavam sentados
observando o fato acontecer).
O
espaço de tempo ocorrido entre a adoção dapalavra pelas empresas e a sua deturpação foi quase instantâneo: ao invés do
sentido de faixa padrão, que sempre teve através dos séculos, bench mark
passou a ser modelo.
Em
muitos casos, o modelo para o melhor resultadopossível:
uma
empresa de distribuição que começa a trabalhar para tentarsuperar todos os índices de eficiência de seu melhor concorrente chama isso de
bench (GEHRINGER, p. 1 14).
No
caso dos cursos de tecnologia, o benchmark seriam os cursos de Engenharia,que
seriam ameta
a ser atingidaem
termos demercado
e prestígio ao longo dospróximos
anos.“O
propósito deum
empresa fazer benchmarking é imitar ou melhorar osmelhores desempenhos de outras empresas. Hoje, muitas empresas usam
benchmarking. Algumas o empregam apenas para medir seus desempenhos
em
relação às melhores empresas de seus setores industriais. Outras preferem
emprega-lo para se avaliarem
em
relação às melhores empresas mundiais.Benchmarking envolve as sete etapas seguintes:
1. determinar
em
que funções pratica-lo;2. identificar as principais variáveis de desempenho a mensurar;
3. identificar as melhores empresas do setor;
4. mensurar o desempenho dessas melhores empresas;
S. mensurar o desempenho da empresa
em
questão;6. especificar programas e ações para preencher os hiatos;
7. implementar e monitorar os resultados. _
A
empresa deve, principalmente, fazer benchmarking das tarefas criticas que afetam profundamente a satisfação do consumidor e onde se sabe que existedesempenho substancialmente melhor.” (KOTLER, 1998, p.2l7)
Segundo a publicação da Equipe de
Change
Integrationda
PriceWaterhouse
(1997,p.59), o uso
do benchmarking
com
relação à práticaou
aodesempenho da
empresa,em
oposição a manter-se equiparado à concorrência, éum
meio
poderoso de preparar o terrenopara
mudança.
Ao
medir
odesempenho
dos melhoresdo
ramo, sua pesquisa debenchmarking pode
transformarum
contexto demudança
plausívelnum
verdadeiro gritode guerra.
O
quepode
ter parecido, para alguns grupos de interesse,uma
simples questão interna a ser solucionadano
ritmo adequado,ou
quenão
merecia atençãonenhuma, pode
transformar-seem
um
problema
urgenteem
termos de sobrevivência competitiva.Daí
a importância e o interesseem
benchmarking.2.5
Equipes de Trabalho
A
partirdo
séculoXD(,
com
a expansão do_mundo,
a descoberta progressiva desua diversidade,
o
crescimentosempre mais
rápido dos conhecimentos científicos e técnicos, a velocidade e a diversidade ao acesso às informações, odomínio
do
saber porum
indivíduo é coisado
passado, e o trabalhoem
equipe significaum
esforço cooperativona
busca da
solução e problemas agindocom
rapidez e flexibilidade, demodo
a se adaptar àsnecessidades
do
ambiente competitivo de hoje.TRACY
(1994) afirma que:“A
maioria das pessoas contribuicom
apenasuma
pequena fração da suacapacidade total, simplesmente porque não tem
um
sentido de poder pessoal.Elas estão presas a
um
sistema administrativo burocrático que pouco faz paraincentivar a iniciativa e o alto desempenho. Quase todo o poder dentro da organização
está com a cúpula. Tolhidos na sua capacidade de alcançar resultados, a maioria
das pessoas acaba perdendo o interesse e envereda pelo caminho da
mediocridade.”
O
segredodo
sucesso estáem
liberar o potencial oculto nas pessoas, e istopode
seralcançado
não
só lhes transmitindo as responsabilidades,mas
também
o poder.A
força e o poderdo
sucesso residemno
produto finalda
equipe, resultado de tunasérie de esforços colaborativos incomuns.
STONER
(1999, p.376) relata que:“Muitos administradores fazem piadas - ou reclamam - dizendo que as
comissões são grandes consumidores de tempo.
Na
verdade,uma
comissão ouuma
força tarefa costuma ser o melhor meio de aproveitar as competências devários membros da organização e
em
seguida canalizar seus esforços parasolucionar problemas e tomar decisões eficazmente.”
As
equipespodem
ser formadas por pessoas quenunca
se viram, por pessoasque
já trabalharam juntasem
projetos passados,ou
por pessoasque
seconhecem mas
nunca
trabalharam juntas.
COHAN
(1998, p.119)re1zfzque
“Os membros da equipe são selecionados com base
em
sua capacidade de pensarcriativamente, sua habilidade
em
se entrosar com os outros membros- do gmpo,seu conhecimento e experiência
em
determinados setores a serem analisados e sua capacidade de tomar decisões apesar de forte incerteza.”Ainda
TRACY
(1994, p. 14) diz:“Verifique se os diversos membros da equipe compreendem mutuamente suas
responsabilidades. Isso é importante não apenas para a atuação eficaz dos
indivíduos, mas também para a atuação eficaz da equipe. Se a equipe quiser ter
qualquer poder como grupo, precisa saber quem vem
em
primeiro lugar, quemvem
em
segundo, etc.O
poder deum
individuo é decididoem
grande parte pelopoder do grupo.”
Em
face à importância desta questão, propõem-se neste trabalho a criação deuma
equipe multisciplinar que,quando
fonnada, está criadoum
veiculo organizacional altamente poderoso.Para
PARKER
(1995), as equipes multidisciplinares proporcionam vantagens competitivasquando
administradascom
sucesso:Velocidade -
As
equipesreduzem
0tempo
necessário para a execução detarefas, principalmente
no
processo de desenvolvimento de produtos;Complexidade -
As
equipesmelhoram
a capacidade de solucionar problemas complexos;Enfoque
no
cliente -As
equipes enfocam os recursos de que a empresa dispõe parasatisfazer as necessidades
do
cliente;Criatividade -
Reunindo
pessoascom
os mais diversos tipos de experiência eperfis,
aumenta
a capacidade criativa;Aprendizagem
organizacional -Os membros
de equipestêm
facilidade para desenvolver novas habilidades técnicas e profissionais, saber mais a respeito de outras disciplinas e aprender a trabalharcom
pessoasque tenham
estilos detrabalho e perfis culturais diferentes; e
Ponto único
de
contato -Promove-se
um
trabalhoem
equipemais
eficaz atravésda
identificação deum
único lugar ao qual recorrerem
busca de informação e decisões relativas aum
projetoou
cliente.Para
SILVEIRA
(1992), o trabalhoem
equipe proporciona informação, participação e cooperação dosmembros, podendo
perceber diversos objetivos:Integração das pessoas,
fonnando
uma
equipe de trabalho; 0 Definição e clarificação dos problemas;0 Estabelecimento e classificação
do
que é causa edo
que é efeito, ajudandoassim a definição exata dos problemas;
0 Coleta de sugestões e críticas de cada participante e área sobre os assuntos
em
pauta; 0 Equacionamento de problemas, através da análise de todas as contribuições dadas, eidentificação de caminhos que levam a solução de problemas
ou
fatos levantados; 0 Aglutinação de experiências vivenciadas pelos participantes, e a imediatatransmissão das
mesmas
aos demais participantes; e0
A
venda
ou convencimento
dos outros sobre a validade e propriedadede
determinadas idéias.
O
tamanho deuma
equipe é de dificil mensuração, pois a equipe muitopequena
perde o poderdo
conhecimento e a equipe muito grande perde a produtividade, a responsabilidade de cadamembro,
a participação e a confiança.A
missãonormalmente
define
otamanho da
equipe, e, para o presente trabalho, chegou-se ao consenso deque
de seis a oito participantes seriaum
bom
tamanho, pois envolveboa
representatividade.Segimdo
entrevistas concedidas aPARKER
(1993),Naomi
Marrow,
diretora de RecursosHumanos
da Reader 's Digest, sugere equipes na faixa de seis a oito pessoas; JoséVerger, gerente de Produtos
da Pacific
Bell,recomenda
cerca de oito pessoas;Jim
Kochanski, diretor de RecursosHumanos
da
Northern Telecon,recomenda
de oito a dez pessoas; StuartWinby,
diretor da Hewlwtt-Packard,recomenda
de oito a doze pessoas; eMike
McGrath, diretor-geral da Pittiglio, Rabin,Todd
and
McGrath,recomenda que
as equipesdevem
ser limitadas a doze pessoas.Segundo
DOYLE
(1978, p.71):“Para que
um
grupo de trabalho seja bem sucedido, é preciso que alguémapresente cuidadosamente cada ponto de vista. Os participantes representam
opiniões especificas e não número de pessoas. Eles falam por si próprios, mas
expressam o pensamento de outros que pensam e sentem a mesma coisa.
É
vital quetodos os pontos de vista, de fato importantes, estejam incluídos nesse grupo.”
Para
BENDALY
(1998, p.6l a 64), atualmente os comportamentosem
reuniões estãomuito mais
voltados ao processo,mas
quasesempre
à custa dos resultados, e sugere os seguintes itens para avaliar a eficiência das reuniões de equipe:1 - Equilibrando a reunião:
a)
Deixamos
nossas reuniõescom
a sensação de tê-las realmente concluído?0
Nunca
0Às
vezes0 Freqüentemente 0
Sempre
b)
Nossas
reuniõesproduzem
resultados de qualidade?0
Nunca
0
Às
vezes0 Freqüentemente 0
Sempre
c)
Os
participantesapóiam
os resultados?0
Nunca
`0
Às
vezes0 Freqüentemente 0
Sempre
Esse é o teste intuitivo para
o
equilíbrio entre tarefa e processo.Se
ao deixar as reuniões sente-se que aquilo, que foi realizado, é recomendávelem
quantidade e qualidade eque
todos os participantesapóiam
os resultados, existe grande probabilidade de queo
grupoesteja trabalhando de
modo
equilibrado.2 - Avaliação
do
equilíbrio entre tarefa e processoem
reuniões:Comportamento
em
reuniõescom
enfoque
Comportamento
em
reuniõescom
enfoque
vertical (na tarefa) horizontal (no processo) - Esclarecimento dos objetivos - Participação total 2
- Cumprimento dapautae
downpo
determinado - Garantiada
participação aberta -Chegada
a conclusões e tomada de decisões - Verificaçãodo
entendimento- Apresentação de infonnações - Visualização
do
panorama
como
um
todo - Fala e apresentação de perspectiva própria - Exploração das diferenças individuais- Concentração nos detalhes - Questionamento e
exploração de informações
-
Uso
do pensamento
vertical (lógico) -Pensamento
criativo- Concentração
no
assunto - Concentração nas pessoas-
Compromissos
para a ação pormeio do
- Olhar para omundo
extemo
em
busca de.
acompanhamento
das decisões. perspectivas novas e diferentes
- Decisões
tomadas
pela regrada
maioria - Usodoconsensoparatomardecisões importantesQuadro 1 - Comportamento
em
reuniões. (Fonte: Bendaly, 1998) 2Participação total não significa que todos tenham o mesmo espaço, mas que todas as idéias, pontos de vista e preocupações
BENDALY
(1998, p.66) sugere,também,
que se verifique o progressoda
equipe, e para isso apresentauma
tabela de avaliaçãocom
índices variando de l a 4:Indicador
`Abertura
` ,Disvwffls
de
idéias ~ . ~ ~ eu 3 t v tOs
membros
da equipe são honestos e abertos unscom
os outros? Elestêm
certeza de que não existem projetosMW?
Sfl1tfln~S¢1W×¢SP@1fl©§vwf°9v¢¢S1ãDP¢flSafld°?i,ClaS,Sifi¢aÇã0
1234
Apoio
u O
Os membros
da
equipeajudam
uns aos outros?Apóiam
osque
cometem
erros,sem
examinar aimportância do engano? Ajudam-se espontaneamente,
no
sentidode
obterum
desemperihomais
eficaz?1234
Compartilhamento
4
do
sucesso 'Os
membros
da
equipe sentem orgulhodo
êxito dos outros?Ficam
sinceramente felizescom
o
sucesso das outras pessoasdo
grupo?Buscam
oportunidadespara
reconhecerem uns aos outros? Congratulam-se?1234
rmúzmenwaewnfliws
A
equipe cuida dos pequenos problemas antes deeles fugirem ao controle?
As
diferençasde
opiniãoparecem
normais e saudáveis?Os
membros
do
grupo são capazesde
separar questões ligadas àg personalidade dos assuntos
em
pauta?_
1234
Confiança
Você
senteque
osmembros têm
real interesse pela equipe?Compartilham
seus interesses?Você
pode
dependerda
ajuda demembros
do
grupo?O
grupopode
depender dessa ajuda? A _ _ Z g1234
Valores
da equipe
Os membros
do
grupotêm
valores de trabalhosimilares?
Demonstram
de maneira consistente essesvalores?
1234
Total
Quadro 2 - Avaliação do equilíbrio entre tarefa e processo em reuniões. (Fonte:
MAXIMIANO,
1997)Para
MAXIMIANO
(1997, p.ll5), a eficácia deuma
equipe é avaliada por dois indicadores: o sucessodo
projeto eo
sucesso da equipe.O
sucesso do projetotem
seus próprios indicadores.O
sucessoda
equipe pode ser avaliado por outros indicadores, tais como:° Satisfação dos integrantes
ou
moral elevado;‹› Interesse
em
continuar trabalhando jtmtos; e0
Desenvolvimento
pessoal e profissional, e possibilidade de aproveitamentoem
novos
projetos,mais
desañadores.Estes efeitos positivos resultam
da
dinâmica apresentada na ñgura, a seguir. Se oscomponentes forem
corretamente escolhidos e se a dinâmica for apropriada, esses três0 Qualidade das relações
Pessoas 0
Motivação
0 Sucessodo
projetoProjeto
D
0 OrganizaçãoD
0Moral
elevadoda
equipe
Qualidade gerencial 0 Interação 0
Evolução
pessoalFigura l - Trabalho de equipe como sistema. (Fonte:
MAXJMIANO,
1997)MAXIMIANO
(1997, p.ll9)também
analisa as dificuldades potenciaisque
podem
comprometer
as característicasda
equipe eficaz:- Sentido de grupo
Dentro
da
equipe,formam-se
subgrupos formaisou
informais,que
entramem
conflito por prestígio e recursos e por vaidade pessoalou
profissional.- Sinergia
Ao
contráriodo
que estabelece o princípioda
sinergia,um
grupo de indivíduos competentes pode tomar-se incapaz de qualquer resultado coletivo. Incompatibilidade dehabilidades, atitudes e temperamentos, vaidade e falta de complementaridade
podem
ser os motivos dessa disfunção.
- Claro sentido de missão
Ao
contrário de desenvolverum
claro sentido de missão, a equipepode
perdê-lo completamente.Ou,
então, a equipe toda,ou
parte dela,não
entende o objetivodo
projeto.
Ou
há
diferenças de expectativas dentro da própria equipe.-
Compreensão
das interdependênciasOs
integrantesda
equipepodem
não ser capazes de perceber todas as interfacesdo
projeto, dentro e fora
da
organização.Cada
um
pode
considerar sua especialidade a mais importantedo mundo.
-
Coesão
O
desafiodo
projeto não é suficiente para induzir a coesãoda
equipe.Ou
aspessoas
têm
interesses individuais conflitantes,que
impedem
a coesão,ou
a coesãopode
ser excessiva etomar
o grupo impenneável.-