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Cefet-SP atualiza equipamento e amplia instalações com recursos do Proep

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Academic year: 2021

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Cefet-SP atualiza equipamento e amplia instalações com recursos do Proep

Apresentação

Pertencente à rede federal de Educação Profissional e Tecnológica, o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo (Cefet-SP) está entre as sete primeiras instituições a serem beneficiadas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep). Uma das primeiras escolas federais de educação profissional, já tendo completado 96 anos de existência, o Cefet de São Paulo já tinha forte atuação na capital paulista, mas necessitava de recursos para a ampliação de suas instalações e renovação de alguns equipamentos e materiais didáticos. “Dos R$ 2 milhões conveniados, utilizamos pouco mais de R$ 1 milhão para obras e o restante para equipar os laboratórios e adquirir livros e outros materiais didáticos”, detalha o diretor da instituição, Garabed Kenchian. Depois deste primeiro convênio, o Cefet-Sp assinou mais um com o Proep, no mesmo valor, para a realização de mais obras e compra de móveis. Com um orçamento anual de R$ 45 milhões, o valor repassado pelo Proep ao Cefet-SP pode parecer pouco, mas foi importante, já que pouco deste orçamento anual é destinado a investimentos – 80% deste valor vai para a folha de pagamento de professores e servidores.

Com duas Unidades Descentralizadas (Uneds), em Cubatão e Sertãozinho, o Cefet-SP deverá se transformar numa das instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica mais capilarizadas, com nove Uneds. Isso porque sete escolas financiadas pelo Proep para o segmento comunitário em São Paulo estão passando para a rede federal. Elas estão localizadas nos municípios de Salto, Bragança, São João da Boa Vista, São Roque, Campos do Jordão, Caraguatatuba e Guarulhos. Para esta última, já foi realizado o primeiro processo seletivo, no início deste ano.

Segundo Garabed, a ampliação do Cefet representou um aumento do número de alunos, de 2,8 mil para 4 mil, e a diversificação dos cursos, que antes estavam concentrados em seis áreas e hoje estão em nove.

Economia do município e da região

A Região Metropolitana de São Paulo é reconhecida como a mais rica do país, com forte concentração industrial. Nos últimos anos, tem-se verificado na região um crescimento também do setor de comércio e serviços. Os dados abaixo, da Fundação Sistema Estadual Análise de Dados (Seade), referentes ao ano de 2003, demonstram o forte desenvolvimento dos municípios de São Paulo e da região do ABC.

Atividade/ Municípios

Agropecuária Indústria Serviços PIB Total PIB per capita São Paulo 16,43 54.672,67 91.108,96 146.855,26 13.661 São Bernardo do Campo 0,94 8.347,32 4.664,68 14.583,19 19.246 São Caetano do Sul - 2.993,23 1.525,49 4.994,62 36.247 Santo André 0,15 4.412,81 3.390,09 8.816,75 13.313 Diadema - 2.666,85 1.556,43 4.223,28 12.539

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Obs.: Valores em milhões de reais, com exceção do PIB per capita, expresso em reais. A Fundação Seade realizou, a partir de 1998, em parceria com o Ministério da Educação, uma pesquisa nacional sobre economia de todas as regiões brasileiras, inclusive do estado de São Paulo. O resultado é o projeto “Estudos do Mercado de Trabalho como Subsídios para a Reforma da Educação Profissional, no âmbito do Programa de Expansão da Educação Profissional”, que traçou um perfil da estrutura produtiva e caracterizou a estrutura ocupacional de todas as unidades da federação, focalizando questões relativas à demanda por mão de obra técnica. Estes números podem ser obtidos no site da própria Fundação Seade (www.seade.gov.br/produtos/paep).

Infra-estrutura Física e Equipamentos

Como já foi dito, pouco mais da metade do valor conveniado com o Proep foi aplicado em obras. Foi construído um bloco para abrigar a Biblioteca e construídos alguns mezaninos, utilizados como salas de aula, nos blocos já existentes.

Os recursos destinados à capacitação e consultoria foram remanejados para obras, como as de acessibilidade para usuários de cadeiras de rodas. Além das rampas nas muitas mudanças de nível da escola, foram instalados dois elevadores.

A compra de equipamentos para os laboratórios serviu para atualização das tecnologias e renovação de computadores.

Cursos

O crescimento natural do número de cursos não se deveu apenas aos recursos do Proep, mas também a uma necessidade de adequação às regras da Reforma da Educação Profissional, instituída no final da década de 90.

Antes deste marco legal, o Cefet-SP oferecia seis cursos técnicos integrados com o ensino médio, três cursos técnicos modulares e um curso superior, abaixo discriminados: Cursos Técnicos Integrados

• Eletrônica • Eletrotécnica • Mecânica • Processamento de Dados • Construção Civil • Telecomunicações Cursos Técnicos Modulares

• Mecânica com ênfase em Automação Industrial • Eletrotécnica com ênfase em Automação Elétrica • Construção Civil

Curso Superior

• Automação Industrial

Hoje, são 6 cursos técnicos, cujo pré-requisito é ter concluído a 1ª série do ensino médio, e oito cursos superiores, perfazendo um total de mais de mil vagas oferecidas por ano.

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Cursos Técnicos

• Construção Civil • Eletrônica • Eletrotécnica

• Planejamento e Controle de Produção • Telecomunicações

• Informática Cursos Superiores

• Licenciatura em Física

• Tecnologia de Eletrotécnica em Sistemas Eficientes de Energia • Tecnologia em Automação Industrial

• Tecnologia em Eletrônica de Sistemas Digitais

• Tecnologia em Planejamento e Gestão de Empreendimentos na Construção Civil • Tecnologia em Processos de Produção e Usinagem

• Tecnologia em Turismo Receptivo • Tecnologia em Sistemas de Informação

Antes de serem implantados, os cursos são avaliados pelo Conselho Técnicos Profissionais, compostos por representantes dos sindicatos patronais e de empregados. Além dos cursos técnicos regulares, a escola aderiu ao Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na modalidade de Jovens e Adultos. A primeira turma aberta em São Paulo, com 40 vagas, ofereceu o ensino médio com certificação de Qualificação em Preparador e Operador de Máquinas Operatrizes, tendo como pré-requisito a conclusão do ensino fundamental e a idade mínima de 18 anos.

Alunos

Apesar de a escola não ter um sistema de reserva de vagas para alunos das redes públicas, 75% dos alunos hoje matriculados são egressos do ensino público, segundo a diretora da unidade de São Paulo, Célia Pontes.

Pesquisa realizada entre 1.429 alunos matriculados na sede do Cefet apontou que a maioria dos alunos tem uma renda familiar per capita entre 1 e 3 salários mínimos, conforme pode ser verificado na tabela abaixo:

Renda Média Per Capita Familiar em Salários Mínimos Modalidade 0-1 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 +de7 Média E. Técnico 106 173 122 103 114 41 3 38 2,89 E. Superior 113 177 90 35 2 20 0 12 1,96 E. Médio 12 59 95 56 9 25 3 21 3,15 Total 231 409 307 194 125 86 6 71 %5 16,17 28,62 21,48 13,57 8,74 6,01 0,41 4,96 Mercado de Trabalho e Estágios

A indústria é o principal mercado de trabalho para os alunos egressos do Cefet de São Paulo, fenômeno que se verifica já no oferecimento de estágios, conforme tabelas abaixo, referentes aos estágios intermediados pelo Cefet nos primeiros cinco meses deste ano:

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Ensino Técnico

Curso Jan Fev Mar Abr Mai Total

Constr. Civil CCP 3 12 1 3 7 26 Constr. Civil CCG 2 6 1 3 10 22 Ind. - Eletrotécnica ELE 3 13 7 9 4 36 Ind.- Manut. De Equip. Eletrônicos MEE 22 58 6 9 27 122 Ind.-Manut. de Sistemas de Autom. MAS 2 9 5 6 5 27 Ind.-Planej. E Contr. de Produção PCP 1 9 4 3 0 17 Info.-Progr. E Desenv. de Sistemas PDS 21 9 5 5 3 43 Info.-Oper. de Sist. de Comut. OSC 0 37 3 1 20 61 Total 54 153 32 39 76 354

Siglas dos cursos:

CCP – Planejamento e Projetos

CCG – Gerenciamento e Execução de Obras ELE – Eletrotécnica

MEE – Manutenção de Equipamentos Eletrônicos MSA – Manutenção de Sistemas de Automação PCP – Planejamento e Controle de Produção PDS – Programa e Desenvolvimento de Sistemas OSC – Operação de Sistema de Comutação Ensino Superior

Curso Jan Fev Mar Abr Mai Total

TIM 2 1 3 1 1 8 TUR 0 1 0 0 0 1 TCC 7 7 1 4 10 29 LIN 0 0 0 0 0 0 TED 2 24 0 2 7 35 TPI 0 2 1 1 1 5 TSI 1 3 15 1 10 30 Total 12 38 20 9 29 108

Siglas dos cursos:

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TUR – Tecnologia em Turismo

TCC – Tecnologia em Planejamento e Gestão de Empreendimentos da Construção Civil LIN – Licenciatura em Física

TED – Tecnologia em Eletrônica de Sistemas Digitais TPI – Tecnologia em Processos de Produção e Indústria TSI – Tecnologia em Sistemas de Informação

Segundo a coordenadora do setor de estágios do Cefet, Iracema Jesus Januário, boa parte dos estágios intermediados pela instituição são curriculares. Para que eles tenham validade legal, é necessário que sejam supervisionados pelo professor orientador do estágio, devendo o aluno, ao final do período, apresentar um relatório do estágio cumprido. Para a contratação do estagiário, a empresa tem que assinar um acordo de cooperação com o Cefet.

Freqüentando o último semestre do curso de Técnico Industrial, com habilitação em Planejamento e Controle de Produção, o mineiro Allan Oliveira Silva, de 19 anos, já estagia há um ano na empresa White Martins, no município de Osasco, onde recebe um salário mínimo e R$ 120,00 de ajuda de custo. Por enquanto, ele não pensa em contratação. “Depois de formado, quero passar três meses na Austrália, hospedado na cada de um amigo; depois disso, se for contratado, quero fazer um curso superior”, planeja. Egresso da Escola Técnica Federal de Inconfidentes (MG), ele viu no curso do Cefet de São Paulo uma possibilidade de morar sozinho em outra cidade. Na escola também encontrou também boas possibilidades de inserção no mercado de trabalho. Alexandre Magarotto, de 19 anos, colega de turma de Allan, está há dois anos em uma indústria fabricante de tapetes. Recebe R$ 300,00 por quatro horas diárias de trabalho. Já recebeu a proposta de ser contratado, mas preferiu aguardar a conclusão do curso, no final de 2006, para ser admitido na empresa já como técnico de nível médio. Morador de São Bernardo do Campo, entrou na escola quando estava no segundo ano do ensino médio, egresso da rede estadual. Para ele, o que tem aprendido no Cefet “dá para ter noção do mercado de trabalho”.

Alessander Martins Leite, de 27 anos, está no 5° semestre do curso Tecnológico em Automação Industrial e espera, com esta formação, conseguir ser promovido no atual emprego ou buscar novas oportunidades, após a conclusão. Formado no curso Técnico em Eletrotécnica por uma escola estadual, ele trabalha para o Banco Itaú, na área de manutenção industrial, recebendo mais de R$ 1,5 mil por mês. Para ingressar no Cefet, fez um ano de cursinho. Escolheu a instituição pela localização, pela gratuidade do curso e porque a outra opção, a Fatec (Faculdade Tecnológica ligada à rede estadual) não oferecia o curso desejado. Como ele, a maioria dos alunos de sua turma já trabalha e, por isso, não têm tempo disponível para o estágio. “Se não conseguir aproveitar as horas trabalhadas no emprego como estágio, vou cumprir este período depois de formado”, explica.

Ana Elizabeth de Almeida Gomes

Jornalista – Consultora Pnud

Referências

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