1
Helena FarinhaAssociação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção
Algumas notas sobre a Reforma do IRC
(Lei 2/2014, de 17.02)
Porto 25 março 2014 // Hotel Vila Galé
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
Alterações relacionadas com:
1.
Enquadramento
2.
Regime de Participation Exemption
3.
Regime de Patent Box (Patentes e outros direitos de
propriedade industrial)
4.
Ativos Intangíveis, Propriedades de investimentos e
Ativos biológicos não consumíveis – Novo regime de
gastos
5.
Subsídios relacionados c/ ativos não correntes
6.
Regime de mais e menos valias realizadas
7.
Taxas / Liquidação / Pagamento
3
Assunto Nº Slide
1 Enquadramento 4
2 Regime de Participation Exemption 9
3 Regime de Patent Box 20
4 Ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos
biológicos não consumíveis 23
5 Subsídios relacionados c/ ativos não correntes 30 6 Regime de mais e menos valias realizadas 34
7 Taxas e Tributações autónomas 48
Helena Farinha
Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção
Porto 25 março 2014 // Hotel Vila Galé
1. Promoção da competitividade e investimento
•
Redução da taxa nominal do imposto e recuperação de PEC
•
Criação de regime simplificado para pequenas empresas
•
Revisão dos incentivos
•
Remuneração convencional do capital social
•
Regime de interioridade
•
Regime fiscal próprio para rendimentos provenientes de
direitos da propriedade industrial
•
Regime de dedução dos prejuízos fiscais
1. Promoção da competitividade e investimento
•
Redução da taxa nominal do imposto e recuperação de PEC
•
Criação de regime simplificado para pequenas empresas
•
Revisão dos incentivos
•
Remuneração convencional do capital social
•
Regime de interioridade
•
Regime fiscal próprio para rendimentos provenientes de
direitos da propriedade industrial
•
Regime de dedução dos prejuízos fiscais
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
5
Helena Farinha
2. Simplificação das obrigações acessórias e
redução dos custos de contexto
•
Eliminação de autorizações prévias
•
Flexibilização de Regimes como o RETGS, Regime de prejuízos
fiscais, regime fiscal de neutralidade, dedução de PEC
•
Simplificação de algumas obrigações acessórias
•
Medidas tendentes a redução da litigiosidade (regime de gastos,
acesso às CDT, regime de transparência fiscal )
•
Harmonização com a contabilidade
2. Simplificação das obrigações acessórias e
redução dos custos de contexto
•
Eliminação de autorizações prévias
•
Flexibilização de Regimes como o RETGS, Regime de prejuízos
fiscais, regime fiscal de neutralidade, dedução de PEC
•
Simplificação de algumas obrigações acessórias
•
Medidas tendentes a redução da litigiosidade (regime de gastos,
acesso às CDT, regime de transparência fiscal )
•
Harmonização com a contabilidade
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
3. Consolidação orçamental e equidade
•
Exigir às empresas com maiores recursos a continuação de um
esforço acrescido na consolidação orçamental – Matém-se a
derrama estadual e o pagamento adicional por conta,
agravando-se as taxas
•
Como medida para assegurar que as viaturas atribuídas aos
quadros médios e superiores das empresas são consideradas
rendimentos em espécie em sede de IRS, deixando de ser
tributadas ao nível das empresas, propõe-se o aumento da
tributação autónoma incidente sobre as viaturas automóveis
detidas pelas empresas.
3. Consolidação orçamental e equidade
•
Exigir às empresas com maiores recursos a continuação de um
esforço acrescido na consolidação orçamental – Matém-se a
derrama estadual e o pagamento adicional por conta,
agravando-se as taxas
•
Como medida para assegurar que as viaturas atribuídas aos
quadros médios e superiores das empresas são consideradas
rendimentos em espécie em sede de IRS, deixando de ser
tributadas ao nível das empresas, propõe-se o aumento da
tributação autónoma incidente sobre as viaturas automóveis
detidas pelas empresas.
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Helena Farinha
4. Reestruturação da politica fiscal internacional
Tributação de Lucros & Reservas
•
Aprofundamento do princípio da territorialidade
Criação de regime de isenção dos dividendos e mais-valias
relativos a participações qualificadas (participation exemption)
•
Adoção de soluções relativas a mitigação da tributação de
rendimentos obtidos fora do território nacional
4. Reestruturação da politica fiscal internacional
Tributação de Lucros & Reservas
•
Aprofundamento do princípio da territorialidade
Criação de regime de isenção dos dividendos e mais-valias
relativos a participações qualificadas (participation exemption)
•
Adoção de soluções relativas a mitigação da tributação de
rendimentos obtidos fora do território nacional
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01 No âmbito da reestruturação da politica fiscal internacional
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
REVOGAÇÕES
ADITADOS
ALTERADOS
Total
Parcial
18
70
7
13
O código sofre uma profunda alteração.
Número de artigos alterados, revogados e aditados:
No âmbito da reforma do IRC foram ainda introduzidas alterações noutros diplomas:
• Código do IRS;
• Código do Imposto do Selo; • Lei Geral Tributária;
• Código de Procedimento e de Processo Tributário; • Regime Geral das Infrações Tributárias;
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.019
Helena Farinha
Regime de Participation Exemption
Comissão de Reforma propõe a adoção de um regime participation exemption de cariz:
• universal (i.e., aplicável ao investimento independentemente do país ou região
em que este se materialize, salvo as indispensáveis normas anti-abuso) e • horizontal (aplicável tanto à distribuição de lucros e de reservas, quanto às
mais-valias, e, bem assim, às diversas operações suscetíveis de serem consideradas substitutos próprios destas operações).
Neste domínio, a Comissão de Reforma sugere uma aplicação mais abrangente do
mecanismo de eliminação da tributação económica, em linha com os regimes mais competitivos da Europa, tanto no caso de lucros e reservas distribuídos como no caso de mais-valias e de menos valias decorrentes, respetivamente, da detenção ou da transmissão onerosa de participações qualificadas.
A não concorrência dos lucros, reservas e mais-valias para o lucro tributável
fica naturalmente condicionada à verificação de vários requisitos
.Regime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valias11
Disposição transitória:O novo prazo previsto para a aplicação do regime de participation exemption aplica-se às participações detidas à data da entrada em vigor do novo CIRC, bem como às
participações que venham a ser adquiridas em momento posterior (a contagem do prazo não se faz a partir da entrada em vigor da nova lei, mas sim a contar da data de aquisição das participações sociais).
O regime de participation exemption
envolve os a alteração aos artigos 14.º, 51.º, 68.º e 81.º e a introdução dos artigos 51.º-A a 51.º-D e artigos 54.º-A e 91.º-A.Todas essas alterações envolvem a desoneração de lucros, reservas e de mais e menos-valias.
Helena Farinha
Regime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valiasRegime de de participation exemption à entrada
SGPS, SCR e ICR e PALOP
Revoga-se:
• Regime fiscal das SGPS e das SCR e ICR, que previa a isenção de mais-valias na transmissão de participações sociais;
• Regime dos dividendos de subsidiárias em PALOP, o qual previa a exclusão de tributação dos dividendos recebidos; e
• Regime de reinvestimento das partes de capital.
Regime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valias13
Regime de de participation exemption à entrada
Regime aplicável:
• A mais e menos-valias realizadas com a transmissão de outros instrumentos de capital próprio associados às partes sociais, designadamente prestações suplementares; • À transmissão onerosa de partes sociais e de outros instrumentos de capital próprio no
âmbito de operações de reestruturação não abrangidas pelo regime de neutralidade fiscal.
Regime não aplicável:
• À transmissão onerosa de partes sociais quando o valor dos bens imóveis represente mais de 50% do ativo (exceto bens imóveis afetos a uma atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que não consista na compra e venda de imóveis); • Aos lucros e reservas que constituam gastos dedutíveis na entidade que os distribui
(instrumentos híbridos)
Helena Farinha
Regime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valiasRegime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valias15
Regime de de participation exemption à saída
• Estão dispensados de retenção na fonte os lucros e reservas colocados à
disposição de uma entidade não residente:
a) Residente na EU, no EEE ou em Estado com o qual tenha sido celebrada CDT. b) Sujeita a um imposto referido na Diretiva nº 2011/96/UE, de 30 novembro de
2011, ou a um imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC, desde que, na situação 3. supra, a taxa legal não seja inferior a 60% da taxa de IRC, e c) Participação não inferior a 5% (24 meses).
• Estão dispensados de retenção na fonte os lucros e reservas colocados à
disposição de uma entidade residente se: a) Participação não inferior a 5% (24 meses).
Helena Farinha
Regime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valias
ESTABELECIMENTOS ESTÁVEIS Art.º 54.º-A -Lucros e Prejuízos de Estabelecimentos Estáveis situados fora do território português
Regime de Participation Exemption
Aplicável a lucros/reservas/mais e menos-valias17
Esta norma vem permitir que um sujeito passivo residente em território nacionalopte por excluir do cálculo do seu lucro tributável o resultado líquido do exercício
(lucro ou prejuízo) imputável a um EE que detenha fora de território português. A opção deve abranger, pelo menos, todos os EE situados na mesma jurisdição e ser
mantida por um período mínimo de três anos, a contar da data em que se inicia a sua aplicação (54.º A / 6).
A opção e a renúncia à aplicação do disposto no n.º 1 do art.º 54.º A deve ser
comunicada à Autoridade Tributária através do envio, por transmissão eletrónica de
dados, da declaração prevista no artigo 118.º, até ao fim do 3.º mês do período de
tributação em que se pretende iniciar ou cessar a respetiva aplicação (54.º A / 10).
Lucros e Prejuízos de Estabelecimentos Estáveis
situados fora do território português
Art.º 54.º-A
Helena Farinha
O exercício desta opção exige a verificação cumulativa dos seguintes requisitos: • Os lucros imputáveis a esse EE estejam sujeitos e não isentos de um imposto
referido no artigo 2.º da Diretiva n.º 2011/96/UE, do Conselho, de 30/11, ou de um imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC cuja taxa legal aplicável a esses lucros não seja inferior a 60% da taxa do IRC prevista no art.º 87.º / 1 (ou seja, inferior a 13,8% para 2014); e
• Esse EE não esteja localizado em “paraíso fiscal”
Se os lucros e prejuízos imputáveis ao EE não são incluídos para efeitos de determinação do lucro tributável em Portugal, obviamente também não haverá a
aplicação do crédito de imposto por dupla tributação internacional nem outro
método de eliminação da dupla tributação internacional ao abrigo de Convenção para evitar a dupla tributação (54º A / 8).
Lucros e Prejuízos de Estabelecimentos Estáveis
situados fora do território português
19
Helena Farinha
Lucros e Prejuízos de Estabelecimentos Estáveis
situados fora do território português
Art.º 54.º-A
Sociedade com sede em Portugal
Estabelecimento estável
fora do território nacional (exceto “paraísos fiscais)
Havendo opção:
os lucros gerados pelo EE não são tributados na esfera do head-office; e
as perdas apuradas pelo EE não são dedutíveis na esfera do head-office
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
Art.º 50.º-A
Rendimentos de patentes e
outros direitos de propriedade
industrial
21
Helena Farinha
Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial
Art.º 50.º-A Objetivo deste novo regime: reforçar a atratividade do sistema jurídico-tributário para as atividades de investigação e desenvolvimento.
São elencados os rendimentos que, sob condições, concorrem para a determinação do lucro tributável em apenas 50% do seu valor.
Atendendo à elevada mobilidade destes rendimentos o regime prevê também regras apertadas de aplicação, controlo e exclusão.
Aplicável apenas às patentes e aos desenhos ou modelos industriais registados em ou após 1 de janeiro de 2014
Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial
Art.º 50.º-A Sob condições, concorrem para a determinação do lucro tributável em apenas 50% do seu valor, os rendimentos seguintes:
• Rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou a utilização temporária dos seguintes direitos de propriedade industrial sujeitos a registo:
a) Patentes;
b) Desenhos ou modelos industriais.
• Rendimentos decorrentes da violação dos direitos de propriedade industrial referidos anteriormente.
Não se aplica aos rendimentos decorrentes de prestações acessórias de serviços incluídas nos contratos os quais, para o efeito, devem ser autonomizados dos
rendimentos provenientes da cessão ou da utilização temporária de direitos de propriedade industrial.
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.0123
Art.º 45.º-A
Ativos intangíveis,
propriedades de investimento e
ativos biológicos não consumíveis
Helena Farinha
ATIVOS INTANGÍVEIS, …
Art.º 45.º-AÉ aceite como gasto fiscal, em partes iguais durante os primeiros 20 períodos de tributação após o reconhecimento inicial, o custo de aquisição de:
Elementos da propriedade industrial (marcas, alvarás, processos de produção, modelos ou outros direitos assimilados) adquiridos a título oneroso e sem vigência temporal limitada (vida útil indefinida - § 107 da NCRF 6 – Ativos intangíveis);
Goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais . Na contabilidade este goodwill é tratado na NCRF 14 .
Mensuração ao custo menos qualquer perda por imparidade.
Não deve ser amortizado mas deve ser testado anualmente quanto à sua imparidade. Este goodwill representa um pagamento feito pela adquirente em antecipação de
benefícios económicos futuros de ativos que não sejam capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos.
25
Helena Farinha
ATIVOS INTANGÍVEIS, …
Art.º 45.º-A Este regime não é aplicável (art.º 45.º A / 4)
• Aos ativos intangíveis adquiridos no âmbito de operações de fusão, cisão ou entrada de ativos, quando seja aplicável o regime especial previsto no art.º 74.º • Ao goodwill respeitante a participações sociais
• Aos ativos intangíveis adquiridos a entidades residentes em “paraísos fiscais” (constantes da Portaria – Port.ª 150/2004 com as alterações da Port.ª 292/2011)
Aplicável aos ativos adquiridos em ou após 01/01/2014
Passa a ser aceite como gasto fiscal, em partes iguais durante aquele que seria o período máximo de vida útil:
• O custo de aquisição, as grandes reparações e beneficiações e as benfeitorias das propriedades de investimento mensuradas ao JV • O custo de aquisição dos ativos biológicos não consumíveis (ao JV)
…, Propriedades Investimento. e Ativos biológicos não consumíveis
Art.º 45.º-A
Relembra-se que as variações de justo valor contabilizadas em cada período (positivas ou negativas) não concorrem para a formação do lucro tributável (art.º 18.º / 9 CIRC)
NOTA:
A Comissão para a Reforma IRC entendeu que era “justificado atribuir as mesmas consequências jurídico-fiscais, independentemente de estes se encontrarem subsequentemente mensurados ao JV ou ao custo. A consideração deste gasto para efeitos fiscais visa pois neutralizar a circunstância de, estando contabilizados ao justo valor, não serem realizadas amortizações.”
27
Helena Farinha
… e ATIVOS BIOLÓGICOS não consumíveis
Art.º 45.º-ADados:
• Admita que a sociedade X, Lda adquiriu, em janeiro de 2014, um pomar de macieiras (AB não consumíveis) pelo valor de 1.000 u.m. • Estes ativos biológicos encontram-se mensurados na contabilidade ao
justo valor menos custos estimados no ponto de venda • O período de tributação coincide com o ano civil • Justo valor dos AB em 31.12.2014 = 880 u.m. • Custos estimados no ponto de venda = nulos
• Código da tabela I anexa ao DR 25/2009: 0065 – Outros pomares
Pedidos:
1 – Quais as correções fiscais a efetuar no quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC respeitante ao período de 2014?
2 - Na ausência deste novo art.º 45.º-A, qual(ais) a(s) correção(ões) a efetuar no quadro 07 da modelo 22 de IRC desse mesmo período?
EXEMPLO
… e
ATIVOS BIOLÓGICOS
não consumív
eis
Art.º 45.º-A
RESOLUÇÃO
Contabilidade:
Registo contabilístico a efetuar em 31-12-2014, face à redução de justo valor dos ativos biológicos: • Debitar a conta 664x – Perdas por redução de JV em AB de produção por ………….. 120 u.m. • Creditar a conta 3722 – AB de produção - Plantas ………..… 120 u.m.
FISCALMENTE:
• Custo de aquisição dos ativos biológicos = 1.000 u.m. • Taxa máxima do DR 25/2009 para o código considerado = 10% • Período de vida útil que se deduz da quota mínima = 20 anos
• Gasto aceite fiscalmente nos termos do n.º 3 do art.º 45.º-A = 1.000 u.m. / 20 = 50 u.m.
Vejamos então quais as CORREÇÕES a efetuar no quadro 07 da declaração modelo 22 de acordo com os pedidos:
29
Helena Farinha
… e ATIVOS BIOLÓGICOS não consumíveis
Art.º 45.º-ARESOLUÇÃO
FISCALMENTE – quadro 07 da mod. 22
Para 2014 anterioresAnos
Quadro 07 da modelo 22 IRC Campo Valor Valor
A acrescer
Ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação do justo valor
? 120,00 120,00
A deduzir Gasto fiscal previsto no n.º 3 do art.º 45.º-A ? 50,00 0,00
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
Art.º 22.º
SUBSÍDIOS
31
Helena Farinha
SUBSÍDIOS relacionados c/ ativos não correntes
Art.º 22.ºRegras para a inclusão no lucro tributável dos seguintes subsídios:
Subsídios respeitantes a Valor a incluir no Lucro Tributável, independentemente do recebimento
Ativos depreciáveis ou amortizáveis
Na mesma proporção da depreciação ou amortização calculada sobre o custo de aquisição ou de produção,
sem prejuízo do disposto no n.º 2
(quota mínima) Ativos intangíveis sem vida útil definida
Em partes iguais, durante os primeiros 20 períodos de tributação
(Proporção prevista no art.º 45.º -A) Propriedades de Investimento
subsequentementemensuradas ao justo valor
Durante o período de vida útil que se deduz da quota mínima de depreciação que seria aceite se o ativo
permanecesse reconhecido ao custo de aquisição
(Proporção prevista no art.º 45.º -A) Ativos biológicos não consumíveis,
subsequentementemensurados ao justo valor
N O V O
Considere os seguintes dados:
• Custo de aquisição do AB não consumível = 120.000,00 • Subsídio atribuído e recebido relacionado com o ativo =
90.000,00
• Taxa do DR 25/2009 (código 0050): 5%
• O ativo encontra-se mensurado ao justo valor menos custos estimados no ponto de venda
• Quantia escriturada em 31.12.2014 = 200.000,00
• Valor contabilizado em 2014 na conta 774 – Ganhos por aumento de justo Valor – AB de produção= 8.000,00
• Valor contabilizado na conta 7883 – Subsídios para investimentos = 0,00
Pedidos:
Indique quais as correções a efetuar no quadro 07 da mod.
SUBSÍDIOS relacionados c/ ativos não correntes
Art.º 22.º
33
Helena Farinha
RESOLUÇÃO
Correções no quadro 07 da modelo 22 respeitante ao ano de 2014
NOTA:
Taxa do DR 25/2009 = 5% Período de vida útil que se deduz da quota mínima = 40 anos Proporção que se deduz do n.º 3 do art.º 45.º-A (subsídio a tributar) = € 90.000 / 40 = € 2.250 Gasto aceite fiscalmente nos termos do n.º 3 do art.º 45.º-A = € 120.000 / 40 = € 3.000
Quadro 07 Apuramento do LUCRO TRIBUTÁVEL Campo Valor em €
A acrescer Subsídios ao investimento – art.º 22, n.º 1 c)
(proporção nos termos do art.º 45.º-A) ? 2.250,00
A deduzir
Ajustamentos não dedutíveis decorrentes da
aplicação do justo valor (n.º 9 do art.º 18.º) ? 8.000,00 Gastos dedutíveis - n.º 3 do art.º 45.º-A ? 3.000,00
SUBSÍDIOS relacionados c/ ativos não correntes
Art.º 22.ºReforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
Art.º 46.º e 48.º
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.0135
Helena Farinha
Alterações ao art.º 46.º
Conceito de mais-valias e menos-valias
Face à criação do art.º 45.º-A, que introduz o regime de dedutibilidade dos ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos não consumíveis, passou a prever-se que no cálculo das MV fossem também deduzidos os gastos do mesmo resultantes.
Ficam taxativamente previstas algumas situações que dão lugar ao apuramento de MV.
Transmissão onerosa de partes de capital
Critério valorimétricona determinação do custo de aquisição:
Regra: FIFO
Por opção: Custo médio ponderado
Neste caso
a) Não é aplicável a correção monetária prevista no art.º 47.º; e
b) A opção deve ser aplicada a todas as partes de capital que pertençam à mesma carteira e ser mantida por um período mínimo de três anos.
37
Helena Farinha
MAIS e MENOS-VALIAS
a nova fórmula de cálculo
MV = [VR – Enc.] – [ VA – Dep – (PPI e OP) – OGF ] x ccm
Em que:VR = Valor de realização
Enc = Encargos inerentes à venda VA = Custo aquisição
Dep = depreciações e amortizações fiscalmente aceites
PPI e OP = Perdas por imparidade e Outras perdas dedutíveis - art.º 28.º-A = PPI em dívidas a receber - art.º 31.-B = PPI em ativos não correntes OGF = Outros gastos fiscais (art.º 45.-A)
ccm = coeficiente correção monetária
Recordandoa fórmula de cálculo anterior à Lei 2/2014
MV = VR – Enc – (VA – Dep – PPI) x ccm
Em que:
VR = Valor de realização
Enc = Encargos inerentes à venda VA = Custo aquisição
Dep = depreciações e amortizações fiscalmente aceites PPI = Perdas por imparidade dedutíveis (art.º 35.º) ccm = coeficiente correção monetária
39
Recordando:
Não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável (23.º A / 1 l):
• As menos-valias realizadas relativas a barcos de recreio, aviões de turismo, que não estejam afetos à exploração de serviço público de transportes nem se destinem a ser alugados no exercício da atividade normal do SP; e
• As menos-valias realizadas relativas viaturas ligeiras de passageiros ou mistas,que não estejam afetos à exploração de serviço público de transportes nem se destinem a ser alugados no exercício da atividade normal do sujeito passivo, exceto na parte em que correspondam ao valor
fiscalmente depreciável nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º ainda não
aceite como gasto. Ou seja:
MAIS-VALIAS / MENOS-VALIAS
NOTA: Os limites de custo de aquisição das viaturas ligeiras de passageiros e mistas, previstos na alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do CIRC, foram fixados pela Portaria n.º 467/2010, de 07/07, e dependem do ano de aquisição da viatura. O limite fixado para períodos anteriores a 2010 era o que vigorava, para o mesmo preceito, antes da republicação do CIRC pelo Dec-Lei n.º 159/2009, de 13/07 (entrou em vigor em 1 de janeiro de 2010)
MV fiscal dedutível = Valor limite / Valor aquisição x MV fiscal
Helena Farinha
Conceito de mais valias e de menos-valias
Art.º 46.ºFace ao aditamento do art.º 45.º-A, que introduz o regime de dedutibilidade de gastos fiscais relativamente aos ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos não consumíveis, passou a prever-se que no cálculo das MV fossem também deduzidos os gastos daí resultantes.
EXEMPLO
• Recuperando o caso do exemplo dado a propósito do aditamento do art.º 45.º-A, admita agora que a sociedade X vende em 2015 aqueles ativos biológicos pelo valor de 700 u.m. • Admita um coeficiente de correção monetária (ccm) = 1
• A empresa declarou a intenção de reinvestir o valor de realização. Pedidos:
1 – Indique quais os movimentos contabilísticos efetuados em 2015.
2 – Indique quais as correções a efetuar no quadro 07 da modelo 22 de IRC respeitante a 2015.
41
Helena Farinha
Conceito de mais valias e de menos-valias
Art.º 46.ºRESOLUÇÃO
Recuperando os dados do problema:
• Custo aquisição: 1.000 u.m. | Ano de aquisição: 2014 | Ano de alienação: 2015 • Quantia escriturada: Em 31-12-2014: 880 u.m.
• Gasto fiscal considerado em 2014 nos termos do n.º 3 do art.º 45.º CIRC: 50 u.m. • Valor de realização: 700 u.m. | Coeficiente de correção monetária (ccm) = 1
CONTABILIDADE | GANHO/PERDA
Perda Contabilística = = VR – QE = 700 – 880 =- 180
• Debitar a conta 21xx / 12xx ……. por 700 u.m. (Pelo valor de realização)
• Debitar a conta 6871 ………... por 180 u.m. (Pela perda na alienação dos AB de produção)
• Creditar a conta 3722 ……..……. por 880 u.m. (Pela alienação dos AB de produção)
FISCALMENTE:Mais ou Menos-Valia Fiscal
Mais-Valia realizada = - 250
Dado por: VR – (VA – Dep. - OGF) x ccm = = 700 – (1.000 – 50) x 1 = 700 – 950
Em que:
VR = Valor de realização VA = Custo aquisição Dep = depreciações OGF = Outros gastos fiscais
ccm = coeficiente correção monetária
Conceito de mais valias e de menos-valias
Art.º 46.ºRESOLUÇÃO
Correções no quadro 07 da modelo 22 respeitante ao ano de 2015
NOTA: Calculando a menos-valia pela lei que vigorou até 31-12-2013, teríamos: Mais-Valia = VR – (VA – Dep.) x ccm = 700 – 1.000 x 1 = - 300
Quadro 07 da modelo 22 IRC Campo Valor
A acrescer Perda contabilística ("Menos-Valia" contabilística) ? 180,00
A deduzir Diferença negativa entre as mais-valias e as
43
Helena Farinha
Reinvestimento dos valores de realização
Art.º 48.ºO regime de reinvestimento não é aplicável (n.º 9)
• às mais e menos-valias realizadas pelas sociedades fundidas, cindidas ou contribuidoras no âmbito de operações de fusão, cisão ou entrada de ativos • às mais e menos-valias realizadas na afetação permanente de bens a fins alheios
à atividade exercida pelo sujeito passivo
• às mais e menos-valias realizadas pelas sociedades em liquidação
É eliminado o regime do reinvestimento no que se refere às partes sociais (anterior
n.ºs 4 e 7)
“… este regime é consumido pelo novo artigo 51.º-C que prevê a possibilidade de isentar as mais-valias relativas a participações qualificadas, em qualquer situação, perdendo por isso a sua razão de ser.”
Reforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01Alterações ao art.º 48.º
45
Helena Farinha
Mais-Valias | Reinvestimento dos valores de realização
Art.º 48.º O regime do reinvestimentopassa a:
•excluiras propriedades de investimento
•incluir os ativos intangíveis (não é porém aplicável aos ativos intangíveis
adquiridos ou alienados a entidades com as quais existam relações especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.º)
•exigir-seque os bens em que seja concretizado o reinvestimento sejam mantidos
por um período não inferior a um ano contado do final do período de tributação
em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior, a realização. (Antes não havia esta condição)
Foi eliminada a expressão “afetos à exploração” quando se dizia que … o valor de
realização … seja reinvestido na aquisição, produção … de AFT, AB não consumíveis ou em PI, afetos à exploração, com excepção dos adquiridos em estado de uso …”
O regime de reinvestimento não é aplicável
• às mais e menos-valias realizadas pelas sociedades fundidas, cindidas ou contribuidoras no âmbito de operações de fusão, cisão ou entrada de ativos • às mais e menos-valias realizadas na afetação permanente de bens a fins alheios
à atividade exercida pelo SP
• às mais e menos-valias realizadas pelas sociedades em liquidação
É eliminado o regime do reinvestimento no que se refere às partes sociais
Diz-se no Relatório da Reforma IRC que “ este regime é consumido pelo novo artigo 51.º-C que prevê a possibilidade de isentar as mais-valias relativas a
participações qualificadas, em qualquer situação, perdendo por isso a sua razão de ser.”
Face a esta eliminação, nas situações que se venham a enquadrar no n.º 4 do art.º 51.º-C haverá tributação em 100% (anteriormente aplicando-se-lhe o regime de reinvestimento poderiam ser tributadas apenas em metade do sue valor).
Mais-Valias | Reinvestimento dos valores de realização
Art.º 48.º47
Helena Farinha
Condições a verificar para a tributação em 50% do saldo entre as mais e a menos-valias: Aplicável quando está em causa o reinvestimento do valor de realização dos seguintes
ativos detidos por um período não inferior a um ano:
Ativos Fixos Tangíveis, Ativos Intangíveis ou Ativos Biológicos não consumíveis
(ainda que tenham sido classificados como ANCDV)
Desde que:
oreinvestimentoocorra no próprio período de tributação ou até ao fim do 2.º período de tributação seguinte na aquisição de Ativos Fixos Tangíveis , Ativos Intangíveis ou
Ativos Biológicos não consumíveis
o reinvestimento não se concretiza na aquisição de bens em estado de uso a SP de IRS ou IRC c/ o qual existam relações especiais nos termos definidos no n.º 4 do art.º 63.º; e
Os novos bens adquiridos sejam detidos por um período não inferior a um ano contado do final do período de tributação em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior, a realização.
Mais-Valias | Reinvestimento dos valores de realização
Art.º 48.ºReforma do IRC
– Lei n.º 2/2014, de 16.01
TAXAS / Pagamento
Taxas
Taxas de tributação autónoma
49
Helena Farinha
TAXAS
Art.º 87.º / 1TAXA normal 2013
2014
2015 OBSContinente 25%
23%
21%Entre 17% e 19% em 2016 dependendo da avaliação da reforma e da situação económica do país e ponderada a reformulação dos regimes do IVA e do IRS(art.º 8º Lei 2/2014)
TAXAS
Art.º 87.º / 2 e 3Taxa para as PME
(DL 372/2007, de 6/11)(*) Sujeita às regras europeias aplicáveis em matéria de auxílios de minimis.Portanto esta taxa reduzida vai concorrer com outros auxílios concedidos à empresa (nomeadamente benefícios fiscais) que, no seu valor total, não podem exceder € 200.000, ou € 100.000 no caso particular do sector dos transportes rodoviários, durante um período de três anos.
Benefício máximo das entidades que aproveitam esta taxa reduzida = € 900 [i.e., € 15 000 x (23% - 17%)]
Matéria coletável
Taxa Continente
Primeiros 15 000 Eur
17 %
*
51
Helena Farinha
TAXAS
Art.º 87.ºPrevê-se no Dec-Lei n.º 372/2007, de 06/11 que uma empresa é PME (micro,
pequena ou média empresa) quando:
Dimensão Nº Efetivos Volume de Negócios ou Balanço Total
PME < 250
<= 50 Milhões de Euros (VN) ou <= 43 Milhões de Euros (BT) Micro < 10 <= 2 Milhões de Euros Pequena < 50 <= 10 Milhões de Euros
Média As PME que não forem micro ou pequenas empresas
Estabelecimentos estáveis situados fora do território português
O art.º 88.º não se aplica relativamente às despesas ou encargos de EE situados fora do território português e relativos à atividade exercida por seu intermédio. (art.º 88.º/16).
Taxas de TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Art.º 88.ºSujeitos passivos a que se aplique o Regime Simplificado
A estes SP não são aplicáveis as taxas de tributação autónoma previstas nos n.ºs 7, 9, 11 e 13, bem como o disposto no n.º 14 (art.º 88.º/15):
N.º 7 – Despesas de representação
N.º 9 – Ajudas de custo e compensação pela deslocação em viatura própria … N.º 11 – Lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a SP que beneficiem de
isenção total ou parcial
N.º 13 – Indemnizações, compensações e bónus (pagos a gestores, administradores ou gerentes)
53
Helena Farinha
Taxas de Tributação Autónoma
Art.º 88.º / 3 e 6
Viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos
Deixa de se fazer alusão a viaturas mistas.
As viaturas movidas exclusivamente a energia elétrica continuam a não estar sujeitas a TA.
Deixa-se de haver remissão para a alínea e) do n.º 1 do art.º 34.º (remete para a Portaria).
Excluem-se agora da sujeição a TA todos os encargos (e não só as
depreciações) relacionados com as viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.º 9) da alínea b) do art.º 2.º do CIRS.
Taxas de Tributação Autónoma
Art.º 88.º / 6 e 14Custo de aquisição (em euros)
Taxa de tributação autónoma (em %) c/ Lucro Tributável c/ Prejuízo Fiscal
Inferior a 25 000 10,0 % 20,0 %
[ 25 000, 35 000 [ 27,5 % 37,5 %
Igual ou superior a 35 000 35,0 % 45,0 %
Custo de aquisição (em euros)
Taxa de tributação autónoma (em %)
Em 2012 / 2013
C/ Lucro tributável C/ Prejuízo Fiscal
< 25 000 10 % 20 %
> 25 000 20 % 30 %
Viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos
As novas taxas são aplicáveis independentemente da data de aquisição ou locação
Em
2014
Em
2012 e
55
Helena Farinha
Lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que
beneficiam de isenção total ou parcial
Passa de 25% para
23% a taxa de tributação autónoma
referente aos lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que beneficiam de isenção total ou parcial, quando as partes de capital a que respeitam os lucrosnão sejam detidas por período mínimo de um ano.
Taxas de Tributação Autónoma
Art.º 88.º / 112014
As taxas de tributação autónoma previstas no presente artigo sãoelevadas em 10 pontos percentuais quanto aos SP que apresentem prejuízos fiscais no período a que respeitem quaisquer dos factos tributários referidos nos
números anteriores
relacionados com o exercício de uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola não isenta de IRC.
SP que apresentem
prejuízos fiscais
no período de tributação
Taxas de Tributação Autónoma
Art.º 88.º N O V O Em 2013As taxas de tributação autónoma previstas no presente artigo são
elevadas em 10 pontos percentuais quanto aos SP que apresentem prejuízos fiscais no período a que
respeitem quaisquer dos factos
tributários referidos nos números
Resumo para 2014
57
Helena FarinhaTaxas de TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Art.º 88.º CIRCn.º Natureza da despesa/encargo Taxa Normal
1 Despesas não documentadas – Em regra 50%
2 Despesas não documentadas – SP total ou parcialmente isentos 70% 2 Despesas não documentadas – SP que não exercem a título
principal … 70%
2 Despesas não documentadas – SP com rendimentos enquadráveis
no art.º 7.º CIRC 70%
3 Despesas com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos (exceções no n.º 6)
Entre 10% e 35%
7 Despesas de representação 10%
Art.º 18.º/ 8: Estas taxas serão elevadas em 10 p.p. quanto aos SP que apresentem Prejuízos Fiscaisno período a que respeitem quaisquer dos factos tributários referidos nos números anteriores relacionados com o exercício de uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola não isenta de IRC.
Resumo para 2014
Taxas de TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Art.º 88.º CIRCn.º Natureza da despesa/encargo NormalTaxa
8
Despesas pagas a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do
território nacional e aí submetidas a um regime fiscal mais favorável, salvo se ...
• SP “normais”
35%
8
Despesas pagas a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do
território nacional e aí submetidas a um regime fiscal mais favorável, salvo se ...
• Despesas pagas por SP total ou parcialmente isentos ou que não exerçam a título principal…
55%
Art.º 18.º/ 8: Estas taxas serão elevadas em 10 p.p. quanto aos SP que apresentem Prejuízos Fiscaisno período a que respeitem quaisquer dos factos tributários referidos nos números anteriores relacionados com o exercício de uma atividade de natureza
Resumo para 2014 / Ajudas de custo e “Km”
59
Helena FarinhaTaxas de TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Art.º 88.º CIRCn.º Natureza da despesa/encargo NormalTaxa
9
Encargos dedutíveis relativos a ajudas de custo e à compensação por
utilização de viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não faturados a clientes (exceto se tributados em IRS)
5%
9
Encargos não dedutíveis nos termos da al. h) do n.º 1 do art.º 23.º-A suportados por SP que apresentem PF no período
Encargos relativos a ajudas de custo e à compensação por utilização de viatura própria ao serviço da empresa, não
faturadas a clientes, sempre que a entidade patronal não possua
os mapas ali referidos
5%
Art.º 18.º/ 8: Estas taxas serão elevadas em 10 p.p. quanto aos SP que apresentem Prejuízos Fiscaisno período a que respeitem quaisquer dos factos tributários referidos nos números anteriores relacionados com o exercício de uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola não isenta de IRC.
Resumo para 2014
Taxas de TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Art.º 88.º CIRCn.º Natureza da despesa/encargo Taxa Normal
11 Lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos
passivos que beneficiam de isenção total ou parcial 23% 13 a) Indemnizações ou outras compensações pagas a órgãos de
gestão 35%
13 b)
Bónus e outras remunerações variáveis pagas aos órgãos de gestão superiores a 25% da remuneração anual e possuam valor superior a 27 500 euros (c/ exceções)
35%
Art.º 18.º/ 8: Estas taxas serão elevadas em 10 p.p. quanto aos SP que apresentem Prejuízos Fiscaisno período a que respeitem quaisquer dos factos tributários referidos
Resumo para 2014
61
Helena FarinhaTaxas de TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Art.º 18.º / 2 b) do EBFNatureza da despesa/encargo Taxa
Normal
Taxa Agravada (*)
Contribuições das entidades patronais para regimes de segurança social
A inobservância de qualquer das condições previstas no
n.º 1 do art.º 18.º do EBF determina para a empresa a
tributação autónoma, à taxa de 40 %, no exercício do
incumprimento das contribuições que nesse exercício, bem como nos dois exercícios anteriores, beneficiaram do regime de isenção previsto no n.º 1. (isenção de IRS)
40% s/
agravamento
(*) Não há agravamento de taxa em 10 p.p. . O art.º 88.º/14 apenas agrava as taxas previstas nessa norma.
PEC – Pagamento Especial por Conta
No essencial temos que:
• O PEC passa a ser dedutível à coleta até ao sexto período de tributação, deixando o reembolso, no final desse período, de depender de inspeção da AT.
• O valor mínimo do PEC é mantido em € 1.000.
• As alterações ao PEC apenas são aplicáveis aos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014.
63
Helena Farinha
Nova redação aplicável aos PEC relativos a períodos iniciados em ou após 1.1.2014 A dedução do PEC pode ser feita até ao 6.º período de tributação seguinte
(antes era até ao 4.º)
Reembolso em caso de cessação
Em caso de cessação de atividade no próprio período ou até ao 6.º período de tributação posterior àquele a que o PEC respeita, a parte que não possa ter sido
deduzida é reembolsada mediante requerimento (*) a apresentar no prazo de 90
dias a contar da data da cessação
Pode ainda ser requerido (*) o reembolso da parte não deduzida no prazo de 90 dias
a contar do termo do período de dedução
NOTA: Este reembolso deixa de depender dos requisitos anteriormente exigíveis (*) Requerimento dirigido ao chefe do serviço de finanças da área da sede, direção efetiva ou estabelecimento estável em que estiver centralizada a contabilidade
PEC
- Pagamento Especial por Conta
Art.º 93.ºn.º 11: Dispensa de efetuar PEC
No período de início de atividade e no período seguinte Cessação de atividade – Ofício Circulado n.º 82/98, de 18/03
• Se cessar até ao termo do prazo de pagamento da 2.ª prestação. Caso não cesse deve efetuar a totalidade do PEC até essa data.
SP totalmente isentos de IRC nos termos dos art.ºs 9.º e 10.º CIRC e art.º 66.º-A EBF (Cooperativas isentas)
SP que se encontrem com processos no âmbito do CIRE, a partir da data da instauração desse processo
SP que tenham deixado de efetuar vendas ou prestações de serviços e tenham entregue a respetiva declaração de cessação de atividade a que se refere o art.º 33.º CIVA