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Sao Paulo Med. J. vol.123 suppl.spe

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Academic year: 2018

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INTRODUÇÃO

A anestesia no obeso mórbido é um desafio. As complicações são freqüentes e, muitas vezes, de difícil tratamento.

RELATO DO CASO

Paciente feminina, 59 anos, 138 kg, 1,56 m, índice de massa corpórea (IMC) = 56, 7 kg/m2, P2 (antigo ASA II), hipertensa. Tratada com atenol + clortalidona, foi submetida à gastroplastia redutora por laparotomia. Monitorização com cardioscópio, cap-nografia, oxímetro de pulso, pressão arterial média (PAM) e pressão venosa central (PVC) (v. jugular interna direita). Técnica anesté-sica combinada: anestesia geral e raquianestesia em L3/L4, agulha 27 G x 4 11116. Foram utilizados bupivacaína hiperbárica (5 mg) + sufentanil 10 mcg + morfina 0,5 mg intratecal. A anestesia geral foi induzida com midazolan (2 mg), fentanil (250 mcg), propofol 150 mg e succinilcolina 160 mg. Manutenção com propofol em infusão alvo controlada 3,5 mcg/ml, atracúrio 7 mcg/kglmin, sevoflurano 0,5% e N2O a 50%. Após 4 h, a paciente apresentou bradicardia com repercussão hemodinâmica (FC = 52 bpm, PA = 6.032 mmHg), sendo medicada com atropina 0,75 mg. Evo-luiu para fibrilação ventricular. Desfibrilada com 200 J, apresentou assistolia. Iniciada MCE com PAM = 30/20 mmHg. Após 3 min e devido à ineficácia da MCE, passou-se para a massagem cardí-aca subdiafragmática (MCSD), obtendo-se PAM = 60 mmHg. Depois de 20 min e cinco desfibrilações alternadas com MCSD e 5 mg epinefrina, a paciente assumiu ritmo sinusal e foi enca-minhada à UTI com dopamina 5 mcg/kglmin. Recebeu alta da UTI no quarto PO e alta hospitalar no 15o PO.

DISCUSSÃO

A partir de 1960, quando Kouwenhoven descreveu a MCE, a massagem cardíaca interna, outrora muito utilizada, passou a ter indicações restritas, não sendo rotineiramente preconizada nos algoritmos da American Hearth Association. No entanto, em algumas situações, em que existem dificuldades técnicas que tornam a MCE ineficaz, poderiam ser usadas técnicas alternati-vas. A MCSD possui algumas vantagens durante a cirurgia com abdome aberto, como menor incidência de fratura de costelas e outras lesões. A compressão digital da aorta abdominal direciona o fluxo da massagem para os órgãos alvo da reanimação (coração e cérebro). Neste caso, o sucesso da reanimação prolongada pode ser creditado à utilização da técnica.

REFERÊNCIAS

1. Rieder CF. A study of the techniques of cardiac massage with the abdomen open. Surgery. 1985;98(4):824-30;

2. Girardi, LN. Improved survival after intraoperative cardiac arrest in noncardiac surgical patients. Arch Surgery. 1995;130(1):15-8.

Endereço para correspondência:

Carlos Eduardo da Costa Martins

Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 95 – Itaim São Paulo (SP) – CEP 04544-000

Carlos E. C. Martins

Rogério L. R. Videira

Gleicy K. Barcelos

Parada cardiorrespiratória

em obeso mórbido e

reanimação com massagem

cardíaca subdiafragmática

Hospital e Maternidade São Luiz, São Paulo

Sao Paulo Med J. 2005;123(Suppl):48.

Referências

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