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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”.

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CAUSADOS EM SEMENTES DE SOJA TRATADAS COM IMIDACLOPRID + TIODICARBE

MATHEUS VARGAS DESTEFANI

FOZ DO IGUAÇU - PR 2017

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MATHEUS VARGAS DESTEFANI

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CAUSADOS EM SEMENTES DE SOJA TRATADAS COM IMIDACLOPRID + TIODICARBE.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

Profº. Orientador: Dr José Luiz G. Soto

FOZ DO IGUAÇU – PR 2017

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais e à minha irmã pelo suporte que sempre me ofereceram além do incentivo que a todo o momento esteve presente.

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AGRADECIMENTOS

À Deus pela oportunidade de estar apresentando este trabalho.

A minha família, mãe Fátima Mariza Vargas Destefani, meu pai, Vanderlei Destefani e minha irmã Kassiana Vargas Destefani, que sempre acreditaram no meu esforço. Obrigado por estarem ao meu lado. Sem a educação e o zelo que tiveram por mim eu não seria nada. Aos professores que passaram por esta caminhada, em especial ao professor Dr. José Luis Soto Gonzales com quem tive a satisfação de dar progresso ao trabalho final do curso. Meu muito Obrigado.

Também meus agradecimentos à aos amigos da equipe de desenvolvimento da empresa CHD’S Agrochemicals – PY em especial ao Sr. Ademir Lima por fornecer material e suporte a este trabalho.

E a todos aqueles que sempre desejaram o meu sucesso e crescimento pessoal e profissional durante o curso.

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EPÍGRAFE

“Se você ainda não achou uma causa pela qual valha a pena morrer, você ainda não achou razão de viver”.

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VARGAS DESTEFANI, Matheus. Avaliação dos efeitos causado em sementes de soja tratadas com Imidacliprid + Tiodicarb. Foz do Iguaçu, 2017. Work Final Graduation – University Center Dynamics Falls.

RESUMO

A Glycine Max é uma planta que representa um importante valor econômico no cenário mundial. O tratamento de sementes de soja com inseticidas traz tanto benefícios como também prejuízos se manejadas de maneira errada. Os testes de vigor são empregados para dar segurança ao produtor que irá utilizar determinada semente para que não obtenha percas significativas com seu material. Este trabalho teve com objetivo avaliar as sementes tratadas com o inseticida Imidacloprid + Tiodicarbe em períodos onde a semente foi submetida a ficar tratada por até dez dias. Foram realizados estudos a campo e em laboratório para confirmar se esse inseticida traz danos a emergência das sementes. O teste escolhido para laboratório foi o envelhecimento acelerado onde havia dois níveis, alto e baixo vigor. Neste teste foi constatado através de analises de variância que diante dos parâmetros Índice de Velocidade de Germinação, Taxa de Germinação, Plântulas Normais que o inseticida dentro de um período de 10 dias tratados é viável de utilização para sementes de baixo vigor. A campo implantou-se em 3 períodos de plantio, 0 dias tratadas, 3 dias tratadas e 5 dias utilizando ao total 120 sementes ou 40 por período. Avaliou-se com 15 dias de experimento crescimento de raiz e plântula, plântulas normais, taxa de germinação e a cada 24 horas para se ter o índice de velocidade de germinação onde de acordo com as análises de variância o inseticida causou resultados negativos para as sementes de baixo vigor contendo tratamento.

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VARGAS DESTEFANI, Matheus. Evaluation of the effects caused in soybean seeds treated with Imidacliprid + Thiodicarb. Foz do Iguaçu, 2017. Work Final Graduation – University Center Dynamics of Falls.

ABSTRACT

Glycine Max is a plant that holds significant economic value on the world stage. The treatment of soybean seeds with insecticides brings many benefits as losses if handled in the wrong way. Vigor tests are used to give safety to the producer who will use a particular seed so that he does not get significant losses with his material. This work aimed to evaluate the seeds treated with the insecticide Imidacloprid + Thiodicarb in periods where the seed was submitted to being treated for up to ten days. Field and laboratory studies were carried out to confirm if this insecticide damages seed emergence. The test chosen for the laboratory studies was accelerated aging where there were two levels of vigor, high and low. In this test it was verified through variance analyses that the parameters of Germination Speed, Germination Rate and Normal Seedlings that the insecticide within a 10 day treated period is feasible to use for low vigor seeds. The field tests were implanted in 3 planting periods, 0 treated days, 3 treated days and 5 days using a total of 120 seeds or 40 per period. Root and seedling growth, normal seedlings, germination rate and were evaluated under 15 days. Every 24 hours the test was evaluated in order to obtain the germination speed index. According to the variance analyses, the described insecticide caused negative results for those seeds that contained low vigor.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Local de realização do estudo experimental...23

Figura 2: Tratamento das sementes com Imidacloprid + Tiodicarb...24

Figura 3: Teste de envelhecimento acelerado após 48 horas...26

Figura 4: Experimentação divida em 3 períodos...28

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estádios de desenvolvimento da soja proposto por Fehr e Caviness

(1977)...15

Tabela 2: Disposição dos tratamentos em EA...26

Tabela 3: Disposição dos tratamentos a campo para os 3 tratamentos...27

Tabela 4: Grau de umidade em EA tradicional...30

Tabela 5: Dados médios para IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao testes de Envelhecimento Acelerado por 48 horas...30

Tabela 6: Dados médios para IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de Envelhecimento Acelerado por 72 horas...32

Tabela 7: Dados médios para IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de Envelhecimento Acelerado por 96 horas...32

Tabela 8: Dados médios entre os períodos de tratamentos para os parâmetros IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula), CR (Crescimento de Raiz) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de campo...33

Tabela 9: Dados médios entre os períodos de tratamentos para os parâmetros IVG e IVG transformado (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula), CR (Crescimento de Raiz) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de campo...34

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 13 1.1 OBJETIVOS ... 14 1.1.1 Objetivos Gerais ... 14 1.1.2 Objetivos Específicos ... 14 2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 CULTURA DA SOJA ... 15 2.2 MORFOLOGIAS DA SOJA ... 15 2.3 FENOLOGIA DA SOJA ... 17 2.4 TRATAMENTO DE SEMENTES ... 18 2.4.1 Imidacloprid ... 19 2.4.2 Tiodicarbe ... 19 2.4.3 Thiodicure Seed® ... 20 2.5 VIGOR E GERMINAÇÃO ... 20 2.5.1 Germinação ... 20 2.5.1.1 Plântulas Normais ... 21 2.5.1.2 Plântulas Anormais... 21 2.5.2 Vigor ... 21 2.6.1 Envelhecimento Acelerado ... 22

2.6.2 Velocidade de Emergência de Plântulas ... 23

2.6.3 Porcentagem de Emergência de Plântulas... 24

2.6.4 Crescimento de Raiz e Plântula ... 24

3. MATERIAL E MÉTODOS ... 25

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 25

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ... 25

3.2.1 Procedimento Experimental em Laboratório... 26

3.2.1.1 Envelhecimento Acelerado ... 27

3.2.2 Procedimento Experimental a Campo ... 29

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 32

5. CONCLUSÃO ... 37

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1. INTRODUÇÃO

As perspectivas e o valor comercial do grão de soja a coloca no cenário atual sobre grandes cuidados, principalmente quando se tratam do seu cultivo, desde a escolha e tratamento de sementes até a colheita, armazenamento e comercialização. Segundo COSTA NETO e ROSSI, 2000, os grãos dessa planta são importantes pelo uso da agroindústria, quando a convertem em óleo vegetal; rações para alimentação animal; na indústria química; alimentos para consumo humano; e mais recentemente como fonte alternativa de biocombustível. Esse motivo à torna atraente do ponto de vista comercial e econômico para os envolvidos.

Nos dias atuais, a soja pode ser considerada um dos principais produtos de exportação do Brasil e uma das principais mercadorias do mundo. Acrescenta-se a isto o fato de que cresce aceleradamente a sua participação na alimentação humana e na obtenção de outros produtos como adubos, revestimentos, papel, tintas e até combustível (EMBRAPA, 2011).

Cerca de 90% das culturas usadas para alimentação são reproduzidas por sementes. Nove destas são mencionadas como fundamentais: soja, trigo, arroz, milho, feijão, amendoim, sorgo, cevada e beterraba açucareira (HENNING, 2005). Esta oleaginosa é um dos notáveis produtos de exportação brasileiro que à torna essencial na economia. As exportações representam mais de 54 milhões de toneladas da mercadoria, números que equivalem às cifras de 21 bilhões de dólares para os cofres nacionais (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, 2016). Porém, mesmo com estes rendimentos significativos, elementos desfavoráveis como insetos-pragas delimitam a performance desta cultura.

A soja é hospedeira de alguns artrópodes e seu rendimento é diretamente afetado pela pressão de diferentes pragas durante seu ciclo. Há relatos de mais de 300 espécies de parte aérea e de solo e aproximadamente 35 destas, são avaliadas como importantes nesta cultura (MOSCARDI et al., 2013). O ataque pode começar a partir das sementes em emergência até grãos em armazém e leva em conta os fatores regionais, método de cultivo praticado, clima e característica do solo. O clima tropical e subtropical predominante no Brasil contribui para o aumento da população de inúmeros insetos-pragas. À medida que estas espécies começam a causar danos econômicos e aparecem em elevados números, denomina-se ela como praga.

(DEGRANDE E VIVAN, 2012) mencionam que a utilização de defensivos agrícolas no tratamento de sementes confere à planta condições de defesa, o que possibilita maior potencial para o desenvolvimento inicial da cultura. O controle de pragas e doenças que

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atacam a soja é realizado desde o início de seu ciclo com uso de defensivos no tratamento de sementes, sendo essa uma prática amplamente adotada e que se mostra eficiente.

1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivos Gerais

A finalidade deste experimento é analisar as propriedades agronômicas de germinação e vigor de sementes de soja. Como alguns autores classificam o tratamento de sementes com Tiodicarbe + Imidacloprid negativo para emergência e crescimento de plântula em algumas sementes, se objetiva compara-las se houve danos ou não após o tratamento com estes ingredientes ativos a fim de levantar resultados para alertar o produtor ao limite máximo deste intervalo tratamento x plantio e também agregar melhorias das praticas diárias de empresas, profissionais do ramo e para futuras pesquisas.

1.1.2 Objetivos Específicos

Avaliar os lotes de sementes tratados com o inseticida Imidacloprid 15% + Tiodicarbe 45% forçando a deterioração do vigor pelo teste de envelhecimento acelerado a 41° C em câmara B.O.D.

Avaliar a germinação após a emergência em condições de campo em decorrência do dano causado pelo do tratamento de Imidacloprid + Tiodicarbe.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CULTURA DA SOJA

Com referencia de relatos antigos e de provas arqueológicas, é revelado que a soja, Glycine Max, tem sido domesticada pelo homem aproximadamente em XI a.C. Antes de ser difundida pelo mundo esta cultura foi originada e domesticada nas regiões Central e Nordeste da China. Coréia e Japão foram seus seguintes destinos logo se expandindo pela Ásia. Foi ingressada na Europa em 1712, vinda do Japão, cultivando-se na França em 1739 e na Inglaterra somente em 1790. (SEDIYAMA et al. 2005).

No Brasil, o primeiro registro de produção de soja foi no ano de 1882, na Bahia e em São Paulo em 1908 sendo trazida por imigrantes japoneses. Outros registros indicam que a soja foi inicialmente semeada na Estação Agronômica de Campinas, em 1891, para teste como planta forrageira. A partir da década de 70, a cultura da soja evoluiu e muito nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul (CONFERENCIA BIODIESEL, 2012).

A atividade comercial e rentável com a cultura da soja iniciou-se a sua exploração no sul do Brasil e hoje já é encontrado nas demais regiões, graças ao avanço tecnológico possibilitando o cultivo em áreas de cerrado. Nas terras despovoadas e desvalorizadas dos estados de Goiás e Mato Grosso, o cultivo da soja teve uma grande responsabilidade para povoar novas áreas, tudo isso teve resultado devido ao avanço tecnológico que possibilitou o plantio nas regiões aonde antes não eram propícios ao cultivo (FREITAS, 2011).

Representada como uma das mais importantes culturas mundial, a soja tem o Brasil como seu segundo maior representante quando se trata de produção mundial. Esta produtividade global em 2015 atingiu aproximadamente 313 milhões de toneladas, com os Estados Unidos em primeiro lugar, alcançando 34% deste total e em seguida o Brasil com uma fatia de 31% (United States Departament of Agriculture – USDA, 2016).

2.2 MORFOLOGIAS DA SOJA

As características morfológicas da planta de soja apresentam variabilidade influenciada pelo ambiente. Em geral é uma planta anual, ereta, herbácea, autógama, medindo entre 30 a 200 cm e desenvolvendo-se em 70 dias para variedades precoces e 200 dias para tardias (BORÉM, 1999).

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A semente de soja é formada pelo tegumento que envolve o embrião completamente desenvolvido. A variação de tamanho esta entre 2 a 30 g por 100 sementes. A cor amarela-palha, amarelo-oliváceo, verde-oliva, marrom, preta ou bicolor compõem a coloração do tegumento. No tegumento encontra-se o hilo do tipo cicatriz, possuindo formato linear que pode ser preta, marrom, cinza, amarelo-claro ou até mesmo da cor do tegumento (SEDIYAMA et al.1985).

Para ser considerada de alta qualidade a semente de soja deve ter atributos fisiológicos e sanitários, tais como alta taxa de vigor, de germinação e de sanidade. A integridade física da semente também é um fator importante ao bom desempenho no campo tanto na germinação como a boa emergência da plântula. Danos mecânicos reduzem a população, afetando a alta produtividade (KRZYZANOWSKI, 2004).

Do tipo herbáceo, ereto, pubescente e ramificado, o caule desenvolve-se a partir do eixo embrionário após o início da germinação. A primeira parte do caule originada é o hipocótilo, apresentando cor roxa, o ele apresenta cor roxa ou verde. Esta cor antecipa a cor que foi a flor da planta. Os de cor roxa terão flores roxas, e os de cor verde terão as flores branca. Os caules de crescimento indeterminado continuam crescendo após o florescimento da planta, já os de crescimento determinado, sessam esse crescimento após esta fase. (MÜLLER, 1981).

Quanto ás características morfológicas o sistema radicular é constituído por uma raiz principal pivotante, com ramificações distribuídas em quatro ordens. O comprimento das raízes pode chegar a até 1,80 m. A maior parte delas encontra-se a 15 cm de profundidade (DA SILVA NUNES, 2016). O seu caule é ramificado, desenvolve-se á partir do eixo embrionário. O desenvolvimento é dependente do tipo de crescimento, sendo que na maioria das cultivares o crescimento é ortótropo, podendo sofrer influência das condições externas. (SEDIYAMA, 2009)

A planta de soja possui um par de folhas simples, as quais estão inseridas opostamente no primeiro nó, acima do nó cotiledonar; possuem pecíolos longos, porém o seu comprimento varia em função do tipo de folha, posição da folha, da cultivar e das condições de luminosidade. As demais folhas são compostas, trifolioladas, cujas dimensões foliares dependem do vigor da planta (MÜLLER, 1981).

As flores são completas e axilares ou terminais, variando de 2 a 35 por racemo, do tipo papilionada, brancas, amarelas ou violáceas, segundo a cultivar. Os frutos, do tipo vagem, são

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achatados, curtos, de 2 a 7 cm de comprimento, de cor cinzenta, amarelo-palha ou preta e pode chegar a 400 por planta, com número de grãos variando de 1 a 5 por vagem, mas a 10 maioria das cultivares possuem 2 a 3 sementes (SEDIYAMA et al., 1996)

O legume da soja é levemente arqueado, peludo, formado por duas valvas de um carpelo simples, medindo de 2 até 7cm, onde aloja de 1 até 5 sementes. A cor da vagem da soja varia entre amarela-palha, cinza e preta, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta (DA SILVA NUNES, 2016).

2.3 FENOLOGIA DA SOJA

A caracterização dos estágios de desenvolvimento é fundamental para o estabelecimento de sistema de produção eficiente, por meio do manejo adequado da lavoura. Os estágios vegetativos são descritos utilizando-se a letra V seguida de um número, exceto para o estágio de emergência Ve e o cotiledonar Vc (SEDIYAMA, 2009).

Depois de atingir o equivalente a 50% do seu peso em água, inicia a germinação com crescimento da radícula e a elongação do hipocótilo e os cotilédones são levados para cima do solo (SEDIYAMA et al., 1996).

Esse estágio ocorre duas semanas após semeadura, dependendo da sua profundidade e das condições de temperatura e umidade do solo (SEDIYAMA, 2009).

A metodologia de descrição dos estádios de desenvolvimento proposta por Fehr e Caviness (1977), é a mais utilizada no mundo inteiro.

Tabela 1: Estádios de desenvolvimento da soja proposto por Fehr e Caviness (1977)

Estádio Denominação Descrição

Ve Vc V1 V2 V3 Vn Emergência Cotilédone Primeiro nó Segundo nó Terceiro nó Enésimo nó

Cotilédones acima da superfície do solo.

Folhas unifoliadas estão suficientemente estendidas e os bordos da folha não se tocam.

Folhas unifoliadas completamente desenvolvidas. Segunda folha trifoliada completamente desenvolvidas Terceira folha trifoliada completamente desenvolvida. Ante-enésima folha trifoliada completamente desenvolvida.

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2.4 TRATAMENTO DE SEMENTES

O processo de tratar a semente assegura estabelecer uniformidade das plantas desta cultura. Seu êxito esta diretamente relacionada com o ingrediente ativo a ser usado, do alvo a ser atingido, da posição das pragas, tanto no solo como a parte aera e de causas ambientais como clima, temperatura, fotoperíodo, e a disponibilidade hídrica (GASSEN 2006).

Para obter uma eficácia significativa, a praga deve ser identificada e, com base nas características de cada encontrada, utilizar a dose correta do inseticida. Os inseticidas são acionados logo após a semeadura e o tempo de permanência são de três semanas (PLATZEN, 2010).

O crescimento no número de produtos com disponibilidade para tratar sementes cresce conforme aumenta o valor e a importância de proteger e aprimorar sua performance no campo. Estes apresentam função de proteção (fungicidas ou inseticidas) ou nutrição (micronutrientes), tendo como objetivo principal, melhorar o desempenho da semente e das plântulas, consequentemente, tanto no aspecto fisiológico como econômico (AVELAR et al., 2011).

No cenário brasileiro, basicamente 100% das sementes de soja são tratadas com fungicidas, 30% com inseticidas, 50% com micronutrientes, intervindo também como uma proteção às sementes contra o complexo de fungos e insetos do solo, aumentando ou não o nascimento das plântulas e seu desempenho a campo, seja no estabelecimento inicial ou durante seu ciclo vegetativo (BAUDET e PESKE, 2013).

Apesar do tratamento de sementes constituir-se em uma operação rotineira, pouco se conhece sobre a influência dos inseticidas na germinação e no vigor das sementes se soja (DAN et al., 2012), podendo, alguns inseticidas, conferir além do efeito protetor, efeitos fisiológicos, auxiliando tanto no crescimento inicial quanto no desenvolvimento das plantas, alguns até inferindo negativamente.

Em 2011, (DAN et al.) avaliaram a qualidade fisiológica de sementes de soja utilizando tratamentos diferentes aplicados em determinado cultivar de soja. Os resultados apresentaram que os tratamentos com inseticida Thiametoxan, Fipronil e Imidacloprid proporcionaram adequada fisiologia de sementes sem prejudicar no desenvolvimento inicial das plantas, enquanto os inseticidas [Imidacloprid + Tiodicarbe], Acefato e Carbofuram prejudicaram a germinação e o vigor de sementes em estudo.

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2.4.1 Imidacloprid

Os neonicotinóides foram sintetizados a partir da molécula de nicotina, sendo o Imidacloprid um dos maiores representantes dessa classe. O Imidacloprid foi o primeiro neonicotinóide lançado no mercado em 1991 e tornou-se um dos inseticidas mais vendidos em 1999 (GUEDES et al., 2008). Os neonicotinóides imitam o neurotransmissor excitatório acetilcolina e competem com ele pelos seus receptores nicotínicos existentes na membrana pós-sináptica. No entanto, ao contrário da acetilcolina, ele não é degradado pela acetilcolinesterase, levando a hiperexcitação. (FARIA, 2009).

O Imidacloprid é uma molécula que está registrada em 120 países e seu uso convém tanto para área urbana e agricola. É um inseticida muito solúvel em água, não é volátil e é estável quando exposta à luz solar em terreno seco. Possui um amplo espectro onde atinge moscas, besouros, cupins, pulgas, formigas entre outros. Em relação a soja é eficiente contra Vaquinha Verde-Amarela (Diabrotica speciosa) e Mosca Branca (Bemisia tabaci biótipo B) (FOSTER et al., 2003).

Por ser um inseticida altamente tóxico para as abelhas, o uso de Imidacloprid deve ser evitado durante o período de florescimento, e utilizá-lo apenas através do tratamento de sementes ou aplicação de grânulos para minimizar os efeitos em insetos polinizadores não alvo (SUCHAIL et al., 2000).

2.4.2 Tiodicarbe

Os Carbamatos foram introduzidos no mercado consumidor desde 1950, muito utilizado pelos países em desenvolvimento. Existem hoje aproximadamente 14 tipos diferentes de inseticidas carbamatos disponíveis no mercado. O motivo do ingresso deste grupo se deve a possibilidade em fazer mistura sistêmicas que permite translocar na planta e de maior residualidade podendo permanecer até semanas na planta. Também obteve avanço em comparação aos grupos químicos anteriores, na detoxificação de mamíferos onde é mais rápido que em insetos e são menos persistentes no meio ambiente (CASIDA e QUISTAD, 1998).

Este grupo inseticida, foi gerado para exercem papel na degradação da neurotransmissora acetilcolina (AChE) dos insetos, causando o bloqueio desta enzima,

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afetando e parando a transmição de impulsos nervosos onde o alvo é conduzido a morte (SANTOS; DONNICI, 2007).

O Tiodicarbe que está incluído no grupo dos Carbamatos é efetivo para o controle de ovos e larvas de lepidópteros através de contato e ingestão. No tratamento de sementes os principais alvos são Lagarta Elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Lagarta da Soja (Anticarsia Gemmatalis).

2.4.3 Thiodicure Seed®

O Thiodicure Seed® (Imidacliprid 15% + Tiodicarbe 45%) é um inseticida sistêmico do grupo neonicotinoide (Imidacloprid) + inseticida de contato e ingestão do grupo metilcarbamato de oxima (Tiodicarbe). Para a cultura da soja, no tratamento de sementes inseticida visa combater pragas inciais como Vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa), Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Piolho-de-cobra (Jullus hesperus), Corós (Phillophaga cuyabana Liogenys), Nematóide-das-lesões-radiculares (Pratylenchus brachiurus) e Nematóide-de-galhas (Meloidogyne javanica) (GASSEN, 2006).

2.5 VIGOR E GERMINAÇÃO

2.5.1 Germinação

A semente é a parte encarregada pela disseminação e seguimento das plantas que as produzem. O termo semente é utilizado para designar um óvulo maduro, possuindo um eixo embrionário em algum estágio de desenvolvimento, material de reserva alimentar (raramente ausente) e um envoltório protetor, o tegumento (DAMIÃO FILHO e MÔRO, 2001).

A semente de soja inicia a germinação por meio da absorção de água em quantidades equivalentes a 50% de seu peso. Uma vez embebida a semente, evidencia-se a sua germinação com o crescimento da radícula, ou raiz primária, que se prolonga para baixo, fixando-se sozinha no solo.

O Teste de Germinação determina o potencial máximo de germinação de um lote de semente, o qual pode ser usado para comparar a qualidade de diferentes lotes e também estimar o valor para semeadura em campo (MAPA, 1999).

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2.5.1.1 Plântulas Normais

Uma plântula normal é aquela que possui capacidade de manter seu progresso e gerar plantas normais, quando há condições em seu favor. Para isso ela deve demonstrar combinações em sua forma: Raiz primária longa e delgada; Raiz secundária produzidas no determinado tempo do experimento (LOBO et. al., 2013).

2.5.1.2 Plântulas Anormais

Não possuem capacidade de continuidade de seu progresso e de gerar plantas normais, ainda que tendo condições que favorecem. Plântulas danificadas são aquelas que possuem estrutura fundamental faltante ou muito avariada que prejudique o desenvolvimento. Plântulas deformadas possuem desempenho baixo ou problemas fisiológicos ou estruturas irregulares. Plântulas deterioradas são estruturas muito infectadas ou com danos mecânicos que atrapalhem seu progresso normal. Sementes Duras são aquelas que não absorvem água por mais tempo que o normal e no final se mostram como sementes de aspecto recém-inseridas no substrato. Sementes Dormentes mesmo que viáveis não germinam, possuem capacidade de absorver água e intumescer, mas até o fim do teste não germinam e nem deterioram. As Sementes Mortas não germinam ao final do teste, normalmente mostram-se branda, não estando duras, nem dormentes. Foram atacadas por microrganismos e não apresentam nenhum sinal de inicio de germinação. residual (MACHADO, 2002).

2.5.2 Vigor

O vigor é o agregado de atributos que confere à semente a capacidade para germinar, emergir e resultar rapidamente em plântulas normais, sob ampla diversidade de condições ambientais (MARCOS FILHO, 1999).

A consequência da utilização de sementes de soja com vigor comprometido é a obtenção de populações de plantas inadequadas que, por sua vez, resultará em redução da produtividade (FRANÇA NETO et al., 1994). O reflexo do vigor das sementes pode ocorrer até na população final de plantas, na medida em que as oriundas de plântulas com emergência mais tardia, menos vigorosas, podem não completar o seu ciclo. Segundo MARCOS FILHO,

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1999, A utilização de testes de vigor e germinação determina a qualidade fisiológica de sementes. Os objetivos deste teste são:

I) Complementar os resultados do teste de germinação, verificando desigualdade significativa nos lotes de sementes que possuem germinação semelhante.

II) Diferenciar os lotes de alto e baixo vigor, pois o resultado final pode determinar semelhança entre os mais e menos vigorosos. Essa diferenciação é de suma importância para a pratica de um manejo correto após a colheita ou o possível descarte dos lotes para não aumentar a possibilidade de criar prejuízos a consumidores e produtores.

III) Especificar lotes em diferentes níveis de vigor, igualmente, quanto a emergência de plântulas, pois a campo está diretamente ligado ao histórico que o lote possui e também das condições ambientais, que neste caso não podem ser controladas. Deste modo, a determinação do vigor tem que ser realizada de maneira que seja possível identificar de maneira apurada os lotes que dispõem de maior potencial para estabelecimento a campo.

O conjunto de fatores do potencial de emergência é dificultado por diferentes condições ambientais, o que dificulta a definição de vigor. Outro fator que dificulta a quantificação do vigor são os testes que são realizados sobre a mesma espécie e cultivar não sendo quantificáveis gerando problemas para comparações com outros testes.

O tamanho e a densidade das sementes não influenciam na sua capacidade de germinar, mas sim no seu vigor. A maioria das pesquisas tem comprovado que as sementes grandes, por possuírem maior quantidade de substancias de reserva, apresentam germinação superior à das pequenas, apresentam emergência elevada em maiores profundidades e as plantas delas provenientes são mais pesadas e mais vigorosas (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).

Alguns trabalhos demonstram o efeito do vigor das sementes sobre o rendimento de grãos. Scheeren (2002) observou estreita relação entre o vigor de sementes de soja e a produtividade, constatando aumento de 9% pelo uso de sementes de alto vigor.

2.6 TESTES

2.6.1 Envelhecimento Acelerado

Este teste é identificado como um dos mais conhecidos para medição do vigor de sementes e apresentando boas correlações com a emergência de plântulas em campo, para sementes de diversas espécies (PANOBIANCO e MARCOS FILHO, 2001).

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A finalidade deste teste é caracterizada por aumentar a taxa de deterioração das sementes, através do contato com altas temperaturas e umidade relativa do ar. Estes fatores são fundamentais na intensidade e velocidade de deterioração (MARCOS FILHO 1999). Portanto, sementes de baixa qualidade deterioram-se mais depressa do que as mais vigorosas, apresentando queda acentuada de sua viabilidade, após serem submetidas ao envelhecimento artificial.

Diversos fatores atuam no desfecho do teste de envelhecimento acelerado, como genótipo, grau de umidade inicial das sementes, temperatura e período de permanência das sementes no interior da câmara de envelhecimento, dentre outros. (MARCOS FILHO, 2005).

No Brasil são duas as técnicas empregadas para a condução do teste de envelhecimento acelerado: câmara de envelhecimento acelerado e o método do “gerbox” (IRIGON e MELLO, 2005). (FRATIN e MARCOS FILHO, 1984) concluíram que o teste de envelhecimento conduzido pelo método do “gerbox” proporcionou informações semelhantes às obtidas com o “método câmara”; no entanto, o emprego do primeiro apresentou maior praticidade, possibilidade de padronização e precisão, além de não necessitar de equipamento específico para a realização do teste.

Na descrição do teste de envelhecimento, cita-se a possibilidade da utilização da temperatura de 40 a 45ºC. Mais recentemente, o teste vem sendo realizado com a temperatura de 41ºC. Em condições brasileiras, o teste de envelhecimento acelerado tem sido estudado principalmente em grandes culturas, plantas forrageiras e hortaliças, sendo ainda restrito o seu uso em espécies florestais (VALENTINI e PIÑA-RODRIGUES, 1995).

2.6.2 Velocidade de Emergência de Plântulas

Neste teste o vigor do lote de sementes é determinado avaliando a velocidade de emergência de plântulas em condições de campo, e/ou casa de vegetação, e tanto mais vigoroso foi um lote de sementes quanto mais rápida for a sua emergência das plântulas no campo (NAKAGAWA, 1999).

Segundo POLLOCK e ROOS, 1972, foi definido um coeficiente de velocidade no qual as sementes que germinam mais tardiamente contribuiriam menos do que aquelas que germinam precocemente. Esta fórmula corresponde à média ponderada do tempo necessário para a germinação, tendo como fator de ponderação a geminação, ou seja, quanto menor este tempo, maior foi a velocidade de germinação. Fórmula de Maguire (1962) compreende: IVG

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= (G1/T1)+(G2/T2)+(Gi/Ti) onde, IVG é índice de velocidade de germinação; G1 até Gi é o número de plântulas germinadas ocorrida a cada dia; T1 até Ti é o tempo (dias). Quanto maior o índice, utilizado por Maguire, maior foi a velocidade de germinação das sementes.

2.6.3 Porcentagem de Emergência de Plântulas

Esta avaliação parte do princípio que sementes que propiciam maior percentual de emergência, em condições de campo, ou seja, não controladas, são mais vigorosas. Pode ser avaliada juntamente ao teste de velocidade de emergência de plântulas ((MARCOS FILHO, 2005).

2.6.4 Crescimento de Raiz e Plântula

Nas leguminosas, toma-se a medida da extremidade da raiz até a inserção dos cotilédones, ou parte da plântula (raiz primária, hipocótilo, epicótilo). A escolha da estrutura adequada para avaliação é importante para terem-se resultados consistentes e comparáveis (NAKAGAWA, 1994).

Segundo NAKAGAWA, 1999, o comprimento médio da plântula ou da (s) sua(s) parte(s) eleita(s) é obtido somando as medidas tomadas de cada plântula normal, em cada repetição ou sub-amostra, e dividindo, a seguir, pelo número de plântulas normais mensuradas. Os resultados são expressos em mm ou em cm, com uma casa decimal.

Para calcular o comprimento médio por plântula divide-se o somatório dos valores obtidos pelo número de sementes semeadas, para obter o comprimento de raiz de plântula de soja. (KRZYZANOWSKI, 1991).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Este experimento foi realizado em Hernandarias, Paraguai, onde foi conduzido ao laboratório para tratamento e posteriormente ao campo da CHD’s Agrochemicals, indústria que atua no ramo da Agroquímica.

O clima subtropical úmido mesotérmico, com temperatura média de 33ºC, em algumas estações apresenta temperatura acima de 40ºC, chuvas durante boa parte do ano, reduzindo-se no inverno, com precipitação próxima a 1.500mm, são características da área em estudo (TROPPMAIR, 1990).

Figura 1: Local de realização do estudo experimental Fonte: (GOOGLE EARTH, 2011)

Outro local que foi utilizado para a realização dos experimentos, foi o laboratório da UDC – Centro Universitário União das Cataratas, localizado na Rua Castelo Branco, 349 – Centro Foz do Iguaçu/PR.

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O procedimento experimental foi segregado em duas etapas avaliando o comportamento experimental via laboratório e em paralelo outra etapa via campo. A variedade de semente de soja empregada foi NA5909 onde foi submetida a testes laboratoriais como o de envelhecimento acelerado, e a campo medindo taxa de germinação de cada época

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medido em porcentagem, índice de velocidade de emergência, comprimento de plântula e raiz.

O tratamento da semente foi realizado no dia 05 de Maio de 2017. Para este procedimento foram usados: um saco plástico para abrigar e agitar o produto por 2 minutos, uma balança de precisão para corrigir a dosagem do experimento uma vez que a dosagem do produto Imidacloprid 15% + Tiodicarbe 45% recomendada pelo fabricante é de 300 ml por 100 Kg de semente, e também uma seringa onde foi transportado o produto na quantidade corrigida para 200 gramas de semente.

Figura 2: Tratamento das sementes com Imidacloprid 15% + Tiodicarbe 45%

Após a agitação a semente foi colocada para descansar uma hora para seu recobrimento por completo.

3.2.1 Procedimento Experimental em Laboratório

Foram usados dois lotes distintos da variedade NA5909 onde apresentará dois níveis diferentes de vigor, alto e baixo porcentagem de vigor, previamente medidas via laboratório de analises Biossolo.

Elas foram submetidas aos tratamentos no dia 05 de maio com Imidacloprid 15% + Tiodicarbe 45% e foram armazenadas em geladeira a 8°C. Após 10 dias de sementes tratadas foram levadas junto com suas testemunhas, as sementes não tratadas, para submeter ao teste de Envelhecimento Acelerado, visando a queda do potencial fisiológico em função da aplicação do produto descritos em 2.4.1 e 2.4.3 respectivamente.

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3.2.1.1 Envelhecimento Acelerado

O teste de envelhecimento acelerado foi conduzido em caixas gerbox, com 2 lotes de sementes com distinto vigor segundo o fornecedor desta, a variedade empregada corresponde a NA5909 semente de alto vigor e tratada ambas identificadas pelo código 6.0ST = sem tratamento; 6.0 semente tratada; 5.5ST = sem tratamento e 5.5 semente tratada, cada tratamento obedece 4 repetições de 25 sementes por tratamento, foram empregadas no total de 400 sementes. Foram empregadas caixas “gerbox” de plástico com as seguintes dimensões (11,0 x 11,0 x 3,0cm), foi acoplado uma malha de arame próprio para este teste, onde as sementes foram dispostas sistematicamente, sempre conservando a identidade dos tratamentos e foram colocados 40 mL de água destilada em cada gerbox cuidando no decorrer do experimento não molhar as sementes.

Foram usados os seguintes períodos de exposição das sementes 48, 72, 96 horas de envelhecimento acelerado. As caixas gerbox foram vedadas visando evitar a perda de água no decorrer do experimento, e assim diminuir erros experimentais não controlados, estas caias coram dispostos na câmara BOD a 41° C, a câmara foi ligada 24 horas antes e calibrada temperatura, no decorrer do experimento a câmara foi aberta somente 3 vezes, uma a 48 horas, e outra a 72 horas e a última a 96horas. Os tratamentos vindos do tempo de exposição de 48, 72 e 96 horas foram submetidas ao teste padrão de germinação em donde foram colocadas em papel germitest as mesmas amostras e empregou-se outra câmara B.O.D previamente esterilizada e calibrada a 25°C as quais foram avaliadas durante 10 dias, conforme descrito nas Regras para análises de sementes (Brasil, 2002).

Inicialmente foi determinado o teor de água das sementes dos tratamentos nesta pesquisa empregados e no final de cada período de envelhecimento acelerado também foi determinado o teor de água das amostras. Para avaliar o teor de água das sementes foram pesadas 25 sementes de cada amostra em balança de precisão com 4 casas. Logo após foi colocado na estufa a 105º C por 24 horas. Novamente foi mensurado o peso onde por meio de cálculos foi determinado o teor de água das amostras sementes, nesse sentido, TOMES et al., (1988) salienta que para sementes de soja quando o assunto é envelhecimento acelerado, o teor de água da semente antes de entrar na câmara de envelhecimento deve estar em torno de 9 a 11% para dar maior garantia nos resultados, nesta pesquisa as sementes encontraram-se nessa faixa em termos de água na sementes.

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Figura 3: Teste de envelhecimento acelerado após 48 horas

Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), composto por 2 níveis, de alto vigor e baixo vigor, e dois tratamentos sementes tratada e não tratadas, em 4 repetições de 25 sementes, somando 16 repetições por etapa. O envelhecimento acelerado foi avaliado em 3 diferentes períodos 48, 72 e 96 horas.

No final do teste de padrão de germinação foi avaliado Índice de velocidade de germinação, medido a cada 24 horas, a Taxa de Germinação após 10 dias de germinação a 25 ºC. Também foram computados Crescimento de Plântula de cada tratamento empregando um paquímetro digital e Plântulas Normais para verificar as que foram afetadas mais fácilmente por meios externos.

Tabela 2: Disposição dos tratamentos em EA.

Tratamentos Variedade Peneira Inseticida na Semente

T1 T2 T3 T4 NA 5909 Alto Vigor NA 5909 Alto Vigor NA 5909 Baixo Vigor NA 5909 Baixo Vigor 6.0 6.0 5.5 5.5 Presente Ausente Presente Ausente

NA 5909 Alto e 5909 Baixo Vigor corresponde ao vigor próprio da empresa comercializadora das sementes e não ao teste empregado nesta pesquisa.

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3.2.2 Procedimento Experimental a Campo

A semente foi semeada em vasos de 500 grs preenchido com solo local da região caracterizado como Latossolo Vermelho Escuro e foi colocada entre 4 cm a partir da superfície do vaso. As condições foram as encontradas no local a céu aberto, recebendo luz e temperatura e umidade conforme cada dia.

Antes do plantio foram colocados 100 ml de água para umedecer o substrato de cada vaso, e a cada três dias foi adicionado 20 ml de água para manter as boas condições de humidade do solo e promover a emergência das sementes e crescimento das plântulas. Não houve interferência de tratamento com fungicida ou mesmo a adição de fertilizantes ou micronutrientes para focar no resultado experimental.

Foram usados 120 vasos divididos em três períodos diferentes com a semente NA5909 com peneira 6.0 de alto vigor e peneira 5.5. de baixo vigor medido previamente em laboratório de análise utilizando o DBC - delineamento de blocos casualizados. Cada período conteve 40 vasos com 4 tratamentos de 10 repetições. Os tratamentos foram constituídos por períodos os quais foram denominados “Época 1” onde a semente foi tratada e semeada no mesmo dia, “Época 2” onde a semente foi tratada e semeada após 3 dias e “Época 3” onde a semente foi semeada 5 dias após o tratamento. Os parâmetros analisados foram Índice de Velocidade de Germinação (IVG), Taxa de Germinação, Crescimento de Plântula e Raiz e Plântulas consideradas normais. O experimento foi conduzido até 10 dias após o plantio.

Tabela 3: Disposição dos tratamentos a campo para os 3 tratamentos.

"Epoca 1"

T1 - Alto Vigor com Tratamento R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10

T2 - Alto Vigor sem Tratamento R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10

T3 - Baixo Vigor com Tratamento R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10

T4 - Baixo Vigor sem Tratamento R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10

Na taxa de germinação foram contadas as plantas que emergiram e as que não emergiram de cada “Época” foram anotadas, os dados foram expressados em medias e porcentagens.

Para IVG (Indice de Velocidade de Germinação) o critério adotado constou em registro observatório de 24 em 24 horas, sempre avaliando a emergência a mesma hora no

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decorrer do experimento,. Para o índice de velocidade de emergência (IVG) foi utilizando a fórmula de Maguirre (1962), IVG = (G1/T1)+(G2/T2)+(Gi/Ti) onde, IVG é índice de velocidade de germinação; G1 até Gi é o número de plântulas germinadas ocorrida a cada dia; T1 até Ti é o tempo (dias).

Para plântulas normais foram consideradas sementes emergidas até o 10º dia após o plantio das plantas que apresentarem o cotilédone posicionado 1 cm para cima da superfície do solo

Figura 4: Experimentação divida em 3 períodos.

Dentro dos testes a campo, também foi avaliado o crescimento de raiz e plântula. A medição foi realizada 15 dias após o plantio de cada época. Foram retiradas as plântulas inteiras de cada tratamento logo avaliadas em quanto a comprimento como critério se tomo o comprimento de cada uma, também foram medidas somente plântulas consideradas normais germinadas usando como critério a regras para analises de sementes, foi considerada planta normal aquela com todas suas estruturas completas da planta. A comparação foi feita entre os 3 períodos onde foi identificado o dano que o tempo de tratamento causou ao estagio inicial da soja, através das médias entre as “Épocas” nesse sentido o critério fisiológico como é o caso da emergência de plântulas, o comprimento de raiz, as plântulas normais, e sobre tudo o porcentagem de germinação são critérios que após analises estatístico revelam o efeito positivo ou negativo da aplicação dos produtos contendo fungicidas descritos em 2.4.1; 2.4.2 e 2.4.3.

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Figura 5: Medições de comprimento de Plântulas e comprimento de Raiz

3.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para a análise de variância dos dados no teste de envelhecimento acelerado, foi usado o delineamento inteiramente casualizado, e foi empregado o teste de agrupamento de Tukey. Para análise de variância dos médias a campo foi usado o delineamento de blocos casualizados onde os testes de médias foram verificados através do método de Tukey. O Programa usado para análise estatística foi o ASSISTAT Versão 7.7 pt. No teste de Tukey foi comparado as médias ao nível de 5% de probabilidade. Foi determinado o coeficiente de correlação simples entre os resultados dos testes de laboratório e paralelamente os de campo.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O monitoramento do teor de água das sementes após o envelhecimento é um bom procedimento para averiguar se o teste deve ser refeito ou não (TOMES et al., 1988), pois na combinação de 41 ºC por 48 horas, sementes de soja atingem teores de água entre 27 a 30% (BITTENCOURT et al., 1995). O grau de umidade foi avaliado antes e após cada período de envelhecimento acelerado, para verificação da uniformidade das condições utilizadas para ambos os testes, de acordo com as especificações das Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992). Na Tabela 4 situam-se as medições feitas conforme 48, 72 e 96 horas de envelhecimento a 41 ºC.

Tabela 4: Grau de umidade em EA tradicional.

Tratamento Umidade incial (%) Grau de umidade GU (%)

48 h 72 h 96 h

T1 - Alto Vigor com Tratamento 11,59 26,56 29,20 30,69

T2 - Alto Vigor sem Tratamento 11,58 26,85 28,95 30,63

T3 - Baixo Vigor com Tratamento 11,00 25,91 27,63 29,30

T4 - Baixo Vigor sem Tratamento 11,56 26,52 27,67 29,26

As diferenças na eficiência inicial dos tratamentos de sementes de soja podem ser observadas pelos resultados da velocidade de germinação, taxa de emergência, comprimento de plântula e plântulas normais em três etapas de envelhecimento distintas (Tabelas 5, 6 e 7), avaliando se o inseticida causou perda de qualidade fisiológica em relação às testemunhas. Na tabela 5, estão descritos o analises de variância provenientes do teste de envelhecimento acelerado por 48 horas de exposição.

Tabela 5: Dados médios para IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao testes de Envelhecimento Acelerado por 48 horas.

Tratamento IVG TG % CP PN

T1 - Alto Vigor com Tratamento 3,47 a 100,00 a 9,91 a 25,00 a

T2 - Alto Vigor sem Tratamento 3,24 a 99,00 a 9,21 b 24,75 a

T3 - Baixo Vigor com Tratamento 3,36 a 93,00 ab 9,51 ab 23,35 ab

T4 - Baixo Vigor sem Tratamento 2,77 b 87,00 b 9,33 b 21,35 b

Média 3,2 94,75 9,49 23,68

DMS 0,46 10,36 0,52 2,59

FCalc 8,10** 5,96** 6,02** 5,96**

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NS – não significativo pelo teste deTukey a 5% de probabilidade; *, ** - significativo pelo teste de Tukey a 5% e 1% de probabilidade; D.M.S. – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; C.V. – coeficiente de variação;

Inicialmente é possível verificar que nas sementes de alto vigor que as médias dos valores de grau de umidade alternaram entre de 26,56% e 30,59% e nas de baixo vigor entre 25,91% a 29,30% apresentando equivalência entre os lotes, fator importante a ser ponderado visando a padronização dos parâmetros de avaliação e a solidez dos resultados (LOEFFLER et al., 1988).

Sobre 48 horas de envelhecimento a 41° C (Tabela 5), os resultados de análise de variância apresentaram diferença das médias ao nível de significância de 5% de probabilidade em todos os parâmetros avaliados. Em Velocidade de Germinação (IVG) e Taxa de Germinação (TG) os resultados estatísticos apresentados foram similares onde o Tratamento 4 diferiu dos outros tratamentos apresentando um nível inferior aos demais. Para Comprimento de Plântula (CP) o Tratamento 1 foi significativamente melhor que os demais. O Tratamento 2 e Tratamento 4 mantiveram as piores médias de crescimento e o Tratamento 3 não obteve diferença significante entre as médias restantes. No que se refere a Plântulas Normais os Tratamentos 1 e 2 apresentaram melhores médias diferindo do Tratamento 4 enquanto o Tratamento 3 ocupou médias intermediarias não diferindo das demais.

Percebe-se em geral que a semente de alto vigor T1 e T2 quando forçada a permanecer em 41 ºC por 48 horas, não alteram sua eficiência inicial mesmo em contato com o inseticida destacado. Tratando-se de sementes de menor vigor, quando estas estão tratadas, conseguem manter um melhor condicionamento para o desenvolvimento inicial se aproximando dos resultados das melhores médias, enquanto a semente de baixo vigor não tratada obteve os piores rendimentos.

Marcos Filho (2015) ressalva que a semente em contato com umidade relativa somada à alta temperatura condicionada (41 ºC) colabora para a disseminação de microrganismo (fungos de armazenamento), especialmente em amostras de potencial fisiológico inferior, podendo esta situação, acarretar variação adicional dos resultados estimulada por aspectos que não condizem às sementes.

Na tabela 6 encontram-se as medias do analises de variância para o teste de envelhecimento acelerado por 72 horas de exposição.

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Tabela 6: Dados médios para IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de Envelhecimento Acelerado por 72 horas.

Tratamento IVG TG % CP PN

T1 - Alto Vigor com Tratamento 4,22 a 97,00 a 9,75 a 24,25 a

T2 - Alto Vigor sem Tratamento 4,15 a 97,00 a 9,04 b 24,25 a

T3 - Baixo Vigor com Tratamento 3,77 a 88,00 a 9,81 a 22,00 a

T4 - Baixo Vigor sem Tratamento 3,92 a 88,00 a 8,85 b 22,25 a

Média 4,01 92,5 9,36 23,19

DMS 1,47 15,62 0,59 3,75

FCalc 0,36 ns 1,95ns 11,91** 1,9ns

CV % 17,45 8,04 3,03 7,7

NS – não significativo pelo teste deTukey a 5% de probabilidade; *, ** - significativo pelo teste de Tukey a 5% e 1% de probabilidade; D.M.S. – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; C.V. – coeficiente de variação

Em relação a sementes envelhecidas por 72 horas houve apenas diferença significativa em respeito a Crescimento de Plântula (CP). Em (IVG), (TG) e (PN) os tratamentos não diferiram entre si. Em (CP) o Tratamento 1 e 3 obtiveram as melhores médias significativas diferindo dos Tratamentos 2 e 4 que obtiveram as médias inferiores determinando neste teste que sementes tratadas obtiveram melhores resultados em comparação à não tratadas. O inseticida neste aspecto atuou em favor das sementes sem tratamento.

De modo geral, com o envelhecimento de 72 horas as médias dos tratamentos obtiveram um alinhamento das médias não tornando possível a diferenciação significativa de resultados envolvendo os efeitos do inseticida em questão.

Na tabela 7 encontram-se as medias do analises de variância para o teste de envelhecimento acelerado por 96 horas de exposição.

Tabela 7: Dados médios para IVG (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de Envelhecimento Acelerado por 96 horas.

Tratamento IVG TG % CP PN

T1 - Alto Vigor com Tratamento 5,65 a 100,00 a 11,67 a 25,00 a

T2 - Alto Vigor sem Tratamento 5,00 a 98,00 a 10,63 b 24,50 a

T3 - Baixo Vigor com Tratamento 5,31 a 97,00 ab 11,69 a 24,25 ab

T4 - Baixo Vigor sem Tratamento 4,55 a 92,00 b 10,44 b 23,00 b

Média 5,13 96,75 11,11 24,19

DMS 2,08 5,81 0,58 1,45

FCalc 0,88ns 6,04** 23,34** 6,04**

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NS – não significativo pelo teste deTukey a 5% de probabilidade; *, ** - significativo pelo teste de Tukey a 5% e 1% de probabilidade; D.M.S. – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; C.V. – coeficiente de variação

Neste período de exposição ao teste de envelhecimento acelerado as sementes envelhecidas a 96 horas, obtiveram diferença significante para os parâmetros (TG), (CP) e (PN). O parâmetro velocidade de germinação (IVG) não obteve diferença significativa segundo Teste de agrupamento de Tukey. Em Taxa de Germinação os Tratamentos 1 e 2 tiveram médias superiores a T3 e T4, onde T4 obteve médias inferiores com diferença significativa às demais tratamentos respetivamente, levando-se a diferenciar dos demais tratamentos.

O interessante do teste de envelhecimento acelerado é que este consegue ser efetivo quando se separam tratamentos em termos de vigor e em função ao tratamento que estes tiveram.

Os coeficientes de variação CV obtidos nesta pesquisa situam-se entre 1 a 10 os quais são considerados baixos segundo Pimentel Gomes (1985). Considera-se que quanto menor o CV, maior será a homogeneidade dos dados e menor a variação do acaso (Garcia, 1989). Estes CV são baixos provavelmente porque as sementes sofreram certo grado de manipulação genética, como pode ser observado nas tabelas 3, 4 e 5 para quase todas as características avaliadas nesta pesquisa.

Na tabela 8 estão situadas as medias do analises de variância para o teste de campo comparando os blocos com diferentes dias de semente tratadas.

Tabela 8: Dados médios entre os blocos separados por períodos para os parâmetros IVG e IVG transformado (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula), CR (Crescimento de Raiz) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de campo.

Tratamento IVG IVG Transf TG CP CR PN

T1 - Sem Tratada 0 dias 1,40 a 6,78 a 5,51 a 7,09 a 15,22 a 9,25 a

T2 - Sem Tratada 3 dias 1,39 a 6,71 a 5,34 a 7,21 a 14,37 a 8,75 a

T3 - Sem Tratada 5 dias 1,29 a 6,51 a 5,28 a 7,51 a 14,18 a 8,50 a

Média 1,36 6,67 5,38 7,27 14,59 8,83

DMS 0,32 0,64 0,55 1,33 7,72 1,65

FCalc 1,09ns 0,85ns 0,86ns 0,50ns 0,09ns 1,00ns

CV % 8,31 4,44 4,72 8,44 24,38 8,65

NS – não significativo pelo teste deTukey a 5% de probabilidade; *, ** - significativo pelo teste de Tukey a 5% e 1% de probabilidade; D.M.S. – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; C.V. – coeficiente de variação

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Os resultados demonstram que as médias dos blocos separados por períodos diferentes de tratamento apresentados não possuem diferença significante para nenhum dos parâmetros analisados.

Na tabela 9 estão demonstradas as médias dos valores obtidos para comparação entre as médias dos tratamentos.

Tabela 9: Dados médios entre os períodos de tratamentos para os parâmetros IVG e IVG transformado (Índice de velocidade de germinação), TG (Taxa de Germinação em %), CP (Crescimento de Plântula), CR (Crescimento de Raiz) e PN (Plântulas Normais) para a cultivar NA 5909 submetidos ao teste de campo.

Tratamento IVG IVG Transf Germ CP CR PN

T1 - Alto Vigor com Tratamento 1,50 a 7,03 a 5,64 a 7,54 ab 15,78 a 9,67 a

T2 - Alto Vigor sem Tratamento 1,56 a 7,18 a 5,64 a 8,53 a 17,40 a 9,67 a

T3 - Baixo Vigor com Tratamento 1,03 b 5,81 b 4,90 b 6,26 b 12,12 a 7,33 b

T4 - Baixo Vigor sem Tratamento 1,34 ab 6,65 ab 5,34 ab 6,76 b 13,06 a 8,67 ab

Média 1,36 6,67 5,38 7,27 14,59 8,84

DMS 0,24 0,84 0,72 1,73 10,06 2,16

FCalc 13,39** 12,77** 5,68** 7,80 * 1,4ns 6,29 *

NS – não significativo pelo teste deTukey a 5% de probabilidade; *, ** - significativo pelo teste de Tukey a 5% e 1% de probabilidade; D.M.S. – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; C.V. – coeficiente de variação

No teste a campo os parâmetros IVG, IVG Transformado e TG obtiveram os mesmo valores estatisticamente, onde o tratamento 3 se diferenciou significativamente inferior aos demais tratamentos. O teste de emergência de plântulas em campo constitui parâmetro indicador da eficiência dos testes para avaliação do potencial fisiológico dos lotes de sementes (MARCOS FILHO, 1999b). Para Comprimento de Plântula o inseticida mostrou-se prejudicial para as sementes de baixo vigor onde diferiram negativamente suas médias em relação às sementes de alto vigor. No parâmetro Comprimento de Raiz houve não houve resultados onde pudesse ter sido avaliado diferença ou interferência do produto usado. Em Plântulas Normais novamente as sementes de alto vigor mantiveram médias superiores não demonstrando interferência do inseticida entre os tratamentos. O tratamento T3 onde apresenta semente com tratamento apresentou médias inferiores ao demais.

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5. CONCLUSÃO

De acordo com este trabalho, o tratamento de semente na cultura de soja com o inseticida que contém como principio ativo Imidacloprid 15% + Tiodicarbe 45% no teste de envelhecimento acelerado, mostrou-se positivo quando submetidos aos testes de 48 e 96 horas para sementes de baixo vigor onde as médias estatísticas prevaleceram em favor das sementes tratadas em relação às testemunhas dentro dos parâmetros analisados. A semente do lote mais vigoroso, manteve as maiores médias e os resultados do tratamento com o inseticida em questão não alteraram a qualidade fisiológica segundo as análises de variância que manterem médias significativas similares em quase todos parâmetros analisados. O teste de 72 horas mostrou um alinhamento dos resultados onde não houve diferença significativa de nenhum tratamento entre nenhum parâmetro.

Com respeito ao teste de campo os tratamentos obtiveram médias iguais entre todos os parâmetros não apresentando diferença significativa entre os períodos de 0, 3 e 5 dias de tratamento. Em relação aos tratamentos as médias novamente as sementes de alto vigor não obtiveram alteração mantendo as mesmas médias significativas. As sementes de baixo vigor com tratamento mostrou-se inferior às demais dentro dos parâmetros analisados o que pode se deduzir que o tratamento com o inseticida descrito tenha alterado a eficiência inicial da planta.

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6. REFERÊNCIAS

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