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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

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FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

FRANCISCO LEONARDO MACÊDO TAVARES RAMALHO

EXCLUSÃO SOCIAL NO MUNICÍPIO DE AURORA

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EXCLUSÃO SOCIAL NO MUNICÍPIO DE AURORA

Monografia submetida à Coordenação do Curso de Graduação em Ciências Econômicas, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientador: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos.

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo

R135e Ramalho, Francisco Leonardo Macêdo Tavares.

Exclusão social no município de Aurora / Francisco Leonardo Macêdo Tavares Ramalho. – 2013.

41 f. : il. color.; enc.

Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, Curso de Bacharelado em Ciências Econômicas, Fortaleza, 2013.

Orientação: Profº. Dr. Jair do Amaral Filho

1. Pobreza 2. Economia - Ceará - Aurora 3. Exclusão social I. Título.

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EXCLUSÃO SOCIAL NO MUNICÍPIO DE AURORA

Monografia submetida à Coordenação do Curso de Graduação em Ciências Econômicas, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientador: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos.

Aprovada em:___/___/_____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________ Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_____________________________________ Prof. Dra. Sandra Maria Guimarães Callado

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________ Prof. Dr. Fábio Maia Sobral Universidade Federal do Ceará (UFC)

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Primeiramente, agradeço a Deus e a minha família, minha mãe Gildasia, meu pai Francisco e meu irmão Ticiano, pela força e suporte necessários enfrentar e superar mais este desafio e por ter me guiado sempre da maneira mais correta possível e, a minha namorada, Palmira, que sempre me incentivou a continuar neste processo.

A todos os meus professores que participaram da minha formação e me incentivaram a trilhar este caminho. Cabe uma ressalva especial ao Professor José Lemos, pela paciência e sugestões na orientação neste trabalho. Mostrou-me, também, um lado mais humano deste curso, incentivando, assim, a buscar novos caminhos.

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Este estudo visa analisar o patamar dos indicadores de Exclusão Social na zona rural do município de Aurora localizado na macrorregião do Cariri Cearense no ano de 2012. O trabalho utiliza como forma de mensuração do fenômeno o Índice de Exclusão Social (IES) desenvolvido por Lemos (2012), por meio da análise dos indicadores de privação que o compõe. Foram utilizados para a aferição dos indicadores componentes do Índice (Passivo Social, Passivo Econômico e Passivo Ambiental) dados primários obtidos em campos e secundários coletados do IBGE e do IPECE. Analisando o IES obtido e utilizando como referência os números encontrados por Lemos (op.cit) para o município em geral no ano de 2010, percebe-se que, ao limitar a análise apenas à zona rural da localidade, o percentual da população socialmente excluída estimada para o município como um todo, que no trabalho de Lemos (op.cit) era de 54,9% apenas, na zona rural em 2012 o valor estimado aumentou significativamente para 68,7% da população. Destacaram-se como principais carências, dentre os indicadores utilizados, o percentual da população sem acesso à água tratada e; a parcela dos domicílios com rendimentos mensais menores que dois salários mínimos, com, respectivamente, 98,1% e 95,4%.

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This Monograph aims to analyze the level of the social exclusion indicators in rural area of Aurora, a city located in Cariri region of Ceará State in 2012. As a way of measuring this phenomenon it was used the Social Exclusion Index (SEI) developed by Lemos (2012), through the analysis of indicators of deprivation that compose it. To measure the indicators Index components (Social Passive, Economic Passive and Environmental Passive) were used primary data obtained by field research and secondary data collected by IBGE and IPECE. Analyzing the results obtained in this study and comparing with the numbers found by Lemos (2012) for the city overall - rural and urban - in 2010, one realizes that by limiting the analysis only to the rural location in 2012, the percentage of "socially excluded" increases significantly from 54,9% estimated by Lemos, 2012, to 68.7% of the population in question. It stands out as major shortcomings, among the indicators used, the percentage of the population without access to treated water and, the share of households with monthly incomes less than twice the minimum wage, with respectively 98.1% and 95.4%.

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1 INTRODUÇÃO ... 8

2 RFERÊNCIAL TEÓRICO ... 10

2.1 A origem do conceito da Exclusão Social ... 10

2.2 A Exclusão Social no Brasil ... 12

2.3A Pobreza como catalizadora da Exclusão Social ... 14

2.4 Alguns instrumentos de aferição de bem-estar social...16

2.4.1 Índice de Desenvolvimento Humano …...16

2.4.2 O Índice de Pobreza Multidimensional…...17

2.5As diferentes visões sobre a Exclusão Social ... 18

3 MATERIAS E MÉTODOS ... 21

3.1O Município de Aurora ... 21

3.2 Fontes de dados ... 22

3.3 O Índice de Exclusão Social ... 23

4 RESULTADOS DA PESQUISA... 26

4.1 Passivo Social (Passoci) ... 26

4.2 Passivo Econômico (Passecon) ... 27

4.3 Passivo Ambiental (Passambi)...29

4.4 Estimação do Índice de Exclusão Social para a zona rural do Município de Aurora... .. 33

5 CONCLUSÕES ... 35

REFERÊNCIAS ... 37

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1 INTRODUÇÃO

Segundo os resultados apontados no Censo Demográfico de 2010, aproximadamente 75% dos habitantes do município de Aurora com mais de 10 anos de idade apresentam uma rendimento mensal máximo de dois salários mínimos. Essa estatística retrata uma situação de carência econômica apresentada pela população, tendo em vista que quanto menor a renda, mais restrita será a cesta de produtos e serviços acessíveis às família. Entretanto, essa pauperização aparente envolve o acesso aos ativos sociais, além dos rendimentos mensais. Esses outros fatores são preponderantes na determinação do bem-estar das pessoas e são geralmente supridos pelas esferas governamentais (municipal, estadual e federal), colocando-os, assim, como direitos de todos os cidadãos. A negação do acesso a esses componentes sociais básicos coloca essas pessoas em uma situação de exclusão da sociedade. Dessa forma, mostra-se a necessidade de analisar tais fatores que compõem esse fenômeno da exclusão social. Assim esse trabalho analisará a intensidade que esta negação de acesso aos ativos básicos apresenta na zona rural do município de Aurora, área que detém um patamar social pior do que aquele que prevalece na zona urbana que também já é de feição bastante comprometedora como se depreende das informações contidas no trabalho de Lemos (2012).

A exclusão social pode significar a privação de acessos, falta de recursos ou, de uma forma mais abrangente, a ausência de cidadania, entendendo-se essa como a participação plena na sociedade, aos diferentes níveis em que esta se organiza e se exprime: ambiental, cultural, econômico, social e político. Ressalta-se ainda que estas dimensões da exclusão social não necessariamente apresentam-se separadas, o fenômeno pode compreender várias delas ou mesmo a interseção entre todas elas.

Apresenta-se assim como o objetivo geral deste estudo, a análise do estágio atual dos indicadores econômicos, sociais e ambientais na zona rural do município de Aurora situado na Macrorregião do Cariri do cearense.

De forma específica, o estudo objetiva: a) aferir o estágio atual dos indicadores de renda monetária, assim como, dos acessos aos serviços sociais básicos (educação, água tratada, coleta sistemática de lixo e esgotamento sanitário) na área rural do município; b) medir o Índice de Exclusão Social na zona rural município para compará-lo com o estimado no trabalho de Lemos (2012).

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção serão desenvolvidos alguns conceitos relevantes para o entendimento deste fenômeno que se tornou comum nas discussões nos meios acadêmicos com repercussões politicas: A exclusão social. Nos dois primeiros tópicos, serão abordadas as condições em que se deu a origem do termo, no mundo e no Brasil, respectivamente. A seguir serão discutidos os conceitos de pobreza e suas relações com o fenômeno. Ainda serão tratados dois instrumentos utilizados na estimação do bem-estar social da população: o Índice de Desenvolvimento Humano e o Índice de Pobreza Multidimensional. Também, algumas interpretações da exclusão social elaboradas por diferentes autores serão colocadas, onde se observará a inexistência de uma definição consensual. Por fim, será apresentada a visão sobre a Exclusão Social utilizada no estudo.

2.1 A Origem do Conceito da Exclusão Social

Embora seu conceito tenha sido mais frequentemente debatido apenas nas últimas décadas, o fenômeno da “exclusão” está presente na sociedade desde os primórdios das civilizações. Historicamente, sempre existiu a segregação de alguns povos em detrimento de outros. Pode-se citar, como exemplo, o regime escravocrata e o papel diminuto que era exercido pelas mulheres há apenas alguns anos. Constantemente debatido nas mais diversas áreas (acadêmica, social, política), o tema tem chamado a atenção de pesquisadores, afim de que seja elaborada uma definição consensual acerca do fenômeno, uma vez que não exista uma definição única entre os mais diversos autores.

Duas correntes de pensamento divergem sobre a origem do conceito da exclusão social. Em uma delas, segue-se que as primeiras aparições da expressão, utilizada para tratar da pauperização da sociedade, surgiram em alguns escritos de pensadores franceses na década de setenta do século passado, mais precisamente, no Livro de René Lenoir, Les exclus: un français sur dix (Os excluídos: um em cada dez franceses), datado de 1974, nas palavras de Jacques Donzelot: “Se consideramos a literatura relativa às políticas sociais, o termo exclusão aparece no começo dos anos setenta com o livro de R. Lenoir que denuncia os esquecidos do progresso: doentes mentais, deficientes, anciãos...” (In Oliveira, 2004).

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inovações tecnológicas no processo produtivo, o ritmo de empobrecimento passou a atingir além das camadas sociais “tradicionalmente marginalizadas” (imigrantes e moradores das periferias), os que de certa forma pareciam inseridos socialmente, usufruindo, mesmo que seja em uma escala menor, dos benefícios do desenvolvimento econômico. Assim, o termo exclusão social, passou a ser utilizada para retratar essa “nova questão social” (Castel, 1991), que passou a representar não só os grupos tradicionalmente “inaptos”, mas também, a crescente parcela da população, antes adaptada, vitimada pela nova conjuntura econômica estabelecida.

Apesar da existência de críticas na formulação de Lenoir, o termo Exclusão Social obteve uma boa aceitação na sociedade. Sua explanação foi importante para colocar em evi-dência essa nova situação instalada na sociedade francesa. A população passou a compreender melhor o que estava acontecendo no país, seja pelo grande espaço que a mídia destacou para essa temática, seja pelo debate político que se estabeleceu em todo território nacional, e a bus-car a superação desse problema. Seguindo os escritos de Serge Paugam: “nossa sociedade toma consciência dela mesma e de suas disfunções, procurando, às vezes de maneira desorde-nada, soluções para esse mal que a transpassa” (1996, p.15). Ele ressalta, ainda, que o tema da “exclusão” tornou-se tão popular que esteve presente nos discursos de todos os candidatos à sucessão presidencial da época:

O tema é tão geral, que nas últimas eleições, todos os candidatos à presidên-cia tinham em suas plataformas de governo, algum documento referente à exclusão. Tanto faz, direita ou esquerda, todos falavam da exclusão. Jacques Chirac, que é de direita, ganhou as eleições falando da exclusão e usando o

termo “fratura social. (Paugam, 1999, p. 52)

A segunda corrente de pensamento também acredita que o conceito de Exclusão Social tem sua origem recente, porém não cita com precisão como se deu seu aparecimento. Os autores que seguem essa linha acreditam que a temática da Exclusão Social é tão ampla que não pode ser creditada a um único autor (René Lenoir). Apesar dessa supracitada impreci-são, esse grupo assemelha-se ao primeiro quanto à época da sua origem. “Será, pois, em me a-dos a-dos anos sessenta, em período de prosperidade econômica, que a noção de exclusão faz sua aparição na França.” (Paugam, 1996, p. 9). Entretanto, estes autores salientam ainda que, mais importante que o debate sobre o surgimento do tema, seria a sua elaboração teórica.

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conceito de exclusão social estava tornando-se banalizado, o que poderia lhe representar uma perda de precisão e efetividade. Segundo Paugam:

A noção de exclusão, à medida que ela se generaliza, torna-se, de fato, cada vez mais fluida e equívoca como categoria de pensamento científico. Ela é de tal modo banalizada que todo mundo recorre a ela para caracterizar diver-sas situações ou populações das quais às vezes é bastante difícil perceber o que têm em comum. (1996, p. 17)

Portanto, desde então, tornou-se imperiosa a busca, pelos mais diversos autores, por uma elaboração conceitual mais precisa acerca do tema. Acredita-se ainda que esses resul-tados possam ser obtidos através da agregação dos esforços empregados pelos teóricos. Al-gumas definições de exclusão social já elaboradas serão expostas em tópicos posteriores.

2.2 A Exclusão Social no Brasil

No período que abrange o final da década de 1970 e a década de 1980, o Brasil passou a apresentar uma crise do modelo econômico anteriormente implementado. Modelos que tiveram como algumas das suas debilitarem a saúde econômica do país, entre eles: os níveis de inflação galopantes, as taxas declinantes de crescimento do PIB, o aumento signifi-cativo da dívida externa, o grande déficit no seu balanço de pagamentos e o elevado endivi-damento do setor público.

Do ponto de vista social, o Brasil passou a apresentar, desde a década de 1940 e, mais intensamente nos anos 1970, uma grande migração da população rural em busca de em-prego nas grandes cidades gerando uma maior demanda por serviços públicos básicos, saúde, novas habitações, educação, saneamento, e explicitou, de forma mais intensa, duas grandes mazelas: a pobreza e a desigualdade social (IBGE). Cabe ressaltar ainda, a diminuição do poder de compra dos salários causado pelas altas taxas de inflação que afetaram, principal-mente, as classes mais humildes da sociedade. O país, no decorrer das décadas de 1970 e iní-cio dos anos 1980, obteve uma alavancagem satisfatória no PIB per capita. Entretanto, esse crescimento ocorreu de maneira desigual na sociedade, de modo que, de acordo com a PNAD de 1985, os 10% mais ricos da população ficavam com quase 50% da riqueza gerada enquan-to os 50% mais pobres se apropriaram de apenas 12,5% da riqueza gerada naquele ano no País. (PNAD, 1985).

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acreditavam que o fenômeno estava diretamente relacionado com o aspecto econômico resul-tante do modelo adotado anteriormente no país. Elimar Nascimento, José Martins de Sousa e Pedro Demo são outros estudiosos com diferentes visões que também merecem ser destaca-dos.

Jaguaribe acredita que o modelo utilizado nas décadas anteriores aos anos noventa do século passado gerou um acelerado crescimento no percentual de pobres e miseráveis, o que impossibilitava o desenvolvimento econômico do país, apesar das altas taxas de cresci-mento do PIB nacional, em especial, no período do “milagre econômico brasileiro”, nas pal a-vras do autor citado por Nascimento 1994:

A exclusão social seria, assim, o resultado do esgotamento do processo de integração social que estava inscrito no modelo econômico anteriormente vi-gente e cujo desenvolvimento comprometeria o nosso ideário de modernida-de em ascenmodernida-der ao Primeiro Mundo. (Nascimento, 1994, p.275)

Cristovam Buarque relata que o fracasso do modelo econômico apenas expôs o lado mais impactante da exclusão social que já existia no Brasil, ressaltando, entretanto, que a referida crise acelerou todo o processo. Inspirado pelo conceito do “apartheid”– regime de segrega-ção entre brancos e negros na África do Sul - o autor utilizou o conceito de “apartação” para retratar o desenvolvimento desigual entre incluídos e excluídos no país.

Nascimento (op. cit.), contrariando os autores supracitados, acredita que “a excl u-são social não se trata de um problema puramente econômico, mas de múltiplas dimensões” (Nascimento, 1994, p. 61), de origem econômica e política: “O excluído não é apenas aquele que se encontra em situação de carência material, mas aquele que não é reconhecido como sujeito, que é estigmatizado, considerado nefasto ou perigoso à sociedade”. O autor citava como possíveis causas os impactos das inovações tecnológicas, a globalização da economia, as mudanças no mercado de trabalho e o desemprego estrutural. Coloca, ainda, que o sujeito que não tem autonomia política - o poder de exercer seus direitos de cidadão - estaria em uma situação de exclusão extrema.

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Martins (1997), por outro lado, contesta a existência do fenômeno exclusão. Para o autor, “rigorosamente falando, não existe exclusão: existe contradição, existem vítimas de processos sociais, políticos e econômicos excludentes; existe o conflito pelo qual a vítima dos processos excludentes proclama seu inconformismo” (Martins, 1997, p.14). Ele parte do pre s-suposto que os excluídos são uma parcela integrante do sistema. Por serem criados dentro da sociedade, os processos sociais não poderiam gerar excluídos.

2.3 A Pobreza como catalizadora da Exclusão Social

É comum encontrar nos discursos políticos e sociais certa confusão com o empre-go dos conceitos de pobreza e exclusão social. Enquanto o primeiro foca a atenção de estudio-sos há muito tempo, o segundo, como discutido anteriormente, ganhou maior evidência mais recentemente. Alguns pesquisadores relatam ainda que o conceito de exclusão social era utili-zado, inicialmente, em substituição ao termo pobreza. Isso se daria pela necessidade de des-crever o novo patamar apresentado pelos indivíduos mais carentes. Dessa forma, torna-se im-portante a definição dos seus conceitos, assim como das relações entre eles. Neste tópico, será dada maior ênfase à noção de pobreza, pois a abordagem da exclusão será tratada com mais detalhes em matéria mais adiante.

O fenômeno da exclusão social é resultado de um ou mais mecanismos interliga-dos que contribuem para gerar tal condição. Essa se concretizará com a não participação de um ou mais membros da sociedade na distribuição de benefícios mínimos para uma sobrevi-vência digna. A pobreza, por sua vez, apresenta-se como um destes processos (o mais visível) que incorporam o fenômeno da exclusão. Dessa forma, a exclusão social representa um fenô-meno bem extenso, com a pobreza constituindo um de seus campos. Alguns autores classifi-cam o primeiro como um processo dinâmico, um resultado de uma trajetória que trouxe essa situação, uma acumulação de estados excludentes, enquanto o segundo trata de ser classifica-do como estático passível de ser apenas uma condição provisória.

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renda” (Lemos, 2008).

Acreditando-se que seria incompleta a análise de um fenômeno tão extenso apenas pela ótica da renda, surgiu o conceito da pobreza não monetária, cuja abrangência leva em consideração outras variáveis que também afetam o bem-estar das famílias. Estas seriam baseadas no conceito de Necessidades Básicas Insatisfeitas (NBI), que, por sua vez, é utilizado para representar situações de carência por parte da população nos requisitos básicos para uma vida digna como: saúde, educação, alimentação, saneamento, água potável e transporte. Cabe destacar o papel determinante que os governos possuem para o combate à pobreza assim descrita, já que é o principal supridor desses serviços. Por outro lado, os pesquisadores que atuam nessa área colocam a estimação desse conceito como o grande desafio a ser superado. Eles alegam a dificuldade de obter alguns dados que representariam as variáveis. Por exemplo, seria difícil estabelecer uma linha de pobreza que abordasse todas as suas dimensões, além da dificuldade de obter dados para tal.

Ainda nessa linha, Amarthya Sen (2000) observou que a pobreza teria que ser tratada, além da ótica da renda, por outras características sociais que influenciam no bem-estar das pessoas. O conceito da pobreza multidimensional diverge da abordagem das necessidades básicas insatisfeitas, pois abrange aspectos como a cidadania, a política e a cultura. Tal definição trás, ainda, a dimensão de pobreza como privação das capacidades básicas do indivíduo, que pode ser delimitada como a liberdade de escolher entre as diferentes alternativas de modo de vida. Assim sendo, a definição de pobreza multidimensional compreende privações não só de renda, mas também de capacidades e acesso a bens, serviços e direitos, também definidores do bem-estar individual e coletivo.

Para apresentar de maneira mais clara a relação existente entre os conceitos de pobreza e exclusão social, será apresentado no quadro abaixo quatro definições de autores franceses que estabelecem que a segunda situação é produzida ou catalisada pela primeira.

Quadro 1 - Visões diferentes sobre a exclusão social.

AUTOR DEFINIÇÃO

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SCHNAPPER, D. “Reforça o distanciamento frente à explicação marxista alegando que o “paradigma da exclusão” tornou-se dominante após o para-digma da luta de classes e das desigualdades. O sistema capitalis-ta conseguira, apesar de suas pretensões antissociais notórias, contribuir para a integração social... a decomposição de sua coe-são social agrava a questão da sobrevivência. Começa a emergir um processo de “desfiliação”” (in DEMO, p. 13)

CASTEL, R. Um dos teóricos mais reconhecidos da exclusão social. “A Mar-gem é uma fronteira” (in CASTEL, “Os marginais na história” in Ser Social 3, UnB, 1998) “Fala de “desenraizamento” como f e-nômeno fundamental no começo do processo de exclusão”. A exclusão não se esgota no afastamento do mercado de trabalho, mas ganha significação tanto mais drástica no processo de des-truição de valores integrativos tradicionais, atingindo os patama-res da precariedade marcada pela não pertença e impotência”(in DEMO, p. 14).

ROSANVALLON, P. Considera os excluídos como “não força” social. Sua análise e n-riquece o lado da exclusão social para além da determinação eco-nômica, mas a imagina como um fenômeno de simples justaposi-ção. Refere a “auto exclusão”, assistência. (in DEMO, p. 15) Fonte: Frade, L. Pobreza política e marginalidade, p. 3–4.

Após a apresentação das diversas definições, constatamos que exclusão social e pobreza estão intimamente ligadas. Apesar de ser apenas um dos diversos processos que compõem o fenômeno da exclusão social, um alto número de estudiosos coloca a pobreza, independente do conceito utilizado, como principal determinante para chegar a essa condição. Uma pessoa pobre pode estar ou não sob a condição de excluído, porém, caso ela não esteja, a falta de recursos para a aquisição de uma cesta mínima de suprimentos, se perdurar por algum tempo, poderá catalisar o processo gerador de pessoas socialmente excluídas.

2.4 Alguns Instrumentos de Aferição de Bem-Estar Social

A seguir serão tratados dois métodos de estimação da exclusão social bem difundidos. O primeiro a ser apresentado será o índice de Desenvolvimento Humano que é instrumento mais utilizado na aferição do bem-estar social. Posteriormente, será discutido o Índice de Pobreza Multidimensional de origem mais recente.

2.4.1 O Índice de Desenvolvimento Humano

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o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este método substituiu a aferição do desenvolvimento humano por meio das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto até então utilizada.

Para atingir seu objetivo o IDH utiliza três variáveis: a longevidade da população que é calculada pela esperança de vida ao nascer; o nível de educação que é medido pela média ponderada de dois indicadores - 2/3 do indicador corresponde a porcentagem de adultos alfabetizados e 1/3 corresponde a taxa de matricula nos ensinos elementar, médio e superior - e; o nível de renda per capita. Cabe ressaltar ainda que, sendo o objetivo criar um ranking entre os países, o IDH tem amplitude entre zero e um ( 0 < IDH < 1). Quanto mais próximo de zero, menor é o bem-estar social da localidade.

Algumas críticas ao IDH surgiram em diversos trabalhos. Uma delas refere-se à distribuição igual entre os pesos das variáveis. Seria necessário, assim, que indicadores de incidências diferentes fossem incorporados com parâmetros desiguais. Outra oposição trata da omissão do aspecto ambiental no cálculo do índice. Argumenta-se que este exerce uma grande importância na qualidade de vida desta e das próximas gerações para ser ignorado e, ainda que, ao não levá-la em consideração, estaria sendo incentivado o esgotamento de recursos naturais na busca de geração de riquezas. Entretanto, a crítica mais recorrente trata da limitação quanto a aferição do desenvolvimento humano sob o prisma da pobreza. Alguns indicadores elementares no entendimento da exclusão social como pobreza são ignorados na sua aferição.

2.4.2 O Índice de Pobreza Multidimensional

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) trouxe no seu Relatório de 2010 um índice que objetivava retratar as pessoas que vivem com dificuldades, apontando privações nas dimensões da educação, da saúde e do padrão de vida : o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM).

Essas três dimensões que compõem o IPM “se subdividem em dez indicadores: nutrição e mortalidade infantil (saúde); anos de escolaridade e crianças matriculadas (educação); gás de cozinha, sanitários, água, eletricidade, pavimento e bens domésticos (padrões de vida). Uma família é multidimensionalmente pobre se sofre privações em, pelo menos, 30% dos indicadores (cada divisão vale um terço; estes pesos são divididos proporcionalmente pelo número de indicadores analisados em cada uma delas)". (PNUD, 2010)

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aproxima mais do objetivo deste trabalho. Porém, como os outros índices, o IPM também é alvo de críticas. A escolha de alguns indicadores para sua composição e a atribuição de pesos iguais, assim como o IDH, está entre as principais objeções. Outro obstáculo para sua aferição seria a dificuldade encontrada no levantamento de dados para todos indicadores.

Assim, na procura por um índice que retrate fielmente a o patamar do bem-estar social apresentado pela população estudada será utilizado o Índice de Exclusão Social. Este será mais bem detalhado em tópicos posteriores.

2.5 As diferentes visões sobre a Exclusão Social

Por fim, neste tópico serão relacionadas algumas definições elaboradas acerca da exclusão social. O único consenso existente entre os autores que exploram o tema é que não existe um conceito dominante. Cada estudioso aborda o objeto de maneira diferente, tornando o termo de difícil especificidade. Paugam (1996), nesse sentido, coloca as expressões “... o caráter equívoco desta noção...”, “... a noção de exclusão permanece equívoca...” e “ela [a noção de exclusão] permanece ainda relativamente fluida...” para descrever esta imprecisão. Deste modo, três abordagens diferentes merecem ser destacadas. Em seguida será exposta a visão de exclusão social a que servirá de base teórica para o prosseguimento do estudo.

Primeiramente, apresenta-se o grupo que acredita que a exclusão social é o resultado final de uma trajetória derivada de uma crise no modelo aplicado que leva à ruptura dos laços sociais. Para esses autores, essa caminhada levaria, principalmente, à quebra dos laços com a família e com a comunidade. Sarah Escorel (1999), uma importante representante desta abordagem, define dessa forma: um processo porque fala de um movimento que exclui, de trajetórias ao longo de um eixo inserção/exclusão, e que é potencialmente excludente (vetores de exclusão ou vulnerabilidades). Mas é, ao mesmo tempo, um estado, a condição de exclusão, o resultado objetivo de um movimento. (Escorel, 1999, p. 67).

Outro autor dessa perspectiva, Elimar Nascimento (1994), exemplifica sua visão através da exclusão social no mercado de trabalho. Segundo ele os indivíduos excluídos (desempregados) passariam a ser vistos pelos demais como não-semelhantes, ou seja, não é reconhecida neles qualquer fração de humanidade que faça com que os incluídos (ou grande parte deles) se reconheçam nos excluídos (Nascimento, 1994). Dessa forma, a condição de socialmente excluído seria definida “como a daquele que está ‘sem lugar no mundo’, totalmente desvinculado ou com vínculos tão frágeis e efêmeros que não constituem uma unidade social de pertencimento” (Escorel 1999, p.18).

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próprio funcionamento da sociedade e não de uma crise da mesma. Um dos estudiosos que defendem essa vertente, Bader Sawaia (2001), coloca a definição do tema dentro de um contexto contraditório do sistema:

Em síntese, a exclusão é um processo complexo e multifacetado, uma configuração de dimensões materiais, políticas, relacionais e subjetivas. É processo sutil e dialéti-co, pois só existe em relação à inclusão como parte constitutiva dela. Não é uma coi-sa ou um estado, é um processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem uma única forma e nem é uma falha do sistema, devendo ser combatida como algo que perturba a ordem social, ao contrário, ele é produto do funcionamento do sistema (2001, p. 9).

Santos (2001) classifica a exclusão social como uma resultante do modelo de acumulação capitalista, que traria, em sua própria lógica, fatores por si só excludentes. Para a autora, a dinâmica do capitalismo conduz ao enfraquecimento da soberania dos países periféricos, com reflexos no seu desenvolvimento econômico e humano.

A última vertente a ser analisada é aquela em que se trata a exclusão social como uma negação aos direitos sociais básicos (cidadania). Esses garantiriam uma condição mínima para uma vida digna através da extensão dos benefícios ofertados pelos governos a todos os cidadãos. Cabe ressaltar também, que o fenômeno da exclusão, vista por esse prisma, não exclui as outras visões sobre ela, podendo, inclusive, complementá-las. T. H. Marshall, em sua obra Cidadania, classe social e status (1967), considera que se atingiria a cidadania plena com a garantia de três direitos:

1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pen-samento; direito de propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18;

2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou eleitor, no conjunto das instituições de autoridade pública, constituída no século 19;

3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança até ao direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevale-centes na sociedade, que são conquistas do século 20 (in Carvalho, 2001, p.219).

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constitui numa resultante desigual da competição e dos conflitos que se dão pela posse dos ativos, sejam eles ativos produtivos, ativos ambientais, ativos sociais ou ativos culturais”. Ainda nesta linha, Lemos (2012) conclui sobre esse ponto de vista de pobreza da seguinte forma:

Essa forma assimétrica ou desigual de ter acesso aos ativos resulta, para alguns gru-pos sociais, em estado de privação, condições inadequadas e instáveis de bem-estar social. Portanto, nesta perspectiva, o estado de pobreza se constitui em exclusão de um grupo social, privado de ativos produtivos essenciais para ter uma vida com dignidade. (2012, p.64)

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3 MATERIAL E MÉTODO

Nesta seção, serão apresentadas as fontes dos dados utilizados na estimação da incidência da exclusão social na zona rural do município de Aurora, assim como serão apresentados uma breve introdução ao município e o Índice de exclusão social. Toda a pesquisa foi conduzida no tipo estudo de caso, utilizando métodos de estatística descritiva no intuito de identificar os fatores que explicam e como se comportam os indicadores de exclusão social no município.

3.1 O Município de Aurora

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Figura 1 - Localização do município de Aurora.

Fonte: Wikipedia.

O Produto Interno Bruto (PIB) agregado do município tem como principal fonte de recursos o setor de serviços impulsionado pelo comércio e do pagamento dos funcionários públicos. O setor industrial vem em seguida limitando-se a pequenas fábricas de doce, de queijo, de material de construção e de manufaturados de madeira. A agropecuária tem a menor participação relativa na formação do PIB agregado de Aurora. Neste setor destacam-se as produções de milho, arroz e feijão e criação de animais de grande e médio porte. Cabe ressaltar ainda que grande parte da produção agrícola é advinda de agricultores familiares que produzem praticamente apenas para o sustento das famílias, gerando pouco ou nenhum excedente para ser vendidos nos mercados locais e das adjacências.

3.2 Fontes de Dados

A pesquisa de campo utilizando questionários pré-codificados foi realizada na zona rural do município, que abriga aproximadamente 50% da população residente, segundo evidencias que se depreende do Censo Demográfico de 2010.

(24)

pertencerem à amostra, para selecionar os domicílios em que as entrevistas foram realizadas. Embora não se dispusesse previamente do rol de todos os agricultores do município, optou-se por distribuir a amostra de forma proporcional ao tamanho dos povoados. O critério de sorteio aleatório dos casos a serem investigados foi conseguido usando-se o que se chama de “passeio aleatório”.

O banco de dados coletado nas entrevistas de campo foi composto de informações primárias obtidas por meio do questionário objetivo pré-codificado supracitado (Anexo A). A pesquisa de campo foi realizada entre os dias 26 e 28 de setembro de 2012, em 108 domicílios da zona rural do município. Além das primárias obtidas através da pesquisa de campo, o estudo também fará o uso de dados secundários obtidos por instituições de pesquisa, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o IPECE (Instituto de Pesquisas e Estratégia Econômica do Ceará).

Os dados brutos coletados no campo ou de forma secundária estão organizados e apresentados em tabelas de distribuição de frequências absolutas e relativas, bem como ilustradas em gráficos e figuras.

3.3 O Índice de Exclusão Social

Como foi relatada anteriormente, a formulação de um índice para uma melhor aferição da incidência do fenômeno da exclusão social tornou-se o grande objetivo dos estudiosos da área. Dessa forma, para a estimação da população excluída socialmente da zona rural do município de Aurora foi utilizado o Índice de Exclusão Social.

Visando abranger outras dimensões sociais na estimação da Exclusão Social, Lemos (2008) criou o Índice de Exclusão Social (IES). Esse, por sua vez, ao contrário do IDH que afere bem estar social, busca aferir o mal-estar da população, ou seja, a hierarquização das localidades não é feita com base no grau de desenvolvimento destas, mas sim por meio da exclusão social da população estudada.

Inicialmente, o IES buscava estimar a exclusão social através de cinco dimensões: acesso à água tratada, saneamento básico (ou fossa séptica), educação, renda e coleta de lixo seletiva. Essas ainda seriam quantificadas da seguinte forma:

 Yi1 = PRIVÁGUA é a percentagem da população da i-ésima localidade que sobrevive em domicílios particulares que não têm acesso a água tratada.

(25)

sobrevive em domicílios que não têm acesso a esgotamento sanitário ou, ao menos, a uma fossa séptica para esconder os dejetos humanos.

 Yi3 = PRIVLIXO é o percentual da população da i-ési8ma localidade que sobrevive em domicílios que não têm acesso a coleta sistemática de lixo doméstico, direta ou indiretamente.

 Yi4 = PRIVREND é o percentual da população da i-ésima localidade que sobrevive em domicílios particulares cuja renda é inferior a dois salários mínimos mensais

 Yi5 = PRIVEDUC é o percentual da população da i-ésima localidade maior de 10 anos que não é alfabetizada, ou tem menos de um ano de escolaridade, segundo definições do IBGE.

Dessa forma, o IES seria calculado da seguinte fórmula:

IESi = Pi1Yi1 + Pi2Yi2 + Pi3Yi3 + Pi4Yi4 + Pi5Yi5 , onde:

Pij = Constituem nos respectivos pesos (cuja soma é igual a um) associados a cada um dos indicadores Yij que entram na construção do IES associado ao i-ésimo domicílio da localidade estudada. Como já comentamos, tais pesos são obtidos por meio do método de análise fatorial, resultando nos seguintes pesos:

Tabela 1 - Pesos dos indicadores componentes do IES.

YI PI

PRIVAGUA 0,1460

PRIVSANE 0,1471

PRIVLIXO 0,1310

PRIVREND 0,2640

PRIVEDUC 0,3119

Fonte Lemos, 2008

(26)

(Passambi). O Passocia, que era representado pela variável Priveduc, vem a ser o percentual da população maior de quinze (15) anos que se declarou analfabeta. O Passecon, antigo Privrend, é aferido pelo percentual da população que sobrevive em domicílios cuja renda varia de zero a, no máximo, dois salários mínimos. O Passambi que se apresenta como a grande mudança trazida por esse formato, é resultado das demais variáveis devidamente ponderadas. Privagua, que é o percentual da população que sobrevive em domicílios privados do acesso ao serviço de água encanada com, ao menos, um ponto de torneira dentro de casa; Privsane que afere o percentual da população que sobrevive em domicílios privados do serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, de fossa séptica para destinar os dejetos humanos. O terceiro indicador desta âncora do IES é o percentual de domicílios privados do serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente (Privlixo). Nesta reorganização, Lemos (2012) também atribuiu novos pesos aos indicadores como pode ser visto na tabela a seguir. (Lemos, 2012)

Tabela 2 - Pesos dos novos indicadores do IES.

Fonte Lemos, 2012.

(27)

4 RESULTADOS DA PESQUISA

Nesta seção serão apresentados os resultados da pesquisa de dados realizada no município de Aurora. Nos primeiros tópicos, serão detalhados separadamente os indicadores que compõem o Índice: Passivo Social, Passivo Ambiental e Passivo Econômico. Em seguida, serão expostas as evidências gerais obtidas na aplicação do Índice de Exclusão Social.

4.1 Passivo Social (Passoci)

O questionário aplicado no recolhimento de dados para a estimação da escolaridade foi dividido nas seguintes alternativas: analfabeto (entre zero e um ano de escolaridade); entre um e quatro anos (definida como base para analfabetismo funcional); mais de quatro anos (ensino fundamental incompleto e completo e ensino médio incompleto); ensino médio completo e; ensino superior completo. O nível de escolaridade especialização de graduação, mestrados e doutorados foi descartado, pois o Censo Demográfico de 2010 apresentou uma parte irrisória neste quesito. A organização do levantamento de dados chegou aos seguintes números incluídos no gráfico 1.

Gráfico 1- Níveis de escolaridade na zona rural do Município.

Fonte: Pesquisa de campo

A porcentagem de analfabetos, que foi o indicador utilizado na estimação do IES através do indicador Passivo Social, apresentou um número de 30,85% da população analisada. Esse valor é superior ao encontrado por Lemos (2012), 27,6%. Uma parte

30,85%

42,89%

18,16%

7,66%

0,44%

Analfabeto Menos de 4 anos Mais 4 anos Médio Completo Superior Completo

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%

(28)

significativa da amostra classificou-se no nível de escolaridade “menos de quatro anos de idade”, ou seja, 42,89% das pessoas apresentavam analfabetismo funcional. Essa foi seguida pelos níveis “mais de quatro anos”, “ensino médio completo” e “ensino superior completo” com, respectivamente, 18,16%, 7,66% e 0,44% da amostra.

4.2 Passivo Econômico (Passecon)

Para a determinação do indicador passivo de renda, foi levada como unidade da renda a utilização de salários mínimos (SM). As opções foram divididas entre nove níveis: sem renda (zero); entre zero e meio; entre meio e um; entre um e dois; entre dois e três; entre três e quatro; entre quatro e cinco; entre cinco e dez e; maior de dez salários mínimos. Assim, chegou-se aos seguintes resultados:

Gráfico 2 - Rendimentos mensais no Município de Aurora.

Fonte: Pesquisa de campo.

Os números contidos no Gráfico 2 mostram que o maior percentual de domicílios investigados (95,37%) apresentaram renda de zero a dois salários mínimos, aproximando-se parâmetro utilizado na composição do Índice. Confrontando ao resultado encontrado no trabalho de Lemos (2012), 73,2%, percebe-se que a carência pela renda monetária manifesta-se mais intensamente na zona rural. Os níveis “de meio a um”, “de um a dois”, “de três a quatro” e “de dois a três” vieram em seguida com 25,93%, 6,48%, 2,78% e 1,85%

0,00%

62,96%

25,93%

6,48%

1,85% 2,78%

0,00% 0,00% 0,00%

Sem renda De 0 - ½ De ½ – 1 De 1 – 2 De 2 – 3 De 3 – 4 De 4 – 5 De 5 – 10 > 10 0,00%

20,00% 40,00% 60,00% 80,00%

(29)

respectivamente. Já as opções “sem renda”, “de quatro à cinco”, “de cinco à dez” e “mais de dez salários mínimos não apresentaram percentuais relevantes.

Foi feito ainda um levantamento para determinar quais seriam as fontes de renda primária e secundária mais presentes nos domicílios locais. As opções dadas no questionário para as duas perguntas eram as mesmas: agropecuária, aposentadorias, pensões, programas assistenciais do governo, trabalho assalariado e outras fontes. Quando citado, esse último na maioria das vezes era representado pela opção do comércio como fonte de renda. Os gráficos 3 e 4 demonstram os resultados obtidos.

Gráfico 3 - Fontes primárias de renda das famílias das zonas rurais do município de Aurora em 2012.

Fonte: Pesquisa de Campo 25,00%

12,04%

1,85%

42,59%

9,26% 9,26%

Agropecuária Aposentadoria Pensão Programas do Governo Trabalho Assalariado Outras Fontes 0,00%

20,00% 40,00% 60,00%

(30)

Gráfico 4 - Fontes secundárias de renda das famílias das zonas rurais do município de Aurora

em 2012.

Fonte: Pesquisa de Campo.

Como pode ser percebido pelos resultados mostrados no Gráfico 3, os programas assistencialistas do governo se apresentam como a principal fonte de renda com 42,59% das residências visitadas. A agropecuária com 25% vem em seguida como a segunda principal fonte. Salientando que esse pequeno percentual se deve entre outras coisas, como tratado na seção anterior, ao fato de grande parte da produção agrícola ser utilizada apenas para o sustento das famílias, gerando o que é conhecido como “renda não monetária”, que é importante para fomentar a segurança alimentar das famílias rurais. Como principal fonte secundária de renda destaca-se a agropecuária com 44,44%, seguida pelos programas do governo com 32,41%. Destacou-se neste estudo da fonte de renda dos domicílios a complementariedade entre os programas assistencialistas do governo e a agropecuária. Foi recorrente a presença destes dois tipos na composição das rendas familiares, revezando-se entre fonte primária e secundária.

4.3 Passivo Ambiental (Passambi)

Como tratado anteriormente, o indicador Passivo Ambiental subdivide-se em três partes: privação de acessos à água tratada, à coleta seletiva de lixo e a locais minimamente adequados para o destino dos dejetos humanos. Deste modo, será tratados, separadamente,

44,44%

5,56%

2,78%

32,41%

5,56%

1,85%

Agropecuária Aposentadoria Pensão Programas do Governo Trabalho Assalariado Outras Fontes 0,00%

20,00% 40,00% 60,00%

(31)

cada um desses fatores. Os percentuais encontrados por Lemos (2012) foram, respectivamente, 53,6%, 51,8% e 85,6%.

Primeiramente, apresentam-se os resultados obtidos quanto à privação do acesso à água tratada. Deve-se entender esse como procedente de tratamento da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE). Como resposta para essa questão foi dadas duas opções: sim (possui acesso) ou não (não possui acesso).

Gráfico 5 - População da zona rural do município de Aurora com acesso à água tratada.

Fonte: pesquisa de campo

Os resultados apresentados no Gráfico 5 demonstram que 98,15% da amostra estudada não possui acesso à água tratada. Cabe ressaltar ainda que aqueles 1,85% que têm acesso à água encanada apenas o fazem devido ao fato de morarem nas proximidades da sede do município onde a cobertura da CAGECE é mais abrangente.

No recolhimento das informações acerca da cobertura e frequência da coleta sistemática de lixo que deve ser executada pela prefeitura municipal foram determinadas nas entrevistas três alternativas possíveis para resposta: nenhuma, uma ou duas e mais de duas vezes por semana. Ressalta-se ainda que a opção “nenhuma vez” representa a utilização de métodos insalubres de eliminação dos resíduos sólidos gerados no cotidiano como a queima e o aterramento. No gráfico 6 serão relacionados os números obtidos.

1,85%

98,15%

SIM NÃO

0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%

(32)

Gráfico 6 - População da zona rural do município de Aurora com acesso a coleta de lixo.

Fonte: Pesquisa de campo.

Constatou-se que 85,19% da amostra não possui acesso à coleta sistemática de lixo, o que reforça ainda mais exposição destas pessoas à doenças proporcionadas pelo acúmulo de sujeira no seu entorno. A proporção de pessoas que são abrangidas, uma ou duas vezes por semana, pela coleta seletiva de lixo foi de 14,81%. Já a opção “mais de duas vezes” não obteve um resultado expressante (0%).

No que se refere ao acesso ao serviço de esgotamento sanitário ou às fossas sépticas para destino dos dejetos humanos, o questionário utilizou o mesmo mecanismo do tópico relacionado ao acesso à água tratada. O resultado que será exposto no Gráfico 7 pode ter sido afetado pela possível confusão gerada pela utilização de fossas negras. Ressaltando que o esse tipo de “tratamento” aos dejetos humanos é tão prejudicial à saúde humana quanto a falta de saneamento.

85,19%

14,81%

0,00%

Nenhuma vez Uma ou Duas vezes Mais de Duas vezes 0,00%

20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%

(33)

Gráfico 7 - População da zona rural do município de Aurora com acesso a coleta de lixo.

Fonte: Pesquisa de campo.

Mesmo com a ressalva supracitada, a maior parte, 63,89%, da população em análise não apresenta uma forma adequada para o destino dos dejetos humanos. Desta forma, baseando-se nos números calculados por Lemos (2012), os acessos à água tratada e à coleta sistemática de lixo na zona rural são imensamente inferiores aos apresentados na zona urbana. Por fim, foi perguntado aos entrevistados qual seria, em suas opiniões, o aspecto social em haveria mais carência por sua família. As opções disponíveis foram, exatamente, os indicadores sociais aqui analisados: educação, renda, coleta de lixo seletiva, acesso à água tratada e à rede de esgoto ou fossas sépticas. Os resultados encontrados para este item estão mostrados no Gráfico 8.

36,11%

63,89%

SIM NÃO

0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%

(34)

Gráfico 8 - Resultados maior carência apontada pelos entrevistados.

Fonte: Pesquisa de Campo

A maior parte dos entrevistados optou por escolher como principal carência a renda, totalizando 58,33% do total. Destaca-se ainda, neste período de estiagem no interior do Estado, a pequena porcentagem de chefes familiares optando pelo acesso à água com apenas 16,67%. Uma maior cobertura das instituições educacionais, da rede de esgoto e da coleta de lixo seletiva vem em seguida com, respectivamente, 13,89%, 6,48% e 4,63% dos entrevistados.

4.4 Estimação do Índice de Exclusão Social para a Zona Rural do Município de Aurora

Após a obtenção dos dados primários que possibilitaram o levantamento dos indicadores utilizados para a estimação do Índice de Exclusão Social chegou-se aos resultados apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Resultados obtidos dos indicadores componentes do IES.

Fonte: Pesquisa de campo. 58,33%

13,89%

4,63%

16,67%

6,48%

Renda Educação Coleta de Lixo Acesso à Água Saneamento

0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%

Maior carência apontada pelos entrevistados

PASSOCI PASSECON PASSAMBI

IES

PRIVEDUC PRIIVREND PRIVAGUA

30,85 95,37 98,15 63,89 85,19 68,68

(35)

Deste modo, tem-se que o resultado global do IES foi de 68,68% dos habitantes da zona rural do município de Aurora encontram-se na situação de “excluídos socialmente”. Como referência, serão relacionados na Tabela 2 os números que Lemos (2012) calculou utilizando o IES no Município (incluindo a zona urbana), baseando-se, respectivamente, nos Censos Demográficos anos de 2000 e 2010. Cabe ressaltar, entretanto, que o presente trabalho tem como região para composição da amostra a zona rural do município, onde as carências apresentadas pela população são mais intensas. Assim, este maior percentual de “socialmente excluídos” em relação aos números abaixo pode ser creditado a esta situação.

Tabela 4 - Resultados do IES para o Município de Aurora (em %).

Fonte Lemos, 2012.

Assim, percebe-se que, considerando os resultados obtidos por Lemos (2012) no município como base, os indicadores de rendimentos mensais, acesso à água tratada e à coleta de lixo apresentam como as principais carências na zona rural. Cabe ressaltar também, a queda dos números relativos à ausência de rede de esgoto ou fossa séptica considerando todo o município.

2000

PASSOCI PASSECON PASSMBI

IES

PRIVEDUC PRIVREND PRIVAGUA PRIVSANE PRIVLIXO

35,6 61,2 69,8 98,7 70,6 57,9

2010

PASSOCI PASSECON PASSMBI

IES

PRIVEDUC PRIVREND PRIVAGUA PRIVSANE PRIVLIXO

(36)

5 CONCLUSÃO

Este estudo procurou retratar o bem-estar da população da zona rural do município de Aurora sob o prisma de um tema que vem atraindo a atenção de muitos pesquisadores: a Exclusão Social. Tal conceito trata de apresentar as carências sentidas pelos habitantes além da ótica da renda monetária. Buscou-se analisar a situação dos locais também por outros fatores sociais básicos. Ao terem o acesso a tais produtos negado, essas pessoas passariam a evidenciar este estado de rejeição por parte da sociedade. A incidência da exclusão social nesta localidade foi, assim, a causa para o desenvolvimento desse estudo.

Por meio da organização dos dados reunidos em pesquisa de campo e a aplicação do Índice de Exclusão Social chegou-se ao objetivo geral de aferir o estágio atual dos indicadores de renda monetária, assim como, dos acessos aos serviços sociais na região em análise. A hipótese que propõe um elevado percentual de pessoas “socialmente excluídos” na zona rural do município foi confirmada, já que o número de 68,68% apontado pelo estudo encontra-se acima do resultado da cidade calculado por Lemos (2012) que foi de 54,7%. Já a outra que procurava esclarecer se a maior carência apresentada pela população estudada seria no indicador de renda monetária, Passivo Econômico (Privrend) foi reprovada. Esse que apresentou um resultado de 95,37% dos domicílios sobrevivendo com uma renda mensal de até dois salários mínimos, foi superado pelo indicador de acesso à água tratada que obteve 98,15% da amostra vivendo sem este produto essencial à sobrevivência.

Os demais indicadores (Priveduc, Privlixo e Privsane) que compõem o Índice utilizado apresentaram os seguintes resultados: 30,85% das pessoas classificaram-se como anlfabetas; 85,19% dos domicílios não são abrangidos pela coleta sistemática de lixo e; 63,89% não possuíam uma rede de saneamento sanitário ou fossas sépticas instaladas. Todos esses indicadores somados ponderadamente produziram o resultado geral de 68,68% de “excluídos” como já foi citado.

(37)

fenômeno multidimensional nos núcleos familiares.

(38)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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DEMO, Pedro. O charme da exclusão social. Campinas: Autores Associados, 1998.

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–––––. O enfraquecimento e a ruptura dos vínculos sociais: uma dimensão essencial do processo de desqualificação social, 1999. In: OLIVEIRA, A. R., Sobre o alcance teórico do conceito “exclusão”. Porto Alegre, Civitas – Revista de Ciências Sociais, 2004.

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(39)

SEN, A. Social Exclusion: Concept, Application, and Scrutiny. Office of Envi-ronment and Social Development. Asian Development Bank. Social Development Papers n 1, 2000.

(40)

Anexo A – Questionário pré-codificado aplicado em campo Questionário Confidencial.

1ª PARTE - IDENTIFICAÇAO DO ENTREVISTADO 1. Nome do entrevistado:

__________________________________________________________________

2. Localidade (Sítio): _______________________ 3. Idade ________

2ª PARTE: INDICADORES SOCIAIS

4. Quantas pessoas moram no domicílio: ___________ 5. Escolaridade do entrevistado:

1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola) 2 – De 1 a 4 anos de escola

3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo

6. Escolaridade de outro membro da família (companheiro ou companheira do entrevistado): 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

2 – De 1 a 4 anos de escola 3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo

7. Escolaridade de outro membro da família com idade superior à 10 anos: 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

2 – De 1 a 4 anos de escola 3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo

8. Escolaridade de outro membro da família com idade superior à 10 anos: 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

2 – De 1 a 4 anos de escola 3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo

9. Escolaridade de outro membro da família com idade superior à 10 anos: 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

(41)

5 – Nível superior completo

10. Escolaridade de outro membro da família com idade superior à 10 anos: 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

2 – De 1 a 4 anos de escola 3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo

11. Escolaridade de outro membro da família com idade superior à 10 anos: 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

2 – De 1 a 4 anos de escola 3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo

12. Escolaridade de outro membro da família com idade superior à 10 anos: 1 – Analfabeto (ou menos de um ano de escola)

2 – De 1 a 4 anos de escola 3 – Mais de 4 anos de escola 4 – Nível médio completo 5 – Nível superior completo 13. A casa onde a família mora é:

1 – Própria 2 – Alugada

14. Tem energia elétrica em casa: 1 - SIM 2 - NÃO

15. Tem água tratada em casa: 1 - SIM 2 - NÃO 16. Tem esgoto ou fossa séptica: 1 - SIM 2 - NÃO

17. A residência possui banheiro privado: 1 – SIM 2 - NÃO

18. O carro de lixo da Prefeitura coleta o seu lixo quantas vezes por semana:

1 – Nenhuma vez 2 - uma ou duas vezes 3 - Mais de duas vezes 19. Qual a renda total da família:

1 – não tem renda 2 – de zero a meio salário mínimo 3 – de meio a um salário mínimo 4 – de um a dois salários mínimos 5 – de dois a três salários mínimos 6 – três a quatro salários mínimos 7 – de quatro a cinco salários mínimos 8 – de cinco a dez salários mínimos 9 – acima de dez salários mínimos

20. Qual a principal fonte de renda da família:

1 – Agricultura 2 – Aposentadoria 3 - Pensão

4 – Programas do Governo 5 – Trabalho assalariado 6 – Outras fontes: _______ 21 - Quais as outras fontes de renda da família?

(42)

4 – Programas do Governo 5 – Trabalho assalariado 6 – Outras fontes: _______

22 – É Agricultor? 1- Sim 2- Não

Caso seja agricultor:

É proprietário de terra?

SIM NÃO

Qual o tamanho da terra (tarefas): 2.1- de 1 a 2 tarefas 2.2- de 2 a 5 tarefas 2.3- de 6 a 10 tarefas 2.4- de 11 a 20 tarefas 2.5- mais de 20 tarefas

O que planta? (listar) 3.1- MILHO 3.2- FEIJÃO

3.3- MILHO E FEIJÃO

3.4- MILHO, FEIJÃO E ARROZ 3.5- OUTROS

O que cria?

4.1- Bovinos 4.2- Caprinos 4.3- Suínos 4.4- Aviários

4.5- MAIS DE 1(UMA) OPÇÃO

23 - A produção agrícola é apenas para o consumo da família? 1-SIM 2-NÃO

24- Tem televisão 1-SIM 2-NÃO 25 - Tem geladeira: 1-SIM 2-NÃO 26 - Tem telefone (qualquer tipo): 1-SIM 2-NÃO 27 - Tem equipamento de som: 1-SIM 2-NÃO 28 - Tem bicicleta? 1-SIM 2-NÃO 29 - Tem motocicleta? 1-SIM 2-NÃO 30 - Tem automóvel de passeio: 1-SIM 2-NÃO

31. Quantas pessoas da família trabalham?

32 – Onde trabalham? 1 – Na indústria:

(43)

3 – No comércio: 4 – Na agricultura:

33 – Quantas pessoas da família não trabalham?

34 – Em sua opinião, qual seria a maior carência da sua família? 1 – Renda

2 – Educação 3 – Coleta de lixo

Imagem

Figura 1 -  Localização do município de Aurora.
Tabela 1 - Pesos dos indicadores componentes do IES.
Tabela 2 - Pesos dos novos indicadores do IES.
Gráfico 1- Níveis de escolaridade na zona rural do Município.
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