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INTERAÇÃO ANTROPOMÉTRICA, DAS VALÊNCIAS FISIOLÓGICAS ANAERÓBIAS E DA FLEXIBILIDADE EM FUTEBOLISTA INFANTO JUVENIL

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Academic year: 2021

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INTERAÇÃO ANTROPOMÉTRICA, DAS VALÊNCIAS FISIOLÓGICAS ANAERÓBIAS E DA  FLEXIBILIDADE EM FUTEBOLISTA INFANTO‐JUVENIL 

 

Leandro Alves da Cunha1, Anderson dos Santos Carvalho2, Pedro Balikian Júnior3 

  1 Docente do Curso de Educação Física da UNOESTE. 2Docente da Faculdade de Educação Física – União das Instituições  Educacionais de São Paulo ‐ UNIESP . 3Docente da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual Paulista ‐  Presidente Prudente‐SP.       RESUMO 

Os  objetivos  do  presente  estudo  foram  caracterizar  e  interagir  os  dados  referentes  à  antropometria, da flexibilidade linear e das valências fisiológicas anaeróbias láticas e aláticas com  ênfase  nos  membros  inferiores  (“Jump  test”  e  “Wingate  test”)  em  jogadores  de  futebol  da  categoria infanto‐juvenil. Foram voluntários deste estudo 37 adolescentes jogadores de futebol de  campo que treinavam a pelo menos um ano com freqüência de três vezes por semana, em suas  respectivas escolinhas de Futebol. Os jovens atletas realizaram mensurações antropométricas para  determinação da composição corporal utilizando o protocolo de GUEDES. A flexibilidade linear dos  segmentos  musculares  lombares  e  posteriores  de  coxa  foi  aferida  através  do  teste  de  sentar‐e‐ alcançar com o banco de Wells(AAPHERD, 1980). Para as variáveis anaeróbias foram submetidos a  duas  avaliações  separadas  entre  si  pôr  um  período  de  2  dias,  compostas  em  um  primeiro  momento pôr testes de saltos verticais (Ergo Jump, Lasa Informática), squat jump (SJ) averiguando  a  força  contrátil  dos  componentes  concêntricos  do  quadríceps  e  a  coordenação  intramuscular  e  countermovement  jump(CMJ)  aferindo  a  força  reativa/elástica  ou  seja,  transferência  de  forças  através  de  coordenação  inter‐muscular  (estiramento/encurtamento),  e  no  segundo  momento  realizaram  o  teste  de  “Wingate”      (30s  com  carga  de  7%  do  peso  corporal  do  atleta  )  em  cicloergômetro(BIOTEC 2100, CEFISE) para a determinação da potência pico (PP), potência média  (PM)  e  índice  de  fadiga(IF%).  Antes  no  repouso  e  após  a  realização  do  teste  de  Wingate,  foram  coletados do lóbulo da orelha sem hiperemia, através de punção, 25 microlitros (25l) de sangue  para  análise  da  concentração  de  lactato  sangüíneo,  nos  minutos  3,  5,  7,  9  e  11,  analisados  em  lactímetro  YLS  1500  (Yellow  Springs  CO.  USA)  no  Laboratório  de  Fisiologia  do  Exercício  da  UNOESTE.  Os  resultados  encontrados  foram:  Idade  (a)  14,99±0,68;  Estatura  (m)  1,70±0,08;  Peso  (kg)  57,74±7,83;  %  Gordura  18,42±6,78;  Massa  Magra  (kg)  46,81±5,35;  IMC  (kg/m2)  20,06±2,38;  Relação  Cintura/Quadril  0,92±0,93;  Flexibilidade  28±5,85;  SJ  (cm)  30,72±4,35,  CMJ  (cm)  33,28±4,33;  CMJ‐SJ  (cm)  2,56±3,19;  Carga  (kp)4,05±0,56;  PP  (w/kg)  9,18±0,87;  PM  (w/kg)  7,41±0,69;  IF  (%)    42,71±8,28;  IMAX  (s)  5,78±1,90;  [lac]  b  7'  9,11±2,65.  Para  e  as  características  antropométricas dos jovens futebolistas como o peso corporal, estatura e IMC estão apresentando  normalidade  apesar  de  haver  diferenças  individuais  e  podemos  intuir  que  a  pratica  futebolística  regular controla e pondera os aspectos corporais. Ao interagir estes dados encontramos diferença  estatística somente para a concentração de lactato sanguíneo e que pode ter sido induzido pela  necessidade de melhor familiarização os alunos com o teste de Wingate.  

Palavras‐chave:  Salto  vertical.  Teste  de  “Wingate”.  Variáveis  Anaeróbias.  Antrpometria.  Futebolista Infanto‐juvenil. 

   

INTRODUÇÃO 

  O  futebol  é  caracterizado  como  um  esporte  intermitente,  que  emprega  movimentos  de  alta intensidade e curta duração com pausas de diferentes durações (BANGSBO, 1994; RIENZI et 

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al.,  (2000),  o  que  determina  a  participação  das  três  vias  metabólicas  (TUMILTY,  1993;  CASAJÚS,  2001).  Alguns  autores  (GARRET,  2003)  ao  descreverem  sucintamente  os  aspectos  fisiológicos  relevantes  para  o  futebol,  apontam  como  importantes  as  seguintes  características:  potência  aeróbia,  potência  anaeróbia,  composição  corporal,  força,  flexibilidade,  agilidade  e  velocidade.  A  duração do jogo de 90 min, e o volume médio de corrida variando entre 8 e 10 km, em relação ao  nível de competição e função tática do jogador, implica em grande participação do metabolismo  aeróbio (70 a 80%) (TUMILTY, 1993; RIENZI, et. al., 2000; BALIKIAN et al., 2002). Entretanto, apesar  de representar menor valor percentual de deslocamentos durante o jogo, cerca de 5 %, todas as  ações  decisivas  ocorrem  por  movimentos  explosivos,  justificando  elevada  demanda  do  metabolismo anaeróbio lático e alático (FAINA et al, 1988; HUGHES, 1990; BANGSBO et al, 1991), e  em  momentos  decisórios  do  jogo(  Grifo  nosso  ).  As  ações  por  jogo  de  cada  atleta  ou  de  cada  equipe cresceu desde o final da década de 70 década, os atletas possuem hoje menor tempo para   raciocinar  com  a  posse  de  bola,  fato  decorrente  do  desenvolvimento  da  preparação  física  e  da  Ciência  do  desporto  sendo  aplicada  no  Futebol.  Desta  forma,  o  desempenho  de  jogadores  de  futebol  está  cada  vez  mais  relacionado  à  potência  e  à  velocidade  de  deslocamento,  não  se  esquecendo  de  sua  capacidade  técnica  especifica  futebolística.  Assim,  este  estudo  procurou  abordar  as  valências  anaeróbias,  a  flexibilidade  posterior  de  coxa  e  as  características  antropométricas  de  jovens  futebolistas  da  categoria  Infanto‐juvenil  e  interagir estes  dados,  afim  de estudar com maior atenção as potencialidades anaeróbias e como estas se apresentam nesta  fase da vida destes atletas, fase de importantes definições específicas desportivas e futebolísticas.    

METODOLÓGICA  Amostra 

Esta  pesquisa  foi  aprovada  pelo  Comitê  de  Ética  em  Pesquisa  da  Universidade  Estadual  Paulista – Julio da Mesquita – UNESP, (campus de Presidente Prudente‐SP), Processo nº 181/2007,  tendo  demonstrado  que  atende  a  todos  os  preceitos  éticos  de  uma  pesquisa  e  todos  os  voluntários  foram  devidamente  autorizados  por  seus  responsáveis  a  participar  da  pesquisa.  O  termo  de  consentimento  esclarecido  foi  adquirido  de  forma  individual.  Foram  voluntários  deste  estudo 37 adolescentes jogadores de futebol de campo em transição da fase infantil para a fase  juvenil, portanto, usaremos a denominação infanto‐juvenil, todos os adolescentes participantes da  pesquisa treinavam por um período mínimo de um ano em suas respectivas Escolinha de Futebol  (EF),  sendo  uma  das  equipes  pertence  ao  município  de  Presidente  Prudente‐SP  (EFPP)  e  a  outra  equipe participante pertence ao município de Estrela do Norte‐SP (EFEN), ambas as EF pertencem 

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à região Oeste do interior do Estado de São Paulo. Os atletas não foram subdivididos em grupos  por  posição  especifica  atacantes,  zagueiros,  laterais  e  meio  campistas,  como  de  costume  nos  estudos futebolísticos, pois, apesar da especialização precoce existente neste segmento esportivo  e na nossa  cultura esportiva, a faixa etária destes jovens  encontra‐se em fase final da formação  atlética e início da fase de especialização desportiva (BOMPA, 2000; WEINECK,1999), acredita‐se  que nesta transição de fase as definições ainda serão ajustadas estando flexíveis.  

 

Protocolos Utilizados 

Mensurações Antropométricas 

Para  a  mensuração  da  massa  corporal,  estatura,  e  estimativa  da  composição  corporal  foram utilizadas; uma balança da marca Filizola com precisão a cada 100 gramas; um estadiômetro  da  marca  Sany  com  altura  máxima  de  2,20  metros,  e  um  compasso  de  dobras  cutâneas  marca  Harpender. 

Para a mensuração da massa corporal (MC) e a estatura (EST) os atletas vestidos somente  com sunga, postaram‐se de costas para a balança e posteriormente para o estadiômetro, com os  pés  juntos  e  posição  ortostática,  e  para  estimativa  do  percentual  de  gordura  (%G),  foram  mensuradas  7  (sete)  dobras  cutâneas,  empregando  o  protocolo  de  Guedes  (1997)  para  atletas  jovens. 

 

Saltos Verticais 

  Os futebolistas realizaram dois testes de salto verticais segundo Bosco (1983) para avaliar a  força explosiva dos músculos extensores de membros inferiores; 1 ‐ Squat Jump (SJ), componente  contrátil  concêntrico  e  2  ‐  Countermovement  Jump  (CMJ),  componente  elástico‐explosivo,  cada  qual compreendendo três tentativas. Um período de 30 segundos separou um salto do outro, e de  5  minutos  o  SJ  do  CMJ.  Os  saltos  foram  executados  com  as  mãos  fixas  aos  quadris,  sobre  uma  plataforma  de  contato  medindo  67  cm  comprimento  e  50  cm  de  largura,  sensível  a  pequenas  pressões  (Ergojump),  acoplada  a  um  computador  (Jump  test  1.1,  Lasa  Informática),  sendo  o  melhor  salto  considerado  para  as  análises.  Antes  da  execução  dos  saltos,  os  atletas  realizaram  alongamento  para  membros  inferiores,  e  um  aquecimento  padronizado  de  três  minutos,  com  carga de 100 W, a 80 rpm, em bicicleta ergométrica (Biotec 2100 ‐ CEFISE).  

Squat Jump 

  Os atletas foram orientados a posicionarem‐se em preparação ao salto, com as articulações  dos quadris e joelhos flexionadas, e ao sinal, executarem o salto vertical sem contra movimento 

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(apenas movimento ascendente) em máximo esforço. Foi controlado em todos os futebolistas com  o auxilio de um goniômetro, ângulo dos joelhos na fase de preparação ao salto de 90 graus, uma  vez que diferentes níveis de alongamento dos músculos envolvidos na ação motora proporcionam  maiores ou menores desenvolvimentos de força (BOSCO et al, 1983).    Counter Movement Jump 

  Partindo  da  posição  estendida,  os  avaliados  realizaram  rápido  movimento  de  preparação  descendente,  flexionando  as  articulações  dos  quadris  e  joelhos,  Princípio  da  Força  Inicial  (UGRINOWITSCH  &  BARBANTI,  1998  pag.  85  ‐  94),  previamente  ao  movimento  ascendente  em  máximo esforço.  

 

Wingate Test 

O teste foi realizado em ciclo ergômetro, modelo Biotec 2100 da marca Cefise, e os dados  analisados  através  do  “software”  Wingate  Test‐Cefise.  Os  atletas  foram  submetidos  a  um  aquecimento  de  5  (cinco)  minutos  em  ciclo  ergômetro  de  frenagem  mecânica,  com  carga  aproximada de 150 watts (60 rpm e carga fixa de 2,5 Kp), e no final do 2º e 4º minutos realizaram  dois  sprints  de  5  (cinco)  segundos.  Após  10  (dez)  minutos  de  recuperação  passiva,  os  avaliados  realizam  esforço  máximo  de  30  (trinta)  segundos  com  resistência  equivalente  a  7,0  %  do  peso  corporal para os atletas infanto‐juvenis.  

  Teste de Flexibilidade (Sentar e alcançar) 

O teste foi realizado com uma caixa de madeira construída em forma de cubo no tamanho  de 30,5 cm, tendo como parte superior, uma prancheta plana de 56,5 cm de comprimento, onde  uma  escala  de  medidas  da  amplitude  de  0  a  53  cm  tem  o  valor  23  coincidente  ao  alinhamento  limite dos pés do avaliado.  

Para  esta  medida,  o  avaliado  se  colocará  assentado  em  frente  à  caixa,  com  as  pernas  estendidas e unidas, tocando a caixa com a região plantar dos pés, sem qualquer tipo de calçados  ou de meias, tendo os braços estendidos e as mãos sobrepostas com alinhamento do 3º dedo de  ambas, sobre a escala de medidas. Foram feitas três insistências voluntárias pelo avaliado, quando  o  mesmo  se  procurará  em  alcançar  a  maior  marca  possível,  registrado  após  manutenção  por  aproximadamente dois segundos. O avaliador apoiou as pernas do avaliado na altura dos joelhos  para certificar‐se que este não os flexionará durante o teste. 

   

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Análise Estatística   Para verificar existência de alguma correlação positiva ou negativa (significativa) entre as  variáveis, aplicamos o Coeficiente de Correlação de Pearson (software R versão 2.5.1m).   Utilizamos o teste t‐Student não pareado, com nível de significância de 0,05 e Intervalo de  Confiança de 95% nas variáveis (software R ‐ v. 2.5.1). (obs: para rejeição da igualdade de médias,  o p‐valor deve ser menor que 0,05, e será assinalado com um asterisco onde ocorrer à rejeição) 

Por  fim,  aplicamos  o  teste  de  Wilcoxon  para  verificar  diferença  estatística  entre  as  medianas  também  apresentou  rejeição,  com  p‐valor  de  0,03414.  O  que  apenas  confirma  os  resultados já obtidos no teste t‐Student aplicado a esta variável. 

  RESULTADOS  

Tabela 1. Média e Desvio Padrão das Variáveis estudadas. 

Média D.P. Média D.P. Média D.P.

Idade (a) 15,16 0,69 14,84 0,66 14,99 0,68 Estatura (m) 1,69 0,09 1,70 0,08 1,70 0,08 Peso (kg) 58,16 9,73 57,34 5,75 57,74 7,83 % Gordura 18,09 5,20 18,73 8,13 18,42 6,78 Massa Magra (kg) 47,37 6,74 46,28 3,72 46,81 5,35 IMC (kg/m2) 20,34 2,92 19,80 1,76 20,06 2,38 Rel. Cint/Quadril 0,92 0,03 0,91 0,04 0,92 0,03 Flexibilidade 27,47 6,42 28,84 5,34 28,18 5,85 SJ (cm) 31,33 4,80 30,15 3,92 30,72 4,35 CMJ (cm) 33,30 4,81 33,27 3,95 33,28 4,33 CMJ-SJ (cm) 1,97 2,53 3,12 3,69 2,56 3,19 Carga (kp) 4,07 0,69 4,03 0,42 4,05 0,56 PP (w/kg) 9,18 0,87 --- --- 9,18 0,87 PM (w/kg) 7,34 0,68 7,48 0,62 7,41 0,64 % IF 44,65 6,97 40,86 9,17 42,71 8,28 IMAX (s) 6,33 2,14 5,26 1,52 5,78 1,90 [lac] b 7' 8,11 2,85 10,10 2,06 9,11 2,65 Total EFEN EFPP Variável     A partir dos dados obtidos acima avaliamos se existe diferença estatística significativa entre  as  médias  das  EFs  do  estudo.  Os  resultados  seguem  abaixo  (obs:  para  rejeição  da  igualdade  de  médias,  o  p‐valor  deve  ser  menor  que  0,05,  e  será  assinalado  com  um  asterisco  onde  ocorrer  à  rejeição): 

     

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Variável P-valor Idade (a) 0,1593 Estatura (m) 0,6026 Peso (kg) 0,754 % Gordura 0,7796 Massa Magra (kg) 0,542 IMC (kg/m2) 0,4982 Rel. Cint/Quadril 0,5845 Flexibilidade 0,4842 MC (kg) 0,8013 SJ (cm) 0,415 CMJ (cm) 0,9827 CMJ-SJ (cm) 0,2773 Carga (kp) 0,8286 PM (w/kg) 0,5024 % IF 0,1673 IMAX (s) 0,08724 [lac] b 7' 0,02646 * [lac] b 9' 0,2896     DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 

A  escola  EFPP  apresentou  maior  quantidade  de  alunos  na  faixa  de  15  anos  de  idade,  embora a escola EFEN seja maior nas idades de 14 e 16 anos. Ambas as escolas concentram sua  maior quantidade na faixa dos 14 anos. 

Ambas as escolas possuem uma boa aproximação da Curva de Gauss em sua distribuição  de estatura (o que é sempre esperado, pela literatura). Entre 1,60 e 1,80 concentram‐se mais de  70% das ocorrências. 

O  peso  corporal  da  escola  EFPP  concentra‐se  especialmente  na  faixa  entre  50  e  60  kg,  enquanto  a  escola  EFEN  concentra  sua  maior  quantidade  entre  60  e  70  kg  (ligeiramente  mais  pesados). Ambas as escolas concentram‐se entre 15 e 20% de gordura corporal, de acordo com a  literatura os alunos apresentam normalidade. A massa magra concentra‐se entre 45 e 50 kg, em  ambas as escolas. 

O IMC da Escola EFPP concentra‐se especialmente entre 20 e 22 kg/m2, enquanto a escola  EFEN distribui sua concentração entre 18 e 22 kg/m2. Ambas as escolas concentram‐se entre 0,88  e  0,94.  Grande  parte  dos  alunos  (em  ambas  as  escolas)  conseguiu  um  bom  aproveitamento  no  teste de sentar e alcançar para aferir a flexibilidade, sendo que obtiveram resultados entre 30 e 35  cm.  

Para o salto SJ houve freqüente na faixa entre 30 e 35 centímetros em ambas as escolas, o  mesmo observou‐se para o salto CMJ mais freqüente entre 30 e 35 cm, em ambas as escolas. A  diferença  mais  freqüente  foi  entre  0  e  3  cm.  Segundo  Bosco  et  al,  (1991),  atletas  devem 

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apresentar valores maiores de 15% entre o teste SJ e o CMJ, pois no CMJ a força reativa ou elástica  é acionada gerando mais energia que o SJ onde o salta sai da posição agachado e há somente a  participação da força contrátil concêntrica dos músculos envolvidos no salto. No entanto, o fato de  não haver melhora entre os diferentes saltos aplicados é devido aos alunos estarem passando pela  fase  de  estirão  de  crescimento  e  com  o  ganho  acelerado  de  estatura,  neste  período,  a  coordenação  motora  fica  prejudicada  (SANTOS,  1999).  Outra  explicação  decorre  da  falta  de  treinamento específico de saltos nas Escolinhas de Futebol.  

Para o teste de Wingate a carga mais frequente ficou entre 4 e 5 kp. Este parâmetro não  contém dados na EFPP, somente para EFEN, porém seguimos o mesmo critério de 7,0% do peso  corporal do aluno, onde a maior freqüência foi entre 9 e 10 w/kg. Para a PM mais freqüente entre  7  e  8  w/kg.  Para  o  %  do  IF  concentra‐se  até  42%,  sendo  menos  freqüentes  em  outras  faixas  (maiores), embora a EFPP ainda tenha apresentado certa regularidade até 46%, e na escola EFEN  tenha ocorrido três casos acima de 50%. O IMAX mais freqüente entre 4 e 6 s na EFPP, e entre 6 e  8 s na EFEN. Para alguns autores o IMAX deve ser atingido antes dos 6 s do teste e quando isso não  ocorre possivelmente o aluno não emprego toda a sua potencia e força no teste.  Por fim a concentração de lactato sanguíneo foi a única variável que apresentou diferença  estatisticamente significativa entre as médias das escolas foi a [lac] b 7’. Analisando com maiores  detalhes, verificamos que a EFEN apresentou valores menores que a EFPP, o que corrobora com o  fato  da  EFEN  ter  atingido  o  IMAX  após  6  s  e  deixando  a  desejar  no  teste  e  produzindo  menor  concentração do subproduto do metabolismo anaeróbio lático. 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS  

As características antropométricas dos jovens futebolistas como o peso corporal, estatura e  IMC  estão  apresentando  normalidade,  apesar  de  haver  diferenças  individuais  bem  como,  podemos  intuir  que  a  pratica  futebolística  regular  controla  e  pondera  os  aspectos  corporais  dos  diferentes tecidos orgânicos. 

Ao  interagir  estes  dados  encontramos  diferença  estatística  somente  para  a  concentração  de lactato sanguíneo e que pode ter sido induzida pela necessidade de melhor familiarização os  alunos com o teste de Wingate, como já explicitado anteriormente.  

No  entanto,  esta  pesquisa  apresenta  dados  interessantes  para  que  os  profissionais  envolvidos  nas  EF  orientem  as  atividades  desportivas  e  recreativas  para  desenvolver  as  potencialidades  e  minimizar  as  fragilidades  na  aptidão  física  destes  adolescentes,  bem  como,  servir de base e/ou estimulo para futuras pesquisas.     

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REFERÊNCIAS  

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