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Bacia das Almas

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Academic year: 2021

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Atualizado em 04.03.2004

ESTRATÉGIAS PARA ESPECULAÇÃO 1. OBJETIVO 2. PRINCÍPIOS .1 PRINCÍPIOS APROVADOS 2.1.1 - FALIBILIDADE RADICAL 2.1.2 - REFLEXIVIDADE 2.1.3 - TENDÊNCIA E VIÉS 2.1.4 - FALÁCIAS FÉRTEIS

2.1.5 - TERRITÓRIO LONGE DO EQUILÍBRIO 2.1.6 - MANADA X PONTO DE INFLEXÃO

2.1.8 - VOLATILIDADE DOS MERCADOS FINANCEIROS

2.1.9 - CENTRO E PERIFERIA NO SISTEMA CAPITALISTA GLOBAL 2.1.10 - PROCESSO HISTÓRICO DOS MERCADOS FINANCEIROS 2.1.11 - ANÁLISE TÉCNICA E FUNDAMENTALISTA

2.1.12 - FUNDAMENTOS

2.1.14 - DESEMPENHO ABSOLUTO

2.1.15 - TEORIA SISTÊMICA EVOLUTIVA

.2 PRINCÍPIOS EM JULGAMENTO

2.1.7 - COMPRAR PRIMEIRO, ANALISAR DEPOIS

.3 PRINCÍPIOS REPUDIADOS

1. CICLOS

2. ATIVOS A SEREM COMPRADOS 3. BIBLIOGRAFIA

1. OBJETIVO

O objetivo deste estudo é ganhar dinheiro no mercado financeiro, comprando e vendendo as mercadorias certas, na hora certa. O lucro virá principalmente de boas compras, que farei como pessoa física, pessoa jurídica, como administrador de fundo de Hedge ou Clube de Investimento, desde que o desempenho seja absoluto e não se corram riscos desnecessários.

2. PRINCÍPIOS

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2.1.1 - FALIBILIDADE RADICAL

Nossa visão do mundo pode aproximar-se do mundo tal como ele é, mas nunca poderá corresponder plenamente à realidade. Nosso entendimento do mundo é intrinsecamente imperfeito. Todos os construtos humanos são falhos. Esta é a hipótese de trabalho de George Soros. Ela o estimula a procurar por falhas nas hipóteses de investimento e, uma vez encontradas, tirar proveito da descoberta. Uma hipótese original, bem diferente da sabedoria convencional, quanto maior a diferença, maior o potencial de lucro. A detecção dos próprios erros permite auferir lucros porventura decorrentes do insight inicial imperfeito — ou reduzir as perdas, caso este não tenha rendido nem mesmo um ganho temporário.

2.1.2 - REFLEXIVIDADE

Há, entre nossa compreensão e os eventos, uma interação de mão dupla que introduz em ambos um elemento de incerteza. Ela garante que não possamos basear nossas decisões no conhecimento e que nossas ações estejam sujeitas a ter conseqüências não planejadas. Os dois efeitos alimentam-se um ao outro. Este mecanismo de duplo feedback é a reflexividade, pedra angular da estrutura conceitual de George Soros.

2.1.3 - TENDÊNCIA E VIÉS

Todos os participantes têm de trazer um julgamento (VIÉS) para sustentar suas decisões. Cada um tem o seu, mas há um VIÉS PREPONDERANTE. Um feedback (TENDÊNCIA) positivo reforçaria o viés inicial, o que ocasionaria mais feedback positivo. À medida que este for cada vez mais exagerado, sua capacidade de influenciar o curso dos acontecimentos pode deixar de ser suficiente para assegurar o reforço das expectativas pelos resultados. À medida que cresce o hiato entre resultados e expectativas, aumenta a dificuldade de manter-se o viés preponderante. Se e quando os participantes questionarem seu viés, pode-se deflagrar um processo auto-reforçador no sentido oposto. Quanto mais dependente o viés preponderante for de um processo auto-reforçador, e quanto maior a lacuna entre resultados e expectativas, maior a probabilidade de ocorrência de tal reversão.

Cuidado, pois uma vez adotada uma tese, nos apegamos a ela. No final de sua carreira George Soros errou muito por ter apego às suas teses e por tentar mudar o mundo. Para ganhar dinheiro não devemos nos preocupar com o destino da humanidade, muito menos tentar provar que nossas teses são verdadeiras.

2.1.4 - FALÁCIAS FÉRTEIS

Ao contrário das hipóteses científicas, uma hipótese financeira não tem de ser verdadeira para ser lucrativa, em virtude de seu caráter reflexivo; basta que venha a desfrutar de aceitação geral. Entretanto uma hipótese falsa não pode prevalecer para sempre. Deve-se investir em hipóteses falhas que têm uma possibilidade de vir a usufruir aceitação geral desde que se conheçam as vulnerabilidades. Esta abordagem permite vender a tempo.

2.1.5 - TERRITÓRIO LONGE DO EQUILÍBRIO

A interligação de mão dupla entre preços de ações e fundamentos pode deflagrar um processo auto-reforçador capaz de levar ambos para bem longe do que seria um equilíbrio convencional. Isso justificaria o comportamento de acompanhamento de tendências, que pode arrastar os mercados financeiros para o território longe do equilíbrio.

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O acompanhamento de tendências não é necessariamente irracional. Assim como certos animais têm bons motivos para deslocar-se em rebanhos, o mesmo sucede com os investidores. O seguidor de tendências só vai se ferir nos pontos de inflexão. Do mesmo modo, os investidores solitários que atrelam sua fortuna aos fundamentos, estão sujeitos a serem atropelados pela manada. É necessário estar sempre atento aos pontos de inflexão.

2.1.7 - COMPRAR PRIMEIRO, ANALISAR DEPOIS

George Soros ganhou muito dinheiro com esta técnica, que consiste em seguir uma tendência, mesmo que a tese que lhe dê sustentação seja falsa. O importante é abandoná-la antes dos demais. Assim é possível ganhar dinheiro com uma tese falsa. O problema é que é muito penoso trabalhar assim, a insegurança dói e é preciso estar sempre atento, sem descanso. Muito interessante, mas não trabalharei assim.

2.1.8 - VOLATILIDADE DOS MERCADOS FINANCEIROS O preço das ações, títulos e comodities são dados pelo fluxo futuro:

AÇÕES: fluxo de lucros e dividendos futuros + perspectiva de futuras transações de capital

TÍTULOS: fluxo futuro de pagamento de juros

COMMODITIES: disponibilidade de oferta combinada à demanda prevista.

O passado e o presente são conhecidos. O futuro é incerto. Uma pequena alteração no presente pode acarretar grandes diferenças nos valores dos fluxos futuros e também no valor da taxa à qual devem ser descontados para o presente. Portanto o mercado financeiro é intrinsecamente volátil. É dessa volatilidade é que eu vou fazer dinheiro. Se fosse previsível não teria como apostar na alta ou na baixa. Quanto maior a volatilidade, maior a probabilidade de se perder e ganhar dinheiro. Vou fazer parte dos que ganham.

2.1.9 - CENTRO E PERIFERIA NO SISTEMA CAPITALISTA GLOBAL

Os países desenvolvidos de um lado, os subdesenvolvidos e os em desenvolvimento de outro. Os primeiros fornecem recursos e se protegem das crises com ações de seus Bancos Centrais e seus governos, coordenados. Os demais sofrem com elas.

2.1.10 - PROCESSO HISTÓRICO DOS MERCADOS FINANCEIROS

Arrumar um bom livro sobre este assunto, pois George Soros é mais ligado em tendências.

2.1.11 - ANÁLISE TÉCNICA E FUNDAMENTALISTA

Há basicamente dois tipos de análise: a Fundamentalista, que estuda qual o produto devemos comprar e a Técnica também chamada de gráfica, que determina a tendência, ou seja se está na hora de comprar ou vender.

As duas abordagens da análise de segurança são a “fundamentalista” e a “técnica”. A análise fundamentalista segue os preceitos da teoria econômica, tratando os preços das ações como um reflexo do valor fundamental da empresa. A análise técnica ignora a teoria econômica e analisa a dinâmica dos movimentos dos preços e dos padrões de comportamento do

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Vou combinar Análise Técnica (Candlestick do Nathal), fundamentalista e A Teoria dos Ciclos.

2.1.12 - FUNDAMENTOS

É tão enganoso negligenciar os fundamentos quanto ignorar o viés dos participantes. AÇÕES: fluxo de lucros e dividendos futuros + perspectiva de futuras transações de capital TÍTULOS: fluxo futuro de pagamento de juros

COMMODITIES: disponibilidade de oferta combinada à demanda prevista.

NOTA: como no Brasil o juro é muito alto, analisar com bastante carinho o grau de endividamento das empresas, o quanto elas pagam de juros por ano e fazer conta para ver quem está tirando mais da empresa, proporcionalmente ao capital investido: os credores ou os acionistas. Se for os credores é porque ela está mal administrada.

2.1.14 - DESEMPENHO ABSOLUTO

Pautar as decisões pelo lucro que vou ter, independentemente dos outros. 2.1.15 - TEORIA SISTÊMICA EVOLUTIVA

Os eventos seguem uma trilha única e irreversível em que mesmo as mais ligeiras perturbações são ampliadas com o decurso do tempo. A TEORIA DO CAOS foi erigida a partir desse reconhecimento e mostrou-se capaz de lançar luz sobre muitos fenômenos complexos (tais como o clima).

Tenho a tendência a analisar o mercado financeiro como cíclico, onde tudo se repete. Prestarei atenção a esta teoria para não embarcar em canoa furada. Talvez também haja os pequenos ciclos e os grandes ciclos, que seriam confundidos com trilhas irreversíveis.

2.2 PRINCÍPIOS DIVERSOS

2.2.1 - COMPRAR NA BACIA DAS ALMAS

Para se ter uma idéia da importância de se comprar barato, calculei a probabilidade de se ganhar dinheiro comprando ações, de 1968 a 2000, com o IBOVESPA em 1968 sendo 1 e traçando uma curva mediana com a seguinte fórmula: y = 1,17 + (1,07)x . Veja a curva no item 3.2. PORCENTAGEM DA MÉDIA PROBABILIDADE DE PERDER PROBABILIDADE DE GANHAR 100% 50% 50% 90% 37% 63% 80% 25% 75% 70% 15% 85% 60% 8% 92% 50% 4% 96% 40% 2% 98%

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30% 1% 99%

20% 0,1% 99,9%

2.2.2 - DO ESTOURO DA BOIADA

O ser humano, como outros animais, sente-se muito desconfortável indo em direção oposta à dos demais. Prefere errar junto com muitos que acertar sozinho.

2.2.3 - OS EXTREMOS

A verdade não dá IBOPE, assim a notícia ou é muito boa ou é muito ruim, provocando o estouro da boiada. Talvez este estouro possa até ser estimulado por especuladores, que como os predadores, ganham muito com a desorientação de suas presas.

2.2.4 - EVITAR ANÁLISE PELO PASSADO RECENTE

Temos a tendência de analisar os negócios pelo seu passado mais recente, planta-se café pensando nos bons preços atuais e abandona lavouras pensando que os preços não irão se recuperar.

2.2.5 - ESTUDAR A PSICOLOGIA DOS JOGADORES — BOOM IMOBILIÁRIO DO JAPÃO EM 1990 - Livro Investimentos página 22 - A cidade de Tóquio, se vendida, daria para comprar todos os imóveis dos EUA. De 1955 a 1990 os imóveis aumentaram 75 vezes. Estudar o que leva pessoas inteligentes como os japoneses a cometerem tal insanidade. Estudar a psicologia evolucionista, o medo de perder e a ambição de ganhar muito.

2.2.6 - PODE-SE DEIXAR DE COMPRAR O QUE ESTIVER BARATO, MAS NUNCA DEVEMOS COMPRAR CARO - As oportunidades sempre se repetem. O importante é nunca pagar muito. Controlar a emoção para não cair em armadilhas.

2.2.7 - COMPRAR BEM ABAIXO DO VALOR E VENDER NO PREÇO MÉDIO Trocar os ativos que estiverem com o preço justo por outros que estiverem abaixo de sua média. Talvez retardar um pouco a venda, caso a tendência e o viés sejam altistas.

2.2.8 - OS CICLOS

Bebemos no Sábado e prometemos que nunca mais beberemos, diante da ressaca do Domingo. Como convencer os generais para não construírem Itaipu, Transamazônica e as Usinas Nucleares? A conta veio em 1982. Como convencer O Presidente Fernando Henrique a perder a reeleição em 1998 apertando os cintos em 1995? A conta veio em 1999, em 2002 e 2003. Os ciclos fazem parte do mundo, da vida e de nossos sentimentos. A Falibilidade, a reflexividade, o medo de perder tudo nos força a vender na baixa, a ambição de ganhar muito nos leva a comprar na alta, tudo isto alimenta os vales e os picos. É dos altos e baixos dos mercados financeiros que vou ganhar dinheiro.

Tamanha a importância dos ciclos neste estudo que abrirei um capítulo só para ele. 2.2.9 - COMPRAR AÇÕES DE BAIXA LIQUIDEZ

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Comprar Blue Chips é como comprar uma roupa de griffe. Você está pagando um prêmio ao vendedor pela “fama” da ação. Ao contrário, se você optar por comprar ações de boas empresas, mas pouco líquidas, isto é, desconhecidas da maioria dos investidores, você poderá obter substanciais descontos. No longo prazo, aquelas ações que eram pouco badaladas pelo mercado, devem lhe oferecer uma recompensa bem maior quando adquirirem alguma “fama”.

Começarei a comprar quando tiver jeito de estudá-las. 2.2.10 - RISCO

Dizem os chineses que crise = oportunidade, pois então, o risco é a grande oportunidade de ganhar dinheiro. Num jogo muito arriscado significa que muitos vão perder e que poucos vão ganhar muito, portanto: RISCO DE PERDER = RISCO DE GANHAR.

Jamais passou pela minha cabeça participar de um jogo arriscado, como o cassino de Las Vegas, mas os alunos do MIT entraram para ganhar, escolheram apenas um dentre os vários jogos(o 21). Estudaram até ficarem melhores que a maioria dos jogadores e ganharam dinheiro.

Colocando a probabilidade a nosso favor, repetindo as jogadas várias vezes, só existirá o risco de ganhar. A matemática não falha.

O único que mela a brincadeira é o governo, que arrecada para manter privilégios, segundo IVES GANDRA MARTINS. Quando a gente ganha, ele cobra 20% sobre o lucro e quando a gente perde, ele nem toma conhecimento. Além disso, ainda cobra 20% sobre a inflação do período, caso tenhamos lucro.

Quanto aos riscos dos mercados, vou estudá-los até poder me posicionar do lado dos que ganham.

Quanto ao Imposto de Renda, estou pensando em fazer o governo participar dos meus eventuais prejuízos e custos operacionais, abrindo uma empresa para INVESTIMENTOS, UM CLUBE DE INVESTIMENTOS ou um FUNDO DE INVESTIMENTOS e só pagando Imposto de Renda sobre o que eu realmente lucrar. Será que dá certo?

2.2.11 - RISCO DILUÍDO. Nunca coloque todos os ovos em uma cesta só.

Qualquer investimento, mesmo que arriscado, se nos der uma probabilidade de ganho superior a 50%, se repetido bastante, nos dará lucro. Portanto a minha idéia e fazer vários investimentos pequenos, arriscados e com boas possibilidades. Com o lucro que eu tiver, vou separar uma parte para aplicar em imóveis e jogar com o resto.

Suponhamos que o risco de um negócio dar errado seja de 1/3. O risco deste mesmo negócio dar errado duas vezes é de 1/9. Três vezes é de 1/81.

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Suponhamos que o risco de dar errado seja de 1/3 (67% de dar certo). Qual a probabilidade de se ganhar dinheiro, fazendo nove negócios destes?

Ainda não sei calcular, mais comprei nove dados e fui jogando. Achei uma probabilidade de 85%, bem maior do que os 67% iniciais.

O risco que era de 33% caiu para 15%, uma queda de 55%

Veja o exemplo do IBOVESPA, explorado no livro INVESTIMENTOS, pg. 53 e 54:

O risco de investir em Bolsa diminui quanto mais você amplia o período de suas aplicações.

N. DIAS PROBABILIDADE DE PERDER

1 0,48 500 0,34 1000 0,26 1500 0,19 2000 0,13 2500 0,08 3000 0,05 3500 0,03

PROBALIDADE DE PERDER EM AÇÕES APLICANDO TODO DIA

FONTE: INVESTIMENTOS PG. 54 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 1 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 Nº DIAS P R O B A B IL ID A D E D E P E R D E R 2.2.11 - FOCO

Não coloque os ovos em várias cestas, coloque-os em uma só cesta e tome conta dela. Este é o princípio defendido pelo autor de Pai Rico, Pai Pobre. Ele teve bastante dificuldade no começo de sua vida, com grandes perdas, mas quando ficou rico, foi rapidinho.

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Vou seguir as duas correntes ao mesmo tempo, vou diversificar para não correr o risco de grandes perdas e concentrar o suficiente para ser rentável. Vou seguir o caminho do meio: Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

2.2.12 - TROCA DE AÇÕES

Rodolfo disse que faz assim: tem uma carteira de ações de 06 empresas. Vende a ação da mais valorizada e compra uma que está mais barata. Muito interessante, pois assim ele é capaz de aproveitar os ciclos sem sair do mercado acionário.

2.2.13 - CORRETOR AMIGO

Rodolfo tem uma corretora amiga (Rita Mundim) que o faz aproveitar ou jogar fora os palpites. É preciso ter alguém de confiança para avaliar nossos INSIGHTS.

2.3 PRINCÍPIOS REPUDIADOS 2.3.1 - EXPECTATIVAS RACIONAIS

Assevera, por definição que os mercados estão sempre corretos e conclui que, no longo prazo é impossível bater as médias do mercado, pois todo desvio no desempenho individual é da natureza de um random walk.

Como tem gente inteligente neste mundo capaz de propor coisas imbecis. É claro que em todo mercado alguns ganham e outros perdem. A média nada mais é do que a média. Portanto vou me preparar para ganhar acima da média do mercado, fazendo parte dos que ganham.

2.3.2 - TEORIA DO EQUILÍBRIO

A teoria do equilíbrio diz que os mercados estão sempre em equilíbrio, o que não é verdade. Equilíbrio seria o estado em que há uma correspondência entre expectativas e resultados. Essa modalidade de equilíbrio é inatingível nos mercados financeiros, mas é possível determinar uma tendência dominante está levando ao equilíbrio ou afastando-se dele. Como George Soros, acredito que os mercados nunca estão em equilíbrio, mas eventualmente passam por ele. Para calcular o ponto de equilíbrio, tracei curvas históricas médias (ver no item 3 - ciclos), onde os mercados ora estão acima, ora abaixo do ponto de equilíbrio.

2.3.3 - ALAVANCAGEM SEGURA 220-224

O LTCM, com dois economistas ganhadores de Prêmio Nobel em seus quadros, tinham Patrimônio Líquido de US$ 5 bilhões e passivos de US$ 1 trilhão. Apesar de sofisticadas fórmulas matemáticas de seguros, a descontinuidade dos mercados financeiros os quebrou. Portanto, vou trabalhar de maneira simples, sem invencionice, mais do jeito caipira: não conte com o ovo no cu da galinha...

2.3.5 - VENDAS A DESCOBERTO

É uma tentação vender o que não se tem quando a probabilidade baixa for grande. O problema é o mercado é irracional e mesmo uma coisa cara pode ficar mais cara ainda. Ver o boom imobiliário do Japão. Portanto não vou vender a descoberto.

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A maioria dos fundos de hedge pauta-se pelo desempenho relativo, onde prometem render tanto quanto os outros e ganham uma porcentagem disto. O problema é que se outros estão indo para o buraco, deve-se ir junto para ter um bom desempenho. Portanto vou me pautar sempre pelo desempeno absoluto. Vou medir meu lucro independente dos outros.

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3 - OS CICLOS

Para poder descobrir boas oportunidades de compras, estudaremos os ciclos dos produtos. Compreendendo os ciclos teremos uma visão panorâmica que nos permitirá prever o futuro com segurança e tranqüilidade.

3.1 - OS CICLOS ECONÔMICOS

Em 1913 Mitchell escreveu o livro “Os Ciclos Econômicos e suas Causas”. Naquela época vigorava o padrão ouro. Para emitir uma cédula os governos necessitavam de ter o equivalente em ouro guardado. Depois da grande depressão de 1929, passamos a obedecer os preceitos de Keynes, o padrão ouro foi abandonado, os governos e os Bancos Centrais tem agora como função evitar inflações em tempos de crescimento econômico e evitar as depressões em tempos de crise. Tentam amenizar as crises. Apesar de diminuir sua intensidade, já não vivemos mais, grandes depressões, ainda vivemos altos e baixos na economia.

3.1.1 - ACUMULAÇÃO E PROSPERIDADE

As crises e depressões abaixam os preços, diminuem as margens de lucro, exigem corte de custos e uma administração austera. Também aumentam, significativamente, a eficiência do trabalho, pois quando o emprego é escasso os trabalhadores ficam ansiosos por manter seus empregos e trabalham arduamente, além de aceitarem perdas salariais. Tudo isto leva a uma grande eficiência da economia, que se prepara para um surto de crescimento econômico.

Tudo prontinho, o volume físico das atividades econômicas está aumentando, as ações já anteciparam esta oportunidade e saíram na frente: estão em franca ascensão.

As roupas, móveis e outros artigos de duração moderada e que foram usados até o fim, são finalmente postos de lado e substituídos.

A evolução poderia se dar lentamente, mas não é isto que acontece. Geralmente é apressada por algum acontecimento propício.

A renda familiar aumenta e a demanda do consumo se expande, em círculos cada vez maiores. O otimismo aumenta e todos estão dispostos a fazer compras sem restrições. As margens de lucro são recompostas. Os investimentos se expandem. Tudo isto gera o famoso círculo virtuoso, onde o otimismo gera crescimento e o crescimento gera mais otimismo. São o viés e a tendência de George Soros em auto-reforço, causando prosperidade.

PREVISÃO 06/11/2003: acredito que estamos justamente neste ponto do ciclo econômico. Começamos a aumentar nossa eficiência com a crise de 1998 e fizemos a nossa lição de casa depois que o dólar bateu a casa dos R$ 4,00. O IBOVESPA já saiu na frente e as exportações são recordes em 2003. Portanto, viveremos um período de crescimento econômico.

3.1.2 - COMO A PROSPERIDADE GERA A CRISE

Em tempos de fartura é complicado falar em cortar custos, os custos de produção aumentam. A eficiência do trabalho cai drasticamente, resultante do cansaço trazido pelas horas extras, o emprego de “indesejáveis” e o fato de não se poder forçar o pessoal a trabalhar com o máximo de velocidade quando há mais empregos que trabalhadores. Os inúmeros pequenos desperdícios, inerentes à gestão de empresas, aumentam quando os

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administradores são apressados pela demanda de encomendas urgentes. É insustentável aumentar os lucros indefinidamente.

O declínio dos lucros não só diminui os dividendos, mas levanta dúvidas quanto à segurança de créditos pendentes. Os credores cautelosos temem pela liquidação das dívidas. Conseqüentemente, começam a recusar a prorrogação dos empréstimos antigos e pressionam para resolver as contas pendentes. Inicia-se a liquidação dos créditos. No curso da liquidação, a prosperidade é absorvida pela crise.

3.1.3 - CRISES

Uma vez iniciado, o processo de liquidação se amplia, em parte porque a maioria das empresas convocada para saldar seu compromisso vencido exerce, por sua vez, idêntica pressão sobre seus próprios devedores, e em parte porque, apesar de todos os esforços para manter o segredo dos acontecimentos, as notícias não tardam a se espalhar e outros credores são alertados. O volume de novas encomendas cai rapidamente. A expansão dá lugar a contração. A força de trabalho vai sendo reduzida.

O papel dos governos e Bancos Centrais, neste caso é evitar que a crise moderada se degenere em pânico, com corridas aos bancos (o tal risco sistêmico) e daí a economia caia em depressão.

3.1.4 - DEPRESSÃO

Apesar de acontecida recentemente na Argentina, estamos livre dela, por enquanto, aqui no Brasil.

3.2 O CICLO DAS AÇÕES

IBOVESPA + 1.07SECO+IGPDI 18/10/03 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1 9 6 8 1 9 7 0 1 9 7 2 1 9 7 4 1 9 7 6 1 9 7 8 1 9 8 0 1 9 8 2 1 9 8 4 1 9 8 6 1 9 8 8 1 9 9 0 1 9 9 2 1 9 9 4 1 9 9 6 1 9 9 8 2 0 0 0 2 0 0 2 (Investimentos pg. 54)

As ações começaram a cair gravemente em 1972 e chegaram ao fundo do poço em 1982, devido à escassez de dólares e crises de petróleo.

Em 1986 (Cruzado), 1989 (Nahas), 1990 (Plano Collor) e 1992 (Impeachment) caiu devido a crises internas.

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Em 1994 (Crise do México), 1997 (Crise da Ásia), 1998 (Crise da Rússia) de 1999 a Out/2002, tem caíram sistematicamente, acompanhando as quedas das bolsas mundiais e a escassez de dólares direcionados aos países em desenvolvimento, principalmente ao Brasil, com a expectativa da eleição do Lula. Começaram a se recuperar desde então e continuam com viés e tendências altistas (30/10/2003), pelos meus cálculos estão com 90% do preço histórico, abaixo 10% de seu ponto de equilíbrio. Portanto acredito que continuarão subindo. Desde 1994, quedas e altas nas bolsas são devidas a saída e entrada de investimentos estrangeiros.

PREVISÃO 12/09/2002: ações estão baratas, devem subir. Apliquei R$ 1.000,00 no CAIXA IBOVESPA, para experimentar. Minha aplicação chegou a cair para R$ 750,00. Pensei em dobrar a aplicação, mas não acreditei no meu INSIGHT.

30/10/2003: Tô com valor bruto de R$ 1.709,73 e valor líquido de R$ 1.567,79. PREVISÃO 31/10/2003: As ações já estão quase no seu preço justo, mas acredito que continuarão subindo, de acordo com teoria das tendências de George Soros.

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3.3 O CICLO DO DÓLAR. Em R$ de 02/10/2002 1968 2,37 1969 2,33 1970 2,31 1971 2,29 1972 2,27 1793 2,04 1974 1,89 1975 1,85 1976 1,79 7977 1,75 1978 1,68 1979 2,00 1980 1,50 1981 1,59 1982 1,63 1983 2,56 1984 2,48 1985 2,53 1986 2,27 1987 2,20 1988 2,14 1989 1,76 1990 1,73 1991 1,95 1992 1,87 1993 1,82 1994 1,34 1995 1,39 1996 1,42 1997 1,47 1998 1,63 1999 2,09 2000 2,17 2001 2,43 2002 3,66 10/03 2.49

DÓLAR ATUALIZADO A 4% a.a.

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 1 9 6 8 1 9 7 0 1 9 7 2 1 9 7 4 1 9 7 6 1 9 7 8 1 9 8 0 1 9 8 2 1 9 8 4 1 9 8 6 1 9 8 8 1 9 9 0 1 9 9 2 1 9 9 4 1 9 9 6 1 9 9 8 2 0 0 0 2 0 0 2

Os bancos nos emprestam guarda-chuvas em dias de sol e os pedem de voltam no dia em que vai chover.

(Os Ciclos Econômicos e suas causas, pg. 72)

O ciclo do dólar está intimamente ligado aos credores externos. Os países do centro vão emprestando dinheiro aos países periféricos, até que um credor mais cauteloso não renova o empréstimo. A empresa ou o governo, então, resolve recorrer à outra instituição, pressionar seus devedores, encurtar prazos para vendas, enfim, apertar os cintos. Isto provoca uma reação em cadeia, pois os seus esforços aumentam as dificuldades econômicas dos outros países e empresas. Foi o que aconteceu com a crise financeira 1997-1999 (crise da Ásia), que atingiu o Brasil principalmente em 2002.

Dada a dificuldade financeira geral, o dólar sobe rapidamente e vai caindo lentamente, junto com o pagamento da dívida externa. Quando a dívida estiver quase paga os bancos nos ofertam dólares abundantemente.

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Peguei o dólar de 31.12.1968 a 02.10.2002, deflacionado pelo IGP-DI, considerando uma inflação média do dólar de 4% a.a.

De 1968 a 1982 (14 anos) o dólar caiu em média 6,8% a.a. (2,7% a.a. + 4% a.a.). De 1982 a 1983 subiu 57%.

De 1983 a 1988 (15 anos) caiu 7,18 a.a. (3% a.a. + 4% a.a.) De 1988 a 02/10/2002 subiu 124%.

De 02/10/2002 a 30/10/2003 caiu 32%.

Devido à crise de confiança no Brasil, em 2002 esteve extremamente alto. Valor que não se manteve, passada a crise. Como em 2003 o superávit da Balança Comercial será recorde, apesar de o dólar ter caído bastante, esta baixa deve se manter no longo prazo.

O Dólar normalmente varia de R$ 1,50 a R$ 2,50 (reais de 02/10/2002).

PREVISÃO: 03/10/2002: O valor de R$ 3,66 não se sustentará. O dólar cai ou a inflação sobe. Tenho que comprar um computador, vou esperar o dólar cair um pouco.

30/10/2003 - acertei em minha previsão, pois o dólar hoje está a R$ 2,49, em reais de 03/10/2003. Caiu 32%. Vou comprar o computador em dez/2003.

PREVISÃO 30/10/2003 - o dólar continuará caindo, agora lentamente, por cerca de 12 anos.

3.4 - O CICLO DO CAFÉ

3.4.1 A DINÂMICA DO CICLO DO CAFÉ

(Café - O Planejamento da Comercialização pelo Produtor, pg. 06)

A um estímulo de preços altos, grandes plantações são implantadas. Mas as altas produções só acontecem 4 a 5 anos após, quando as plantas ficam adultas. Acontece que passado este tempo, os preços já são baixos novamente, mas como as lavouras continuam produzindo, os preços são ainda mais comprimidos. Logo os preços mostram-se altos por 2 a 3 anos e baixos durante os próximos 10 anos.

AGOSTO A NOVEMBRO - Boca da Safra - onde ocorrem 70% das vendas, com os piores preços.

DEZEMBRO A ABRIL - historicamente os melhores preços.

Preço Médio: US$ 80,00. Uma saca de café vale em média 1 salário mínimo. - Esteve barato em 1992, caro em 1997, barato em 2002

- Vai estar caro em 2009; - PRODUÇÃO:

(15)

2002/2003 – 28 milhões 2003/2004 – 36 milhões

Devido a supersafra brasileira em 2002, junto com a desvalorização do real, o mundo inteiro abandonou os cafezais.

PREVISÃO: 27/02/2004: começará uma lenta recuperação, principalmente após agosto de 2004.

3.4.2 VARIAÇÃO DO PREÇO DO CAFÉ (Economia Fundamentos e Aplicações, pg. 62)

Os produtos agrícolas costumam variar os seus preços, mas o do café é bem mais pronunciado, pois:

a) não tem substituto;

b) poucas utilizações do produto (ao contrário da soja, por exemplo); c) baixa proporção da renda gasta com o produto;

d) alto custo e tempo para implantação e erradicação dos cafezais; 3.4.3 ESTUDAR COMO GANHAR DINHEIRO COM O PRÓXIMO CICLO DE ALTAS DO CAFÉ. a) comprar ações de empresas que vão lucrar com a valorização do café; b) Como pagar agora e só exigir a mercadoria em 2007;

c) Não pagar estocagem, evitar deterioração do produto e receber juros do dinheiro pelos 5 anos;

d) poder vender antes de 2007, se der preço bom.

BIBLIOGRAFIA:

1 - A CRISE DO CAPITALISMO GLOBAL George Soros

2 - INVESTIMENTOS Mauro Halfeld

3 - SEU IMÓVEL Mauro Halfeld

4 - PAI RICO, PAI POBRE Robert T. Kiyosaki

5 - INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA Robert T. Kiyosaki

6 - Os Ciclos Econômicos e suas Causas Mitchell

(16)

7 - A culpa é da Genética Terry Burham & Jay Phelan

Terry é professor de economia e nos mostra como nos genes nos dão dor e prazer como se ainda estivéssemos em uma época onde não compensava guardar as coisas, pois elas seriam roubadas ou se perderiam. Conhecendo a teoria evolucionista é possível ganhar dinheiro jogando no contrapé da Genética.

PRIORIDADE PARA COMPRA

ATIVO VANTAGEM DESVANTAGEM

1 Café - U$ 38,00 a saca

- varia de U$40 a U$250

vai subir

devagarinho.

- vai demorar para subir

- safra recorde em 2002: 48

2003: 28

2004: 36 previsão 2 Imóveis - tá barato - vai imobilizar todo

o meu capital

4 Renda Fixa - já tô nele - baixa rentabilidade a longo prazo.

- juros reais decrescentes ao longo dos anos.

Hoje: 6,6 % a.a.

5 Boi - tá barato em dólar

- varia de U$ 11 a U$ 40,00 - dólar já tá caro 6 Soja - - tá cara 7 Trigo - tá caro 8 Feijão - tá caro 9 Arroz - sei lá

10 Laranja. - não sei

11 Ações - 7% a.a.

rentabilidade - tá no preço justo

- com tendência de queda

11 Ouro - deve tá caro

Referências

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