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Academic year: 2021

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ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: Enfermagem

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): ANA PAULA COUTINHO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ELIZETE SAMPAIO ARAUJO

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UNIVERSIDADE PAULISTA

VICE-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

TÍTULO:

SUPORTE BÁSICO DE VIDA: Atendimento de parada

cardiorrespiratória por crianças

AUTOR: Ana Paula Coutinho

CURSO: Graduação de Enfermagem

CAMPUS: UNIP- Chácara Santo Antônio

ORIENTADOR: Profa. Mestre Elizete Sampaio Araújo

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TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: SUPORTE BÁSICO DE VIDA:

Atendimento de parada cardiorrespiratória por crianças

A

UTOR

: Ana Paula Coutinho

Objetivos: Demonstrar e treinar habilidades de atendimento em situações de

emergências cardiovasculares como a parada cárdio respiratória (PCR) para crianças de 04 a 06 anos. Ensinar habilidades de ressuscitação cárdio pulmonar (RCP) que ajudarão vítimas de todas as idades para crianças de 04 a 6 anos.

Métodos: Estudo de campo descritivo, exploratório, de natureza quantitativa

realizada em um ramo da Pastoral da Criança, localizada na zona oeste de São Paulo, com crianças que aprenderam na prática o manejo do indivíduo em PCR, por meio de manequins construído pelas pesquisadoras, após aprovação do projeto pelo CEP com parecer nº 2.424.923. As mães e responsáveis pelas crianças, bem como as crianças foram esclarecidas e as que aceitaram participar assinaram o TCLE e os termos de assentimento. Resultados: Após os esclarecimentos sobre os objetivos do estudo, 82 crianças entre 04 e 08 anos, participaram da capacitação demonstrando interesse e habilidades em desenvolver as técnicas de RCP com efetividade. Foi observado que as crianças compreenderam a importância da RCP de qualidade como medida de salvar vidas e realizaram a devolutiva da técnica sempre buscando a perfeição. Conclusão: Os principais objetivos da iniciativa foi oferecer capacitação de assistência à saúde em casos de acidentes e instruir crianças a fazerem o reconhecimento precoce de sintomas e a prestarem os primeiros cuidados necessários para evitar agravos à saúde. Sabe-se que as ações de primeiros socorros podem ser aprendidas e aplicadas por qualquer pessoa presente no local onde ocorreu alguma fatalidade. A criança pode ser um personagem fundamental para garantir um atendimento de socorro em excelência.

Palavras-chave: Suporte básico de vida (SBV); Crianças; Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).

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SUMÁRIO

· INTRODUÇÃO

(4)

· MÉTODO

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· RESULTADOS e DISCUSSÃO

(12)

·

· CONCLUSÃO (15)

· REFERÊNCIAS

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· ANEXOS

(18)

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INICIAÇÃO CIENTÍFICA

1. INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares prevalecem como a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, alcançando proporções epidêmicas importantes na atualidade sendo responsáveis por mais de 250 mil mortes anuais em nosso país. No Brasil as doenças do aparelho circulatório representaram a principal causa de mortalidade do ano de 2004 e, no município de São Paulo, foram as causas mais frequentes de óbitos no período de 2001-2004.(¹)

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2002 ocorreram 16,7 milhões de óbitos no mundo por doenças cardíacas, dos quais 7,2 milhões foram por doença arterial coronária. Estima-se que em 2020 esse número possa se elevar a valores entre 35 e 40 milhões de indivíduos. Seu crescimento acelerado em países em desenvolvimento representa uma das questões de saúde pública mais relevante tendo impacto social importante devido a complicações secundárias, tais como aumento do número de internações, solicitações de exames, cirurgias e incapacidade do homem ao trabalho. (¹)

Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e a tratamento, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionadas à parada cardiorrespiratória (PCR), ainda que não tenhamos a exata dimensão do problema pela falta de estatísticas robustas a esse respeito. Os avanços também se estendem à legislação sobre acesso público à desfibrilação e obrigatoriedade de disponibilização de desfibrilador externo automático (DEA), bem como no treinamento em ressuscitação cardiopulmonar (RCP), missão em que a Sociedade Brasileira de Cardiologia apresenta, há muitos anos, uma posição de destaque. Podemos estimar algo em torno de 200.000 PCRs ao ano no Brasil, sendo metade dos casos em ambiente hospitalar, e a outra metade em ambiente extra-hospitalar. (2) Quando ocorre uma parada cardíaca ou alguma emergência que ponha a vida em risco, uma resposta rápida e hábil pode fazer a diferença entre vida e morte e entre a sobrevivência intacta e as seqüelas (3).

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“Em adultos, a doença coronária é a principal causa de PCR,

os fatores predisponentes mais importantes para a PCR são episódios prévios e historia anterior de taquicardia ventricular (TV); Infarto agudo do miocárdio (IAM); dilatada; Hipertensão arterial sistêmica; Cardiomiopatia hipertrófica; Síndrome do QT longo; Portadores de síndrome de Wolf Parkinson Write com episódios de fibrilação atrial”.

Com o objetivo de sistematizar o atendimento à vítima criticamente doente e aumentar a sua sobrevida, a AHA, analisa as pesquisas na área e publica, a cada 5 anos, as bases científicas cardiológicas para o atendimento médico em situações de emergência. Os conselhos de ressuscitação de entidades médicas de diferentes países transformam as evidências científicas em um conjunto de protocolos, conhecidos como Guidelines (5).

Os indivíduos ao se depararem com uma situação de emergência, ao prestarem os primeiros socorros, podem realiza-los de forma incorreta, ocasionando agravamento do estado de saúde da vítima. (6)

Dessa forma, a falta de informações básicas pode acarretar inúmeros problemas, dentre os quais cita-se “a manipulação incorreta da vítima e solicitação desnecessária do socorro especializado em emergência”. (7)

Mediante a isso vê-se a necessidade de esclarecimento e treinamento da população para o atendimento das situações de emergência, em especial, Parada Cardiorrespiratória (PCR), evitando a paralisia do “socorrista” no momento de decidir qual o próximo passo a seguir, procurando, assim, minimizar as complicações advindas de procedimentos inadequados.

Sabe-se que o Suporte Básico Vida (SBV), inclui etapas de socorro à vítima em situação de emergência que represente risco à sua vida e tem por finalidade manter as funções vitais e evitar agravos, permitindo a redução de sequelas e o aumento da sobrevida. É entendido também como o atendimento imediato prestado à vítima, podendo este ser realizado pela população em geral, mas se considera importante que o leigo possua conhecimentos básicos sobre situações emergenciais que possam surgir no dia a dia. (8)

(7)

O SBV preconiza uma sequência de ações que se iniciam no momento do reconhecimento da PCR até as manobras mais avançadas. A rapidez das intervenções adotadas em casos de PCR e o êxito na RCP dependem da agilidade e eficácia com que se ativa a chamada cadeia de sobrevida, constituída pelo reconhecimento dessa situação, e pelo desencadeamento do sistema de emergência disponível na aplicação do suporte básico de vida. A cadeia de sobrevivência é composta de quatro elos e, para o sucesso na RCP, todos eles são importantes. Inclui: acesso rápido, que visa o reconhecimento e a comunicação imediata da ocorrência, para obter ajuda; a RCP rápida, ou seja, abertura de vias aéreas, ventilação e circulação sanguínea que devem ocorrer o mais breve possível; a desfibrilação rápida com a identificação e tratamento da FV, e por fim, a aplicação das técnicas do Suporte Avançado de vida em Cardiologia (SAVC) que visa o controle das vias aéreas e medicamentos apropriados ao ritmo cardíaco. (9)

O que fazer diante de algum acidente? Como agir se alguém ao seu lado sofrer uma parada cardíaca? Pensando em responder a essas e a outras perguntas, propomos como projeto de iniciação científica com o estudo voltado para a capacitação das crianças quanto ao atendimento da parada cárdio respiratória, intitulado: “Atendimento de PCR para crianças”.

Os principais objetivos da iniciativa são oferecer capacitação de assistência à saúde em casos de acidentes e instruir crianças a fazerem o reconhecimento precoce de sintomas e a prestarem os primeiros cuidados necessários para evitar agravos à saúde, pois o acionamento do serviço especializado e ações simples contribuem para a preservação da vida. “Medidas básicas de primeiros socorros interferem diretamente na diminuição da mortalidade e nas sequelas decorrentes do acidente.” Sabe-se que as ações de primeiros socorros (ênfase em atendimento a PCR) podem ser aprendidas e aplicadas por qualquer pessoa presente no local onde ocorreu alguma fatalidade. “A criança pode ser um personagem fundamental para garantir um atendimento de socorro em excelência.”

O projeto oferecerá cursos, treinamentos e palestras de orientações para reconhecimento e ação em uma situação de PCR, ministrados por alunos do curso de Enfermagem, com supervisão da Professora Elizete Sampaio Araújo.

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A iniciativa atuará na capacitação de crianças de até seis anos de idade, que são cadastradas e acompanhadas mensalmente por líderes da Pastoral da Criança na grande São Paulo.

O projeto tem como foco principal o aprendizado em primeiros socorros para identificação e reanimação cardiopulmonar.

Neste estudo, as crianças deverão aprender na prática o manejo do indivíduo em PCR (Parada cardiorrespiratória), reproduzindo a realidade de um ambiente público, por meio de manequins. Por meio da prática em cenário de simulação, o suporte básico de vida em cardiologia deverá ter por objetivo demonstrar e treinar habilidades de atendimento em situações de emergências cardiovasculares como a parada cárdio respiratória.

Ensinar habilidades de RCP que ajudarão vítimas de todas as idades (incluindo ventilação com dispositivos de barreira, bolsa-valva-máscara e oxigênio. Para tanto, seguiremos as determinações das diretrizes da AHA de 2015.

A ênfase no Suporte Básico de Vida (BLS – Basic Life Suport) nas Diretrizes 2015 continua na qualidade da massagem cardíaca. Portanto, uma RCP de qualidade significa comprimir o tórax na frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno do tórax a cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva.

Suporte Básico de Vida para Adultos – Socorrista Leigo

● Foi reforçada a recomendação para que exista disponibilidade de desfibrilador (DEA) em locais públicos com grande probabilidade de ocorrer uma PCR presenciada (aeroportos, instalações esportivas, espaços de espetáculos, etc);

● Para ajudar o leigo a reconhecer uma PCR (e iniciar o atendimento), bastam apenas os seguintes critérios: a vítima não ter resposta, ou não respirar, ou ter uma respiração anormal (gasping). O treinamento do leigo deve ser para reconhecer esses padrões, sem precisar checar pulso. Para um leigo não treinado, ele pode ser orientado facilmente por telefone;

● O algoritmo foi modificado para que o socorrista ative o Serviço Médico de Emergência sem sair do lado da vítima (usando celular);

● Tendo reconhecido a PCR, o socorrista leigo que não tiver treinamento deve realizar apenas compressões torácicas até a chegada de um DEA ou de outros

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socorristas treinados, ou ainda até que a vítima começa a se movimentar espontaneamente;

● A orientação para o leigo não treinado é: “comprimir com força e rapidez no centro do tórax”;

● Para o leigo treinado, foi reforçada a sequência C – A – B para atendimento (circulation – airway – breathing). Portanto o socorrista deve começar pelas compressões torácicas antes de realizar abertura de vias aéreas e ventilações. A proporção permanece de 30 compressões para 2 ventilações;

● Foi acrescentada a possibilidade de administrar naloxona intramuscular ou intranasal em casos de suspeita de intoxicação por opióides nas quais o paciente tenha ausência de resposta ou respiração anormal. Isso só poderá ser feito por socorristas leigos treinados ou profissionais de saúde.

1.1 Objetivos

Demonstrar e treinar habilidades de atendimento em situações de emergências cardiovasculares como a parada cárdio respiratória para crianças de 04 a 06 anos.

Ensinar habilidades de RCP que ajudarão vítimas de todas as idades para crianças de 04 a 6 anos.

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2. MÉTODOS

a. Tipo de pesquisa

Estudo de campo do tipo descritivo – exploratório, de natureza quantitativa onde as crianças deverão aprender na prática o manejo do indivíduo em PCR (Parada cardiorrespiratória), reproduzindo a realidade de um ambiente público, por meio de manequins. Por meio da prática em cenário de simulação, o suporte básico de vida em cardiologia teve por objetivo demonstrar e treinar habilidades de atendimento em situações de emergências cardiovasculares como a parada cárdio respiratória.

b. Local da pesquisa

A pesquisa foi realizada na Paróquia Santíssima Trindade, localizada na Avenida Marechal Fiuza de Castro, número 861 – Jardim São Domingos, ramo da Pastoral da Criança. Local cedido para a “celebração da vida” com as crianças e as mães/ responsáveis pelas crianças atendidas pela Pastoral da Criança.

c. Sujeitos da pesquisa

A população deste estudo foi composta por (84) oitenta e quatro crianças atendidas pela Pastoral da Criança com idades entre 04 e 06 anos.

d. Critérios para inclusão e exclusão dos sujeitos

Foram incluídas na pesquisa todas as crianças que aceitaram participar do estudo e mães e/ou responsáveis que autorizaram e assinaram o termo de consentimento. Foram excluídas todas as crianças que não aceitaram participar da pesquisa ou que mães/responsáveis se negaram a participar.

e. Descrição da coleta de dados

Após a realização de uma revisão bibliográfica a respeito do tema escolhido e elaboração do projeto de pesquisa, este foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Paulista e aprovado com parecer número 2.424.923. Com o projeto aprovado a pesquisadora agendou um encontro com as mães/ responsáveis pelas crianças atendidas pela Pastoral da Criança, através de uma das coordenadoras paroquiais da Pastoral da criança para o dia dez

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de março de 2018, e na ocasião solicitamos aos sujeitos e responsáveis o consentimento na participação da pesquisa, através da aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para menores e incapazes e do termo de Assentimento para menores. Após o consentimento a pesquisa será dividida em três etapas:

Etapa 1: Foi ministrada uma palestra com duração de cerca de 30 minutos a respeito da identificação da parada cárdio respiratória, bem como das medidas de suporte básico de vida realizado por leigos, seguindo as diretrizes da AHA de 2015.

Etapa 2: Foi demonstrado o manejo do indivíduo em PCR (Parada cardiorrespiratória), reproduzindo a realidade de um ambiente público, por meio de manequins construídos com garrafas pet.

Etapa 3: Foi avaliado a devolutiva da técnica de RCP pelas crianças e avaliado as deficiências, posteriormente foi realizado um novo treinamento para sanar todas as dúvidas.

e. Variáveis de Estudo

Capacidade de interação social da criança e diferença de desenvolvimento cognitivo.

f. Instrumento de Coleta de Dados

O instrumento de coleta de dados foi a avaliação da devolutiva da técnica de RCP pelas crianças identificando o conhecimento agregado.

g. Análise de dados

Os dados obtidos foram armazenados no software aplicativo Microsoft Excel e trabalhados de forma estatística e os resultados de maior relevância e consonância com os objetivos serão apresentados descartando qualquer viés na pesquisa.

h. Ética em pesquisa com seres humanos

Por se tratar de uma pesquisa com seres humanos, este estudo foi submetido à análise e apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Paulista (UNIP), reconhecido pelo Conselho Nacional de Pesquisa

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encaminhamento ao Comitê junto à folha padronizada para tal. Para o desenvolvimento do estudo serão seguidas as diretrizes e as normas regulamentadoras de pesquisas que envolvem seres humanos, aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde, Resolução 466/12.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após explicar o objetivo da pesquisa aos pais e responsáveis pelas crianças e obter a autorização para a realização do estudo, foi explicado o procedimento da pesquisa às crianças e após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos pais e responsáveis e do termo de assentimento para menores foi iniciado o estudo.

Participaram do estudo crianças de 04 a 08 anos, sendo que o projeto inicial seria de crianças com até 06 anos, mas as crianças com mais idade estavam presentes no dia da realização da pesquisa e os pais/responsáveis solicitaram a participação das mesmas. Totalizando 82 crianças, sendo 32 (44%) do sexo masculino e 46 (56%) do sexo feminino. Quanto idade média foi de 5,5 anos, compreendendo crianças de 03 a 08 anos. No gráfico abaixo ilustramos quanto as idades e percentuais.

Gráfico 1: Apresentação do percentual de pesquisados por idade e número de participantes. Unip. Chácara Santo Antonio, 2018.

0 5 10 15 20 25 3 4 5 6 7 8 idade quantdade

idade dos partcipantes

n ú m e ro d e p a rt ci p an te s

As crianças participaram da capacitação demonstrando interesse e habilidades em desenvolver as técnicas de RCP com efetividade. Foi observado que as crianças compreenderam a importância da RCP de qualidade como medida de salvar vidas e realizaram a devolutiva da técnica sempre buscando a perfeição.

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A evidência científica identifica que o início precoce da formação em SBV traz ganhos efetivos, com diminuição da mobilidade e mortalidade por PCR em ambiente pré-hospitalar. Tavares et al (2016) referem que, quantos mais cidadãos apresentarem formação em SBV, maior será a possibilidade de este ser realizado eficientemente, com aumento da sobrevida em contexto pré-hospitalar. Para o Conselho Português de Ressuscitação, ensinar SBV ao maior número de pessoas possível é um dos processos mais eficaz para salvar pessoas.10

Nesse sentido, a American Heart Association (AHA) recomenda a incorporação da formação em SBV nas escolas. Esta recomendação deriva da opinião que, ao longo do tempo, crianças com formação em reanimação contribuem significativamente para o aumento de adultos com formação em SBV na comunidade. A mesma instituição identifica esta estratégia como sendo de excelência, pois as escolas providenciam um acesso privilegiado a uma grande franja da população. Em concordância com este pressuposto, preconiza que a formação em SBV faça parte dos planos curriculares desde idades mais jovens, pois as escolas apresentam o perfeito ambiente para cativar os futuros cidadãos.10,11

Estudos sobre treinamento em SBV em diferentes locais e com públicos diferentes apontam resultados positivos. Deve-se destacar, por outro lado, que a retenção dos conhecimentos e das habilidades adquiridas nos cursos de capacitação podem ser perdidas a longo prazo e há necessidade de atividades de reforço para os profissionais. Nesse sentido, novos estudos devem ser desenvolvidos buscando identificar o impacto das capacitações sobre as taxas de mortalidade ou de reversão dos quadros de PCR. 12

As manobras de SBV são procedimentos simples que não necessitam de equipamentos adicionais. Se forem executadas precocemente são fundamentais para um desfecho favorável à vítima. Por isso, é necessário que esse conhecimento seja difundido para leigos, além de profissionais de saúde o suporte básico de vida (SBV) é fundamental para salvar vidas e prevenir sequelas. As instituições que aderiram ao projeto sentiram-se beneficiadas e os resultados, verificados por meio do pós teste, foram de resultados significativos. 13

Portanto, ressaltamos a importância do treinamento de suporte básico de vida para crianças e leigos. Neste estudo pudemos identificar que 100% das crianças participantes desenvolveram a técnica corretamente demostrando aprendizagem e preocupação em realizar da forma correta e ensinar familiares. Salientamos que,

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devido o perfil físico e a idade das crianças capacitadas a efetividade das compressões pode não ser adequadas quando empregadas em uma situação real, mas acreditamos que as mesmas sejam multiplicadoras de conhecimento e influenciadoras junto as famílias.

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CONCLUSÃO

Os principais objetivos da iniciativa foi oferecer capacitação de assistência à saúde em casos de acidentes e instruir crianças a fazerem o reconhecimento precoce de sintomas e a prestarem os primeiros cuidados necessários para evitar agravos à saúde. Sabe-se que as ações de primeiros socorros podem ser aprendidas e aplicadas por qualquer pessoa presente no local onde ocorreu alguma fatalidade. A criança pode ser um personagem fundamental para garantir um atendimento de socorro em excelência.

Após demonstração da técnica de RCP no suporte básico de vida, todas as crianças que participaram do estudo demonstraram habilidades em desenvolver a técnica corretamente e compreender a necessidade de identificação precoce.

Este estudo soma-se à literatura, demonstrando os aspectos teóricos e práticos sobre o reconhecimento precoce da PCR e instituição do SBV, de maneira a oferecer contribuições para práticas profissionais considerando a aprendizagem significativa. Além de contribuir para a sociedade em geral com informações sistematizadas e atualizadas sobre a temática.

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REFERENCIAS

1. TIMERMAN A, MANSUR PA. Epidemiologia das doenças cardiovasculares.

Revista da sociedade de cardiologia do estado de São Paulo. 2006; 11(2): p. 307-16.

2. GONZALEZ E COLS. Diretriz de ressuscitação cardiopulmonar. Arq Bras Cardiol. 2013;100(2):105-113

3. TIMERMAN S, GONZALEZ MM, MESQUITA ET, MARQUES FR, RAMIRES

JA, QUILICI AP, ET AL. Aliança internacional dos comitês de ressuscitação (ILCOR). Papel nas novas diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergência 2005-2010. São Paulo: Arq Bras Cardiol; 2006. p 201-208

4. AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) (2015, p. 34)

5. ZORZELA L, GARROS D, CAEN AR. Análise crítica das novas recomendações para reanimação cardiopulmonar. Rio de Janeiro: Jornal de Pediatria - Vol. 83, Nº2(Supl), 2007

6. VENTORINI, J. A. O.; BADKE, M. R.; COGO, S. B.; COSENTINO, S.F.; SANTOS, V.O. Conhecimentos e conduta dos agentes comunitários de saúde frente aos primeiros socorros. Rev Enferm UFSM, Santa Maria, v. 2, n. 2, p. 353-364, Mai/Ago. 2012.

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7. FIORUC, B. E.; MOLINA, A.C.; JUNIOR, W. V.; LIMA, S. A. M. Educação em

saúde: abordando primeiros socorros em escolas públicas no interior de São Paulo. Rev. Eletr. Enf. 2008; 10(3):695-702.

8. PERGOLA, A. M.; ARAUJO, I. E. M. O leigo em situações de emergência.

Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v.42 n.4. 2008. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n4/v42n4a20.pdf.

9. FERNANDES, R. B. Capacitação da equipe de enfermagem para o atendimento de parada cardiorrespiratória em uma unidade de terapia intensiva. 2012. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2012.

10. Tobase L, Peres HHC, Tomazini EAS, Teodoro SV, Ramos MB, Polastri TF.

Suporte básico de vida: avaliação da aprendizagem com uso de simulação e dispositivos de feedback imediato. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2017;25:e2942. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v25/pt_0104-1169-rlae-25-e2942.pdf Acesso em: 20 Maio 2018

11. Tavares A.; Pedro N.; Urbano, J. Ausência de formação em suporte básico de vida pelo cidadão: um problema de saúde pública? Qual a idade certa para iniciar? Rev. Port. saúde pública. 2016;34(1):101–104. Disponível em: https://ac.els-cdn.com/S0870902515000450/1-s2.0-S0870902515000450-main.pdf?

_tid=25425fe6-542b-4eee-9c62-0310c0f2d7f5&acdnat=1528918938_e314d9d72892e91a3b62d2002f1b4c71. Acesso em: 20 Maio 2018

12. Kawakame PMG, Miyadahira AMK. Avaliação do processo

ensino-aprendizagem de estudantes da área da saúde: manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(4):657-64. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n4/pt_0080-6234-reeusp-49-04-0657.pdf Acesso em: 20 Maio 2018

13. Palhares VC, Palhares Neto AA, Pina MM, Colauto FSM, Lourençoni LF,

Martin LB Guimarães BA. Atuação de graduandos de enfermagem como treinadores de professores e escolares nas técnicas de suporte básico de vida: relato de experiência 8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015 Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/142548/ISSN2176-9761-2015-01-04-palhares.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 17 Mai. 2018.

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