Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 1
INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
TRABALHO PRÁTICO Nº 6
SENSORES DE TEMPERATURA
1ª Parte - Medição de temperatura com Termopar
Introdução:
Os termopares apresentam uma f.e.m. de dezenas de µV por grau Centígrado de variação da temperatura entre a junção de medida e a junção de referência. Desta forma torna-se necessário fazer a sua amplificação para níveis de tensão que estejam menos sujeitos ao ruído e possam ser transmitidos à distância.
Outro problema que está associado à utilização dos termopares é a compensação da junção de referência quando se pretende uma resolução melhor que a gama de variação da temperatura em relação à temperatura ambiente.
A sua não linearidade e o acondicionamento do sinal, requerido devido à baixa f.e.m. gerada, são também problemas a ter em conta quando se pretende obter uma boa precisão da medida da temperatura.
Pretende-se nesta parte do trabalho realizar a medição da temperatura de um bloco de alumínio usando um termopar e o respectivo circuito de acondicionamento
Material:
- Bloco de aquecimento em alumínio;
- Termopar;
- Termómetro digital; - Fonte de Tensão tripla;
- Amplificador operacional LM 741; - Multímetros digitais;
- Osciloscópio;
- Resistências e condensadores;
Dados:
R1=220 Ω R2=220 kΩ R=10 kΩ C=10 µF
Descrição do trabalho:
Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 2
T1, T2, R1 e R2, sabendo que o coeficiente de temperatura (ou de Seebeck) é dado por α=40µ V/°C ( Vi=α.(T2-T1)).
1.2 – Para os valores dados, determine a expressão de Vo (considere a temperatura ambiente T1=25ºC).
1.3 – Polarize o amplificador operacional da figura 1 com +/- 12V.
1.4 – Usando um multímetro meça e registe os valores de tensão na entrada Vi e na saída Vo do amplificador operacional a partir de 30ºC até 130ºC com incrementos de 10ºC (use o outro multímetro como termómetro digital). Preencha o quadro 1 e comente eventuais diferenças entre os valores teóricos e experimentais.
1.5 – Coloque o filtro passa-baixo na saída do circuito e visualize no osciloscópio em modo AC os sinais antes e depois do filtro com grande amplificação vertical. Comente.
Figura 1 - Medição de temperatura com termopar.
2ª Parte - Medição de temperaturas com termistores
Introdução:
Outro tipo de sensor de temperatura muito utilizado é o termístor. Os termístores são dispositivos feitos de materiais semicondutores, cuja resistência varia acentuadamente com a temperatura. Enquanto o sensor de platina é quase linear, os termístores são bastante não lineares.
Os termístores NTC (Coeficiente de Temperatura Negativo) apresentam um abaixamento da resistência com o aumento da temperatura. Os termístores PTC (Coeficiente de Temperatura Positivo) apresentam um aumento da resistência com o aumento da temperatura e alguns são caracterizados por esta subida ser abrupta, o que os torna úteis em dispositivos de protecção de sobreaquecimento.
Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 3
Figura 2 – Curvas características de termístores NTC.
Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 4
Material:
- Bloco de aquecimento em alumínio; - Termómetro digital;
- Fonte de Tensão tripla;
- Amplificadores operacional LM 741; - 2 Multímetros digitais;
- Resistências
Descrição do trabalho:
2.1 - Pretende-se simular com base na montagem da figura 4 o funcionamento de um sistema de aquecimento com controlo de temperatura de um processo. Para isso utilizam-se dois led´s (díodos emissores de luz), um servirá para indicar que o sistema se encontra a aquecer correctamente o processo controlado (led verde), e um segundo servirá para indicar uma situação de excesso de temperatura e consequentemente a necessidade de efectuar o corte no aquecimento (led vermelho).
Supondo que se faz R1=R2=10kΩ e R=”valor da resistência do NTC para a
temperatura escolhida como limite máximo do processo”, analisando o primeiro andar da
montagem, da figura 2, resulta que a tensão à saída do mesmo é dada por Vo =2,5×
( )
∆x V, emque ∆x=(R−RNTC)/R. Pela expressão anterior podemos constatar que o sinal de V0 depende do sinal de ∆x. Para RNTC>R a tensão V0 é negativa e para RNTC<R V0 é positiva. Se for utilizado
um segundo andar para realizar uma montagem comparadora, à saída deste segundo andar teremos +/-12V, que serão utilizados para controlar o processo, que é simulado em laboratório pela utilização dos dois led´s, conforme explicado acima.
Vermelho Verde
-+
+ -5V R1 R R2 NTC 1K 1K V0Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 5
2.2 – Obtenha a expressão de V0 dada no ponto anterior.
Considerando que a temperatura máxima de funcionamento admitida é de 65ºC, ao que corresponde uma resistência do NTC de aproximadamente 360Ω, faça a montagem de acordo com as indicações referidas no ponto anterior (não se esqueça de polarizar os amplificadores operacionais) e ligue o bloco de aquecimento, controlando a temperatura com o termómetro digital e verificando o estado dos led´s.
Compare o funcionamento da montagem em aquecimento com o arrefecimento. Comente quaisquer diferenças observadas
2.3 – Suponha agora que R1=10kΩ e que R2=4,7kΩ e que não alterava o valor de R. Verifique analiticamente se existe alteração do valor da temperatura para a qual se dá a comutação dos led´s.
2.4 – Ainda com R1=10kΩ e que R2=4,7kΩ, dimensione o valor máximo e mínimo de um potenciómetro a colocar no lugar de R, por forma a que possa efectuar manualmente o ajuste da temperatura limite do processo. A temperatura limite deverá estar compreendida dentro do intervalo 25ºC a 65ºC a que correspondem valores da resistência do NTC de 1.4kΩ e 360Ω respectivamente.
Leitura recomendada:
Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 6
INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
TRABALHO PRÁTICO Nº 6
FOLHA DE RESPOSTAS
TURMA:________ GRUPO:________
NOMES:____________________________________________________________________
1.1
1.2
1.4
T2(ºC) T2-T1(ºC) Vi(mV) Vo medido(V) Vo teórico(V)
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 7
1.5
2.2
Trabalho prático 6 / Instrumentação e Medidas 8