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A atração da pesquisa clínica : um estudo acerca da influência das variáveis institucionais para seleção de países sede

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Academic year: 2023

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ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM

GESTÃO INTERNACIONAL

FELIPE GONZALEZ ABUIN

A ATRAÇÃO DA PESQUISA CLÍNICA: UM ESTUDO ACERCA DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS INSTITUCIONAIS PARA SELEÇÃO DE

PAÍSES SEDE

São Paulo 2016

FELIPE GONZALEZ ABUIN

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A ATRAÇÃO DA PESQUISA CLÍNICA: UM ESTUDO ACERCA DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS INSTITUCIONAIS PARA SELEÇÃO DE

PAÍSES SEDE

Dissertação apresentada como requisito para obtenção do título de Mestre em Administração, com ênfase em Gestão Internacional, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM.

Orientador: Prof. Dr. Frederico Araújo Turolla

São Paulo 2016

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FELIPE GONZALEZ ABUIN

A ATRAÇÃO DA PESQUISA CLÍNICA: UM ESTUDO ACERCA DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS INSTITUCIONAIS PARA SELEÇÃO DE

PAÍSES SEDE

Dissertação apresentada como requisito para obtenção do título de Mestre em Administração, com ênfase em Gestão Internacional, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM.

Aprovado em: 31 de MAIO de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Presidente: Prof. Dr. Frederico Araújo Turolla - Orientador, ESPM

Membro: Prof. Dr. Júlio César B. de Figueiredo

Membro: Prof. Dra. Celina Ramalho

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores que levam a escolha de determinados países para a realização da pesquisa clínica e elucidar o peso entre as diferentes variáveis que foram delimitadas no presente trabalho. Para atender à proposta de trabalho fizemos uso de uma metodologia quantitativa para parametrizar a decisão locacional dos estudos clínicos. A revisão da literatura específica acerca do tema se fez necessária para a busca, análise e seleção dos fatores determinantes para a escolha de onde realizar a pesquisa clínica contribuindo assim, para que alcançássemos o objetivo proposto. Pesquisas qualitativas que utilizamos por base, como em Gehring (2014), Huijstee; Schipper (2011), Thiers (2007) e Swan; Robertson (2009) entre outros, permitiram a obtenção de uma lista com vinte e dois fatores responsáveis por influenciar a escolha de onde realizar a pesquisa clínica. Essas variáveis foram agrupadas em torno de sete categorias que levam os nomes das variáveis que irão compor a regressão em painel. São elas: Liberdade Empresarial, Liberdade de Governo, Direito de Propriedade, Experiências Anteriores, Índice Educacional, PIB e Custos.

Foi utilizada a Teoria Institucional segundo North (1990), Rodrik (1999), Rodrik e Subramanian (2002), com aplicação por meio dos índices de liberdade econômica da base “The Heritage Foundation” e Banco Mundial. Os dados mundiais acerca dos países onde são desenvolvidas pesquisas clínicas foram obtidos na base de dados ClinicalTrials.org, uma base antiga que apresenta amplitude global. Uma regressão em painel desbalanceado foi implementada com o objetivo de quantificar a influência de cada variável determinante para a atração da pesquisa clínica. Esse estudo apresenta relevância para a área de Negócios Internacionais, pois a pesquisa clínica representa a criação de novas receitas para o setor farmacêutico. O que faz com que diversos países demonstrem interesse em receber essas pesquisas e coloca em evidência os critérios utilizados para a escolha de onde e por que um determinado país será selecionado para a realização da pesquisa clínica.

Palavras Chaves: Pesquisa Clínica; Teoria Institucional; Negócios Internacionais; Indústria Farmacêutica.

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ABSTRACT

This study goal to analyze the factors influence to choice of certain countries to carry out clinical research and elucidate an influence of different variables that were defined in this study. To meet the goal we use the quantitative methodology to create parameters for understanding how these studies are distributed by countries.

The literature review contributed to the analysis and selection of the determining factors for the choice of where to conduct clinical research, defining the authors like Gehring (2014), Huijstee; Schipper (2011), Thiers (2007) and Swan;

Robertson (2009) as a foundation to this study.

The literature review enabled we did a list of twenty-two variables influencing the choice of where to conduct clinical research. All this variables are put together in seven categories: Freedom Business, Government of Freedom, Property Rights, Previous Experiences, Education Index, GDP and Costs .

To this study we used the Institutional Theory by North (1990), Rodrik (1999), Rodrik and Subramanian (2002), applying through the economic freedom index of the base "The Heritage Foundation" and the “World Bank”.

Global data about countries where they are developed clinical research were found in ClinicalTrials.org database.

A regression in panel was implemented to goal to quantify the influence of each determining variable for the attraction of clinical research. This study is important to International Business, as clinical research is lucrative for the pharmaceutical industry. That makes many countries interest in receiving these studies and highlights all factors used for choosing where and why a particular country will be selected to carry out a clinical research.

Key-words: Clinical research; Institutional Theory; International Business;

Pharmaceutical industry.

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Lista de Figuras

Figura 1 - Fases do Estudo clínico. ... 14 Figura 2 - Variáveis capazes de influenciar a atração da pesquisa clínica agrupadas ... 21

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Lista de Tabelas

Tabela 1: Correlação entre as variáveis explicativas que visam explicar o que influencia a decisão global de onde realizar a pesquisa clínica. ... 35

Tabela 2: Moldes de análise Geral, A e B, utilizando os modelos de Efeito Fixo e Efeito Aleatório os quais levam em consideração os estimadores RsqWITHIN e Rsq BETWEEN e o Teste de Hausman que aponta qual modelo escolher para cada tipo de Molde de Análise. ... 38

Tabela 3: Moldes de análise C, D e E, utilizando os modelos de Efeito Fixo e Efeito Aleatório os quais levam em consideração os estimadores RsqWITHIN e Rsq BETWEEN e o Teste de Hausman que aponta qual modelo escolher para cada tipo de Molde de Análise. ... 42

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Lista de Siglas

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China

CEP - Comitês de Ética em Pesquisa

CONEP - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa CROs - Organizações de Pesquisa Clínica

CTUs – Clinical Trials Units - Unidades de Ensaios Clínicos

EMA – European Medicines Agency - Agência Europeia de Medicamentos FDA - Food and Drug Administration – Administração de Comida e Drogas PIB – Produto Interno Bruto

P&D - Pesquisa e Desenvolvimento

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 9

2 A INTERNACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA CLÍNICA ... 12

a. Pesquisa Clínica ... 12

b. Teoria Institucional ... 22

3 PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESE DE PESQUISA ... 26

4 RECURSOS METODOLÓGICOS ... 29

4.1 PASSOS METODOLÓGICOS ... 30

4.2 REGRESSÃO EM PAINEL ... 33

5 DESCRIÇÃO, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS... 35

6 RESULTADOS FINAIS ... 44

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 48

8 REFERÊNCIAS ... 50

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1 INTRODUÇÃO

O setor farmacêutico é um setor estratégico para muitos países, pois se trata de um mercado mundial que comercializa anualmente 1 trilhão de dólares com expectativas de atingir, até 2017, o valor 1,3 trilhões de dólares segundo Beck (2013) e o relatório da IMS Health de 2014. Outro fator muito importante que colabora para a existência de competições entre países dispostos a receber empresas ligadas ao setor farmacêutico e a sediarem suas pesquisas clínicas é o fato dessas pesquisas representarem para os países anfitriões a certeza de investimento monetário, elevação da capacidade de mão de obra, desenvolvimento tecnológico, melhorias na infraestrutura ligada à área da saúde, entre outros benefícios.

Para alcançar o patamar projetado por Beck (2013) e o relatório da IMS Health de 2014, o setor farmacêutico precisa investir muito em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de novos fármacos. Segundo Radaelli (2006), cerca de 12% da arrecadação mundial das empresas farmacêuticas é gasta em P&D. Entretanto, o número de novos medicamentos inovadores vem diminuindo gradualmente ao longo dos anos devido à complexidade dos novos tratamentos e da pressão exercida pelos mercados de capitais sobre a industria farmacêutica. Nos últimos 20 anos a pressão dos mercados de capitais levou algumas empresas a reduzirem os investimentos em P&D e investirem mais em Marketing, pois, dessa forma acreditavam estarem sujeitas a menores riscos e a maiores retornos. No entanto, esse pensamento se mostrou equivocado, pois torna essas empresas menos inovadoras e consequentemente isso acaba reduzindo suas margens de lucros no futuro (RADAELLI, 2012).

Segundo relatório da IMS Health de 2014, os valores projetados para a arrecadação do mercado farmacêutico demandam a criação de novas patentes concomitantemente com a perda de patentes por medicamentos que se encontram no mercado há mais tempo. Esse mesmo relatório indica um cenário de estagnação, em que os mercados emergentes e o setor de genéricos serão os que garantirão o crescimento do setor.

Paralelamente a esses acontecimentos outros agentes vêm causando novas mudanças na P&D das indústrias farmacêuticas e gerando mudanças na forma como os estudos clínicos estão sendo controlados, gerenciados e realizados. Essas mudanças resultam do surgimento de tratados mundiais e legislações específicas em cada país

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para regulamentar como deve ser um ensaio clínico. Merece destaque a Declaração de Helsinki (DINIZ, 2011), a criação do Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, Agência Europeia de Medicamentos (EMA), no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre outros. A partir desses acontecimentos surge a pesquisa clínica, que caminha paralelamente à indústria farmacêutica, em um ambiente onde uma não vive sem a outra.

Essa complexa regulamentação criou um cenário que impulsionou as empresas a realizarem a distribuição da pesquisa clínica para novos centros de pesquisa e abandonarem alguns centros tradicionais (GOMES, 2009) e (PETRYNA, 2011). Resultando em um novo campo a ser estudado pela área de negócios internacionais, revelando a oportunidade de estudar a influencia dos fatores que levam a distribuição da pesquisa clínica pelo mundo e entender o fato que leva a maioria dos países do mundo a se mostrarem dispostos a atrair os estudos clínicos.

Ferraz (2008) e Mroczkowski (2011) descrevem esse interesse como uma disputa para receber estudos clínicos, visto que a realização desses estudos gera ganhos econômicos, sociais e o desenvolvimento de um alto potencial de capacitação de mão de obra, responsável por gerar inovação no país anfitrião. Thiers et all (2007) destacam a migração dos estudos clínicos de países centrais para países periféricos, como alguns localizados na Ásia e no leste europeu, devido aos motivos acima mencionados, bem como pela busca de um maior número de pacientes elegíveis ao tratamento, regulamentação mais branda e redução de custos.

O presente trabalho tem por objetivo entender as variáveis que levam a escolha de determinados países para a realização da pesquisa clínica e elucidar o peso entre as diferentes variáveis que foram delimitadas no presente trabalho, bem como avaliar a capacidade de atração do Brasil frente a outros países.

Para atender à proposta de trabalho utilizou-se uma metodologia quantitativa para parametrizar a decisão locacional dos estudos clínicos. A revisão da literatura específica acerca do tema se fez necessária para a busca, análise e seleção das variáveis determinantes para a escolha de onde realizar a pesquisa clínica contribuindo assim, para que alcançássemos o objetivo proposto. Pesquisas qualitativas que utilizamos por base, como em Gehring (2014), Huijstee; Schipper (2011), Thiers (2007) e Swan; Robertson (2009) entre outros, nos permitiram chegar a uma lista com vinte e dois variáveis responsáveis por influenciar na escolha de onde realizar a pesquisa clínica. Essas variáveis foram agrupadas em torno de sete categorias que levam os

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nomes das variáveis que irão compor a regressão em painel. São elas: Liberdade Empresarial, Liberdade de Governo, Direito de Propriedade, Experiências Anteriores, Índice Educacional, PIB e Custos.

Para avaliação dos aspectos da teoria institucional segundo North (1990), Rodrik (1999), Rodrik e Subramanian (2002) entre outros, foram considerados os índices de liberdade econômica da base “The Heritage Foundation” e dados do Banco Mundial.

Foi realizada uma regressão em painel, com o objetivo de quantificar a influência de cada categoria determinante para a atração da pesquisa clínica. Os dados mundiais acerca dos países onde são desenvolvidas pesquisas clínicas foram consultados na base de dados ClinicalTrials.org, uma base antiga e que apresenta amplitude global.

Visando um melhor entendimento do trabalho, o mesmo será dividido em mais 6 sessões, além dessa introdução. A sessão 2 apresenta o referencial teórico, que compreenderá o entendimento da pesquisa clínica e suas fases e a teoria institucional. A sessão 3 trará a problematização e as respectivas perguntas de pesquisa. Na sessão 4 será apresentada a metodologia utilizada na abordagem quantitativa e os passos metodológicos utilizados para a realização da dissertação. Em seguida, na seção 5 serão apresentados os resultados obtidos para os Moldes Geral, A, B, C, D e E, destinados a explicar e apresentar os dados utilizados nas regressões em painel, as quais servem para apontar a relevância individual de cada categoria. Na seção 6 serão expostos os resultados esperados em relação às hipóteses e teorias apresentadas nas seções anteriores. A sétima e última seção apresenta as considerações finais.

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2 A INTERNACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA CLÍNICA

Nesta seção, serão apresentadas as teorias centrais para o desenvolvimento do trabalho na tentativa de compreender os fatores que influenciam a escolha de onde realizar a pesquisa clínica. A escolha pela abordagem institucional mostrou-se eficaz e fonte de variáveis que forneceram explicações para alguns dos fatores responsáveis por atrair mais estudos clínicos para um determinado país.

Inicialmente será discutido o entendimento da pesquisa clínica considerando os aspectos característicos do setor, as fases em que ela está dividida, apresentação dos fatores mais influentes na hora de decidir onde realizar os estudos clínicos e em seguida estes serão agrupados de acordo com a variável que os represente melhor. Na sequência, será abordada a teoria institucional, com enfoque nos índices institucionais que irão fornecer as variáveis que representaram os fatores responsáveis por atrair estudos clínicos.

a. Pesquisa Clínica

O processo que leva a introdução de novos fármacos no mercado é conhecido como Pesquisa Clínica. Esse tem início com a pesquisa básica e identificação de substâncias potenciais para o tratamento de doenças. Os primeiros testes clínicos dessas drogas são realizados In Vitro e em animais como ratos, cachorros e macacos, este estágio é conhecido como pré-clínico (fase com duração de alguns anos, onde apresentam uma maior taxa de sucesso no tratamento de doenças). As etapas posteriores são realizadas em grupos crescentes de seres humanos, onde as fases dos estudos variam de 1 a 4.

A partir de Gomez (2013) e Quental (2006) será apresentada a diferenciação das quatro fases nos parágrafos abaixo e de forma resumida na figura 1.

A Fase 01 é destinada a realizar a avaliação da segurança e tolerância das moléculas em pequenos grupos de voluntários sadios, geralmente, apresentam a maior taxa de sucesso entre as quatro fases e possuem tempo de estudo médio de um ano. A Fase 02 consiste em testar as moléculas aceitas na fase 01 em um pequeno grupo de pacientes em que o quadro clínico se encaixa com os objetivos de estudos terapêuticos da nova droga, essa fase apresenta duração um pouco maior que a primeira, algo em torno de 2 anos e sua taxa de sucesso é menor que a primeira fase. A Fase 03 aborda

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ensaios com maior número de pacientes e visa encontrar evidências que garantam a eficácia do tratamento e a presença mínima de efeitos colaterais, condições essenciais para que comercialização da droga seja autorizada. Apresenta uma duração maior que as fases anteriores algo perto de 2,5 anos e possui a mais baixa taxa de aprovação das quatro fases. Na Fase 04 são estudados os efeitos da droga após o início de sua comercialização, onde o tempo de estudo é indeterminado, devido ao constante monitoramento até o fim da sua comercialização.

Vale ressaltar que, ao longo das fases, o número de sucessos decai de cinco mil na fase 01 para menos de um até a fase 04, já o número de pacientes testados segue caminho inverso, na Fase 01 são menos de duzentos testes, já na fase 04 o número se torna incontável, pois o fármaco já se encontra comercialmente disponível.

A Fase 03 dos estudos clínicos é a etapa mais importante da pesquisa clínica, pois recebe influência direta das constantes descobertas das fases 01 e 02, fases que influenciam diretamente no número de estudos que serão realizados na fase 03, por ser a fase determinante para as farmacêuticas saberem se conseguiram reaverem seus investimentos realizados em pesquisas, por representarem um grande aumento na expectativa de cura de alguns pacientes e por ser a porta de entrada de novas pesquisas clínicas para a fase 04.

A Fase 04 apresenta grande influência sobre as três fases anteriores, pois representa a geração de conhecimento capaz de criar redes locais de estudos de doenças e facilita o recrutamento de pacientes para as fases anteriores.

Nas últimas duas décadas houve uma crescente demanda por estudos clínicos globais, fruto das normas que regulamentam o setor farmacêutico em todo o mundo. Dentre as mudanças se destaca a criação de tratados mundiais e legislações específicas em cada país para regulamentar como deve ser a aprovação dos ensaios clínicos. Destacamos a Declaração de Helsinki (DINIZ, 2011), a criação do Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, Agência Europeia de Medicamentos (EMA), no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre outros.

Em todas as etapas do estudo clínico os aspectos éticos estão envolvidos significativamente, em todo o mundo. No Brasil, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), vinculado ao Conselho Nacional de Saúde, tem como atribuição o exame dos aspectos éticos das pesquisas que envolvem seres humanos. Como missão, o CONEP elabora e atualiza as diretrizes e normas para a proteção dos pacientes envolvidos em pesquisa clínica e coordena a rede de Comitês de Ética em Pesquisa das

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instituições (CEP). Cabendo a essas comissões a dupla aprovação para permitir a realização dos estudos clínicos no país, quanto a critérios éticos. (FERRAZ, 2008)

Figura 1 - Fases do Estudo clínico.

Fonte: Autoria Própria. Baseado nas informações de Gomez (2013) e Quental (2006).

Este trabalho utilizará como fonte de dados sobre os estudos clínicos pelo mundo e nas diferentes fases, a base de dados americana “Clinical Trials”. No que diz respeito ao armazenamento dos estudos clínicos realizados no mundo, grande parte é registrada na base “Clinical Trials”, base de dados sobre pesquisa clínica originada em 1994 devido a uma regulamentação de 1993 do FDA. A partir dessa regulamentação tornou-se obrigatório o registro do estudo clínico caso o responsável pelo estudo desejasse, posteriormente, registrar a patente ou comercializar o produto testado.

1 - Pesquisa Básica

Conhecimento sobre as doenças.

Pesquisa de moléculas

2 - Testes Pré-clínicos

TESTES PRÉ-CLÍNICOS

Tempo 6,5 anos

População testada

Estudos in vitro e em animais

Objetivo Acessar segurança, atividade biológica e

formulação.

Taxa de sucesso

5000 compostos avaliados

3 - Testes Clínicos

FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4

Tempo 1,5 anos 2 anos 3,5 anos Póscomercialização.

Amostra

20 a 100 voluntários

(em geral, saudáveis).

100 a 200 voluntários

(em geral, com a doença- alvo).

Variável, larga escala (função da doença ou do

medicamento), voluntários (em

geral, com a doença-alvo).

Indefinida.

Objetivo

Avaliar segurança

e tolerância

Demonstrar segurança de curto prazo e efetividade

potencial.

Estabelecer perfil e valor terapêutico, risco x benefício

de curto e médio prazos e

reações adversas.

Verificar valor terapêutico, surgimento de novas reações adversas e as estratégias de tratamento.

Taxade sucesso

5 entram em teste.

1 entra no mercado.

4 -

Farmacovigilância

Farmacovigilância

Tempo Pesquisa pós

comercialização.

Populaçã o testada

Usuários do medicamento

Objetivo identificar e avaliar

efeitos adversos, desvios de qualidade, erros de

administração, perda da eficácia,

uso para indicações não

aprovadas e interações com

substâncias químicas, outros

fármacos e alimentos.

Taxa de sucesso

1 entra no mercado.

Registro

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A União Europeia também aderiu à obrigatoriedade dos registros dos estudos clínicos na mesma base de dados e posteriormente, em 2013, criou sua própria base de dados apoiada no fato de que com os estudos registrados ficaria mais fácil entender o fluxo dos estudos clínicos no mundo e ao mesmo tempo se criaria uma compilação de estudos que podem ser acessados pelo grande público, além de facilitar o registro de patentes.

Essas bases de dados são utilizadas geralmente pelos pesquisadores para criar redes de estudos de doenças, para melhorar o desenvolvimento dos ensaios clínicos e mais recentemente vem servindo de base de dados para elucidar a distribuição dos estudos clínicos no seu país e no mundo.

No caso do Brasil, a importância de entender como atrair estudos clínicos para o país vem sendo estudada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Diversos estudos realizados por essa instituição estão sendo publicados periodicamente desde 2000 em que são apontadas variáveis capazes de atrair mais estudos e planos que estão sendo executados para incentivar o desenvolvimento dessa atividade no país.

(PIERONI, 2009)

Apoiados nos estudos do BNDES, em pesquisas e relatórios realizados através de entrevistas e aplicação de questionários com especialistas do mundo todo, conforme descrito em Gehring (2014), Huijstee; Schipper (2011), Thiers (2007) e Swan;

Robertson (2009) entre outros. Esses estudos destacam os principais fatores capazes de atrair ou repelir a escolha de um determinado país para sediar a realização dos estudos clínicos.

Em Swan; Robertson (2009) que realizaram estudos no Reino Unido sobre o que mais influência na hora de escolher onde realizar a pesquisa clínica, os autores destacam a demora com as aprovações no conselho de ética e nas agências regulamentadoras, em média 91 e 77 dias respectivamente. Tais idiossincrasias foram reunidas em uma área de atuação demarcada pelo estudo, a qual recebeu o nome de

“regulamentação governamental”. A segunda área de atuação demarcada pelos autores foi chamada de “conhecimento e experiência”, onde o recrutamento de pacientes e a maneira de se relacionar com eles faz com que existam pessoas dispostas a participar dos ensaios clínicos. A área de “redes e estratégia” depende do desenvolvimento das relações de trabalho entre a organização de pesquisa e outros setores, como a interação com as empresas farmacêuticas, organizações de pesquisa clínica (CROs) e unidades de ensaios clínicos (CTUs) atuantes no país e parcerias com hospitais adequados. A

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última área delimitada foi a de “Incentivos e direção” que compreende os incentivos fornecidos pelo estado e respeito a prazos de contratos.

O mesmo trabalho aponta a perda de mão de obra qualificada como principal contribuinte para o aumento dos custos de pesquisa e como um fator que contribui para o não cumprimento de prazos contratuais.

No estudo de Gehring (2014) são pesquisadas as variáveis que influenciam na escolha de onde realizar a pesquisa clínica, as quais são reunidas em quatro critérios estabelecidos pelo autor. Este estudo foi realizado na Europa e contou com a colaboração de 434 pessoas ligadas diretamente com pesquisa clínica, mais de 43%

dos colaboradores ocupavam cargos de vice-presidente, diretor ou gerentes de CROs, empresas farmacêuticas ou CTUs. O estudo apresenta uma abrangência que pode ser considerada global, pois contou com colaboradores de 37 países, dentre estes estão países da Europa e de fora tais como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Índia e Brasil.

No trabalho o autor convidou os colaboradores da pesquisa a distribuir 100 pontos entre as variáveis que compunham o critério, dessa maneira buscou identificar qual o grau de importância de cada variável dentro dos quatro critérios estabelecidos por ele.

O critério “Investigador e direção” que é composto por variáveis como histórico de estudos publicados, experiência do investigador e número de estudos em fases anteriores, apontou que a experiência do investigador é a variável mais importante, seguida por histórico de estudos publicados, número de estudos em fases anteriores e domínio de duas ou mais línguas pela equipe de pesquisa. Para o critério

“Impulsionado pelo Ambiente” que era composto por tamanho do mercado, velocidade de aprovações e presença de redes de gestão da doença, as quais foram atribuídas um maior nível de importância em contraste a incentivo financeiro e fiscal fornecidos pelo governo, presença de CTUs e CROs. Em “ Direção do Hospital” foi analisada rede de captação de pacientes, infraestrutura hospitalar adequada, dentre essas variavéis se destacou a importância dada a rede de captação de pacientes.

No critério “custo” foi abordado os custos diretos que compreendem o pagamento de funcionários, equipamentos, entre outros e os custos indiretos que o autor descreve como tempo gasto com o recrutamento de paciente e em aprovações. Os colaboradores apontaram que os custos indiretos são os mais relevantes.

Na trabalho de Gehring (2014) foi criada uma sessão em que foi perguntado aos colaboradores da pesquisa se existia outra variavél não mensurada na pesquisa que apresentaria relevância na escolha de onde realizar os estudo clínico, o autor destacou a

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recorrência da resposta que trata da presença de web sites hospitalares que tragam as informações sobre investigadores e das linhas de pesquisa dos hospitais.

No estudo que busca entender se hospitais envolvidos em pesquisa clínica oferecem melhores resultados aos seus pacientes, o autor Miyoka (2008) descreve que não basta ter um grande número de pacientes e uma equipe de pesquisa altamente qualificada é preciso que o paciente tenha também um certo nível de instrução, pois é preciso entender o tratamento, reportar de maneira adequada as reações causadas pelo estudo clínico.

Em Wolf (2008) é apresentado um fator responsável por estreitar o gargalo que existe na transição dos testes pré clínicos para a pesquisa clínica nas suas diferentes fases, esse gargalo é apresentado como a dificuldade encontrada para se compartilhar conhecimento científico gerado nas universidades com empresas privadas.

Thiers (2007) aponta os fatores que estão fazendo os estudos clínicos migrarem de centros tradicionais que concentravam mais de 60% dos estudos em meados dos anos 2000 e que agora estão a caminho da globalização. O artigo revela que a procura de custos de pesquisa menores, as empresas estão buscando países com menor burocracia (aprovação em agências regulamentadoras e comitês de ética), maiores facilidades de recrutar pacientes, parcerias com organizaçoes focadas em testes clínicos globais que apresentam grande número de estudos em fases anteriores e mão de obra qualificada.

Todas as variáveis apresentadas nos artigos acima foram compiladas de maneira a se obter 22 variáveis, os quais são apresentados abaixo com suas respectivas definições:

1. O Tempo de Aprovação nos Comitês de Ética será interpretado como o tempo gasto pelos Comitês de Ética para aprovar os estudos dentro das instituições realizadoras dos estudos clínicos (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011;

SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007; GOMES, et all, 2009; BAETAS, et all, 204).

2. Parcerias com universidades: trata-se da existência de universidades dispostas a realizar parcerias no que diz respeito ao compartilhamento do conhecimento científico (WOLF, 2008).

3. Tempo de aprovação nas agências regulamentadoras: é o tempo gasto para aprovação dos estudos clínicos pelas agências regulamentadoras (GEHRING,

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2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007;

GOMES, et all, 2009; BAETAS, et all, 204).

4. Incentivo governamental: são os incentivos governamentais das mais diversas formas destinadas a estimular a realização dos estudos clínicos. Exemplo:

Fiscais, convênios com instituições públicas, compra de medicamentos para tratamentos pagos pela iniciativa publica, etc (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011;

SWAN, ROBERTSON, 2009).

5. Qualificação de profissionais: é a mão de obra qualificada, ou seja, profissionais com curso superior, especialização, mestrado e doutorado (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007).

6. Grau de instrução dos pacientes: grau de instrução do paciente que recebe o tratamento influencia na escolha do país anfitrião (MIYOKA, 2008).

7. Domínio de duas ou mais línguas pela equipe de pesquisa: trata da presença de profissionais que dominam duas ou mais línguas na equipe que efetuará o estudo clínico (GEHRING, 2014).

8. Expectativa de vida: o aumento da expectativa de vida da população local é visto como um fator positivo para a realização dos estudos clínicos segundo Marandola (2004).

9. População: é o número de pacientes que podem vir a utilizar o produto e possuem renda para arcar com o tratamento (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007).

10. Pool de pacientes: pode ser entendido como número de pacientes elegíveis para testar o fármaco (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007).

11. Respeito aos contratos: representam o respeito aos contratos quanto ao tempo de entrega do estudo, sigilo, entre outros fatores que requerem estar em contrato (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009).

12. Presença de redes de doenças: são a presença de grupos, instituições e profissionais especializados no tratamento de alguma doença específica (GEHRING, 2014; THIERS, et all, 2007).

13. Histórico de estudos anteriores publicados: representa a presença de instituições que já promoveram estudos clínicos semelhantes e para doenças correlacionadas ao estudo clínico almejado, lembrando sempre que é preciso publicar o

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estudo para ele ter relevância (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009).

14. Investigadores experientes: a presença de investigadores (pesquisadores) com experiência em estudos clínicos semelhantes facilita a atração de novos estudos correlacionados (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009).

15. Número de estudos em fases anteriores: o número de estudos realizados em fases anteriores influencia a escolha de onde realizar a pesquisa na fase seguinte (GEHRING, 2014; THIERS, et all, 2007).

16. Rede de captação de pacientes: a existência de canais de comunicação que facilitem a captação de pacientes elegíveis ao tratamento, diminuindo assim o tempo de procura por pacientes (GEHRING, 2014; SWAN, ROBERTSON, 2009).

17. Presença de CROs no país anfitrião: a existência de CROs nacionais e internacionais no país anfitrião dos estudos clínicos aumentam as possibilidades de receber estudos clínicos (GEHRING, 2014; SWAN, ROBERTSON, 2009).

18. Presença de sedes de farmacêuticas: a presença de uma empresa farmacêutica de grande porte influencia a escolha do país como um dos locais para se realizar estudos clínicos (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009).

19. Presença CTUs: aumentam as chances de receber estudos se houver atuação de importantes Unidades de Ensaios Clínicos Acadêmicos (GEHRING, 2014;

HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011).

20. Infraestrutura hospitalar adequada: a disponibilização de instalações e equipamentos exigidos pelos estudos clínicos auxiliam na atração de novos estudos para o país (GEHRING, 2014; MIYOKA, 2008; WOLF, 2008; GOMES, et all, 2009).

21. Web sites dos hospitais: a existência de web sites com todas as informações do hospital, dos investigadores e das linhas de pesquisa dos hospitais aumentam as chances de receber estudos clínicos (GEHRING, 2014).

22. Custo: representa o valor desembolsado para cada teste clínico, onde estão inclusos custos diretos e indiretos (GEHRING, 2014; THIERS, et all, 2007;

GOMES, et all, 2010; SWAN, ROBERTSON, 2009).

Após determinar as variáveis e suas definições através da literatura, buscou- se agrupá-las de acordo com suas características e semelhanças em categorias e posteriormente tentar encontrar uma variável explicativa capaz de ser utilizada como

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explicação dessas categorias. A figura 2 esquematiza a categorização dos variáveis capazes de influenciar a atração da pesquisa clínica para um determinado país.

A categoria “LIBERDADE EMPRESARIAL” reúne fatores como tempo de aprovação nos comitês de ética, parcerias com universidades e tempo de aprovação nas agências regulamentadoras. Esses três fatores carregam consigo a mesma característica, a do tempo gasto com aprovações e documentações antes dos trabalhos se iniciarem.

Já a categoria “LIBERDADE DE GOVERNO” compreende apenas uma variável, o próprio incentivo governamental, o qual compreendem os incentivos fiscais, gastos do estado com saúde, entre outros.

A categoria “ÍNDICE EDUCACIONAL” segundo o levantamento realizado é uma das que compreende o maior número de variáveis das quais todas aparecem relacionadas por apresentarem em comum a característica de serem um ponto positivo para a atração da pesquisa clínica e o fato de que quanto mais estudo a população do país tiver, melhor será seu potencial de atração. As variáveis agrupadas nessa categoria são: qualificação de profissionais envolvidos na pesquisa, grau de instrução dos pacientes e domínio de duas ou mais línguas pela equipe de pesquisa.

Para Marandola (2004), a variável Produto Interno Bruto (PIB) pode ser uma boa referência para expectativa de vida, isso devido ao fato dessa variável ser altamente correlacionada com esse indicador de desenvolvimento humano de cada país. Outro fator relevante relacionado ao PIB é o fato de que um país que apresenta um PIB elevado também informa indiretamente que este apresenta um mercado potencial grande, ou seja, possuem pacientes que podem pagar pelo medicamento. Com isso, é possível analisar indiretamente mais alguns fatores de atração dos estudos clínicos que foram compilados na categoria “PIB”.

A categoria que apresenta a maior reunião de variáveis capazes de atrair a pesquisa clínica é das “Experiências Anteriores”, essa categoria compreende fatores como presença de redes de doenças, históricos de estudos anteriores publicados, rede de captação de pacientes, investigadores experientes e número de estudos em fases anteriores. Essa categoria apresenta uma subcategoria denominada de

“Infraestrutura”, a qual serve de parâmetro para a identificação da presença de infraestrutura necessária para se desenvolver a pesquisa clínica e que só se desenvolvem quando se ganha experiência com os estudos clínicos. Essa subcategoria

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compreende fatores como infraestrutura hospitalar adequada, web sites dos hospitais, presença de sedes de farmacêuticas, presença de CROs e presença de CTUs.

A categoria “Direito de propriedade” compreende uma única variável dentre os diversos fatores capaz de influenciar a atração da pesquisa clínica para um país, é o respeito a contrato e patentes.

A categoria “Custo” apresenta como componente de sua categoria o custo do ensaio clínico por paciente em cada país.

Figura 2: Variáveis capazes de influenciar a atração da pesquisa clínica agrupadas em sete categorias. A categoria que apresenta a maior reunião de fatores

Fonte: Autoria Própria.

ATRAÇÃO DE PESQUISA CLÍNICA LIBERDADE EMPRESARIAL Tempo de Aprovação nos Comitês de Ética Parcerias com Universidades Tempo de aprovação nas agências regulamentadoras

LIBERDADE DE GOVERNO Incentivo governamental

ÍNDICE EDUCACIONAL Qualificão de profissionais Grau de instrão dos pacientes Domínio de duas ou mais línguas pela equipe de pesquisa

Experncias anteriores Presença de redes da doenças Hisrico de estudos anteriores publicados Rede de captação de pacientes Investigador experientes Número de estudos em fases anteriores

Infraestrutura Infraestrutura hospitalar adequada Web sites dos hospitais Presença de sedes de farmacêuticas Presença de CROs no ps Presença CTUs

DIREITOS DE PROPRIEDADE Respeito a contrato e patente

PIB Pool de pacientes Expectativa de vida População

Custo Custo do ensaio clínico

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b. Teoria Institucional

A teoria institucional discute como a sociedade se impõe sobre os indivíduos e como o indivíduo constrói a sociedade. A abordagem institucional pode ser apresentada como uma abordagem econômica atuando em dois níveis inter- relacionados: o ambiente institucional e as instituições de governança, em que os atores são estimulados a fazer adaptações institucionais diante de mudanças na tecnologia ou nas regras necessárias para ajustar a estrutura de governança e manter a eficiência (NORTH, 1990).

A abordagem econômica ligada ao ambiente institucional se destaca por se preocupar com aspectos microeconômicos, com ênfase na teoria da firma em uma abordagem não convencional, mesclada com história econômica, economia dos direitos de propriedade, sistemas comparativos, economia do trabalho e organização industrial (CONCEIÇÃO, 2002), nessa perspectiva, também merece destaque o trabalho realizado por Coase (1991).

Da abordagem econômica ligada às instituições de governança origina o modelo do institucionalismo histórico (também chamado de comparativo) que se desenvolveu como reação contrária à análise da política e contra a estrutura de funcionamento de cada país. Essa perspectiva considera as instituições como legados políticos de lutas históricas, adotando assim uma visão que privilegia o poder político das instituições (STEINMO; THELEN; LONGSTRETH, 1992).

O modelo descrito em Mahoney e Thelen (2010) sugere que vários fatores são cruciais para formar uma visão institucional única de cada país, devido a grande diversidade de atores que o compõem. O institucionalismo organizacional, também chamado de modelo sociológico ou neoinstitucionalismo, se preocupa em entender

“como e por que as organizações se comportam da maneira que se comportam e com quais consequências” (GREENWOOD, et al., 2008), busca investigar questões de pesquisas relacionadas a campos organizacionais e a um contexto institucional mais amplo.

A institucionalização de um país representa um processo de conformidade das organizações que o compõem às normas socialmente aceitas, assim como a volta também se pode aplicar. Dessa maneira as organizações buscam legitimar suas praticas

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através da incorporação de conceitos e valores presentes no ambiente em que estão inseridos.

Um conceito central no neoinstitucionalismo é o do isomorfismo institucional (DIMAGGIO; POWELL, 2005). Na medida em que o processo de isomorfismo se refere às pressões institucionais e competitivas num determinado campo, faz com que as organizações se assemelhem umas às outras em busca da legitimidade.

O isomorfismo pode ocorrer de diferentes maneiras, a competição de mercado e as mudanças nos nichos de atuação levam ao isomorfismo competitivo. O isomorfismo coercitivo é aquele em que as regras formais e informais atuam com intuito de se alcançar a aceitação e a legitimidade, o isomorfismo normativo é caracterizado por uma elevada profissionalização dos seus atuantes que acabam contribuindo para uma grande regulamentação. E o isomorfismo mimético, o mais estranho de todos, onde a presença de incertezas ou falta de tecnologia faz com que se copie algo que está dando certo em outro lugar.

Para estudos onde há uso de índices institucionais é possível adotar a postura em que a estrutura institucional presente em uma economia influencia o conjunto de organizações praticáveis e seu desempenho econômico. Isso significa que as instituições importam e condicionam as diferentes estratégias adotadas.

Posto de outra forma, as instituições são as regras do jogo presentes em um ambiente social, elas formatam a interação humana e são responsáveis por reduzir a incerteza dessa interação, segundo North (1990).

North (1990) afirma que estrategistas buscam entender melhor o cenário onde competições ocorrem. Valendo-se disso, se faz possível adotar como exemplo as empresas que realizam pesquisa clínica ao redor do globo terrestre, as quais também buscam estratégias para serem bem sucedidas escolhendo países que competem entre si para receber estudos clínicos. Essa competição também obedece às regras informais onde o custo e afinidades podem ser enquadrados nesse tipo de regra e regras formais, normas regulamentadoras da pesquisa clínica no mundo, exemplos: Declaração de Helsinki e agências regulamentadoras do setor farmacêutico (FDA, EMA, no caso do Brasil, ANVISA, CEP e CONEP), as quais atuam influenciando a escolha de onde realizar os estudos clínicos.

Nesse sentido, a presença de instituições eficientes implica em direitos de propriedade, liberdade empresarial, baixa influência do governo, baixo nível de corrupção, entre outros aspectos.

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O presente trabalho adota uma abordagem semelhante à de Rodrik (1999), que utiliza a teoria institucional e seus índices como um balizador para o desenvolvimento do empreendedorismo e agregação de conhecimento local, e Rodrik;

Subramanian (2002), onde a teoria institucional e seus índices são utilizados para provar que países onde as instituições são mais evoluídas a renda (PIB) também é mais elevada. Valendo-se de uma abordagem institucional semelhante, os índices serão utilizados como proxy de categorias que reúnem alguns fatores que determinam a escolha de países para a realização de pesquisas clínicas.

Os índices utilizados são os de Liberdade Econômica da base de dados “The Heritage Foundation”, os quais são divididos em dez índices, e merecem destaque na abordagem utilizada nesse trabalho os seguintes índices:

- DIREITOS DE PROPRIEDADE - Esse índice mensura o quanto os contratos são respeitados, a influência que o sistema judiciário sofre da política e da economia, direitos de propriedade intelectual, combate à pirataria e o tempo que os processos demoram a se resolver;

Esse índice é dado em uma escala que oscila de 0 (zero) a 100 (cem), onde entram para sua composição a garantia da propriedade privada dada pelo governo, a eficiência e rapidez do sistema judicial em relação a contratos, o grau de punição aplicado a quem confiscar propriedade privada ilegalmente e presença de corrupção ou expropriação do país.

- LIBERDADE EMPRESARIAL - É a medida da liberdade dos empreendedores para abrir empresas, a facilidade para obter alvarás, e a facilidade de se fechar uma empresa, ou seja, aponta o tempo gasto com burocracia. Nesse índice, quanto menor for o tempo e menor for a burocracia, maior será o valor do índice dado ao país;

A pontuação utilizada no índice de liberdade empresarial para cada país é dado entre 0 (zero) a 100 (cem), com cem indicando um ambiente de negócios mais livre. A pontuação é baseada em treze subfatores, os quais são ponderados de forma igual, utilizando dados de relatório Business do Banco Mundial: número de procedimentos para se iniciar um negócio, tempo em dias para iniciar um negócio, custo para começar um negócio (% da renda per capita), capital inicial mínimo para se abrir um negócio (% da renda per capita), número de procedimentos para se obter uma licença, tempo gasto em dias para se obter uma licença, custo em relação a renda per capita para se obter uma licença (% da renda per capita), tempo médio que se demora

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para fechar um negócio em anos, custo para fechamento do negócio em relação ao valor da empresa, taxa cobrada para se recuperar uma empresa (custo estimado em dólar), número de procedimentos para se obter eletricidade para a empresa, tempo gasto para se conseguir o fornecimento elétrico para o novo negócio (dias), custo da eletricidade em relação a renda per capita.

Cada uma destes subfatores é convertido para uma escala de 0 (zero) a 100 (cem), e em seguida se calcula a média entre eles para se obter o índice final.

- LIBERDADE DE GOVERNO - Influência que as despesas do governo exercem na economia do país. Nesse índice são consideradas despesas os valores gastos com aposentadorias, incentivos fiscais, transferência de verba para estados e despesas do governo com saúde, educação, assistência social e implantação de infraestrutura, dentre outros. Vale ressaltar que quanto maior a pontuação do país nesse índice menor será a importância do estado.

A escala do índice de liberdade de governo também varia de 0 (zero) a 100 (cem). A composição dessa escala é obtida através da equação abaixo:

GEI=100- α (Gastos públicos / PIB)2

Na equação α é um coeficiente para controlar a variação entre os escores (fixado em 0,03), países que apresentam gastos próximos a zero em relação ao PIB são pouco penalizados e apresentam resultados para o índice perto de 100 (cem), já países que apresentam gastos públicos superiores a 30% do PIB são mais penalizados devido a relação quadrática estabelecida pela equação. Somente países com gastos públicos que superam 58% do PIB obitem pontuação igual à zero nesse índice.

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3 PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESE DE PESQUISA

Para entender as idiossincrasias que influenciam na decisão global de onde realizar a pesquisa clínica fez-se necessário realizar a revisão da literatura para pesquisa clínica.

Através dessa revisão identificaram-se vinte e duas varáveis capazes de explicar a escolha de determinados países para realização de estudos clínicos, no entanto, nesses estudos baseados em entrevistas com especialistas de cada área envolvida com a pesquisa clínica, não se notou uma padronização ou uma convergência de nomenclatura das variáveis encontradas nestes trabalhos, ficando cada autor responsável por nomear e delimitar a abrangência de determinado fator em sua pesquisa.

Outro ponto recorrente foi a presença de um número reduzido de artigos que visam buscar parâmetros capazes de explicar quantitativamente os fatores que influenciam a escolha de onde realizar a pesquisa clínica. Na maioria das vezes encontramos apenas estudos que levantam os fatores que influenciam a escolha de onde realizar a pesquisa comparando apenas poucos países entre si e sempre com um restrito número de fatores estudados em conjunto.

Com o intuito de sanar as lacunas apresentadas quanto à realização dos estudos clínicos em âmbito global, utilizou-se como referencia os estudos de Rodrik (1999) e Rodrik; Subramanian (2002), os quais utilizam índices institucionais para buscar explicação de como se dá o desenvolvimento do empreendedorismo, a agregação de conhecimento local e se países mais evoluídos institucionalmente apresentam PIB mais elevado, respectivamente. De acordo com North (1990) essa tentativa de entender o cenário global para um determinado mercado é fruto da busca por estratégias vencedoras, as quais colocam empresas em vantagem em relação as suas concorrentes.

A partir da revisão bibliográfica a hipótese central de pesquisa do presente trabalho foi estabelecida, esta indaga se variáveis institucionais afetam a atração de pesquisa clínica. Tal hipótese desencadeia questões específicas que questionam a relevância dos índices institucionais empregados neste estudo.

De acordo com a literatura sobre pesquisa clínica, o nível elevado de burocracia de um país se mostra como um dos maiores entraves para a atração de

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novos estudos clínicos (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007; GOMES, et all, 2009), algo muito semelhante também pode ser encontrado na literatura institucional que faz uso de índices institucionais. Pois, para ambas, países com altos índices de burocracia tendem ser menos vantajosos economicamente para a abertura de novas empresas devido ao gasto de tempo e dinheiro que se tem na busca por alvarás, aprovações e outros entraves burocráticos. A burocracia neste trabalho será representada pela variável institucional Liberdade Empresarial, a qual dá nome a categoria liberdade empresarial que é utilizada para avaliar se países com valores elevados, próximos de 100 para o índice de liberdade empresarial apresentam características de repulsão de novos estudos clínicos, devido ao fato de não existir esse tipo de barreira de entrada no país e verificar se países com índices baixos são considerados como destinos pouco prováveis para se realizar estudos clínicos. Para verificar esse comportamento de repulsão de novos estudos nos extremos do índice adotou-se para a variável Liberdade Empresarial o uso da variável simples e o acréscimo da variável elevada ao quadrado, conforme sugerido em Silva (2013). O uso desse artifício busca verificar se as variáveis apresentam um efeito não linear, que pode ser caracterizado como um comportamento em U. Quanto à Direito de Propriedade, verificou-se a possibilidade dessa variável apresentar também um comportamento em U. Tal fato sugere que países com baixo índice de Direito de Propriedade e países com elevados índices sejam locais com menores chances de atrair estudos clínicos.

A experiência de um país com a pesquisa clínica pode ser medida através do número de estudos que esse país recebeu no passado, uma vez que a existência anterior destes alteraram a estrutura para a realização de possíveis novos estudos.

Redes de doenças são criadas, investigadores se tornam mais experientes, CROs se instalam no país, criam-se canais de comunicação entre pacientes e centros médicos que realizam os testes clínicos, entre outros. (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; THIERS, et all, 2007)

O tamanho do mercado consumidor representado pela variável PIB influencia diretamente o número de estudos clínicos que um país recebe (MARANDOLA, 2004;

GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007), assim como os governos nacionais, em disputa pela atração de projetos de pesquisa clínica, podem implementar mecanismos de incentivo nas mais diversas áreas de atuação do estado. Governos que promovem o desenvolvimento educacional de sua

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população aumentam suas chances de atração de novos estudos clínicos (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011; SWAN, ROBERTSON, 2009; THIERS, et all, 2007), a mesma incitação ocorre através dos mais diversos tipos de incentivos fiscais e da atuação do estado na economia. (GEHRING, 2014; HUIJSTEE, SCHIPPER, 2011;

SWAN, ROBERTSON, 2009).

Com base nas considerações apresentadas, as hipóteses de pesquisa estabelecidas são apresentadas a seguir:

a) Fatores institucionais afetam a atração de pesquisa clínica;

b) Liberdade Empresarial é o principal entrave para se aumentar o número de estudos clínicos em um país;

c) Países que respeitam os Direitos de Propriedade apresentam maior chance de atrair pesquisa clínica;

d) Países valores de PIB elevados apresentam maiores chances de receber estudos clínicos;

e) Quanto menor for a Liberdade de Governo, maior será a atração da pesquisa clínica;

f) Quanto mais elevado o Índice Educacional de um país maior é a chance de atrair pesquisas clínicas;

g) Países com elevada grau de experiência em estudos clínicos apresentam maiores chances de atrair pesquisas clínicas;

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4 RECURSOS METODOLÓGICOS

O método utilizado para abordar a problemática desse trabalho segundo Newman (1998) se faz através da combinação de constructos qualitativos e quantitativos onde a abordagem qualitativa é utilizada como ponto de partida para se chegar à abordagem principal do trabalho, a abordagem quantitativa. A abordagem qualitativa utilizada inicialmente se caracteriza por não usar instrumentos estatísticos para analisar os dados, sendo assim, é necessário um conhecimento prévio sobre o assunto para que o pesquisador possa realizar uma análise do material coletado, sendo que este pode fazer uso de diferentes instrumentos que devem estar de acordo com o objetivo do trabalho.

Segundo TRIVIÑOS (1987), caracterizam este tipo de pesquisa cinco princípios: a) O ambiente como fonte direta de informação e o pesquisador o observador capaz de selecionar e analisar as informações coletadas; b) Apresentação de resultados de forma descritiva, pois utiliza fontes que requerem essa abordagem (observações, entrevistas, questionários, diários, imagens, documentos, entre outros); c) Preocupação com o processo e não exclusivamente com resultados, afinal, sua intenção é compreender como um objeto de estudo se comporta; d) Análise de dados por meio de indução, ou seja, os dados fornecem os elementos e o pesquisador constrói tal análise de acordo com seu conhecimento prévio; e) Há uma preocupação com o significado, logo, é preciso que o pesquisador realize um “afastamento” do material coletado e desta maneira tente se posicionar sobre diferentes óticas (dos sujeitos das pesquisas, por exemplo).

Sendo assim, a escolha para utilização deste método se deu a fim de compreender o olhar do sujeito que está inserido e possui conhecimento sobre o objeto de estudo, neste caso a pesquisa clínica e o que influencia a tomada de decisões quanto ao local onde esta será realizada.

A pesquisa quantitativa se caracteriza pelo uso de instrumentos estatísticos em todas as fases da pesquisa, desde a coleta até a análise dos dados, sendo assim, objetiva a quantificação de resultados e as relações entre as variáveis.

As razões pela escolha deste método estão vinculadas à possibilidade de mensurar os coeficientes de cada categoria que influencia a escolha de onde realizar a pesquisa clínica e se apresenta também como o meio mais adequado para o tratamento

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dos dados disponíveis. A técnica utilizada para analisar os dados de forma quantitativa está descrita abaixo, no item “a. Regressão em Painel”. No trabalho em questão, toda a pesquisa será realizada com auxilio de bases de dados disponíveis em sites da internet, como Clinical Trials, Banco Mundial e The Heritage Foundation.

4.1 PASSOS METODOLÓGICOS

Para a realização do trabalho foi necessário realizar inicialmente um levantamento sobre o que é pesquisa clínica, quais suas principais características e o que influencia na atração da pesquisa clínica para um país.

Em seguida, foi realizada uma revisão da literatura sobre “Variáveis que atraem e repelem a realização da Pesquisa Clínica”. Essa pesquisa teve como objetivo apontar os principais influenciadores para a realização dos estudos clínicos. Esse levantamento proporcionou a possibilidade de categorizar os achados e iniciar assim a busca por dados que se relacionassem com a descrição das categorias. Onde foram encontradas evidências para se utilizar alguns índices institucionais, o valor do Produto Interno Bruto (PIB) e o índice educacional de cada país, os quais foram encontrados na base The Heritage Foundation e Banco Mundial.

A terceira etapa da revisão de literatura focou em encontrar estudos que utilizem a abordagem institucional como fator explicativo de algum fenômeno de âmbito global, como foi abordado no tópico teoria institucional.

Após entender como funcionam as fases da pesquisa clínica, as variáveis que influenciam a decisão de onde realizar a pesquisa clínica e como a abordagem institucional é utilizada para explicar alguns acontecimentos globais, os esforços se voltaram para a base de dados Clinical Trials, responsável por compor a variável que se quer explicar (Dependente) e emprestar dados para a variável explicativa “experiência com estudos anteriores”. Desta base de dados foram retirados os estudos clínicos que aconteceram em cada país desde 1994 e que atenderam os requisitos de estar no status de concluídos, os com conclusão em aberto e com conclusão desconhecida, foram desconsiderados. Os estudos que não apresentavam a fase a qual o estudo se destinava e os países que apresentavam inconsistência de dados também foram retirados. Restando então, o recorte da base de 2002 até 2013, com 143 países.

A variável dependente que se busca explicar é representada pelo número de estudos clínicos na fase 03, fase mais importante da pesquisa clínica, pois recebe influência direta das constantes descobertas das fases 01 e 02, responsáveis por

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