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Análise da implantação de computação em nuvem: estudo de caso na alfa informatica.net – Currais Novos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO E TECNOLOGIA - DCT

CAMPUS DE CAICÓ

MONNALISA CHRISTINA PEREIRA DE MEDEIROS

ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM:

ESTUDO DE CASO NA ALFA INFORMÁTICA .NET – CURRAIS

NOVOS

CAICÓ – RN 2015

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MONNALISA CHRISTINA PEREIRA DE MEDEIROS

ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM:

ESTUDO DE CASO NA ALFA INFORMÁTICA .NET – CURRAIS

NOVOS

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao colegiado do curso, para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador(a): Prof.ª MsC. Adrianne Paula Vieira de Andrade

CAICÓ – RN 2015

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MONNALISA CHRISTINA PEREIRA DE MEDEIROS

ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM:

ESTUDO DE CASO NA ALFA INFORMÁTICA .NET – CURRAIS

NOVOS

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao colegiado do curso, para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Aprovado em 16 de Dezembro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

Adrianne Paula Vieira de Andrade, Prof.ª MsC. - DCT/CERES/UFRN Orientadora

Gilson Gomes da Silva, Professor MsC. - DCT/CERES/UFRN Examinador

João Paulo de Souza Medeiros, Professor Dr. - DCT/CERES/UFRN Examinador

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A minha mãe Sueli em especial, pelos ensinamentos e por as lutas que batalhou ao meu lado. A minha avó Emília por seu infinito amor. Ao meu Deus por ter me guiado até aqui, sempre segurando minha mão para que nos tropeços eu não caísse.

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AGRADECIMENTOS

Chegando até o fim dessa etapa, posso ver os altos e baixos que foram ultrapassados. Foram momentos de alegria quando os objetivos traçados eram derrubados semestre a semestre, mas também ouve momentos de tristeza, quando sentimentos de cansaço tentavam prevalecer. Contudo nenhum desses momentos teria sido ultrapassado sem as pessoas que me rodearam e me fizeram mais forte.

Primeiramente queria agradecer a Deus, pela força sobrenatural que me deu, quando eu achava que não iria mais conseguir. Pelos seus ensinamentos, sobretudo por seu amor e compreensão. E por me mostrar muitas vezes o caminho certo a ser trilhado, mesmo quando eu não os queria seguir.

A minha mãe Sueli por ter sido forte, quando eu não fui. Pelo apoio para que eu lutasse até chegar ao meu objetivo. E principalmente por ser a principal incentivadora da minha vida acadêmica.

Ao meu pai Cerone pela honra e lealdade demostradas todos os dias. Ao meu irmão Raul por ter convivido comigo nesse período acadêmico, me ajudando a não desistir e, compartilhando também comigo seus momentos de fracasso e vitórias, na sua caminhada para alcançar a formação de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aos professores do CERES, por seus ensinamentos dia a dia em busca de compartilhar o seu saber. Especialmente a professora Adrianne Paula Vieira de Andrade, responsável por minha orientação neste trabalho. Bem como ao professor Gilson Gomes da Silva por ter dado início a minha orientação no projeto deste TCC.

Aos estimados colegas de turma que dividiram comigo as batalhas da vida acadêmica. Em especial a Jucylene Helismara Alves de Melo e Jefferson Medeiros Noberto, pela amizade e companheirismo. E a todas as pessoas que não foram citadas aqui, mas que fizeram parte da minha vida de uma forma direta ou indireta nesses anos que passaram.

E por último queria agradecer ao pessoal da empresa Alfa pelo fornecimento das informações para realização desse estudo.

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“Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso, você precisa ver o que não está visível.”

Sun Tzu

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RESUMO

Computação em nuvens é considerada o novo modelo computacional de armazenamento e processamento de informações. Gradativamente empresas passam a investir nessa nova tecnologia, buscando melhorar seus serviços e sua forma de operar. Embora já existam várias pesquisas sobre o tema da computação em nuvem, os estudos e a análise sobre os fatores de implantação da nuvem em empresas de pequeno porte no Rio Grande do Norte são escassos. O presente estudo tem como objetivo a análise das soluções de provedores de nuvem disponíveis no mercado, assim como a análise dos fatores de risco e benefícios apresentados pela tecnologia, estabelecendo uma relação entre os fatores apontados pela empresa estudada e os elementos assinalados na literatura. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista, na empresa Alfa Informática .NET, bem como de pesquisas bibliográficas. A pesquisa foi feita a partir de um estudo de caso de caráter exploratório, sendo a análise do tipo qualitativa. Os resultados do estudo mostram que os fatores mais importantes para a Alfa implantar ou não a nuvem são: aceitação dos clientes, Fornecimento de infraestrutura e armazenamento dos dados por terceiros, escalabilidade da nuvem, disponibilidade, acesso a rede, segurança dos dados trafegando pela rede, custo, suporte aos servidores, tempo de implantação do serviço. A partir desses resultados e da análise feita sobre os provedores de nuvem e de Internet, a Alfa e as empresas da região poderão ter uma compreensão maior dos desafios para adoção da nuvem, e assim comparar as vantagens e desvantagem de se adotar a nuvem.

Palavras-chave: Computação em nuvem; Fatores de implantação da nuvem; Soluções de provedores de nuvem; Adoção da nuvem.

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ABSTRACT

Cloud computing is considered the new computer model of storing and processing information. Increasingly companies start to invest in this new technology, seeking to improve their services and their way of operating. Although there are many researches on the theme of cloud computing, the studies and analysis from factors cloud deploying in small businesses in Rio Grande do Norte are few. This study aims to analyze the cloud computing providers available in the market, as well and the analysis of risk factors and benefits presented by technology, establishing a relationship between the factors identified by the studied company and the factors pointed in the literature. The collection of data was conducted through an interview on Alfa Informática .NET company, as well as bibliographic research. The research was conducted from an exploratory case study, and the analysis of qualitative type. Results of the study shows that the most important factors for the Alfa deploy or not deploy the cloud are: clients acceptance, providing infrastructure and storage of data by third parties, scalability, availability, network access, security of data traveling over the network , cost, support servers, deployment times. Based on these results and analysis on the cloud and Internet providers, The Alfa and other companies in the region may have a greater understanding of the challenges to cloud adoption, and so counteract the advantages and disadvantages of adopting the cloud.

Keywords: Cloud computing; Factors cloud deploying; Cloud computing solutions providers; Cloud computing adoption.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Características da computação em nuvem. ... 22

Figura 2- Modelos de serviço ... 24

Figura 3 - Modelos de implantação, em relação a disponibilização do serviço. ... 26

Figura 4 - Diferenças TI convencional, nuvem privada e nuvem pública ... 29

Figura 5- Comparação de datacenter local em relação a um datacenter na nuvem. ... 50

Figura 6 - Cálculo estimativo do serviço em nuvem da Amazon. ... 60

Figura 7- Cálculo estimativo do serviço em nuvem da Microsoft. ... 61

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Classificação do Datacenter. ... 30

Quadro 2- Benefícios e riscos da adoção de computação em nuvem ... 36

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Fatores de riscos e benefícios ... 47

Tabela 2- Propriedades gerais ... 52

Tabela 3- Propriedades de infraestrutura como serviço ... 53

Tabela 4 - Instâncias de propósito geral ... 54

Tabela 5- Instâncias de intensa utilização de processamento e memória ... 57

Tabela 6- Comparativo dos provedores de Internet ... 58

Tabela 7- Propriedades avaliadas no teste. ... 62

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AWS Amazon Web Services

BD Banco de Dados

CIRG Computational Inteligence Research Group

CSA Cloud Security Alliance

EDC Enterprise Datacenter

Gb Gigabytes

HaaS Hardware as a Service

IaaS Infrastructure as a Service

IDC Internet Datacenter

Mb Megabytes

NIST National Institute of Standards and Technology PaaS Platform as a Service

SaaS Software as a Service

SCG Sistema de Gestão Comercial

SO Sistema Operacional

TI Tecnologia da Informação

VAS Visual Attention Service

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 16 1.1 Contextualização e problema ... 16 1.2 Objetivos da pesquisa ... 17 1.2.1 Geral ... 18 1.2.2 Específicos ... 18 1.3 Delimitação do estudo ... 18 1.4 Justificativa ... 19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 21 2.1 Computação em Nuvem ... 21

2.2 Modelos de serviço da nuvem ... 23

2.2.1 Software as a Service (SaaS) ... 24

2.2.2 Platform as a Service (PaaS) ... 24

2.2.3 Infrastructure as a Service (IaaS) ... 25

2.3 Modelos de implantação da nuvem ... 25

2.3.1 Pública ... 26 2.3.2 Privada ... 27 2.3.3 Híbrida ... 28 2.3.4 Comunitária ... 28 2.4 Datacenter ... 30 2.5 Virtualização ... 31

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2.6.1 Riscos ... 32

2.6.2 Benefícios ... 33

2.7 Trabalhos relacionados ... 34

2.7.1 Delta Comercial de Vestuário S.A. ... 35

2.7.2 3M... 35

2.7.4 Benefícios e riscos assinalados ... 36

3 METODOLOGIA ... 37

3.1 Abordagem teórico-metodológica da pesquisa ... 37

3.2 O contexto da pesquisa: espaço e sujeitos da investigação ... 38

3.3 Instrumentos de coleta e seleção dos dados... 38

3.4 Procedimentos de análise e interpretação dos dados ... 39

4 ESTUDO DE CASO ... 40

4.1 Alfa Informática .NET ... 40

4.2 Cenário ... 40

4.3 Computação em nuvem para a Alfa Informática .NET ... 42

4.3.1 Modelo de Implantação e Modelo de Serviço ... 42

4.3.2 Segurança ... 43 4.3.3 Escalabilidade ... 43 4.3.4 Acesso a rede ... 44 4.3.5 Custo x benefício ... 45 4.3.6 Sustentabilidade ... 46 4.3.7 Provedor de serviço ... 46

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4.4.1 Análise dos fatores de risco e benefícios ... 46

4.4.2 Análise das soluções de provedores de nuvem no mercado ... 51

Tempo de Execução, Reserva de Recursos. Instâncias Spot ... 52

4.4.3 Análise dos provedores Internet ... 58

4.4.4 Viabilidade da implantação da nuvem ... 59

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 65

REFERÊNCIAS ... 67

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização e problema

A computação em nuvem, também conhecida por Cloud Computing, vem se tornando presente nas empresas, sejam de porte grande, médio ou pequeno. Essa tecnologia surgiu a partir da necessidade de diminuir os custos de compra de equipamento para as empresas e de ter um grande poder para armazenamento de informação de forma escalável.

Com o aumento considerável da utilização de sistemas e de serviços disponíveis na Web, as empresas têm focado cada vez mais em Tecnologia da Informação (TI) e em formas de atingir as exigências ocasionadas pela evolução tecnológica. O que tem levado essas organizações a repensar sobre a forma de armazenamento de informações e sobre os fatores que contribuem ou não para a implantação do serviço em nuvem.

Segundo Veras (2012, p. 8):

[...] Organizações, em sua grande maioria, possuem um legado, um conjunto de aplicativos que se comunicam de forma precária e dados duplicados. Romper com este passado é um ato de inteligência, mas na maioria dos casos não é uma tarefa trivial, pois a organização está em pleno funcionamento e qualquer migração de sistema ou mesmo atualização pode ser motivo para haver perda de dados e downtime dos aplicativos [...] A infraestrutura, por sua vez, precisa ser repensada, pois com aplicativos construídos para serem acessados por usuários que estão em qualquer lugar do mundo, a infraestrutura baseada em acesso quase que exclusivamente local não serve mais.

Dessa forma entende-se que a implantação da computação em nuvem, deve ser executada através de um planejamento e análise dos objetivos que a empresa deseja alcançar, com a implementação desse serviço, ou seja, não se deve apenas imaginar que o serviço de nuvem traz só benefícios.

Como afirma Velte et al (2011) que seria uma irresponsabilidade se a computação em nuvem fosse sugerida para ser adotada em todas as empresas. E que em muitos casos a nuvem pode não ser adequada por várias razões, que passam desde custos das exigências de hardware, até falta de necessidade de sua implantação.

Mas apesar da computação em nuvem, não só trazer benefícios, há muitos exemplos de que esse serviço pode acabar com várias atividades problemáticas, como por exemplo, as organizações que prestam serviço de suporte sejam de hardware ou software. Como assegura Taurion (2009) que os serviços de suporte técnico e integração que empresas de serviços de

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TI prestam a clientes, diminuirão, pois muitas dessas empresas passarão a pagar pelo uso de nuvem de terceiros, em virtude da disseminação do modelo de computação em nuvem. Com isso haverá menos servidores para instalar e configurar.

A empresa Alfa Informática .NET que será estudada nesse trabalho está localizada na cidade de Currais Novos, no estado do Rio Grande do Norte. A Alfa trabalha atualmente no suporte e desenvolvimento do sistema de automação Visual SCG (Sistema de Gestão Comercial). Com o intuito de melhorar a prestação de serviço da empresa, surgiu à ideia de projetar a implantação do serviço de computação em nuvem.

A implantação da nuvem será importante no combater as várias adversidades encontradas na empresa. Entre as dificuldades encontradas no dia a dia da Alfa temos:

a) O crescimento da clientela da empresa, que tem levado ao aumento de informações e a problemas na atualização do sistema desktop, para os clientes que pagam mensalmente por atualizações e suporte;

b) As perdas de informações do banco de dados (BD), que ocorrem por muitas vezes o BD se encontrar apenas em uma máquina, ou por atualizações que geram novas informações de entrada nas tabelas existentes;

c) E os custos com suporte, para checar equipamentos que não estão funcionando corretamente.

Segundo Veras (2012), os projetos de adoção de computação em nuvem, como qualquer outro projeto, podem ter características conflitantes. Pois os riscos e as melhorias são atributos inseparáveis. O autor ainda afirma que os objetivos de um projeto de adoção de computação em nuvem devem ser acompanhados com rigor, como geralmente é feito em projetos que ocasionam impactos na forma de operar da empresa.

Desta forma, depara-se com o seguinte problema de pesquisa: Quais os impactos da adoção da computação em nuvem para a empresa Alfa Informática .NET?

1.2 Objetivos da pesquisa

A seguir são descritos o objetivo geral e os específicos que se busca atingir, através desse estudo.

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1.2.1 Geral

Analisar os possíveis impactos da adoção da computação em nuvem na Alfa Informática .NET.

1.2.2 Específicos

Este estudo tem como objetivos específicos:

a) Identificar os fatores de riscos e benefícios que seriam considerados na implantação da computação em nuvem pela empresa;

b) Investigar as soluções disponíveis no mercado para adoção da computação em nuvem;

c) Mostrar a viabilidade da implantação da nuvem na empresa Alfa Informática.

1.3 Delimitação do estudo

O ritmo acelerado em que se encontram os avanços tecnológicos tem trazido consigo desafios para várias organizações, que mal conseguem compreender uma nova tecnologia e outra logo é lançada. Essas novas tecnologias trazem esperanças de melhorar os negócios da empresa, mas devem sempre ser analisadas em relação aos riscos e benefícios que serão trazidos por elas para as empresas.

Taurion (2009, p.58) afirma que “A adoção de uma nova tecnologia deve estar plenamente sincronizada com os objetivos estratégicos da empresa. [...] Claro que existem riscos e muitas vezes tecnologias que parecem promissoras se desvanecem rapidamente”.

Por isso a adoção da nuvem ou de qualquer outra tecnologia, deve ser sempre planejada e analisada. Pois não adianta implantar algo novo na empresa, que não venha trazer melhorias e novas oportunidades de crescimento para a empresa. São sempre muitos fatores que devem ser levados em conta. E a computação em nuvem é uma tecnologia que promete muito, mas nem sempre é a melhor opção para todas as empresas.

Como afirma Taurion (2009, p.66):

Adotar inteiramente o conceito de Nuvem implica em um plano de ação que deve contemplar profundas análises referentes à sua infraestrutura, efetuando, como primeiro passo, um “due diligence”, para entender as potencialidades e restrições do ambiente tecnológico [...].

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Fatores como os descritos por Taurion levam a tomada de decisão a ser mais criteriosa, por isso buscou-se através de um estudo de implantação de computação em nuvem, analisar todos os fatores, que são de poderão ser importantes para a adoção dessa tecnologia, como por exemplo, o serviço de banda larga disponível, tanto na cidade da empresa, como nas cidades dos clientes da empresa; a escolha do modelo de implantação e do modelo de serviço; a escolha do provedor, levando em consideração a segurança, qualidade, capacidade de armazenamento e custos do serviço. E através dos dados coletados, pelo meio de uma entrevista com o gerente da Alfa, e de um exame detalhado dos resultados e planejamento, obteve a conclusão sobre a implantação da nuvem ser viável ou não para a empresa Alfa Informática.

1.4 Justificativa

Esse estudo justifica-se a partir dos grandes questionamentos ainda feitos em relação à adoção da nuvem por empresas brasileiras e pelas lacunas na literatura acadêmica na área de TI, principalmente em relação à viabilidade dessa tecnologia para micro e pequenas empresas. Tornando esse estudo importante por ser realizado em uma pequena empresa, sendo que habitualmente as investigações sobre a implantação da nuvem são realizadas em empresas grandes, pois achasse que apenas elas precisam desse tipo de recurso.

Também podemos considerar a importância desse estudo em relação ao fato dessa temática está ganhando atenção dos gestores e pesquisadores, já que a computação em nuvem é uma tendência entre as empresas de tecnologia. Além de que trará benefícios como uma fonte para futura análise de viabilidade da adoção da tecnologia, voltada para pequenas empresas do Seridó.

Para Silva, Santos e Alves (2014) muitas empresas ainda têm muita desconfiança e dúvidas sobre a adoção da tecnologia da nuvem. Os principais fatores levados em consideração por empresas brasileiras na hora de adotar um provedor em nuvem são a segurança, o preço e a referência do prestador de serviço no mercado.

Pedroso (2008) afirma que existem alguns pontos negativos da computação em nuvem que gera ainda desconfiança aos profissionais de TI. Entre esses pontos estão: o fato dos dados e aplicações não estarem sobre o controle da empresa, pois passam a serem acessados remotamente como serviços; dos riscos em relação à segurança de dados institucionais, uma

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vez que eles trafegam pela Internet e estão em locais externo à segurança física da empresa; e a latência da rede que pode não ser satisfatória, prejudicando o acesso aos bancos de dados da empresa que se encontrarem na nuvem.

Sendo assim pode-se constatar que existem ainda questionamentos sobre os riscos e benefícios da computação em nuvem, pois as organizações muitas vezes não sabem por onde começar a planejar a implantação desse serviço. E questionam se devem seguir o modelo de adoção de outras empresas, e embora todas as tecnologias possam ser consideradas funcionais em ambientes empresarias cada empresa possui as suas características.

Como afirmam Velte et al (2011) computação em nuvem não é um produto que simplesmente resolve todos os problemas da organização. Pois da mesma forma que as configurações dos hardwares e dos softwares de uso em sua empresa são diferentes daqueles da empresa no fim da rua, sua computação em nuvem também precisas ser diferente, se adequando as necessidades e planos da organização.

Desta forma um estudo da implantação da computação em nuvem na Alfa trará uma contribuição para a empresa, pois sempre há muitos pontos a serem analisados antes da adoção de qualquer tecnologia, como a nuvem em uma organização, que vai desde controle e custo de servidor, segurança das informações da empresa, latência de banda de Internet, até a real necessidade da empresa em adquirir esse serviço e se ele trará melhorias e novas oportunidades.

Por isso esse estudo foi focado na análise dos impactos que a adoção dessa tecnologia pode trazer para a Alfa. Servindo para que o gestor da empresa estudada possa utilizar os resultados para ver a viabilidade da implantação da nuvem em sua empresa.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Computação em Nuvem

Trata-se da junção de vários recursos em uma infraestrutura formada por servidores, ou seja, é o armazenamento de todo tipo de dados, que podem ser acessados de qualquer lugar, através da virtualização computacional (BESERRA, 2011). Ou seja, a computação em nuvem há algum tempo já deixou de ser uma tecnologia emergente. Ela está presente no nosso dia a dia e o uso dos seus recursos tem elevado o crescimento de várias empresas e o aparecimento de vários serviços na Internet.

A computação em nuvem pode ser definida de muitas formas. Vários especialistas têm tentado descrever esse tema.

Para o National Institute of Standards and Technology (NIST) (2011, p. 02):

A computação em nuvem é um modelo para habilitar o acesso por rede ubíquo, conveniente e sob demanda a um conjunto compartilhado de recursos de computação (como redes, servidores, armazenamento, aplicações e serviços) que possam ser rapidamente provisionados e liberados com o mínimo de esforço de gerenciamento ou interação com o provedor de serviços.

Para Veras (2012), computação em nuvem é substituir ativos de TI por funcionalidades e serviço do tipo pague conforme você precisa. O autor afirma que estas funcionalidades e serviços disponíveis, são desenvolvidos utilizando novas tecnologias como a Virtualização, arquiteturas de aplicação e infraestrutura orientadas, a serviços por tecnologias e protocolos, que são baseados na Internet como meio de reduzir os custos seja de software ou hardware.

Segundo Taurion (2009) a computação em nuvem é como uma evolução natural da convergência de várias tecnologias e conceitos. Ele completa dizendo que a computação em nuvem é um termo para descrever um ambiente de computação baseado em uma imensa rede de servidores, seja estes virtuais ou físicos. E que uma definição simples disso tudo seria dizer que a computação em nuvem é um conjunto de recursos como capacidade de processamento armazenamento, conectividade, plataformas, aplicação e serviços disponibilizados na Internet. Segundo Rittinghouse e Randsome (2009) o conceito de computação em nuvem surgiu em 1961, através do professor John McCarthy que na época sugeriu que a tecnologia de computação compartilhada, poderia levar a um futuro onde a computação se transformaria em

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um modelo de negócio do tipo utilitário. Esse ponto de vista se tornou bastante popular, mas em volta de 1970 a ideia desapareceu, quando ficou evidente que a TI da época não era capaz de sustentar esse modelo de computação. Mas, desde a virada do milênio, o conceito ressurgiu, e desde então o tema passou a ganhar admiradores.

Com isso afirma-se que computação em nuvem tem importância para o uso de novas tecnologias e o crescimento da TI nas empresas. Como diz Santos, Amelotti e Villar (2012), a computação em nuvem está a cada dia se tornando um componente essencial para novos negócios e empresas que buscam desenvolver novas estratégias que demandem recursos de TI.

Veras (2012) também expõe que a computação em nuvem tem a proposta de tentar melhorar o uso dos recursos de TI, e de torná-la mais econômica. Ainda segundo Veras (2012) em um estudo feito pela IBM constatou-se que 85% da capacidade de computação do mundo está ociosa. E que a computação em nuvem é a parte da evolução natural da TI e uma forma de aprimorar o uso da capacidade computacional em todo o mundo.

Dentre as diversidades de definições sobre a computação em nuvem, a adotada nesse trabalho é a do NIST. Abaixo podemos observar a Figura 1 que representa o resumo das características essenciais da nuvem segundo o NIST.

Figura 1- Características da computação em nuvem.

Fonte: Veras, 2012.

Para o NIST (2011) as cinco características essenciais que a computação em nuvem possui que mostram sua importância para a TI são:

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a) autosserviço sob demanda: onde o consumidor deve ser capaz de alocar novos recursos automaticamente, sem que exista interação do cliente com o provedor de serviços;

b) acesso amplo via rede: os recursos precisam estar disponíveis através da rede e devem ser acessíveis por mecanismos padrão, permitindo assim seu uso por diferentes tipos de dispositivos;

c) agrupamento de recursos: o provedor de serviços tem seus recursos computacionais agrupados para servir a múltiplos consumidores, com recursos físicos e virtuais sendo arranjados e rearranjados dinamicamente conforme a demanda desses consumidores. Também deve existir senso de independência de localização, no qual o consumidor não tem um controle exato de onde os recursos utilizados estão localizados, mas deve ser possível especificar esse local em alto nível de abstração, como país, unidade federativa ou Datacenter;

d) elasticidade rápida: os recursos devem ser alocados e liberados de forma elástica, e de forma automática em alguns casos, permitindo um rápido ajuste à demanda desses recursos. Para o consumidor, os recursos disponíveis devem parecer ilimitados, sendo possível alocar a quantidade desejada de dados a qualquer momento;

e) serviços mensurados: os serviços de computação em nuvem devem controlar e aperfeiçoar os recursos de maneira automática, disponibilizando mecanismos para medir esses recursos, utilizando um sistema de medida apropriado para o tipo de recurso que está sendo utilizado. Desta forma deve ser possível monitorar, controlar e consultar o uso dos recursos, fornecendo transparência para o consumidor e para o provedor dos serviços.

2.2 Modelos de serviço da nuvem

Os modelos de serviços definidos pelo NIST são três: Software as a Service (SaaS), Platform as a Service (Paas) e Infrastructure as a Service (IaaS). Existem vários outros modelos mencionados na literatura. Mas os principais e mais usados são os citados pelo NIST, que atualmente atendem todas as possibilidades de uso e engloba todos os outros modelos não mencionados. A Figura 2 exibe os modelos de serviços mencionados.

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Figura 2- Modelos de serviço

.

Fonte: Elaboração própria, 2015.

2.2.1 Software as a Service (SaaS)

Este é o modelo que é usado para aplicações que serão acessadas por várias pessoas ao mesmo tempo, ou seja, é um modelo de computação em nuvem que é oferecido em forma de serviço, no qual se paga pela hospedagem de softwares que iram rodar remotamente, como por exemplo, o Dropbox e o Google Apps. E os clientes podem acessar as aplicações sem precisar instalar nada em suas máquinas. Como afirma Veras (2012) que o modelo SaaS é direcionado para clientes que desejam hospedar na nuvem aplicativos como uma alternativa ao processamento local. Nesse modelo os aplicativos são oferecidos como serviço, por provedores, e acessados através do browser. E todo o controle e gerenciamento da rede, sistemas operacionais, servidores e armazenamento é feito pelo provedor de serviço.

2.2.2 Platform as a Service (PaaS)

Podemos dizer que este modelo fornece uma plataforma de software onde os usuários podem testar ou desenvolver aplicações.

Neste modelo os usuários não tem o poder de controlar a infraestrutura de hospedagem, mas eles têm o controle sobre as configurações e a aplicação implantada, como por exemplo, o Windows Azure e o Google App Engine. Assim como afirma Rouse (2010), PaaS é uma forma de alugar hardware, sistemas operacionais, armazenamento e capacidade

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de rede através da Internet. O modelo de prestação de serviço permite que os clientes aluguem servidores virtualizados e serviços associados, para executar aplicações existentes ou para hospedá-las enquanto estão desenvolvendo.

Rountree e Castrillo (2014) definem PaaS como um serviço pelo qual os clientes recebem uma plataforma para uso de suas necessidades de computação. Onde na maioria das vezes, esta plataforma é utilizada para o desenvolvimento. E que dependendo do provedor, a plataforma de desenvolvimento pode ser simplesmente um sistema operacional ou uma plataforma de desenvolvimento completo que inclui um servidor Web e bibliotecas de desenvolvimento.

2.2.3 Infrastructure as a Service (IaaS)

IaaS, também conhecido na literatura como Hardware as a Service (HaaS), limita-se ao fornecimento de Infraestrutura para seus usuários, com a finalidade de dar maior liberdade através da Virtualização, e os usuários têm pleno controle sobre suas máquinas virtuais, armazenamento e aplicativos instalados, como por exemplo a Amazon Web services.

Velte et al (2011, p.15) afirmam que “Enquanto SaaS e PaaS fornecem aplicação aos clientes, o HaaS não fornece. Ele limita-se a fornecer o hardware a fim de que sua organização tenha liberdade de uso.”

Gonçalves (2013) definiu IaaS como um modelo onde se contrata uma infraestrutura como serviço, com a vantagem de contratar servidores virtuais ao invés de comprar servidores de hardware. Ele completa dizendo que o modelo é pague pelo uso, onde a cobrança é baseada no serviço e em sua duração.

2.3 Modelos de implantação da nuvem

Apesar da computação em nuvem ter surgido a partir da oferta de serviços públicos na Internet, outros modelos de implantação, com diferenças na localização física ou na distribuição, são conhecidos e utilizados pelas organizações.

Para Sousa, Moreira e Machado (2009) a restrição ou abertura de acesso depende do processo de negócios, do tipo de informação e do nível de visão desejado. Podendo-se entender que certas empresas não desejam que todos os usuários tenham acesso e possam utilizar determinados recursos no seu ambiente de computação em nuvem. Neste sentido, é

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que surge a necessidade de ambientes mais restritos, onde somente alguns usuários devidamente autorizados possam utilizar os serviços providos.

Figura 3 - Modelos de implantação, em relação a disponibilização do serviço.

Fonte: Elaboração própria, 2015.

Sendo os modelos de implantação da computação em nuvem: Pública, Privada, Híbrida e Comunitária (NIST, 2011). A Figura 3, acima, exibe os modelos de implantação mencionados, de acordo com a disponibilização do serviço, que pode ser terceirizado ou ser mantida por um provedor de serviço privado.

2.3.1 Pública

O modelo Público pode ser caracterizado como um serviço oferecido por empresas públicas ou por grandes indústrias que tem grande poder de processamento e armazenamento, que passam a oferecer o serviço de acesso rápido a recursos de computação, de forma financeiramente suportáveis para outras organizações ou indivíduos. Desta forma os usuários não precisam comprar hardware, software ou infraestrutura de suporte, que são possuídos e gerenciados pelos provedores.

Segundo Sousa, Moreira e Machado (2009), nesse tipo de modelo de Implantação, a infraestrutura de nuvens é disponibilizada de forma pública, sendo acessado por qualquer usuário que conheça a localização do serviço. No tipo de implantação pública não são

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aplicadas restrições de acesso quanto ao gerenciamento de redes, e menos ainda, aplicar técnicas de autenticação e autorização.

Para EMC Corporation (2014c) os principais benefícios do modelo de computação em nuvem púbico, são:

a) acesso rápido aos recursos de TI;

b) acesso aos aplicativos e informações a partir de qualquer lugar; c) redimensionamento rápido para atender à demanda;

d) menores custos de infraestrutura, energia e instalação; e) maior produtividade da equipe de TI;

f) maior colaboração da equipe.

2.3.2 Privada

Para Veras (2012) nuvem privada é uma infraestrutura de computação em nuvem, operada e muitas vezes também gerenciada pela organização cliente. Ele também diz que os serviços nesse tipo de modelo, são oferecidos para serem utilizadas pela própria empresa, e não para uso público. Mas que em alguns casos a nuvem privada pode ser gerenciada por terceiros.

Em outras palavras, nuvem privada é simplesmente uma infraestrutura para processamento e armazenamento, que é gerenciada quase sempre pela organização cliente. Que implanta políticas de acesso aos serviços, como gerenciamento de redes, configurações dos provedores de serviços e a utilização de tecnologias de autenticação e autorização.

A EMC Corporation (2014b) indica como benefícios do modelo de computação em nuvem privado, sendo:

a) implementação e tempo de implantação de TI mais rápidos;

b) acesso aos aplicativos, desktops e informações a partir de qualquer lugar; c) maior utilização dos investimentos de TI;

d) expansão ou realocação rápida, à medida que as demandas mudam; e) maior segurança e proteção dos ativos de informação;

f) maior produtividade da equipe de TI e da organização; g) menores custos de infraestrutura, energia e instalação.

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2.3.3 Híbrida

Nuvem híbrida é um modelo no qual alguns recursos, seja de hardware ou software, são oferecidos por meio de uma nuvem privada e outros recursos são oferecidos por provedores de serviços disponibilizados por terceiros, ou seja, por meio de uma nuvem pública.

Veras (2012) define nuvem híbrida como uma infraestrutura composta pela junção de dois ou mais modelos de implantação de nuvem. Ele afirma que modelos continuam sendo entidades únicas, mas conectadas através de tecnologias proprietárias ou padronizadas que proporcionam a portabilidade de dados e aplicações. A nuvem híbrida impõe uma coordenação adicional a ser realizada para uso das nuvens privadas e públicas.

A EMC Corporation (2014a) afirma que as organizações que mais utilizam esse modelo são as entidades governamentais e corporativas de médio a grande porte, para aperfeiçoar a eficiência e a agilidade dos negócios e ganhar vantagens competitivas. E que uma nuvem híbrida é um modelo de computação em nuvem econômico e flexível, que tem como benefícios:

a) implementação e tempo de implantação de TI mais rápidos; b) uso ideal dos recursos e gastos de TI;

c) acesso aos aplicativos, desktops e informações a partir de qualquer lugar; d) expansão ou realocação rápida, à medida que as demandas mudam; e) menores custos de infraestrutura, energia e instalação;

f) maior produtividade da equipe de TI e da organização; g) maior segurança e proteção dos ativos de informação.

2.3.4 Comunitária

Rountree e Castrillo (2014) descreve nuvem comunitária como uma tecnologia que não é tanto usada como as nuvens públicas ou as privadas. Para ele o modelo de implantação de nuvem comunitária é o menos conhecido e utilizado. Ele também descreve que em uma nuvem comunitária, a nuvem é compartilhada por um grupo de organizações que têm um propósito ou objetivo comum. O ambiente de nuvem é geralmente construído para ajudá-los a alcançar esse objetivo ou meta.

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Sendo assim, afirma-se que a nuvem comunitária é uma infraestrutura que é compartilhada por várias organizações que possuem interesse comum. A nuvem pode ser administrada por uma das organizações ou disponibilizada por terceiros.

Assim como afirma NIST (2011, p. 07) sobre a nuvem comunitária:

A infraestrutura na nuvem é provisionada para uso exclusivo por uma determinada comunidade de consumidores de organizações que têm interesses em comum (de missão, requisitos de segurança, políticas, observância de organizações regulamentações). A sua propriedade, gerenciamento e operação podem ser de uma ou mais da comunidade, de terceiros ou de uma combinação mista, e pode estar dentro ou fora das instalações das organizações participantes.

Para EMC Corporation (2014c) os benefícios trazidos pelo modelo de nuvem comunitário, são:

a) Acessada apenas por membros com interesse comum; b) Recursos disponibilizados aos clientes sob demanda;

c) Uso dos recursos é monitorado e cobrado de acordo com um contrato de serviço.

A Figura 4 a seguir, ilustra as principais diferenças entre, ter uma infraestrutura de TI convencional, uma nuvem privada ou uma nuvem pública.

Figura 4- Diferenças TI convencional, nuvem privada e nuvem pública

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2.4 Datacenter

Veras (2009) define Datacenter como a união de componentes de alta tecnologia, que possibilita fornecer serviços de infraestrutura de valor agregado, como processamento e armazenamento de dados, em larga escala, para todos os tipos de organização. Sendo assim o Datacenter é ou deveria ser o elemento central da infraestrutura de TI de qualquer empresa.

Existem algumas categorias para definir o porte e propriedade de um Datacenter, o Quadro 1, abaixo, apresenta as diferentes classificações dessas categorias.

Quadro 1- Classificação do Datacenter.

Porte

Datacenter empresarial

Datacenter de médio porte Datacenter local

Sala de servidores Armário de servidores Datacenter empresarial

Propriedade

Enterprise Datacenter (EDC): tem como foco armazenar dados de processamento interno e processar dados de aplicações voltadas para Internet;

Internet Datacenter (IDC): tem como objetivo principal, prover diversos serviços de conexão, processamento, armazenamento e hospedagem para os equipamentos das organizações;

Fonte: Elaborado pelo autor, a partir de Veras, 2009.

Hoje existem dois tipos de Datacenters, os tradicionais e os virtualizados. A principal diferença entre eles é que nos Datacenters tradicionais o hardware é dedicado, os recursos são subutilizados e os custos para o resfriamento a cada dia crescem. Já nos Datacenters virtualizados, a infraestrutura é ágil, as aplicações e os dados são disponibilizados como serviços e a refrigeração é melhor, bem como há uma economia em relação à energia (RODRIGUES, 2011).

Como tenta explicar Hurwitz et al (2010) os Datacenters tradicionais apresentam diferentes aplicações, um ambiente de hardware misto, várias ferramentas de gestão e múltiplas arquiteturas de software. Já os Datacenters na nuvem apresentam poucas

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aplicações, ambiente de hardware homogêneo, possui ferramentas padronizadas para a gestão e uma arquitetura de software em um único padrão.

Segundo Taurion (2009, p. 24) em relação ao Datacenter:

A computação em nuvem é uma excelente alternativa para se criar um Datacenter virtual, usando-se milhares de servidores, internos e/ou externos à organização, interligados pela Internet e redes de banda larga, a um custo de propriedade bem menor, principalmente considerando-se a utilização da capacidade ociosa, já adquirida.

2.5 Virtualização

As máquinas virtuais que conhecemos hoje tornam a nuvem de certo modo possível, porque cada servidor que antes só eram vistos como uma única máquina, pode servir para armazenar diversos outros servidores virtuais, que por sua vez podem ser usados para diversas finalidades diferentes.

Veras (2011) afirma que a Virtualização pode ser conceituada de duas formas. Para ele a Virtualização tanto é o particionamento de um servidor físico em vários servidores lógicos. Como também pode ser definida como uma camada de abstração entre o hardware e o software que protege o acesso direto do software aos recursos do hardware.

Velte et al (2011, p. 07) também opinam sobre Virtualização: “Uma tendência crescente no mundo de TI é a virtualização de servidores. Isto é, o software pode ser instalado permitindo que vários servidores virtuais sejam usados. Desta maneira, você pode ter meia dúzia de servidores virtuais funcionando em um servidor físico.”

Veras (2011) define os níveis da Virtualização em:

a) nível de hardware: onde a camada de Virtualização é colocada sobre a máquina física e a apresenta às camadas superiores como um hardware abstrato similar ao original;

b) nível de Sistema Operacional (SO): nesse nível a camada de Virtualização é um mecanismo que permite a criação de partições lógicas, onde cada partição é vista como uma máquina isolada, mas compartilham o mesmo SO;

c) níveis de linguagem de programação: nesse nível o objetivo é definir uma máquina abstrata sobre a qual executa uma aplicação desenvolvida em uma linguagem de alto nível.

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2.6 Riscos e Benefícios da computação em nuvem

2.6.1 Riscos

Risco pode ser definido como uma situação em que há possibilidades de perda ou ganho. Veras (2012) definiu o risco de computação em nuvem, como a possibilidade de um evento imprevisto, seja uma falha, ou mau uso, que possam ameaçar o objetivo de negócio.

Existem muitas características importantes que devem ser analisadas ao se escolher o modelo de provedor. Segundo Veras (2012) existem alguns fatores que são considerados pelo Gartner e que devem ser avaliados antes da aquisição de serviços de um provedor de computação em nuvem. São eles:

a) saber como é feito o acesso dos usuários;

b) como o provedor obedece às normas de regulamentação; c) onde se localizam os dados;

d) como os dados são segregados;

e) de que forma os dados são recuperados; f) como é feito o suporte;

g) entender a viabilidade do provedor no longo prazo.

Os aspectos de segurança da infraestrutura vêm mudando com o crescimento da nuvem. Os Datacenters passaram a ser controlados por terceiros com a adoção da computação em nuvem, ou seja, as estruturas antigas de segurança foram deixadas de lado. Segundo Veras (2012) o crescimento do uso da nuvem só será possível se houver aumento na segurança. Ele afirma que as empresas necessitam garantir confiabilidade, integridade e a disponibilidade dos dados no momento em que eles forem transmitidos, gravados ou processados pela empresa que presta serviços na nuvem.

Veras (2012) cita que a Cloud Security Alliance (CSA), elaborou um documento de referência na segurança, onde fizeram considerações a respeito dos modelos de serviços e a segurança de cada um deles, no guia CSA 2.1:

a) o modelo SaaS apresenta funcionalidade mais integrada, construída diretamente baseada na oferta, com a menor extensibilidade para o cliente e um nível relativamente elevado de segurança, onde o fornecedor assume a responsabilidade pela segurança;

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b) o modelo Pass é mais extensível que o SaaS. Suas capacidades de segurança são menos completas, mas há flexibilidade para adicionar uma camada extra de segurança;

c) o modelo IaaS permite muita extensibilidade. Tem menos recursos e funcionalidades integradas de segurança, ou seja, esse modelo requer que o cliente gerencie a segurança dos sistemas operacionais, aplicativos e conteúdo.

Existe uma gama de riscos, que devem ser avaliados antes de se contratar um serviço de nuvem, que vai desde a privacidade do cliente, até a segurança dos dados armazenados. Como Veras (2012) afirma que é exposto em um artigo publicado na Computerworld Americana, onde devem ser levadas em conta cinco questões, antes de se assinar um contrato de computação em nuvem, são eles:

a) Privacidade: onde os clientes devem conferir se o provedor é capaz de cumprir as regras que estar submetido e se essas regras estão descritas no contrato;

b) Conformidade com múltiplas jurisdições: os clientes devem saber a localização dos servidores do fornecedor do serviço, para saberem onde podem sofrer com problemas jurídicos;

c) Mandado de busca: o cliente deve ser assegurado que os seus dados estarão particionados de forma a não afetar as informações de outros clientes, para em caso de mandado de busca a um cliente, os dados de todos os clientes não se tornem inacessíveis;

d) Informações legais: o detentor da informação deve preservar qualquer dado que possa ser relevantes em litígio. Ou seja, a empresa deve ser capaz de buscar informações exatas para consultas judiciais;

e) Segurança da informação: devem estar bem documentadas todos os métodos de criptografia e a forma de manutenção de todos os registros da empresa.

2.6.2 Benefícios

Velte et al (2011) definiram que existem três classes de benefícios, para quem adotam a computação em nuvem:

a) Operacionais: onde se há redução de custos, aumento de armazenamento, automação, flexibilidade, melhor mobilidade e melhor aproveitamento da equipe de TI;

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b) Econômicos: diminuição dos funcionários, menos compra de equipamentos, sistema de pagamento por tempo de uso e capacidade de obter um novo aplicativo funcionando na nuvem em segundo;

c) Pessoais: não haverá mais instalação nem manutenção de software nas máquinas locais, haverá menor tempo de implantação do novo serviço, disponibilidade mundial das aplicações, a correção de bugs será feita de forma transparente, upgrades.

Mas do que esses benefícios, podemos citar também que a evolução tecnológica deve ser considerada um grande aliado da nuvem, já que a evolução de equipamentos se dá hoje em poucos anos ou meses. Pois cada vez mais surgem servidores com custos operacionais bem menores em relação à energia e espaço físico.

Veras (2012) também cita alguns benefícios da computação em nuvem, que se referem a Segurança, onde uma infraestrutura centralizada, inclui rotinas de backup otimizadas e testadas; Acesso a aplicativos sofisticados, que podem ser utilizados no modelo sobre demanda; Aumento da produtividade por usuários, onde os usuários podem ter acesso aos aplicativos e trabalhar de qualquer lugar; Aumento da confiabilidade, onde a estrutura de contingência da computação em nuvem é quase obrigatória, por isso melhora a confiabilidade das aplicações.

2.7 Trabalhos relacionados

Esta seção apresenta trabalhos relacionados , onde foram realizados estudos de caso sobre a implantação de computação em nuvem. Sendo o primeiro estudo de caso na Delta Comercial de Vestuário S.A, realizado por Cyro G. Sobragi em sua dissertação de mestrado em administração, apresentada a Universidade do Rio Grande do Sul em 2012. E o segundo estudo na empresa 3M, realizado por Melody Rodrigues em sua monografia de especialização em teleinformática e rede de computadores, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná em 2011.

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2.7.1 Delta Comercial de Vestuário S.A.

A Delta Comercial de Vestuário S.A. é uma loja de departamentos de vestuário no Brasil. Em 2011 a companhia foi apontada como uma empresa inovadora em termos de adoção de computação em nuvem (SOBRAGI, 2012).

Segundo o Coordenador de Arquitetura Corporativa da empresa, ela foi uma das primeiras grandes empresas do Brasil a adotar a tecnologia. Em 2011, a empresa já contava com 2,5 milhões de produtos cadastrados, 18 milhões de clientes e 53 TB de informações em seu banco de dados, que são analisadas diariamente em 12 dimensões diferentes (CONVERGÊNCIA DIGITAL, 2011 apud SOBRAGI, 2012).

Os principais benefícios que a nuvem trouxe para a empresa foram: escalabilidade, por estar associado à estratégia de desenvolvimento da organização e proporcionar flexibilidade e velocidade; Economia, principalmente no que se refere a custos de adoção, de manutenção de equipamento e de pessoal; Confiabilidade por trazer maior disponibilidade e robustez aos serviços oferecidos pela Delta; Outo ponto positivo trazido pela computação em nuvem foi em relação à facilidade na migração entre fornecedores de serviço da tecnologia, diminuindo a dependência aos provedores (SOBRAGI, 2012).

O fator de maior preocupação da Delta na hora de adotar a nuvem, foi a privacidade onde a empresa foi muito rigorosa na hora de assinar o contrato com a prestadora de serviço de nuvem privado, pois a empresa precisava de um serviço confiável para o armazenamento de informações críticas (SOBRAGI, 2012).

2.7.2 3M

A 3M é uma empresa líder mundial em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia. Fundada em 1902, a 3M desenvolveu milhares de produtos inovadores para muitos mercados ao longo dos anos (RODRIGUES, 2011).

Em 2011 a empresa foi responsável pelo desenvolvimento de um protótipo de um aplicativo Web chamado 3M Visual Attention Service (VAS). O serviço permite que se teste a eficiência do conteúdo do aplicativo usando modelos de atenção visual, baseados em algoritmos que predizem os elementos de uma cena mais prováveis de serem vistos e lembrados. No entanto, a 3M desejava que o aplicativo funcionasse com eficiência. Para se tornar uma oferta viável o aplicativo precisava estar disponível para os clientes em tempo real,

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e deveria ser capaz de processar imagens e retornar resultados quase imediatos. (RODRIGUES, 2011).

Foi então que a 3M acreditou que a abordagem mais eficiente seria operar o aplicativo VAS em um ambiente de computação em nuvem. Os principais benefícios alcançados pela empresa após adotar a nuvem foram: o ambiente se tornou escalável, a equipe de TI não precisou mais se responsabilizar pela administração e gerenciamento de sistemas de suporte e a empresa passou a ter menos gastos com compra de servidores e começou a investir em outros setores (RODRIGUES, 2011).

Já as principais preocupações encontradas na adoção da nuvem pela 3M, foram relacionadas à segurança, onde as dificuldades encontradas foram principalmente com a utilização de recursos que ficavam públicos, precisando ter um melhor controle de acesso, autorização e autenticação dos conteúdos (RODRIGUES, 2011).

2.7.4 Benefícios e riscos assinalados

No Quadro 2, temos o resumo de todos os fatores de benefício e risco relatados pela loja de departamentos de vestuário Delta e pela empresa de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia 3M.

Quadro 2- Benefícios e riscos da adoção de computação em nuvem

Empresa Principais benefícios Principais riscos

Delta

Flexibilidade e velocidade no crescimento;

Privacidade no armazenamento de informações críticas. Economia em compra de equipamentos;

Confiabilidade nos serviços oferecidos; Facilidade na migração entre fornecedores; Economia com recursos humanos (RH).

3M

Economia em compra de equipamentos;

Segurança a recursos públicos.

Escalabilidade do ambiente do aplicativo;

Economia com manutenção e suporte; Investimento em outros setores da empresa.

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3 METODOLOGIA

3.1 Abordagem teórico-metodológica da pesquisa

Para se alcançar os objetivos desta pesquisa, este trabalho ocorreu de forma exploratória, com abordagem qualitativa, através do estudo de caso, e com pesquisas bibliográficas.

Buscou-se através da pesquisa identificar os principais riscos e benefícios da computação em nuvem para a empresa Alfa, através de dados coletados junto à empresa. Para Silva (2004) a abordagem qualitativa é uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, que não requer usos de métodos estatísticos, onde o ambiente é natural, descritivo e os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente.

Esta pesquisa foi do tipo exploratória, pois visou proporcionar um aprofundamento maior sobre o problema. Para Gil (2008) as pesquisas exploratórias são desenvolvidas com a finalidade de proporcionar visão geral, acerca de determinado fato. Caracteriza-se por permitir ao pesquisador estudar, desenvolver e modificar conceitos e ideias para formular o problema.

Foi considerada na pesquisa a existência da relação entre o mundo real e o sujeito da pesquisa, fazendo-se um estudo profundo de uma situação vivenciada por uma organização, para detalhamento do conhecimento. Yin (2001) afirma que um estudo de caso é uma investigação baseado na experiência, que investiga um fato contemporâneo dentro de seu contexto real, principalmente quando os limites entre o fato e o contexto não estão claramente definidos.

Ainda para Yin (2001) o estudo de caso é uma estratégia comum, utilizada com frequência em ambientes organizacionais, o que contribui para o estudo de diversos tipos de fenômenos. Para Stoecker (1991) o estudo de caso como estratégia de pesquisa envolve um método que abrange tudo, desde a lógica de planejamento até a incorporação de abordagens específicas na coleta e análise dos dados.

O estudo de caso também pode ser definido como único, uma vez que a análise será feita a partir dos dados coletados em uma única empresa. Para Yin (2001) o projeto de estudo único (holístico) é vantajoso quando não é possível identificar nenhuma subunidade lógica e quando a teoria em questão subjacente ao estudo de caso é ela própria de natureza holística.

O estudo foi feito com base em documentos já elaborados, como livros, periódicos, como revistas e publicações de artigos científicos e ensaios críticos, bem como com dados

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coletados na empresa estudada. Santos (2010) expõem que as pesquisas bibliográficas são feitas com base em documentos já elaborados, como livro, dicionários, enciclopédia, periódicos, jornais e revistas e publicações, como comunicação e artigos científicos, resenha e ensaios críticos.

3.2 O contexto da pesquisa: espaço e sujeitos da investigação

A coleta de dados para análise e desenvolvimento da pesquisa, foi realizada junto ao gestor da empresa Alfa Informática .NET, que está localizada na cidade de Currais Novos, no estado do Rio Grande do Norte. A empresa é responsável pelo desenvolvimento do sistema comercial Visual SGC e do suporte ao aplicativo DJPDV e da lacração da impressora fiscal Sweda.

3.3 Instrumentos de coleta e seleção dos dados

A coleta de dados se deu através de entrevista semiestruturada com o gerente da Alfa informática, em 21 de Julho de 2015, onde foram identificados os principais objetivos, questões e métodos, levados em consideração para análise dos impactos da adoção da nuvem na empresa. Também foram coletadas informações a partir de pesquisas bibliográficas.

Para Flick (2009) uma entrevista não significa uma conversa despretensiosa e neutra, uma vez que se coloca como meio de coleta dos fatos relatados pelos entrevistados, como sujeitos-objeto da pesquisa que vivenciam uma determinada realidade que está sendo focalizada.

A entrevista seguiu um roteiro que pode ser visualizado no APÊNDICE A. Sendo a entrevista gravada com a devida autorização do entrevistado, APÊNDICE B. Onde foram usadas transcrições do áudio para comprovação e análise do tema, no capítulo quatro deste trabalho. Na entrevista semiestruturada foram abordados conceitos básicos relacionados à escolha de modelos de implantação e de serviço, segurança, fatores de riscos e benefícios da tecnologia da nuvem e custos dos provedores de serviço.

Segundo Flick (2004), a entrevista semiestruturada atrai maior interesse dos pesquisadores. Para ele, isso se deve provavelmente ao fato que os pontos de vista dos sujeitos entrevistados são mais bem expressos em uma situação de entrevista com um planejamento relativamente aberto em relação a uma entrevista padronizada ou questionário.

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3.4 Procedimentos de análise e interpretação dos dados

O procedimento de análise executado neste estudo utilizou-se dos critérios qualitativos. Sendo assim, os procedimentos orientadores da análise foram elaborados levando em consideração um conjunto de princípios de Tesch (1990, apud GIL 2008), que foram:

a) A análise iniciou-se simultaneamente com a coleta dos dados.

b) A identificação dos dados relevantes e significativos, que mantêm conexão com o todo. Com a finalidade de não simplesmente descrevê-los, mas promover algum tipo de explicação.

c) Uso de procedimentos comparativos, onde os dados obtidos foram comparados. Como no caso dos serviços de provedores de nuvem e dos fatores de risco e benefícios trazidos por a nuvem.

d) O resultado da análise ao final foi à constituição de informações coerente de dados, capaz de mostrar os benefícios e riscos que a empresa enfrentará com a adoção da nuvem.

Gil (2008) afirma que para interpretar os resultados, o pesquisador precisa ir além da leitura dos dados. Para ele, os dados devem ser integrados em um universo mais amplo, para que se possa fazer algum sentido. Esse universo seria o dos fundamentos teóricos da pesquisa e o dos conhecimentos já acumulados em torno das questões abordadas.

Sendo assim, esse trabalho auxiliou para encontrar resposta em relação à viabilidade da implantação da nuvem na empresa estudada e esclarecer assim a temática da pesquisa.

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4 ESTUDO DE CASO

4.1 Alfa Informática .NET

A Alfa Informática .NET é uma empresa pequena de TI que visa fornecer através de soluções em software um direcionamento aos processos operacionais e administrativos de seus clientes. No mercado desde 1996, ela iniciou-se da ideia do empresário Rivaldo Braz, que decidiu trabalhar na criação de softwares aplicativos para pequenas empresas na cidade de Currais Novos.

Nos primeiros anos, a empresa se enveredou no desenvolvimento de softwares para empresa de laticínios, mas devido o pequeno número de empreendimentos, a Alfa passou a atender também outros segmentos, após verificar que estabelecimentos comerciais de pequeno e médio porte demandavam de informatização e automação comercial, e a partir dai iniciou-se o desenvolvimento do sistema desktop Visual SGC, que se encontra na versão 19.0.75. A empresa também atua no suporte ao aplicativo DJPDV, que está integrado com o sistema desenvolvido pela Alfa e com a lacração da impressora fiscal Sweda.

A empresa convive atualmente com problemas relacionados com perdas de banco de dados (BD) de seus clientes e com a dificuldade de ter de acessar os computadores de alguns deles remotamente, para gerar a partir dos bancos de dados arquivos como o Sintegra (arquivo que possui informações de notas fiscais relativas às operações de compra, venda e prestação de serviços interestaduais), e como a empresa tem o intuito de criar uma versão de seu sistema para Web, uma possível implantação do serviço de nuvem pode trazer benefícios para a Alfa, uma vez que isso pode garantir que as informações de seus clientes possam estar mais seguros e acessíveis de qualquer lugar.

4.2 Cenário

A empresa atende a centenas de clientes, onde uma parte dessa carteira de clientes é composta por pequenos empreendimentos como mercadinho. Ao longo dos anos ficou evidente que muitos desses clientes também utilizam os computadores do empreendimento para uso pessoal, e em alguns casos sem discernimento de que podem infectar sua máquina com malwares, que podem contaminar seus bancos de dados e causar um grande prejuízo apagando informações importantes.

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Por isso, o maior problema vivenciado pela empresa sempre esteve relacionado com a criação de um mecanismo de backup automático, que pudesse dar garantias que as informações cadastradas e geradas por seu sistema não seriam perdidas em casos de Vírus, defeito no HD, ou por atualizações do sistema que venham a gerar novas informações de entrada nas tabelas existentes no BD.

Desta forma, a Alfa informática necessita de um plano para garantir maior segurança aos dados de seus clientes, de forma que eles possam ser acessados sempre que necessários e com um bom plano de backup, para evitar o problema que vem acontecendo atualmente, com perdas de dados.

O sistema Visual SGC possui atualmente um mecanismo que gera uma cópia do BD por um período predeterminado no sistema, que é configurado para ser enviado pra a área de trabalho do computador, deixando-o mais visível para o operador do sistema. Mas esse mecanismo nem sempre é eficaz, uma vez que depende que o operador do sistema copie o arquivo para um dispositivo externo, o que acaba não acontecendo na maioria das vezes. Desta forma a empresa poderá vislumbrar que com a implantação da computação em nuvem, possam dar maior segurança ao armazenamento dos dados, contratando um serviço de provedor de nuvem confiável e com boas garantias de backup.

Outra questão que a Alfa tem convivido é com a atividade de gerar arquivos Sintegra, onde todo final de mês um de seus funcionários acessa remotamente o computador de alguns de seus clientes e a partir do BD obtém informações sobre notas ficais emitidas, que são necessárias para alimentar o sistema que gera o arquivo. Essa tarefa tem se tornado incomoda, uma vez que o funcionário tem de ter o controle da máquina para realizar a operação, deixando o computador inutilizado para realizar outras tarefas até o final do procedimento.

A empresa também já iniciou o desenvolvimento de uma versão do Visual SGC, para a Web, e esse fator também deve colaborar para a Alfa planejar a adoção da nuvem, pois se espera que o novo sistema oferecera maior praticidade aos seus usuários, como por exemplo, as lojas que possuem vendedores, que poderão através de dispositivos como o tablet dar início a venda, inserindo no pedido os itens da compra, que seria finalizada apenas com o pagamento ao caixa.

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4.3 Computação em nuvem para a Alfa Informática .NET

Uma solução que pode ser implantada para resolver os problemas da empresa é a computação em nuvem, de forma que eles possam conseguir através da adoção dessa tecnologia ter mais confiabilidade em seus serviços, escalabilidade de armazenamento e mais segurança na hora de guardar as informações de seus clientes, e também ter acesso de qualquer lugar e quando necessário a essas informações originadas do Visual SGC.

Ao perguntar sobre a percepção do gestor da Alfa sobre a computação em nuvem, ele mostrou que a nuvem é uma boa solução por se tratar de uma tecnologia inovadora que está funcionando perfeitamente para empresas reconhecidas mundialmente, como pode ser constatado com a afirmação:

“[...] é uma tecnologia inovadora que já é usada por muitas empresas importantes, e que nos trará uma grande capacidade de armazenamento de informações e maior segurança as informações de nossos clientes [...]”.

Além disso, a Alfa acredita que a nuvem irá trazer inúmeros benefícios para a forma de operar da empresa e para o armazenamento de informações, isso porque segundo o gerente da empresa, eles o principal benefício que alcançaram com a adoção da nuvem será que passarão apenas a se preocupar com o suporte ao sistema. E então não terão mais preocupação com os computadores dos clientes infectados de vírus, que possam está ameaçando danificar os dados do Visual SGC.

Abaixo são citados os principais fatores detectados na entrevista para a análise da adoção da nuvem na empresa Alfa informática.

4.3.1 Modelo de Implantação e Modelo de Serviço

Embora a empresa não tenha conhecimento sobre as diferentes formas de classificação dos modelos de serviço em nuvem e dos modelos de implantação da tecnologia, na entrevista ficou evidente que o modelo de serviço que a empresa tem planejado adotar é o IaaS, uma vez que na entrevista ficou evidente o desejo do gerente em contratar um serviço de infraestrutura na nuvem, que possa ter capacidade de armazenamento das informações dos cliente e as da Alfa.

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Ou seja, a empresa deverá contratar um serviço de infraestrutura e assim virtualizar uma máquina, com uma capacidade adequada para armazenamento de dados de todos os clientes, que optarem pelo serviço em nuvem, bem como as informações armazenadas pela própria empresa.

Em relação ao tipo de implantação, eles também têm definido que a utilização do serviço será de forma privada, se enquadrando no tipo de modelo de implantação privado, de modo que só quem for autorizado possa se conectar com a nuvem da empresa. O gerente da Alfa afirmou que essa é a melhor escolha “[...] porque acho que se for privado isso vai fazer que só quem esteja autorizado possa acessar determinados dados.”.

4.3.2 Segurança

O fator apontado como o de maior importância para a adoção da nuvem por parte da empresa foi à segurança, embora ele tenha admitido que a nuvem não seja totalmente segura, mas ele acredita que o fator segurança depende muito da empresa contratada para prestar o serviço, por isso na hora de escolher essa empresa o nome e o prestigio contará muito, conforme é exemplificado pelo gerente da empresa“Na verdade acho que a computação em nuvem é uma tecnologia segura, mas também depende da empresa contratada para o serviço.”.

Sendo assim o sócio gerente da empresa acredita que obtendo garantias de um bom serviço em termos de segurança, eles não terão mais que se preocupar com a perda de informação de seus clientes, seja por atualização do sistema, problemas de hadware ou com malwares “[...] não terei mais a preocupação, eu estarei confiando que o que foi guardado na nuvem esteja seguro.”.

4.3.3 Escalabilidade

Para o entrevistado a escalabilidade assegurada pela computação em nuvem também é um fator que motiva a implantação da tecnologia na empresa. Principalmente por aspectos relacionados ao crescimento do espaço de armazenamento à medida que a empresa necessitar. Conforme foi afirmado:

“[...] poder crescer e diminuir o espaço de armazenamento quando for necessário é um grande ponto a favor da nuvem. Se precisarmos de mais espaço é só pagar por ele e então ele será liberado [...]”.

Referências

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