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ORMA
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RBANA DAS
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IDADES
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ORTUGUESAS
Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura
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ORMASU
RBANAS DASC
IDADES DEO
RIGEMP
ORTUGUESA
Antes da formação do Estado português,
várias cidades, além daquelas de origem
moura, já existiam em seu território.
Durante o Período bárbaro: há uma redução
da urbanização.
As cidades vêm-se reduzidas na sua
superfície, em vias de despovoamento e
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SF
ORMASU
RBANAS DASC
IDADES DEO
RIGEMP
ORTUGUESASéculo VIII - DOMÍNIO MUÇULMANO: ocorre uma expansão urbana.
A rede de cidades estabelecida pelos romanos
revitaliza-se, através do restabelecimento das suas funções administrativas e do renovar da atividade comercial.
Santarém, Lisboa, Setúbal, Évora, Alcácer do Sal,
Mértola e Silves surgem-nos como as principais
cidades do centro e do sul do território neste período.
Lisboa começa neste período a assumir-se como
grande metrópole comercial.
A norte do Tejo, Coimbra era a cidade de maior
Reconquista volta do poder cristão
Uma das primeiras preocupações foi eliminar qualquer
influência ou elemento que pudesse lembrar a presença muçulmana em parte do seu território por tempo tão significativo.
Mesquitas foram demolidas ou transformadas para
atender a ofícios religiosos cristãos e os edifícios públicos foram de tal forma descaracterizados que em nada podiam lembrar as técnicas, os elementos decorativos ou mesmo as características próprias da arquitetura muçulmana.
Séculos XI e XII
“renascer urbano”.
continuaram as disputas com os árabes no
sentido de garantir fronteiras
Aconteceram violentas guerras com os demais
reinos cristão da Espanha, que não reconheciam
o direito português de constituir-se como nação.
Portugal incluiu em seu território nacional regiões
que por 500 anos estiveram sob domínio mouro –
incorporação dos conhecimentos adquiridos
cidades portuguesas articulação da
A componente vernácula corresponde à cidade
que é construída sem o recurso a técnicos
especializados e em que se observa uma estreita
relação do traçado urbano com as características
topográficas dos seus locais de implantação
Este modelo de cidade tende a ser menos regular
e a ser estruturado fundamentalmente a partir de
funções e de edifícios singulares, civis ou
religiosos, situados em locais proeminentes da
malha urbana.
Estes edifícios localizados em posições
dominantes assumem uma importância
A componente erudita corresponde à participação de
técnicos especializados, detentores de um saber
intelectual, no desenho da cidade.
Este modelo de cidade tende a ser mais regular,
planejado e construído de acordo com um esquema
racional:
uma ordem geométrica pré-definida que estrutura um
traçado urbano, definindo hierarquia de vias e o local das edificações mais importantes.
Nas cidades de origem portuguesa cada uma destas
concepções espaciais acentua-se ou atenua-se conforme as circunstâncias históricas ou geográficas da sua
construção.
A adoção de modelos racionais na cidade portuguesa
Em Portugal estas duas componentes, vernácula e
erudita, vão-se sobrepondo e articulando ao longo dos
séculos, enquanto nas cidades ultramarinas, esta
dualidade está muitas vezes presente simultaneamente nas suas várias fases de construção.
A cidade portuguesa caracteriza-se sempre pela
síntese destas duas componentes, harmonizando
A cidade portuguesa deve muitas das suas
características à cultura urbana mediterrânica.
De entre estas características podemos destacar:
a sua localização privilegiada na costa marítima; a escolha de sítios elevados para a implantação dos núcleos defensivos;
a estruturação da cidade em dois níveis: a cidade alta, institucional e política, e a cidade baixa, portuária e comercial;
a cuidadosa adaptação do traçado das ruas às
características topográficas locais;
uma concepção de espaço urbano em que eram os edifícios localizados em posições dominantes que davam sentido e estruturavam os espaços
A SEGURANÇA , A MURALHA
Característica fundamental das cidades surgidas a
partir da reconquista é a preocupação com a segurança.
Mesmo nos menores núcleos, a construção ou mesmo
a manutenção da muralha tem lugar de destaque, o que faz desse elemento parte decisiva da paisagem que se pretende urbana .
A muralha vai ser também elemento utilizado para
demonstrar o surto de crescimento das cidades,
tendo em vista a constante construção de novas cintas abarcando áreas cada vez maiores do que aquelas contidas no interior do sítio primitivo.
A área amuralhada constituía um precioso indicativo
Em Portugal, a segunda metade do século XVII,
correspondendo ao período da guerra da
Restauração, após o domínio filipino, vai determinar a fortificação de muitas vilas e cidades fronteiriças, de acordo com as modernas regras de fortificação, e provocar a reestruturação das sua malhas urbanas.
Mas o grande campo de desenvolvimento do
urbanismo português, dos séculos XVI a XVIII, foram os territórios ultramarinos, através da fundação de fortes, de feitorias e de núcleos
urbanos ao longo das costas da África, do Brasil, da
O Castelo de Silves, no Algarve, em
Portugal. Constitui-se no maior castelo da região algarvia, sendo considerado como o mais belo exemplo da
arquitetura militar islâmica no país. Castelo dos Mouros em Sintra
em Portugal - Construído pelos mulçumanos no século IX.
Castelo de Mértola que a partir do século VIII conheceu a dominação muçulmana, os quais foram
Outra característica relacionada com a defesa é o
fato de estarem situadas sempre em um sítio
elevado, o que compromete seu traçado de forma inequívoca, pela topografia do terreno.
A irregularidade das ruas e a distribuição das
diversas atividades econômicas dentro da malha urbana, assim como o uso que se faz das vias, acontecem de forma diferente em cada cidade.
A civilização islâmica foi essencialmente urbana. Os muçulmanos tinham preocupações com a
escolha do sítio para a implantação das suas
cidades, que só se construíam em locais de águas
T
RAÇADO URBANOP
ORTUGUÊS E DOB
RASILC
OLÔNIA
articulação com as características físicas do
território.
A escolha do sítio era a primeira forma de
relação com o território.
muitas cidades portuguesas - incluindo Lisboa,
Porto, Coimbra - tinham o seu núcleo primitivo
localizado no topo de uma colina proeminente, a
partir do qual a cidade se desenvolvia.
A localização destes núcleos urbanos em pontos
dominantes do território, em locais de difícil
acesso e facilmente defensáveis, bem como as
cortinas de muralhas que geralmente os
Muitas cidades portuguesas eram construídas na costa
marítima ou nas margens de rios, dadas as
atividades comerciais a que estavam associadas.
Esta localização costeira, associada à escolha de
sítios elevados para a implantação do núcleo original, levou a que a maior parte destas cidades estivesse organizada em dois níveis - a cidade alta e a cidade baixa – com funções e características bem distintas.
A cidade alta era a
sede do poder civil
e religioso, enquanto a cidade baixa era o
local onde se
desenvolviam as
O ESPAÇO URBANO DA RUA
O espaço livre da rua possui uma carga de valor muito
forte, o que leva à implantação de um considerável número de locais públicos com usos distintos dentro da malha urbana.
Em todo o período encontramos vias de importância
fundamental dentro dos núcleos, assumindo funções de eixo condutor e gerador do espaço urbano.
RUA DIREITA: função de eixo ordenador; faz a
ligação das duas principais portas da cidade,
transformando-se, a partir daí, na estrada que leva ao núcleo mais próximo, podendo ser ainda aquela que liga pontos importantes como a igreja, a feira, a
Rua Direita, São Paulo, 1862
Vai da Misericordia (Largo da Sé) a Igreja de Santo
RUA NOVA: A partir dos
anos finais do século XIII vai surgir também como
elemento de grande valor urbano a chamada “rua
nova”, que vem a se
constituir no principal núcleo
de comércio e que vai se
transformar no verdadeiro coração da cidade.
No geral, o que se tem em
relação às ruas é que cada uma delas é conhecida pela principal atividade que aí se desenvolve, podendo ser encontrada uma rua dos sapateiros, uma rua dos
açougues e assim por diante.
A PRAÇA
Outro elemento que muito bem caracteriza a cidade
cristã desse período é exatamente a existência dessa praça central, destinada principalmente ao mercado ou à igreja, além de outras manifestações e usos públicos.
Em várias cidades reconquistadas, principalmente
A DIVISÃO DOS BAIRROS
As cidades cristãs do medievo português estavam
organizadas em paróquias, cada uma com sua igreja, seu cemitério, suas confrarias etc, constituindo
pequenos mundos, ou microcosmos, dentro da própria cidade.
Outra forma de divisão interna dos núcleos urbanos era
aquele relacionado à segregação dos grupos étnicos minoritários, notadamente dos mouros e judeus, cujos bairros recebiam os nomes de mouraria e judiaria.
As mourarias mais concentradas na região sul,
enquanto as judiarias podiam ser vistas com uma distribuição mais regular por todo o país. Ambos
Q
UARTEIRÕES EL
OTES Os traçados regulares, concebidos de acordo com um
padrão geométrico, tendem para uma organização ortogonal de ruas e quarteirões.
Conjunto de quarteirões com forma retangular
alongada, cada um deles constituído por uma sucessão
de estreitos lotes urbanos paralelos, orientados no mesmo sentido, com uma face para uma rua principal e outra face para uma rua de traseiras.
Cada quarteirão era composto por um número idêntico
de lotes e as dimensões (das ruas, dos quarteirões e
dos lotes) eram constantes dentro de cada cidade.
Os lotes urbanos variavam geralmente entre os 25 e os
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IDADES DEE
XPANSÃOU
LTRAMARINHA Os sítios escolhidos para a implantação inicial destes
núcleos urbanos apresentam características idênticas em muitos casos: amplas baías abrigadas viradas a Sul, com ótimas condições de porto natural, protegidas nos extremos por morros, promontórios ou ilhas que
asseguravam a fácil defesa da entrada do porto e da cidade.
Um caminho ao longo da costa, paralelo ao mar,
constituía a estrutura primordial de ocupação do
Uma forma de povoamento linear desenvolvia-se ao
longo deste caminho que, em muitos casos, virá a transformar-se na rua principal do aglomerado e continuará a ser, até hoje, a rua principal da cidade.
Numa fase subsequente desenvolviam-se uma ou duas
outras ruas, paralelas à primeira e a curta distância desta para o interior e algumas transversais de
pequena dimensão que as ligavam. Estruturava-se assim um pequeno número de quarteirões, de forma sensivelmente retangular, com a maior dimensão
paralela à linha de costa.
Enquanto as fases iniciais de implantação eram da
responsabilidade dos próprios colonos, fases
posteriores de desenvolvimento contariam já
provavelmente com o apoio de especialistas que
faziam a arruação ordenada das novas expansões,
adotando princípios urbanizadores e referências
C
IDADE DEO
RIGEME
SPANHOLA Seguem as Ordenações Felipinas:
Traçado regular: tabuleiro de ruas retilíneas,
que definem quarteirões iguais, quase sempre
quadrados.
Ao centro, suprimindo-se ou diminuindo
algumas quadras, forma-se a Praça, sobre a
qual se debruçam os edifícios mais
importantes: a igreja, o paço municipal e as
casas dos colonos e mercadores mais
ricos.
Não eram previstas a construção de edifícios a curto
A cidade pode crescer e o tabuleiro poderia ser
reproduzido em qualquer uma das direções.
O limite da cidade é sempre provisório, não havia
necessidade de muros (exceção: cidades da costa).
A uniformidade do tabuleiro não permite adaptações
ao caráter dos lugares.
O desenho inicial estabelecido no século XVI pode
servir de modelo para o crescimento da cidade até o Século XIX.
P
RESCRIÇÕES DOC
ONSELHO DASÍ
NDIAS(
ÓRGÃO DE ASSESSORIA DO REI)
Modelo geométrico:
Apresentavam uma praça central, a Praça Maior ou
Praça de Armas;
um conjunto de praças secundárias, definidas segundo
interesses predeterminados;
conjunto de ruas dispostas em xadrez, que delimitavam
as quadras residenciais.
Em seguida os espaços urbanos eram divididos entre
os diversos habitantes;
delimitavam-se áreas para os principais edifícios e
ordens religiosas.
A praça principal deveria ter seu tamanho proporcional
NAS COLÔNIAS...
Estes modelos urbanos, tanto o português quanto o
espanhol, foram reproduzidos nas colônias americanas.
No Brasil temos poucas cidades surgidas no
período Filipino e que seguem as prescrições do Conselho.
A maioria das cidades brasileiras segue o modelo
português, já enraizado na cultura popular. O que vai diferenciar a cidade real da que surge
espontaneamente é via de regra a largura da via principal e a construção imediata da casa de
B
IBLIOGRAFIA:
COELHO, Gustavo Neiva. O Espaço Urbano em Vila
Boa. Goiânia: UCG, 2001.
FERNANDES, José Manoel. A Arquitectura. Lisboa:
Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1991.
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/cartografia_po
tuguesa/textos/textos2/textos_06.htm