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Análise da função respiratória em crianças com Paralisia Cerebral submetidas à fisioterapia: Revisão bibliográfica / Analysis of respiratory function in children with Cerebral Palsy undergoing physiotherapy: A literature review

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.64097-64108 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Análise da função respiratória em crianças com Paralisia Cerebral submetidas

à fisioterapia: Revisão bibliográfica

Analysis of respiratory function in children with Cerebral Palsy undergoing

physiotherapy: A literature review

DOI:10.34117/bjdv6n9-006

Recebimento dos originais: 08/08/2020 Aceitação para publicação: 01/09/2020

Roberta Adriele Caetano Lazaro

Discente do Curso de Graduação em Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá; E-mail: robertadriele@hotmail.com

Vinícius Santos de Moraes

Mestrando do curso de Pós Graduação em Enfermagem Psiquiátrica da Universidade de São Paulo.

E-mail: vsmorae89@gmail.com Robson Ricardo Lopes

Mestrando do curso de Pós Graduação em Enfermagem Psiquiátrica da Universidade de São Paulo.

Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá. E-mail: robson.ricardo@baraodemaua.br

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.64097-64108 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761 RESUMO

A Paralisia Cerebral é descrita como um distúrbio não progressivo no cérebro fetal ou infantil que causa um grupo de desordens permanentes relacionadas ao desenvolvimento motor e postural, que resultam em alterações na mecânica, no padrão e na atividade respiratória. Objetivo: Desenvolver a compreensão da atuação da fisioterapia respiratória em crianças com Paralisia Cerebral. Métodos: Este artigo trata-se de uma revisão bibliográfica avançada realizada no período de janeiro a fevereiro de 2018 no Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Resultados: Foram encontrados sete artigos das quais três foram excluídos por não apresentarem abordagens específicas sobre a paralisia cerebral e por apresentarem tempo de publicação superior a nove anos. Os principais resultados demonstraram que a fisioterapia respiratória padrão associada ou não ao uso de aparelhos diminuem o tempo de permanência hospitalar, o risco de infecção, e consequentemente redução das sequelas funcionais respiratórias e a manutenção da capacidade funcional respiratória nesses indivíduos. Palavras-chave: Fisioterapia, Paralisia Cerebral, Terapia respiratória.

ABSTRACT

Cerebral Palsy is described as a non-progressive disorder in the fetal or infantile brain that causes a group of permanent disorders related to motor and postural development that result in changes in

mechanics, pattern and respiratory activity.

Objectives: To develop an understanding of respiratory physiotherapy in children with Cerebral

Palsy. Methods: This article is about an advanced bibliographic review performed from January to February of 2018 in the Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Results: Seven articles were found, of which three were excluded because they did not present specific approaches to cerebral palsy and had a publication time of more than nine years. The main results demonstrated that the standard respiratory physiotherapy associated or not with the use of devices reduces the length of hospital stay, the risk of infection, and consequently reduction of functional respiratory sequelae and maintenance of functional respiratory capacity in these individuals.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.64097-64108 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761 1 INTRODUÇÃO

A Paralisia Cerebral (PC) é descrita como um grupo de desordens permanentes relacionadas ao desenvolvimento do movimento e da postura, que causa limitações funcionais atribuídas a distúrbios não progressivos no cérebro fetal ou infantil em desenvolvimento1. Estas desordens motoras são frequentemente acompanhadas por distúrbios da sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamento podendo estar associada com a epilepsia e problemas musculoesqueléticos secundários 1,2.

Com relação às alterações motoras, a PC é classificada em três grupos de acordo com a alteração mais dominante, sendo eles: espástico, atáxico ou discinético. Dentro da classificação do discinético, há a diferenciação de distonia e coreoatetose. É recomendável que o termo “misto” seja evitado 1.

A espasticidade esta presente em 80% dos casos de PC e esta manifestação pode ser acompanhada de hipertonia sendo responsável por um desequilíbrio muscular, levando a alteração neste controle muscular 3. Esta alteração do controle neuromuscular promove alterações na cinemática corporal e consequentemente alterações na mecânica respiratória.

Quanto à distribuição topográfica, a PC é classificada em unilateral, quando um hemicorpo é comprometido, e em bilateral, quando ambos os lados são comprometidos 1. A paralisia cerebral espástica bilateral é a mais frequente envolvendo 62% dos casos (38% diplégicas e 23% quadriplégicas) e a PC unilateral com 39% dos casos 4.

As desordens motoras frequentemente são acompanhadas pelo comprometimento dos sistemas musculoesquelético, neuromotor e sensorial, contribuindo para limitações nas atividades funcionais 5. Esta lesão pode resultar em alterações na estrutura e função de diversos sistemas orgânicos, especialmente o sistema nervoso e, secundariamente, os sistemas: muscular, sensorial, cardiorrespiratório, entre outros 6,7.

As alterações nos sistemas podem desenvolver o encurtamento da musculatura inspiratória, e fraqueza da musculatura abdominal e expiratória, postura elevada dos ombros e hiperatividade da musculatura da cervical que contribuem pra a manutenção da elevação do tórax com projeção do osso esterno durante o ciclo respiratório, ocorre aumento da capacidade residual funcional e a diminuição da capacidade vital fazendo com que as costelas e o esterno fiquem na posição de inspiração durante todo o ciclo respiratório, aumentando o diâmetro ântero-posterior do tórax 8. A associação da tensão permanente com o pobre alongamento muscular que provoca deficiência ao fluxo expiratório eleva a capacidade residual funcional e o volume corrente. Na PC a escoliose e a cifoescoliose são complicações comuns 9 como mostra a figura 1.

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Figura 1 - Alterações posturais secundárias a PC.(A) cifoescoliose.(B) cabeça curvada e escoliose toracolombar. (C) hipercifose torácica.

Fonte: (A)Arquivo pessoal; (B,C) LOPES, 2018 p.3.

2 OBJETIVO

Desenvolver a compreensão da atuação da fisioterapia respiratória em crianças com Paralisia Cerebral por meio de análise do banco de dados de evidências de fisioterapia.

3 MÉTODOS

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica avançada direcionada ao banco de dados de evidências de fisioterapia (PEDro), este fornece os detalhes da citação, o resumo e um link para o texto completo, quando possível. Todos os ensaios no PEDro são avaliados independentemente quanto à qualidade como mostra a tabela 1.

O PEDro é produzido pelo Instituto de Saúde Musculoesquelética da Escola de Saúde Pública da Universidade de Sydney e é hospedado pela NeuroscienceResearchAustralia (NeuRA). Os descritores utilizados foram: Cerebral Palsy na categoria Abstract & Title e Respiratory Therapy na categoria Therapy.

Os critérios de inclusão dos artigos foram: Pontuação na escala PEDro e publicação a partir de 2010.

Foi utilizada a Estratégia PICO, na qual o acrômio significa População (P), I (Intervenção), C (Comparação) e O (“Outcomes”-resultados). O objetivo da implementação desta metodologia foi de definir a pergunta do estudo e os componentes destrinchados acima 10,11,12.

P – Crianças com paralisia cerebral I – Fisioterapia respiratória

C – Pré e Pós intervenção

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Sendo assim, elaborou-se a seguinte pergunta: Quais as evidências científicas que a literatura apresenta a respeito da atuação da fisioterapia respiratória em crianças com paralisia cerebral?

Tabela 1 - Descrição da pontuação referente à qualidade dos estudos de acordo com o PEDro.

Pontuação Descrição da pontuação

1 Os critérios de elegibilidade foram especificados

2 Os sujeitos foram aleatoriamente distribuídos por grupos (num estudo crossover,

os sujeitos foram colocados em grupos de forma aleatória de acordo com o tratamento recebido)

3 A distribuição dos sujeitos foi cega

4 Inicialmente, os grupos eram semelhantes no que diz respeito aos indicadores de prognóstico mais importantes

5 Todos os sujeitos participaram de forma cega no estudo

6 Todos os fisioterapeutas que administraram a terapia fizeram-no de forma cega

7 Todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave fizeram-no de forma cega

8 Medições de pelo menos um resultado-chave foram obtidas em mais de 85% dos sujeitos inicialmente distribuídos pelos grupos

9 Todos os sujeitos a partir dos quais se apresentaram medições de resultados receberam o tratamento ou a condição de controle conforme a distribuição ou, quando não foi esse o caso, fez-se a análise dos dados para pelo menos um dos resultados-chave por “intenção de tratamento”

10 Os resultados das comparações estatísticas intergrupos foram descritos para pelo menos um resultado-chave

11 O estudo apresenta tanto medidas de precisão como medidas de variabilidade

para pelo menos um resultado-chave

Fonte: PEDro (2011)

4 RESULTADOS

Após a busca bibliográfica, foram encontrados sete artigos, sendo três artigos excluídos. Como representado na figura 2.

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Figura 2 - Representação do processo da busca bibliográfica

A pontuação dos artigos variaram entre 04 a 07 pontos na escala PEDro. E isso demonstra boa a alta qualidade dos artigos.

Tabela 2 - Apresentação dos artigos com referência a pontuação obtida pelo PEDro

Artigo Pontuação PEDro

The effect of feedback respiratory training on pulmonary function of children with cerebral palsy: a randomized controlled preliminary report [with consumer summary]

7/10 Change in pulmonary function after incentive

spirometer exercise in children with spastic cerebral palsy: a randomized controlled study

5/10 Safety, tolerability, and efficacy of high-frequency

chest wall oscillation in pediatric patients with cerebral palsy and neuromuscular diseases: an exploratory randomized controlled trial

5/10

Mechanical insufflation-exsufflation versus conventional chest physiotherapy in children with cerebral palsy [with consumer summary]

4/10

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Tabela 3 - Apresentação dos artigos obtidos pelo PEDro (continua)

Ano / Autor

Título Objetivo Métodos Resultados Conclusão

2017 Siriwat R, Deerojana wong J, Sritippaya wan S, Hantragool S, Cheanprap ai P. Mechanica l insufflatio n-exsufflatio n versus convention al chest physiother apy in children with cerebral palsy [with consumer summary] Comparar a eficácia na redução da permanência hospitalar e na melhora das atelectasias em crianças com paralisia cerebral espástica quadriplégica com infecção do trato respiratório inferior. Estudo controlado randomizado. Crianças com PC espástica quadriplégica, com idade entre 6 meses e 18 anos, admitidas para infecções respiratórias inferiores. Foram incluidas 22 crianças. Os dados demográficos foram comparáveis nos dois grupos. O tempo de permanência hospitalar foi semelhante nos dois grupos (MI-E 4-24 d vs CPT 6-42 d, P = 0,15). Haviam 17 indivíduos com atelectasia (MI-E [n = 9] versus CPT [n = 8]). Neste subgrupo de atelectasia, o MI-E encurtou o tempo de terapia quando comparado com o CPT (2,9 ± 0,8 d vs 3,9 ± 0,6 d, P = 0,01). O MI-E é comprovadamen te benéfico no encurtamento da duração da infecção das vias aéreas em crianças com paralisia cerebral espástica quadriplégica, apresentando infecções respiratórias inferiores e atelectasias. O MI-E é uma intervenção segura e eficiente para a limpeza das vias aéreas. 2016 Choi JY, Rha D-W, Park ES. Change in pulmonary function after incentive spirometer exercise in children with spastic cerebral palsy: a randomize d controlled study Investigar o efeito do exercício inspiratório com espirometria (ISE) sobre a função pulmonar e o tempo máximo de fonação (MPT) em crianças com paralisia cerebral espástica. 55 crianças com PC foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o experimental e o controle.Ambos os grupos foram submetidos a terapia de reabilitação abrangente. O grupo experimental foi submetido a ISE adicional. A capacidade vital forçada (CVF), Melhoras significativas na CVF, VEF1, PFE e TMF no grupo experimental, mas não no grupo controle. Além disso, as melhoras na CVF, VEF1 e TMF foram significativamen te maiores no grupo experimental do que no grupo controle. Os resultados deste estudo randomizado controlado apoia o uso de ISE para melhorar a função pulmonar e controle da respiração para a produção de fala em crianças com PC.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.64097-64108 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761 volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), relação VEF1/CVF, pico de fluxo expiratório (PFE) e TMF foram avaliadas como medidas de desfecho antes e após 4 semanas de treinamento. 2013 Lee HY, Cha YJ, Kim K. The effect of feedback respirator y training on pulmonary function of children with cerebral palsy: a randomize d controlled preliminar y report [with consumer summary] Investigar o efeito do treinamento respiratório de feedback sobre a função pulmonar de crianças com paralisia cerebral. 22 crianças com PC foram aleatoriamente divididos em dois grupos: o grupo experimental (feedback treinamento respiratório) e o grupo controle. O treinamento respiratório de feedback e terapia de reabilitação abrangente foram realizadas por crianças do grupo experimental. A terapia de reabilitação abrangente foi realizada por crianças do grupo controle. As crianças de ambos os grupos receberam treinamento três vezes por semana por um período de quatro semanas. Maiores ganhos e melhoras significativas na função pulmonar foram observadas após o treinamento no grupo experimental (p <0,05). Os valores da capacidade vital forçada aumentaram em 50%, o volume expiratório forçado no primeiro segundo aumentou em 40% como resultado do treinamento no grupo experimental. O grupo controle não apresentou alterações significativas na função pulmonar após o treinamento (p> 0,05). A participação no feedback do treinamento respiratório resultou em melhora da função pulmonar de crianças com paralisia cerebral. 2010 Yuan N, Safety, tolerability , and As secreções e infecções das vias aéreas são

Estudo prospectivo, randomizado, A adesão ao esquema prescrito foi Melhora na desobstrução das vias aéreas

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.64097-64108 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761 Kane P, Shelton K, Matel J, Becker BC, Moss RB. efficacy of high-frequency chest wall oscillation in pediatric patients with cerebral palsy and neuromusc ular diseases: an explorator y randomize d controlled trial comuns na paralisia cerebral e nas doenças neuromuscu-lares, verificaram se a fisioterapia torácica apresenta beneficios. controlado de oscilação da parede torácica de alta frequência e fisioterapia respiratória padrão. Foi realizado em participantes com doença neuromuscular ou paralisia cerebral. Os cuidadores foram questionados quanto à adesão à terapia. Um total de 28 participantes inscritos, 23 concluídos. maior com a oscilação da parede torácica de alta frequência (P = 0,036). Nossos dados sugerem segurança, tolerabilidade e melhor adesão à oscilação da parede torácica de alta freqüência. pode ajudar a prevenir hospitalizações. Ensaios controlados maiores são necessários para confirmar esses resultados. 5 DISCUSSÃO

A busca apresentou a participação de crianças com PC divididas em quatro artigos que foram publicados entre os anos de 2010 a 2017. Os resultados obtidos no presente estudo demostraram a importância da fisioterapia respiratória associada ou não a aparelhos de reabilitação respiratória em pacientes acometidos por PC, isso é demonstrado no estudo randomizado de SIRIWAT et al. (2017) onde foram incluídas 22 crianças com paralisia cerebral, que apresentaram atelectasia e infecções de via áreas inferiores, das quais 17 apresentaram melhora na capacidade de reexpansão e desobstrução pulmonar pelo uso do MI-E, favorecendo assim a alta hospitalar precoce 13.

CHOI et al. (2016) avaliaram em um estudo randomizado um grupo de crianças com paralisia espástica que receberam uma abordagem através do exercício inspiratório de espirometria (ISE). Logo após a intervenção todos os voluntários foram avaliados, através da capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), relação VEF1 / CVF, pico de fluxo expiratório (PFE) e TMF como medidas de resultado antes e após quatro semanas de treinamento. Houve melhorias significativas na CVF, VEF1, PFE e TMF no grupo experimental, mas não no grupo controle. Este estudo demonstrou que uso de ISE melhora a função pulmonar e respiração controle da produção de fala em crianças com PC 14.

De acordo com os achados do estudo randomizado de LEE et al. (2013) o treinamento respiratório apresenta melhores resultados na função pumonar em comparação a terapia de reabilitação abrangente. Os valores da capacidade vital forçada aumentaram em 50% 15.

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O uso da fisioterapia respiratória padrão e da ocilação da parede torácica de alta frequência em indivíduos com paralisia cerebral e doenças neuromusculares descritos no estudo de YUAN et al. (2010) melhoram a função pulmonar, das quais os resultados obtidos foram semelhantes aos outros estudos, ápos intervenção fisioterapêutica baseada na fisioterapia respiratoria padrão. Os resultados obtidos no presente estudo também demostram que as técnicas de desobstrução pulmonar visam além da higiene em vias aéreas, um ótimo recurso para prevenção das internações a longo prazo 16.

Assim podemos considerar que a fisioterapia respiratória em pacientes com alterações na capacidade funcional respiratória especificamente em pacientes com PC, apresentam-se como um importante recurso para redução das sequelas funcionais respiratórias e da manutenção da capacidade funcional respiratória nesses indivíduos.

6 CONCLUSÃO

O uso da fisioterapia respiratória padrão associado ao uso de aparelhos de reexpansão e desobstrução pulmonar, apresentam uma alta eficácia no tratamento em indivíduos com alterações músculo esqueléticas e respiratórias, assim diminuindo as complicações pós admissão hospitalar e contribuindo para alta precoce. Novos estudos são necessários para identificar protocolos e tratamentos específicos para constatar técnicas eficazes na reabilitação pulmonar em indivíduos com paralisia cerebral e doenças neuromusculares.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.64097-64108 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761 REFERÊNCIAS

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Imagem

Figura 1 - Alterações posturais secundárias a PC.(A) cifoescoliose.(B) cabeça curvada e escoliose toracolombar
Figura 2 - Representação do processo da busca bibliográfica
Tabela 3 - Apresentação dos artigos obtidos pelo PEDro (continua)  Ano /

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