A GRANDE CAMPANHA DO BRASIL
Na capital britânica, a Seleção Nacional obtém um de seus melhores
Ano 4 - nº 14 - Outubro/2017
CAIO BONFIM
Marchador sobe ao
pódio e bate recorde
no Mundial de Londres
ÍNDICE
Nesta edição
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PALAVRA DO PRESIDENTE – A projeção internacional do Atleti smo brasileiro
LONDRES 2017 – O bom resultado do Brasil no Mundial
CAIO BONFIM – A marcha atléti ca brasileira sobe ao pódio
MARCHA ATLÉTICA – Erica Rocha de Sena vence Circuito Mundial
MUNDIAL SUB-18 – Brasil conquista dois pódios em Nairóbi
PAN SUB-20 – Equipe ganha nove medalhas no Peru
CBAt E CAIXA – Parceria permite desenvolvimento do Atleti smo
UM ANO DEPOIS – A seleção, do Rio 2016 a Londres 2017
CNDA – Obras no Centro de Bragança Paulista
MUNDIAL INDOOR – Campeonato abre a temporada de 2018
CALENDÁRIO – Competi ções ofi ciais em 2017
CORRIDAS – Provas agitam cidades de cinco Estados
PERSONAGEM – Fabiana de Almeida Murer
MULHER – Claudia Schneck
TREINADORES – João Sena e Gianetti Bonfi m
ÁRBITRO – Ubiratan Marti ns Junior
CLUBE – Trabalho e conquistas do Centro Olímpico
FILIADAS – As unidades da Federação que compõem a CBAt
INCLUSÃO – Formação de atletas e cidadãos em Cuiabá
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REALIZAÇÃO
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO (CBAt)
Presidente: José Antonio Marti ns Fernandes
Vice-Presidente: Warlindo Carneiro da Silva Filho
Diretor Administrati vo/Financeiro: Eduardo Esteter
Diretor de Relações Insti tucionais e Corporati vas: Luiz Roberto Rodrigues
Diretor Técnico: José Haroldo Loureiro Gomes
Superintendente Administrati vo: Antonio de Figueiredo Feitosa
Superintendente de Alto Rendimento: Antonio Carlos Gomes
Superintendente Técnico e do CNDA: Marti nho Nobre dos Santos
Gerente de Alto Rendimento: Clovis Alberto Franciscon
Gerente de Comunicação Digital: Georgios Stylianos Hatzidakis
Gerente Técnico: Anderson Moraes Lemes Rosa
EDIÇÃO
Coordenação Editorial: Benê Turco – Novamente Comunicações
Pesquisa e Textos: João Pedro Nunes, Benê Turco, Maiara Dias Bati sta
Fotos: Arquivo CBAt
Design Gráfi co: Clóvis Zanela
Coordenação da Produção: Maiara Dias Bati sta
Logo: Josué Viana
Impressão: IMPRESSOGRAF
PODIUM é uma publicação inscrita no ISSN sob o número: 2358-6095.
Rua Jorge Chammas, 310 – Vila Mariana CEP: 04016-070 – São Paulo (SP) Telefone: (11) 5908-7488 E-mail: cbat@cbat.org.br
A projeção internacional do Atletismo brasileiro
POR JOSÉ ANTONIO MARTINS FERNANDES*
PALAVRA DO PRESIDENTE
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m ano depois dos Jogos do Rio 2016, em que oAtleti smo do Brasil obteve grande sucesso, ti ve-mos a alegria de ver novamente o brilho de nossa Seleção principal, no Campeonato Mundial disputado em Londres, em agosto últi mo. Os atletas brasileiros fo-ram a nove fi nais em diferentes provas do Atleti smo na capital britânica.
De fato, ti vemos fi nalistas em provas de marcha, velo-cidade, meio-fundo, saltos, arremesso e lançamentos. Re-sultados como estes seriam inalcançáveis no passado, mas no século XXI se tornaram possíveis graças ao patrocínio da CAIXA, aos convênios com o COB e o Ministério do Es-porte, e ainda às parcerias com a Nike e a Mondo.
São com estes recursos que podemos proporcionar aos nossos atletas e treinadores as condições adequadas para cumprir o Programa de Preparação Olímpica, que prevê o trabalho no ciclo iniciado este ano e que nos le-vará aos Jogos de Tóquio, em 2020. O fato é que, a cada temporada, os resultados técnicos do Atleti smo nacional vêm crescendo.
Entendemos que a situação difí cil que a nação vive exige sacrifí cios de todos. Na CBAt estamos contribuindo, mantendo o que é essencial para a evolução de nossos atletas e equipes, procurando obter o máximo de produti -vidade com as condições que temos.
Estabelecemos uma práti ca fi nanceira responsável.
Aliás, a administração da CBAt é elogiada por todos os que analisam nossas prestações de contas: Caixa Econômica Federal, Comitê Olímpico do Brasil, Ministério do Esporte, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União. Quero destacar ainda que nossas ações na área da Gover-nança Corporati va nos renderam prêmios da “SOU DO ES-PORTE” por dois anos consecuti vos, estando entre as cinco melhores Confederações do Brasil.
Destaque-se ainda que o modelo de gestão que
adota-mos contempla a parti cipação de toda a comunidade do Atleti smo. Ou seja, todos os segmentos têm representan-tes que parti cipam com plenos direitos na Assembleia Ge-ral, principal poder da Confederação, e de outros órgãos, como o Conselho de Direção e Conselho Fiscal.
Se o Programa de Preparação Olímpica da CBAt vem dando conti nuamente bons resultados, é importante sua atualização a cada temporada. Manti do em sua essência, claro que sempre é necessário avançar. Na formação das Seleções, nos critérios de convocação, nos campings de treinamento e competi ções no Brasil e no exterior, tudo isso precisa ser debati dos por conhecedores.
Por isso, determinamos a criação de um Comitê de Sele-ções amplo, com a coordenação das áreas técnica e de alto rendimento da CBAt, com parti cipação de representantes da área técnica do COB, de clubes, atletas e Federações.
Nesta edição da PODIUM, também publicamos extensa
reportagem sobre os Programas de Apoio da CBAt, patro-cinados pela CAIXA. São estes Programas que verdadeira-mente impulsionam o Atleti smo, pois garantem os meios de treinamento e competi ção que promovem a evolução permanente do esporte-base do Brasil.
Além da preparação das nossas seleções nas várias ca-tegorias, os Programas de Apoio permitem a efeti vação de obras de infraestrutura, como as que realizamos no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atleti smo (CNDA). Uma vez concluídas, as instalações serão usufruídas por várias gerações de atletas e treinadores brasileiros.
O CNDA, na cidade de Bragança Paulista, com óti ma localização, próxima aos Aeroportos Internacionais de Vi-racopos e Cumbica, além de ser a nossa principal sede de preparação, será palco de Campeonatos organizados pela CBAt. A pista do CNDA foi recuperada pela Playpiso, repre-sentante da Mondo no Brasil, e tem plenas condições de abrigar torneios ofi ciais.
(*) José Antonio Marti ns Fernandes é Presidente da Confederação Brasileira de Atleti smo (CBAt), membro da Comissão de
Re-lações Internacionais da Associação Internacional das Federações de Atleti smo (IAAF), Secretário Nacional de Esportes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Presidente da Federação Interestadual dos Profi ssionais de Educação Física (FEPEFI) e Presidente do Sindicato dos Profi ssionais de Educação Física de São Paulo e Região (SINPEFESP). Foi Presidente da Federação Paulista de Atleti smo (FPA), Vice-Presidente de Esportes da ADC Eletropaulo e membro do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Começou no esporte como jogador de futebol profi ssional.
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or sinal, em 2017 já realizamos no CNDA oCampeona-to Brasileiro Caixa Sub-18, que permiti u a vários atletas alcançarem os índices de qualifi cação para o Mundial da categoria, organizado pela IAAF e disputado na cidade de Nairóbi, no Quênia. Os Programas possibilitam, ainda, à CBAt prestar importante apoio fi nanceiro às Federações fi liadas, de forma a obterem recursos para a organização de seus campeonatos estaduais.
Os nossos medalhistas olímpicos, atletas que con-quistaram medalhas em Jogos Olímpicos de Verão e que não estejam mais competindo, também estão contem-plados em um Programa de Apoio da CAIXA. A
expe-riência desses ex-atletas pode ser muito útil aos mais jovens, que os têm como modelo, e também na dissemi-nação do conhecimento adquirido a toda comunidade do Atletismo.
Conti nuamos a trabalhar com toda força e determinação,
com a confi ança da comunidade atléti ca nacional e com a certeza de que estamos no caminho certo, para ati ngirmos as metas traçadas no ciclo olímpico 2017/2020 – RUMO A TÓQUIO!
Boa leitura!
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LONDRES 2017
O bom resultado do Brasil no Mundial
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esta temporada, um ano depois de conquistar umaperformance olímpica muito boa no Rio 2016, a Seleção Brasileira pôde comemorar os resultados alcançados no Campeonato Mundial de Londres. Vários atletas mostraram clara evolução entre as competi ções da “Cidade Maravilhosa” e da capital britânica.
Neste caso estão, entre outros, os marchadores Caio Oliveira de Sena Bonfi m e Erica Rocha de Sena. O brasilien-se ganhou a medalha de bronze nos 20 km e a pernambu-cana foi a quarta na prova feminina da distância. Ambos estabeleceram suas melhores marcas no Mundial: ele, com 1:19:04 (recorde brasileiro); ela, com 1:26:59 (recor-de sul-americano). Foi o melhor resultado internacional da marcha atléti ca brasileira.
Eles contribuíram para que o Brasil obti vesse um lugar entre os 20 ti mes com melhor pontuação no Campeonato. O quadro elaborado pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atleti smo) leva em conta os oito pri-meiros colocados. O campeão ganha oito pontos, o vice leva sete e assim por diante, até o oitavo, que recebe um.
A Seleção nacional foi a 19ª, com 21 pontos, à frente de países de larga tradição no Atleti smo, como a Espanha (29ª), Grécia (35ª), Itália (37ª) e Suécia (40ª). Importante notar: os pontos brasileiros foram ganhos em diferentes modalidades, como marcha atléti ca, arremesso e lança-mentos, velocidade, meio-fundo e revezamento.
Os brasileiros foram fi nalistas em nove provas, com atletas entre os 12 primeiros. Em seis provas, o País teve atletas entre os oito primeiros. Em outras três, represen-tantes nacionais foram fi nalistas e fi caram entre o oitavo e o 12º colocados. O Brasil teve ainda quatro semifi nalistas, três recordistas nacionais ou de área, seis que estabelece-ram a melhor marca da temporada e dois atletas do salto em altura, que chegaram bem perto da qualifi cação.
Se Caio Bonfi m (CASO) e Erica Sena (B3 Atleti smo) me-recem todas as honras, Rosangela Cristi na Oliveira Santos,
Getty Images/IAAF
Caio Bonfi m, medalha de bronze em Londres
Thiago do Rosário André e o 4x100 m feminino igualmente se saíram bem. Rosangela, além do bom desempenho nos 100 m, ajudou o 4x100 m a conquistar um lugar na fi nal.
Nos 100 m, ela foi a primeira na série 5 da preliminar com 11.04 em 5 de agosto, igualando seu recorde pessoal
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Erica Sena, quarto lugar nos 20 km
(vento de -1.0 m/s). Na semifinal, no dia 6, marcou 10.91 (-0.2), foi a segunda na série 2, e estabeleceu novo recorde brasileiro e sul-americano. Pela primeira vez uma velocista do Brasil corria a distância em menos de 11 segundos e ga-rantia uma vaga na final do Mundial. Aí, na final, também no dia 6, marcou 11.06 (0.1) e foi a sétima.
O recorde brasileiro era de Ana Claudia Lemos Silva, com 11.01 (1.4), feito em 18 de abril de 2015, em Wal-nut, no estado norte-americano da Califórnia. O recorde sul-americano era de Angela Tenorio (Equador), com 10.99 (0.9), marca obtida no PAN 2015, em 22 de julho, em To-ronto, no Canadá. Rosangela, de 27 anos, defende o EC Pi-nheiros (SP) e treina com Eric Francis, em Austin, no Texas (Estados Unidos).
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hiago André levou o Brasil à final dos 800 m noMun-dial pela primeira vez, desde 2003, quando Osmar Barbosa dos Santos foi o oitavo em Paris. Thiago foi o sétimo com 1:46.30, na decisão, em 8 de agosto. Na pre-liminar, foi o terceiro na série 4 com 1:47.22. Na semifinal, foi o quarto na série 3 com 1:45.83.
As marcas não foram tão fortes nos 800 m em Londres e Thiago correu taticamente. “O que buscava era a vaga na
fase seguinte”, disse o corredor, de 22 anos. “Ele teve boa participação no Mundial”, considerou o treinador Ricardo D’Angelo, sobre o atleta da B3 Atletismo, nascido em
Bel-Caio Oliveira de Sena Bonfim 3º marcha atlética 20 km Erica Rocha de Sena 4º marcha atlética 20 km Nair da Rosa 5º marcha atlética 50 km Rosangela Cristina Oliveira Santos 7º 100 m
Thiago do Rosário André 7º 800 m
Revezamento 7º 4x100 m feminino* Geisa Rafaela Arcanjo 9º arremesso do peso Eliane Martins 11º salto em distância Andressa Oliveira de Morais 11º lançamento do disco
(*) Ana Claudia Lemos, Franciela Krasucki, Vitoria Rosa e Rosângela Santos.
BRASILEIROS FINALISTAS
ford Roxo (RJ).O 4x100 m feminino, na preliminar,ficou em terceiro na série 2 com 42.77 (melhor marca da temporada), em 12 de agosto. Na final, na noite do mesmo dia, o time foi o sétimo, com 42.63 (melho-rando novamente o recorde do ano).
O técnico Katsuhico Nakaya escalou o mesmo quarteto: Franciela das Graças Krasucki Davide, Ana Claudia Lemos Sil-va, Vitoria Cristina Silva Rosa e Rosange-la Cristina Oliveira Santos. Com exceção de Vitoria, as outras três atletas estavam
LONDRES 2017
na semifi nal do Mundial de Moscou 2013, quando, com 42.29, marcaram novo recorde sul-americano.
“Foi uma boa colocação, mas com a Vitoria mais ex-periente poderemos almejar melhor desempenho”, con-cluiu o treinador. Vitória, 21 anos, é atleta da B3 Atleti s-mo e treina com Nakaya. Franciela, de 29 anos, treina com Adriano Vitorino, e Ana Claudia, de 28, defendem o EC Pinheiros.
Nair da Rosa foi uma das marchadoras que ti veram suas colocações confi rmadas pela arbitragem. Foi a quinta nos 50 km, prova que entrou pela primeira vez no Mundial. As provas de marcha foram disputadas na “The Mall”, próxi-ma ao Palácio de Buckingham.
Aos 37 anos, campeã da Copa Pan-Americana de Mar-cha, ela compete pela AABLU (SC) e treina com Sergio Gal-dino. “Sei que estou vivendo um momento importante”, disse Nair, referindo-se ao fato de que, com os 50 km, as mulheres agora competem o mesmo número de provas que os homens no Mundial.
Outras três brasileiras foram às fi nais de suas provas, mas não fi caram entre as oito primeiras: Geisa Rafaela Ar-canjo, nona no arremesso do peso; Eliane Marti ns, 11ª no
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agner Carmo/CBAt
Rosangela Santos, primeira brasileira a correr abaixo dos 11 segundos Katsuhico Nakaya, treinador do 4x100 m feminino em Londres
salto em distância, e Andressa Oliveira de Morais, 11ª no lançamento do disco.
As três atletas são do EC Pinheiros. Geisa, 26 anos, trei-na com o cubano Justo Navarro. Eliane, 31 anos, treitrei-na com Nelio e Tânia Moura, e Andressa, 26 anos, com o tam-bém cubano Julián Mejias. Geisa havia sido finalista nas Olimpíadas de 2012 e 2016.
Na prova de qualificação, Geisa fez 17,19 m em 8 de agosto e foi a quinta no Grupo B. No dia 9, na final, ela me-lhorou a marca com 18,03 m, a mesma da cubana Yaniuvis López, que ficou em oitavo pelos critérios de desempate.
Eliane saltou 6,46 m (1.0) na qualificação e na final, no dia 11, fez 6,52 m (1.2). Andressa fez melhor marca na qualificação, com 62,80 m, em 11 de agosto, quando foi a terceira no Grupo A e oitava na geral. Na final, no dia 13, marcou 60,00 m.
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Geisa Arcanjo, finalista no arremesso do peso Thiago André, entre os melhores do mundo nos 800 m
Rosangela Santos e Vitoria Rosa, nos 200 m, Eder Anto-nio Souza nos 110 m com barreiras e Marcio Soares Teles, nos 400 m com barreiras foram semifinalistas. Vitoria fez 23.26 (-0.6) na preliminar e 23.31 (-0.2) na semifinal (dia 10). Rosangela marcou 23.34 na preliminar e foi desquali-ficada na semifinal.
Eder, 30 anos, fez 13.56 (0.1) na preliminar e 13.70 (0.3) na semifinal. Ele compete pela Orcampi Unimed e treina com Victor Fernandes. Marcio, 23 anos, fez a preliminar em 49.41, em 6 de agosto, e não completou a prova, na semifinal, depois de sofrer um choque. Tem 23 anos, com-pete pela B3 Atletismo e treina com Evandro Lazari.
No salto em altura, os brasileiros disputaram a qualifica-ção no dia 11. Talles Frederico Souza Silva e Fernando Car-valho Ferreira saltaram 2,29 m e só não foram à final pelos critérios de desempate. Ambos chegaram a um centímetro
LONDRES 2017
do recorde pessoal. Talles, 26 anos, do Pinheiros e treina com Kiyoshi Takahashi e Fernando, de 22, treina com José Antonio Rabaça e compete pela B3 Atleti smo.
O Brasil levou 36 atletas a Londres (20 homens e 16 mulheres), para a 16ª edição do Mundial, que teve cerca de dois mil atletas de 205 países, com recursos do Progra-ma Caixa de Seleções, da CBAt, e com a parceria do COB
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agner Carmo/CBAt
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agner Carmo/CBAt
Andressa Oliveira de Morais disputou a fi nal do lançamento do disco
Mauro Chekin, chefe da delegação em Londres Carlos Alberto Cavalheiro, treinador-chefe
na preparação dos atletas. No total, 65 países colocaram atletas entre os oito primeiros em suas provas e 42 con-quistaram medalhas.
O
presidente da CBAt, José Antonio Marti nsFernan-des, o Toninho, considerou altamente positi va a parti cipação nacional. “Tivemos atletas com boas marcas e colocações em várias provas”, disse Toninho Fer-nandes. “Poderíamos ter ainda melhores resultados, mas perdemos dois nomes importantes, por lesão”, afi rmou Toninho, referindo-se a Thiago Braz, campeão olímpico do salto com vara, e Nubia Soares, quarta no Ranking Mundial do salto triplo.
O vice-presidente da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho, também gostou da performance da Seleção: “Além da medalha, de recordes e vários fi nalistas, melhoramos em relação ao Mundial anterior, de Pequim 2015, quando ti vemos uma medalha e dois fi nalistas.” O chefe da delega-ção, Mauro Chekin, disse que o grupo todo “foi disciplina-do e colaborati vo. Foi fácil de conduzir a equipe.”
Para Carlos Cavalheiro, treinador-chefe da Seleção, “os resultados mostram a evolução de vários atletas, os resul-tados da marcha provam isso”. Ele reconhece que alguns atletas fi caram abaixo das expectati vas como Darlan Ro-mani, no arremesso do peso: “O que houve com Darlan no Mundial foi atí pico, ele vem fazendo boas apresentações há vários anos.”
A
os 16 anos, Caio Bonfi m já disputava eventos inter-nacionais. Em 2007, o brasiliense representava o Brasil no Mundial Sub-18, em Ostrava, na República Tcheca, quando foi o 12º nos 10.000 m marcha atléti ca, com 45:16:88.Uma década depois, Caio chegou a Londres como uma das esperanças brasileiras no Mundial da categoria prin-cipal, a mais importante competi ção esporti va do ano. Como já havia feito um ano antes, na Olimpíada do Rio (foi o quarto colocado), ele estabeleceu uma táti ca para a pro-va, disputada na tradicional “The Mall”.
“Sabia que devia manter meu ritmo, para ter a chance de fi car entre os primeiros”, disse o marchador. Deu certo e Caio foi o terceiro, no melhor momento da marcha atléti ca brasileira.
Além da medalha de bronze, que dividiu com a mãe e o pai – “e toda a equipe do Brasil aqui em Londres” –, tam-bém conseguiu novo recorde do País, com 1:19:04, em 13 de agosto, últi mo dia do Campeonato.
Caio é fi lho da multi campeã e anti ga recordista nacional dos 20 km Gianetti Bonfi m e de João Sena, treinador de corridas de fundo e de marcha.
Além das boas colocações no Rio 2016, quando tam-bém foi o nono nos 50 km, ele fi cou em segundo lugar no Circuito Mundial de Marcha 2017, da IAAF. “Estou feliz com a medalha no Mundial, mas principalmente por saber que o Atleti smo do Brasil está crescendo em muitas provas, e não apenas na marcha”, falou.
A primeira boa colocação de Caio a nível internacional foi o quarto lugar no Mundial Sub-20, em Moncton, no Canadá, em 2010, dois anos depois de fi car em sexto em Bydgoszcz, na Polônia.
Em Londres, nos Jogos de 2012, senti u-se mal e termi-nou em 39º. “Foi muito bom voltar a competi r no mesmo circuito e dar um pódio ao Brasil”, concluiu.
CAIO BONFIM
A marcha atlética brasileira sobe ao pódio
01/05/2011 Sesto San Giovanni-ITA 1:23:59 29/06/2012 São Paulo-BRA 1:21:36 04/05/2014 Taicang-CHN 1:20:28 12/08/2016 Rio de Janeiro-BRA 1:19:42 13/08/2017 Londres-GBR 1:19:04
Data de nascimento: 19 de março de 1991 Local de Nascimento: Brasília (DF)
Clube: Centro de Atleti smo de Sobradinho – CASO (DF) Treinadores: João Sena Bonfi m e Gianetti Oliveira Bonfi m Provas: marcha atléti ca 20 km – 50 km
Melhor marca 20 km: 1:19:04 (Recorde Brasileiro) Melhor marca 50 km: 3:47:02 (Recorde Brasileiro)
CAIO OLIVEIRA DE SENA BONFIM
EVOLUÇÃO NOS 20 KM
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agner Carmo/CBAt
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m ano excepcional. Assim foi 2017 para a marcha atlética brasileira. Os resultados mostram que nessa modalidade o Brasil caminha a passos lar-gos rumo ao torneio de Atletismo dos Jolar-gos Olímpicos de Tóquio 2020. Além das conquistas no Campeonato Mundial de Londres, os brasileiros também brilharam no Circuito Mundial de Marcha Atlética, organizado pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo).A pernambucana Erica Rocha de Sena (B3 Atleti smo) ga-nhou o tí tulo do Circuito no feminino, ao somar 34 pontos. Ela já havia sido a terceira colocada no Circuito em 2016.
No masculino, o brasiliense Caio Bonfi m (CASO-DF), que levou bronze nos 20 km no Mundial de Londres, ter-minou em segundo lugar com 25 pontos, sendo superado
MARCHA ATLÉTICA
Erica Rocha de Sena vence o Circuito Mundial
apenas pelo colombiano Eider Arévalo, que fi cou com o ouro no Mundial e so-mou 36 pontos.
A pontuação fi nal leva em conta a soma dos três melhores resultados do ano. Para chegar ao tí tulo, Erica, que é casada com o marchador equatoriano Andrés Chocho, também seu treinador, e mora em Cuenca, foi a segunda colo-cada no GP da Ciudad Juárez e campeã no GP de Monterrey (ambos no Méxi-co), e foi a primeira colocada no GP de La Coruña (Espanha).
Já Caio Bonfi m, que treina com João Sena e Gianetti Bonfi m, seus pais, em So-bradinho (DF), além do bronze no Mun-dial, venceu o GP de Taicang (China) e foi séti mo no GP de Rio Maior (Portugal).
Antes do Mundial de Londres, Caio e Erica parti ciparam de Campings em alti tude, organizados pela Confedera-ção Brasileira de Atleti smo, por meio do Programa Caixa de Campings, em parceira com o Comitê Olímpico do Bra-sil, com recursos da Lei Agnelo/Piva.
Caio Bonfi m fi cou em Sierra Nevada, na Espanha, com as orientações de Gianetti , enquanto Erica treinou em Font-Romeo, na França, com Andrés, que, aliás, foi o ter-ceiro colocado no Circuito. Erica bateu o recorde sul-ame-ricano em Londres, com 1:26:59.
Em 2017, Caio conquistou o pentacampeonato do Troféu Brasil Caixa de Atleti smo, com direito ao recorde da competi ção, com o tempo de 1:21:25. O anterior era dele mesmo, com 1:21:36, desde 2012. Já Erica obteve a séti ma vitória consecuti va no torneio ao completar as 20 voltas no circuito de 1 km em 1:37:34, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
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agner Carmo/CBAt
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Brasil conquistou uma medalha de ouro na últi ma prova da etapa fi nal do Mundial Sub-18, disputa-do em Nairóbi, no Quênia, de 12 a 16 de julho úl-ti mo. O tí tulo foi ganho no revezamento misto 4x400 m, com Bruno Benedito da Silva, Giovana Rosália dos Santos, Jéssica Vitória Moreira e Alison Brendom dos Santos, que marcaram 3:21.71. A Jamaica levou a prata com 3:22.23 e a África do Sul, o bronze, com 3:24.45.Giovana, aliás, foi o principal destaque brasileiro no Quênia, pois também ganhou bronze nos 400 m, com 53.57 (recor-de brasileiro da categoria). O ouro foi para a tcheca Barbo-ra Malikova, com 52.74, e a pBarbo-rata paBarbo-ra a queniana Mary Moraa, com 53.31.
Na classifi cação geral, a Seleção foi a 10ª colocada com 47 pontos e ganhou elogios do vice-presidente da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho, que acompanhou o even-to. “Foi uma despedida com esti lo, já que este Campeo-nato não será mais realizado pela IAAF”, falou o dirigente.
Em mais 10 provas o Brasil colocou atletas entre os oito primeiros. Lorraine Marti ns foi a quarta nos 100 m, com 11.80 (vento de 0.5 m/s). Ela obteve a mesma colocação nos 200 m, marcando 23.89 (-0.7). No masculino, Arielton
MUNDIAL SUB-18
Brasil conquista dois pódios em Nairóbi
Costa dos Santos foi quarto nos 100 m, com 10.73 (-0.3) e séti mo nos 200 m, com 21.71 (-0.7).
No lançamento do disco, mais um quarto lugar, com Vitor Gabriel Moti m, que fez 58,27 m. Nos 400 m com barrei-ras, Alison Brendon dos Santos fi cou em quinto, com 53.98. No feminino, Chayen-ne Pereira da Silva foi a oitava, com 1:02.17.
Nos 400 m, Bruno Benedito da Silva fi cou em sexto, com 47.15. Nos 100 m com barreiras, Micaela Rosa de Mello foi a séti ma, com 13.76 (4.1). Gleice Stefanie terminou em oitavo no arre-messo do peso, com 15,40 m. Outras duas atletas foram fi nalistas: no lança-mento do dardo, Alana Maranhão foi a 11ª, com 47,81 m, e no salto triplo, Ne-risnelia dos Santos Sousa também foi a 11ª, com 12,44 m (0.8). Ao todo, o Bra-sil parti cipou de 14 fi nais do torneio, sendo que Lorraine e Arielton parti ciparam de duas.
“A fi xação de índices mais fortes pela CBAt formou uma delegação com chances de os atletas brigarem por vagas nas fi nais. Tivemos 12 representantes na luta por meda-lhas e isso é muito importante”, comentou Evandro Lazari, treinador-chefe da Seleção Brasileira.
Divulgação/CBAt
Divulgação/CBAt
Equipe do revezamento misto 4x400 m, ouro em Nairóbi
Equipe ganha nove medalhas no Peru
PAN SUB-20
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Brasil disputou de 20 a 23de julho o Campeonato Pan-Americano Sub-20, no Estádio Chan Chan, em Trujillo, no Peru. Foi a principal competição internacional da categoria na tem-porada 2017 e a equipe conquistou nove medalhas: uma de ouro, três de prata e cinco de bronze. Na edi-ção anterior do torneio, realizada em 2015, em Edmonton, no Cana-dá, o Brasil obteve oito medalhas: uma de ouro, duas de prata e cinco de bronze.
O principal resultado no Peru foi alcançado pelo amazonense Pedro
Henrique Nunes Rodrigues, vencedor do lançamento do dardo, com 74,58 m, marca obtida logo em sua pri-meira tentativa. O resultado deu a liderança ao atleta nos Rankings Brasileiro e Sul-Americano, e o nono lugar no Ranking Mundial até 19 anos.
A vitória de Pedro Henrique, nascido a 18 de junho de 1999, em Manaus, não foi ameaçada em Trujillo. Um exemplo disso é que o cubano Ronny Cedeño Apon, me-dalha de prata, e o norte-americano Liam Christensen, bronze, terminaram com 70,69 m e 67,25 m, respecti va-mente. Antes do PAN, o atleta orientado por Margareth Bahia já havia sido campeão sul-americano Sub-20 em Georgetown, na Guiana.
Nos 100 m, Paulo André Camilo de Oliveira e Felipe Bardi fizeram a prova em 10.46 e 10.47, respectivamen-te, obtendo as medalhas de prata e bronze. O ouro foi conquistado pelo norte-americano Tarrik Brock, com 10.45 e vento de 0.4 m/s.
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Pedro Henrique Rodrigues, ouro no lançamento do dardo
No salto em distância, Gabriel dos Santos ganhou prata com 7,73 m (vento de 0.8). No lançamento do dardo feminino, Fabiele Alves também fi cou com a prata com 51,15 m.
O Brasil ainda fi cou em terceiro lugar com Derick Silva, nos 200 m, com 20.77 (0.5); com Alencar Chagas Pereira, no lançamento do martelo, com 67,14 m; com Italo Ma-theus de Araújo, nos 800 m, com 1:49.87; e com Jordan Santos, no decatlo, com 7.036 pontos.
O PAN teve um nível técnico forte. Um exemplo disso é que a equipe norte-americana masculina 4x400 m que-brou o recorde mundial da categoria, com 3:00.33. O an-terior era também dos Estados Unidos desde 2014, com 3:01.09.
Os norte-americanos conquistaram 56 medalhas no torneio, sendo 24 de ouro, 14 de prata e 18 de bron-ze, seguidos do Canadá, com 22 (seis de ouro, nove de prata e sete de bronze), e de Cuba, com sete (quatro de ouro e três de prata).
Parceria permite o desenvolvimento do Atletismo
CBA
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A
parceria renovada com a Caixa Econômica Federal,para o ciclo olímpico 2017-2020, permite à Con-federação Brasileira de Atleti smo, uma série de 14 programas de apoio a diversas áreas do esporte-base nacional. Anunciada em maio último, a continuação do patrocínio mantém a tradição iniciada em 2001, entre a CAIXA, o tradicional banco público brasileiro, e a CBAt, a entidade-dirigente do principal esporte dos Jogos Olímpicos.
O resultado do Atleti smo brasileiro nos Jogos do Rio 2016, com a conquista de uma medalha de ouro, com 11 atletas classifi cados entre os 12 primeiros, foi mais uma manifestação do quanto é importante o suporte ao espor-te de uma organização do porespor-te da CAIXA!
Um ano após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Atleti smo deu mais uma mostra de seu estágio ascenden-te no Campeonato Mundial de Londres, no últi mo mês de agosto, com a parti cipação de atletas brasileiros em nove fi nais. Assim, no primeiro grande evento pós Rio 2016, o Atleti smo pôde comemorar também a certeza de que a preparação deste ciclo está no rumo certo.
Fundamental, neste senti do, são os Programas CAIXA de Apoio, conduzidos pela CBAt, que atendem atletas e treinadores; seleções nacionais; calendário de competi -ções; cursos, clínicas e seminários; Federações Filiadas; campanhas anti dopagem; obras de infraestrutura etc.
“O patrocínio da CAIXA, e a parceria com outros orga-nismos públicos e empresas parti culares, benefi ciam toda a família do Atleti smo”, afi rma o presidente da CBAt, José Antonio Marti ns Fernandes, o Toninho. “E nos dão a cer-teza de que, novamente, poderemos oferecer aos nossos atletas e treinadores a melhor preparação neste novo ciclo olímpico”, prossegue Toninho Fernandes, referindo-se à Olimpíada de Tóquio 2020.
Na sequência, apresentamos à comunidade atléti ca
nacional um resumo com dados de cada um dos 14 Progra-mas Caixa de Apoio, que na verdade contemplam todos os segmentos do nosso esporte, da parti cipação das Seleções em eventos internacionais, passando pela organização dos campeonatos nacionais até as obras para melhoria dos equipamento esporti vos.
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agner Carmo/CBAt
Georgios Stylianos Hatzidakis/CBAt
1- ÀS FEDERAÇÕES ESTADUAIS
As Federações Estaduais de Atleti smo e a do Distrito Fe-deral recebem, por intermédio da CBAt, recursos fi nanceiros variáveis, em função do número de campeonatos estaduais e torneios realizados. O objeti vo central deste Programa é apoiar a organização de Campeonatos Estaduais de Adultos, Sub-20, Sub-18 e Sub-16, a parti cipação em campeonatos nacionais e a obrigatoriedade de ter atletas regularmente registrados e inscritos na CBAt. Em contraparti da, as Fede-rações se comprometem com a busca da melhoria da gestão administrati va, fi nanceira e técnica.
2- AOS HERÓIS OLÍMPICOS
O Programa incenti va a integração dos medalhistas olímpicos na estrutura de funcionamento do Atleti smo nacional, com engajamento em ações de resgate da cida-dania de crianças e adolescentes em situação de risco; e a parti cipação em eventos, ações promocionais, seminá-rios e palestras. Parti cipam os atletas que conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos e que já deixaram as pis-tas. São 13, atualmente: Joaquim Carvalho Cruz, Maurren Higa Maggi, Robson Caetano da Silva, Vanderlei Cordeiro de Lima, André Domingos da Silva, Arnaldo de Oliveira
Silva, Claudinei Quirino da Silva, Claudio Roberto Sousa, Edson Luciano Ribeiro, Vicente Lenilson de Lima, Rose-mar Maria Coelho Neto, LuciRose-mar Aparecida de Moura e Thaissa Barbosa Presti .
3- AOS CORREDORES
Desti na-se a apoiar os 20 corredores de rua, 10 no mascu-lino e 10 no feminino, que obti veram as melhores colocações no Ranking CAIXA CBAt de 2016. Cada atleta está recebendo, de fevereiro a dezembro de 2017, um valor fi nanceiro men-sal. Em 2018, este Programa será desconti nuado e acoplado ao Programa de Seleções Brasileiras, onde os atletas estarão submeti dos aos índices estabelecidos para parti cipação em eventos internacionais. Os campeões do Ranking 2016 foram o pernambucano Wellington Bezerra da Silva e a maranhen-se Maria Regina Santos Seguins.
4- ÀS SELEÇÕES BRASILEIRAS
Os recursos desti nam-se à manutenção, preparação e par-ti cipação das Seleções Brasileiras nas compepar-ti ções internacio-nais ofi ciais, como Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais, Jogos Pan-Americanos e outros eventos, como os Campeona-tos Ibero-Americanos e Sul-Americanos de Atleti smo.
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agner Carmo/CBAt
5- AO CALENDÁRIO NACIONAL
Neste caso, o apoio refere-se à realização e promoção das competições do calendário anual, que fazem parte des-te Programa: Troféu Brasil Caixa de Atletismo, Copa Brasil Caixa de Marcha Atlética, Copa Brasil Caixa de Cross Coun-try, Campeonato Brasileiro Caixa de Atletismo Sub-23, Cam-peonato Brasileiro Caixa de Atletismo Sub-20, CamCam-peonato Brasileiro Caixa de Atletismo Sub-18 e Campeonato Brasilei-ro Caixa de Atletismo Sub-16. Graças ao PBrasilei-rograma, a CBAt ainda apoia a organização de eventos regionais tradicionais, como o Troféu Norte-Nordeste Caixa de Atletismo, nas vá-rias faixas etává-rias, e o Troféu Centro-Oeste Sub-16.
6- AO CNDA
As verbas destinam-se à manutenção, conservação e operacionalização do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), na cidade de Bragança Paulista (SP), com a finalidade de qualificar as gerações olímpicas, aper-feiçoar a preparação dos jovens talentos e seus treinadores. Entre outros objetivos estão o de promover a capacitação de profissionais, desenvolver intercâmbios internacionais, realizar competições nacionais e tornar-se o mais completo Centro de Excelência de Atletismo no Brasil e na América do
Sul. Criar as melhores condições para que os conceitos cien-tíficos sejam exercidos em prol do desenvolvimento técnico do atleta e por consequência do Atletismo brasileiro.
7- AO GP BRASIL CAIXA DE ATLETISMO
Destina-se à realização da etapa sul-americana do IAAF World Challenge no Brasil, cujo torneio tem o título de Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo. Esse evento é hoje o mais im-portante meeting de Atletismo da América Latina. O torneio proporciona grande exposição nas mídias e reúne os melhores atletas nacionais, além de renomados convidados internacio-nais. A edição de 2017 foi realizada no dia 3 de junho, na Arena Caixa, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O grande destaque foi a polonesa Anita Wlodarczyk, bicampeã olímpica do lançamento do martelo, que venceu a prova com 78,00 m, novo recorde do GP. No masculino, a principal marca foi a al-cançada pelo brasileiro Darlan Romani no arremesso do peso, com 21,82 m, recorde do GP e sul-americano.
8- A ATLETAS E TREINADORES POR MÉRITO
O Programa objetiva o pagamento de retribuição pecu-niária aos atletas ganhadores de medalhas em Jogos Olím-picos, Campeonatos Mundiais de Adultos, Campeonatos
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agner Carmo/CBAt
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Mundiais Indoor e nos Campeonatos Mundiais Sub-20. Desti na-se, igualmente, ao pagamento de retribuição pecu-niária aos atletas pela quebra de recordes brasileiros, sul--americanos e mundiais, nas categorias Adulta, Sub-20 e Sub-18. Na categoria Sub-23 valem os recordes brasileiros e o sul-americanos, e na Sub-16 apenas o recorde brasileiro, com premiação em material esporti vo. Os treinadores rece-bem uma parte do prêmio como reconhecimento.
9- À ADMINISTRAÇÃO DOS PROGRAMAS
Aqui, o apoio refere-se à coordenação e operacionalização dos Programas Caixa de Apoio, com envolvimento e ação conjun-ta de todos os segmentos da administração: técnica, alto rendi-mento, fi nanceiro, recursos humanos, marketi ng, ouvidoria, au-ditoria, contabilidade, informáti ca, consultoria jurídica e logísti ca operacional. Os recursos visam complementar o funcionamento da CBAt, a quem cabe administrar, coordenar, normati zar e apoiar as práti cas desporti vas técnicas e de alto rendimento, bem como as ações incumbidas da Justi ça Desporti va. A enti dade também tem a obrigação de agluti nar todos os órgãos colegiados como STJD-Superior Tribunal de Justi ça Desporti va, Conselho Fiscal, Di-retoria, Assembleia Geral e Conselho de Direção.
10- À RNTA E DESCOBERTA DE TALENTOS
O Programa Rede Nacional de Treinamento de Atleti s-mo (RNTA) desti na-se ao atendimento de jovens atletas e treinadores, até atletas de alto rendimento. Busca pro-mover o fomento do esporte no Brasil, desde a iniciação até o alto rendimento; interligar os Centros de Treina-mento Nacionais visando a disseminação de métodos de treinamento desporti vo; aplicação da ciência do espor-te; capacitação de profi ssionais e expansão do conheci-mento desporti vo. Também busca detectar, desenvolver e aprimorar talentos mediante a preparação de atletas desde as categorias de base, em uma nova concepção de desenvolvimento do esporte, de forma arti culada e inte-grada. Programa da CBAt em convênio com o Ministério do Esporte.
11- AO COMBATE À DOPAGEM
Os recursos devem manter a políti ca de combate à do-pagem, com o funcionamento da Comissão Nacional An-ti dopagem (CONAD). Criada em 2005 pela CBAt, a CONAD teve atuação pioneira no esporte brasileiro, com foco no combate ao uso de substâncias proibidas e das práti cas contrárias ao espírito desporti vo. O apoio é para a rea-lização de campanhas educati vas e palestras; divulgar e prestar informações, aos atletas e treinadores, sobre os malefí cios que as drogas causam à saúde, à éti ca e ao jogo limpo; e, ainda, reafi rmar a políti ca de tolerância zero em relação à dopagem. Deve, também, dar suporte opera-cional à Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) na realização de exames, no auxílio ao custeio dos Ofi ciais de Controle de Doping (OCDs), dos escoltas e da montagem da Estação de Controle no local de cada competi ção. Tem, ainda, como meta, a manutenção da Consultoria Jurídica na prevenção da dopagem no Atle-ti smo, com representaAtle-ti vidade nacional e internacional, com atuação nos Tribunais Desporti vos, quando necessá-ria, sempre em observância à éti ca desporti va e proteção ao Atleti smo brasileiro.
12- AOS CAMPINGS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
A meta do Programa é aperfeiçoar a capacidade compe-ti compe-ti va dos atletas das Seleções Brasileiras das diversas cate-gorias e gêneros, além de propiciar a troca de conhecimento entre treinadores brasileiros e estrangeiros. Os campings são realizados, normalmente, por grupos de provas e respeita o planejamento técnico para o ciclo olímpico 2017-2020. O
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agner Carmo/CBAt
Programa é considerado essencial para a preparação dos se-lecionados nacionais e visa oferecer condições de se elevar o nível de competitividade e melhorar o desempenho do Atle-tismo em competições internacionais.
13- À COMUNICAÇÃO E PUBLICAÇÕES
Trata-se aqui da operacionalização de uma plataforma de comunicação, visando a propagação e o desenvolvimento do Atletismo nas diferentes mídias – eletrônica, impressa e digital – mediante a produção de conteúdo exclusivo, clipagem e mo-nitoramento de exposição de mídia. A CBAt publica
trimestral-mente a Revista PODIUM, guias de imprensa e livros, dedicados à comunidade atlética nacional. E opera o Atletismo Brasil TV.
14- AOS CURSOS TÉCNICOS E CLÍNICAS
Os recursos destinam-se à realização de Cursos e Clíni-cas, básicos e avançados, com o objetivo de formar, reci-clar e aperfeiçoar profissionais da área. São cursos como o de Treinadores de Nível I-IAAF; Curso de Treinadores de Nível II-IAAF; Curso Básico de Arbitragem; Cursos de Reci-clagem e Aperfeiçoamento de Treinadores e Árbitros; Clí-nica de MiniAtletismo e outros.
1-Programa Caixa de Apoio às Federações Estaduais e do Distrito Federal 2-Programa Caixa de Apoio aos Heróis Olímpicos do Atletismo
3-Programa Caixa de Apoio aos Corredores de Rua
4-Programa Caixa de Apoio às Seleções Brasileiras de Atletismo 5-Programa Caixa de Apoio ao Calendário Nacional de Competições
6-Programa Caixa de Apoio ao Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA)
7-Programa Caixa de Apoio à Realização do Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo/IAAF World Challenge 8-Programa Caixa de Apoio a Atletas e Treinadores por Meritocracia
9- Program Caixa de Apoio à Administração
10-Programa Caixa de Apoio à Rede Nacional de Treinamento de Atletismo e Descoberta de Talentos 11-Programa Caixa de Apoio ao Combate à Dopagem
12-Programa Caixa de Apoio aos Campings Nacionais e Internacionais de Treinamento e Competições 13-Programa Caixa de Apoio à Comunicação, Publicações e Mídias Digitais
14-Programa Caixa de Apoio a Cursos e Clínicas para atletas, treinadores e árbitros de Atletismo
PROGRAMAS DA CBAt COM PATROCÍNIO DA CAIXA
Divulgação/CBAt
A Seleção, do Rio 2016 a Londres 2017
UM ANO DEPOIS
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ma das grandes apresentações olímpicas doAtle-ti smo brasileiro aconteceu nos Jogos do Rio 2016, quando o País teve representantes entre os 12 pri-meiros em 11 provas. Um ano depois, novamente o Brasil colocou atletas em nove fi nais no Campeonato Mundial de Londres, em agosto últi mo.
“Isso demonstra que o Programa de Preparação Olímpica adotado no ciclo anterior deu bons resultados e conti -nua válido, com as atualizações que fi zemos após a últi ma Olimpíada”, diz o presidente da CBAt, Toninho Fernandes.
Para o vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho, o País evoluiu em relação ao Mundial anterior, disputado em Pequim 2015. “Na China, ti vemos três atletas entre os oito primeiros, enquanto que em Londres ti vemos nove fi -nalistas”, afi rmou o dirigente.
O treinador-chefe da equipe em Londres, Carlos Cava-lheiro, concorda: “É preciso considerar que o Mundial tem prati camente o mesmo nível e importância das Olimpía-das, e ao manter uma boa classifi cação coleti va, o Atleti s-mo s-mostra estar no rus-mo certo.”
Para o superintendente de Alto Rendimento da CBAt, Antonio Carlos Gomes, “o Programa sem dúvida é efi cien-te. Mas é preciso observar conti nuamente o desempenho dos atletas, tanto os resultados individuais como os obti -dos pelas equipes”.
“Atletas que têm bons resultados em mais de uma prova, às vezes podem disputar ambas, mas em outras ocasiões de-vem se dedicar àquela em que têm chances maiores de alcan-çar um bom resultado”, opina treinador Ricardo D’Angelo, da comissão técnica da Seleção no Mundial.
Foi o que ocorreu com o meio-fundista Thiago do Ro-sário André, atleta da B3 Atleti smo, treinado por Ricardo. Inscrito nos 800 m e 1.500 m, optou por fazer os 800 m em Londres. Deu certo, ele levou o Brasil à fi nal da prova depois de 12 anos e fi cou com a séti ma posição.
Nos estudos da Superintendência de Alto Rendimen-to, a mudança de provas por parte de alguns de nossos atletas principais é prevista. “Isto sempre pode acon-tecer”, explica Antonio Carlos. À medida que o tempo passa, não é incomum ver – principalmente no caso de corredores e marchadores – os atletas optando por dis-tâncias maiores.
Os estudiosos observam, porém, que, “além de o atleta sentir-se melhor na prova, é preciso, no caso das grandes competições, levar em conta também o
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agner Carmo/CBAt
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agner Carmo/CBAt
Presidente José Antonio Martins Fernandes
1-Representantes do Departamento de Alto Rendimento e Departamento Técnico da CBAt 2-Representantes da área técnica do Comitê Olímpico do Brasil
3-Um treinador de cada área específica do Atletismo*: a. Arremesso/Lançamentos
b. Velocidade/Barreiras
c. Saltos Horizontais/Saltos Verticais d. Meio-fundo/Fundo
e. Marcha Atlética f. Provas Combinadas
4-Representante dos Atletas** 5-Representante das Federações***
6-Representantes dos três clubes com melhor classificação na edição 2017 do Troféu Brasil Caixa de Atletismo
7-Representantes dos clubes campeões na classificação geral em 2017 dos Brasileiros Caixa de Atletismo Sub-20 e Sub-18
NOTAS
*Serão convidados os treinadores dos atletas melhores colocados no Ranking da IAAF, por cada área específica acima indicada.
** Serão convidados o representante eleito dos Atletas na Assembleia Geral da CBAt e o integrante brasileiro na Comissão de Atletas da IAAF. *** Será convidado o presidente da Federação que possuir o maior número de atletas no Ranking da IAAF.
COMPOSIÇÃO DO COMITÊ DE SELEÇÕES
rama mundial: ou seja, provas como os 5.000 m e os 10.000 m têm tal domínio africano que apenas um gran-de talento gran-de país ocigran-dental teria chance gran-de ficar entre os primeiros colocados”.
Da mesma forma, um marchador que atua nos 20 km pode, com o tempo, passar para os 50 km. Caio Bon-fim, medalha de bronze em Londres 2017 nos 20 km, já ensaia, e bem, a distância maior. Na Olimpíada do Rio,
quando as provas foram em dias diferentes, e com bom intervalo entre elas, fez as duas e foi top 10 em ambas.
Pela importância da formação das equipes para os diversos cam-peonatos internacionais, por deci-são da Presidência a CBAt ampliou a constituição do recém-criado COMITÊ DE SELEÇÕES (quadro à
parte). “O objetivo é propiciar
am-pla exposição de ideias da parte de atores experientes e integrados ao dia-a-dia do alto rendimento”, ex-plica o presidente Toninho Fernan-des. “É importante sempre ouvir a voz qualificada da comunidade”, conclui o dirigente.
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agner Carmo/CBAt
Osvaldo F/B3
Antonio Carlos Gomes Ricardo D´Angelo
A principal tarefa do Comitê de Seleções será a de implementar novas ações no Programa de Preparação Olímpica. Ao mesmo tempo, deverá trabalhar na atuali-zada dos critérios de convocação de atletas e treinadores para as Seleções nacionais das diversas modalidades e categorias de idade, para o período deste ciclo olímpico, que levará a 2020, ano dos próximos Jogos, marcados para Tóquio, no Japão.
Obras no Centro de Bragança Paulista
CNDA
O
Centro Nacional deDesenvolvimen-to do Atleti smo (CNDA), da Confe-deração Brasileira de Atleti smo, em Bragança Paulista (SP), passa por reformas que deixarão o local pronto para ser a sede da preparação das Seleções nacionais. O CNDA será ainda a central de inteligência do esporte-base País.
Alguns atletas e treinadores já trabalham no local, onde também acontecem campings da Rede Nacional de Treinamento de Atleti s-mo (RNTA), fruto de um convênio da Confe-deração com o Ministério do Esporte.
“Já temos estes eventos aqui e este ano até organizamos o Campeonato Brasileiro Caixa Sub-18 no CNDA”, explica Marti nho Nobre dos Santos, superintendente Técnico
- Reforma e recuperação do prédio administrati vo
- Reforma e recuperação da pista ofi cial e da pista coberta pela Playpiso - Concluída a recuperação do poço artesiano
- Instalação de piso de borracha especial na sala de musculação - Gradeamento da pista com material do legado dos Jogos Rio 2016 - Feita a compra, fabricada e instalada a nova caixa de água
OBRAS REALIZADAS
Martinho Nobre dos Santos/CBAt
Marcelo Ferrelli/CBAt
Obras do alojamento do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo
Martinho Nobre dos Santos, do CNDA
da CBAt e Coordenador do CNDA. “Após o Campeonato, a CBAt convocou a Seleção que representou nosso País no Mundial do Quênia”, comenta Marti nho.
“Mas os objeti vos centrais do CNDA são de médio e longo prazos”, ele esclarece. “Também têm sede aqui as ati vidades do Centro Nacional de Treinamento de Atleti s-mo (CNTA-SP)”, lembra.
As obras estão em andamento e aos poucos novos es-paços vão sendo liberados. Num futuro próximo poderão ser promovidos debates nas dependências do Centro.
“Muita coisa já foi feita, como a recuperação da pista e
a entrega das salas do prédio da administração, e os alo-jamentos estão em construção”, lembra o presidente da CBAt, Toninho Fernandes.
Boa parte da estrutura da Confederação mudará para o CNDA, que tem uma óti ma localização. “Vamos transfor-mar este espeço em um centro de Atleti smo de nível inter-nacional”, fi naliza Toninho Fernandes.
Além das obras já realizadas (ver quadro), outras estão em andamentos como a construção de dois dos quatro blocos previstos para o alojamento (entrega em março de 2018); instalação do Sistema de iluminação da pista (tam-bém para março de 2018); e a perfuração de novo poço artesiano para suprir as futuras demandas.
Proximamente começará a construção do Almoxarifado Central da CBAt (assim poderão ser entregues os espaços alu-gados pela Confederação na Grande São Paulo); a construção de Auditório para realizar palestras, cursos, seminários e clí-nicas; e a reforma no mezanino do Galpão da Pista Coberta (que abrigará as áreas técnica e de alto rendimento da CBAt).
Campeonato abre a temporada de 2018
MUNDIAL INDOOR
O
17º Campeonato Mundial Indoor de Atleti smo será oprimeiro grande evento do calendário internacional de 2018. A competi ção está marcada para o período de 1º a 4 de março, em Birmingham, na Grã-Bretanha. Os critérios de convocação serão defi nidos pelo Comitê de Se-leções, que se reúne a parti r de outubro. A IAAF já defi niu as marcas mínimas exigidas para o evento e o prazo vai até 19 de fevereiro.
Formado por iniciati va da Presidência da CBAt, o Comi-tê de Seleções será composto por representantes da CBAt, COB, treinadores, atletas, clubes e federações. Trata-se de uma inovação nos trabalhos do ciclo olímpico de Tóquio 2020.
A história do Mundial Indoor começa em 1985, quando a IAAF organizou em Paris, em 18 e 19 de janeiro, os Jogos Mundiais Indoor. Parti ciparam 319 atletas de 69 países e o Brasil teve cinco representantes. Vinte e quatro nações colocaram atletas no pódio. Um deles foi o paraibano João Bati sta Eugênio da Silva, que levou o bronze nos 200 m.
Em Indianápolis 1987 teve início a série ofi cial do
Mun-dial Indoor. Até a nona edição, em Birmingham 2003, o evento era disputado nos anos ímpares. Desde Budapes-te 2004, porém, o evento passou para os anos pares, para não coincidir com o Campeonato Mundial de Atleti smo, disputado ao ar livre.
Desde a competi ção de Paris 1985, os brasileiros con-quistaram 14 medalhas: quatro de ouro, quatro de prata e seis de bronze. Os campeões são José Luiz Barbosa, nos 800 m, em Indianapolis 1987; Fabiana de Almeida Murer, no salto com vara, em Doha 2010; e Mauro Vinícius Hilário Lourenço da Silva, o Duda, no salto em distância, em Istam-bul 2012 e em Sopot 2014.
A últi ma edição do evento, criado para atender os atle-tas do hemisfério norte, que sofrem com o rigoroso inverno da região, foi disputada em março de 2016, em Portland, nos Estados Unidos. A competi ção reuniu 540 parti cipan-tes de 148 países e o Brasil teve 10 representancipan-tes.
Birmingham realiza o Mundial Indoor pela segunda vez. Na primeira, em 2003, Maurren Higa Maggi ganhou a me-dalha de bronze no salto em distância.
Divulgação
FEVEREIRO
05 COPA BRASIL DE CROSS COUNTRY São Paulo BRA
19 Campeonatos Sul-Americanos de Cross Country Santi ago CHI
MARÇO
05 COPA BRASIL DE MARCHA ATLÉTICA Bragança Paulista BRA
18 Campeonatos Sul-Americanos de Meia Maratona Montevidéu URU
19 Campeonatos Sul-Americanos de Maratona Temuco CHI
25 DESAFIO BRASIL – 1ª Etapa São Bernardo do Campo BRA
26 Campeonatos Mundiais de Cross Country Kampala UGA
ABRIL
07 a 09 CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-20 São Bernardo do Campo BRA
22 a 24 Campeonatos Mundiais de Revezamentos Nassau BAH
MAIO
13 e 14 Copa Pan-Americana de Marcha Atléti ca Lima PER
19 a 21 TROFÉU NORTE-NORDESTE CAIXA DE ATLETISMO Recife BRA
JUNHO
03 GRANDE PRÊMIO BRASIL CAIXA DE ATLETISMO São Bernardo do Campo BRA
03 e 04 Campeonatos Sul-Americanos de Atleti smo Sub-20 Georgetown GUY
09 a 11 TROFÉU BRASIL CAIXA DE ATLETISMO São Bernardo do Campo BRA
23 a 25 CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-18 Bragança Paulista BRA
23 a 25 Campeonatos Sul-Americanos de Atleti smo Assunção PAR
CALENDÁRIO
JULHO
01 e 02 Campeonato Mundial de 24 Horas Belfast IRL
01 DESAFIO BRASIL – 3ª Etapa São Bernardo do Campo BRA
03 e 04 Pan-Americana de Provas Combinadas Ottawa CAN
12 a 16 Campeonatos Mundiais de Atletismo Sub-18 Nairobi KEN
21 a 23 Campeonatos Pan-Americanos de Atletismo Sub-20 Trujilo PER
30 Campeonatos Mundiais de Corrida em Montanha Premana ITA
AGOSTO
04 a 13 Campeonatos Mundiais de Atletismo Londres GBR
19 a 30 29ª Universíade (Atletismo 23 a 28) Taipé TPE
SETEMBRO
12 a 21 Jogos Escolares da Juventude – 12 a 14 anos Curitiba BRA
23 e 24 TROFÉU CENTRO-OESTE CAIXA DE ATLETISMO SUB-16 Belo Horizonte BRA
29 - 30 CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-16 Fortaleza BRA
OUTUBRO
01 CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-16 Fortaleza BRA
06 a 08 II Jogos Sul-Americanos da Juventude Santiago CHI
14 e 15 TROFÉU NORTE-NORDESTE CAIXA DE ATLETISMO SUB-18 Natal BRA
28 e 29 CAMPEONATOS BRASILEIROS DE ATLETISMO SUB-23 Porto Alegre BRA
NOVEMBRO
04 e 05 TROFÉU NORTE-NORDESTE CAIXA DE ATLETISMO SUB-16 São Luís BRA
16 a 25 Jogos Escolares da Juventude – 15 a 17 anos Brasília BRA
17 Campeonatos Sul-Americanos de Corrida em Montanha Villa la Angostura ARG
18 Campeonatos Sul-Americanos de Trail Villa la Angostura ARG
Provas agitam cidades de cinco Estados
CORRIDAS
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inco provas com Permit CBAt (selos Ouro ou Prata)foram realizadas do início de julho à primeira quin-zena de setembro, movimentando cidades impor-tantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Roraima. Milhares de atletas parti ciparam des-ses eventos com percursos certi fi cados e com medidas de segurança exigidas pela IAAF.
Uma prova emocionante foi a MEIA MARATONA DO RIO JANEIRO, disputada a 20 de agosto, com largada na Praia de São Conrado e chegada ao Aterro do Flamengo. O pernam-bucano José Márcio Leão garanti u a vitória prati camente na chegada, com o tempo de 1:04:18, um segundo a frente do etí ope Demiso Legese Guideta, o vice-campeão. O ala-goano Damião de Souza foi o terceiro, com 1:04:22.
No feminino, a paranaense Joziane Cardoso não con-seguiu repeti r a vitória de 2016, mas foi a brasileira mais bem colocada, terminando na terceira colocação, com 1:16:36. A campeã e a vice foram as quenianas Esther Kakuri, com 1:14:44, e Martha Akeno, com 1:15:01. Dis-putada num bonito percurso, que acompanha toda a orla da Cidade Maravilhosa, a prova recebeu o Permit 13/2017 e o Selo Ouro da CBAt.
Joziane Cardozo voltou a destacar-se nas DEZ MILHAS
GA-ROTO, disputada a 3 de setembro, com largada na Praia de Camburi, em Vitória, e chegada em frente à fábrica da Cho-colates Garoto, em Vila Velha. Ela fi cou com a medalha de bronze, com 58:31, novamente atrás das quenianas Esther Kakuri (57:40) e Martha Akeno (57:48).
No masculino, o mineiro Gilmar Silvestre Lopes foi o bra-sileiro mais bem colocado, terminando em segundo lugar, com 48:35. Ele só foi superado pelo etí ope Belete Tola, que venceu com 48:14. O pernambucano Wellington Bezerra da Silva fi cou em terceiro lugar, com 48:43. Wellington é o atual bicampeão do Ranking CAIXA CBAt de Corredores. A prova recebeu o Selo Ouro CBAt e o Permit 14/2017.
No dia 30 de julho, foi realizada a SÃO PAULO CITY MA-RATHON, com largada na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, e chegada no Jockey Club. O ca-tarinense Laurindo Nunes Neto e a queniana Tecla Chebet foram os vencedores da prova, que recebeu o selo prata e o Permit 09/2017 da CBAt.
Laurindo completou o percurso em 2:20:08, seguido de Antonio Wilson, com 2:21:13, e de Wagner Noronha, com 2:22:16. No feminino, Tecla Chebet marcou 2:45:49. As brasileiras Gisele Jesus (2:57:33) e Noêmia Pereira (2:57:33) fi caram na segunda e terceira colocações.
Digulgação/SP
City Marathon
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m Boa Vista, em Roraima, milhares de atletas dis-putaram a CORRIDA INTERNACIONAL 9 DE JULHO. A prova foi realizada a 9 de julho, em comemoração aos 127 anos de Boa Vista. A prova de 10 km recebeu o Selo Ouro e o Permit nº 12/2017.Wellington Bezerra da Silva foi o campeão ao comple-tar o percurso em 30:49, em prova disputada ao final da tarde para evitar o forte calor da cidade. A largada foi dada na Avenida Capitão Ene
Gar-cez, na Praça das Águas, com che-gada à mesma avenida, na Praça Velia Coutinho.
A campeã no feminino foi a pa-raense Franciane dos Santos Mou-ra, com 35:34. A mineira Jéssica Ladeira Soares ficou em segundo, com 36:41.
Uma das novidades em 2017 foi a MIZUNO UPHILL MARATHON, disputada a 2 de setembro, entre a cidade de Treviso e Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina. O desafio dos atletas foi superar a subida da Serra do Rio do Rastro, suas curvas sinuosas e uma diferença superior a 1.200 m de altitude do ponto de
partida e o de chegada, em relação ao nível do mar. O pernambucano José Eraldo de Lima foi o campeão no masculino, estabelecendo novo recorde da competi-ção, com o tempo de 3:07:53. Já no feminino a paranaense Letícia Saltori conquistou o tricampeonato, com 3:35:03. A maratona recebeu o Selo Prata e o Permit 15/2017. Ao todo, 1.500 corredores participaram, o número limite fixa-do pela organização.
Sérgio Shibuya/Divulgação
Jackson Souza/Divulgação
Wellington Bezerra da Silva, campeão da Corrida Internacional 9 de Julho José Márcio Leão, primeiro na Meia Maratona do Rio
Fabiana de Almeida Murer
PERSONAGEM
E
m 31 de março deste ano, aAssem-bleia da CBAt aprovou a proposta da Presidência e criou o Conselho de Di-reção, órgão com poder, por exemplo, de anular uma decisão do Conselho Fiscal. Para compor o Conselho, o presidente José Antonio Marti ns Fernandes, o Toninho, con-vidou personalidades ligadas ao Atleti smo. Um dos nomes escolhidos foi o de Fabia-na de Almeida Murer, campeã mundial do salto com vara, que deixou as pistas após a Olimpíada do Rio 2016.
Único nome do País a conquistar um tí tu-lo do Mundial outdoor, a saltadora coleciona feitos. Em 2016, durante o Troféu Brasil Caixa de Atleti smo, em São Bernardo do Campo, Fabiana saltou 4,87 m, recorde sul-america-no. Aliás, ela saltou 11 vezes acima de 4,80 m e 36 vezes acima de 4,65 m.
Na América do Sul, apenas outra saltado-ra superou 4,65 m, e ainda assim uma única vez: a venezuelana Robeilys Mariley
Peina-do. A brasileira ainda é recordista sul-americana indoor, com 4,83 m, feito em Nevers, na França, a 6 de fevereiro de 2015.
“É um privilégio conti nuar a contribuir com o Atleti smo”, disse Fabiana, paulista de Campinas, em agradecimento à sua eleição para o Conselho de Direção. O presidente Toninho Fernandes falou: “O diferencial, além da tradição inovadora da CBAt, é que os componentes são pessoas da mais alta qua-lifi cação.” E prosseguiu: “Ter uma ex-atleta na composição revela a importância que damos à parti cipação de todos os segmentos da comunidade na administração do Atleti smo.”
Fabiana desde 2016 também é dirigente de sua equipe
de toda a carreira, a B3 Atleti smo, membro da Comissão de Atletas da IAAF e da Comissão de Atletas do Comitê Olím-pico do Brasil (COB).
Grávida de quatro meses, ela comentou parte do Mundial de Londres para o canal SporTV. Na capital britâ-nica, ela lembrou que ainda deu início à carreira de em-presária.
Graduada em fi sioterapia, nascida em 16 de março de 1981, este ano ela criou a Insport, insti tuto especializado em treinamento e prevenção de lesões, junto com o marido e seu treinador de toda a carreira, Elson Miranda de Souza.
Anti go saltador, Elson descobriu a atleta em 1996, numa “peneira” em Campinas, feita pela Funilense, antecessora da B3. O começo no esporte havia sido na ginásti ca artí s-ti ca, mas foi no salto com vara que ela escreveu seu nome na história do esporte.
Tornou-se uma das atletas mais importantes do mundo e um ano depois de deixar as pistas é top 10 no
W
agner Carmo/CBAt
MELHORES SALTOS
PRINCIPAIS CONQUISTAS
Marca Data Local
4,87 m 03/07/2016 São Bernardo-BRA 4,85 m 26/08/2015 Pequim-CHN 4,85 m 30/08/2011 Daegu-KOR 4,85 m 04/06/2010 San Fernando-ESP 4,82 m 07/06/2009 Rio de Janeiro-BRA 4,81 m 19/08/2010 Zurique-SUI 4,80 m 23/07/2015 Toronto-CAN 4,80 m 13/06/2015 Nova York-USA 4,80 m 14/06/2014 Nova York-USA 4,80 m 22/07/2010 Monte Carlo-MON 4,80 m 29/06/2008 São Paulo-BRA
Medalha Evento Local Data
Ouro Campeonato Mundial Daegu-KOR 30/08/2011 Prata Campeonato Mundial Pequim-CHN 26/08/2015 Ouro Mundial Indoor Doha-CAT 14/03/2010 Bronze Mundial Indoor Valência-ESP 08/03/2008 Ouro Liga Diamante Zurique-SUI 19/08/2010 Ouro Liga Diamante Zurique-SUI 28/08/2014 Prata Copa do Mundo Atenas-GRE 16/09/2006 Bronze Copa do Mundo Split-CRO 04/09/2010 Ouro Jogos Pan-Americanos Rio de Janeiro-BRA 23/07/2007 Prata Jogos Pan-Americanos Guadalajara-MEX 24/10/2011 Prata Jogos Pan-Americanos Toronto-CAN 23/07/2015
Ranking Mundial da história da prova. Quando venceu os Mundiais de 2010, in-door em Doha, e 2011, outin-door em Dae-gu, superou a russa Yelena Isinbayeva, pri-meira mulher a ultrapassar os 5,00 m.
Elson viajou ao exterior à procura da evolução do treinamento de seus atletas. Foi aos Estados Unidos e depois à Europa, onde estabeleceu parceria com o ucrania-no Vitaly Petrov, treinador dos superas-tros Sergey Bubka, atual vice-presidente da IAAF, e da própria Isinbayeva. A parce-ria rendeu bons frutos por mais de uma década.
Em duas ocasiões, Fabiana teve reco-nhecida a sua importância como uma das pioneiras no salto com vara e foi eleita uma das 10 melhores do mundo pela IAAF em 2010. No mesmo ano ganhou o Prêmio Bra-sil Olímpico, como a número 1 do esporte feminino do País. Em 2015, ela voltou a re-ceber o troféu.
Getty Images/IAAF
Claudia Schneck
MULHER
A
os 29 anos de idade em 2002, Claudia Schneck deJesus estava havia 20 no Atleti smo, quando alcan-çou o grau máximo em sua carreira, ao entrar para o Painel de Arbitragem da IAAF. Neste ano, ela tornou-se uma ITO (Ofi cial Técnico Internacional). São os ITOs que
res-Arquivo Pessoal
Claudia Schneck
pondem pela direção da arbitragem nas grandes competi ções internacionais, como Olimpíadas, Campeonatos Mundiais e Jogos Pan-Americanos.
Um dos três nomes do Brasil a chegar à condição de ITO (com Frederico Nantes e Marti nho Nobre dos Santos), Claudia Schneck, como é conhecida na arbi-tragem internacional, ou Claudinha, como é chamada pelos colegas do País, já atuou nestes 15 anos em de-zenas de eventos, desde Olimpíadas até meeti ngs da Liga Diamante, passando por Jogos Regionais como o Odesur e o esporte paralímpico.
Claudinha, nascida em 1973 em Curiti ba, co-meçou como atleta, aos 9 anos, em 1982, no Co-légio Positi vo, na capital do Paraná. Depois de 11
PRINCIPAIS TRABALHOS
2002 Kingston-JAM Campeonato Mundial Sub-20 2003 Santo Domingo-DOM Jogos Pan-Americanos 2003 Sherbrooke-CAN Campeonato Mundial Sub-18 2005 Helsinque-FIN Campeonato Mundial de Atleti smo 2007 Rio de Janeiro-BRA Jogos Pan-Americanos
2008 Valência-ESP Campeonato Mundial Indoor 2010 Moncton-CAN Campeonato Mundial Sub-20 2012 Londres-GBR Jogos Olímpicos
2015 Cáli-COL Campeonato Mundial Sub-18 2016 Rio de Janeiro-BRA Jogos Paralímpicos
2016 Portland-USA Campeonato Mundial Indoor
anos, em 1993, deixou de competi r para tornar-se árbitra da Federação de Atleti smo de seu Estado e passou a fazer parte do quadro da CBAt.
Graduada em fi sioterapia, atual-mente ela trabalha como coordenadora do Núcleo de Integração de Ensino-Ser-viço e do Comitê Intersetorial da Secre-taria Municipal da Saúde de Curiti ba.
Entre seus trabalhos principais, Claudinha atuou na Olimpíada de Londres 2012, no Campeonato Mundial de Atleti smo de Helsinque 2005, no Mundial Indoor de Valên-cia 2008 e nos Jogos Pan-America-nos de Santo Domingo 2003. Em 2016, trabalhou na Paralimpíada do Rio de Janeiro.
Aos 44 anos, a paranaense exibe um currículo dos mais respeitáveis na arbitragem mundial. Esteve em dezenas de países de prati camente todos os conti nentes, trabalhando nos mais importantes eventos do Atleti smo. “Amo o trabalho e me sinto realizada”, resume Claudinha. O presidente da CBAt, Toninho Fernandes, diz que Claudinha e outros árbitros, treinadores e dirigentes, “mostram que o Atleti smo brasileiro consegue destaque também fora das pistas”.
João Sena e Gianetti Bonfi m
TREINADORES
C
aio Oliveira de Sena Bonfi m foi o destaque doBra-sil no Mundial de Londres, em agosto, ao ganhar a medalha de bronze nos 20 km marcha atléti ca. Para obter a conquista, ele contou com a ajuda fundamental de seus treinadores: João Evangelista de Sena Bonfi m e Gia-netti Oliveira de Sena Bonfi m. Mais do que técnicos, eles são os pais de Caio. E decidem o programa de treinamento, o calendário de competi ções e a preparação à Olimpíada de Tóquio 2020.
O piauiense Sena, de 61 anos, descobriu o Atleti s-mo ao servir o Exército Brasileiro. Entrou na Faculdade de Educação Física Dom Bosco e ao concluir o curso já era treinador em Sobradinho, cidade-satélite de Brasília, onde mora.
Entre os vários atletas que orientou está a ex-fundista Carmem de Oliveira, recordis-ta brasileira dos 10.000 m, e a própria Gia-netti , sete vezes campeã de marcha do Tro-féu Brasil. Brasiliense de 52 anos, Gianetti começou no esporte nas corridas de fundo. Hoje, é treinadora do Centro de Atleti smo de Sobradinho (CASO).
“O Caio é inteligente, sabe administrar e identi fi car a estratégia na hora das provas”, lembra a mãe. “Ele é o fi lho e atleta que toda mãe e treinadora queria ter, de tão dis-ciplinado e interessado”, complementa Gia-netti , que é a “durona” nos treinos e exige o aperfeiçoamento da técnica. Em 20 anos de carreira, ela foi a primeira brasileira a ser campeã internacional da marcha, ao vencer o Campeonato Ibero-Americano de 1996, em Medellín, na Colômbia.
Sena cuida da preparação fí sica, da parte técnica e da logísti ca, em conjunto com Gia-netti . Gerencia detalhes como a alimentação de Caio, que precisa de muitas calorias para aguentar os treinos. É pai em tempo integral. “Sou mais tranquilo, de conversa”, diz.
No Mundial de Londres, Sena fi cou no Bra-sil, cumprindo seus afazeres como funcionário público de carreira do Governo Federal, em Brasília, enquanto a mulher acompanhou Caio
Arquivo Pessoal
João Sena, Caio Bonfi m e Gianetti Bonfi m
no treinamento em alti tude em Sierra Nevada, na Espanha, e na preparação fi nal às vésperas da competi ção.
A tecnologia moderna é parceira. O casal troca todas as informações por computador e as conversas no perío-do de pré-Mundial foi diária, por WhatsApp. A confi rma-ção de todos os parti cipantes também foi avaliada para traçar a melhor estratégia. O que foi fundamental para a conquista da medalha de bronze.
A prova dos 20 km foi disputada no dia 13 de agosto, dia dos Pais, num circuito montado no “The Mall” próxi-mo ao Palácio de Buckingham. Ele completou os 20 km em 1:19:04, novo recorde brasileiro. “Foi o melhor presente que poderia ganhar naquele domingo especial”, lembra o pai-treinador.