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Físico-Química III

Físico-Química III

Cinética Química

Cinética Química

Velocidades das Reações Químicas

Este material está disponível no endereço:

https://sites.google.com/site/otavioquimica/ https://sites.google.com/site/otavioquimica/ 2 Otávio Santana Otávio Santana • CONTEÚDO

– Velocidades das Reações Químicas:

• Técnicas Experimentais; Cinética Química Empírica; Explicação das Leis de Velocidade.

– Dinâmica Molecular das Reações. – Catálise Homogênea & Heterogênea. – Cinética das Reações Complexas.

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4

Cont. Parte 5 Parte 6 Parte 7 Parte 8 Parte 9

3

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas

• Breve Histórico

17771777: Carl Friedrich WenzelCarl Friedrich Wenzel descreveu, qualitativamente, os resultados de algumas medidas das velocidades de dissolução de metais em ácidos.(*)

• Observou-se que a velocidade aumentava com o aumento da concentração do ácido.

18181818: Louis Jacques ThènardLouis Jacques Thènard estudou a velocidade de decomposição do H2O2 (uma substância que ele mesmo

descobriu).

• No entanto, até então não existia uma descrição quantitativa das velocidades das reações sob investigação.

Introdução

(*) Contemporâneo a Lavoisier, que é considerado o pai da Química

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Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas

• Breve Histórico

18501850++: Utilização de métodos físicos aplicados a problemas de interesse químico, dando origem à Físico-Química.

•Ludwig Ferdinand Wilhelmy, em 1850, realizou a primeira Ludwig Ferdinand Wilhelmy

investigação quantitativa da velocidades de uma reação química. Sacarose + Água  Glicose + Frutose (inversão da sacarose)

➔Wilhelmy acompanhou a reação com um polarímetro e interpretou

os resultados a partir de uma equação diferencial. Taxa de decréscimo da concentração:

➔Também propôs uma equação empírica para expressar a

dependência da velocidade de reação com a temperatura. Introdução

d [Sacarose]

dt =k [Sacarose ]

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Otávio Santana Otávio Santana

• Breve Histórico

18501850++: Utilização de métodos físicos aplicados a problemas de interesse químico, dando origem à Físico-Química.

•Pierre Eugène Marcelin Berthelot e Pierre Eugène Marcelin Berthelot Léon Pean de Saint-GillesLéon Pean de Saint-Gilles publicaram, em 1862, os resultados de um estudo da reação entre etanol e ácido acético, gerando acetato de etila e água.

O trabalho determinou o tempo para o estabelecimento do

equilíbrio, o que permitiu a obtenção de resultados referentes à velocidade de reação.

➔Concluiu-se que a reação é proporcional ao produto das

concentrações dos reagentes:

v = k [HAc][EtOH]

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Otávio Santana Otávio Santana

• Breve Histórico

18501850++: Utilização de métodos físicos aplicados a problemas de interesse químico, dando origem à Físico-Química.

•Augustus George Vernon Harcourt e Augustus George Vernon Harcourt William Esson estudaram, William Esson

entre 1865 e 1867, as reações:

(i) H2O2 + HI e (ii) KMnO4 + H4C2O2 (ácido oxálico).

➔Os estudos foram voltados principalmente para a influência das

concentrações dos reagentes na velocidade de reação.

➔Os resultados foram analisados em termos de formas integradas

das equações diferenciais, por procedimentos muito semelhantes aos utilizados atualmente.

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas

• Qual a importância destes estudos?

– As investigações podem fornecer evidências essenciais sobre os mecanismos que estão por trás das processos químicos.mecanismos

• As evidências também poderem surgir de estudos não-cinéticos (ex.: detecção de intermediários e de estudos com isótopos), mas somente uma análise cinética leva a resultados satisfatórios. – É possível, em muitos casos, otimizar a velocidade através de

uma escolha apropriada das condições experimentais. • Cinética Química Empírica podem variar em uma ampla faixa:

de 10-6 segundos a mais de 1025 anos!

– Ainda há problemas não resolvidos em cinética química, apesar do conhecimento razoável já disponível. Introdução

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas

• Qual a importância destes estudos? Introdução

Ramo

Ramo** AplicaçãoAplicação

Orgânica e Inorgânica Mecanismos de reação Eletroquímica Processos de eletrodo Engenharia Química Projeto de reatores Farmacologia Ação de medicamentos

Física Processos nucleares

Biologia Crescimento de bactérias e processos fisiológicos (ex.: digestão)

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• Escopo da Cinética Química

– A Cinética Química trata das velocidades das reações e dos fatores que a afetam (que muitas vezes controlamos), tais como concentrações, pressão, temperatura e catalisadores.

– Utilizam-se equações diferenciais que, uma vez resolvidas, possibilitam determinar a composição da mistura reacional em qualquer instante posterior ao início da reação.

– Muitos métodos, tanto teóricos e quanto experimentais, foram desenvolvidos para o estudo das reações, incluindo reações muito rápidas, como é o caso das explosões.

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Otávio Santana Otávio Santana

• Dados básicos da cinética

– Concentrações dos reagentes e produtos em tempos diferentes a partir do início da reação em uma determinada temperatura. –Aspectos Críticos:Aspectos Críticos

Temperatura:Temperatura

As velocidades da maioria das reações dependem da temperatura, de modo que, em geral, a temperatura deve ser controlada. •Concentrações:Concentrações

É necessário companhar o avanço da reação. O método a ser utilizado depende das espécies envolvidas e da velocidade.

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Técnicas Experimentais

• Dados básicos da cinéticaAspecto críticoAspecto crítico: Concentrações.

• O acompanhamento das concentrações constitui a maior dificuldade experimental em cinética química.

Não se pode interromper a reação, muito embora seja possível

reduzir bastante a velocidade de uma reação pelo resfriamento da mesma, uma vez que a velocidade da grande maioria das reações depende da temperatura.

➔Em geral se investiga uma propriedade física que está relacionada

à concentração de uma dada espécie química que, monitorada ao longo do tempo, possibilita determinar a composição da mistura.

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Técnicas Experimentais

• Dados básicos da cinéticaAspecto crítico: Concentrações.Aspecto crítico

• O acompanhamento das concentrações constitui a maior dificuldade experimental em cinética química.

Algumas propriedades físicas que podem ser utilizadas para a

determinação da composição da mistura: 1. Rotação ótica para substâncias oticamente ativas. 2. Espectros de absorção e análise colorimétrica. 3. Medida do índice de refração.

4. Medida da constante dielétrica. 5. Medidas de condutividade.

(4)

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• Ex.#1: Monitoramento do avanço de uma reação – Determine como varia a pressão do sistema reacional na

decomposição em fase gasosa: N2O5(g)  2 NO2(g) + ½ O2(g).

Admita que o sistema está sob volume e temperatura constantes, e que o gás se comporta idealmente.

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Otávio Santana Otávio Santana

Fim da Parte 1

Fim da Parte 1

Cinética Química Empírica

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Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• A Definição da Velocidade

– A velocidade de reação pode ser obtida a partir da dependência das concentrações com o tempo:

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• A Definição da Velocidade

– As reações químicas caminham para um estado de equilíbrio, em que as concentrações não mais variam:

➔ À medida que a reação se aproxima do estado de equilíbrio

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Otávio Santana Otávio Santana

• A Definição da Velocidade – Para uma reação da forma:

aA + bB  cC + dD tem-se um conjunto de velocidades:

em que “j” representa o coeficiente estequiométrico, “[J]” a concentração da espécie “J”. +1 d d [D] dt

Velocidade de formação −1 a d [A] dt

Velocidade de consumo −1 b d [B] dt

Velocidade de consumo +1 c d [C] dt

Velocidade de formação 26 Otávio Santana Otávio Santana • A Definição da Velocidade – Para uma reação da forma:

aA + bB  cC + dD tem-se um conjunto de velocidades relacionadas:

em que “j” representa o coeficiente estequiométrico, “[J]” a concentração da espécie “J” e “v” a veloc. da reaçãoveloc. da reação. v = −1 a d [A] dt

Velocidade de consumo = −1 b d [B] dt

Velocidade de consumo = +1 c d [C] dt

Velocidade de formação = +1 d d [D] dt

Velocidade de formação 27 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• A Definição da Velocidade – Observações:

• A relação entre a velocidade da reação e as de consumo/formação assume estequiometria independente do tempo .

➔Ex.: Formação da Amônia.

N2 + 3 H2 2 NH→ 3.

• Quando intermediários são formados de forma apreciável a estequiometria varia com o tempo.

➔Ex.: Decomposição da Acetona.

2 CH3COCH3 2 CH→ 4 + C2H4 + 2 CO. CH3OCH3 → CH2CO + CH4 2 CH2CO C→ 2H4 + 2 CO CH2CO = Cetena Reação Global Reações Parciais (Intermediários) 34 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Ex.#2: Interpretação da velocidade de uma reação – Para a reação: 2 NOBr(g)  2 NO(g) + Br2(g), a velocidade de

formação do NO, obtida experimentalmente em determinada condição, é de 0,16 mmolL-1s-1. (a) Qual a velocidade de

consumo de NOBr, (b) de formação do Br2 e (c) da reação?

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• Ex.#3: Interpretação da velocidade de uma reação – A taxa de variação da molaridade dos radicais CH3∙ na reação:

2 CH3∙(g)  CH3CH3(g) é de -1,2 molL-1s-1, obtida

experimental-mente em determinada condição. (a) Qual a velocidade da reação e (b) de formação de CH3CH3?

Resp.: (a,b) v = vCH3CH3 = 0,60 molL-1s-1.

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• Questão 5:

– A velocidade da reação A + 2 B  3 C + D é 1,0 molL-1s-1. Dê

as velocidades de formação e de consumo dos participantes do sistema reacional.

• Questão 6:

– A velocidade de formação de C na reação 2 A + B  2 C + 3 D é 1,0 molL-1s-1. Dê (a) a velocidade da reação e (b) as

veloci-dades de formação e de consumo dos participantes do sistema reacional.

Resp.: vA = 1,0 molL-1s-1; vB = 2,0 molL-1s-1; Resp.: vC = 3,0 molL-1s-1; vD = 1,0 molL-1s-1.

Resp.: (a) v = 0,50 molL-1s-1;

Resp.: (b) vA = 1,0 molL-1s-1; vB = 0,50 molL-1s-1; vD = 1,5 molL-1s-1.

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Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade e Termos Cinéticos

– As equações mostradas até aqui mostram como definimos a velocidade de uma reação. Mas como a velocidade varia com a composição da mistura?

– Em geral, verifica-se experimentalmente que, em uma determinada temperatura, a velocidade varia segundo uma equação da forma:

A constante “k” é a constante de velocidade da reaçãoconstante de velocidade da reação .  k = f(T)Os expoentes “m” e “n” são chamados ordens parciais da reaçãoordens parciais da reação . ➔ A ordem global da reaçãoordem global da reação é a dada pela soma das ordens parciais. ➔ Os termos cinéticos (“k”, “m” e “n”) são obtidos experimentalmente.termos cinéticos

a A + bB → c C + d D ⇒ v = k [A ]m[B ]n

Lei de Velocidade

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade e Termos Cinéticos – Observações:

• Mais formalmente, uma lei de velocidade é uma expressão que fornece a relação entre a velocidade da reação e a concentração de todas as espécies presentes na mistura reacional.

• No entanto, em geral, nas situações em que se está longe do equilíbrio, a velocidade da reação depende apenas das concentrações dos reagentes.

Ordens de reação parciais ou globais podem ser inteiras,

fracionárias(*), nulas(**) ou indefinida(***). Exs.:

CH3CHO(g) → CH4(g) + CO(g) ⇒ v = k [CH3CHO]3/2 Ordem Fracionária

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Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade e Termos Cinéticos – Observações:

• Mais formalmente, uma lei de velocidade é uma expressão que fornece a relação entre a velocidade da reação e a concentração de todas as espécies presentes na mistura reacional.

• No entanto, em geral, nas situações em que se está longe do equilíbrio, a velocidade da reação depende apenas das concentrações dos reagentes.

➔Ordens de reação parciais ou globais podem ser inteiras,

fracionárias(*), nulas(**) ou indefinida(***). Exs.:

(*) Ou semi-inteiras. (**) Comum em catálise heterogênea. (***) Comum em mecanismos complexos.

v1=k1[H2][Br2] v−1=k−1[HBr ]² H2(g )+Br2 (g)⇄ 2 HBr(g) ⇒ 2ª Ordem 42 Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade e Termos Cinéticos – Observações:

• Mais formalmente, uma lei de velocidade é uma expressão que fornece a relação entre a velocidade da reação e a concentração de todas as espécies presentes na mistura reacional.

• No entanto, em geral, nas situações em que se está longe do equilíbrio, a velocidade da reação depende apenas das concentrações dos reagentes.

➔Ordens de reação parciais ou globais podem ser inteiras,

fracionárias(*), nulas(**) ou indefinida(***). Exs.:

(*) Ou semi-inteiras. (**) Comum em catálise heterogênea. (***) Comum em mecanismos complexos.

v =

k [H

2

][Br

2

]

3/2

[Br

2

]+k '[HBr]

Ordem Indefinida H2 (g)+Br2(g)⇄ 2 HBr(g) ⇒ 43 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

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• Leis de Velocidade e Termos Cinéticos – Observações:

• Uma vez determinada a constante de velocidade e as ordens parciais da reação, pode-se prever a velocidade da reação a partir da composição da mistura.

• Além disto, pode-se prever a composição da mistura reacional a qualquer tempo após o início da reação.

Velocidade Composição Tempo: veremos adiante...

→ ↔ ↔

• É possível inferir o mecanismo de uma reação a partir da lei de velocidade: o mecanismo deve ser compatível.

Análise possibilita descartar mecanismos, mas não confirmá-lo. →

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• Leis de Velocidade e Termos Cinéticos – Observações:

• Para uma reação do tipo: aA + bB → cC + dD, as constantes de velocidade ki dependem da espécie considerada.

➔Assim como as velocidades da reação, consumo e formação, a

constante k está relacionada as constantes ki:

v = 1 avA=1bvB= 1cvC=d1vD= 1jvJ, vJ= −d [J]dt v = k [A]n[B]n =1 akA[A ] n[B]n k = 1 akA= 1 bkB = 1 ckC= 1 dkD= 1 jkJ

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Otávio Santana Otávio Santana

• Determinação da Lei de Velocidade – Método #1: Método do Isolamento(*)

• Este método consiste em se manter em excesso a concentração de todos os reagentes, exceto a de um, para o qual se deseja determinar a ordem parcial.

• Assume-se que as concentrações em excesso são constantes durante a reação.

O procedimento é repetido isolando-se separadamente cada

reagente, até que todas as ordens parciais sejam obtidas.

(*) W. Esson, Philos. Trans., 158, 117 (1867)

v = k [ A]m[B] 0 n v ≈ k ' [A]m, k ' = k [B] 0 n, [B] 0≈ Constante A isolado 48 Otávio Santana Otávio Santana

• Determinação da Lei de Velocidade

– Método #2: Velocidades Iniciais (ou Diferencial)(*) • Este método, geralmente, utilizado em conjunto com o método do

isolamento, consiste na medida da velocidade no início da reação para diferentes concentrações iniciais do reagente isolado. • Trabalha-se com o logaritmo da equação da lei de velocidade com

o objetivo de obter a equação de uma reta.

Coeficiente angular: Ordem parcial “m” em relação ao reagente A.Coeficiente angular Coeficiente linear

Coeficiente linear: Constante k' da reação com A isolado. v ≈ k ' [A]m v

0 ≈ k ' [A]0

m log(v

0) =mlog([A ]0) +log(k ' )

(*) J. H. van't Hoff, Etudes de dynamique chimique , Amsterdam (1884)

Equação de uma reta: y = mx + b

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• Determinação da Lei de Velocidade

– Método #2: Velocidades Iniciais (ou Diferencial)(*) • Este método, geralmente, utilizado em conjunto com o método do

isolamento, consiste na medida da velocidade no início da reação para diferentes concentrações iniciais do reagente isolado.

Nota 1: Este método é mais aplicável a reações razoavelmente Nota 1

lentas, de modo que a velocidade pode ser obtida com certa confiabilidade antes que a reação progrida apreciavelmente.

Nota 2: É possível que o tratamento de dados não leve a uma Nota 2

reta, o que indica que a lei de velocidade é mais complexa, não possuindo uma ordem definida (ex.: reação de formação do HBr).

Nota 3: As ordens assim obtidas são denominadas “ordens de Nota 3

reação reais”, pois não sofrem interferências dos produtos.

(*) J. H. van't Hoff, Etudes de dynamique chimique , Amsterdam (1884)

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Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos – Para a reação: 2 I(g) + Ar(g)  I2(g) + Ar(g), as seguintes

velocidades iniciais foram obtidas:

As concentrações de Ar foram (a) 1,0 mmolL-1, (b) 5,0 mmolL-1

e (c) 10 mmolL-1. Determine a ordem da reação em relação às

concentrações de I e de Ar e a constante de velocidade.

Objetivo: determinar “k”, “m” e “n” para: Objetivo

[I]0/10-5molL-1 1,0 2,0 4,0 6,0

v0/molL-1s-1 (a) 8,70x10-4 3,48x10-3 1,39x10-2 3,13x10-2

(b) 4,35x10-3 1,74x10-2 6,96x10-2 1,57x10-1

(c) 8,69x10-3 3,47x10-2 1,38x10-1 3,13x10-1

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Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos

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Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Etapa 1:

Etapa 1: Inicialmente, reescreve-se a tabela com os valores transformados para a escala logarítmica:

Nota 1: Estes dados serão utilizados para construir o gráfico de log(v0)×log([I]0). log([I]0) -5,00000 -4,69897 -4,39794 -4,22185 log(v0) (a) -3,06048 -2,45842 -1,85699 -1,50446 (b) -2,36151 -1,75945 -1,15739 -0,80410 (c) -2,06098 -1,45967 -0,86012 -0,50446 53 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

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• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Etapa 2:

Etapa 2: Em seguida, faz-se o mesmo com relação as diferentes concentrações de Ar:

Nota 2: Estes dados serão utilizados para construir o gráfico de log(v0)xlog([Ar]0).

Nota 3: Esta tabela é a transposta da anterior. [Em destaque]  [Consequência...]

log([Ar]0) -3,00000 -2,30103 -2,00000 log(v0) (1) -3,06048 -2,36151 -2,06098 (2) -2,45842 -1,75945 -1,45967 (3) -1,85699 -1,15739 -0,86012 (4) -1,50446 -0,80410 -0,50446 log([I]0) -5,00000 -4,69897 -4,39794 -4,22185 log(v0) (a) -3,06048 -2,45842 -1,85699 -1,50446 (b) -2,36151 -1,75945 -1,15739 -0,80410 54 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

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• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Etapa 3:

Etapa 3: Constroem-se os gráficos de loglog(v(v00)x)xloglog([I]([I]00) e de )

log(v0)×log([Ar]0), dos quais se obtém “k”, “m” e “n”:

-5,1 -5,0 -4,9 -4,8 -4,7 -4,6 -4,5 -4,4 -4,3 -4,2 -4,1 -3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 f(x) = 1,999x + 7,933 R² = 1,000 f(x) = 2,001x + 7,644 R² = 1,000 f(x) = 1,952x + 6,755 R² = 0,990 log([I]) lo g (v )

(10)

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Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Etapa 3:

Etapa 3: Constroem-se os gráficos de log(v0)xlog([I]0) e de log

log(v(v00)×)×loglog([Ar]([Ar]00)), dos quais se obtém “k”, “m” e “n”:

-3,2 -3,0 -2,8 -2,6 -2,4 -2,2 -2,0 -1,8 -3,5 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 f(x) = 1,000x + 1,497 R² = 1,000 f(x ) = 0,998x + 1,136 R² = 1,000 f(x) = 0,849x + 0,220 R² = 0,997 f(x) = 1,000x - 0,062 R² = 1,000 log([Ar]) lo g (v ) 56 Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Etapa 3:

Etapa 3: Constroem-se os gráficos de loglog(v(v00)x)xloglog([I]([I]00) e de ) log

log(v(v00)×)×loglog([Ar]([Ar]00), dos quais se obtém “k”, “m” e “n”:)

m = 2 n = 1

k ≈ 9,0x109 L2mol-2s-1 ∴

vv = = kk[I][I]22[Ar][Ar]

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Otávio Santana Otávio Santana

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• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Método Simplificado

Método Simplificado: após um tratamento algébrico, e trabalhando sobre os dados originais...

v1=k ' [A]1m v2=k ' [A]2 m v2 v1 =

(

[A ]2 [A ]1

)

mm = log(v2/v1) log([A]2/[A]1) , [B]=const. [I]0/10-5molL-1 1,0 2,0 4,0 6,0 v0/molL-1s-1 (a) 8,70x10-4 3,48x10-3 1,39x10-2 3,13x10-2 (b) 4,35x10-3 1,74x10-2 6,96x10-2 1,57x10-1 (c) 8,69x10-3 3,47x10-2 1,38x10-1 3,13x10-1 58 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Método Simplificado

Método Simplificado: após um tratamento algébrico, complete os dados em uma tabela, com a estrutura abaixo, para “m”. v1=k ' [A]1m v2=k ' [A]2 m v2 v1 =

(

[A ]2 [A ]1

)

mm = log(v2/v1) log([A]2/[A]1) , [B]=const. (2,1) (3,2) (4,3) m a 2 1,9979 2,0020 b 2 2 2,0063 c 1,9975 1,9917 2,0198 m = 2

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Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Método Simplificado

Método Simplificado: após um tratamento algébrico, complete os dados em uma tabela, com a estrutura abaixo, para “n”. v1=k ' ' [B ]1n v2=k ' ' [B ]2n v2 v1 =

(

[B ]2 [B ]1

)

nn = log(v2/v1) log([B]2/[B]1) , [A]=const. (b,a) (c,b) n 1 1 0,9983 2 1 0,9958 3 1,0009 0,9875 4 1,0020 0,9954 n = 1 60 Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#4: Determinação dos termos cinéticos Método Simplificado

Método Simplificado: uma vez determinado as ordens parciais “m” e “n”, determine o valor da constante k.

v = k [ A]2[B] ⇒ k = v [A]2[B] k 1,a 8,70x109 2,a 8,70x109 3,a 8,69x109 4,a 8,69x109 1,b 8,70x109 k = 8,70x109 L2mol-2s-1 61 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

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• Ex.#5: Determinação dos termos cinéticos

– A velocidade inicial de uma reação depende da concentração de uma substância J conforme os seguintes dados:

Determine (a) a ordem da reação em relação às concentrações de J e (b) a constante de velocidade.

[J]0/10-3molL-1 5,0 8,2 17 30

v0/10-7molL-1s-1 3,6 9,6 41 130

Resp.: (a) Segunda Ordem; (b) k ≈ 1,4x10-2 mol-1L·s-1.

62

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Questão 9:

– A 518 °C, a velocidade de decomposição de uma amostra de acetaldeído gasoso, inicialmente na pressão de 363 torr, é de 1,07 torr·s-1, quando 5,0 % reagiram, e de 0,76 torr·s-1,

quando 20,0 % reagiram. Determine a ordem da reação e a constante de velocidade da reação.

(12)

64

Otávio Santana Otávio Santana

Fim da Parte 2

Fim da Parte 2

Cinética Química Empírica

65

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade Integradas

– As leis de velocidades trabalhadas até aqui correspondem a equações diferenciais que fornecem a velocidade em função da composição da mistura.

– Uma lei de velocidade integrada é obtida integrando-se a lei de lei de velocidade integrada velocidade correspondente, e fornece a composição da mistura em função do tempo.

– Uma integração analítica pode ser facilmente realizada nos casos simples de reações em que apenas um reagente está presente na lei de velocidade.

66

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasOrdem ZeroOrdem Zero:

• Uma lei de velocidade de ordem zero que descreve o consumo de um reagente A tem a forma:

leva a seguinte lei de velocidade integrada: −d[A] dt =k ⇒[A ]

0 [A] d [A] = −

0 t k dt

[

A] = [A ]

0

kt

Equação de uma reta: y = mx

67

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasOrdem Zero:Ordem Zero

• A lei de velocidade integrada para uma reação de ordem zero é a equação de uma reta.

Se a reação sob investigação for de ordem zero, o gráfico de [A]

contra t será uma reta de inclinação - k.

Pode-se utilizar a equação para testar a hipótese de que a reação

seja de ordem zero em relação a A e determinar a constante k.

[

A] = [A ]

0

kt

(13)

68

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasOrdem ZeroOrdem Zero:

Tempo de Meia-Vida (Tempo de Meia-Vida (tt1/21/2):): tempo necessário para que a concentração [A] caia para metade do valor inicial [A ]0.

➔Uma reação de ordem zero possui um tempo de meia-vida que

depende da concentração inicial.

O tempo de meia-vida para uma reação de ordem zero aumenta

com a elevação da concentração inicial.

[A]

t1/2

=

[

A ]

0

2

[A]

0

2

= [A]

0

kt

1/2

t

1/2

=

[A ]

0

2k

69 Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasPrimeira Ordem:Primeira Ordem

• Uma lei de velocidade de primeira ordem que descreve o consumo de um reagente A tem a forma:

leva a seguinte lei de velocidade integrada: ln

(

[A]

[A]0

)

= −kt

Equação de uma reta: y = mx

⇔ [A ] = [A]0ektd [ A] dt =k [A ] ⇒[

A]0 [A ]d [A] [A] = −

0 t k dt 70 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

• Primeira expressão: A lei de velocidade integrada para uma reação de primeira ordem é a equação de uma reta.

Se a reação sob investigação for de primeira ordem, o gráfico de

ln([A]/[A]0) contra t será uma reta de inclinação - k.

➔Pode-se utilizar a equação para testar a hipótese de que a reação

seja de primeira ordem em relação a A e determinar a constante k.

ln

(

[A] [A]0

)

= −kt

Equação de uma reta: y = mx

⇔ [A ] = [A]0ekt

71

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasPrimeira Ordem:Primeira Ordem

• Segunda expressão: A lei de velocidade integrada para uma reação de primeira ordem indica um decaimento exponencial para [A] .

A equação na segunda forma possibilita obter diretamente a

concentração de A em qualquer tempo t após o início da reação

A velocidade do decaimento é dada pelo valor da const. de vel.:

k pequeno decaimento lento; k grande  decaimento rápido.

ln

(

[A] [A]0

)

= −kt

Equação de uma reta: y = mx

(14)

72

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

73

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasPrimeira Ordem:Primeira Ordem

Tempo de Meia-Vida (Tempo de Meia-Vida (tt1/21/2):): tempo necessário para que a concentração [A] caia para metade do valor inicial [A ]0.

➔Uma reação de primeira ordem possui um tempo de meia-vida

bem definido, independente da concentração inicial.

Este fato pode ser explorado para testar a hipótese de que a

reação é de primeira ordem.

[

A]

t1/2

=

[A ]

0

2

ln

(

[

A]

0

/2

[A]

0

)

= −ln(2) = −kt

1/ 2

t

1/ 2

=

ln(2)

k

74 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

Tempo de Meia-Vida (Tempo de Meia-Vida (tt1/21/2):): tempo necessário para que a concentração [A] caia para metade do valor inicial [A ]0. • Ex.: reação de isomerização:

(primeira ordem) CH3NC ⇋ CH3CN Isonitrila Nitrila 76 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Ex.#6: Análise de uma reação de primeira ordem – Os dados abaixo se referem a pressão parcial do azometano na

sua decomposição (sob 600K): CH3N2CH3(g)  CH3CH3(g) + N2(g).

Confirme, a partir dos dados, que a reação é de primeira ordem.

Como: p

A  [A], podemos plotar ln(p/p0)xt e analisar o gráfico.

t/s 0 1000 2000 3000 4000

p/(10-2 Torr) 8,20 5,72 3,99 2,78 1,94

t/s 0 1000 2000 3000 4000

(15)

77

Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#6: Análise de uma reação de primeira ordem

➔ O gráfico obtido a partir dos dados confirma que a reação é de

primeira ordem e fornece o valor da constante k.

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 -1,60 -1,40 -1,20 -1,00 -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00 f(x) = - 3,60E-04x + 1,55E-04 R² = 1,00E+00 t/s ln (p /p 0 ) 78 Otávio Santana Otávio Santana

• Ex.#6: Análise de uma reação de primeira ordem

➔ O gráfico obtido a partir dos dados confirma que a reação é de

primeira ordem e fornece o valor da constante k. Coeficiente Angular = -3,6x10-4 s-1

k = 3,6x10-4 s-1

Nota

Nota: o valor da constante foi obtido por um programa, a partir do qual o gráfico foi obtido por ajuste dos mínimos quadrados. No entanto, o valor de k pode ser estimado a partir de cálculos simples como os mostrados no exemplo anterior.

79

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Ex.#7: Análise de uma reação de primeira ordem – Os dados abaixo se referem concentração do N2O5 em bromo

líquido: 2 N2O5  4 NO2 + O2.

Confirme, a partir dos dados, que a reação é de primeira ordem. t/s 0 200 400 600 1000 [N2O5]/(molL-1) 0,110 0,073 0,048 0,032 0,014 83 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasSegunda Ordem:Segunda Ordem

• Uma lei de velocidade de segunda ordem que descreve o consumo de um reagente A tem a forma:

leva a seguinte lei de velocidade integrada: 1 [A ]= 1 [A]0 + kt

Equação de uma reta: y = mx + b

⇔ [A ] = [A]0 1 + kt [A]0 −d [ A] dt =k [A] 2 ⇒

[A ]0 [A] d [ A] [A]2 = −

0 t k dt

(16)

84

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasSegunda OrdemSegunda Ordem:

• Primeira expressão: A lei de velocidade integrada para uma reação de segunda ordem é a equação de uma reta.

Se a reação sob investigação for de primeira ordem, o gráfico de

1/[A] contra t será uma reta de inclinação + k e coef. linear 1/[A]0.

➔Pode-se utilizar a equação para testar a hipótese de que a reação

seja de segunda ordem em relação a A e determinar a constante k. 1 [A ]= 1 [A]0 + kt

Equação de uma reta: y = mx + b

⇔ [A ] = [A]0

1 + kt [A]0

85

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasSegunda Ordem:Segunda Ordem

• Segunda expressão: A lei de velocidade indica um decaimento mais lento para [A] comparada a uma reação de primeira ordem .

A equação na segunda forma possibilita obter diretamente a

concentração de A em qualquer tempo t após o início da reação

➔A velocidade do decaimento é dada pelo valor da const. de vel.:

k pequeno decaimento lento; k grande  decaimento rápido.

1 [A ]= 1 [A]0 + kt

Equação de uma reta: y = mx + b

⇔ [A ] = [A]0

1 + kt [A]0

86

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasSegunda Ordem x Primeira OrdemSegunda Ordem x Primeira Ordem:

• Para reações com velocidades iniciais idênticas, uma reação de segunda ordem apresenta um decaimento mais lento da concentração de [A] do que uma reação de primeira ordem.

➔Muitas substâncias nocivas ao

meio ambiente se decompõem segundo uma reação de segunda ordem, podendo existir por longos períodos em baixas concentrações.

87

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasSegunda Ordem:Segunda Ordem

Tempo de Meia-Vida (Tempo de Meia-Vida (tt1/21/2):): tempo necessário para que a concentração [A] caia para metade do valor inicial [A ]0.

➔Uma reação de segunda ordem possui um tempo de meia-vida que

depende da concentração inicial.

➔O tempo de meia-vida para uma reação de segunda ordem

aumenta com a diminuição da concentração inicial.

[A ]t1/ 2= [A]0 2 ⇒ 1 [A]0/2 = 1 [A]0 +kt1/2 ⇔ t1/2=k [A ]1 0

(17)

88

Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasOrdem Ordem nn:

• Uma lei de velocidade de ordem n (diferente de 1) que descreve o consumo de um reagente A tem a forma:

leva a seguinte lei de velocidade integrada: −d [A] dt =k[A ] n, n≠1 1 [A](n−1)= 1 [A]0(n−1) + (n−1)kt

Equação de uma reta: y = mx + b

⇔ [A] = [A]0

{

1 1 + (n−1)kt [ A]0(n−1)

}

1/( n−1) 90 Otávio Santana Otávio Santana

• Leis de Velocidade IntegradasOutros Casos:Outros Casos

• O mesmo procedimento é utilizado para obter leis de velocidade integradas de qualquer ordem.

• No entanto, no caso de leis de velocidade que envolvem mais de um reagente, a lei integrada depende da estequiometria da reação.

➔Ex.: Para um sistema reacional com lei de velocidade igual a:

v = k[A][B], se a estequiometria da reação for: A + B  P:

onde x é a extensão da reação.

d[A]

dt

=

k[A][B] ⇒

1

([B]

0

−[

A]

0

)

ln

[

([B]

0

−x)/[B]

0

([

A]

0

−x)/[A]

0]

=

kt

91 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Leis de Velocidade IntegradasOutros CasosOutros Casos:

• O mesmo procedimento é utilizado para obter leis de velocidade integradas de qualquer ordem.

• No entanto, no caso de leis de velocidade que envolvem mais de um reagente, a lei integrada depende da estequiometria da reação. • Ex.: Para um sistema reacional com lei de velocidade igual a:

v = k[A][B], se a estequiometria da reação for: A + 2B  P:

onde x é a extensão da reação.

d[A]

dt

=

k [A][B] ⇒

1

([B]

0

−2[A]

0

)

ln

[

([B]

0

−2 x)/[B]

0

([A]

0

−x)/[A]

0

]

=

kt

92 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Questão 10:

– A 518 °C, a meia-vida da decomposição de uma amostra de acetaldeído gasoso, inicialmente a 363 torr, é de 410 s. Quando a pressão era de 169 torr, a meia-vida foi de 880 s. Determine a ordem da reação. Reação: CH3CHO  CH4 + CO.

(18)

95

Otávio Santana Otávio Santana

• Questão 11:

– A constante k da reação de 1a ordem: 2N

2O5  4NO2 + O2 é de

3,38x10-5 s-1 (25 °C).

(a) Qual a meia-vida (i) da reação e (ii) do N2O5?

(b) Qual a pressão parcial do N2O5 após (i) 10 s e (ii) 10 min

do início da reação, sendo de 500 torr a pressão inicial? (c) Quais as pressões totais nestes instantes? Resp.: (a) (i) t1/2 ≈ 2,05x104 s, (ii) t1/2 ≈ 1,03x104 s;

(b) (i) 499,7 torr, (ii) 480,1 torr; (c) (i) 500,3 torr, (ii) 515,1 torr

102

Otávio Santana Otávio Santana

• Questão 12:

– Uma reação de segunda ordem do tipo A + B  P (1a ordem

parcial em cada reagente) foi conduzida em uma solução que inicialmente era 0,050 M em A e 0,080 M em B. Depois de 1,0 h, a concentração de A caiu para 0,020 M. (a) Estime a constante de velocidade e (b) a meia-vida dos reagentes. Dado:

Resp.: (a) k ≈ 4,13x10-3 Lmol-1s-1; (b) t1/2(A) ≈ 2,57x103 s, t1/2(B) ≈ 7,39x103 s. −d[A] dt =k [A][B] ⇒ ([B]0−[1A]0)ln

(

([B]0−x)/[B]0 ([A]0x)/[A]0

)

=kt 106 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

Fim da Parte 3

Fim da Parte 3

Cinética Química Empírica

107

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do Equilíbrio

– Na cinética empírica geralmente se trabalha longe da condição de equilíbrio, de modo a se desconsiderar a reação inversa. – Próximo ao equilíbrio, as concentrações dos produtos não

podem ser desprezadas, bem como a reação inversa. • Veremos o caso especial do sistema próximo do equilíbrio no qual

as reações direta e inversa são ambas de primeira ordem. • Este é o caso típico de muitas reações de isomerização, e o seu

tratamento é o mesmo a ser utilizado nos demais casos. • Em seguida veremos alguns casos adaptados...

(19)

108

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

Ex.1: Consideremos o sistema que tem as reações direta e inversa Ex.1

de primeira ordem:

➔Quando a reação inversa não pode ser desconsiderada:

A → B , vd=kd[A] A ← B , vi=ki[B] −d[A] dt =kd[A] − ki[B] → Consumo de A → Formação de A 109 Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem:Primeira Ordem

• Para resolver esta equação diferencial, precisamos das condições iniciais (composição inicial) e de contorno (estequiometria).

➔Condição de início: [A]

0 ≠ 0, [B]0 = 0 (depende do problema!)

➔Condição de contorno: [A]

0 = [A] + [B] (...da estequiometria!) A ~ B (consumo de A = formação de B)

➔Portanto, pode-se escrever:

d[A]

dt =kd[A] − ki[B] = kd[A] − ki([A]0− [A]) = (kd+ki)[A] − ki[A]0

110

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

• Para resolver esta equação diferencial, precisamos das condições iniciais (composição inicial) e de contorno (estequiometria).

➔Condição de início: [A]

0 ≠ 0, [B]0 = 0 (depende do problema!)

➔Condição de contorno: [A]

0 = [A] + [B] (...da estequiometria!) A ~ B (consumo de A = formação de B)

➔Pode-se obter a expressão da constante de equilíbrio sem que seja

necessário resolver a equação diferencial: −d[A] dt =kd[A]eq−ki[B ]eq=0 ⇒ K ≈ [B]eq [A]eq = kd ki 111 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem:Primeira Ordem

• No entanto, a solução da equação fornece a concentração de A em qualquer instante após o início da reação e tem a forma: −

[A]0 [A ] d [A] (kd+ki)[A] − ki[A]0 =

0 t dt = t = − 1 (kd+ki)

ln

{

(kd+ki)[A]−ki[A]0

}

∣[A ] [A ]0

= − 1

(kd+ki)

ln

{

(kd+ki)[A]−ki[A]0 (kd+ki)[A]0−ki[A]0

}

(20)

112

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

• No entanto, a solução da equação fornece a concentração de A em qualquer instante após o início da reação e tem a forma: ln

{

(kd+ki)[A ]−ki[A ]0 (kd+ki)[A ]0−ki[A]0

}

= −(kd+ki)t (kd+ki)[A ]−ki[A ]0 (kd+ki)[A ]0−ki[A ]0 =e−(kd+ki)t

(kd+ki)[A ]−ki[A]0=

{

(kd+ki)[A]0−ki[A ]0

}

e −(kd+ki)t

113

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem:Primeira Ordem

• No entanto, a solução da equação fornece a concentração de A em qualquer instante após o início da reação e tem a forma:

Em especial, quando t  ∞ as concentrações de equilíbrio serão:

Nota: Embora o procedimento seja o mesmo, a solução de equações Nota diferenciais em outros casos nem sempre é tão simples!

[A] =

{

kde −(kd+ki)t+k i kd +ki

}

[A ]0 [A ]eq=

(

ki kd+ki

)

[A]0, [B]eq= [A]0−[A ]eq=

(

kd kd+ki

)

[A]0 114 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira OrdemPrimeira Ordem:

Ex.2: Pode-se generalizar o problema para o caso de haver Ex.2

diversas reações intermediárias, todas de primeira ordem:

➔Quando as reações inversas não podem ser desconsideradas:

A → B , vd (1) =kd (1)[A]; A ← B , v i (1) =ki (1)[B] B → C , v(2)d =kd(2)[B]; B ← C , vi(2)=ki(2)[C] −d[ A] dt =kd (1)[A] − k i (1)[B] +d[C] dt =kd(2)[B] − ki(2)[C] 115 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem:Primeira Ordem

Ex.2: Pode-se generalizar o problema para o caso de haver Ex.2

diversas reações intermediárias, todas de primeira ordem:

➔No equilíbrio: −d[A] dt =kd (1)[A] eq −ki (1)[B] eq=0 +d[C] dt =k(2)d[B]eq−ki(2 )[C]eq=0 ⇒ K ≈[C]eq [A]eq= kd (1) kd (2) ki (1)k i (2) A → B , vd (1) =kd (1 ) [A]; A ← B , vi (1) =ki (1)[B] B → C , vd(2)=kd(2)[B ]; B ← C , v(2)i =ki(2)[C]

(21)

116

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem e Segunda OrdemPrimeira Ordem e Segunda Ordem:

Ex.3: Consideremos o sistema que tem a reação direta de primeira Ex.3

ordem, inversa de segunda ordem e a estequiometria dada por:

➔Quando a reação inversa não pode ser desconsiderada:

A → 2B , vd=kd[A] A ← 2B , vi=ki[B]2 −d[ A] dt =kd[A] − ki[B] 2 117 Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem e Segunda Ordem:Primeira Ordem e Segunda Ordem

• Para resolver esta equação diferencial, precisamos das condições iniciais (composição inicial) e de contorno (estequiometria).

➔Condição de início: [A]

0 ≠ 0, [B]0 = 0 (depende do problema!)

➔Condição de contorno: [A]

0 = [A] + ½[B] (...da estequiometria!) A ~ 2B (consumo de A = formação de 2B)

➔Portanto, pode-se escrever:

d[A]

dt =kd[A] − ki[B] 2

=kd[A] − ki[2([A]0− [A])] 2 Solução complicada!

118

Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem e Segunda OrdemPrimeira Ordem e Segunda Ordem:

• Para resolver esta equação diferencial, precisamos das condições iniciais (composição inicial) e de contorno (estequiometria).

➔Condição de início: [A]

0 ≠ 0, [B]0 = 0 (depende do problema!)

➔Condição de contorno: [A]

0 = [A] + ½[B] (...da estequiometria!) A ~ 2B (consumo de A = formação de 2B)

➔Pode-se obter a expressão da constante de equilíbrio sem que seja

necessário resolver a equação diferencial: −d[A] dt =kd[A]eq−ki[B ]eq2 =0 ⇒ K ≈ [B]eq 2 [A]eq = kd ki 119 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioPrimeira Ordem e Segunda Ordem:Primeira Ordem e Segunda Ordem

• No entanto, a solução da equação fornece a concentração de A em qualquer instante após o início da reação e tem a forma: −d[A]

dt =kd[A] − ki[B] 2

=kd[A] − ki[2([A]0− [A])] 2 = −4ki[A] 2 +(kd+8ki[A]0)[A]−4 ki[A]0 2

[A ]0 [A] d[A] 4 ki[A] 2 −(kd+8ki[A ]0)[A]+4ki[A]0 2=

0 t dt = t Tabela de Integrais:

dx ax2+bx+ c= 2

4ac−b2arctan 2ax+ b

4ac−b2, 4ac−b 2>0

(22)

120

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioCaso GeralCaso Geral:

Ex.4: Quando as reações possuem ordens relacionadas aos coef. Ex.4

estequiométricos (como no caso das reações elementaresreações elementares):

➔Tem-se o caso simples da relação entre a constante de equilíbrio e

as constantes de velocidade: A + B + ... → X + Y + ... , vd= kd[A][B]... A + B + ... ← X + Y + ... , vi=ki[X][Y]... −d[A] dt =kd[A ]eq...−ki[X]eq...=0 ⇒ K ≈ [X]eq[Y]eq... [A ]eq[B]eq... = kd ki Conclusão

Conclusão: resultado geral!

121

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioCaso Geral: Determinação de kCaso Geral d e ki

Ex.5: Para um sistema A ⇋ B que é de primeira ordem nos dois Ex.5

sentidos:

➔Pela estequiometria da reação, em cada etapa da reação tem-se:

[A] = a0 – x, [B] = x, com [A]0 = a0 e [B]0 = 0, de modo que: −d [ A] dt =kd[A] − ki[B] −d[ A] dt = dx dt =kd(a0−x ) − kix 122 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

Velocidades das Reações Químicas Cinética Química Empírica

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioCaso GeralCaso Geral: Determinação de kd e ki

• No equilíbrio: [A] = [A]eq = a0 – xe e [B] = [B]eq = xe, portanto:

➔Dessa forma, pode-se escrever uma expressão para a velocidade

de consumo de A que depende apenas de kd: dx dt =kd(a0−xe) −kixe=0 ⇒ ki= 1 xe (a0−xe)

1/K kd dx dt =kd(a0−x) − kd xe(a0−xe)x ⇒ dxdt = a0 xe(xe−x )kd 123 Otávio Santana Otávio Santana

Velocidades das Reações Químicas

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• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioCaso Geral: Determinação de kCaso Geral d e ki

• A resolução desta última equação leva a:

Portanto, o gráfico de (x

e/a0)ln[xe/(xe-x)] contra t é uma reta de inclinação kd (a0 é conhecido e xe é facilmente medido).

A constante k

i para a reação inversa pode ser obtida a partir da constante de equilíbrio K e de kd (pois: K = kd/ki ⇒ ki = kd/K).

xe a0

0 x dx xe−x =kd

0 t dt ⇒ xe a0 ln

(

xe xe−x

)

=kdt

(23)

124

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioCaso GeralCaso Geral: Determinação de kd e ki

• A resolução desta última equação leva a:

Portanto, o gráfico de ( x

e/a0)ln[xe/(xe-x)] contra t é uma reta de inclinação kd (a0 é conhecido e xe é facilmente medido).

➔Limitação: Embora o método possa ser adaptado para reações de Limitação

outras ordens, só é útil para reações lentas. xe a0

0 x dx xe−x =kd

0 t dt ⇒ xe a0 ln

(

xe xe−x

)

=kdt

Equação de uma reta

127

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioMétodos de Relaxação:Métodos de Relaxação(*)

Relaxação: Processo de retorno de um sistema ao equilíbrio após Relaxação

ter sofrido uma perturbação.

Devido a perturbação, as condições do sistema mudam e a nova

composição da mistura reacional é diferente da original.

➔A velocidade de relaxação é medida geralmente por técnicas

espectroscópicas, possibilitando a medida das constantes kd e ki.

➔Métodos de relaxação são úteis para a investigação de reações

muito rápidas, como as de neutralização ( t1/2 < 10-6 s).

(*) M. Eigen, Discuss. Faraday Soc. , 17, 194 (1954)

128

Otávio Santana Otávio Santana

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• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioMétodos de RelaxaçãoMétodos de Relaxação:(*)

Relaxação: Processo de retorno de um sistema ao equilíbrio após Relaxação

ter sofrido uma perturbação.

Duas formas comumente empregadas para a perturbação do

sistema são o “salto de pressão” e o “salto de temperatura”.

Saltos de temperatura podem levar a alteração da composição da

mistura pois, em geral, ΔHr0 ≠ 0 (equação de van't Hoff):

➔Saltos rápidos (~10-7 s) de temperatura (~10K) são obtidos com o uso de descargas elétricas, micro-ondas ou lasers pulsados, com a mistura reacional em uma cubeta estreita.

(*) M. Eigen, Discuss. Faraday Soc. , 17, 194 (1954)

lnK2−lnK1= − ΔHr0 R

(

1 T2 − 1 T1

)

130 Otávio Santana Otávio Santana

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• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioMétodos de Relaxação:Métodos de Relaxação

• Para um sistema A ⇋ B que é de primeira ordem nos dois sentidos, tem-se, no equilíbrio inicial, as constantes kd' e ki':

Após o salto de temperatura as constantes passam a kd e ki, e as concentrações do equilíbrio inicial relaxam para a nova condição:

A velocidade do ajustamento depende das novas constantes. −d [ A] dt =kd '[A] eq ' k i '[B] eq ' =0 ⇒ k d '[A] eq ' =k i '[B] eq 'd [ A] dt =kd[A]eq−ki[B]eq=0 ⇒ kd[A]eq=ki[B]eq

(24)

131

Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioMétodos de RelaxaçãoMétodos de Relaxação:

• Se ΔHr0 < 0 (exotérmico): K2 < K1. (favorecimento dos reagentes) [Gráfico ao lado]

• Se ΔHr0 > 0 (endotérmico): K2 > K1. (favorecimento dos produtos).

[Apesar disto, mesmo tratamento...] xx00

x x [A] [A]eqeq [A]' [A]'eqeq 132 Otávio Santana Otávio Santana

• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioMétodos de Relaxação:Métodos de Relaxação

• Se x representa o afastamento da concentração em relação a nova condição de equilíbrio, então: [A] = [A ]eq−x , [B] = [B]eq+xd [A ] dt = + dx dt xx00 x x [A] [A]eqeq =kd([A ]eq−x)−ki([B]eq+x) = −(kd+ki)x x = x0e −(kd+ki)t =x0et τ, τ = 1 kd+ki

Tempo de relaxação lim t →∞x = 0 ⇒ [A ] → [A ]eq 134 Otávio Santana Otávio Santana

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• Reações nas Vizinhanças do EquilíbrioMétodos de RelaxaçãoMétodos de Relaxação:

• A aplicação dos métodos de relaxação se dá pelo fato de que o tempo de relaxação τ pode ser medido experimentalmente.

• O tempo τ depende das constantes da reação direta e inversa, assim como a constante de equilíbrio, medida experimentalmente.

• Portanto, a medida de τ e K fornece as constantes kd e ki.

τ = 1 kd+ki K = kd ki kd= K τ (1+K ), ki= 1 τ(1+K ) 136 Otávio Santana Otávio Santana

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• Ex.#8: Análise de uma experiência de relaxação – A reação: H2O(ℓ) ⇋ H+(aq) + OH-(aq) relaxa para o equilíbrio com

uma constante de tempo de τ = 37 μs, no pH ≈ 7 e pKw ≈ 14

(a 298 K). Sendo a reação direta de primeira ordem e a inversa de segunda (primeira ordem parcial nos produtos), calcule as constantes de velocidade de cada reação. Dado: [H2O]eq ≈ 55,6 mol·L-1.

(25)

141

Otávio Santana Otávio Santana

Fim da Parte 4

Fim da Parte 4

Velocidades das Reações Químicas

142

Otávio Santana Otávio Santana

• Velocidades de Reação e Temperatura

– Em geral, a constante de velocidade (e, por consequência, a própria velocidade) aumenta com a elevação da temperatura.

Ex.1: A comida estraga mais Ex.1

rapidamente fora da geladeira.

Ex.2: Bastões de luz (reações de Ex.2

quimiluminescência) brilham mais intensamente com o aumento da temperatura.

Ex.3: Para CHEx.3

3NC  CH3CN: k(190 °C) = 2,52x10-5 s-1, K(250 °C) = 3,16x10-3 s-1. 143 Otávio Santana Otávio Santana

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• Velocidades de Reação e Temperatura

– Em geral, a constante de velocidade (e, por consequência, a própria velocidade) aumenta com a elevação da temperatura.

➔ Entre os anos de 1850 e 1910, diversas equações foram

propostas para ajustar dados experimentais, tais como:

➔D. M. Kooij foi aluno de van't Hoff.

➔A última equação foi proposta por van't Hoff como caso geral. ➔Arrhenius defendeu um caso particular da equação de van't Hoff,

por possuir parâmetros intuitivos relacionados à reação. k = AeDT

Berthelot [1862] k = ATm

Harcout e Esson [1865] k = Ae−(B −DT2)/RT

van't Hoff [1884] k = ATmeB /RT

D.M.Kooij [1893] k = ATme−(B−DT2)/RT

van't Hoff [1898] 144 Otávio Santana Otávio Santana

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• Velocidades de Reação e Temperatura

– Em geral, a constante de velocidade (e, por consequência, a própria velocidade) aumenta com a elevação da temperatura.

➔ A partir da equação de van't Hoff para a dependência da

constante de equilíbrio com a temperatura (V = cont.):(*)

E do conhecimento de que a constante de equilíbrio K está relacionada com as constantes de velocidade kd e ki (K=kd/ki):

∂lnK ∂T = ΔUr 0 RT2

Equação de van't Hoff

ln K2lnK1= −ΔUr 0 R

(

1 T2 − 1 T1

)

∂lnkdT − ∂ln kiT = ΔUr0 RT2

(26)

145

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• Velocidades de Reação e Temperatura

– Em geral, a constante de velocidade (e, por consequência, a própria velocidade) aumenta com a elevação da temperatura.

Devido a última equação van't Hoff argumentou que os k's

devem ser influenciadas por fatores de energia distintos:

Assumindo que as energias Ed e Ei sejam independentes da

temperatura (o que nem sempre é verdade): ∂lnkd ∂T = Ed 0 RT2, ∂ln ki ∂T = Ei 0 RT2, Δ Ur 0=E d 0E i 0 lnk = const. − E RTk = AeE /RT Eq. Arrhenius 146 Otávio Santana Otávio Santana

• Velocidades de Reação e Temperatura

– Em geral, a constante de velocidade (e, por consequência, a própria velocidade) aumenta com a elevação da temperatura.

➔ Arrhenius verificou que o efeito da temperatura na velocidade

é muito grande para ser explicado apenas pelo aumento da energia cinética translacional ou, no caso das reações em solução, variação da viscosidade com a temperatura.

➔ Concluiu que deve haver um equilíbrio entre as moléculas

“normais” e as “ativadas” e que esse equilíbrio deve se deslocar sob o efeito da temperatura da forma prevista pela equação de van’t Hoff.

➔ O fator exponencial e-E/RT possui um significado especial...

147

Otávio Santana Otávio Santana

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• Velocidades de Reação e Temperatura

– Em geral, a constante de velocidade (e, por consequência, a própria velocidade) aumenta com a elevação da temperatura.

Este resultado é verificado no gráfico de ln k contra 1/T que,

em geral, se ajusta a uma reta de inclinação negativa.

➔ Atualmente, a influência da temperatura sobre a constante de

velocidade é interpretada através da equação de Arrhenius:equação de Arrhenius

NotaNota: apesar do desenvolvimento de van't Hoff, foi Arrhenius

quem interpretou a equação com base em argumentos físicos. k = AeEa/RT lnk = ln A − Ea

RT

148

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• Velocidades de Reação e Temperatura

Parâmetros de Arrhenius: A equação é definida a partir da Parâmetros de Arrhenius determinação experimental de dois parâmetros (Ea e A).

Energia de Ativação (Energia de Ativação (EE

a

a): Obtido do coeficiente angular da ) reta (que fornece -Ea/R). Quanto maior Ea maior a dependência

com a temperatura.

Fator de Frequência (Fator de Frequência (AA): Obtido da interseção com o eixo )

vertical em 1/T = 0 (T  ∞). Também chamado “fator pré-exponencial” e possui a mesma unidade da constante k.

Nota: Apesar do nome, o parâmetro A só possui unidades de Nota

frequência para reações de primeira ordem. No entanto, a interpretação de seu significado justifica o seu nome.

Referências

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