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PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DAS ESCOLAS DE CANÁPOLIS/MG E CAMPO ALEGRE DE GOIÁS/GO

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Academic year: 2021

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PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DAS ESCOLAS DE CANÁPOLIS/MG E CAMPO ALEGRE DE GOIÁS/GO

SOARES, Paula da Silva (Unitri – paulasoares_nutricao@yahoo.com.br) MELLO, Cibelle Fonseca (Unitri – cibelle.mello@hotmail.com)

ARAÚJO, Ana Cristina Tomaz (Unitri – anacrisnutricao@yahoo.com.br)

RESUMO. O presente estudo avaliou o perfil nutricional de um total de 97 crianças, sendo 56 da escola municipal Alvarenga Peixoto (A), situada no município de Canápolis (MG), onde 33 eram do sexo masculino e 23 do sexo feminino, e 41 da escola municipal Dona Nilda José da Silva (B), situada no município de Campo Alegre de Goiás (GO) sendo 14 do sexo masculino e 27 do sexo feminino, com idade escolar entre 06 e 09 anos, matriculados de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. O estudo teve como objetivo analisar e comparar o estado nutricional dos escolares de ambas as instituições, sendo que, uma vez prejudicada, reflete diretamente no crescimento e desenvolvimento. Como não existe um único método de avaliação do estado nutricional isoladamente, fez- se necessário a utilização de alguns indicadores antropométricos em conjunto, como: peso para idade (P/I) , altura para idade (A/I), índice de massa corporal para idade (IMC/I), circunferência muscular do braço (CMB) e área muscular do braço corrigida (AMCc). A classificação do estado nutricional dos escolares foi mensurada através do software Anthro Plus da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde se utilizou idade, sexo, peso e altura para classificação de IMC/I, P/I e A/I, e os valores obtidos em z-score. Os valores da CB e DCT foram utilizadas no cálculo do CMB e AMBc e classificadas segundo o sistema de FRISANCHO (1990).

As crianças da escola de Canápolis/MG e Campo Alegre/GO apresentaram-se com peso adequado para idade e para a altura e segundo IMC apresenta adequado para idade. Embora o estado de Goiás tenha apresentado valores mais alterados, ainda assim predominou a eutrofia. Contudo, podemos observar que o ambiente escolar desempenha papel crucial em relação ao estado nutricional dos estudantes, é importante fomentar cada vez mais a importância da alimentação saudável e balanceada a ser oferecida, e principalmente a ofertada no ambiente escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Antropometria; escolas; avaliação nutricional.

INTRODUÇÃO

O ambiente escolar desempenha papel importante na construção de hábitos alimentares. É nessa fase que os alunos passam expressivo período de permanência do dia na instituição de ensino (DANELON et al., 2006 ).

A alimentação é fator primordial em todos os ciclos de vida e na infância, em virtude do crescimento e desenvolvimento dos sistemas biológicos

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em geral (ossos, dentes, músculo e sangue), a demanda de nutrientes é maior (COITINHO et al., 2002).

O perfil nutricional das crianças tem passado por uma transição nutricional constante, com evidencia na diminuição da ocorrência de desnutrição e aumento da prevalência de doenças crônica não transmissível, como obesidade, diabetes mellitus e hipercolesterolemia (TOLOCKA,et al., 2008).

A antropometria destaca-se na determinação de estimativas de prevalência e na gravidade de alterações nutricionais. É um importante método para estudos populacionais pela possibilidade de comparação com um padrão de referência. Como não existe um único método para avaliação do estado nutricional isoladamente, faz necessária a mensuração e avaliação de todos os indicadores antropométricos em conjunto, como Peso para Idade (P/I), Altura para Idade (A/I), Índice de Massa Corporal para Idade (IMC/I), Circunferência do Braço (CB), Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc), Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Dobra Cutânea Tricipital (DCP) (BARBOSA et al., 2009).

Considerando a importância do ambiente escolar em relação à condição nutricional das crianças, o presente estudo teve como objetivo analisar e comparar o estado nutricional dos escolares entre idade de 06 a 09 anos da escola municipal da cidade de Canápolis/MG e Campo Alegre de Goiás/GO.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada na escola municipal Alvarenga Peixoto na cidade de Canápolis/MG (Escola A) e na escola Dona Nilda José da Silva (Escola B), na cidade de Campo Alegre de Goiás/GO. Participaram deste estudo 97 crianças, sendo 56 da escola A, sendo 33 (58,93%) do sexo masculino e 23 (41,07%) do sexo feminino, e 41 da escola B, 14 (34,15%) do sexo masculino e 27 (65,85%) do sexo feminino, com idade escolar entre 06 e 09 anos, matriculados de 1ª a 4ª série do ensino fundamental.

Para avaliação antropométrica foram coletados, peso (kg), altura (cm), circunferência do braço (cm) e dobra cutânea triciptal (mm). O peso corporal foi obtido utilizando-se balança digital com capacidade para 150 kg e precisão de

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100 gramas (Geratherm). A estatura aferida mediante estadiômetro portátil (Sanny), a circunferência do braço obtida através de uma fita métrica inelástica milimetrada (Sanny), a prega cutânea triciptal realizada com auxilio de adipômetro (Sanny). Durante todas as medidas as crianças estavam descalça e utilizando o mínimo de roupas possíveis.

O estado nutricional dos escolares foi classificado através do software Anthro Plus da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde se utilizou idade, sexo, peso e altura para classificação de IMC/I, P/I e A/I, e os valores obtidos em z-score. Os valores da CB e DCT foram utilizadas no cálculo do CMB e AMBc e classificadas segundo o sistema de FRISANCHO (1990) (LOPES et al., 2008).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na caracterização do estado nutricional da amostra da escola A, das 56 crianças avaliadas de acordo com P/I, 1,78% apresentaram baixo peso, com freqüência no sexo feminino, 85,72% estavam com peso adequado para idade, com maior freqüência no sexo feminino e 12,50% mostraram estar acima do peso para idade, sendo maior no sexo masculino (Tabela 1).

Quanto à amostra da Escola B todas as crianças foram classificadas como peso adequado para idade.

A importância do P/I na avaliação do estado nutricional é refletir a situação global da criança, embora não diferencie o comprometimento nutricional atual dos pregressos.

Tabela 1 – Distribuição de frequências (n) e porcentagens (%) de crianças da escola A, de acordo com a classificação obtida em P/I, de acordo com o gênero e resultados totais.

Classificação P/I Masculino Feminino Total

n (%) n (%) n (%)

Baixo para a idade 00 (0,00) 01 (4,35) 01 (1,78) Adequado para a idade 27 (81,82) 21 (91,30) 48 (85,72)

Acima da idade 06 (18,18) 01 (4,35) 07 (12,50)

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A relação A/I é um bom parâmetro para identificar deficiências de estatura, assim como para avaliar o crescimento linear da criança, por ser acumulativo e não sofrer regressões. O resultado de ambas as escolas caracterizaram todas como estatura adequada para idade.

Nos resultados obtidos quanto ao IMC/I na escola A 66,08% estavam eutróficos, 14,28% mostraram excesso de peso, 8,93% das crianças foram classificados como magreza, 8,95% eram obesos e 1,78% obeso grave (Tabela 2). Na escola B, 65,85% estavam eutróficos, 4,88% obesos, 29,27% excesso de peso (Tabela 3).

Tabela 2 – Distribuição de frequências (n) e porcentagens (%) de crianças da escola A, de acordo com a classificação obtida em IMC/I, de acordo com o gênero e resultados totais.

Classificação IMC/I Masculino Feminino Total

n (%) n (%) n (%) Eutrófico 23 (69,70) 14 (60,87) 37 (66,08) Excesso de peso 02 (6,06) 06 (26,09) 08 (14,28) Magreza 02 (6,06) 03 (13,04) 05 (8,93) Obesidade 05 (15,15) 00 (0,0) 05 (8,93) Obesidade grave 01 (3,03) 00 (0,0) 01 (1,78) Total 33 (100,0) 23 (100,0) 56 (100,0)

Tabela 3 – Distribuição de frequências (n) e porcentagens (%) das crianças da escola B, de acordo com a classificação obtida em IMC/I, de acordo com o gênero e resultados totais.

Classificação IMC/I Masculino Feminino Total

n (%) n (%) n (%) Eutrófico 08 (57,14) 19 (70,37) 27 (65,85) Obeso 00 (0,0) 02 (7,41) 02 (4,88) Excesso de peso 06 (42,86) 06 (22,22) 12 (29,27) Total 14 (100,0) 27 (100,0) 41 (100,0)

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Quanto à avaliação da CMB a amostra da escola A verificou-se 12,50% apresentam desnutrição leve e 87,50% eutróficos. Na amostra da escola B 12,20% apresentaram desnutrição leve e 87,80% eutróficos.

Na avaliação e classificação obtida em AMBc na escola A demonstrou, 23,21% com desnutrição grave, 7,14% desnutrição leve e 69,65% eutróficos. Enquanto que os alunos da na escola B 12,20% apresentaram desnutrição leve e 87,80% eutróficos.

A AMB e a CMB são indicadores antropométricos de massa protéica do músculo esquelético, porém, deve-se considerar que a massa pode ser erroneamente estimada pelo fato, que a área óssea não pode ser medida por estes métodos antropométricos convencionais.

Com interesse em verificar a existência ou não de diferenças, estatisticamente significantes, entre os resultados obtidos com as crianças das duas escolas, foi aplicado o teste U de Mann-Whitney, aos valores das variáveis: idade, z escores P/I, z escores A/I, z escores IMC/I, valores de CMB e valores de AMB. Foram encontradas diferenças significantes, entre os valores dos Escores IMC/I e entre os valores de CMB, sendo que os resultados mais elevados foram obtidos com os alunos da Escola de Campo Alegre (Escola B), embora depois de avaliado e comparado o diagnóstico nutricional das crianças das duas escolas predominou eutrofia para todos os dados antropométricos, não encontrando valores significativos para desnutrição, sobrepeso e obesidade.

CONCLUSÃO

A maioria das crianças das escolas de Canápolis/MG e Campo Alegre/GO têm peso adequado para a idade e para a altura. Estas crianças também apresentam IMC adequado para a idade.

Sendo a escola do estado de Goiás que apresentou crianças com valores mais alterados, mas ainda assim predominado a eutrofia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, R.M.S.; SOARES, E.A.; LANZILOTTI, H.S. Avaliação do estado nutricional de escolares segundo três referências. Rev. Paul.Pediatr, 2009; 27 (3) : 243-50.

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COITINHO, D.C, BRANT, J.A.C e ALBUQUERQUE, Z.P. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília : Ministério da Saúde, 2002. Vol. 11. ISBN 85-334-0509-X.

DANELON, M.A.S, DANELON, M.S e SILVA, M.V. Serviços de alimentação destinados ao público escolar: análise da convivência do Programa de Alimentação Escolar e das cantinas. Campinas : Segurança Alimentar e Nutricional, 2006. pp. 13(1): 85-94.

TOLOCKA, R.E; COELHO,V.A.C; SAI, T.G; MARCO, A.; CESAR, M.C;

SANTOS, D.C.C. Perfil de crescimento e estado nutricional em crianças de creches e pré-escolas do município de Piracicaba. Maringá, 2008, R. da Educação Física/UEM, Vol. 9, N. 3, pp. 343-351.

LOPES, A; OLIVEIRA, A. N; BLEIL, R. T; Faculdade Assis Gurgacz (FAG). Apostila de Avaliação Nutricional I – Paraná, 2008.

Referências

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