Extensão Universitária e Políticas Públicas 10
JORNADA DE EXTENSÃO NA UFPA
PROGRAMAÇÃO
C U L T U R A L
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C U L T U R A L
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C U L T U R A L
Campus Universitário do Guamá
De 05 a 07 de dezembro de 2007
PROEX
U F P A
REALIZAÇÃO
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ARTES LUAMIM NA 10a. JORNADA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UFPA
Crianças do Programa Luamim em passeio no Museu Emilio Goeldi – Belém-PA; Fotos do arquivo
CANTO CORAL LUAMIM
Maestro: Augusto Neto (Acadêmico de Música)
Coordenação: Hedrícia Andrade(Acadêmica de Serviço Social)
Coralistas: Bianca Brasil. Etiene Lima, Ingrid Brasil, Francileno Souza, José Henrique Vieira
A Oficina de Canto Coral é a que menos desperta interesse das crianças e adolescentes. Onseridas no Programa. Identifica-se que a demanda é de membros de seitas evangélicas. Na X Jornada de Extensão o Grupo de Canto Coral Luamim cantará ROSA MARIA(D.P), BALAIO (D.P), FELICIDADE ( Lupcínio Rodrigues) e A NATUREZA Beethoven (Tema da 6ª sinfonia) Adapt: Nilsa Zimmermann., COCO PENERUÊ (D.P) , SALI, SALIÇÁ(D.P). Todas essas músicas fazem parte do IV volume do “Mundo encantado da música”, um trabalho de Nilsa Zimmermann, pesquisadora do folclore musical infantil brasileiro. O primeiro motivo dessa escolha é porque as canções trazem noções do andamento musical, proporciona a percepção dos sons graves: Dó, Si, Lá, Sol, além de trazer também conhecimento da classificação das vozes. E isso é o que tem sido trabalhado com as crianças. O segundo motivo é tentar trazer um pouco do repertório folclórico de outras regiões do Brasil, que as crianças não têm oportunidade de conhecerem, pois tanto na escola quanto no
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para tentar resgatar um pouco desse conhecimento cultural.
GRUPO PARAFOCLÓRICO ENCANTOS DO LUAMIM
DiDirreeççããoo MMuussiiccaall:: Dangle Afonso e Gilberto Santos (Acadêmicos de Música) CoCorreeoogrgraaffiiaa:: Alegria Soria ( bailarina e acadêmica de Pedagogia)
CoCooorrddeennaaççããoo:: Marcela Takeshita, Luciane Costa; Maria Miguelina da Conceição; Taís Leray da Silva (Acadêmicas de Serviço Social)
D
Daannççaarrininoos:s: Ana Carla Nepomuceno, Luciana Aires Rosa, Tatiane Marcillene Costa, Eline da Silva Melo e Geovane Trindade Marques
O grupo surgiu de uma iniciativa do projeto Ser Brasileiro, cujo público alvo são universitários ingressantes do Curso de Serviço Social, tendo como objetivo incentivar o conhecimento da formação do povo brasileiro através do estudo da arte e da cultura. A Oficina de Danças Folclóricas trata-se de atividade prevista no cronograma do projeto em que os alunos têm possibilidade de entrar em contato direto com expressões culturais, em especial as danças do Pará. O grupo existe há três meses e as atividades são desenvolvidas uma vez por semana, com o apoio dos acadêmicos de Música da UFPA e de uma coreógrafa voluntária.
GRUPO DE TEATRO LUAMIM
PePeççaa TTeeaattrraall:: Trabalhar ou brincar? Dá para conciliar? D
Diirreeççããoo:: Gleidson Pantoja (Artista Amador e acadêmico de Serviço Social) CoCooorrddeennaçaçããoo:: Walderney Cruz (Acadêmico de Serviço Social)
A
Attoorreess:: Alice Andrade, Diogo Rodrigues, Douglas Santos, Francilléia França.
A atividade artística no Programa Luamim tem como um de seus objetivos construir novas posturas que contribuam para o enfrentamento e superação de situações de vulnerabilidade social vivenciada no cotidiano de indivíduos moradores nos bairros Guamá e Terra Firme.
A oficina de teatro visa a formação artística de crianças e adolescentes, estimulando-lhes visão critica da realidade e desenvolvendo-lhes mecanismos de defesa, enfrentamento e fortalecimento.
Tem-se a expectativa de envolver professores, pais e outras pessoas da comunidade como expectadores, por se reconhecer a arte como poderoso mecanismo de intervenção nas diversas problemáticas vividas e trazidas pelos alunos participantes da oficina, desmistificando a idéia, ainda presente, de que a arte aliena o ser humano.
A construção da peça Trabalhar ou brincar? Dá para conciliar? contou com a participação e interesse dos jovens atores.
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Crianças participantes da Oficina de Teatro acompanhadas pelo instrutor Gleidson Pantoja (sentado) e coordenador das atividades Walderrney Cruz(em pé). Fotos do arquivo
PERFORMANCE A
A hhiissttóórriiaa ddee LLuuaammiimm, , oo ccuurruummiimm ddaa AAmmaazzôôniniaa
AuAutotorr,, DDiirretetoorr ee AAttoorr: Paulo Roberto Martins (poeta, fundador do Programa Luamim, em 1992) : O Programa Luamim, fundado em 1992 como desdobramento político do poema homônimo de Paulo Martins, publicado em 1991, descreve a história de Luamim, uma criança que vive em situação de risco pessoal e social nas ruas de uma grande cidade.
O Programa que, no ano corrente, recebeu o Selo Cultura Viva- 2ª edição, do Ministério da Cultura, como uma da 120 melhores iniciativas do Brasil, inscritas para o Prêmio, destina-se prioritariamente a crianças e adolescentes residentes nos bairros do Guamá e Terra Firme, com alto índice de migrantes do Nordeste paraense e do Nordeste do Brasil, residentes em áreas de ocupação, desprovidas não somente de equipamentos culturais, mas com precários equipamentos de saúde, saneamento e educação
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Paulo Martins em performance apresentada na II Jornada Científico-Cultural A Casa dos Luamins, em 2006. Fotos do Arquivo.
Luamim, um anjo urbano.
Paulo Roberto Martins Poeta, jornalista, Mestre em Serviço Social Se você encontrar um dia
uma noite
um anjo frio e sujo, míngua* com ele, pode ser criança pode ser Luamim. Luamim menino moreno,
medonho que nem pião que sonha
sonhador,
Luamim veio do campo para a cidade grande. Sonhando sujo, sem bando braços minguados de lua Luamim vive na rua dizem que vive voando Luamim tem asa, Lua,
mas não tem casa
“de verdade” Luamim não é anjo é criança,
como pode viver Luamim?
Afaga a lua que passa do outro lado do mundo
Luamim arteiro artista, engraxate.
Luamim “dá o brilho” no mundo. Um dia o vi despertando na praça-rua-mundo sorriso lindo atraente
mas o que teve dentes brancos já não sorri que se aproveite Luamim tem vergonha caíram seus destes de leite... Assim vive Luamim
na lua, do mundo, e dele contando estrelas que são poucas.
Luamim diz que estrela do mundo é fria mais distante que as do céu
que sempre vê de madrugada por isso dizem “vive na lua” esse menino,
com frio, catando estrelas.
Luamim quer saber
quer saber se na escola também tem estrelas
Luamim quer ver seu brilho ser, gente,
que nem estrela-do-céu.
Luamim vive no mundo da terra, mas prefere
o que avista perto e puro Luamim ama a cidade, mas não pode ser seu anjo senão
vira ‘anjo de verdade” Luamim não é anjo não pode ser anjo-da-guarda.
Luamim tem medo de crescer grande feito cidade
Luamim não quer crescer sem poder respirar profundo sem tamanho
sem cor sem brilho.
* Minguar- tornar-se pequeno, aproximar-se do pequeno, ou, no dizer de André Kisil, “descer ao chão e
perceber”. (Linguagem Viva)
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Bolsistas e voluntários do Programa Luamim:peças interventivas na realidade. Foto do Arquivo.