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Amor conjugal: construção diária

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Academic year: 2021

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Palestra:

Amor conjugal: construção diária

As histórias que acabam com a frase: casaram-se e foram felizes para sempre parece que foram escritas por pessoas que não têm a mínima idéia do que seja casamento, não é mesmo?

Não quero dizer com isso, que não seja possível ser feliz depois que se casa, mas a mensagem que é passada nessas histórias me parece ser a de que até o casamento, houve um processo de

conquista, reconquista, desafios, que, a partir do momento do casamento cessaram, e passando a viver num estado de

permanente enlevo, como que boiando, sem precisar fazer qualquer esforço. Soa a absurdo? Mas há por aí umas pessoas que

acreditaram muito em histórias .... Resultado: frente a menor

dificuldade, aparecem as desilusões, pois suas expectativas foram brutalmente frustradas.

Geralmente nos casamos apaixonados, o que quer dizer, que perdemos um pouco a lucidez, a acuidade visual e auditiva:

ouvimos e vemos o que queremos e sequer pensamos com clareza em assuntos que possam nos incomodar. Andamos nas nuvens. Temos uma falsa esperança de que certos comportamentos do nosso noivo ou noiva certamente mudarão quando começarmos a conviver mais. Certamente ele/ela aprenderá comigo e perderá essas manias que tanto me aborrecem, mas que agora nem quero pensar muito, porque ando tão ocupado/a com os preparativos para o casamento...

Mesmo que não tenha sido assim o nosso noivado, a verdade é que depois de casarmos, não é possível ficar boiando, mas precisamos nadar. Não em grandes competições esporádicas, mas

regularmente, todos os dias.

Que não fique nenhuma dúvida de que não existe o fator sorte no casamento, nem azar...

Existe, isto sim, esforço para se construir o amor de forma

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garantem que vale a pena porque a satisfação alcançada pela conquista é muito gratificante.

Conquista

A cada dia, todos os dias da minha vida, dias de sol, animados, dias de chuva, sombrios. Com energia, sem nenhum estímulo, quando não custa e quando custa MUITO!!!!! Quando o outro reage, quando o outro nem percebe, (sequer olha!....)

O objeto da minha conquista é o reconhecimento, a gratidão do outro? Pode acontecer que sim, ou que não...

Nossa meta é SIM conquistar o outro a cada dia, mas existe um motivo anterior e mais profundo, que é descobrir de verdade o que é o AMOR.

Essa, sim é a grande descoberta, pois se nos entregamos,

superamos nossos egoismos, nossas pequenezes, SOMOS mais. Haverá melhor laboratório para crescer como pessoa que num casamento, numa continua exposição, testes e confirmações de informações?

Amáveis

Se de verdade lutamos para amar mais, seremos mais AMÁVEIS, vejam só!!!!! E a pessoa mais beneficiada da nossa presença seremos nós mesmos.

Alegres

As pessoas que sempre procuram ocasião para dar pequenas alegrias aos que convivem com elas, também usufruem dessas satisfações e se tornam também mais alegres. Reparem nas crianças, que tanto têm a nos ensinar, enquanto preparam uma surpresa (das boas, claro!) Tudo é festa, divertimento.

Acertar o alvo

Conhecer as preferências do mercado parece fundamental para o sucesso de um empreendimento. Elementar, não?

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Não posso utilizar uma pesquisa feita há 5 anos para lançar hoje um produto. Correponde à expectativa do meu público?

Conheço as preferências do meu marido, da minha esposa HOJE, ou ainda utilizo as pequisas feitas durante o namoro? Que

inadequação!!!!!! Eficácia, pessoal!!!!!!

Olhar, prestar atenção, escutar....

A metodologia utilizada em Orientação Familiar deveria nos ajudar e muito a aprender a observar os fatos que ocorrem ao nosso redor. Mas para isso, é minimamente necessário desgrudarmos os olhos dos celulares, Ipads, computadores e simplesmente OLHAR para o outro. Olhar, prestando atenção. Esse é um movimento que exige que saiamos de nós mesmos e nos detenhamos nesse ser com quem nos casamos um dia e que...pasmem...muda!!!!!!

Mas que não é mudo!!!!!!! Fala, mas às vezes não escutamos pois pressupomos que já sabemos o que tem a nos dizer...Erro!!!

Intimidade

Percebemos hoje um aumento na erotização das relações, porém, uma diminuição na expressão da afetividade. Se as relações

conjugais estiverem carentes de afetividade, que deve ser manifestada constantemente e não apenas na hora H, perde-se uma oportunidade excelente para se crescer em intimidade com o cônjuge, que é o que importa, afinal.

Cria-se um clima de intimidade entre o casal através de pequenos atos que, se vividos ao longo dos dias, de cada um dos nossos dias podem ser um grande facilitador da vida a dois. Porém isso não se dá de forma espontânea, mas deve ser cultivado.

Bom humor

Reaprender a dar risada, especialmente de si mesmo.

Levando a vida menos a sério, teremos mais facilidade para desculpar os enganos cometidos pelos outros, especialmente as pessoas com quem vivemos todos os dias.

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Há uma necessidade básica de todo ser humano que é a do recolhimento e silêncio, mas numa família, o bom senso precisa prevalecer pois coexistem as minhas necessidades e a dos demais. Tendemos a nos isolar quando algo nos preocupa ou nos aborrece e podemos ter a tendência de ficar lambendo as próprias feridas, como fazem os cachorrinhos, numa atitude vitimista.

O vitimismo isola, faz crescer o egoismo e é um grande inimigo do amor.

Ouvir uma opinião diferente da nossa tende a ser uma lufada de ar fresco. Que tal experimentar?

Investir na estrutura

Se se economiza na estrutura de uma construção, pode ser que a casa apresente rachaduras e, se não forem consertadas, as

consequências podem ser mais graves.... Pois é...

Será que temos clara a idéia de que o marido e a esposa formam a estrutura da vida familiar e que é fundamental investir seriamente na sua construção e manutenção para que eles próprios e os seus filhos possam se beneficiar?

Mas os filhos não devem estar em primeiro lugar?

Esse é um questionamento muito antigo e parece que ainda gera dúvidas. Talvez se deva a uma interpretação equivocada da frase: “Amar não é olhar um para o outro, mas ambos na mesma direção”, que no caso seriam os filhos.

Amar é olhar um para o outro SIM!!!!!

Nossos filhos, sim, têm que olhar na mesma direção, isto é, para o papai e a mamãe que, embora sendo diferentes, são

complementares e AMBOS absolutamente necessários à melhor formação que os filhos podem ter.

Para que essa complementaridade seja absorvida de modo excelente pelos filhos, os pais precisam se afinar todos os dias,

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sempre, pois uma orquestra com os instrumentos desafinados, não poderá ter bom desempenho.

Afinando nossas diferenças, complementando-nos em nossas

necessidades e amando o outro cada dia mais, só assim amaremos os filhos de modo saudável, permanente, buscando o bem deles. O grande investimento das nossas vidas está no Amor.

O amor, que foi o principal motivo que nos levou a desejar formar uma família, é o seu motor.

Querer amar mais, não depois, amanhã, mas agora, com gestos concretos, simples, que só exigem querer.

Referências

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