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Identificação de deficiências nutricionais do guaraná

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Academic year: 2021

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I ~ i r c u l a r

-

Técnica

1

Novembro, 1980 Número 13

IDENTIFICAÇÃO DE

DEFICIÊNCIAS

NUTRICIONAIS DO

GUARANÁ

EMBRAPA

CENTRO DE PESQUISA AGROPECUARIA DO TRÕPICO ÚMIDO BELEM. PARA

(2)

Novembro. 1980

IDENTIFICACÁO DE DEFICIENCIAS MUTRICIONAIS DO GUARANA

Ernmanuel de Sauza Cruz - Eng? Agr? M . S. em Solor

Raimundo Freire de Oliveira

-

Engo, Agr?. M.S. S. em Solor

DiIson A u g u s t Capucho Frarao - Engo Agr?. M.S. em Fitotecnia

Raimundo Parente de Oliveira - Eng? Agr?, M. S. em Estatistica e Métodos Quantitativos

EMBRAPA

CENTRO DE PESQUISA AGROPECUARIA DO TRÕPICO ÚMIDO BELEM. PARA

(3)

ISSN 0100-7556

Centro de Pesquisa Agropecuirria do Trbpico Úmido Trav. Dr. EnBas Pinheiro, sln

Caixa Postal, 48 66000

-

BelBm, PA

Cnu, Emmanuel de Souza

Identificação de deficiências numcionais do guaraná, por Emmanuel de SouzaCniz e outros. Brasflia, EMBRAPA-DID,

1981.

14 p. (EMBRAPACPATU. Circular Tbcnica, 13)

Colaboração de Raimundo Freire de Oliveira, Dilson Au- gusto Capucho Frazio, Ramiundo Parente Oliveira.

1. Guaraná

-

Macronutrientes - Deficiência

-

Brasil

-

Amazônia. 2. Guaraná - Micronutrientes - Deficiência

-

Brasil

-

Amazônia. I. Oliveira, Raimundo Freire de, colab. 11. Frazão, Dilson Augusto Capucho, colab. 111. Oliveira, Raimun- do Parente de, colab. 1V. Empresa B r W a de Pesquisa Agr* pecuária. Departamento de Informqãde Documentação, Bra- sllia, DF. V. Título. VI. Série.

CDD 633.7 @ EMBRAPA. 1980

(4)

RESUMO

. . .

5

INTRODUÇAO

. . .

5

MATERIALEMETODOS

. . .

6

RESULTADOS

. . .

7

(5)

IDENTIFICAÇÁO DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DO GUARANÁ RES UM0 - Procuraram-se evidenciar os sintomas de deficiência nutriciona! do guaraná. Com este objetivo, plantas de gunrnná foram cultivadas em substrato

de areia lavada e supridas com s o l u ~ ã o nutritiva completa(todos osnutrientes) e c o m s o l u ~ õ e s de u m elemento omitido para teste de deficiência. Quando os sintomas foram constatados, realizou-se a documentação fotográfica e a i n t e r pretação visual das deficiências. Assim, foi possível elaborar uma chave indica- dora da carência de N , P, K, Ca, Mg, S, Cu, Mn, Zn, Fe, B e Mo em plantas de guaraná.

A cultura do guaraná (Paullinia cupana var. sorbilis) aparece na realidade amazônica como uma das alternativas capazes de estrutura1 uma agricultura efetiva, possibilitando a fxação do homem nas Areas em desenvolvimento.

Muito embora traduza-se em uma culdra de rentabilidade econômica, diver- sos fatores de ordem técnica interferem na sua exploração satisfatória, representa- dos principalmente pelos baixos índices de produtividade. Dentre tais fatores, está a baixa fertilidade natural dos Latossolos Amarelos (Falesi et al. 1969, Silva et al.

1970 e Vieira et ai. 1967) ocorrentes nas áreas onde a cultura vem sendo implanta- da.

Trata-se de uma planta cujas deficiências e exigências nutricionais são pouco conhecidas. Gonçalves (1968), segundo observações em um cultivo de plantas adul., tas de p a r m a , sugere a scguiiite adubaiso. torta de aiiendoiin 2.000

kg

ha, sulfato de môiiio 150 ka ha. suveriosf3to trio10 150 ke lia. cloreto de ootis$io 100 ke lia e farinha de ostras 125 kgjha. Maia (1$72), por lado, aplic'on 120 kg/ha de N e igual dose de P, O,, além de 60 kg/ha de K, O.

No que se refere a sintomas de deficiéncias nutricionais em guaraná, as infor- mações disponíveis são ainda mais escassas. Tais sintomas constituem um dos m6- todos biológicos de avaliação da fertilidade do solo, de acordo com classificação de Rosand (1971).

Neste trabalho, procuraram-se detectar aspectos típicos dos sintomas de defi- ciência de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Mn, Zn, Fe, B e Mo, a fun de orieritar m pesquisa- dores, extensionistas e produtores no diagnóstico das carências do guaraná.

(6)

MATERIAL E METODOS

Com o objetivo já exposto, foi conduzido um ensaio durante sete meses, em casa de vegetação, utilizando-se mudas no estádio de enviveiramento.

Foi usada areia lavada, como substrato na quantidade de 3 k9/vaso, com

umidade mantida em tomo de 80% da capacidade de campo.

Empregou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com M s repetições por tratamento, sendo cada parcela representada por um vaso contendo três plantas. Foram utilizadas plantas oriundas de sementes da matriz n? 201 do campo de matrizes do CPATU, em Bel6m. Os tratamentos testados foram os seguintes:

- Completo (N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Mn, Zn, Fe, B e Mo)

-

Completo, menos N - Completo, menos P - Completo, menos K

-

Completo, menos Ca - Completo, menos Mg - Completo, menos S - Completo, menos Cu

-

Completo, menos Mn - Completo, menos Zn

-

Completo, menos Fe - Completo, menos B

-

Completo, menos Mo

Comosuprimento de nutrientes para as plantas, foiutiiizadasolução nutritiva, segundo Fageria (1976), aplicada a intervalos de tempo variáveis. Antes de cada aplicação o pH da solução foi ajustado a 5,s I 0,2 com HCI 0.1 N ou NaOH 0,1 N. As concentrações, em ppm, dos nutrientes na solução nutritiva corresponde- ram às seguintes:

N - 40 Ca

-

40 Mn - 0,s B - O,2

P - 4 M g - 40 Zn - 0,Ol Mo - 0,05

K -- 40 Cu

-

0,01 Fe

-

2 S

-

concentração varia-

vel

Nos tratamentos menos N, P, K, Ca e Mg, as plantas foram supridas com a so- lução completa durante os quatro primeiros meses após a instalação do ensaio, quando então foi cortado o suprimento do elemento em estudo de deficiência Nos tratamentos menos S, Cu, Mn, Zn, Fe, B e Mo, as plantas foram supridas desde o inicio com a solução do elemento omitido.

Antes do plantio das mudas de guaraná no substrato de areia lavada, aserra- gem aderente ao sistema radicular e u i i i a d o na sementeira foi totalmente removi-

(7)

da com jatos de água de tomeira e, posteriormente, efetuada lavagem das raizes com água destilada. Após este tratamento, as plantas foram mantidas suspensas no interior dovasoe colocou-se areia seca, lentamente, para fxação das mesmas, adicio- nou-se, então, a solução nutritiva e água destilada até a umidade desejada.

As informaçóes obtidas neste ensaio foram registradas atravds de fotografias coloridas e interpretação visual dos sintomas de deficiência nutricional.

RESULTADOS

Considerando apenas os sintomas visuais observados nas diferentes partes das plantas de guaraná no estádio de mudas, foi possível observar os detalhes a seguir descritos por tratamento.

Tratamento completo, menos N (Fig. 1 e 2) Plantas de porte grande, com folhas e sistema radicular bem desenvolvidos; reduzida perda de folhas; clorose generalizada do limbo em folhas jovens e maduras.

FIG. 1

-

Plantar deficienmr em nitrw FIO. 2

-

Defieiôncia de nitroginio

Tratamento completo, menos P (Fig. 3 e 4 ) Plantas de porte pequeno com folhas e sistema radicular pouco desenvolvidos; rnddia perda de folhas; clorose generalizada do limbo, sendo mais acentuada ao longo das nervuras.

1 ; 1 Ii(V

I

L .

L

-

-

(8)

Tratamento completo, menos K (Fbq. 5 e 6) mantas de porte grande com fo- lhas medianamente desenvolvidas e sistema tadicular bem desenvdvido; reduzida

perda de folhas; clorose generaüzada nas folhas

com

necrose apical.

Tmtamento cohpkto menor, Ca (Fig. 7 e 8) Plantasde porte pequeno, folhas e sistema radicular pouco desnvolvidos, com media perda de

fdhes;

cloroses c m

manchas necrbticas esbranquiçadas no limbo.

FIO. 7

-

PI*rm üdii*nar ni cUEiw FIG. 8

-

M i c i i da ã*iw

Tratamentò completo, menos Mg (Fig. 9, 10 e 1 1 ) Plantas de porte grande, com folhas e sistema radicular bem desenvolvidos, e ausência de perda foIiar; clo- rose acentuada e generaüzada, em foihas jovens, e menos intensa nas folhas mais velhas; presença de necrose, com maior intensidade nas folhas mais velhas.

(9)

FIO. 9

-

Planta deficientes m mapnkio FIO. 10

-

Dniiiôosiade mqnúsiw m folhm velha

FIO. 11

-

DsficiBncis de rnagnúsii im folha FIG. 12

-

DeíiciBncia de enxofre em folhm

n w s novas a rslhm

Tratamento completo, menos S (Fig. 12) Plantas de porte grande, com folhas e sistema radicular bem desenvdvidos. Folhas mais novas apresentando mosquea- mento verde escuro em f u n d o ~ o u c o clorotico, com necroses prolongando-se do ápice para o centro e bordos. Folhas veihas com necroses semelhantes as das folhas novas, além de outras necroses menores e mais escuras distribuídas irregularmente no limbo. Presença, ainda, de enrugamento e ondulações no limbo.

(10)

Tratamento completo, menos B (Fig. 1 3 e 14) Plantas de porte pequeno com folhas e sistema radicular pouco desenvolvidos; m6dia perda de folhas. Folhas com enmgamento e necrose nos bordos laterais.

FIO. 14

-

DeficYneia boro

FIO. 13

-

Plantas deficienmr em boro

Tratamento completo, menos Cu (Fg: 15 e 16) Plantas de porte mddio, fo- lhas pequenas e sistema radicular com desenvolvimento mddio, ocorrendo acentuada perda de folhas. Folhas novas com acentuado ennigamento do limbo e clorose generalizada, al6m de necrose a partir do ápice. Folhas velhas com enmgamento me. nos acentuado e com pontuaçóes necróticas ao longo das nervuras, com clorose me- nos intensa.

FIO. 15

-

Plantas deficientes em cobre FIO. 16

-

DefiYncia de Eobm

Tratamento completo, menos Fe (Fig. 17 e 18)Plantascom porte e sistema radicular de desenvolvimento mddio; folhas pequenas com acentuada queda. Cloro- se generalizada ao longo das nervuras, com ocorrência de necrose ao longo da ner- vura central.

(11)

FIG. 17

-

PIanUr deiicmnias am feno FIG. 18

-

DoiiiiOh

.-

-.

....-

Tratamento completo, menos Mn

F g .

19 e 20) Plantas de porte grande com ~ d u z i d a perda de folhas e sistema radicular bem desenvolvido. Folhas com ondu- lações no limbo acarretadas pelo encurtamento das n e m r a s secundárias. Necrose do ipice para o centro com prolongamento nos bordos laterais.

FIG. 19

-

Plantar deficientes em manpads FIG. 20

-

Deficiência de mangianér

Tratamento completo, menos Mo (Fy). 21 e 22j Plantas de porte pequeno com ausência de perda de folhas e sistema radicular com desenvolvimento media. Folhas novas com clorose intensa e generalizada, com necrose do ápice para o cen- tro. Foihas mais velhas com enrugamento, ondulaçks e mosqueados verde-escuro em fundo verde-claro, e necroses claras e dispersas.

(12)

FIG. 21

-

Plantar deficientes em molibdhio FIG. 22

-

Deficiência de molibd6nio

Tratamento completo, rnenos Zn (Fig. 23 e 24) Plantas com porte médio e reduzida perda de folhas. Sistema radicular com desenvolvimento m6dio. Folhas novas com clorose intensa e generalizada. Folhas mais velhas com clorose menos acentuada, encurtamento das nervuras secundáias e deformação do contomo do h b o .

FIG. 23 - Plantar deficientes em zinco F l a 2 4

-

Deficiência de zinco sm folhra no- A vare velhar

Tratamento completo (Fig. 25 e 26) Plantas com porte mddio, com queda

média de folhas e sistema radicular com desenvolvimento mddio. Folhas de boa

conformação e não clor6ticas. Folhas velhas apresentando ondulaçóes pouco acen-

(13)

FIG. 25

-

Plantas supridas w m a wilueo FIG. 26 - Alpecto de folhas de plantar lu- completa pridas w m a solução wrnpleta

Na Tabela 1, encartada nesta publicação, o leitor dispóe de uma chave indi-

cadora da sintomatologia de deficiências nutricionais do guaraná. Esta chave permite caracterizar o nutriente que se apresenta carente em plantas de guarani, conforme os sintomas documentados nas Fig. 1 a 24.

(14)
(15)

TABELA 1

-

Chave indicadoia da sintomatologia da deficidncias nutricionair do puaranl

Sintomas

Porte Desenvolvimento Sirtsma Perdadefolha Ciorose Necrore Ma$queamen- Enrrugamanto OndulagBer PontuwOer Nsrvurar DeformagOer

Nutrientes da de folha radicular t o

dsficisntes planta

generalizada d o limbo em fo-

-

- -

-

-

-

-

Nitrogdnio grande bem desenvolvida bem dewn- reduzida lhas jovens e

volvido maduras

generalizada d o pouco desnvolvi- pouco de- iimbo e acen-

tuada ao longo

-

-

- -

-

-

-

Fósforo pequeno da senvolvida media

dar nervuiar

medianamente ds- bem dswn. apical nas folhas jo-

generalizada vens e maduras - -

-

- -

-

Potdrrio grande renvolvida volvida reduzida

pouco derenvolvi- POUCO de-

CBlcia pequeno da senvolvido m6dia

com manchar nscrbticar es- branquigadar acentuada e ge- neralizada em folhar jovens e menor intensa nas velhas maior intensidade

nas folhas mais ve-

-

-

-

-

-

-

lhas Magn6si0 grande bem desenvolvida bem dsssn- aurdncia

volvido

prolongandose d o 6pice para o centro e bordos dar folhas mais novas. Seme- EnxMre g r a d e bem desenvolvida bem deren-

volvido

-

verdeescuro em fundo pouco c l o r b tico nas fo- lhas mais no- va*

apresenta-se no apresentame - -

limbo no limbo

Ihante nas folhas "e- Ihas, além de outiar menores e mais ercu-

rar distribuídas irre- gularmente nolimbo pouco derenvolvi- pouco de-

Boro pequeno da envolvido media

aprerenta.se no

limbo - -

-

-

nos bordos laterais generalizada

nas folhar no- vas e mB"OE in- tensa nasvelhas

a partir do dpice das folhar novas e pon- tuaçaer na6 velhas

a c e n t ~ a d ~ n o l i m - b o de folhar no. YBS acentuado nas velhas

necrbticar ao

longo dar ner- - -

vura9 pouco desenvolvi- dewnvolvi-

Cobre medio da mento m6- acentuada

dio pouco desenvolvi- desenvolvi-

Ferro mddio da mento me. acentuada

di0

generalizada ao ao longo da nervura longo dar ner. central

""Tas necrose ao longa - da central - apresentam-se no limbo. a- carretadas pe- - l o encurta- mento das W r Y U r B E se- cunddriar encurtamento - das secunddriar -

do apice para ocen- - t r o com prolonga- mento nos bordos la- terais

ManganBr grande - bem dasen- reduzida

volvido

do Bpice para o cen- intensa e gene- tro nas foihas novas. raliiada nas fo- e claras e dispersar lhas novas nas mais velhas

verdeescuro em fundover. de-claro nas folharmairve- Ihas

nas foihar mais nas foihas

velhas mdis velhas

desenvolvi-

Malibddnio pequeno

-

mento me- ausdncia

d i o

intensa e gene. ralizada nas f o -

lhas novare me- -

no$ acentuada nsr folhar ve- lhas

encurtamento no Contorno d o das secundárias limbo dar folhar - nas folhas mais mairvelhar

velhas derenvolvi-

Zinco medio - mento m6- reduzida

Referências

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