CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
ANÁLISE
DA
LOCALIZA
RENT
A
CAR
-
ESTRUTURA,
E
“ESTRATÉGIAS SOB
A
ÓTICA
DO ERANQUEADO
_FLORIANÓPOLIS
Monografia
submetida aoDepartamento
de CiênciasEconômicas
para a obtenção de cargahorária
na
disciplina deCNM
5420
-
Monografia.Por
TALES
DALLA
LANA
Fone: (0 48)234 0253
(0 48)
524 2441
E-Mail:
talesdlana@yahoo.cOm
Orientador; Prof.
LUIZ
CARLOS
DE
CARVALHO
JÚNIOR
Área
de Pesquisa:ORGANIZAÇÃO
INDUSTRIAL
I
Palavras Chaves: 1
-
Franchising2
-
Custos de Transação 3»
Cadeia de ValorÇLRSQ DE
ÊCERAQUAÇAQ
`ÇlEN«CIAS
EzǻQNQM1.C-AS
A
Banca
Exâminaâšma
rfeâe‹švezâ eâzribxiíf- ea' wnetâ 3,61'-ae;ašm':oTALES
V-BÀLLÀ
LANA
na
disciplinaCNM
5420
-
Monqgrafia,
pela apresentação deste trabalho..Benea
Examinadera:
Profi
Luiz «Carlos de Çanfêlhe JúniorPre_s.1Í_dente
Prof. loãe›Pz2úêd@!-fe...Ie:êtes
Membro
Biz:-f. .Eévââàâ A.
àê
santanaEste trabalho
e'dedicado às
trêsmulheres
SUMÁRIO
LISTA
DE
FIGURAS
... ..vILISTA
DE
QUADROS
... ..VII
LISTA
DE
TABELAS
... ..vIIIRESUMO
... ..IXCAPÍTULO
I ... ..1 ~ 1.INTRODUÇAO
... ..1 1.1.PROBLEMA
... .. 1.2.OBJETIVOS
... .. 2.1. Objetivo Geral ... .. 2.2. Objetivos Especificos ... ._ 1.3.METODOLOGLA
... .. 1.4.HIPÓTESE
... ..CAPÍTULO
II ... ..7
O\U1~I\-A-¡>›-^ 2.CUSTOS
DE
TRANSAÇÃO
E
A
CADEIA
DE VALORES
... ..7' 2.1.
CUSTOS
DE
TRANSAÇAO
-
CONCEITO E
DEFH\1IÇAO
... ..72.1.1. Definição e influência dos atributos comportamentais ... ._
9
2.1.2. Estrutura degovernança
e o ambiente institucional ... ..10
2.1.3.
Modelo
de relações intra-F irma ... ..15
2.2.
A
CADEIA
DE VALORES
E
A
VANTAGEM
COMPETITIVA
... .. 182.2.1.
As
atividades primárias ... ..19
2.2.2.
As
atividades de apoio ... ..20
2.2.3. Elos existentes dentro das cadeias ... ..
21
2.2.4. Tipos de escopo competitivo ... ..
23
2.2.5.
A
estrutura organizacional ... ..24
CAPÍTULO
III ... ..25
~ 3.
FRANCHISING
-
CONCEITO,
CRESCIMENTO
E
INTERNACIONALIZAÇAO
... ..25
3.1.
A
EXPAN SAO
PELA
EUROPA
... ..27
3.2.
O CRESCIMENTO
DO
FRANCHISING
NO
BRASIL.
... ..28
CAPÍTULO
Iv
... ..- ... ..33
4.
LOCALIZA
RENT A
CAR
-
O
CRESCIMENTO ATRAVÉS
DO
FRAN
CHISIN
G
... ..33
4.1.1. Abertura de Capital ... ... ..
34
4.1.2.
A
empresa
cria 0 conceito de carro semi-novo ... ..34
4.1.3. Sistema de
Locação
... ..35
4.1.4.
O
surgimentoda
franquiade
Florianópolis ... ..35
4.2.
CADEIA DE VALORES
DA
LOCALIZA
RENT
A CAR
... ..36
4.2.1.
A
cadeia de valoresdo franqueador
... ..36
4.2.2.
A
Cadeia
de Valoresdo
F
ranqueado
... ..37
4.3.
LOCALIZA
RENT
A CAR
SOB
A
ÓTICA
DOS CUSTOS DE
TRANSAÇÃO...
39
CAPÍTULO
V
... ..42
CONCLUSÃO
... ..42
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..44
Figura Ol
-
Relação entre governança, ambiente institucional e indivíduosFigura
O2
-
Cadeia de valores genérica ... ..Figura
O3
-
Crescimentodo
número
de franqueadoresno
Brasil ... ..Figura
04
-
Lojas franqueadas-
participação porsegmento
... ..Figura
05
-
Crescimentodo mercado
de franquias ... _.Figura
O6
-
N.° de franqueadores estimadono
Brasil ... ._Figura
O7-
Cadeia de Valoresdo
Franqueadorda
LocalizaRent
aCar
... ..Figura
08
-
Cadeia de Valoresdo Franqueado
- LocalizaRent
aCar
... ..LISTA
DE
TABELAS
A
presente pesquisa, concentra-seno
estudodo
crescimento da locadora de veículos LocalizaRent
a Car, atravésdo
sistema de franchising.No
primeiromomento
é realizadouma
revisão bibliográfica das teorias utilizadas para acompreensão
e caracterizaçãoda
empresa. Procurou-se adotar duas teorias para
melhor
entendimento - a primeira relativaaos custos transacionais e a segunda aos elos existentes entre as cadeias de valores.
Logo
após é efetuadoum
estudodo
crescimentodo
franchising pelomundo,
descrevendo o constante crescimento pelosEUA,
Europa
e Brasil,mostrando
ainda algunsnúmeros
referentes aos principais segmentos e as estimativas de crescimento para o Brasil.
Depois desta caracterização
do
setor de franquias, é realizadoum
históricoda
locadora de veículos Localiza
Rent
a Car, passando pelo surgimento, crescimento,mudança
na
estruturada
rede até a aberturado
capital e a internacionalizaçãoda
empresa.O
estudodo
sistema de franquias da LocalizaRent
aCar
procurouna
franquia de Florianópolis (SC) dadosque
serviram na análise dentro dosmodelos
teóricos. Análise está~ 1.
INTRODUÇAO
1.1.
PROBLEMA
Apesar da origem
francesa, o franchising apareceu nosEUA
antesmesmo
da
Guerra Civil Americana,
com
a SingerSewing
Machine
Company
que
resolvera outorgaruma
série de franquias a comerciantes independentes. Foiem
1898que
o franchising deu o seu primeiro passo,quando
a GeneralMotors
adotoucomo
estratégia o franchising para expandir a sua rede distribuidora e, assim, as vendas dos veículos de sua fabricação.Em
1899, a
Coca-Cola
passou a outorgar franquias para o seu refrigerante.E
antesmesmo
da primeira Guerra Mundial, osEUA
jápossuíam
uma
rede de franquias destinadas à comercialização de lanches e refeições, aA&W
Root
Beer.Depois
dos anos 30,foram
ascompanhias
de petróleo que adotaram o sistema, convertendo os postos de gasolinaque
atéentão
eram
operados diretamente,em
franquias.O
grandeboom
só ocorreu a partir de1950,
quando
oDepartamento
deComércio Americano
estimulou a implantaçãocomo
uma
saída para a sobrevivência depequenos
negócios(CHERTO
&
RIZZO,
1994).Apesar
depoucos
registros, alguns livrosdeixam
claroque
as franquiasno
Brasiltiveram inicio
no
país por volta de 1950,com
osegmento
de serviços educacionais, tendocomo
pioneiro o Yázigi.Naquela
época, poucas pessoaspossuíamlalgum conhecimento
nesta área.
O
assunto engatinhavacom
alguns investimentos esem nenhuma
legislação específica, atuando quase que informalmente,mas
com uma
vantagem
competitiva -poucos concorrentes
(CHERTO
&
RIZZO,
1994).Com
o passar dos anos, os investimentosna
área de franchising crescem, indo contra a profunda recessão que o país viveriacom
osegundo choque
do
petróleoem
1979.Mesmo
dentro destas condições alguns franqueadores já despontavam-seem
seus setores, superando ainda a criseda
década de 80.
A
Embora
o franchisingvenha
sendo praticadono
Brasil a partir década de 50, agrande explosão de franquias
pode
se verificar a partir de 1987, seguindouma
tendência mundialda
padronização de produtos e serviços.As
franquias internacionais instalam-seno
paísno
finalda
década de 70,buscando
expandir suas redes de comércio, trazendoum
novo
know-how
totalmente amadurecidono
que diz respeito as características e formas decriação de órgãos regulamentadores para esta prática de comercialização.
Como
ocorreem
outros países daAmérica
Latina, o crescimento das franquias traz a presença cada vezmais
marcante de franqueadores estrangeiros nos mais diversos
ramos
de atividade,embora
hajauma
diferença entre o Brasil e os outros países daAmérica
Latina,onde
amaior
parte das franquias brasileiras são100%
nacionais, isto é,foram
criadasno
próprio país enão
importadas dos Estados Unidos,Europa ou
Japão(CHERTO
&
RIZZO,
1994).Junto
com
o grande crescimento ocorridoem
1987, surge a Associação Brasileira de Franchising que, em' 1992, se transformariano
Instituto Brasileiro de Franchising. Nestemesmo
ano, o Brasil alcança a terceira posiçãono
ranking dos paísescom
o maiornúmero
de franquias (5 1.000 unidades instaladas) perdendo apenas para os
EUA
(543.000 unidades instaladas) e Japãocom
(140.000 unidades instaladas),(CHERTO
&
RIZZO,
1994).Em
1994, o franchising representavauma
força considerávelna
economía
brasileira,movimentando
cerca deUS$
32 bilhões por ano, e gerando mais de500
milempregos
diretos, divididos
em
22
diferentes segmentosda
economia, entre eles: livros e papéis, saúde e beleza, vestuário, fotografia/produtos e serviços, treinamento e lazer,comunicação
e alimentação/fast food.
Ainda que
caracterizadocomo
modismo,
o franchising brasileirovem,
nos últimos tempos, mostrandoum
amadurecimento
através deuma
tendênciana
busca de
um
maior profissionalismo, principalmenteno que
diz respeito aos critérios de seleção de seus candidatos/empresários ã franqueadores,demostrando
assim a sua consolidaçãocomo
empreendimento.Até
o ano passado (1998), haviaum
consenso entre os especialistas deque
o franchising brasileiro atravessavaum
período de maturação e omercado
realizava a seleção natural das melhores redes.Agora
a tendência das atuais850
redes sobreviventes -30
amenos
do
que o ano de 1997-
é reestruturarem-seem
busca denovos
produtos e facilidadescom
seus fomecedores.Em
resumo, aordem
é cortar gastos e garantir omenor
preço ao consumidor, já que as franquias concorrentes estão,
na
maioria das vezes,mais
estruturadas
(SILVA,
1999).ç
Apesar da
redução das taxas de crescimento devido ao processo de seleção natural,alguns setores ainda se apresentam promissores para os
próximos
cinco anos.Além
do
que, o setor de serviços continua sendo o mais procurado entre osque
buscam
uma
franquia, pois a previsão de crescimento é de70%
nospróximos
cinco anos.Apesar
de promissora,(SILVA,
1999) a área de serviços abriga poucas empresas de franchising,57
redesou 6,8% do
mercado, contra 193 gruposou
30%
do mercado
das franquias de alimentação. Dentro das previsões realizadas para ospróximos
cinco anos, 0 setor de lazer, turismo e hotelariaaparecem
em
primeiro lugar,com uma
taxa de crescimento de150%;
em
segundo lugar, serviços e conservação,com
70%;
seguido de alimentação, fotografia, impressão e sinalização,com
50%;
educação e treinamento,com
40%
e locaçao de veículos,com
20%.
É
dentro deste contexto que foi fundadano
Brasilem
1973 oque
é hoje a terceira maior locadora de carrosno mundo,
a primeirano
país e a líder de aluguelna
América
Latina.
A
LocalizaRent
a Car, deu inicio às suas atividadesem
Belo Horizonte(MG)
com
uma
frota de seis fuscas usados e financiados. Seis anos depois,em
1979, durante o segundochoque do
petróleo, a Localizadeu
inicio à sua expansão para fora deBelo
Horizonte, abrindo a primeira filial
em
Vitória, Espírito Santo e,um
ano depois, aempresa
já estava presente
em
cidadescomo
Rio
de Janeiro, Salvador,São
Luiz e Fortaleza.Ao
contrárioda
concorrência, que optava por concentrar suas atividades nas regiões sul e sudestedo
país, a Localiza decidiu enfrentar o desafiodo
nordeste e,em
menos
de trêsanos, já se fazia presente
na
maioria das capitais desta regiao.Em
1981, já era líderdo
mercado
no
Brasil, sendo queem
1982
possuía 11 locadoras de Curitiba atéSão
Luísdo
Maranhão,
e esta expansão se deu atravésda
compra
de pequenas locadoras locais eregionais, espalhadas pelo país inteiro.
É
nesse sentido que o trabalho sepropõe
a fazeruma
análise da estrutura da redede
franquias da Localiza
Rent
a Car,propondo
verificar o surgimento das franquiascomo
estratégia de crescimentodo
franqueador e às possíveis vantagens que a rede oferece aos seus franqueados.Além
disso, quais seriam as vantagens nesse setorem
setomar
um
franqueado?
E
principalmente, quais seriam as estratégiasou
políticas de crescimento para o franqueado e para o franqueador?1.2.
OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
- Analisar o sistema
de
franquias daempresa
LocalizaRent
aCar
como
estratégiade
crescimento para o franqueador e franqueado.2.2. Objetivos Específicos
- Descrever o surgimento era evolução
do
sistema de franquiasno mundo.
- Descrever o sistema de franquia
da
LocalizaRent
a Car.- Analisar o sistema de franquia
da
LocalizaRent
aCar comvbase
nosmodelos
de custo1.3.
METODOLOGIA
O
universo desta pesquisa concentra-seno
estudo deum
caso - o crescimentoda
locadora de veículos Localiza Rent a Car, através
do
sistema de franchising .A
integraçãorealizada entre os agentes
-
franqueador e franqueado-
será abordada a partir das teorias de custos de transação e da teoria de cadeia de valores. Para alcançarum
melhor
referencial analítico, procurou-se realizar
um
pesquisa documental baseadasem
textos, teses e artigos específicos,além
de pesquisas e publicações feitasem
franquias sob a ótica dos custos de transação. 'No
segundo
momento,
foi realizadoum
estudodo
crescimentodo
franchising pelaAmérica do
Norte,Europa
e posteriormente pelo Brasil. Este estudo ocorreu a partir delivros e artigos
que demonstram
o retratoda
expansão desse sistema.Após
este retrato,através de informações obtidas pela seleção de
uma
das franquiasda
rede - a LocalizaRent
a
Car
de Florianópolis (SC), buscou-se informações para descrever o crescimentoda
mesma
atravésdo
franchising. Para a obtençao dessas informaçoesque
também
serviraopara
uma
posterior análise, foi utilizadoum
questionário (anexo O1)além
de artigos registradosem
livros. .I
1.4.
HIPÓTESE
A
principal hipótese concentra-sena
possibilidadeda
franquia seruma
forma
de crescimento para o franqueador e para o franqueado, compartilhando o riscodo
investimento
com
o franqueado que,em
contra partida,obtém
um
prêmio na
obtençãoda
CAPÍTULO
112.
CUSTOS
DE
TRANSAÇÃO
E
A
CADEIA
DE
VALORES
Neste capítulo será feita
uma
revisão de literaturaque
servirácomo
embasamento
teórico para o estudodo
franchising. Procurou-se adotar doismodelos
teóricos para explicar a estratégia utilizada pela LocalizaRent
a Car.A
primeira teoriadá
enfoque aos custos referentes às transaçoes existentes entre empresas, instituiçoes e clientes.O
segundo
modelo,
chamado
de cadeia de valores, descreve a existência de elos entre as cadeias deuma
empresa
ecomo
elapode
agregar valor ao produtoou
serviço através dos elosexistentes entre os diferentes setores
da
empresa.2.1.
CUSTOS
DE
TRANSAÇAO
CONCEITO
E
DEFINIÇAO
A
organização dos sistemaseconômicos
estáfundamentada
nos resultados de várias transações. Paraum
melhor
funcionamentodo
sistema atribui-sealgumas
regrasque
minimizam
as diferenças existentes.No
entanto, a necessidade deuma
clara definiçao resultouem
opiniões de diversos autores.De
um
lado, os custos de transação.foram
definidos
como
os custos existentes da necessidade de se recorrer ao mercado.Em
outras palavras, seriam os custos relativos a captaçao de informaçoes, negociaçao emanutençao
dos contratos já existentes.
Em
contrapartida, outros autores estabeleceramque
os custos de transação não passariam de custos para colocaros.mecanismos econômicos
e sociaisem
funcionamento. Atualmente, a primeira definição apresentado porCoase
evoluiu e deixou de considerar que os custos de transação são oriundos apenas da utilização dosmecanismos
demercado
e passou a considerar outras estruturas existentes.Segundo
FARINA
(1997, p. 56) “(...) os custos de transação são definidosnão
sópelo uso
do
mercado,mas
pelo uso de qualquer formaorganizacional, sendo Omercado
um
caso particular”.
Os
contratos existentes entre empresas e clientes, fornecedores, governo e colaboradores,refletem
a estrutura utilizada pela firma e os custos existentes para a realização das atividades diárias.Os
custos de transação estariam definidoscomo
aqueles nao ligados diretamente à transformaçao deum
bem
ou
serviço. Elestambém
seriam,responsáveis pela
detemnnação da forma
de organização industrial.De
uma
fonna mais
direta:A
transaçao épassagem
de
um
bem
ou
serviçoem
elaboração entre interfaces tecnologicamente separáveis e a propostada
Teoriado
Custosde
Transação é a de
que
ela seja a unidade básica de análise. Destemodo,
o conjunto de características das transaçõespassam
a ser vistascomo
principal determinanteda
forma
de organizaçãoda produção do
bem
ou
serviço envolvido.
(HUÁSCAR,
1997, p. 684).Além
dos custos envolvidosna
captação das informações, existem custos atreladosà capacidade de processamento e à utilização das informações de
forma
eficiente. Estes custos de transação,também
chamados
de ex-ante,surgem no
iniciodo
processode
negociação e resultam
no desdobramento
de cláusulas contratuais quebuscam
tomar
eficiente a transação.
Na
buscada
eficiênciada
transaçãosurgem
os incentivos que seriamum
estímulo a realizaçaodo
contrato, nesse sentido dois gruposdestacam
se sobre a garantiada
eficiênciado
mesmo.
O
primeiro caracteriza- seda
seguinte forma:(...)
da
ênfase aos direitos de propriedades, i.e., se estão definidosantecipadamente: i)
o
direito de usarum
ativo; ii) o direitode
apropriaçaodos seus rendimentos; e iii) o direito de
mudar
a
sua forma, substânciaou
emprego, então
não
haverámá
distribuição, conflitoou
mau
usodos
recursos disponíveis.(
HUASCAR,
1997, p. 685).O
segundo
grupo baseia-seno argumento
de que as duas partes envolvidasno
contrato
têm
conhecimento das responsabilidades assumidas eque
a execução ficará de acordocom
os agentes envolvidos.Uma
diminuiçãona
transferência dos incentivos poderá ser recuperada poruma
definição ex-ante das cláusulas contratuais referentes aos benefícios e sanções cabíveis paraambas
as partes(HÚSCAR,
1997).A
eficiência da transação vaialém
dos custos ex-ante, poisem
função de alguns atributos comportamentaisdo
homem
-
racionalidade limitada e opoitunismo -ou
referente a possibilidade de
mudança
não
previstano
ambiente econômico, levará os agentes a reordenarem seus contratos»podendo
haveruma
mudança
na
estrutura utilizada.Os
custos de adaptação,chamados
de ex-post, criam oportunidades de lucro aosque
se adaptarem àmudança
mais rapidamente.Segundo
FARINA
(1997)“O
acontecimento de contingências imprevistas cria a oportunidade de lucro àquelesque mais
rapidamente eeficientemente se adaptarem às mudanças. Deficiências
de
adaptação, portanto, se traduzemem
custos,na
medida
em
que implicam
perda de oportunidades de lucro”.Os
custos ex-ante e ex-postdevem
ser ponderados simultaneamente deforma que
os seus resultados
não agravem
os problemas nas estruturas de gestão.A
dificuldade demensuração
nãoimpede
a possibilidade de verificar amelhor opção
existente para aorganização.
De
acordocom
Williamson
(citado porHUÁSCAR,
1997, p. 686) “(...)não
épreciso que sejam calculados os valores absolutos envolvidos
mas
apenasque
se possa confrontarum
modo
de contrataçao a outro, dentrodo
arranjo institucional existente,com
vistas a definir aforma
esperada de organização”.2.1.1. Definição e influência dos atributos comportamentais
A
importânciado comportamento
humano
nas decisõesda
economia
dos custos de transação(ECT) refletem
uma
divisão básica de dois tipos de agentes, os de racionalidade limitada e os decomportamento
oportunista.No
primeiro, a incapacidadedo
agente prever futuros problemas resultaem
custos ex-post, subdividindo-seem
três níveis de racionalidade,segundo
a divisão estabelecida porWilliamson
(citado porFARINA,
1997):a)
maximização ou
racionalidade forte-
consideraque
os agentesconseguem
maximizar
todas as informações
em
prol deum
objetivo, lucro, utilidade, receitaou
menor
custo; b) racionalidade limitadaou
semi-forte-
os agenteseconômicos atuam
deforma
maxirnizadora,
mas
em
virtude da capacidade limitada, incluem possibilidades demudanças
nos contratos, e tornam-se cientes de suas limitações;c) racionalidade orgânica
ou
racionalidade fraca-
reflete a incapacidade de processarinformações, o
que
direciona os problemas para salvaguardas ex-post.No
comportamento
oportunista o indivíduo atua deforma
prejudicial levando àatitudes
como:
mentiras, fraudes e rouboda
outra parte interessadano
contrato.De
acordocom
HUÁSCAR
(1997, p. 687), “(...) os agentesescondem
as informaçoesou que
asrevelem de
forma
parcialou
distorcida, trapaceiem ou,em
suma,ajam
estrategicamenteem
seu exclusivo benefício”.O
comportamento
oportunistatambém
foi divido porWilliamson
(citado por
FARINA,
1997)em
três níveis decomportamento
auto-interessado:a) oportunismo auto interesse forte: dentro desse quadro, o indivíduo mente, engana, omite
b) auto interesse simples
ou
sem
oportunismoz esses indivíduosatuam
dentrodo
aparato judicial e preservam ocumprimento do
contrato;c) obediência
ou
ausência de auto interesse: os indivíduosatuam
deforma
a representar o interesse social deuma
classeou
grupo, submetida poruma
ideologia.As
futuras adaptaçõesem
decorrência da racionalidade limitada abremargem
para ocomportamento
oportunista, trazendo perdas parauma
das partes durante o processo derenegociação
do
contrato. Entretanto, a existênciada
possibilidadedo comportamento
oportunista abre
margem
para a inclusão de salvaguardasque
eventualmenteminimizariam
os danos.
Nesse
sentido:()
os contratosdevem
conter salvaguardasou precauções
(quepodem
ser vistascomo
práticas institucionais)para
a presença e os efeitos negativos contraproducentes de taisformas de
conduta.A
recomendação
se intensifica se as transações estão sujeitasao
oportunismo, pois as partespoderão
demaneira
clara tirar aindamais
proveitoda
transaçãoatuando
na
presença de garantiasou
salvaguardas.(HUÁSCAR,
1997, p. 687-688).Os
atributos comportamentais-
racionalidade limitada e oportunismo - sãocaracterísticas básicas
da
teoria dos custos de transação. Eles são peças fundamentaisque
serão condicionadas pelas regras
do
jogo e, nesse sentido, as instituiçõespassam
a ser os agentesque
limitarão osmecanismos
de execução das regrasque
poderão ser formais(direito de propriedade, leis) e informais (tradições, regras e códigos).
2.1.2. Estrutura de governança e o ambiente institucional
A
estrutura de governança e o ambiente institucional são oscomponentes da
economia
de transação.O
primeirotem
seus resultados-
desenvolvimento - condicionadopelo
segundo
(ambiente institucional) ea pelos atributos comportamentais (racionalidadelimitada e oportunismo). J á o ambiente institucional resume-se nas regras que dão
origem
às formas organizacionais.
A
economia
dos custos de transação elaborada porWilliamson
tem
seu foco na estrutura de governança, através deum
modelo
representado por trêsníveis ele procura representar a principal relação existente entre os indivíduos, o ambiente institucional e a estrutura de governança.
A
Figura 1, p.11, possui setas contínuas e setas tracejadas, a primeira é o resultadoFigura 01
-
Relação entre governança, ambiente institucional e indivíduosAmbiente
InstitucionalMudanças
deParâmetros (a) Estratégia (b)
‹í._. --› Estrutura de
Govemança
Atributos FreqüênciasComportamentais
(c)T
Endógenas
(d) ‹._--- IndivíduoFonte: Williamson (apresentado por FARINA, 1997, p. 61)
As
transformações provocadas pelo ambiente institucional sobre a estruturade
govemança
ocorrem
na linha (a) , Figura 01,onde
seus efeitosprovocam
mudanças
nasformas organizacionais.
De
acordocom
NICOLAU
(1994, p. 34) “(...)mudanças
nosparâmetros institucionais
implicam
na necessidade de readaptação das organizações”.Em
contrapartida, a reação inversa,chamada
de efeito secundário, ocorrena
linha (b), Figura01,
onde
as organizaçõesprocuram
mudar
as regrasdo
jogo através de novas estratégias.Neste caso, os efeitos
podem
acontecercom
amudança
na
legislaçãoem
prol da redução deum
impostoou
a criação deuma
barreira alfandegária,tomando
a organizaçãomais
competitiva.
O
outro efeito principal é ocasionado pelos atributos comportamentais, linha (c), Figura O1, o oportunismo e a racionalidade limitadaatuam
sobre a estrutura de governança.O
efeito secundário, linha (d), Figura 01, ocorre a partirda
estrutura de governança sobre os indivíduos e nesse sentido elesagem
de acordocom
suas preferências,dado
o plano individual.O
ambiente institucionaltem
o papel de organizar omovimento
dos custos de transaçãocom
objetivo de viabilizaruma
transação eficiente e diminuir os custos existentes. Desta forma, o processo de transferência foi separadoem
três tipos e caracterizados de acordocom
acomplexidade
das trocas e o grau de desenvolvimento dasinstituições.
O
primeiro tipo de transferência ocorre entre sociedades primitivas,apresentando baixos custos de transação
em
virtudedo
alto grau de repetição. Este grupo apresenta baixa incerteza euma
facilidade à ação oportunista,não
necessitando deum
quadro institucional desenvolvido(FARH\IA,
1997). J á osegundo
processo émarcado
pela não repetição das trocas, necessitandodo
desenvolvimento das instituições para regular as atividades dos agentes.A
terceira transferência émarcada
pelacomplexidade
dos processos e pela necessidade da realização dos contratos.Nesse
caso, o sistema jurídico é acionado para garantir ocumprimento do
mesmo.
2.1.2.2. Estrutura de governança
A
economia
dos custos de transação procura explicar a lógicada
transferênciaocasionada entre o indivíduo e o ambiente geral
do mercado
e indivíduo e o interior das organizações.A
estrutura de governançaocupa
o papel de intermediário entre indivíduos e o ambiente institucional, Figura 01, p.1l.Com
objetivo da redução dos custos existentes entre as transações de produtos e serviçosque
estejam vinculados aos contratos.Os
custos de monitoramento, de fiscalização e adaptaçãofazem
parte dos custos de transação edevem
ser diferenciados dos custos de estoque e transporte.Segundo
NICOLAU
(1994), estes custos estariam associados àsdimensoes
de espaço e tempo.A
escolha da estrutura governamental toma-semais
difícilem
virtude da existência de diferentes tipos de transaçao e baseado nos atributosda
teoria dos contratos relacionais de Macneli. Speidel (citado porFARINA,
1997, p. 82), utiliza as seguintes características na determinaçãodo
impacto sobre os contratos-
a) a transação se prolongano
tempo; b) elementos de trocas nãopodem
sermensurados
em
virtudeda
celebraçãodo
contrato; c) ainterdependência das partes transcende,
em
algunsmomentos,
uma
única transação - paraexplicar a
economia
dos custos de transação, procurou-se adaptar os atributos da teoria dos contratos, adicionando ométodo
e à tradição econômica.O
resultado consiste na divisãoEspecificidade de ativos
-
são considerados .aquelas transações queexigem
investimentos específicos.
A
rupturada
transação trazcomo
conseqüência a perdado
investimento
ou
o parte dele.Os
investimentosem
ativos específicostem
seus riscos ampliadosquando
adicionados os atributos comportamentais, pois, a racionalidade limitadanão
permite prever ex-ante os possíveis problemas, aliado ao pressuposto oportunismo e à incompletude dos contratos.Os
custos de transação surgirão a partir da necessidade de adaptação e quanto maior for o ativo específico,maior
serão os riscos e os custos de transação existentes e maiores serão as salvaguardas contratuais.Nesse
sentido:
Sob
a racionalidade limitada,nem
sempre há
condições de especificar ex- ante todos os termos e circunstâncias quepodem
afetar a execuçao dos contratos de transação; sob o oportunismo, os indivíduospodem
aproveitar-se de lacunasnão
previstasem
contrato.Antevendo
estes custos, os agentesbuscam
estruturas degovernança
apropriadaspara
transações desse tipo,como
a
integraçao nas organizaçoes, simetriade
exposiçao, salvaguardas etc..(NICOLAU,
1994, p. 48). _Outro ponto importante é a diferença existente entre a
ECT
e o conceito sunk costl, poisnem
todo custo irrecuperávelpode
serchamado
deum
ativo específico. Neste caso, investimentoem
capitalhumano
é considerado inegociável, portantoum
sunk cost.Mas,
o capitalhumano
pode
serempregado
em
várias transações, isto é:em
outras relações de emprego, logo, ele é a exceção deque
todo sunk cost é custo de transação. Outra diferençatambém
ocorre entre o conceito contábil de custos fixos e a especificidade de ativos.O
primeiro, considera ativos fixosum
terrenoou
uma
sala comercial.Mas,
estes imóveisnão
podem
ser considerados ativos específicos,em
virtudeda
existência da possibilidade deserem
utilizados para outros fins,
como
avenda ou
locação.A
chamada
quase-renda - teoriamarshalliana
-
nesse caso de acordocom
FARINA
(1997, p. 84) “(...) é a diferençaentre o retorno de
um
ativoempregado
em
uma
transação específica e seuretomo
em
outro
emprego
alternativo”.A
transferência deum
ativo específico terá seu resultadona
continuidade da transação. Esta condição-
continuidade de transferência -abre espaço para o objeto de barganha entre os agenteseconômicos
e o resultado decontinuas transferências de ativos aliados ao processo de barganha, faz
com
que a relação dos agentes crieuma
dependência bilateral.Nesse
sentido:O
fato de a existênciada
quase-rendadepender
da
continuidadeda
relação coloca as partes envolvidasem uma
posição particularmente estratégica nesse processo de barganha.Cada
uma
delasprocurará
se aproveitar dessa posição privilegiadapara
se apropriar de qualquerganho
incremental derivado deuma
adaptação
demaximização
conjuntade
lucros.(FARINA,
1997, p. 85).
A
partir dacompreensão
da especificidadedo
ativo, pode-se agora caracterizar os tipos de ativos específicos utilizados porWilliamson
(citado porFARINA,
1997), entre eles: 1) a especificidade locacional-
a localizaçãopróxima
às finnas similares implicaem
custos de instalação e reposição menores, consequentemente o retorno sobre o ativo específico será maior; 2) especificidadede
ativos fixos - são aquelesimóveis produzidos sob especificações
que
têm
um
valor reduzido junto ao mercado; 3) especificidade de ativoshumanos
- está associado àmudança
deuma
determinadaatividade e traz conseqüências
como
a diminuição da capacidade produtiva; 4) ativos dedicados - são aqueles investimentos realizados para suprir ademanda
deum
únicocliente; 5) especificidade da
marca
- refere-se principalmente às franquias, este ativonão
físicoenem
humano
representa amarca
da empresa; 6) especificidade temporal. -refere-se às negociações que
levam
em
consideração a variável tempo, principalmenteem
transaçoes de produtos perecíveis.Freqüência -
além da
especificidade de ativos, outro fatorextremamente
importantepara a escolha da estrutura de governança é a freqüência
com
que
as transações são realizadas.As
operações realizadas diretamenteno mercado
com
uma
única freqüênciaou
com
baixa freqüência,não
demandam
de estruturas de controle e demecanismos
de salvaguardas para a transação, pois os custos envolvidos nessas estruturas não serão diluídosem
poucasou
em uma
única transação.Em
contrapartida, a repetição deuma
transaçãoalém
de viabilizar a diluição dos custos, torna possível ganhos,como
absorçãodo
conhecimento referente aambas
as partes envolvida na transação, diminuindo a incerteza da transaçãoalém
de estreitar os laços de fidelidadepodendo
criar
um
ativo específico atravésda
marca.A
marca
de acordocom
FARINA
(1997)uma
marca
deboa
reputação é importanteno
processo de escolha.O
estabelecimentoda
freqüênciatem
um
papel importantena
prevenção de atitudes oportunistas.A
perspectiva de continuidadeda
transação aliada aos ganhos futuros e as puniçõesdiminuem
as possibilidades de atitudes oportunistas.Nesse
sentidoFARINA
(1997, p.90) argumenta que:
Quando
0 custoda ação
oportunista formaior que
os benefícios advindosde tal
comportamento
-
ou
seja, oganho
de curto prazo deuma
atitudeaética
-
aspromessas
contratuais tornam-se plenamente confiáveis,uma
vez
que não há
incentivosao rompimento do
contrato. Nesse casonão
énecessário
um
esforço especialno
sentido de governaruma
transação.O
compromisso
confiável é suficientepara
garantir ocomportamento
cooperativo das partes participantes
do
contrato.c) Incerteza
-
a insegurançacom
relação ao futuro, provocauma
distribuição de probabilidadesque
acarretamna
incerteza.A
mesma
também
está associada a escolha da estrutura de governança quedependendo do
tipo-
assuntodo próximo
item -pode
ser mais
ou
menos
vulnerável aos acontecimentos.A
incerteza é o resultadoda
assimetria de informações,
sem
elanão
haveria a necessidade de contratos e consequentemente .não haveria os custosde
transação(FARINA,
1997).As
V
salvaguardas contratuais seriam o resultado
da complexidade
da incertezaque
resultaria
em
contratos abrangentesque
visariam minimizar os riscos envolvidos.A
incerteza aliada à freqüência e a especificidade dos ativos são as características básicas na escolha da estrutura de governança e nesse sentido a buscana
redução dos custos de transação se dará atravésda
escolhada
estrutura.2.1.3.
Modelo
de relações intra-FirmaBaseado no
modelo
de Williamson,FARINA
(1997) apresentauma
estrutura básicaque
incorpora os diversosmodelos
e suas principais diferenças.Os
modelos agregam
os atributos comportamentais-
racionalidade limitada e oportunismo-
bem
como
as dimensões das transações - especificidade dos ativos, incerteza e freqüência.Além
deapresentar as principais características procurou-se
também
dar ênfase às suas diferenças.As
estruturaschamadas
demercado
e hierárquica - asegunda
integrada verticalmente - sãocombina
elementos da estrutura demercado
eda
estrutura hierárquica. Essas estruturastambém
chamadas
de arranjos organizacionaisforam
divididasem
dois conjuntos decustos:
Os
arranjos organizacionais são, assim, o resultado de dois conjuntosde
custos de transação: a) os custos de “usar
o
mercado
”-
os custos devido à especificidade de ativos e àproblema
demedida
de atributosdo produto
-
que
favorecem
a integraçao; b) os custosde medida de desempenho
perdas
de incentivo e custos burocráticos-
que favorecem
adescentralização e, portanto, o mercado.
É
dentro destequadro
analíticoque
se devecompreender
as principais estruturas degovernança das
transações:
governança
unificada,governança
mercado
egovernança
híbrida.
(NICOLAU,
1994, p. 57).1°)
Mercado -
a estrutura demercado
tende a sermais
eficienteque
a estrutura hierárquica, devido ao fato de aproveitar intensamente daseconomias
de escala, de escopo e de benefícios decorrentesda
agregação dedemandas
não-correlacionadas. (Williamson citadopor
FARINA,
1997).Com
relação ao processamento de informações, a estruturade
mercado
é eficienteem
virtudeda
descentralização edo
poder de decisão existente.Organização das atividades
econômicas
atravésdo
mercado
são constituídas de transaçõesque
podem
ser efetuadassem
a consulta prévia. E,quando há
ausência de ativosespecíficos, os
compradores
e vendedorespodem
estabelecer transaçõescom
novos
parceiros
sem
perdaseconômicas
(HIRATUKA,
1997).O
mercado
ainda apresenta faltade
controle sob as transações
que desencadeiam
em
contratos ineficientes e custos transacionais.2°) Hierarquia
ou
integração vertical-
essa estrutura apresenta altos níveis de ativos específicos e baixos custo demedida
controlado porum
agente central.A
finna é organizadacom uma
estrutura de autoridade interna,ou
seja, a existência de cargos e salários - acionistas, funcionários e gerentes - os ativos são altamente específicos, osmecanismos
de coordenação sãomais
cooperativos e perrnitemum
processo de negociaçãomais efetivo,
além
de proporcionar a resolução de conflitos contratuais, diminuindo o oportunismo atravésdo monitoramento
que quase elimina a existência de condutas inadequadas.A
integração vertical apresenta custos transacionaismenores que
a estruturade
mercado
em
virtude da freqüênciacom
que se repetem as açoes a partir das atividadesaltemativas de incentivos para premiar a conduta dos agentes,
coordenando
assim suas açoes.3°) Estruturas híbridas - essa estrutura
combina
osmecanismo
demercado
com
os dehierarquias.
As
partesda
transaçaomantêm
se autônomas,porém
contém
a existência de ativos específicos.Os
contratos, nas estruturas híbridas, sãomais
flexíveis e informais, eliminando a possibilidade de recorrer às autoridades.Possuem
elementos adaptativos coordenados paracontomar
futuros distúrbios.De
acordocom
ZYLBERSZTAJN
(1995)em
virtude dos desequilíbrios, as transaçoes viamercado nao
sao suficientesalém
de apresentarem custos de transação mais elevadosque
a estrutura hierárquica que,também,
não
seria suficiente por apresentar altos ativos específicos e custos burocráticos. Logo, as formas mistas seriam a quase-integraçaocom
contratos de participaçoesou
especiais.No
entanto, as partesou
agentesperdem
a auto-suficiência àmedida
em
que
aumentam
os investimentosem
ativos específicos.A
escolha para o tipo de estruturacaminha
para hierárquicaque
evitaria ocasionar a má-adaptação nas negociações, oque
tornaria a coordenação ineficiente.A
econornia dos custos de transação, através dosmodelos
de estruturas de governança, estabeleceum
trade-ofique
mantém
o processo de decisão organizacional e implicana
escolha deum
maior controle eum
menor
incentivo-
estrutura integrada verticalmente-
ou
em
um
maior incentivo que implicaria necessariamenteem
um
menor
controle
-
estrutura de mercado. Logo, a escolha representa a quantidade de ativos específicos envolvidos, incerteza e continuidade da transação.Para o estudo desse trabalho, será levado
em
consideração a estrutura degovemança
e osmecanismos
queinfluenciam
aempresa na
escolhado
usodo
mercado ou
na
busca deuma
estrutura vertical, levandoem
consideraçao os atributos comportamentais (oportunismo e racionalidade limitada), a incerteza, freqüência e os ativos específicos.2.2.
A
CADELA
DE VALORES
E
A
VANTAGEM
COMPETITIVA
A
vantagem
competitiva é o resultado de diversas atividades queuma
empresa
realiza.
O
produto dos diferentes setores resultana
redução dos custos ena
diferenciação.O
instrumentochamado
de cadeia de valor é o responsável pordesmembrar
todas as atividades e analisar ocomportamento
dos custos, as fontes existentes e os potenciais de diferenciação.A
vantagem
competitiva surge quando, ao executar as atividades estrategicamente importantes, aempresa
realiza deuma
forma melhor
com
menores
custosem
relação aos concorrentes. Outrafonna
de ampliar a cadeia de valor deuma
empresa
é atravésda
fusãocom
cotas de participação, licençasou
contrato de fornecimento.A
cadeia de valorpode
ser usadacomo
um
instrumento estratégico para analisar os custos relativos e o papeldo
escopo competitivo,bem
como,
compartilhar cadeias de valorescom
sócios amplia o escopo efetivona
busca davantagem
competitiva(PORTER,
1994).A
cadeia de valor deuma
empresa
écomposta
genericamente denove
atividades e subdivididasem
duas categoriasque demostram
a ligação existente _entre elas e entre atividades de seus fomecedores, canais ecompradores
demodo
que
este elo criado afeta avantagem
competitiva.As
atividades ligadas ao valor utilizam de maneira geral insumos,mão-de-obra, tecnologia e informação -
do mercado
dos clientes -além
de atividadesligadas ao
monitoramento
e controle que,no
finaldesempenham
o papel de criar ativos financeiros.A
cadeia de valor de empresasque
atuam no
mesmo
setorpode
ser diferenciadaem
alguns itens,em
virtude da estratégia adotada, da posição geográfica,do
foco, dos fornecedores e dos canais de distribuição.As
duas categorias estao divididasem
atividades primárias e atividades de apoio etem
como
objetivo criar valor aos compradoresde
produtos e serviços das empresas.Com
relaçao ao valor, ele
tem
que ser maiorque
o custo de produzir os serviços e produtos. Para análiseda
vantagem
competitiva, Porter (1994) levaem
consideração apenas o valor enão
os custos envolvidos.
As
atividades de apoio dividem-seem:
infra-estrutura, gerência de recursoshumanos,
desenvolvimento de tecnologia e aquisição; as atividades primárias são: logística interna, operações, logística externa, marketing&
vendas e serviço.A
margem
é considerada a diferença entre o valorpago
e custo coletivo de executar as açoesA
FiguraO2
p.19, pennite visualizar o conjunto de atividades que integram a cadeia de valores genérica proposta porPORTER
(1994).A
Figura
O2
-
Cadeia de Valores GenéricaATWIDADES
DE
APo1o
A
/
\
Infra
-
Estrutura daEmpresa
Gerência de Recursos'
Humanos
Margem
Desenvolvimento
de TecnologiaÍ
A
uisi ão lLogística Operações Logística
Marketing
ServiçoInterna Externa
&
Margem
Vendas
\
V
/
ATIVIDADES
PRHVIÁRIAS
Fonte: (PORTER, 1994, p. 34) ' 2.2.1.As
atividades primáriasAs
cinco categorias genéricas, figura 02, utilizadas porPORTER
(1994), referem- se as atividades ligadas a indústrias edependendo da
estratégia edo
setor,algumas
podem
ter maiorou
menor
importância.De
acordocom
PORTER
(1994), a logística interna: são atividades referentes ao controle e recebimento dos insumos,bem
como
aprogramação
dasfrotas; operações: são as atividades ligadas à transfomlação dos
insumos
em
produto final;marketing
&
vendas:têm
como
função oferecerum
meio
pela qualo
os produtospodem
ser induzidos a serem comprados; serviço: atividades associadas ao conserto e ao fornecimento de assistências paraaumentar ou
manter o valordo
produto.A
vantagem
competitiva depende de cada
uma
das atividades.O
foco deuma
rede de locadora de veículospode
ser às atividades vinculadas ao marketing&
vendas, logística internacom
oremanejamento
de veículos e operaçõesque
caracterizam a atividade principal envolvidacom
amanutenção
e qualidade dos produtos (veículos) ofertados.2.2.2.
As
atividades de apoioAs
atividades de apoioabrangem
a aquisição, desenvolvimento&
tecnologia, gerência de recursoshumanos
e infra-estrutura da empresa.De
acordocom
a figura02
às atividades de apoiotambém
são divididas genericamenteem
quatro estruturas quetambém
dependendo do
setortêm
características distintas.PORTER
(1994) refere-se a aquisição:como
uma
atividade responsável pelacompra
de insumos, máquinas, salas e outrosque
apesar de estarem atrelados às atividades primárias
fazem
parteda
atividadede
aquisiçãoque
também
demanda
tecnologia e infra-estrutura. _A
aquisição tendea
espalhar-se pelaempresa
inteira.Alguns
itenscomo
matérias-primas são adquiridos pelo departamento de
compra
tradicionais, enquanto outros itens são adquiridospor
gerentesde
fábricas (por exemplo, máquinas), gerentesde
escritório (por exemplo,mão-de-obra
temporária),(...).
A
dispersaoda funçao
de aquisiçao freqüentemente encobre amagnitude das
compras
totais, e significaque
muitas delasrecebem
pouco
escrutínio.
(PORTER,
1994, p. 38).Esta atividade
pode
ser divididaem
aquisiçao denovos fomecedores
e deinsumos
diferentes
que
podem
gerarum
impactona
qualidadedo
produto final.O
desenvolvimento de tecnologia está relacionado aoknow-how
dos processosque
condicionam
as várias atividadesno
desenvolvimentoou
em
aperfeiçoamento detecnologias, processos e produtos. Este processo
pode
ser de responsabilidade deum
departamento específicoou
pode
ser de responsabilidade deum
grupo especializadoem
P
&
D.O
desenvolvimento de tecnologia é vital para avantagem
competitiva.Seus
resultados
influenciam
toda a cadeia de valor.A
Gerência
de
recursoshumanos
-As
atividades de contratação, treinamento edesenvolvimento de pessoas fica de responsabilidade da gerência de recursos
humanos.
Esta atividade vincula tanto as atividades de apoio
como
as atividades primárias. Elatambém
é importante para avantagem
competitivaem
qualquer empresa, devido aimportância e o custos necessários para recrutamento e treinamento,
além da
escolha de pessoas qualificadas.A
infra estruturada empresa
está ligada ao planejamento e finanças,além
dos procedimento jurídicos,govemamentais
e de qualidade(PORTER,
1994). Este setortambém
fomece
apoio à toda cadeia de valor.2.2.2.1. Outras atividades
Dentro das atividades primárias e das atividades de apoio, existem outras atividades importantes
na
criação de valor quetambém
estão presentes nos diversos setoresde
uma
empresa. Atividades diretas são aquelas vinculadas
na
criação de valor parao comprador
do
produtoou
serviço. Elasvão
desde serviço demontagem
à elaboração de projetos.As
atividades indiretas são responsáveisem
fomecer
condições paraque
as atividades diretas realizem-se.A
garantia de qualidade é responsável pelo fornecimento de qualidade deuma
atividade à outra. Elatambém
acompanha
omonitoramento
e a inspeção das atividades. ParaPORTER
(1994) essas atividades afetam o custo e a importância de outras atividadese o
modo como
as outras atividades são executadas afetam a garantiada
qualidade.2.2.3. Elos existentes dentro das cadeias
Apesar
de estarem organizadosem
blocos distintos, as atividades de apoio e asatividades primárias relacionam-se através dos elos criados pelos trade-ojfs das atividades diárias e os seus resultados
influenciam
avantagem
competitiva.A
influência ocorre via otimização e coordenação.A
otimização entre os elos da cadeia deixa explícitouma
estratégia para alcançar avantagem
competitiva(PORTER,
1994); a coordenação das atividadespode
seruma
ferramentaque
evite o desperdício,diminua
o estoqueou melhore
a qualidade
do
tempo
de execuçãodo
produtoou
serviço.Na
Figura02
p. 19, as linhas tracejadas representam os eloscomuns
entres as atividades de apoio e as atividadesprimárias.
O
desenvolvimento e a exploração dos elosda
cadeia dependerão deum
sistema2
1 ~ ~ ~
de organização das informaçoes que viabi
izem
a atuaçaoda
otimizaçao e coordenaçao.2.2.3.1. Existência de elos verticais
São chamados
de elos verticais as cadeias existentes entre as empresas e seusfornecedores canais
ou
subsidiárias.A
execução desse elo vertical implicano desempenho
das atividades internas
da
cadeia de valor.A
relação existente entre a cadeia dosfomecedores
pode
influenciarno
produto da empresa,no
estoque ena
própriaembalagem,
permitindo
uma
redução dos custosou
um
sistemamais
ágilque melhore
a rotatividadedo
estoque, coordenando e otimizando as atividades diárias
da
empresa.Os
benefícios desses elospodem
acarretarem
ganhos
paraambas
as empresas integrantes.Os
elos de canais diferemem
alguns itens das cadeias de fornecedor, pelo fato de executarem algumasda
atividades
como:
publicidade e vendas.Da
mesma
forma que
as cadeias de fomecedor, os elos de canais de distribuiçãotambém podem
trazer benefícios paraambas
as partes.A
dificuldade de manteruma
relaçãopode
diminuir a otimização e a coordenação,segundo
PORTER
(1994, p. 47),“Às
vezes é mais fácil obter elos verticaiscom
sócios de aliançasou
unidades empresariais inriãsdo que
com
empresas independentes,embora
nem
mesmo
isso possa ser assegurado”.
A
necessidade deum
sistema de informação para a obtenção de vantagens ocorreem
ambos
os elos verticais.2.2.3.2. Cadeia de valores
do
comprador
A
cadeia de valoresdo comprador pode
ser sintetizada a partir dealgumas
atividades genéricas realizadas pelas famílias,
não
necessitando a elaboração para cadauma
(PORTER,
1994).A
elaboração baseia-seno
modo
com
que
o produtoou
serviço sãoutilizados pelas famílias e a
forma
de agregar valor nesta cadeiaadvém
do
contato estreito realizado por algumas atividades-
setores-
da empresa,como
por ex.: assistência técnica, atendendo pedidos e solucionando os possíveis problemas, visando criar valorno
produtoou
serviço vendido.Nesse
sentidoPORTER
(1994, p. 48), afirma:“O
valor é criadoquando
uma
empresa
criavantagem
competitiva para seucomprador
-
reduz o custo de seupermite para a
empresa
uma
diferenciação que refleteem
um
valorque
resultaráem
uma
vantagem
competitiva.2.2.4. Tipos de escopo competitivo
Economia
de escopo é o aproveitamento de estruturas de marketing, demáquinas
e de equipamentos utilizadasna
produção de produtos similaresou
não.As
vantagensaparecem quando
uma
únicaempresa
consegue compartilhar a produção de doisou mais
serviços e produtos utilizando basicamente os
mesmo
insumos, mão-de-obra, sendo a produçao, organizada poruma
única administraçao. ParaPINDYCK
&
RUBINFELD
(1994, p. 287) ”(...) aseconomias
de escopo encontram-se presentesquando
aprodução
conjunta de
uma
únicaempresa
émaior do que
asproduções
obtidaspor duas empresas
diferentes,
cada
uma
produzindoum
único produto”.As
vantagensda
economia
deescopo
podem
ser determinadas pelos custos envolvidos pelaempresa na produção
dos produtosou
serviços.A
diferença entre os custos de produzi-losem
duas empresasem
vez deuma,
resultaria
no
grau daseconomias
de escopo.O
escopo competitivotem
forte influência sobre avantagem
competitiva, pois permiteuma
configuração da cadeia de valor viabilizandoo
ajusteda
cadeiaem
prol à otimização e coordenaçãodo
produto,segmento
e suas possíveis inter-relações geográficas.O
escopo competitivopode
seramplo
-
concentra-se navenda
de duas unidades empresariais poruma
só força devenda
-
ou
escopo estreitoque
concentra-seem
apenasum
segmento
particularou
apenasuma
região geográfica.O
escopo. competitivo divide-seem
quatro tipos e todos elesinfluenciam
a cadeia de valores, entre eles:Escopo
de segmento: são os diferentes tipos de produtos para diferentes tipos de clientes. Esta diferença permite à cadeia de valores a escolha
da
estratégia adequada; escopo vertical: a integração vertical permite que aempresa
em
vez de realizar certas atividades, compartilhecom uma
outraempresa
através dos elos entre as cadeias.Para
PORTER
(1994, p.5l)“A
exploração dos elos verticaisnão
exige integraçãovertical,
mas
a integraçãopode
às vezes permitirque
os benefícios dos elos verticais sejamobtidos
com
mais facilidade”; escopo geográfico:uma
empresa
pode
obtervantagem
competitiva coordenando e compartilhando o desenvolvimento de tecnologia, infra- estrutura e mão-de-obra, diminuindo os custos relativos da fabricação dos produtos
em
cada país
ou
região que ela atue; escopoda
indústria: ocorrequando
duasou mais
indústrias
do
mesmo
setor,ou
de setores diferentes juntam-se para desenvolveruma
nova
tecnologia
ou
compartilharum
sistema logísticoque permitam além
deuma
vantagem
competitiva
uma
economia
de escala.2.2.5.
A
estrutura organizacionalA
influência da cadeia de valoresna
estrutura organizacional deuma
empresa pode
pennitir a coordenação e otimização dos recursos,
mas
também
pode
reorganizá-la apósum
diagnóstico e toma-la competitiva.A
cadeia permite deforma
sintética a distinção dos setores deuma
empresa,como
eles estão organizados ecomo
poderiam
sermelhor
utilizados.As
infonnações coletadasna
cadeiaproporcionam
a coordenação das unidades organizacionais que trazemcomo
benefício os elos entre os setores e os elos verticais entre asempresas. ParaPORTER
(1994, p.55),“Nonnalmente
existem muitos elos dentroda
cadeia de valores, e a estrutura organizacional