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Neutrinos Atmosféricos

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Academic year: 2021

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(1)

1/46













Neutrinos Atmosféricos

Magno V.T. Machado GFPAE, IF-UFRGS http://www.if.ufrgs.br/~magnus

(2)

2/46













Tópicos

Introdução e Motivação

Propriedades Gerais dos Neutrinos

Limites Cinemáticos para Massa de Neutrinos

Oscilações de Neutrinos

Oscilações no Vácuo e na Matéria (efeito MSW)

Oscilações em Neutrinos Atmosféricos

Situação Atual e Novos Experimentos

Não discutiremos

Papel de

ν

em Astrofísica e Cosmologia

(3)

3/46













Neutrinos - Curriculum Vitae resumido

[1930] Sugerido por Pauli para explicar o espectro contínuo do elétron em decaimentos

β

e estatística/spin nuclear;

[1956] Descoberto por Reines-Cowan em experimentos com

ν

e

em reatores;

[1956] Bruno Pontecorvo introduz a idéia de oscilações (

ν

→ ¯ν

)

[1957] Natureza quiral do

ν

eestabelecido por

Goldhaber-Grodzins-Suniar;

[1962] Descoberta do segundo sabor

ν

µ;

[1962] Maki-Nakagaya-Sakata propõem oscilação de sabor entre os

ν

’s existentes.

[1974] Descoberta do terceiro sabor de lépton (

τ

);

[70’s-atual] Oscilação em

ν

’s solares (Homestake, GALLEX, SA-GE, SNO) e atmosféricos (IMB, Soudan-2, Kamiokande, Super-K).

(4)

4/46













Por que e onde ν’s são interessantes ?

Física de partículas: possibilidade única para estudar física além do Modelo Padrão (SM,

m

ν

= 0

). Pequena massa está associada a nova física em escala

M

∼ 10

12 GeV.

Cosmologia: papel em big bang nucleosíntese (limite no

N

ν. Im-portante em questões de bariogênese (

N

B

− N

B¯

6= 0

). Hot dark

matter.

Astrofísica:

ν

’s emitidos en reações termonucleares em estrelas; informação do núcleo estelar. Carregam

∼ 99

% da energia durante explosão de SN type II (importante na dinâmica). Sol é fonte única para testar oscilações (1 a.u.=

1.5 10

8 km).

Física Nuclear decaimento

β

;

X

-sections são importantes para cálculos de fluxos de

ν

; taxas de detecção; síntese de elementos em SN.

(5)

5/46













Quantos sabores de neutrinos existem ?

Neutrino do elétron: produzido em decaimentos

β

nucleares (

n

p + e

+ ¯

ν

e). A estrutura quiral dos neutrinos, a não-conservação da paridade e a estrutura vetor-axial (V-A) das interações fracas foram estabelecidos em exp. de física nuclear.

Neutrino do múon: produzidos em decaimentos de píons e múons (

π

+

→ µ

+

+ ν

µ,

µ

+

→ e

+

+ ν

e

+ ¯

ν

µ).

Neutrino do tau: produzidos em dacaimentos do lépton de sabor

τ

(

τ

→ ντ

+ W

, ν

τ

+ e

+

+ ¯

ν

e

, ...

).

Estudo do processo

Z

0

→ l¯l

em interações fracas (

Γ

inv

= Γ

tot

Γ

vis

= 498

± 4.2

MeV e

Γ

ν ¯ν

= 166.9

MeV)

N

ν

=

Γ

inv

Γ

ν ¯ν

(6)

6/46













Limites cinemáticos na massa de ν’s

Estudo do decaimento do Tritio (

T

3

He + e

+ ¯

ν

e).

Todos os experimentos mostram excesso de número de elétrons próximo ao endpoint do espectro a não umdeficitesperado se

m

ν

6= 0

(provavelmente effeitos sistemáticos desconhecidos).

< 2.5 eV [

Troitsk

]

m

ν1

(95% CL)

< 6 eV [

Mainz

]

< 15 eV [

PDG

]

Estudo dos decaimentos

π

± (

π

+

→ µ

+

+ ν

µ)

m

ν2

< 170

keV (90% CL) [PSI]

Estudo de decaimentos

τ

± (

τ

→ 5π

±

+ ν

τ)

(7)

7/46













Quiralidade

Interações fracas que são responsáveis por reações com

ν

são

quirais [V-A,

Φ

R,L

=

12

(1

± γ

5

) Φ

].

Os

ν

¯

α são partículas de mão-direita (right handed), enquanto

ν

α

são de mão-esquerda (left handed).

No limite de

m

ν

= 0

, quiralidade é umbom número quântico.

Não há distinção entre

ν

’s de Dirac ou Majorana (modelos teóri-cos) para

m

ν

= 0

. No SM,

ν

é uma partícula de Weyl.

Partícula de Dirac:

(iγ

µ

µ

− mi

) Ψ

i

= 0

Condição de Majorana:

Ψ = (Ψ)

c

=

C(Ψ)

T

(8)

8/46













Neutrinos no Modelo Padrão (SM)

Decaimentos de hádrons em léptons através de corrente carre-gada (CC) são descritas pela teoria de Fermi:

LF

=

G

F

s

J

CC µ

J

CC µ

A corrente

J

µCC tem setor hadrônico e leptônico:

J

µCC

= J

µCC (h)

+ J

µCC (l)

J

µCC (h)

= ¯

µ

(g

V

− gA

γ

5

)n + f

π

µ

π

+

+ . . .

J

µCC (l)

= ¯

ν

e

γ

µ

(1

− γ5

)e + ¯

ν

µ

γ

µ

(1

− γ5

)µ + . . .

G

F

' 1.166 × 10

−5 GeV−2 é a constante de Fermi;

f

π constante

de decaimento de píon;

g

V, A

= 0.98, 1.22

acoplamentos vetorial e axial-vetorial do nucleon.

(9)

9/46













?

Interações no SM para os ν’s

As interações fracas padrão são devidas ao acoplamento de quarks e léptons com os bósons de gauge

W

± e

Z

, descrito pelos Lagrangea-nos de interação em corrente-carregada (CC) e corrente-neutra (NC):

L

CC Int

=

g

2

2

J

CC µ

W

µ

+ conj.herm.

L

N CInt

=

g

2 cos θ

W

J

N C µ

Z

µ

O

g

é a constante de acoplamento de gauge

SU (2)

L;

θ

W é o

ân-gulo fraco (de Weinberg).

Escrevendo explicitamente apenas os termos contendo campos de neutrinos:

J

µCC

= 2

X

l=e,µ,τ

¯

ν

lL

γ

µ

l

L

+ . . .

J

µN C

=

X

l=e,µ,τ

¯

ν

lL

γ

µ

ν

lL

+ . . .

(10)

10/46













?

Como massas são geradas no SM

SM é uma teoria de gauge quiral: massas de quarks e léptons pode apenas ser gerada através de quebra espontânea de simetria.

Partindo das interações de Yukawa dos léptons com os campos escalares de Higgs (dubleto

H

1,

H

2),

LY

= h

u,ij

q

¯

Li

u

R,j

H

1

+ h

d,ij

q

¯

Li

d

R,j

H

2

+ h

e,ij

¯

l

Li

e

R,j

H

2

+ c.h.

Os valores esperados do vácuo dos campos de Higgs,

< H

1

>=

φ

1 e

< H

2

>= φ

2 levam aos termos de massa,

L

M

= m

u,ij

u

¯

Li

u

Rj

+ m

d,ij

d

¯

Li

d

Rj

+ m

e,ij

e

¯

Li

e

Rj

+ c.h.

m

u

= h

u

φ

1

,

m

d

= h

d

φ

2

,

m

e

= h

e

φ

2

,

Matrizes de massa são diagonalizadas por transformações

bi-unitárias,

V

(u)

m

u

V

(u)†

= m

diagu

,

V

(d)

m

d

V

(d)†

= m

diagd

, V

(e)

m

e

V

(e)†

= m

diage

Matrizes

V

, com

V V

= I

, definem a transição dos autoestados de interação para os autoestados de massa:

e

L α

= V

(e) αi

e

Li.

(11)

11/46













Matrizes

V

são diferentes para quarks up e down: mistura entre autoestados de massa nas interações CC,

L

(quark)

=

g

2

X

α

¯

u

γ

µ

d

W

µ+

+ . . . =

g

2

X

i,j

¯

u

Li

γ

µ

V

ij

d

Lj

W

µ+

+ . . .

V

ij

= V

(u)†

V

αj(d) é a matriz de mistura Cabibbo-Kobayashi-Maskawa (CKM). Como CKM é complexa: violação CP nas interações fracas.

V

CKM

=

c

12

c

13

s

12

c

13

s

13

e

−iδ13

−s12

c

23

− c12

s

23

s

13

e

iδ13

c

12

c

23

− s12

s

23

s

13

e

iδ13

s

23

c

13

s

12

s

23

− c12

c

23

s

13

e

iδ13

−c12

c

23

− s12

c

23

s

13

e

iδ13

c

23

c

13

Notação:

c

ij

≡ cos θij

e

s

ij

≡ sin θij

,

δ

13: fase CP.

Elementos determinados (vinculados) de processos de decaimen-to fraco (semileptônicos).

(12)

12/46













Sem neutrinos de mão-direita, autoestados de massa e interação

podem ser sempre escolhidas de forma que coincidam para léptons. No SM, não há mistura na corrente carregada leptônica.

Números leptônicos,

L

e,µ,τ, são conservados separadamente. No

setor de quarks apenas o número bariônico total é conservado.

Termos de massa para

ν

’s criados apenas em teorias além do modelo padão:

Adição de

ν

R;

Teorias GUT’s;

Grupos de simetria maiores;

Aumento do setor de Higgs,

. . .

(13)

13/46













?

Termos de massa para neutrinos

Termos de massa para

ν

’s podem ser

6=

daqueles para léptons e quarks, pois podem ser partículas de Dirac ou de Majorana. Léptons carregados podem ser apenas partículas de Dirac.

L

(ν)massa

=

−¯nR

M n

L

+ c.c.

Duas possibilidades gerais para

n

L :

(1)

n

L contém apenas campos de sabor de

ν

‘s:

n

L

=

ν

eL

ν

µL

ν

τ L

, ν

lL

=

3

X

i=1

U

li

ν

iL

(l = e, µ, τ )

A natureza no

ν

i dependende de

n

R:

Se

n

R

= (ν

eR

ν

µR

ν

τ R

)

, então

ν

i são campos do tipo de Dirac.

Carga leptônica total é conservada.

Se

n

R

= ((ν

eL

)

c

µL

)

c

τ R

)

c

)

, onde

lL

)

c

=

C ¯ν

lLT , os campos são de Majorana. Números leptônicos não são conservados

(14)

14/46













(2) Caso geral:

n

L contém campos estéreis,

n

L

= (n

lL

n

sL

)

não presentes no

L

SM

.

Para a mistura,

i = 1, . . . , 3 + n

s e

U

é uma matriz

(3 + n

s

)

× (3 +

n

s

)

. O número de

ν

’s estéreis depende de modelo.

Se

n

R

= (n

L

)

c os

ν

i são partículas de Majorana e o termo de massa é do tipo Dirac-Majorana.

Mecanismo plausível de geração de massa dos

ν

’s (see-saw me-chanism): hipótese que #’s leptônicos são violados por termo de mas-sa de Majorana (R) em uma escala

Λ

 Λ

SM.

O espectro de massas do case see-saw contém 3

ν

’s leves

(m

i) e

3 partículas de Majorana muito pesadas

M

i

∼ Λ

:

m

i

'

(m

if

)

2

M

i

 m

i

f

(i = 1, 2, 3)

m

if é a massa do quark (lépton) da

i

-ésima família. Os

ν

’s leves obedecem uma relação de hierarquia:

m

1

 m

2

 m

3.

(15)

15/46













Oscilação de Neutrinos no Vácuo

Sinais de oscilações (transição de um sabor de

ν

a outro) estão presentes a algum tempo vindo das medidas de fluxo de

ν

e’s do Sol e

ν

µ’s produzidos na atmosfera terrestre.

Experimentos detectam deficit dos respectivos fluxos (desapare-cimento de um sabor específico).

Se hámistura de

ν

’s, as componentes de mão-esquerda dos cam-pos de interação

ν

α (

α = e, µ, τ, s

1

, . . .

) sãocombinações lineares dos

n

campos de

ν

k (

k = 1, 2, . . . , n

) (Dirac ou Majorana) com massa

m

k.

ν

αL

=

n

X

k=1

U

αk

ν

kL

Se todas

∆m

são pequenas, estado de

ν

α produzido em processo

fraco, com momentum

p

 mk

: superposição coerente dos autoesta-dos de massa.

(16)

16/46













|να

i =

n

X

k=1

U

αk

|νkLi

k

i

: estado de helicidade negativa e

E

k

=

pp

2

+ m

2k

' p +

m2k

2p.

Autoestado de massa

|νki

evolui no tempo (Eq. de Schödinger)

da produção (

t = 0

) à detecção,

α

(t)

i =

n

X

k=1

U

αk

e

−iEkt

kL

i

Expandindo o estado

|να

(t)

i

na base de estados de sabor

β

i

,

|να

(t)

i =

X

β

α→νβ

|νβ

i

α→νβ

(t) =

n

X

k=1

U

βk

e

−iEkt

U

αk

(17)

17/46













A

é a amplitude para a transição

ν

α

→ νβ

no tempo

t

em

distân-cia

L

' t

.

Aprobabilidade de transição (para

ν : U

¯

→ U

∗)

P

να→νβ

=

|Aν

α→νβ

(t)

|

2

=

n

X

k=1

U

βk

e

−iEkt

U

∗ αk

2

Usando unitariedade da matriz,

P U

βk

U

αk

= δ

αβ e definindo

∆m

2kj

≡ m

2k

− m

2j,

P

να→νβ

=

δ

αβ

+

n

X

k=2

U

βk

U

αk



exp



−i

∆m

k1

L

2E



− 1



2

A probabilidade de transição depende doselementos da matriz de mistura, das

n

− 1

diferenças de massa e no parâmetro

L/E

.

Se não há mistura (

U = I

) e/ou

∆m

k1

/E

 1

para todos

k =

2, . . . , n

, não haverá transições (

P

να→νβ

= δ

αβ)

(18)

18/46













Oscilações de

ν

’s pode ser observado apenas se há mistura de

ν

’s e ao menos um dos

∆m

2 satisfaz a condição

∆m

2

≤ E/L

.

Quanto maior o valor do parâmetro

L/E

, menor os valores de

∆m

2 que podem ser analizados no experimento.

EXPERIMENTO L [km] E [GeV] ∆m2 [eV2] Acelerador (short baseline) 0.1 1 10

Reatores 0.1 10−3 10−2 Acelerador (long baseline) 103 10 10−2

Atmosfericos 104 1 10−4

Solar 108 10−3 10−11

(1)

(19)

19/46













?

Oscilações para o caso de duas gerações

A hipótese mais simples para exp. de oscilações de

ν

’s é oscilação entre neutrinos de dois tipos de sabor.

P

να→νβ

=

δ

αβ

+ U

β2

U

α2



exp



−i

∆m

2

L

2E



− 1



2

∆m

2

= m

22

− m

21 e

α

e

β

são

e, µ

ou

µ, τ

, etc.

Probabilidade determinada somente por elementos de

U

que conectam sabores de

ν

’s com os autoestados de massa

ν

2 (ou

ν

1).

A escolha para

U

é arbitrária. Em geral inspirada nas matrizes de rotação (desconsideraremos fases nos elementos de

U

),

U =

 U

α1

U

α2

U

β1

U

β2



=



cos θ

sin θ

− sin θ cos θ



(20)

20/46













Probabilidades de Transição e Sobrevivência

P

να→νβ

= 4

|Uα2|

2

|Uβ2|

2

sin

2

 ∆m

2

L

4E



= sin

2

2θ sin

2

(L/L

osc

)

P

να→να

= 1

− Pν

α→νβ

,

L

osc

=

4πE

∆m

2

= 2.47

E [M eV ]

∆m

2

[eV

2

]

m

(21)

21/46













?

Os plots de exclusão

Muitos experimentos com

ν

’s de reatores e aceleradores (SBL) não têm encontrado indicação de oscilação.

Estes dados fornecem um limite superior para a probabilidade de

transição que implica uma região de exclusão no espaço dos parâme-tros

∆m

2 e

sin

2

.

Em grande

∆m

2 (

L

osc

 L

),

sin

2

(L/L

osc

)

oscila rapidamen-te como função da energia. Na prática,

ν

’s têm um espectro, então mede-se apenas a probabilidade de transição média,

< P

να→νβ

>=

1

2

sin

2

< P

να→νβ

>

é independente de

∆m

2. De um limite superior experimental

< P

να→νβ

>

sup, obtém-se uma linha vertical no gráfico

de exclusão.

(22)

22/46













exclusão é dado por,

∆m

2

'

p< P

να→νβ

>

sup

(23)

23/46













Oscilações e Transições na Matéria

Quando

ν

’s propagam-se na matéria densa, as interações com o meio afetam suas propriedades.

Espalhamento inelástico puramente incoerente

ν

− p

produz seção de choque muito pequena

σ

∼ 10

−43 cm2 (

E/

1 MeV)2.

Interações frontais elásticas coerentes: interferência amplifica o

efei-to.

Efeito de meio descrito porpotencial efetivo: depende dadensidade

e composição da matéria (Mikheyev-Smirnov-Wolfenstein).

Exemplo: potencial efetivo para evolução de

ν

e em meio com elétrons, prótons e nêutrons,

H

C(e)

=

G

F

2

Z

d

3

p

e

f (E

e

, T )

(24)

24/46













• f(E

e

, T )

: função de dist. de energia do elétrons no meio,

assu-mido ser homogêneo e isotrópico.

h

...

i

: média sobre espinores do

e

− e soma sobre todos os

e

− no meio.

N

e

(p

e

)

: número densidade de elétrons com momentum

p

e.

N

e

=

R d

3

p

e

f (E

− e, T )N

e

(p

e

)

é o número de densidade de

e

−.

Hamiltoniano e potencial efetivo(CC) para

ν

e na matéria:

H

C(e)

=

G

F

N

e

2

ν

e

(x)γ

0

(1

− γ

5

e

(x)

V

C

=

hνe|

Z

d

3

x H

C(e)

|νei =

G

F

N

e

2

2

V

Z

d

3

x u

ν

u

ν

=

2G

F

N

e

Potencial expresso em termos da densidade de matéria

ρ

,

V

C

=

2G

F

N

e

' 7.6



N

e

N

p

+ N

n



ρ

10

14

g/cm

3

eV

Terra:

ρ

∼ 10g/cm

3 (

V

C

= 10

−13 eV). Sol (core) :

ρ

∼ 100g/cm

3

(25)

25/46













?

Equação de evolução na matéria

Hamiltoniano efetivo escrito com

H

0 (vácuo) e potencial

V

,

H = H

0

+ V

H

0

=

−iγ

0

~

γ ~

∂ + γ

0

m ,

V =



2G

F

N

e

0

0

0



(3)

Probabilidade para oscilação de sabores é calculado de forma aná-loga ao vácuo.

H

|να

(t)

i = E|να

(t)

i

O Hamiltoniano livre é conhecido na base dos autoestados de

massa. Na base de sabores,

H = U H

0

U

+ V

.

O correspondente ângulo de mistura na matéria é dado em função do ângulo de mistura no vácuo,

tan 2θ

mat

=

∆m2 2E

sin 2θ

∆m2 2E

sin 2θ

2G

F

N

e

(26)

26/46













A probabilidade para oscilação de sabores tem forma análoga ao caso do vácuo, onde

θ

→ θ

mat e

L

osc

→ L

mat,

P

να→νβ

=

|hνβ

||να

(t)

i|

2

' sin 2θmat

sin

2

L

L

mat

L

mat

=

q

2

(

∆m2E2

sin 2θ

2G

F

N

e

)

2

+ (

∆m2

2E

sin 2θ)

2

O ângulo de mistura

θ

mat tem a forma típica ressonante, e mistura

máxima (

θ

mat

= 45

◦) é chegada em,

2G

F

N

e

=

∆m

2

2E

sin 2θ

Esta é a condição de ressonância MSW. Requer que ∆m2

2E

sin 2θ

é

(27)

27/46













Neutrinos Atmosféricos

Neutrinos atmosféricos são produzidos em cascatas iniciadas por colisões de raios cósmicos (prótons,

He

, íons) com atmosfera.

proton + Ar

→ π

±

(K

±

) + X

π

±

(K

±

)

→ µ

±

+

ν

µ

ν

µ

)

µ

±

→ e

±

+

ν

e

ν

e

) +

ν

¯

µ

µ

)

Os fluxos absolutos têm incerteza de

∼ 20%

. Razões de

ν

’s de

6=

sabores são precisos em

∼ 5%

.

Como

ν

e’s produzidos principalmente em

π

→ µν

µ seguido por

(28)

28/46













Anomalia em

ν

’s atmosféricos (desaparecimento de

ν

mu’s)

µ

+ ¯

ν

µ

e

+ ¯

ν

e

)

Obs

µ

+ ¯

ν

µ

e

+ ¯

ν

e

)

M C

6= 1

A razão da razão diminui incertezas associadas com normaliza-ções absolutas dos fluxos calculados e erros sistemáticos.

(29)

29/46













Interação fraca de

ν

’s detectados em experimentos com grande volume e localizados em grande profundidade(pequena seção de choque e background reduzido)

Dois tipos de métodos de experimento (detecção):

Calorímetros: partículas carregadas geradas de interação ionizam gás (trajetórias reconstruídas). [Frejus, NUSEX, Soudan-2].

Detectores Cherenkov: alvo para os

ν

é grande volume de água cercada por redes de fotomultiplicadores (detectam luz Cherenkov). [IMD, Kamiokande, Super-Kamiokande].

(30)

30/46













(31)

31/46













?

Classificação de eventos em detec. Cherenkov

Eventos completamente contidos (FC): toda luz Cherenkov é deposi-tada no detector interno.

Eventos FC são divididos: sub-GeV (

E

vis

≤ 1.33

GeV) e multi-GeV (

E

vis

≥ 1.33

GeV).

Eventos parciamente contido (PC): múon track deposita parte de radiação Cherenkov no detector externo.

?

Detecção indireta de ν’s fora do detector

ν

µ’s de alta energia detectados indiretamente observando

µ

’s produ-zidos próximos ao detector (múons ascendentes- upgoing

µ

’s).

Se

µ

’s param no detector: stopping muons (

E

ν

∼ 10

GeV).

(32)

32/46













(33)

33/46













Medidas de ângulo de zênite

O ângulo de zênite mede a direção dos léptons carregados com

respeito à vertical do detector.

Partículas descendentes (ascendentes) correspondem a

cos θ

z

=

+1(

−1)

. Chegando horizontalmente (

cos θ

z

= 0

).

Os

ν

’s atmosféricos são produzidos isotropicamente em

∼ 15

km acima da superfície da Terra.

Experimentos (Kamiokande, Super-K) indicam que deficit é

de-vido a

ν

’s vindo de baixo do horizonte (

cos θ

z

< 0

).

Os

ν

’s incidindo no topo do detector viajam

∼ 15

km enquanto

ascendentes viajam

∼ 10

4 km.

Indicação de forte deficit de

ν

µ, principalmente de múons ascen-dentes.

(34)

34/46













(35)

35/46













Assimetria Up-Down

Em altas energias o efeito do campo magnético da Terra é peque-no e o

#

esperado de eventos não dependeria do ângulo de zênite.

Super-K encontra forte dependência em

cos θ

z dos eventos

multi-GeV.

Aassimetria integral up-down (

U − D

),

A =

U − D

U + D

Para múons

A

µ

=

−0.316 ± 0.042(stat) ± 0.005(sist)

Para elétrons

Ae

=

−0.036 ± 0.067(stat) ± 0.020(sist)

(36)

36/46













Interpretação através de Oscilações

Distribuição angular de FC (p/

E

∼ 1

GeV): deficit vem princi-palmente de

L

∼ 10

2

− 10

4 km. Fase de oscilação deve ser máxima, requerendo

∆m

2

∼ 10

−4

− 10

−2 eV2.

Assumindo todos

ν

µ ascendentes (eventos multi-GeV) oscilam em sabor diferente, a assimetria up-down é

|A

µ

| = sin

2

2θ/(4

sin

2

2θ)

.

Em

,

|Aµ| > 0.27

requerendo ângulo de mistura quase máxi-mo,

sin

2

2θ > 0.85

.

Número esperado de eventoscontidos tipo

µ

ou

e

N

µ

= N

µµ

+ N

,

N

e

= N

ee

+ N

µe

N

αβ

= n

t

T

Z

d

2

Φ

α

dE

ν

d(cos θ

ν

)

κ

α

P

αβ

(37)

37/46













Múons ascendentes: fluxos efetivos para stopping e through-going muons, convolui as probabilidades de sobrevivência para

ν

µ’s com

cor-respondente fluxo de múons produzidos por

ν

’s interagindo com a Terra.

Φ

µ

(θ)

S,T

=

1

A(L

min

, θ)

Z

∞ Eµ,min

µ

(E

µ

, cos θ)

dE

µ

d cos θ

A

S,T

(E

µ

, θ)dE

µ

µ

dE

µ

d cos θ

= N

A

Z

∞ Eµ

dE

µ0

Z

∞ Eµ0

dE

ν

Z

∞ 0

dX

Z

∞ 0

dh κ

νµ

(h, cos θ, E

ν

)

νµ

(E

ν

, θ)

dE

ν

d cos θ

P

µµ

dσ(E

ν

, E

µ0

)

dE

µ0

F

rock

(E

µ0

, E

µ

, X)

A(L

min

, θ) = A

S

(E

µ

, θ) + A

T

(E

µ

, θ)

: área do detector projetada por path-lengths internos maiores que

L

min

(= 7

m no Super-K).

A

S e

A

T são as áreas efetivas para trajetórias de stopping e through-going muon.

(38)

38/46













Canais de Oscilação

?

Transição ν

µ

→ ν

e

Canal excluído com alto confidence level (CL):

Dados de alta precisão de Super-K: eventos contidos

ν

e são be

descritos por SM em normalização e dependência angular.

Excluído também pelo experimento em reator

CHOOZ

, que não apresenta evidência para deficit de

ν

¯

e.

?

Transição ν

µ

→ ν

τ

s

)

Hipótese de oscilação explica consistentemente os dados em

ν

’s atmosféricos

Taxas de eventos totais é consistente com altos valores de

∆m

2 .

Best fit:

∆m

2

= 2.6

× 10

−3,

sin

2

2θ = 0.97

(para

ν

µ

→ ντ

) e

∆m

2

= 3

× 10

−3,

sin

2

2θ = 0.61

(para

ν

µ

→ νs

)

(39)

39/46













(40)

40/46













(41)

41/46













Situação atual e novos experimentos

Forte evidência para oscilação e mistura de

ν

’s;

Em

ν

’s atmosféricos, desvios da razão esperada de

ν

µ

e e forte

dependência em ângulo de zênite.

Canal mais provável

ν

µ

→ ν

τ (análise global

atmosférico-solar-reator, mistura de 3

ν

’s) :

1.9 10

−3

< ∆m

2atm

< 6 10

−3;

0.4 < tan

2

θ

atm

<

3

.

Dos dados de reatores,

sin θ

reat

≤ 0.22

(pequeno

U

e3) garantem que as análises combinadas ((mistura de 3

ν

’s) podem ser aproxima-das por análises independentes c/ mistura de 2

ν

’s.

Interesse crescente para possibilidades de discriminação dos

(42)

42/46













Confirmada hipótese de oscilação, medidas de precisão dos

ele-mentos da matriz de mistura usando dados de

ν

’s solares, atmosféri-cos e reatores-aceleradores.

Futuros experimentos testarão

L/E

ν e aparecimento de

ν

τ, me-lhor estatística e vínculos aos elementos de

U

.

UNO: em discussão, 20 vezes Super-K. Permite detectar sinal de aparecimento de

τ

.

AQUA-RICH: alta resolução de

L/E

ν.

MONOLITH: calorímetro de tracking magnetizado. Pode sepa-ra

ν

de

ν

¯

’s e alta resolução

L/E

ν.

(43)

43/46













MUITO TRABALHO TEÓRICO-EXPERIMENTAL NO FUTURO

(44)

44/46













Referências em Neutrinos

Livros Texto

C.W Kim, A. Pevsner, Neutrinos in Physics and Astrophysics, vol.

8, Harwood Academic Press, Chur, Switzerland (1993).

R.N. Mohapatra, P.B. Pal, Massive Neutrinos in Physics and As-trophysics, vol. 41, World Scientific, Singapore (1991).

F. Boehm, P. Vogel, Physics of Massive Neutrinos, Cambridge

Uni-versity Press, Cambridge (1989).

J.N. Bahcall, Neutrino Physics and Astrophysics, Cambridge

(45)

45/46













Reviews

T.K. Gaisser, M. Honda,Flux of Atmospheric Neutrinos, [hep-ph/0203272];M.C. Gonzalez-Garcia, Y. Nir , Developments in Neutrino Physics,

[hep-ph/0202058];

W. Buchmuller,Neutrinos, Grand Unification and Leptogenesis,

[hep-ph/0204288];

F. Halzen, D. Hooper, High-energy Neutrino Astronomy: The Cos-mic Ray Connection, [astro-ph/0204527];

S.M. Bilenky, C. Giunti, W. Grimus, Phenomenology of Neutrino Oscillations, Prog. Part. Nucl. Phys. 43 (1999);

K. Zuber, On the physics of massive neutrinos, Phys. Rept. 305,

295-364 (1998);

P. Fisher, B. Kayser, K.S. McFarland, Neutrino Mass and Oscillati-on, Ann. Rev. Nucl. Part. Sci. 49, 481 (1999);

W.C. Haxton, B.R. Holstein, Neutrino Physics, Am. J. Phys. 68, 15

(46)

46/46













Sites na Internet

GEFAN, Grupo de Estudos de Fisica e Astrofisica de Neutrinos,http: //www.ifi.unicamp.br/neutrinos

Livro sobre

ν

’s na Web (Neutrinos Matter),http://www-boone. fnal.gov/about/nusmatter

Historia do

ν

(Neutrino History)http://wwwlapp.in2p3.fr/ neutrinos/aneut.html

Central de links sobre

ν

’s (The Neutrino Oscillation Industry site),

http://www.hep.anl.gov/ndk/hypertext/nu_industry. html

Sintese dos dados dos maiores experimentos (The Ultimate

Neu-trino Page), http://cupp.oulu.fi/neutrino/

Super-Kamiokande,http://geb.phys.washington.edu/local_ web/SuperK/aaa_SuperK_home.html

Referências

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