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Associação entre o índice de massa corporal, a atividade física e aptidão física em crianças dos 6 aos 9 anos do agrupamento das escolas Oliveira Júnior São João da Madeira

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Academic year: 2021

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(1)ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, A ATIVIDADE FÍSICA E A APTIDÃO FÍSICA EM CRIANÇAS DOS 6 AOS 9 ANOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OLIVEIRA JÚNIOR SÃO JOÃO DA MADEIRA. José Ricardo de Castro Morgado 2011.

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(3) ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, A ATIVIDADE FÍSICA E A APTIDÃO FÍSICA EM CRIANÇAS DOS 6 AOS 9 ANOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OLIVEIRA JÚNIOR SÃO JOÃO DA MADEIRA. Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestre em Desporto para (Decreto. Lei. Crianças e n.º. 216/92,. Jovens 13. de. Outubro), sob orientação do Professor Doutor André Seabra. José Ricardo de Castro Morgado Porto, outubro de 2011.

(4) FICHA DE CATALOGAÇÃO. Morgado, J.R.C. (2011). ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, A ATIVIDADE FÍSICA E A APTIDÃO FÍSICA EM CRIANÇAS DOS. 6 AOS 9 ANOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS. OLIVEIRA JÚNIOR SÃO JOÃO DA MADEIRA. Porto: Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Palavras-Chave: OBESIDADE, EXCESSO DE PESO, ATIVIDADE FÍSICA, APTIDÃO FÍSICA, CRIANÇAS..

(5) DEDICATÓRIA. À minha mulher Paula e às minhas filhas Marta e Rita. Há etapas da nossa vida que não conseguimos ultrapassar sozinhos, há conquistas que não influenciam só a nossa vida mas também as de todos os que nos rodeiam …. i.

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(7) Agradecimentos. AGRADECIMENTOS Agradeço à Paula, Marta e Rita Morgado pelo apoio incondicional que me deram ao longo destes meses…o vosso sorriso, carinho, incentivo e amor foi o alento necessário para concluir este projeto. Ao Professor Doutor André Seabra, meu orientador, agradeço profundamente toda a disponibilidade, conhecimento, colaboração e incentivo que sempre e incondicionalmente me concedeu. Ao Professor Doutor e amigo José Magalhães pela colaboração prestada e que, desde o primeiro momento, se mostrou disponível para me apoiar. Aos colegas, amigos e todos aqueles que se juntaram a mim para me auxiliarem na concretização deste projeto que tanto ambicionava.. O meu muito obrigado.. iii.

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(9) Índice Geral. ÍNDICE GERAL Dedicatória.…………………………………………..…………………………..... i Agradecimentos…………………………………………………………............... iii Índice Geral………………………………………………………………………… 1 Índice de Quadros ……………………………………………………………....... 2 Índice de Figuras………………………………………………………………...... 3 Resumo…………………………………………………………………................ 5 Abstract……………………………………………………………….................... 7 Lista de Abreviaturas e Símbolos…………………………………………......... 9 Capítulo 1 Introdução Geral e Estrutura da Dissertação ------------------ 11 Introdução Geral -------------------------------------------------------------. 13. Estrutura da Dissertação ---------------------------------------------------. 15. Referências Bibliográficas -------------------------------------------------. 17. Capítulo 2 Associação entre o índice de massa corporal, atividade física e aptidão física, em crianças dos 6 aos 9 anos de idade. Um resumo do estado atual do conhecimento em Portugal. ------------------------------------------------------------------ 21 Capítulo 3 Associação entre o índice de massa corporal, a atividade física e a aptidão física em crianças entre os 6 e os 9 anos de idade, do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, São João da Madeira --------------------------. 45. Capítulo 4 Síntese Final e Conclusões Gerais ------------------------------. 71. 1.

(10) Índice de Quadros. ÍNDICE DE QUADROS Capítulo 1 Quadro 1 - Estrutura da dissertação e seus principais objetivos ----------------. 16. Capítulo 2 Quadro 1 - Relação de estudos revistos por ordem cronológica, associação entre atividade física, aptidão física e prevalência de excesso de peso e obesidade -------------------------------------------------------------------------------------. 31. Capítulo 3 Quadro 1 Caraterísticas dos participantes no estudo - --------------------------. 56. Quadro 2 - Principais determinantes do IMC das crianças - resultados do modelo de regressão múltipla ----------------------------------------------------------. 2. 57.

(11) Índice de Figuras. ÍNDICE DE FIGURAS Capítulo 3 Figura 1 - Comportamento do IMC em função dos níveis de AFMV ---------. 58. Figura 2 - Comportamento do IMC em função da corrida vaivém ------------. 58. 3.

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(13) Resumo. RESUMO Estilos de vida caraterizados pelo incremento do sedentarismo e diminuição dos níveis de atividade física (AF) de moderada a vigorosa intensidade, têm contribuído para um incremento na prevalência de excesso de peso e de obesidade em crianças. A AF é uma das estratégias capaz de contrariar tais tendências e a aptidão física associada à saúde (AptFS), por seu lado, tem sido indicada como um marcador indireto do estado de saúde e bem-estar. A relação entre o índice de massa corporal (IMC), a AF, e a AptFS em crianças carece ainda de algum esclarecimento. Face a este enquadramento foram definidos os seguintes objetivos para o presente estudo: (1) estimar a prevalência de excesso de peso e obesidade, níveis de AF e AptFS das crianças do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior (AEOJ) com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos em função do sexo; (2) determinar a associação entre o IMC, a idade, o sexo, o estatuto socioeconómico (ESE) e os níveis de AF e AptFS. A amostra foi constituída por 126 crianças (70 meninas e 56 meninos) do AEOJ, em São João da Madeira. O peso, a altura e o IMC foram determinados através de protocolos internacionalmente definidos. As diferentes categorias do IMC foram obtidas através dos pontos de corte definidos por Cole et al. (2000). A avaliação da AF foi realizada através de um acelerómetro Actigraph Gt1M. Para a avaliação da AptFS foi utilizada a bateria de testes Fitnessgram. O ESE foi estimado a partir do acesso aos escalões atribuídos pela Ação Social Escolar (ASE). Para análise da informação recolhida foi utilizado o teste t de medidas independentes, qui-quadrado e regressão múltipla. Os principais resultados mostraram: (1) que a prevalência de excesso de peso e obesidade foi de 22,9% e 14,3% nas meninas e 14,3% e 7,1% nos meninos, respetivamente; (2) um incremento do IMC com o avançar da idade; (3) que todas as crianças cumprem os 60 minutos diários de AF de moderada a vigorosa intensidade; (4) que crianças com menor performance na corrida de vaivém apresentam maiores índices de IMC (5) que os valores de AF estão negativamente associados ao IMC; (6) que não se verificou uma associação significativa do IMC com as variáveis sexo, ESE,. 5.

(14) Resumo. prova de abdominais e de extensão de braços. Face a este quadro de resultados é possível concluir que as crianças do AEOJ são fisicamente ativas e apresentam boas performances na corrida de vaivém, contudo, crianças com baixos níveis de AF e menor performance na corrida de vaivém tendem a evidenciar valores mais elevados de IMC. Também a idade parece influenciar os valores do IMC, verificando-se valores maiores nas crianças mais velhas. Programas de AF de moderada a vigorosa intensidade devem ser promovidos e implementados, desde as idades mais baixas.. Palavras-Chave: CRIANÇAS, INDÍCE DE MASSA CORPORAL, OBESIDADE, EXCESSO PESO, ATIVIDADE FÍSICA, APTIDÃO FÍSICA.. 6.

(15) Abstract. ABSTRACT Increasing sedentary lifestyles and the decrease of physical activity (PA), from moderate to vigorous intensity, have led to an increase of overweight and obesity in children. PA is one of the strategies able to counteract these tendencies and physical fitness, on the other hand, has been referred to as an indirect marker of health condition and well-being. The relationship between body mass index (BMI), PA, and physical fitness in children still needs some explanation. Considering these factors, we defined the following objectives for this study (1) determine the prevalence of overweight and obesity, PA and physical fitness levels in some children from Agrupamento de Escolas Oliveira Junior, aged between 6 and 9 years; taking into consideration their gender (2) determine the association between BMI, age, sex, socioeconomic status (SES) and the levels of PA and physical fitness. The sample covered 126 children aged between 6 and 9 years (70 girls and 56 boys) from Agrupamento de Escolas Oliveira Junior, in São João da Madeira. Weight, height and BMI were determined using internationally defined protocols. The different categories of BMI were obtained from the cutoff points defined by Cole et al. (2000).). PA evaluation was measured using the accelerometer ACTIGRAPH. GT1M. For the evaluation of physical fitness we used the Fitnessgram tests. SES was estimated using the levels assigned by the School Social Action (SSA). To analyze the collected data we used the independent measure t test, the chi-square and the multiple regression. The main results showed (1) that the prevalence of overweight and obesity was 22.9% and 14.3% in girls, and 14.3% and 7.1% in boys, respectively, (2) an increase of BMI with the advancing age, (3) that all children follow the 60 minute daily PA, from moderate to vigorous intensity (4) that children with lower performance in shuttle run have higher values of BMI, (5) that the values of PA are negatively associated with BMI, (6) that there was not a significant association between BMI and gender, SES, abdominal tests and arm extension. According to these results one can conclude that the children from AEOJ are physically active and have good performances in shuttle run, however, children. 7.

(16) Abstract. with low levels of PA and lower performance in the shuttle run tend to show higher values of BMI. Age seems to influence the values of BMI since older children have higher values. PA programs, from moderate to vigorous intensity, should. be. promoted. and. implemented. from. an. early. age.. Keywords: CHILDREN, BODY MASS INDEX, OBESITY, OVERWEIGHT, PHYSICAL ACTIVITY, PHYSICAL FITNESS.. 8.

(17) Lista de Abreviaturas e Símbolos. LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS AEOJ AF AFL AFM AFMV AFV AptFS ASE β CEB CI EF ESE IAS IMC m MVPA OB OMS p PA Kg SD SE SES SM SP SPSS SSA TV % < ♀ ♂. agrupamento de escolas oliveira júnior atividade física atividade física ligeira atividade fisica moderada atividade fisica moderada a vigorosa atividade física vigorosa aptidão física associada à saúde ação social escolar coeficiente de regressão ciclo do ensino básico intervalo de confiança educação física estatuto ducaçãosocioeconómico física Indexantes dos Apoios Sociais índice de massa corporal metro moderate and vigorous physical activity obesidade organização Mundial da Saúde valor de prova physical activity kilograma standard deviation standard error socioeconomic status síndrome metabólica excesso de peso statistical package for the social sciences social school action televisão percentagem menor que indivíduos do sexo feminino indivíduos do sexo masculino. 9.

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(19) Capítulo 1. Introdução Geral e Estrutura da Dissertação.

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(21) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. INTRODUÇÃO GERAL A sociedade moderna tem sofrido grandes alterações no estilo de vida por força do desenvolvimento económico, social, cultural, próprio de países industrializados, proporcionando à sua população uma melhor qualidade de vida. Contudo esta melhoria é acompanhada por estilos de vida cada vez mais sedentários, diminuição da prática de atividade física (AF), aumento do tempo de visualização de TV, uso de computador (Alter & Eny, 2005; Boreham & Riddoch, 2001) e por hábitos alimentares pouco saudáveis (consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras e açucares, característicos das refeições rápidas e industrializadas). Tais comportamentos e formas de estar têm contribuído para um incremento do excesso de peso e obesidade na população em geral. Na Europa, uma em cada cinco crianças evidencia excesso de peso e/ou obesidade (WHO, 2006) e em Portugal o valor aproximado é de uma para cada três crianças (Padez, Fernandes, Mourão, Moreira, & Rosado, 2004). Na população infantil, Portugal é o 2º país europeu com valores mais elevados de excesso de peso / obesidade (31,5%), ficando atrás da Itália (36%) e seguido da Grécia (31%) e Espanha (30%) (Padez, Fernandes, Mourão, Moreira, & Rosado, 2004), Holanda, França e Suécia (Carmo et al., 2008). A obesidade infantil está associada a doenças cronico degenerativas de que se destacam as cardiovasculares, as metabólicas, psicológicas e alguns tipos de cancro (Bronikowski, Maciaszek, & Szczepanowska, 2005; WHO, 2009). Para além disso, a obesidade adquirida na infância poderá persistir durante a vida adulta com os consequentes riscos para a saúde (Baker, Olsen, & Sørensen, 2007; Boreham & Riddoch, 2001; Bronikowski, Maciaszek, & Szczepanowska, 2005; Padez, Fernandes, Mourão, Moreira, & Rosado, 2004),. A AF, genericamente definida como qualquer movimento produzido pela musculatura esquelética que resulte num aumento substancial do dispêndio energético para além do metabolismo basal (Caspersen, 1985), é uma das estratégias capaz de inverter estas tendências. São inúmeros os benefícios para a saúde, decorrentes de uma participação regular em AF de moderada a vigorosa intensidade (AFMV), nomeadamente a melhoria direta da saúde na infância, a melhoria do estado de saúde aquando adulto e a maior. 13.

(22) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. probabilidade de manter uma atividade física adequada na vida adulta (Aires et al., 2010; Batch, 2005; Boreham & Riddoch, 2001; Malina, 2004; Strong et al., 2005).. No. entanto,. para. que. tais. benefícios. sejam. alcançados. é. internacionalmente recomendada uma prática de AFMV de pelo menos, 60 minutos diários (Strong et al., 2005). Num estudo envolvendo 34 países, Janssen (2005) encontrou, em 29 dos 34 países, uma relação negativa, e estatisticamente significativa, entre a atividade física e o IMC, de tal forma que crianças com menores níveis de AF tinham mais chances de ter excesso de peso (Janssen et al., 2005). Também (Pereira, 2008) em crianças portuguesas encontrou um efeito protetor da AFMV para a obesidade. Deste modo, tem sido sugerido que níveis elevados de atividade física praticados desde cedo na infância, associados a um controlo alimentar, possam desempenhar um papel decisivo na prevenção da obesidade (Eisenmann, 2007; Janz, Dawson, & Mahoney, 2000) e possam contribuir para hábitos de prática regular de atividade física na fase adulta, edificando um estilo de vida ativo e saudável. Um outro importante marcador de saúde e forte preditor da morbilidade e mortalidade resultante de doenças cardiovasculares é a aptidão física associada à saúde (AptFS) (Ortega, Ruiz, Castillo, & Sjostrom, 2007). A AptFS pode ser entendida como a capacidade de realizar trabalho sem apresentar sinais evidentes de fadiga (Caspersen, 1985). Diversos estudos referem a existência de uma relação positiva entre a AF e a AptFS, sendo que quanto maiores forem os valores de AF, maiores serão igualmente os níveis de AptFS (Maia, 2009; Martins, 2009; Pereira, 2008). Já no que diz respeito à associação entre a prevalência de excesso de peso e obesidade e a AptFS esta é negativa, significando que quanto maior forem os níveis de AptFS menores serão as prevalências de excesso de peso e obesidade (Chen, Fox, Haase, & Wang, 2006; Huang, 2007; Kim et al., 2005; Mojica, 2008). De igual forma, em Portugal os estudos realizados parecem igualmente mostrar que quanto mais elevada é a prevalência de excesso de peso e obesidade, maiores são as taxas de insucesso nas provas de AptFS (Maia, 2009; Pereira, 2008; Santos, 2009).. 14.

(23) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. Face ao quadro de resultados exposto, é de todo urgente desenvolver estratégias de intervenção que revertam os números apresentados, em especial na população infantil (Aires, 2004; Dwyer et al., 2009; Maia, 2009), uma vez que a obesidade adquirida na infância poderá persistir durante a vida adulta com os consequentes riscos para a saúde (Baker, Olsen, & Sørensen, 2007; Boreham & Riddoch, 2001; Bronikowski, Maciaszek, & Szczepanowska, 2005; Padez, Fernandes, Mourão, Moreira, & Rosado, 2004). A grande maioria dos trabalhos realizados nesta área temática têm centrado o seu foco na adolescência e têm utilizado questionários como instrumento para avaliar a AF. A utilização deste instrumento, apesar de fortemente utilizado em pesquisas epidemiológicas realizadas em amostras de grande dimensão, apresenta no entanto alguns problemas quando utilizados em crianças de menor idade. De acordo com Magnus et al. (2006) os questionários quando utilizados em crianças tendem geralmente a sobrevalorizar a AF de vigorosa intensidade a subvalorizar a AF de moderada intensidade provocando por isso alguma imprecisão nas suas estimativas (Dencker et al., 2006). Como forma de dar resposta a estas limitações o presente estudo centrar-se-á em crianças com idade cronológica compreendida entre os 6 e os 9 anos e utilizará um detetor mecânico e eletrónico de movimento (acelerómetro) para avaliar os níveis de AF dessas crianças. Assim sendo, esta dissertação terá os seguintes propósitos: (1) estimar a prevalência de excesso de peso e obesidade, níveis de AF e AptFS das crianças do AEOJ São João da Madeira com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos; (2) determinar a associação entre o IMC, e os níveis de AF e AptFS dessas crianças. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO Esta dissertação foi elaborada de acordo com o “Modelo Escandinavo” e é constituída por 4 capítulos (quadro 1). O capítulo 2 apresenta uma revisão dos estudos disponíveis em Portugal sobre a relação entre o IMC a AF, e a AptFS em crianças entre os 6 e 10 anos de idade e o capítulo 3 compreende o artigo que foi redigido com o propósito de submeter posteriormente a publicação. As referências bibliográficas são apresentadas no final de cada capítulo e as. 15.

(24) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. figuras e tabelas são numeradas de forma sequencial em cada um desses capítulos. Quadro 1: Estrutura da dissertação e seus principais objetivos Introdução Geral e Estrutura da Dissertação Capítulo 1. Apresentar a introdução geral, pertinência e os objetivos do estudo Associação entre o índice de massa corporal, atividade física e aptidão física, em crianças dos 6 aos 9 anos de idade. Um resumo do estado atual do conhecimento em Portugal. Capítulo 2 Apresentar uma revisão dos estudos disponíveis em Portugal sobre a relação entre o índice de massa corporal, a AF, e a AptFS em crianças entre os 6 e 10 anos de idade.. Associação entre o índice de massa corporal, a atividade física e a aptidão física em crianças entre os 6 e 9 anos de idade, do. Capítulo 3. Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior São João da Madeira Analisar a prevalência de excesso de peso e obesidade e a associação do IMC, a idade, o sexo, o ESE e os níveis de AF e AptFS, em crianças dos 6 aos 9 anos de idade, do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior.. Síntese final e conclusões gerais Capítulo 4 Apresentar a síntese final e as conclusões gerais da dissertação. 16.

(25) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aires, L., Andersen, L. B., Mendonça, D., Martins, C., Silva, G., & Mota, J. (2010). A 3-year longitudinal analysis of changes in fitness, physical activity, fatness and screen time. Acta Pædiatrica, 99(1), 140-144. Aires, L. M. S. M. C. (2004). Níveis de Actividade Física Habitual em Crianças e Adolescentes com Excesso de Peso e Obesidade Sujeitos a um Programa de Exercícios Porto: Universidade do Porto. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto. Alter, D. A., & Eny, K. (2005). The relationship the supply of fast-food chains and cardiovascular outcomes. Canadian Journal Of Public Health-Revue Canadienne De Sante Publique, 173-177. Baker, J. L., Olsen, L. W., & Sørensen, T. I. A. (2007). Childhood Body-Mass Index and the Risk of Coronary Heart Disease in Adulthood. New England Journal of Medicine, 357(23), 2329-2337. Batch, J. A. (2005). Benefits of physical activity in obese adolescents and children. Internal Medicine Journal, 35(8), 446-446. Boreham, C., & Riddoch, C. (2001). The physical activity, fitness and health of children. J Sports Sci, 19(12), 915-929. Bronikowski, M., Maciaszek, J., & Szczepanowska, E. (2005). Lab or Gym? Dilemma on choosing a research battlefield in fighting against obesity in youth. Papers on Anthropology XIV, 29-41 Carmo, I., Dos Santos, O., Camolas, J., Vieira, J., Carreira, M., Medina, L., et al. (2008). Overweight and obesity in Portugal: national prevalence in 2003–2005. Obesity Reviews, 9(1), 11-19. Caspersen, C. J., K E Powell, and G M Christenson. (1985). Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for healthrelated research. Public Health Rep, 100(2), 126-131. Chen, L. J., Fox, K. R., Haase, A., & Wang, J. M. (2006). Obesity, fitness and health in Taiwanese children and adolescents. Eur J Clin Nutr, 60(12), 1367-1375. Dencker, M., Thorsson, O., Karlsson, M., Lindén, C., Svensson, J., Wollmer, P., et al. (2006). Daily physical activity and its relation to aerobic fitness in. 17.

(26) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. children aged 8–11 years. European Journal of Applied Physiology, 96(5), 587-592. Dwyer, T., Magnussen, C. G., Schmidt, M. D., Ukoumunne, O. C., Ponsonby, A.-L., Raitakari, O. T., et al. (2009). Decline in Physical Fitness From Childhood to Adulthood Associated With Increased Obesity and Insulin Resistance in Adults. Diabetes Care, 32(4), 683-687. Eisenmann, J. C. (2007). Aerobic fitness, fatness and the metabolic syndrome in children and adolescents. Acta Pædiatrica, 96(12), 1723-1729. Huang, Y.-C. M., Robert M. (2007). BMI and Health-Related Physical Fitness in Taiwanese Youth 9-18 Years. Medicine & Science in Sports & Exercise, olume 39(4)(Volume 39(4), April 2007, pp 701-708Volume 39(4), April 2007, pp 701-708), pp 701-708. Janssen, I., Katzmarzyk, P. T., Boyce, W. F., Vereecken, C., Mulvihill, C., Roberts, C., et al. (2005). Comparison of overweight and obesity prevalence. in. school-aged. youth. from. 34. countries. and. their. relationships with physical activity and dietary patterns. Obesity Reviews, 6(2), 123-132. Janz, K. F., Dawson, J. D., & Mahoney, L. T. (2000). Tracking physical fitness and physical activity from childhood to adolescence: the Muscatine study. Medicine & Science in Sports & Exercise, 32(7), 1250-1257. Kim, J., Must, A., Fitzmaurice, G. M., Gillman, M. W., Chomitz, V., Kramer, E., et al. (2005). Relationship of Physical Fitness to Prevalence and Incidence of Overweight among Schoolchildren. Obesity, 13(7), 12461254. Maia, J., André Seabra, Rui Garganta. (2009). Vouzela ativo, um olhar sobre o crescimento, o desenvolvimento e a saúde de crianças, jovens e familias do concelho de Vouzela. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Malina, R. B., C; Bar-Or, O (2004). Growth, maturation and physical activity (2nd Ed. ed.): United States, Human Kinetics.. 18.

(27) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. Martins, D. F. d. S. (2009). Alterações do IMC, Actividade física e Aptidão física em crianças de 6 anos com efeitos aos 10 anos. Porto: Universidade do Porto. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto. Mojica, T. G., Gutierrez Poveda, Javier, Ibanez Pinilla, Milciades et al. (2008). Sobrepeso, inactividad física y baja condición física en un colegio de Bogotá, Colombia. ALAN, 58, n.º 3, 265-273. Ortega, F. B., Ruiz, J. R., Castillo, M. J., & Sjostrom, M. (2007). Physical fitness in childhood and adolescence: a powerful marker of health. Int J Obes, 32(1), 1-11. Padez, C., Fernandes, T., Mourão, I., Moreira, P., & Rosado, V. (2004). Prevalence of overweight and obesity in 7–9-year-old Portuguese children: Trends in body mass index from 1970–2002. American Journal of Human Biology, 16(6), 670-678. Pereira, S. M. R. d. A. (2008). Sobrepeso, Obesidade, Níveis de Atividade e Aptidão Física em Crianças dos 6 aos 10 anos da Região Autónoma dos Açores. Porto: Universidade do Porto. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto. Santos, D. M. d. V. e. (2009). Sobrepeso, Obesidade, Níveis de Actividade e Aptidão Física em crianças dos 6 aos 10 anos do concelho de Albergaria-a-Velha. Porto: Universidade do Porto. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto. Strong, W. B., Malina, R. M., Blimkie, C. J. R., Daniels, S. R., Dishman, R. K., Gutin, B., et al. (2005). Evidence Based Physical Activity for School-age Youth. The Journal of Pediatrics, 146(6), 732-737. WHO. (2006). European Charter on counteracting obesity. WHO. (2009). The European health report 2009 : health and health systems.. 19.

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(29) Capítulo 2. Associação entre o índice de massa corporal, atividade física e aptidão física, em crianças dos 6 aos 9 anos de idade. Um resumo do estado atual do conhecimento em Portugal.

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(31) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. RESUMO Objetivos: Apresentar os principais resultados dos estudos realizados em Portugal que caracterizam o IMC em crianças entre os 6 e os 9 anos de idade e a sua relação com a atividade física (AF) e aptidão física relacionada com a saúde (AptFS). Métodos: Efetuou-se uma busca na base de dados EBSCO, Scobus, Pubmed, Catálogo da Faculdade de Desporto e Google Académico para selecionar artigos/estudos que investigaram a relação entre o IMC e AF, e/ou AptFS em crianças Portuguesas com idades entre os 6 e 9 anos. Apenas foram considerados estudos publicados entre o ano de 2000 e 2010. Resultados: Foram localizados 8 estudos que atenderam aos critérios adotados. As crianças portuguesas apresentam valores de prevalência de excesso de peso e obesidade que se situam entre (11% e 31,6% nas meninas e 14% e 24,5% nos meninos) e (1,9% e 13,9% nas meninas e 2,6% e 12,7% nos meninos) respetivamente. Os meninos são significativamente mais ativos que as meninas. Crianças mais ativas apresentam menores valores de IMC. Foi evidente a existência de uma associação negativa entre o IMC e a AF, o IMC e a AptFS, e positiva entre a AptFS e a AF. Verificaram-se, ainda, baixos níveis de AptFS e AF. Conclusão: Os resultados sugerem que crianças portuguesas apresentam elevada prevalência de excesso de peso e obesidade e crianças com baixos níveis de AF e baixos índices de AptFS tendem a evidenciar valores mais elevados de IMC. Tais evidências indiciam a necessidade de promover programas de intervenção de AF como estratégia para prevenção e combate aos elevados níveis de IMC. Palavras-chave: ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, OBESIDADE, EXCESSO DE PESO, ATIVIDADE FÍSICA, APTIDÃO FÍSICA, CRIANÇAS.. 23.

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(33) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. ABSTRACT Objectives: Present the main results of studies conducted in Portugal featuring the body mass index (BMI) in children between 6 and 9 years old and its relation to physical activity (PA) and to health-related physical fitness. Methods: We conducted a search in the EBSCO database, Scobus, Pubmed, a Sports Faculty Catalogue and Google Scholar to select articles/studies that investigated the relationship between BMI and PA, and/or physical fitness in Portuguese children aged between 6 and 9 years. We only considered the articles/studies published between 2000 and 2010. Results: We found 8 studies that met the adopted criteria. Portuguese children show prevalence rates of overweight and obesity that are between 11% and 31.6% in girls and 14% and 24.5% in boys and 1.9% and 13.9% in girls and 2.6% and 12.7% in boys respectively. Boys are significantly more active than girls. More active children have lower values of BMI. It was evident that there is a negative association between BMI and PA, BMI and H-rPF, and a positive one between H-rPF and PA. We still noticed low levels of H-rPF and PA. Conclusion: The results suggest that Portuguese children have high prevalence of overweight and obesity, and children with low levels of PA and low levels of physical fitness tend to show higher values of BMI. Such findings indicate the need to promote PA intervention programs as a strategy to prevent and combat the high levels of BMI. Keywords: BODY MASS INDEX, OBESITY, OVERWEIGHT, PHYSICAL ACTIVITY, PHYSICAL FITNESS, CHILDREN. 25.

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(35) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. INTRODUÇÃO O desenvolvimento dos países industrializados e socioeconomicamente desenvolvidos tem proporcionado à sua população uma melhor qualidade de vida. Contudo esta qualidade de vida é acompanhada por estilos de vida cada vez mais sedentários (diminuição da atividade física, aumento do tempo de visualização de TV, uso de computador e outros (Alter & Eny, 2005; Boreham & Riddoch, 2001; Danner, 2008) e por hábitos alimentares de consumo de alimentos ricos em gorduras e açucares, característicos das refeições rápidas e industrializadas. Tais comportamentos têm contribuído para um aumento do excesso de peso e da obesidade infantil, nas duas últimas décadas, nos países desenvolvidos e, em certa medida, noutras partes do mundo (Ogden, Flegal, Carroll, & Johnson, 2002) (Rollland-Cachera MF & al, 2002). O aumento do excesso de peso e de obesidade em crianças está associado a problemas de saúde física, nomeadamente, intolerância à glicose (Sinha et al., 2002), diabetes (Hu et al., 2001), hipertensão e uma ampla variedade de condições patológicas. menos. comum. (Skilton. &. Celermajer,. 2006),. doenças. cardiovasculares (Nguyen & El-Serag, 2009), entre outras. A falência do sistema circulatório encontra-se entre as maiores causas de mortalidade em todo o mundo (WHO, 2008) e em Portugal, é considerado a causa predominante (INE, 2010). Há evidências que sustentam que um estilo de vida que inclua uma atividade física regular contribui, provavelmente, para um funcionamento mais eficiente dos diversos sistemas, manutenção do peso, redução do risco de várias doenças degenerativas, redução do risco de mortalidade e melhoria global da qualidade de vida(Janz, Dawson, & Mahoney, 2002), sendo recomendada a prática diária de pelo menos 60 minutos de AFMV (Strong et al., 2005). Por outro lado, a AptFS é um importante marcador de saúde e forte preditor de morbilidade e mortalidade por doenças cardiovasculares (Ortega, Ruiz, Castillo, & Sjostrom, 2007). Os baixos níveis de aptidão e atividade física podem contribuir para o recente aumento da prevalência da obesidade entre as crianças (Malina, 2001).. 27.

(36) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. Este incremento mundial do excesso de peso e obesidade na população em geral e em particular nas crianças, a que se associa uma tendência crescente de redução dos níveis de AF e consequentes problemas de saúde, sensibilizanos para a elaboração de um estudo que sumarie de uma forma exaustiva a informação disponível sobre as crianças portuguesas, procurando, assim, perceber as grandes tendências dos resultados. Desta forma, este estudo tem como principais objetivos rever a literatura existente entre o ano de 2000 e 2010 cujo enfoque tenha versado (i) índices de IMC, níveis de atividade física e aptidão física associada à saúde em crianças com idade compreendida entre os 6 e os 9 anos e (ii) a relação entre eles. MÉTODOS A seleção dos artigos foi efetuada a partir das bases de dados EBSCO, Scobus, Pubmed, e Google Académico. Para outras publicações (livros, dissertações) recorremos ao Catálogo da Faculdade de Desporto. Consideramos os artigos portugueses que investigaram (i) a relação entre a prevalência de excesso de peso e obesidade, a atividade física e a aptidão física relacionada com a saúde em crianças portuguesas com idades entre os 6 e 10 anos, (ii) com datas de publicação entre 2000 e 2010. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: (i) crianças, (ii) índice de massa corporal, (iii) obesidade, (iv) excesso de peso, (v) atividade física, (vi) aptidão física, (vii) composição corporal. RESULTADOS Não obstante as diferenças metodológicas existentes ao nível das dimensões amostrais e instrumentos utilizados na recolha de dados, foram localizados 8 estudos (Quadro 1), 3 realizados no Norte de Portugal, 4 na Região Autónoma dos Açores e 1 na Região Autónoma da Madeira. O espectro amostral é constituído por crianças dos 6 aos 9 anos de idade, dos dois sexos. A amplitude de valores das dimensões amostrais varia entre as 285 crianças (Martins, 2009) e 3744 crianças (Maia, 2002). Alguns estudos amostraram crianças com mais de 10 anos de idade, no entanto, sempre que possível, apenas foram analisados os resultados das crianças com idade situada no. 28.

(37) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. intervalo etário 6 - 9 anos. Todos os estudos selecionados estimaram a prevalência de excesso de peso e obesidade tendo utilizado os valores de corte sugeridos por (Cole, Bellizzi, Flegal, & Dietz, 2000). A avaliação de AF foi em todos os estudos efetuada através de questionário. Sete deles recorreram à utilização do questionário de Godin e Shepard (1985) e apenas 1 utilizou o questionário de Baecke et al (1982). A AptFS foi determinada, em 7 estudos, pela bateria de testes de avaliação física FITNESSGRAM e num dos estudos pela bateria de testes EUROFIT e corrida de 12 minutos da bateria de AAHPERD Pela análise dos estudos selecionados, verificamos uma variabilidade de valores de estudo para estudo. Gouveia (2007) no estudo que efetuou com 507 crianças da região Autónoma da Madeira identificou os valores mais baixos da prevalência de excesso de peso e obesidade, (11% nas meninas e 14% nos meninos) e (1,9% nas meninas e 2,6% nos meninos) respetivamente, Santos (2009) com crianças de Albergaria-a-Velha apresentou valores bem mais elevados, (31,6% nas meninas e 24,5% nos meninos) e (13,9% nas meninas e 12,7% nos meninos). Os valores do IMC apresentam-se independentes do sexo, existe uma homogeneidade entre meninas e meninos e parece aumentar ao longo da idade, em ambos os sexos, (Maia 2002, Sousa 2005, Pereira 2008, Martins 2009), No que se refere aos níveis de AF, as crianças destes estudos, de uma forma geral, não cumprem com os 60 minutos diários de AFMV recomendados pela comunidade científica internacional (Lopes, 2003; Maia, 2009; Maia, 2003; Pereira, 2008; Sousa, 2005; Strong et al., 2005). Os meninos são significativamente mais ativos que as meninas (Lopes, 2003; Maia, 2003; Martins, 2009; Sousa, 2005) e crianças mais ativas apresentam menores valores de IMC (Gouveia, 2007; Lopes, 2003; Maia, 2003; Martins, 2009; Pereira, 2008). Quanto à AptFS, verifica-se igualmente uma grande variabilidade nos resultados. A percentagem de sucesso em todas as provas (push up, curl up, trunk lift e a prova da milha), num estudo realizado por Maia (2009), com crianças de Vouzela, foi de 15%. O mesmo autor, em 2002 e 2003, com. 29.

(38) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. crianças dos Açores apresentou uma taxa de 44% para os meninos e 33% para as meninas. Por sua vez, Pereira (2008) obteve taxas semelhantes às de Maia em 2002, 44% para os meninos e 30% para as meninas. Em todos os estudos selecionados, a taxa de sucesso a todas as provas foi superior nos meninos quando comparado com as meninas. As provas de corrida/marcha da milha e trunk lift foram as que obtiveram as maiores taxas de sucesso (100% até aos 9 anos). A prova de Push-Up, em valores médios, foi a que obteve piores resultados. Pereira (2008) e Maia (2009) encontraram uma associação entre os maiores níveis de AF e as melhores performances nas provas de AptFS e quanto maiores os índices de IMC, maiores serão as taxas de insucesso nas provas de AptFS (Maia, 2009; Pereira, 2008; Santos, 2009). Foi verificada, ainda, uma associação negativa da idade com a AptFS (Maia, 2009; Maia, 2002; Pereira, 2008). A variabilidade de resultados verificada pode estar relacionada com as diferentes metodologias do estudo, diferenças de nível socioeconómico e estilos de vida (Moller, Wedderkopp, Kristensen, Andersen, & Froberg, 2007). Poderão ter influência, também, a variação amostral na sua dimensão (entre 285 e 3744 crianças) e região de onde provêm (Região Autónoma da Madeira, Região Autónoma dos Açores e Norte de Portugal Continental).. 30.

(39) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. Quadro 1 - Relação de estudos revistos por ordem cronológica, associação entre atividade física, aptidão física e prevalência de excesso de peso e obesidade Autor Ano Região Maia et al.. Objetivo(s) 19. 2002 Região Autónoma dos Açores. Maia e Lopes. 20. (2003) Região Autónoma dos Açores. Amostra Idades. Variáveis Instrumentos Medidas. Resultados 2. 2. Estudo do 3744 Crianças crescimento (1829♂, 1915♀) somático, Idades, 6 - 10 aptidão física, anos atividade física e capacidade corporal de crianças do 1º Ciclo do ensino básico da Região Autónoma dos Açores. IMC: Ptos Corte IOFT AF: Questionário de Godin and Shepard (1985) AptFS: Fitnessgram (milha, curl up, push up, trunk lift). IMC: Valores médios: ♂ (17,9 kgm ); ♀ (18,0 kgm ); SP=15%, OB=12%; Maior IMC nas ♀ que nos ♂; SP independente do sexo; SP e OB aumentam com a idade; AF: Maior frequência de episódios semanais é de AFL (3,16 a 3,62 nas meninas; 3,19 a 3,94 nos meninos); ♂ apresentam maiores índices de AFMV semanal (3,22 a 3,82 episódios/semana) que ♀ (2,46 a 2,89 episódios/semana); AF não diminui com a idade; crianças moderadamente ativas a inativas (índice geral de AF entre 41,93 a 60,61 episódios/semana); AptF: Taxa de sucesso nas 4 provas é de 39% a 49% nos ♂ e de 18% a 40% nas ♀; aS provas de maior sucesso foram trunk lift (100%) e prova da milha; verifica-se um declínio com a idade mas nas ♀ esse declínio é ainda mais evidente do que nos ♂; prova de maior insucesso foi a push up (61% nas ♀ e 42% nos ♂). Um olhar sobre as crianças e jovens da Região Autónoma dos Açores, implicações para a educação física, desporto e saúde. IMC: Ptos Corte IOFT; AF: Questionário de Godin and Shepard (1985) apenas no 1º ciclo e Questionário Baecke (1982) nas restantes idades; AptFS: Fitnessgram (curl up, push up, trunk lift, milha).. IMC: verifica-se uma homogeneidade entre os dois sexos; SP= 21,5% ; OB=11,6%; AF: AF semanal superior nos ♂ (51,89 episódios/semana), ♀ (41,39 episódios/semana); AFL ligeiramente superior nas ♀ (2,60), ♂ (2,52,); ♂ com mais episódios de AFV (3,27) do que AFl(2,52); ♀ apresentaram maior n.º de episódios de AFM (3,15) do que AFL(2,60); crianças com índice de AF mais baixos são as que possuem valores mais elevados de adiposidade; O índice de AF semanal aumenta com a idade; AptFS: Taxa de sucesso em todas as provas é de ♂ (44%) e ♀ (38%); Provas de maior sucesso foram trunk Lift, (100%) e prova da milha (98,6%); Prova de maior insucesso foi a Push Up nas ♀ (60%) e a de curl up nos ♂ (48%).. 1159 Indivíduos dos 6 - 19 anos 285 Crianças (142♀, 143♂) até 10 anos de idade. Continua na página seguinte. 31.

(40) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. Autor Ano Região Sousa et al. Objetivo(s). 35. (2005) Amarante. Gouveia. 10. (2007) Região Autónoma da Madeira. Amostra Idades. Variáveis Instrumentos Medidas. Resultados. Estudar o crescimento 2940 somático, os níveis de Crianças atividade física e o estado (1549♂,1391♀) de aptidão física de Idades, 6-10 crianças dos 6 aos 10 anos anos de idade do concelho de Amarante;. IMC: Ptos Corte IOFT AF: Questionário de Godin and Shepard (1985) AptFS: Fitnessgram (milha, curl up, push up, trunk lift). IMC: Valores médios superiores nos ♂; SP <20% e de OB <10%; aumento do IMC ao longo da idade;SP nas ♀ diminui c/ a idade; prevalência SP e OB mais elevado nas meninas, exceto aos 8 anos. AF: Níveis médios de AF aumentam com idade; ♂ Mais ativos que ♀; AFMV superior nos ♂; AFL iguais em ambos os sexos; As crianças Amarantinas não atingiram os 30 minutos diários AFMV; AptFS: Taxa de sucesso nas 4 provas muito baixo, não ultrapassou os 25%, em todas as idades e decresce, nas ♀, a partir dos 8 anos; provas de maior sucesso, em ambos os sexos, foram a da milha (100%) e a de trunk lift (88% ♀ e 78,8% ♂); prova de maior insucesso são as push up nas ♀ (69,4%) e curl up nos ♂ (66,8%);. Comparar os níveis de atividade física e aptidão de crianças e adolescentes com sobrepeso e normoponderais. IMC: Ptos Corte IOFT AF: Questionário de Baecke et al(1982) AptFS: Teste Eurofit e corrida/andar de 12 minutos (resistência cardiorespiratória) da bateria da AAHPERD (1980).. IMC: SP: ♂ (14,22%) e ♀ (10,99%); OB: ♂ (2,61%) e ♀ (1,86%); AF: A atividade física, como índice desportivo e índice dos tempos livres, não estava associada com o estatuto de sobrepeso das crianças e adolescentes; a prática desportiva foi mais elevada nos ♂ normoponderais; AptFS: Os ♂ e ♀ normoponderais obtiveram melhores resultados no equilíbrio flamingo, no salto em comprimento sem corrida preparatória, nos “sit ups”, no tempo de suspensão com os braços fletidos, no “shuttle run” e na corrida/andar de 12 minutos; as ♀ com sobrepeso foram mais fortes (dinamometria manual) do que as ♀ normoponderais; uma fraca associação foi demonstrada para a atividade física e excesso de peso; para aptidão física uma associação inversa foi observada com o excesso de peso.. 507 Crianças (256♂, 251♀) Idades, 7 – 18 anos. Continua na página seguinte. 32.

(41) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. Autor Ano Região Pereira. 28. (2008) Região Autónoma dos Açores. Objetivo(s). Amostra Idades. Determinar a prevalência 3699 do sobrepeso e Crianças obesidade; avaliar os (1813♀,1886♂) níveis de AF e aptidão Idades, 6 - 10 física associada à saúde anos (AptFS) das crianças açorianas com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos; analisar a relação entre os níveis de AF e prevalência de sobrepeso e obesidade, bem como a relação entre AptFS, sobrepeso, obesidade e desempenho coordenativo. Variáveis Instrumentos Medidas. Resultados. IMC: Ptos Corte IOFT AF: Questionário de Godin and Shepard (1985) AptFS: Fitnessgram (milha, curl up, push up, trunk lift). IMC: SP: ♀ (22,8%) e ♂ (17,6%); OB: ♀ (13,2%) e ♂ (12,3%); não se verificou alteração da SP e OB dentro de cada sexo; não foram encontradas diferenças entre os dois sexos; o IMC médio aumentou com a idade. AF: Verifica-se que a AF foi inferior aos 60 minutosdiários recomendados pela OMS; crianças muito ativas têm menor IMC; foi encontrado um efeito protetor, da prática de AF muito ativo, para a obesidade; crianças com baixos níveis de AF apresentaram elevada prevalência de SP e OB; AptFS: Sucesso em todas as provas ♀ (30%), ♂(44%); provas de maior sucesso: trunk lIft, valores médios de ♀ (96%) e ♂ (97%) e prova da milha com 100%; prova com maior insucesso: Push Up valores médios ♀ (58,5%) e nos ♂ (43%); crianças moderadamente ativas têm maior propensão para estarem aptas na prova de curl-up e push-up; níveis elevados de AF associam-se a maior propensão para aptidão na prova de curl-up, push-up e trunk-lift; crianças com sobrepeso têm menor probabilidade de estarem aptas na prova de pushup e na prova da milha tendo no entanto 2.7 vezes mais propensão de estarem aptas na prova de trunk-lift; crianças obesas têm menor probabilidade de estarem aptas na prova de curl-up, pushup e prova da milha; com o aumento da idade diminui a probabilidade de estarem aptos a todas as provas; idade, SP e OB têm efeito negativo na AptFS; mais AF, mais coordenação motora têm efeito protetor na AptFS; Continua na página seguinte. 33.

(42) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. Autor Ano Região Maia et al. Objetivo(s). 18. (2009) Vouzela. 31. Santos (2009). Albergariaa-Velha. Caraterizar a população vouzelense, 1º,2º e 3º CEB, ensino secundário e profissional quanto ao seu IMC, AF, AptFS, coordenação motora. Descrever aspetos relativos à lecionação das aulas de EF, descrever o comportamento das taxas de sucesso nos níveis de AptFS, estimar a prevalência de SP e OB, estimar os níveis de AF e analisar a influência dos fatores sexo, idade, níveis de AF e prevalências de sobrepeso e obesidade nas taxas de sucesso global da AptFS.. Amostra Idades 1167 Crianças e jovens (605♂,562♀). Destas, 458 frequentavam o 1º ciclo, (223♀, 235♂) c/ idades entre 7 - 10 anos. 1110 Crianças Idades, 6 - 10 anos. Variáveis Instrumentos Medidas IMC: Ptos Corte IOFT AF: : Questionário de Godin and Shepard (1985) AptF: Fitnessgram (milha, curl up, push up, trunk lift). IMC: Ptos Corte IOFT AF: Questionário de Godim and Shepard (1985) AptFS: Fitnessgram (milha, curl up, push up, trunk lift). Resultados IMC: Valores médios de SP = 28,9% e OB = 7% AF: Não há aumento de AF ao longo da idade; não é evidente que existam diferenças entre os dois sexos; de uma forma geral, a AFL e AFM mantêm-se constantes ao longo da idade, diminuindo aos 9 anos; na AFV verificam-se oscilações grandes entre ♂ e ♀ da ordem dos 9 a 18 Met/semana. Somente aos 8 anos é que as ♀ têm valores mais elevados que os ♂; a AFL é aquela que apresenta mais ocorrências, correspondendo a 50% do tempo total, nas ♀ de 10 anos e ♂ de 7 anos. ♀ de 8 anos e ♂ de 10 anos registam maior frequência de tempo em AFV, variando entre 16,7% a 30,6%. AptFS: Sucesso em todas as provas é de 15%; a prova de maior sucesso é a trunk lift (92%), seguido da milha (81,4%); a prova de maior insucesso é a push up (63%): Sucesso em todas as provas diminui com a idade; aos 10 anos existem crianças com nenhuma ou 1 prova apta; maior IMC está associado a maiores tempos de prova, piores desempenhos de resistência Cardio respiratória; maiores níveis de AF correspondem a maior taxa de sucesso nas provas de AptF; não se verifica qualquer relação positiva entre níveis de AF e resistência Cardio respiratória; quanto maiores os valores de SP e OB maiores as taxas de insucesso nas provas de AptFS; sugere programas de atividade física orientada para o aumento da AFMV e melhor gestão aula EF. IMC: SP: ♀ (31,6%), ♂ (24,8%) e OB: ♀ (12,7%), ♂ (13,9%); AF: A AF semanal, em valores médios, nos ♂ é de 73,4 Mets/semana e nas ♀ é de 62,92 Mets/semana; AptFs: Sucesso em todas as provas é, em valores médios, nas ♀ de 20% e nos ♂ é de 32,2%; ♀ têm 50% das chances dos ♂ de estarem aptas a todas as provas; crianças com SP e OB têm menores chances de obterem sucesso em todas as provas do que os seus pares normoponderais; esta possibilidade é de 50% para as SP e 20% para as OB, quando comparadas com os seus pares Normoponderais; A AF e idade não têm influência nas taxas de sucesso das provas de AptFS.. Continua na página seguinte. 34.

(43) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. Autor Ano Região Martins et al. Objetivo(s). 22. (2009) Região Autónoma dos Açores. Caracterizar o desenvolvimento modal e as diferenças inter-individuais do IMC; verificar se existe um efeito associado ao género; testar a relevância de preditores do desenvolvimento do IMC que também se alteram no tempo AF, corrida/marcha da milha e coordenação motora; analisar os perfis somáticos, de coordenação motora, AF e AptFS em crianças açorianas aos 6 anos de idade que se encontram em diferentes níveis de AF e aptidão aeróbia aos 10 anos de idade, e consideradas ativas/inativas e aptos/não aptos. Amostra Idades 285 Crianças (143♂, 142♀) Idades 6 - 10 anos. Variáveis Instrumentos Medidas. Resultados. IMC: Ptos Corte IOFT AF: Questionário de Godin & Shephard (1985) AptFS: Fitnessgram (milha, curl up, push up, trunk lift Apt Cardiorresp. Corrida da Millha. 2. 2. IMC: Valores médios nas ♀ (17,9 kgm ) e ♂ (18 kgm ) AF: Verifica-se, nas ♀ , um decréscimo da AF ao longo da idade (46 Met/semana aos 6 anos e 28 Met/semana aos 10 anos); A média de AF semanal nas ♀ é de 36,15 Met/semana e nos ♂ é de 48 Met/semana; ♂ Apresentam maiores índices de AF que ♀ . AptFS: ♀ apresentaram valores mais altos nas provas de Curl Up e Push Up, exceto as menos ativas e não aptas; valores de diferentes níveis de AF e AptFS, aos 10 anos, são influenciados pelos fatores somáticos, coordenativos e performance motora aos 6 anos; crianças com melhores desempenhos na corrida da milha, mais ativos e mais rápidos apresentam valores mais baixos de IMC e vaivém mais baixo; em ambos os géneros, observou-se uma relação positiva entre ser ativo e apto em associação com a corrida vaivém e 50 jardas; não se verificaram, ao longo dos 5 anos de estudo, associações estatisticamente significativas, na relação IMC, AF, AptFS, nem ao sexo. AF e AptFS não estão associados às alterações de IMC e ao género;. Abreviaturas: AF: atividade física; ♂: sexo masculino; ♀: sexo feminino; IMC: índice de massa corporal; SP: excesso peso; OB: obesidade; AFL:atividade física ligeira; AFMV: atividade física moderada a vigorosa; AFV: atividade física vigorosa; AptFS: aptidão física associada à saúde; EF: educação física; <: menor; OMS: Organização Mundial de Saúde; CEB : ciclo do ensino básico; IOFT: International obesity task force. 35.

(44) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. DISCUSSÃO Pela análise dos estudos selecionados, constata-se que a prevalência de excesso de peso e obesidade é elevada, encontrando-se dentro dos valores apresentados por Padez (2004) numa amostragem de dimensão nacional (19,4% e 10% para os meninos, 21,4% e 12,3% para as meninas). Na atualidade as crianças ocupam uma percentagem importante do seu tempo de lazer a realizar atividades sedentárias, nomeadamente a ver televisão, a jogar e a estudar no computador, atividades essas que exigem um diminuto gasto energético e muitas vezes ligadas a consumo de alimentos calóricos (Aires et al., 2010), fatores que muito contribuirão para este elevado índice de prevalência de excesso de peso e obesidade. Os baixos índices de atividade física encontrados, corroborados por estudos internacionais (Dencker et al., 2006; Janssen et al., 2005; Ridoch et al., 2004), confirmam os comportamentos sedentários caraterísticos das civilizações industrializadas, propícios a um decréscimo de AF, principalmente a moderada e vigorosa (Nelson, Neumark-Stzainer, Hannan, Sirard, & Story, 2006). Esta tendência é mais forte, nas meninas que apresentam índices de AF mais baixos que os meninos (Lopes, 2003; Maia, 2003; Martins, 2009; Sousa, 2005). Ao encontrar-se uma associação negativa entre o IMC e a AF (Gouveia, 2007; Lopes, 2003; Maia, 2003; Martins, 2009; Pereira, 2008), significando que crianças com elevados valores de AF são as que apresentam o IMC mais baixo emerge a importância da AF no combate aos elevados índices de IMC e consequentes benefícios para a saúde. Relativamente à AptFS verificou-se que a percentagem de sucesso em todas as provas é baixa, talvez pelos baixos índices de AF e elevados índices de IMC. A relação verificada por (Maia, 2009; Pereira, 2008; Santos, 2009), entre os elevados índices de IMC, e as elevadas taxas de insucesso nas provas de AptFS é corroborada por outros estudos com crianças estrangeiras (Chen, Fox, Haase, & Wang, 2006; DiNapoli, 2008; Huang, 2007; Kim et al., 2005; Mojica, 2008; Shang, 2010). Alguns estudos identificaram uma associação positiva entre a AF e a AptFS (Maia, 2009; Pereira, 2008) e uma associação negativa entre o IMC e a AptFS (Maia, 2009; Pereira, 2008; Santos, 2009). Estes. 36.

(45) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. resultados vêm sublinhar, uma vez mais, a necessidade de se reduzirem comportamentos sedentários, diminuindo o tempo a ver televisão e a jogar no computador e consolas versos promoção de AFMV 60 minutos diários, uma vez que o aumento da AF e consequente melhoria da AptFS traz benefícios para a saúde na idade adulta (Janz, Dawson, & Mahoney, 2002). Maia (2002 e 2009) e Pereira (2008) associaram a aptidão física à idade identificando uma relação entre a diminuição da probabilidade de estarem aptos a todas as provas com o aumento da idade, à semelhança de outros estudos de cariz internacional (DiNapoli, 2008; Dwyer et al., 2009; Wedderkopp, Froberg, Hansen, & Andersen, 2004). É provável que este declínio da aptidão física ao longo dos tempos se deva a um conjunto de fatores sociais, comportamentais, físicos, psicossociais e fisiológicos (Tomkinson, 2007). Apesar da importância dos resultados apresentados, verificaram-se algumas limitações que passamos a apresentar: (i) reduzido número de estudos que abordam esta associação entre prevalência de peso, AF e AptFS, (ii) diversidade na forma de apresentação dos resultados, (iii) utilização do questionário para avaliação dos AF, que são conhecidos por superestimar a AFV em crianças e subestimar a AFM (Dencker et al., 2006), (iv) as diferentes associações apresentadas com estas variáveis e, em alguns trabalhos, poucas ou nenhumas. CONCLUSÕES Não obstante as diferenças metodológicas encontradas entre os estudos selecionados, os resultados sugerem que as crianças Portuguesas apresentam elevadas prevalências de excesso de peso e de obesidade, em média, de 20% e 9% respetivamente. As crianças que apresentam os valores mais baixos de AF e/ou de AptFS são aquelas que apresentam valores mais elevados do IMC. Também as crianças mais velhas, de entre os seus pares, são as que apresentam maiores índices de IMC. Estes resultados reforçam a necessidade de reduzir comportamentos sedentários em prol de um estilo de vida ativo e saudável bem como a implementação de programas de atividade física orientada para o aumento da. 37.

(46) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. atividade física habitual em crianças obesas, principalmente a de intensidade moderada a vigorosa.. 38.

(47) Associação entre o IMC, a AF e a AptFS em crianças. Estado atual do conhecimento em Portugal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Aires, L., Andersen, L. B., Mendonça, D., Martins, C., Silva, G., & Mota, J. (2010). A 3-year longitudinal analysis of changes in fitness, physical activity, fatness and screen time. Acta Pædiatrica, 99(1), 140-144.. 2. Alter, D. A., & Eny, K. (2005). The relationship the supply of fast-food chains and cardiovascular outcomes. Canadian Journal Of Public Health-Revue Canadienne De Sante Publique, 173-177.. 3. Boreham, C., & Riddoch, C. (2001). The physical activity, fitness and health of children. J Sports Sci, 19(12), 915-929.. 4. Chen, L. J., Fox, K. R., Haase, A., & Wang, J. M. (2006). Obesity, fitness and health in Taiwanese children and adolescents. Eur J Clin Nutr, 60(12), 1367-1375.. 5. Cole, T. J., Bellizzi, M. C., Flegal, K. M., & Dietz, W. H. (2000). Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. BMJ, 320(7244), 1240-1243.. 6. Danner, F. W. (2008). A National Longitudinal Study of the Association Between Hours of TV Viewing and the Trajectory of BMI Growth Among US Children. Journal of Pediatric Psychology, 33(10), 11001107.. 7. Dencker, M., Thorsson, O., Karlsson, M., Lindén, C., Svensson, J., Wollmer, P., et al. (2006). Daily physical activity and its relation to aerobic fitness in children aged 8–11 years. European Journal of Applied Physiology, 96(5), 587-592.. 8. DiNapoli, P. P. P., RN; Lewis, James B. (2008). Understanding School-Age Obesity: through participipatory action research. The American Journal of Maternal/Child Nursing(Volume 33(2), p 104–110).. 9. Dwyer, T., Magnussen, C. G., Schmidt, M. D., Ukoumunne, O. C., Ponsonby, A.-L., Raitakari, O. T., et al. (2009). Decline in Physical Fitness From Childhood to Adulthood Associated With Increased Obesity and Insulin Resistance in Adults. Diabetes Care, 32(4), 683687.. 39.

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(53) Capítulo 3. Associação entre o índice de massa corporal, a atividade física e a aptidão física em crianças com idade compreendidas entre os 6 e 9 anos, do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, São João Madeira.

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Figura 1- Comportamento do IMC em função dos níveis de AFMV

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