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Bem, mas o que são argumentos?

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Academic year: 2022

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ARGUMENTAÇÃO

Aristóteles 384-322 a.C.

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@ Ruy Ferreira Capa: Ruy Ferreira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Elaborado pelo autor

168 F383a

Ferreira, Ruy, 1953-.

Argumentação / Ruy Ferreira. – 1. ed. – Ubatuba/SP: Abril, 2019

14 p.

1. Argumentação. 2. Ensaio I. Título. II. Autor.

CDD: 168 CDU: 82.4

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Preambulo

Ao escrever este ensaio tenho como objetivo final convencer a você – leitor – que minha tese é correta, deve ser aceita e usada em nosso dia a dia.

Como fazer isso?

Usando argumentos.

E com eles, argumentar o suficiente para o esclarecer sobre o assunto e indo além, convencer que esse é o caminho certo para resolver determinada situação ou dúvida.

Então vamos juntos participar desse discurso escrito que tentará argumentar sobre como convencer o outro a concordar, aceitar e realizar o que você defende na argumentação.

Bem, mas o que são argumentos?

São conceitos lógicos relacionadas entre si, cuja finalidade é convencer o interlocutor que eles estão certos e são os melhores para aquele caso ou situação. Bons argumentos são convincentes por si só.

Por exemplo: estamos com a barriga roncando de fome, chegamos em uma bifurcação na estrada, qual caminho escolher? Se lhe afirmo que o vento sopra da direita pois joguei uma pena no ar e ela se foi nessa direção e com o vento chega um cheiro gostoso de comida, proponho seguirmos pela via direita. Como contra argumentar e seguir pela esquerda? As premissas são verdadeiras e há lógica na relação entre o vento, a pena voando e o cheiro de comida. A conclusão é óbvia.

A ordenação lógica dessas ideias sempre está baseada em premissas que vão ajudar a construir uma conclusão. Dar um sentido lógico aos conceitos sobre os quais se argumenta é fundamental, sob pena do resultado ser falso ou inválido.

A escolha dos argumentos está ligada à finalidade de evidenciar alguma coisa, podendo ser um ponto de vista, uma ideia ou decisão. Definido o objetivo faça a escolha dos argumentos.

A partir de todos os argumentos apresentados em conjunto, cria-se a conclusão que é a opinião criada pelo autor sobre determinado conceito, ideia, opinião ou pensamento racional.

As pessoas retribuem ao receber. E gostam de se mostrar consistentes. Conquiste a simpatia do público e diga a ele que é agora ou nunca. Se é bom para meu ídolo é bom para mim também. As pessoas seguem a maioria ao redor.

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Se você escreve em âmbito acadêmico, escolar enfim, então seus textos devem ser argumentativos, ou seja, abarrotados de fatos, estudos anteriores, problemáticas envolvendo o tema e soluções lógicas sobre o problema que está sendo estudado.

Argumentar

O que vem a ser argumentar, afinal verbo é ação e argumentar é um verbo, logo é a ação de desenvolver um raciocínio com a finalidade de defender ou rejeitar um ponto de vista, seja para convencer um auditório qualquer.

O ato de argumentar acontece em função de um destinatário e sob sua influência direta ou não no diálogo, molda-se a forma dos argumentos propostos, isto é, eles evoluem no ato de argumentar. O interlocutor com que se dialoga é influenciador da maneira que ordenamos a sequência dos argumentos que apresentamos.

Para que e como argumentar?

Bem, é possível argumentar tanto para persuadir alguém que de cara não compartilha das mesmas teses que acreditamos. Como também, argumentamos para convencer o opositor pela razão, emoção e estética a aceitar nossas teses.

Quando a intenção, a finalidade, é trazer o opositor para nosso lado a estratégia da argumentação se volta para o campo da persuasão. Por outro lado, se o objetivo, a meta é dissuadir o opositor então a argumentação usa da emoção, da razão e da estética, apresentando provas lógicas irrefutáveis para convencê-lo.

DISCURSO ORAL E TEXTUAL Texto escrito

– nada de improviso.

– claro, curto e não usar palavras estranhas ao público.

Discurso oral - improviso é indispensável.

- emprega recursos como o tom de voz e a postura física.

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Há dois clássicos pensadores da Antiguidade que revelaram como devemos usar as estratégias da argumentação, são eles: Aristóteles e Cícero.

Aristóteles ensinava que o caráter (moral) do orador, ou seja, sua credibilidade, aliado aos apelos emotivos que aplicamos ao discurso, junto a uma base fortemente sustentada pela razão e na lógica, garante a persuasão.

Por outro lado, o grande orador romano defendia que o discurso capaz de persuadir o público estava baseado no tripé: lógica para convencer, emoção para comover e a estética (beleza) para agradar o interlocutor.

Sócrates, outro gigante do pensamento antigo, afirmava que a persuasão se consegue não com a verdade, mas com o que aparenta ser verdade. Logo, o discurso precisa de imediato atrair a atenção do destinatário da argumentação. E em seguida, falar para a maioria, dizendo a ela o que parece justo, belo e razoável.

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Ainda da lavra de Aristóteles aceitamos a distinção entre aquilo que é demonstrável (satisfaz uma lógica rígida) e o que é arguível (desobrigada de ser rigorosamente lógica). Assim, argumentar e demostrar são coisas diferentes e não dá para confundir uma coisa com a outra.

A argumentação é, por definição, diálogo de ideias entre dois sujeitos, ou seja, tem que haver um público, um auditório; já a demonstração é, pelo contrário, um exercício racional monologado ou impessoal. Usualmente quem argumenta deve possuir conhecimento do público a quem se dirige. Conhecer o auditório é fator de sucesso das teses defendidas.

Quando o auditório for integrado por gente com uma formação cultural diversa, a melhor estratégia de comunicação será a de recorrer a lugares-comuns que possam ser reconhecidos por todos. Nesses casos o melhor caminho é apelar para valores universais, como a caridade, a fé, o bem, a justiça, a liberdade, etc.

Caso o auditório seja composto por pessoas especializadas no tema, então precisamos definir o assunto com maior precisão e contextualizá-los corretamente no campo que pertence, falando na linguagem dos especialistas que ouvem o discurso.

Técnicas da argumentação

Algumas importantes técnicas para a argumentação ter sucesso podem ser assim resumidas:

1 – Faça um discurso exclusivo para cada auditório;

A - Conhecer o público, por sua expectativa em relação ao teu discurso, que valores cultuam, seu comportamento enfim;

B - Identificar qual o tipo de público:

i) de comportamento visual: dependente de imagens, animações, figuras;

ii) de comportamento sinestésico: dependente emoções, de sentimentos e sensações para interagir;

iii) de comportamento auditivo: bastam os argumentos orais.

2 – Partida de uma tese inicial a fim de criar a adesão do público:

A - Fixar o objetivo do discurso: de que o auditório deve ser convencido?

B - Utilizar uma ideia de fácil aceitação que tenha consenso mínimo e que seja o melhor caminho para se atingir o objetivo.

3 - Aplicar um argumento desafiador.

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Usando linguagem clara e simples, para o nível do público e que não deixe rachaduras para surgir discórdia. Ao terminar a argumentação fazer referência a tese inicial. Dessa forma não deixar ao público outra alternativa a não ser concordar e aceitar as ideias apresentadas.

4 – Criar e seguir uma sequência argumentativa

Um após outro os argumentos seguem uma estrutura sequenciada que leve o raciocínio do público para a lógica utilizada, com a concordância das ideias do discurso, visando atingir teu objetivo.

Argumentar o óbvio é chover no molhado

Demonstrar ou argumentar o óbvio é desnecessário, a argumentação não age sobre evidências. O que é evidente não precisa de apresentação de argumentos favoráveis ou não, nem de demonstração. Jamais uma argumentação afirmará a verdade, pois todo o diálogo, que se queira ser verdadeiro, nunca esgota a possibilidade de investigação da verdade, de sua busca.

Verdades universais não necessitam de argumentação. Se o auditório, o público, modifica a forma de argumentação, como então modificar a verdade?

Impossível. Não existe conclusão retórica de uma argumentação que apresente uma verdade universal.

Só se pode argumentar onde existe a dúvida, pois com ela se busca argumentos coerentes que descortinem o sentido da coisa. E aqui vale separar a argumentação do dogmatismo, pois não se parte para a discussão na argumentação com a certeza de verdades de fato e de razão.

No discurso argumentativo um elevado grau de credibilidade é fundamental, o que não quer dizer que uma verdade nunca possua um oposto. Se anulamos o inverso de uma verdade, então destruímos a própria potencialidade da argumentação. Sem a dúvida não existe argumentação.

Argumentando na Ciência busca-se uma verdade temporária, mas baseada em provas evidentes que nos leva a conclusões verdadeiras. Assim, ao escrever uma monografia ou ensaio tenha em mente que não se está acabando com a dúvida, mas se aproximando da verdade, a cada pesquisa e seu relato a verdade fica mais perto da Ciência, mas ainda assim, longe demais para ser chamada de verdade universal ou absoluta. Para isso apoia-se a demonstração analítica em evidências para se chegar por meio delas a conclusões confiáveis e verdadeiras no tempo atual.

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De outra forma, por exemplo na Política, quando se busca alterar a opinião do público a argumentação não é formal, mas sim dialética, aplicando a retórica com base em provas prováveis para se chegar a conclusões veromísseis que formem a opinião da maioria.

Faz bem lembrar que no discurso dogmático somente prevalecem as verdades universais e impossíveis de contrariar. Nesse caso não cabe argumentar, porque ela é contestar e não se contraria uma verdade absoluta. O dogmatismo está baseado na fé, no fanatismo, na verdade absoluta dita por alguém. Não cabe argumentação contra o dogmatismo.

Embora não possamos usar a argumentação para garantir a certeza absoluta de uma tese, nada nos impede de tentar convencer o público do inverso. Essa é uma estratégia retórica que vem sendo usada desde à Grécia Antiga.

Vale ressaltar que a argumentação está fundamentada no razoável e não se pode admitir arbitrariedade das posições (dogmas em especial). A determinação do que é razoável numa argumentação é tanto da responsabilidade do argumentador, como

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também é do interlocutor, afinal cabe ao público a aprovação da razoabilidade dos argumentos propostos ao final do debate.

Por fim é necessário destacar algo inevitável do discurso argumentativo que é a sua abertura para a demagogia. O discurso demagógico está definido pelo excesso e pela ansiedade de protagonismo, o argumentar passa a ser mais importe que a argumentação.

Quando isso acontece a argumentação deixa de ser considerada uma arte (techné), para se tornar uma reles capacidade de convencimento de um auditório manipulado, cujo fim é arrancar aplauso gratuito. Ao usar o discurso demagógico na argumentação, some qualquer tipo de reflexão filosófica, o aplauso é o fim da palestra e não o debate de ideias.

Quais argumentos usar?

A coesão entre o argumento utilizado e a razoabilidade deve ser grande e bem combinada. Apresentar números fictícios para dar força a uma ideia é fraudar a argumentação. Até mesmo inflar valores numéricos é uma fraude indesejada na argumentação.

As convicções do público e os argumentos razoáveis compõem dois lados de uma mesma moeda. Para isso o argumentador deve sempre usar figuras de retórica, ou mesmo, outros artifícios de linguagem e composição que acompanham o texto argumentativo. Aqui se destaca a diversidade dos argumentos.

Empregar argumentos analógicos, de autoridade, a pari (com proposições semelhantes), a fortiori (de uma proposição já validada para uma outra ainda mais evidente), ou contrário (de uma proposição já validada para a rejeição do seu contrário).

Os argumentos analógicos são aqueles que permitem a passagem de informação de um assunto para outro através de comparações que apresentam as semelhanças entre as coisas comparadas. É também chamado de homoiote. Exemplo dele está no ditado popular: “Guerrear pela paz é como fornicar pela castidade.”

Um argumento de autoridade é aquele no qual se apela a um especialista ou a uma fonte confiável para justificar uma conclusão. Muito usado no jornalismo, quando o repórter busca uma opinião abalizada para reforçar sua fala.

Já o argumento por causa e consequência é usado para comprovar uma tese, buscando as relações de causas (os motivos, os porquês) com consequências (os efeitos).

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Um argumento a priori – ou senso comum - é aquele em que todas as suas premissas são antecipadamente conhecidas, sem necessidade de recorrer à experiência.

Exemplo simples está ao se partir dos efeitos do calor do Sol sem necessidade de explicar de onde vem ou como se dá o processo de vinda até nós.

Para entender um argumento a fortiori, vamos ao Latim de onde vem a expressão completa: fortiori ratione - que significa algo como “por causa de uma razão mais forte”, ou com muito mais razão. Por exemplo – Se nossa legislação determina que somos todos iguais diante da lei, então assim também é diante da administração pública.

Argumento por absurdo (ab absurdo) é o que refuta uma afirmativa, pela falta de cabimento ao contrariar a evidência. Um exemplo estaria na frase: - Como poderia a mulher ter alvejado o marido, se o laudo médico atesta que ela morreu minutos antes do esposo?

O argumento por exclusão (per exclusionem) parte de várias hipóteses e elimina-se uma a uma no decorrer do discurso. Exemplificando: Ele não é capaz de se controlar, mas é capaz de premeditar o crime.

Pouco usado na Ciência, o argumento de fuga é aquele que se desvia das questões principais que devem ser defendidas para buscar sensibilização por meio de temas mais subjetivos. É mais usado no Direito, por exemplo quando o advogado não tem como negar o crime do réu, enfatiza que réu é bom filho, bom marido, trabalhador, etc.

Outro tipo é o argumento de coerência (a coherentia) que usa da afirmação de que duas normas não podem regular a mesma situação física. Como explicar que um crime seja doloso e culposo ao mesmo tempo?

Certos argumentos não partem de premissas lógicas sequenciadas, é o caso do argumento contra o homem (ad hominem) que em lugar de concluir pelas premissas, conclui-se porque elas partem de alguém que não consideramos competente para isso. Ao refutar a verdade, atacamos o homem que fez a afirmação e não sua tese ou fundamento.

Usado demais nos embates políticos rasteiros.

Por fim, o argumento a contrário senso é aquele que concede a uma proposição interpretação inversa. É um contra-argumento a uma proposição dada.

Cuidado ao usar esse tipo de argumento, pois pode provocar confusão no público.

Outros tipos de argumentos existem, mas fica para o leitor busque um maior aprofundamento nesse tópico em particular. Afinal além dos vários tipos de argumentos havemos de considerar também o objetivo perseguido na argumentação.

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Para cada objetivo existem ações adequadas. Para persuadir um público particular, em busca de opinião, a ação sobre o auditório deve ter caráter ideológico, sem se prender a um tempo específico, levar as pessoas a inferirem para aderirem à tese e usando argumentos forte, plausíveis, veromísseis e que estejam carregados de emoção.

Quando se busca a verdade, com o intento de convencer o público variado, a ação deve ter um caráter demonstrativo, com um tempo fixo, sem ser preso a épocas, o raciocínio lógico faz o público aderir à tese, as premissas basear-se-ão em raciocínio matemático. Tudo bem racional.

Como aplicar a argumentação para construir bons discursos?

Antes de tudo pergunte a você mesmo: Quem você quer convencer? Simples, comece por identificar quem é o seu auditório. Faça como um romancista ao gerar o personagem da ficção que vai escrever, acredite: é um processo semelhante ao da criação

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de personagens. Desse conhecimento é possível partir de características do interlocutor, para determinar que tipo de linguagem adotar, bem como qual conteúdo precisa ser apresentado e, por fim, como organizar a estrutura de seu próprio raciocínio de maneira que o leitor não só entenda seu argumento, mas também, dê credibilidade às ideias apresentadas.

Pesquisar qual é o auditório, que valores o configura, quais comportamentos são por ele cultuados e principalmente quais expectativas o ouvinte do discurso tem em relação ao tema. Pergunte a todo momento a si mesmo: De quê você vai convencer o público? Conhecendo isso é possível formular uma tese bem situada, já configurando objetivos claros a serem atingidos.

Como você vai convencer o público de sua que tese é a melhor? Aplicando a retórica em sua forma mais sutil, apresentando uma série de argumentos construídos com a finalidade de provar que a sua ideia é a melhor opção. Ao elaborar a argumentação para visando ser persuasivo deixe claro que você sabe o que está falando. Faça o discurso direto, detalhado, dinâmico e baseado na norma culta da Língua Portuguesa. Não tente enrolar o público. Como argumentar é aplicar argumentos, então é necessário planejar uma cadeia de argumentos, antes de tudo, lógicos que fortalecerão a tese a ser apresentada e defendida.

No momento do ato de argumentação ou de defesa da tese atente para informações além da tese, como postura corporal, tom de voz, imagens adequadas ao público. Pois, tais itens são observados pelo público, para mais adiante do conteúdo daquilo que se fala. Até mesmo a duração do texto a ser apresentado pode ser determinante, incluindo aí a forma de apresentação que pode ser:

o Um texto lido na íntegra (a pior forma);

o Um texto-base lido diagonalmente para privilegiar a exposição oral;

o Um guia para privilegiar improvisos e expor argumentos.

Logicamente cada palestrante tem um perfil de oratória que grosso modo define não só a veemência do discurso oral, como também a adesão do auditório. Afinal o público costuma deslumbrar-se mais com um bom comunicador do que com uma boa comunicação.

Sabemos que os argumentos possuem diferentes intensidades sobre o público.

Os mais fortes antes, ou depois, ou usando a ordem nestoriana (os mais frágeis ao centro)?

Sequenciar argumentos é uma arte na retórica a fim de equilibrar sua apresentação entre a aceitação da tese e a atenção do público.

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Conclusão

Antes mesmo de partir para a conclusão é importante rever a definição de argumentação como: a ação por meio da qual se leva um auditório (público) a aceitar uma tese, utilizando para isso recursos (argumentos) que comprovem sua consistência. A argumentação tanto se refere a esse ato de convencimento, quanto ao aglomerado de expedientes empregados em sua realização.

Ao argumentar é desejável que o autor se valha de fatos comprováveis, de razões consistentes, de verdades aceitas, tenha virtudes palpáveis e carregue valores tais que seja impossível refutar e ao mesmo tempo alicercem sua tese.

No dia a dia argumentamos sem perceber tal ato, por exemplo quando defendemos um ponto de vista político, quando damos a nossa opinião em um certame qualquer, quando sugerimos solução para um problema. Ao enfrentar a oposição dos outros argumentamos para convencer o outro. E argumentar bem é um acto de inteligência que, para ser eficaz, tem as suas regras.

Ao estruturar um texto argumentativo é necessário não esquecer de elaborar um parágrafo para apresentar a tese. Seguido da análise e da explicitação da tese e da apresentação dos argumentos que provam a verdade da tese (fatos, exemplos, testemunhos, citações, dados estatísticos). Fechando como um parágrafo final, no qual se apresenta uma síntese do que foi desenvolvido.

Fechando o texto faço referência ao primeiro quadro apresentado no preâmbulo. Embora pareçam frases soltas, elas representam os seis princípios enunciados pelo psicólogo norte-americano Robert Cialdini que devem ser levados em conta no processo de persuasão, são eles:

- A lei da reciprocidade: as pessoas se sentem obrigadas a retribuir algo que lhes dermos;

- A lei da consistência: as pessoas gostam de se mostrar consistentes em seus pensamentos, sentimentos e ações. Tomada uma decisão, elas se comprometem e ficam inclinadas a mantê-la ou, mesmo, dar um passo maior;

- A lei do apreço: se você simpatiza com alguém, está mais inclinado a agradar e a concordar com essa pessoa;

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- A lei da escassez: se você não está seguro sobre comprar alguma coisa, no momento em que ela é anunciada como a "última oferta", você se dispõe a reexaminar sua posição:

- A lei da autoridade: quando uma pessoa que você admira ou respeita aprova uma ideia, você tende a pensar que ela é boa para você também;

- A lei da prova social: se você está indeciso, tende a seguir o comportamento das pessoas ao seu redor e fazer o que é considerado socialmente correto e seguro.

Uma boa argumentação abre portas e garante que o público pensará em sua tese. Lembre-se que a decisão está fora do autor da argumentação que pode, no máximo, influenciar, convencer ou persuadir o auditório.

Referências

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