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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO CIÊCIAS AGRÁRIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE AGRONOMIA MOISÉS BENTO TAVARES

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO CIÊCIAS AGRÁRIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE AGRONOMIA

MOISÉS BENTO TAVARES

EFEITO DO SOMBREAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PAU MOCÓ (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke) E PEREIRO (Aspidosperma

pyrifolium Mart. & Zucc.)

MOSSORÓ 2019

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MOISÉS BENTO TAVARES

EFEITO DO SOMBREAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PAU MOCÓ (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke) E PEREIRO (Aspidosperma

pyrifolium Mart. & Zucc.)

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.

Orientador: Prof. Dr. Jeferson Luiz Dallabona Dombroski

MOSSORÓ 2019

(3)

©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Central Orlando Teixeira (BCOT)

Setor de Informação e Referência (SIR)

Setor de Informação e Referência Bibliotecário-Documentalista

Nome do profissional, Bib. Me. (CRB-15/10.000) MOISÉS BENTO TAVARES

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EFEITO DO SOMBREAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PAU MOCÓ (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke) E PEREIRO (Aspidosperma

pyrifolium Mart. & Zucc.)

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.

Defendida em: 21 / 03 / 2019.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Alan Cauê de Holanda (UFERSA) Membro Examinador

(UFERSA)

Prof. Dra. Rejane Tavares Botrel (UFERSA) Membro Examinador

(5)

Dedico Ao meu pai, Ernando Tavares, à minha mãe, Cleide Bento, à minha irmã Débora, à minha prima Kátia, por todo apoio e incentivo, mesmo de longe me dão todo apoio. Acima de tudo, dedico a Deus tudo o que foi feito com sua graça e seu amor sem os quais nada é, ou, seria possível.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, que está acima de todos e de tudo. Ao Deus que de graça nos dá de beber da fonte de águas vivas que é Cristo, Cristo este que foi meu melhor amigo e companheiro nesta jornada acadêmica bem como, em toda a minha vida.

Agradeço aos meus pais, Ernando Tavares de Almeida e Cleide Bento da Silva, por todo o apoio, por todo o cuidado que dedicaram a mim e por serem eles o que são, duas pessoas maravilhosa as quais me servem de exemplo de vida a seguir.

Agradeço ao grupo de orações Conhecendo a Cristo por todo o apoio espiritual e também pela amizade de cada membro que o compõe. Pois sei, que verdadeiramente estes são irmão que tenho em Cristo. Agradeço aos meus amigos da casa 15 por tudo, pois são todos de fato bravos guerreiros, com os quais tive a honra de estar lado a lado nessa longa batalha chamada graduação.

Agradeço ao orientador Jeferson Luiz Dallabona Dombroski, acima de tudo por toda a paciência que teve para comigo e, também todo o conhecimento transmitido, além do fato de ser um excelente orientador que me deu apoio, confiança, respeito e atenção e, isto não tem preço.

Agradeço à Banca Examinadora pela disponibilidade em avaliar este trabalho com honestidade, pois sei que são profissionais competentes e plenamente capazes de executar esse feito.

Agradeço aos meus Amigos Peter Jon-Dumas, Amanda Coutinho, Jackson Pereira, Mariana Alencar e Maria Kátia Pereira por todo o incentivo, por toda a colaboração que me prestaram ao longo de toda essa jornada. Aos demais que não são mencionados neste enunciado Deus sabe que sou grato a todos que também participaram ao meu lado de toda essa empreitada.

(7)

É uma disciplina que promove, com visão integrada, o gerenciamento e o compartilhamento de todo o ativo de informação possuído pela empresa. Esta informação pode estar em um banco de dados, documentos, procedimentos, bem como em pessoas, através de suas experiências e habilidades.

Gartner Group

(8)

RESUMO

Ainda se conhece muito pouco sobre o comportamento das espécies arbóreas nativas da Caatinga, desde quais são seus nichos ecológicos, sua capacidade e mecanismos de adaptação a fatores de estresse, quais as condições ótimas de cultivo, ou ainda quais as condições de cultivo que produzem as mudas ótimas para programas de restauração. O cultivo em ambiente sombreado fornece informações sobre a adaptação das espécies tanto à luz, quanto à temperatura e a umidade relativa do ar. O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes níveis de sombreamento no desenvolvimento inicial de mudas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e Pau mocó (Luetzelburgia auriculata). O experimento foi conduzido em área experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso e os tratamentos aplicados corresponderam a quatro níveis de sombreamento (0, 30, 50 e 70%). Cada tratamento contou com três repetições e as unidades experimentais constituíram-se de quatro mudas de cada espécie por repetição para as avaliações não destrutivas enquanto que, para a avaliação destrutiva as unidades experimentais foram constituídas por duas mudas de cada espécie por repetição. As plantas de pereiro mantidas a 30 e 50% de sombreamento apresentaram maiores alturas da parte aérea com médias de 38,26 e 40,98 cm, respectivamente e também apresentaram melhor Índice de Robustez com média de 5,34 para 30% de sombra, 6,65 para 50%. As plantas de pau mocó. As plantas de Pau mocó apresentaram as maiores alturas sob 50%, com 18,28 cm, e tendência de maiores massas a 30%, com 12,33g. Os resultados indicam que plantas de pereiro e pau-mocó se ajustam melhor a luminosidades intermediárias, entre 30 e 50%. Plantas a pleno sol tendem a apresentar menor crescimento em massa, enquanto que os níveis mais elevados de sombreamento apresentam menor IQD.

Palavras-chave: Ajuste morfológico. Área foliar. Sucessão Florestal. Caatinga. Estiolamento

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Altura de mudas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) , em função do nível de sombreamento, desde o transplantio até 86 dias após o transplantio. Mossoró, 2019. ... 16 Figura 2. Alturas de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) conforme o

nível de sombreamento,obtidas à partir da análise destrutiva, aos 98 Dias Após o Transplantio (DAT), Mossoró, 2019. ... 17 Figura 3. Diâmetro do Coleto de mudas de pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.),

em função do nível de sombreamento desde o transplantio até 86 DAT. Mossoró, 2019.

... 19 Figura 4. Diâmetro do coleto de plantas de Pereiro conforme o nível de sombreamento, aos

98 DAT, Mossoró, 2019. ... 20 Figura 5. Número de Folhas de plantas de Pereiro conforme o nível de sombreamento, aos 98

DAT, Mossoró, 2019. ... 21 Figura 6. Número de Folhas de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.)

conforme o nível de sombreamento, aos 98 dias após o transplantio, Mossoró, 2019... 22 Figura 7. Comprimento da Raiz (CR) de plantas de Pereiro conforme o nível de

sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 23 Figura 8. Massa Seca da Raiz (MSR) de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart.

& Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 24 Figura 9. Massa Seca do Caule (MSC) de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart.

& Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 25 Figura 10. Massa Saca Foliar (MSF) de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. &

Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 26 Figura 11. Massa Seca da Parte Aérea de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart.

& Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 28 Figura 12. Massa Seca da Total de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. &

Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 29 Figura 13. Área Foliar (AF) de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.)

conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 30 Figura 14. Razão de Peso das Folhas (RPF) de plantas de pereiro (Aspidosperma pyrifolium

Mart. & Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 31

(10)

Figura 15. Relação MSPA/MSR de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. &

Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 32 Figura 16. Quocientee de Robustez (QR) para plantas de pereiro (Aspidosperma pyrifolium

Mart. & Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 33 Figura 17. Área Foliar Específica (AFE), de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium

Mart. & Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 35 Figura 18. Razão de Área Foliar (RAF), de de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium

Mart. & Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 36 Figura 19. Índice de Qualidade de Dickson (IQD) de plantas de pereiro Pereiro

(Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 37 Figura 20. Altura de mudas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke), em

função do nível de sombreamento, desde o transplantio até 86 DAT. Mossoró, 2019. ... 38 Figura 21. Alturade de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke)

conforme o nível de sombreamento, aos 98 dias após o transplantio, Mossoró, 2019... 39 Figura 22. Diâmetro do colo de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemão)

Ducke) em função de sombreamento, desde o transplantio até 86 DAT. Mossoró, 2019.

... 41 Figura 23. Diâmetro do coleto (DC) de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata

(Allemão) Ducke) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 42 Figura 24. Número de Folhas de plantas de Pau mocó conforme o nível de sombreamento,

aos 98 DAT, Mossoró, 2019 ... 43 Figura 25. Número de Folhas de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemão)

Ducke) sob sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 44 Figura 26. Comprimento da Raiz (CR) de plantas de Pau mocó sob sombreamento, aos 98

DAT, Mossoró, 2019. ... 45 Figura 27. Massa Seca da Raiz (MSR) de plantas de Pau (Luetzelburgia auriculata (Allemão)

Ducke) mocó conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 46 Figura 28. Massa Seca da Caule (MSC) de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata

(Allemão) Ducke) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 46 Figura 29. Massa Saca Foliar (MSF) de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata

(Allemão) Ducke) sob sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 47 Figura 30. Massa Seca da Parte Aérea de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata

(Allemão) Ducke) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 49

(11)

Figura 31. Massa Seca da Total (MST) de plantas de Pau mocó sob sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 50 Figura 32. Razão de Peso das Folhas (RPF) de plantas de de Pau mocó (Luetzelburgia

auriculata (Allemão) Ducke) sob sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 51 Figura 33. Relação MSPA/MSR de plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata

(Allemão) Ducke) conforme o nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 52 Figura 34. Quociente de Robustez (IR) para plantas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata

(Allemão) Ducke) sob sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 53 Figura 35. Área Foliar (AF) de plantas de Pau mocó conforme o nível de sombreamento, aos

98 DAT, Mossoró, 2019. ... 54 Figura 36. Área Foliar Específica (AFE), de plantas de Pau mocó sob sombreamento, aos 98

DAT, Mossoró, 2019. ... 55 Figura 37. Razão de Área Foliar (RAF), de de plantas de Pau mocó conforme o nível de

sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 56 Figura 38. Índice de Qualidade de Dickson (IQD) de plantas de pereiro Pau mocó conforme o

nível de sombreamento, aos 98 DAT, Mossoró, 2019. ... 57

(12)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Resumo do teste de Tukey a 5% de significância para as variáveis: H = altura, NF = Numero de Folhas, DC = Diâmetro do Colo, CR = Comprimento da Raiz, MSR = Massa Seca da Raiz, MSC = Massa Seca do Caule e MSF = Massa Seca das Folhas. ... 18 Tabela 2. Resumo do Teste de Tukey para as variáveis MSF, MSPA, MST, RPF,

MSPA/MSR, QR, AF, AFE, RAF e IQD. ... 27 Tabela 3. Resumo do teste de Tukey a 5% de significância para as variáveis: H = altura, NF =

Numero de Folhas, DC = Diâmetro do Colo, CR = Comprimento da Raiz, MSR = Massa Seca da Raiz, MSC = Massa Seca do Caule e MSF = Massa Seca das Folhas. ... 40 Tabela 4. Resumo do Teste de Tukey para as variáveis MSF, MSPA, MST, RPF,

MSPA/MSR, QR, AF, AFE, RAF e IQD. ... 48

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AF Área Foliar

AFE Área Foliar Específica ATP Adenosina Tri Fosfato CR Comprimento da Raiz DAT Dias após o transplantio DC Diâmetro do Coleto H Altura da parte aérea

IQD Índice de Qualidade de Dickson IR Índice de Robustez

MSC Massa Seca do Caule MSF Massa Seca das Folhas MSPA Massa Seca da Parte Aérea MSR Massa Seca da Raiz

MST Massa Seca Total

NADPH Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Fosfato NF Número de Folhas

RAF Razão de Área Foliar RPF Razão de Peso das Folhas

SUDENE Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 13

SUMÁRIO 14

1 INTRODUÇÃO 1

2 REVISÃO DE LITERATURA 3

2.1 Bioma Caatinga 3

2.2 Características climáticas 4

2.3 Vegetação 5

2.4 Degradação ambiental 6

2.5 Recuperação e restauração de áreas degradadas 6

2.5.1 Levantamento Fitossociológico 8

2.6 Qualidade de Mudas florestais 9

2.6.1 Pereiro (Aspidosperma pyrifolium) 10

2.6.2 Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemao) Ducke) 10

2.7 Sombreamento 11

3 MATERIAL E MÉTODOS 13

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 15

4.1 Pereiro (Aspidosperma pyrifolium) 15

4.1.1 Altura (H) 15

(15)

4.1.2 Diâmetro do coleto (DC) 18

4.1.3 Número de folhas (NF) 21

4.1.4 Comprimento da raiz (CR) 23

4.1.5 Massa seca da raiz (MSR) 23

4.1.6 Massa seca do caule (MSC) 25

4.1.7 Massa seca das folhas (MSF) 25

4.1.8 assa seca da parte aérea (MSPA) 27

4.1.9 Massa seca total (MST) 28

4.1.10 Área foliar (AF) 29

4.1.11 Razão de peso foliar (RPF) 30

4.1.12 Relação MSPA/MSR 32

4.1.13 Índice de Robustez (IR) 33

4.1.14 Área foliar específica(AFE) 34

4.1.15 Razão de Área Foliar (RAF) 35

4.1.16 Índice de Qualidade de Dickson (IQD) 36

4.2 Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemao) Ducke) 37

4.2.1 Altura (H) 37

4.2.2 Diâmetro do coleto (DC) 40

4.2.3 Número de folhas (NF) 42

4.2.4 Comprimento da raiz (CR) 44

4.2.5 Massa seca da raiz (MSR) 45

4.2.6 Massa seca do caule (MSC) 46

4.2.7 Massa seca das folhas (MSF) 47

4.2.8 Massa seca da parte aérea (MSPA) 48

4.2.9 Massa seca total (MST) 49

4.2.10 Razão de Peso Foliar (RPF) 50

4.2.11 Relação MSPA/MSR 51

4.2.12 Índice de Robustez (IR) 52

4.2.13 Área Foliar (AF) 53

4.2.14 Área Foliar Específica (AFE) 54

4.2.15 Razão de Área Foliar (RAF) 55

4.2.16 Índice de Qualidade de Dickson (IQD) 57

(16)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 57

6 REFERÊNCIAS 58

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1 INTRODUÇÃO

O bioma Caatinga apresenta uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, as quais são adaptadas às condições edafoclimáticas predominantes, como por exemplo, regime irregular de precipitações, clima semiárido, altas temperaturas, solos salinos e outras adversidades. Em épocas de aquecimento global, esses fenômenos são magnificados, gerando uma pressão desertificante.

Por outro lado, há o interesse em restaurar áreas na Caatinga, para efeitos legais, ambientais ou sociais. A restauração de áreas degradadas é uma atividade geralmente complicada por vários aspectos, de ordem econômica, ecológica, legal, ou simplesmente por falta de conhecimento sobre a forma de interação dessas relações complexas. A restauração na Caatinga é especialmente desafiadora pela forte pressão ambiental, com baixas sobrevivência e taxas de crescimento das espécies reintroduzidas.

O processo mais efetivo de recomposição arbórea é através do uso de mudas produzidas sob condições controladas e reintroduzidas no ambiente a restaurar. Isso implica em domínio da cadeia de produção de mudas para cada espécie.

As mudas produzidas, por sua vez, devem ser vigorosas, com boa qualidade no ato do plantio, para que possam sobreviver nas condições de campo e isto só é obtido se, durante a etapa de produção, forem dadas as condições ambientais adequadas ao desenvolvimento da espécie (FONSECA; CRUZ, 2004). A formação de mudas vigorosas permite maior chance de sucesso no estabelecimento das plantas, bem como maximiza seu crescimento ao diminuir o tempo de transplante para o campo.

O vigor das mudas pode ser verificado, de maneira prática, rápida e fácil, observando- se parâmetros morfológicos (FONSECA et al., 2002) ou realizando análises do crescimento em mudas sob diferentes condições de luminosidade e disponibilidade de água e de nutrientes.

Muitos critérios podem ser adotados para a determinação da qualidade de mudas, como comprimento das raízes, ou, até mesmo o número de folhas.

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Um bom parâmetro que vem sendo empregado para avaliação de vigor de mudas é o Índice de Qualidade de Dickson (IQD). Este vem sendo adotado amplamente porque é calculado em função de múltiplas variáveis como altura da parte aérea, diâmetro do colo, fitomassa seca das raízes, fitomassa seca da parte aérea, que é composta pela fitomasa seca das folhas mais a fitomassa seca do caule (DICKSON et al., 1960).

Na avaliação da qualidade e vigor de mudas é comum testar-se a resposta da espécie em relação a diferentes condições ambientais. O sombreamento é um dos fatores que influenciam o desenvolvimento de mudas em fase de viveiro, particularmente porque o sombreamento provoca diminuição da luminosidade. A luz exerce papel de destaque sobre todos os estágios do desenvolvimento vegetal (SILVA et al., 2007). Segundo Scalon et al.

(2003), os diferentes graus de luminosidade causam, em geral, mudanças morfológicas e fisiológicas na planta, sendo que o grau de adaptação é ditado por características particulares de cada espécie em interação com seu meio. Ainda, a condução de plantas sob níveis diversos de sombreamento gera informações sobre a capacidade adaptativa ao ambiente luminoso, da capacidade de crescimento das plantas (o que ajuda a posiciona-las como estrategistas R ou K), e até mesmo sobre as estratégias adaptativas da espécie estudada.

Além da luz, o sombreamento afeta a temperatura do ar e a umidade relativa do ar (URA), reduzindo a temperatura e aumentando a URA nos locais mais sombreados. Esse fenômeno tem uma interação complexa quando há plantas no ambiente, pois elas são capazes de modificar a URA local com a sua transpiração (E), e a URA, por sua vez, afeta tremendamente a condutância estomática (gs) (maior URA maior gs). Ainda, a conversão de água em vapor, durante a transpiração, absorve calor do ambiente, folhas e ar, reduzindo a temperatura.

Em trabalhos que estudam a resposta das plantas ao sombreamento podem ser feitas inferências sobre a qualidade das mudas, objetivando boa adaptação e crescimento após o plantio definitivo. Segundo Lima et al., (2008), se faz necessário determinar os fatores que vão afetar a sobrevivência e o desenvolvimento inicial das mudas no campo ainda durante a fase de viveiro, bem como as características fisiológicas da planta que melhor correlacionam com essas variáveis.

O sombreamento artificial realizado através do uso de telas do tipo “sombrite” é um método muito utilizado no estudo das necessidades luminosas das diferentes espécies em

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condições de viveiro, por ser uma prática capaz de isolar e quantificar o efeito da intensidade luminosa e fornecer às parcelas experimentais condições uniformes de iluminação, quando comparadas aos estudos em condições naturais (RÊGO; POSSAMAI, 2006).

Ramos (2004), ao analisar o desenvolvimento inicial de cumaru (Amburana cearensis Allemão), que pertence à família Fabaceae, concluiu que o nível de sombreamento que proporcionou melhor qualidade às mudas produzidas foi de 0%, considerando que esse nível proporcionou maior acúmulo de fitomassa ao sistema radicular.

Sousa e Freire (2018), analisando o desenvolvimento e qualidade de mudas de Craibeira, (Tabebuia aurea) verificaram que entre os três níveis de sombreamento testados (0%; 50%; 70%), o nível de 50% proporcionou o maior IQD. Por outro lado, Melo e Cunha (2008), ao estudarem o crescimento inicial de mudas de mulungu (Erythrina velutina Wild.) sob sombreamento: 0 (pleno sol), 20, 40, 60 e 80%, obtiveram os melhores maior altura em mudas submetidas a 80% de sombreamento.

São poucos ainda os estudos direcionados às plantas da Caatinga. Não há ainda trabalhos que norteiem à produção de mudas destas espécies (Pau mocó e Pereiro) no tocante a obtenção de mudas de qualidade, bem como da sua resposta ao sombreamento.

Assim, o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de obter informações sobre os efeitos do sombreamento no desenvolvimento de mudas de Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke) e também de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) que são espécies do Bioma Caatinga, de interesse para utilização em programas de reflorestamento e de recuperação de áreas degradadas.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Bioma Caatinga

A Caatinga caracteriza-se como um bioma de características únicas e, até pouco tempo, era considerado como sendo exclusivo do território brasileiro. Sua área é de 844.453 km2. É limitada a leste e a oeste pelas florestas Atlântica e Amazônica, respectivamente, e ao sul pelo Cerrado. A Caatinga está situada entre os paralelos 3° e 17°S e meridianos 35° e

(20)

45°W, e cobre 9,92% do território nacional. Geomorfologicamente localiza-se nas depressões interplanálticas (300-500m), expostas a partir de sedimentos do Cretáceo ou Terciário que cobriam o escudo brasileiro basal do pré-cambriano (SILVA et al., 2004; IBGE, 2004;

ROCHA et al., 2007; AB’SABER, 1977).

O termo “caatinga” é de origem Tupi e significa “mata branca”, referindo-se ao aspecto da vegetação durante a estação seca, quando a maioria das árvores perde as folhas e os troncos esbranquiçados e brilhantes dominam a paisagem (PRADO, 2003). O termo designa uma vegetação dominante que se estende por quase todos os Estados do Nordeste e parte de Minas Gerais.

Em termos de conhecimento científico pode-se afirmar que este é o bioma nacional a respeito do qual menos se sabe, pois, há poucos estudos realizados em termos de ecologia das espécies, potencial produtivo das espécies arbóreas, recursos florestais (madeireiros e não madeireiros) entre outros. Em termos de degradação, no entanto, o cenário é bem diferente, pois a Caatinga é hoje o bioma mais ameaçado do Brasil. A exploração contínua dos recursos naturais e a devastação generalizada da cobertura vegetal nativa dessa região vêm provocando impactos ambientais de grande magnitude, inclusive a desertificação (SAMPAIO;

MENEZES, 2002).

2.2 Características climáticas

A caatinga é caracterizada por apresentar clima muito quente, que se enquadra no tipo Bsh de Köppen, com taxas de evaporação altas e insolação forte. Prevalecem temperaturas médias anuais entre 24 a 26º C. A vegetação é submetida à deficiência hídrica durante grande parte do ano, devido à baixa pluviosidade, má distribuição das chuvas, elevada taxa de evapotranspiração e baixa capacidade de retenção de água dos solos, em geral rasos e pedregosos (DUARTE, 1999; ANDRADE LIMA, 1989; TROVÃO et al., 2007).

A precipitação média anual varia entre 240 e 1.500mm, mas metade da região recebe menos de 750 mm e algumas áreas centrais menos de 500mm. A estação chuvosa é curta, durando de três a cinco meses, e a estação seca é longa, durando de sete a nove meses, podendo se estender por anos. A Caatinga é caracterizada por um sistema de chuvas extremamente irregular de ano para ano, resultando em secas severas periódicas. O número de

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meses secos aumenta da periferia para o centro da região, e algumas localidades experimentam períodos de sete a onze meses de baixa disponibilidade de água para as plantas (SAMPAIO, 1995; PRADO, 2003; KROL et al., 2001; CHIANG , KOUTAVAS, 2004).

2.3 Vegetação

A vegetação de caatinga é uma formação composta de xerófilas de porte arbóreo, arbustivo e herbáceo, com elevada diversidade de espécies (DAMASCENO et al., 2010). A distribuição das plantas se dá de forma espaçada e há predomínio de espécies espinhosas, e completa caducifolia da maior parte de suas espécies (LEAL, 2005).

Apresenta flora única, formada por uma vasta biodiversidade, rica em recursos genéticos e de vegetação constituída por espécies lenhosas, herbáceas, cactáceas e bromeliáceas. Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, das quais 318 são endêmicas, pertencentes a 42 famílias, incluindo tanto plantas de áreas arenosas como rochosas (ANDRADE LIMA, 1989; TROVÃO et al., 2007; ROCHA, 2007;

GIULIETTI et al. 2002, 2004).

A vegetação arbórea é rala, esparsa e fragmentada. A caatinga arbórea está restrita às manchas de solos ricos em nutrientes e as florestas mais úmidas, chamadas de brejos de altitude. A paisagem é dominada por uma vegetação arbustiva, ramificada e espinhosa, com muitas euforbiáceas, bromeliáceas e cactáceas. As folhas e as flores são produzidas em um curto período de chuvas e a caatinga permanece “dormente” durante a maior parte do ano. A vegetação herbácea também cresce somente durante as chuvas curtas e esparsas (PRADO, 2003; ANDRADE LIMA, 1982; COIMBRA FILHO & CÂMARA, 1996; RIZZINI et al., 1988).

Ao longo dos anos têm ocorrido vários debates em relação à origem da vegetação da caatinga, mas resultados de estudos recentes sugerem que a caatinga é parte de uma floresta tropical seca sazonal que ocupou grandes áreas da América do Sul em períodos mais secos e frios durante o Pleistoceno (PENNINGTON et al., 2000, 2004).

(22)

2.4 Degradação ambiental

Degradação ambiental é todo processo decorrente de impactos negativos que afetam a qualidade de determinados ambientes modificando seu estado original e, consequentemente, provocando alterações adversas das características do meio ambiente. É qualquer alteração adversa dos processos, funções ou componentes ambientais, ou alteração adversa da qualidade ambiental. (SILVA et al., 2009; SÁNCHEZ, 2006).

Os desmatamentos, seguidos de queimadas e a falta de manejo adequado das culturas e do solo, ocasionam uma degradação múltipla como a erosão física, química e microbiológica, levando a uma drástica redução da capacidade de reabilitação natural da área (BARBOSA et al., 2003; PIOLLI et al., 2004).

Atualmente, a caatinga vem sofrendo severa antropização, com desmatamento, extrativismo de produtos vegetais e animais, agricultura de “sequeiro” e pecuária extensiva, o que vem prejudicando sensivelmente a existência de algumas espécies (KIILL, 2007).

A utilização de lenha obtida da caatinga como combustível é um dos grandes responsáveis pelo desmatamento deste bioma, principalmente para o abastecimento dos fornos das cerâmicas que produzem telhas, tijolos e lajotas para a construção civil. Essa atividade contribui ainda de outra forma com a degradação, isto é, através da remoção do solo argiloso de leitos de rios onde se localizam matas ciliares que protegem esses mananciais do assoreamento (GALINDO et al., 2005). Tal desrespeito à natureza vem provocando o desequilíbrio dos recursos hídricos (rios, riachos, lagoas, nascentes, mananciais, fontes d’água, entre outros), das comunidades vegetais, dos animais domésticos e silvestres e do próprio homem.

2.5 Recuperação e restauração de áreas degradadas

A recuperação ambiental é um termo abrangente que designa a aplicação de técnicas de manejo visando tornar o ambiente degradado apto para um novo uso produtivo, desde que sustentável. Tem como objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização de acordo com o plano preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de estabilidade do meio ambiente (SÁNCHEZ, 2006; SILVA et al., 2009).

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Do ponto de vista ecológico, a restauração ambiental busca restabelecer um ecossistema que ocupava originalmente um determinado local, através do restabelecimento de suas funções. Assim sendo, não consiste de ações isoladas, e sim de um conjunto de atividades que têm por objetivo recompor a paisagem que foi perturbada (PRIMACK &

RODRIGUES, 2001; ALVES & SOUZA, 2008).

O sistema que vem obtendo mais êxito nos projetos de recuperação/restauração ambiental é baseado na sucessão florestal, porque favorece a rápida cobertura do solo e garante a auto renovação da floresta. A sucessão ecológica representa o conjunto de mudanças ordenadas pelas quais passa uma comunidade biológica, detendo ao estágio de clímax.

Uma característica de natureza, crucial para o estabelecimento do processo de sucessão é a condição abiótica favorável dos ambientes. Contudo, determinados ambientes são inóspitos ao surgimento, desenvolvimento e manutenção de organismos vivos como, por exemplo, superfícies recentes de rochas vulcânicas ou a extensão de dunas nos desertos.

Algumas espécies são capazes de habitar locais extremos, sendo denominadas de espécies pioneiras, com destaque a muitas variedades de liquens, os musgos e as gramíneas (RIBEIRO, 2019). Durante o processo de colonização, as comunidades pioneiras promovem transformações que possibilitam uma ordenada inserção ou mesmo a substituição de espécies que irão povoar o meio anteriormente inabitável, tornando-o propício e gradativamente mais dinâmico. Esse fenômeno caracteriza a sucessão primária, e a restauração pode levar milênios, pois depende da formação de solo.

Na recuperação de áreas degradadas, em que o solo é relativamente conservado, é interessante a sucessão secundária, em que espécies vegetais facilitadoras, normalmente arbóreas, são introduzidas na área, e o seu desenvolvimento cria condições propícias para o estabelecimento de outras espécies, vegetais e animais. Essas espécies facilitadoras realizam diversos serviços ambientais que aceleram a recuperação/restauração, como a descompactação de solos, a produção de liteira, a fertilização, a diminuição de ventos, o aumento a umidade relativa do ar, a diminuição da temperatura máxima, entre outros. É de amplo conhecimento a inter-relação da vegetação com a morfologia, a química e a biologia do solo (BARBOSA et al., 2003; ALVES; SOUZA, 2008), por exemplo.

(24)

Na sucessão secundária, é comum o uso de mudas produzidas em viveiros, que são transplantadas para as áreas em recuperação, onde são acompanhadas por um período de adaptação de algumas semanas. As espécies utilizadas nesses projetos de recuperação ambiental devem ser selecionadas, preferencialmente, entre as que ocorrem na mesma região climática e de solo do local a ser recuperado, devido à interação que ocorre entre as espécies e o ambiente (PIOLLI et al., 2004; REIS et al., 2003; BECHARA et al., 2007; BOTELHO et al., 1995). O uso de espécies locais é obrigatório para a restauração ambiental, e o stand final (da área restaurada) deveria corresponder à composição florística e fitossociológica do local antes do evento de degradação. Leite (1999) enfatizou que estudos da dinâmica ecológica da vegetação de caatinga, sobretudo de parâmetros florísticos, fitossociológicos e sucessionais, fornecem informações imprescindíveis para orientar a reabilitação das áreas depauperadas pela exploração irracional de recursos naturais.

2.5.1 Levantamento Fitossociológico

Ao levantamento médio dos componentes vegetais de uma área florestal se dá o nome de levantamento fitossociológico. Este levantamento é fundamental do ponto de vista da recuperação ambiental, pois, a partir dele se definem quais espécies devem ser produzidas nos viveiros a fim de serem utilizadas no restabelecimento ecológico de áreas degradadas (CHAVES, 2013).

Kent e Coker (1994) tratam a Fitossociologia como sendo nada mais nada menos, que a ciência das comunidades vegetais ou, em uma conotação mais ampla inclui todos os fenômenos relacionados com a vida das plantas em suas unidades sociais.

Os dados amostrais do levantamento fitossociológico são analisados estatisticamente e compõem um documento onde se registram as espécies vegetais que ocorrem em determinada área através de processo de amostragem, bem como a distribuição destas e sua proporção na composição vegetação (ERASMO, 2004). Tal documento recebe o nome de inventário florestal. Um inventário florestal de uma área restaurada deveria ser indistinguível do inventário de uma área nativa preservada.

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2.6 Qualidade de Mudas florestais

As mudas que serão utilizadas para fins de reflorestamento e outras ações de recuperação de áreas degradadas devem apresentar o máximo possível de qualidade para que sobrevivam ao estresse do transplantio e também ao estresse do novo ambiente em que serão transplantadas como, por exemplo, estresse hídrico, temperaturas elevadas, solos salinos entre outros. Para tanto, essas mudas, segundo Gomes (2002), devem receber nos viveiros as melhores condições ambientais possíveis de água, solo, luminosidade e manejo para que se desenvolvam da melhor forma e saudáveis. No entanto, mudas produzidas sob condições ótimas tendem a ser mais delicadas do que mudas que são sujeitas a fatores de estresse durante a sua produção, que lhes proporcionam maior rusticidade e, isto as tornam mais habituadas às adversidades que encontrarão após o transplantio. Assim, é necessário se perguntar quais características são desejáveis nas mudas produzidas, e o que define uma muda de qualidade para a espécie de interesse. O aumento do percentual de sobrevivência decorre do uso de mudas de melhor padrão qualidade (GOMES et al., 1991). Por outro lado, mudas de baixo padrão de qualidade, desenvolvem-se, em altura, em ritmo menos acentuado, e apresentam menores taxas de incremento/hectare/ano.

O estabelecimento de padrões de qualidade em qualquer área implica na escolha de parâmetros e determinação de critérios de avaliação. Parâmetros são as características, qualitativas ou quantitativas, julgadas relevantes para o objeto que está sendo avaliado, enquanto que os critérios são os limites estabelecidos para julgamento dos parâmetros (FLORIANO, 2003).

Em se tratando de qualidade para mudas de espécies florestais, os parâmetros mais usados consistem no Diâmetro Colo (DC), Comprimento da Parte Aérea (CPA), Comprimento das Raízes (CR), Número de Folhas (NF), Matéria Saca da Parte Aérea (MSPA), Matéria Seca Total (MST), Área Foliar (AF), Área Foliar Específica (AFE), Razão de Área Foliar (RAF), Razão de Peso Foliar (RPF), relação MSPA/MSR, Quociente de Robustez (QR) e Índice de Qualidade de Dickson (IQD). Os critérios de qualidade são mais complexos, porque cada parâmetro permite apenas uma estimação limitada da qualidade, sendo que os melhore parâmetros são obtidos por medidas destrutivas, sendo essencialmente inúteis para a avaliação de indivíduos, a não ser por estimação estatística (CARNEIRO, 1995).

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Muitos fatores de natureza biótica ou abiótica podem influenciar o desenvolvimento de essências florestais nativas da Caatinga e de outros biomas, como por exemplo, o nível de sombreamento pode favorecer ou prejudicar diversas variáveis morfológicas e fisiológicas intimamente relacionadas à qualidade da muda e consequentemente à sua capacidade de sobreviver no novo ambiente onde será transplantada (GOMES, 2002).

2.6.1 Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.)

O Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) é uma espécie endêmica da Caatinga que tem ampla dispersão em toda a zona de savana, sendo geralmente encontrada no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. Possui porte arbustivo-arbóreo podendo atingir cerca de 8 metros de altura, caule ereto com casca lisa, acinzentada com lenticelas brancas, suas folhas são simples, alternas, ovais, glabras ou pilosas, coriáceas com tamanho variando de 4 a 9 centímetros, possui flores agrupadas em cimeiras terminais com em média de 10 a 15 flores de coloração branca e odor agradável, estas dão origem a frutos lenhosos e achatados com 5 a 6 cm de comprimento e coloração castanho-claro, o fruto contem sementes aladas, planas e papiráceas sendo assim, dispersas pelo vento (MAIA-SILVA et al., 2012).

Segundo Sousa et al., (2014), o pereiro apresenta ainda uma peculiaridade que o fato dessa espécie ser uma das poucas indicadas para a recuperação de áreas em processo de desertificação, por sua importância ecológica e adaptação às mais severas condições de seca e solos rasos ou pedregosos.

2.6.2 Pau mocó(Luetzelburgia auriculata (Allemao) Ducke)

O Pau mocó (Luetzelburgia auriculata (Allemao) Ducke) é uma árvore de porte médio e com tronco acinzentado. Suas raízes são tuberosas, capazes de acumular água e amido, e essa característica permite a ocorrência dessa espécie em regiões de escarpas pedregosas e serrotes sertanejos principalmente do Ceará e Piauí, apresentando raízes tuberosas e feculentas e folhas verdes até na mais rigorosa seca (BRAGA, 1976).

Segundo Maia-Silva et al., (2012) durante o período de floração, a copa da árvore de pau mocó encontra-se completamente sem folhas, coberta apenas por muitas flores sendo que estas flores possuem pétalas de cor branca com mancha mediana esverdeada ou roxa e uma

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pétala externa no botão (estandarte). Sua floração em massa disponibiliza néctar e pólen em grande quantidade às abelhas nativas. As abelhas do gênero Xylocopa (mamangavas-de-toco) são os principais visitantes das flores do pau-mocó. O pau-mocó é uma espécie ornamental, possui floração vistosa e suas flores fornecem recursos fundamentais para abelhas durante a estação seca.

2.7 Sombreamento

Para as plantas, a radiação luminosa não é somente uma simples fonte de energia, mas também um estímulo. Tal estímulo provocado pela percepção da luz desencadeia diversas reações no metabolismo dos vegetais governando e condicionando o desenvolvimento destes.

Em certas situações que variam com a espécie em questão, além do estádio de desenvolvimento da planta, a luminosidade também atua como um fator estressante e plantas expostas à luz solar intensa, investem em na produção de biomassa radicular, ou seja, priorizam o crescimento radicular para compensar a perda de água por transpiração; e devido às altas taxas fotossintéticas, produzem maior biomassa por unidade de área foliar e altas taxas de renovação das folhas (POORTER, 1999).

Algumas espécies respondem de forma negativa a radiação excessiva (pleno sol), com redução significativa em vários parâmetros do crescimento vegetativo, baixa produção de matéria seca, redução do crescimento de raízes e parte aérea (GOLOMBEK, 2006).

Para que a energia luminosa desencadeie seu efeito/resposta morfofisiologicamente na planta, é necessário que esta seja absorvida por determinadas substâncias, que são os pigmentos vegetais. Os sistemas de pigmentos são moléculas que contém um grupo cromofórico responsável pelas suas cores, sendo os principais pigmentos vegetais as clorofilas, fitocromos, carotenóides e a antocianina (LARCHER, 2006; TAIZ & ZEIGER, 2004).

Na fotossíntese, a energia luminosa é convertida em energia química na forma de Tri Fosfato de Adenosina (ATP) e Nicotinamida Adenina Dinucleótido Fosfato (NADPH). Essas duas substâncias são utilizadas como fonte de energia e elétrons nas reações bioquímicas onde o carbono é fixado em compostos orgânicos. A primeira etapa da fotossíntese é a absorção da energia luminosa pelas moléculas dos pigmentos. A luz absorvida pelas moléculas dos

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pigmentos impulsiona os seus elétrons para níveis mais elevados de energia. A sequência de reações que requer luz é denominada “reações dependentes de luz” (RAVEN et al., 2007).

O sombreamento artificial realizado através do uso de telas do tipo “sombrite” é um método muito utilizado no estudo das necessidades luminosas das diferentes espécies em condições de viveiro, por ser uma prática capaz de isolar e quantificar o efeito da intensidade luminosa e fornecer às parcelas experimentais condições uniformes de iluminação, quando comparadas aos estudos em condições naturais. Os diferentes graus de luminosidade causam, em geral, mudanças morfológicas e fisiológicas na planta, sendo que o grau de adaptação é ditado por características particulares de cada espécie em interação com seu meio (RÊGO &

POSSAMAI, 2006; SCALON, 2003).

O crescimento das plantas pode refletir a habilidade de adaptação das espécies às condições de radiação do ambiente em que estão se desenvolvendo. Geralmente as características de crescimento são utilizadas para inferir o grau de tolerância ou intolerância das espécies à baixa disponibilidade de luz (SCALON et al., 2003). O nível de sombra de um ambiente afeta a taxa fotossintética dos vegetais do sistema, por influenciar diretamente na quantidade de luz que será absorvida pelas plantas, para realizarem a fotossíntese, interferindo no crescimento e desenvolvimento das plantas.

Segundo Silva et al. (2007) mudas de Hymenaea parvifolia apresentaram maior produção de massa seca sob 50% de sombreamento, enquanto Dantas et al. (2009), observaram que mudas de Caesalpinia pyramidalis não foram influenciadas pelo sombreameneto ao qual foram submetidas. Já Daniel et al. (1994), estudando o efeito de níveis de sombreamento no desenvolvimento de Goupia glabra (cupiúba), obtiveram alta mortalidade das mudas produzidas a pleno sol.

Marques et al. (1999), em estudo sobre a influência da cobertura e do sombreamento do canteiro na germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de pau rosa (Aniba rosaeodora), constataram melhores resultados de crescimento em altura e peso da matéria seca da parte aérea, do sistema radicular e total, nas plântulas cultivadas sob os níveis de 30 e 50% de sombreamento. Resultados semelhantes foram obtidos por Dutra et al. (2012), que trabalhando com mudas de Copaíba (Copaífera langsolosffii) verificaram valores inferiores para a maioria das características avaliadas, na presença de maiores intensidades luminosas, indicando que a copaíba é uma espécie que necessita de sombra na fase inicial de seu

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desenvolvimento, sendo o nível de 50% de sombreamento uma alternativa viável para produção de mudas dessa espécie.

Dousseau et al. (2007), estudando o crescimento de Tapirira guianensis Alb, sob diferentes níveis de sombreamento (30%, 50% e 70%) e a pleno sol (0%), concluíram que a condição de 50% de sombreamento é a ideal para a formação de mudas de T. guianensis, com melhores resultados de crescimento e aspectos fitotécnicos. Já Rosa et al. (2009), avaliando a emergência, crescimento e padrão de qualidade de mudas de paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) sob os mesmos níveis de sombra, verificaram que as mudas, em condição de viveiro, requerem um sombreamento intermediário de 30%, visto que as mudas apresentaram maior rusticidade e maior padrão de qualidade sob este nível de sombreamento.

3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no campus central da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, durante o período de outubro de 2018 a março de 2019, na cidade de Mossoró- RN. A região tem clima semiárido, com evaporação média anual superior a 2.000 mm, temperatura média elevada (23 a 27 ºC), radiação solar elevada (média de 2.880 h/ano) e precipitações pluviométricas irregulares, em torno de 500 a 600 mm/ano (SUDENE, 1996).

O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com quatro tratamentos que correspondem a quatro níveis de sombreamento (0%; 30%; 50% e 70%), sendo que os tratamentos contaram com três repetições cada um. As unidades experimentais foram constituídas por mudas das duas espécies (pau-mocó e pereiro) transplantadas em sacolas para mudas com capacidade para 1,2 litros de substrato. O substrato das sacolas foi composto por uma mistura de solo, (argissolo vermelho distrófico) e composto orgânico na proporção de 3:1, enriquecido com 160 g de superfosfato simples, 400 g de calcário e 40 g de micronutrientes quelatilizados para cada m³ de substrato.

A fonte de micronutrientes apresentou na composição química (conforme rótulo do produto): 11,6% de óxido de potássio (K2O); 1,28% de enxofre (S); 0,86% de magnésio (Mg); 2,1% de boro (B); 2,66% de ferro (Fe); 0,36% de cobre (Cu); 2,48% de manganês (Mn); 0,036% de molibdênio (Mo) e 3,38% de zinco (Zn).

(30)

Durante o decorrer do experimento, a irrigação foi realizada duas vezes ao dia através de um sistema semiautomático de microaspersão controlado por timer e programado para as 6:30 da manhã e para as 17:30 da tarde. Foram avaliadas, a cada 14 dias, as seguintes variáveis: diâmetro do Colo (D) em mm, com paquímetro digital, Altura de Planta (H) em cm com auxílio de uma régua graduada e Número de Folhas (NF), obtido por contagem simples.

Ao final do ensaio 98 Dias Após o Transplantio (DAT), foi realizada uma avaliação destrutiva para obtenção dos seguintes dados: Massa Seca de Raiz (MSR), Massa Seca da Parte Aérea (MSPA), Massa Seca Total (MST) e Massa Seca dos Discos (MSD). Para isso foram recolhidas duas plantas representativas de cada repetição. Foram colhidos discos foliares (seis discos por planta), com auxílio de um furador de rolhas. O sistema radicular, as folhas e o caule das plantas foram separados e secos em estufa de circulação de ar forçada a 65C° por um período de 72 horas até atingir massa constante. Em seguida, cada parte da planta foi pesada em balança analítica para obtenção da Massa Seca das Folhas (MSF), Massa Seca do Caule (MSC), Massa Seca da Raiz (MSR).

A área foliar (AF) foi calculada com base no método do disco, sendo obtida pelo produto entre a área total dos discos (AD) e o peso seco total das folhas (MSF), dividido pelo peso total dos discos (MSD) conforme equação abaixo (FERNANDES, 2000).

AF = (MSF*AD) / (MSD)

A partir desses valores foram calculados a Área Foliar específica (AFE), a Razão de Área Foliar (RAF), a Razão de Peso Foliar (RPF), o Índice de Robustez (IR) e o Índice de Qualidade de Dickson (IQD).

A AFE é uma relação entre a superfície da folha com o seu próprio peso, e esta relação expressa a disponibilidade de área foliar em cada grama de folha (indicador de espessura foliar). Sua obtenção é dada pela fórmula:

AFE = AF/MSF (dm2 g-1)

RAF é a razão entre a área foliar (AF) e a massa seca total da planta. A razão de área foliar representa a área foliar disponível para ocorrer à fotossíntese. Sua obtenção se dá através da fórmula:

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RAF = AF/MST (dm2 g-1)

O Quociente de Robustez (QR) é um indicador de qualidade de mudas. Foi calculado em função da relação entre altura das plantas em cm (H) e o diâmetro do colo (D) em milímetros e é representado da seguinte forma: (H/DC).

O IQD é considerado um dos índices mais efetivos para a determinação da qualidade de mudas. Ele é calculado através da fórmula abaixo.

( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Onde : MST(g) = Massa seca total; H(cm) = Altura; DC(mm) = Diâmetro do coleto;

MSPA(g) = Massa seca da parte aérea; MSR(g) = Massa seca do sistema radicular.

Os dados obtidos das avaliações contínuas e da avaliação final destrutiva foram submetidos a análise de variância, e quando detectada significância pelo teste F de Snedecor, as médias foram submetidas ao teste de Tukey (p < 0,05). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico SISVAR 5.0 (FERREIRA, 2011).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.)

Não houve efeito significativo entre os blocos para todas as variáveis estudadas nesse ensaio, o que mostra uniformidade de distribuição dos fatores de variação aleatórios sobre as unidades experimentais. Ver anexo 01.

4.1.1 Altura (H)

Os valores de altura observados na avaliação não destrutiva são apresentados na Figura 1

(32)

O comprimento da parte aérea não apresentou diferença estatística até a terceira avaliação, aos 28 DAT. A partir da terceira avaliação, os tratamentos T2 (30%), T3 (50%) e T4 (70%) apresentaram maior comprimento do caule, diferindo do tratamento T1 (0%), embora não tenham diferido entre si. Porém, o tratamento T2 (30%) apresentou maior tendência de crescimento do caule. Este padrão se manteve até última avaliação, aos 86 dias.

Houve maior crescimento do caule nas plantas sombreadas, o que é característico de situação de redução da intensidade luminosa. Segundo Larcher (2004) o que ocorre nessa situação é um ajuste das taxas metabólicas, com maior alocação de carbono para o caule quando a planta é submetida a uma intensidade luminosa menor do que o necessário ao seu melhor crescimento.

Figura 1. Altura de mudas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) , em função do nível de sombreamento, desde o transplantio até 86 dias após o transplantio. Mossoró, 2019.

Esses resultados diferem dos encontrados por Scalon Quintão (2003) que ao avaliar o crescimento de mudas de castanha-do-maranhão Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Rob, nos mesmos níveis de sombreamento deste experimento, não observou diferença quanto à altura da parte aérea das plantas desde a germinação até 124 dias DAT.

Os valores observados de altura na avaliação destrutiva são apresentados na Figura 2 e na Tabela 1.

0 5 10 15 20 25 30 35

0 14 28 42 56 72 86

Altura (cm)

Dias

Pereiro: Sombreamento: Altura

0 30 50

70

(33)

Figura 2. Alturas de plantas de Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc.) conforme o nível de sombreamento,obtidas à partir da análise destrutiva, aos 98 Dias Após o Transplantio (DAT), Mossoró, 2019.

Observa-se que os tratamentos T2 e T3, que apresentaram as maiores alturas de parte aérea (38,26 e 40,98 cm, respectivamente) não diferiram entre si, estatisticamente, a 5%.

Porém, diferiram do tratamento T1 que apresentou menor incremento. A maior altura pode ser devido ao maior crescimento em massa. Porém, pode ocorrer um alongamento caulinar mais intenso sob sombreamento, que é característico do fenômeno do estiolamento, onde os entrenós da planta se alongam, mas, sem correspondente aumento de massa seca nessa região.

O tratamento T4 não diferiu estatisticamente dos tratamentos T1, T2 e T3 e apresentou média de 30,9 cm. Constata-se, portanto, que há uma tendência de aumento da altura da parte aérea nos tratamentos sombreados, porém, o excesso de sombra tende a reduzir os incrementos.

Resultado semelhante foi encontrado por Lenhard (2013), que ao analisar o desenvolvimento de mudas de jucá, constatou que entre os níveis de sombreamento 0%, 50%

e 70%, o que proporcionou maior crescimento em altura foi 50%.

Essa redução do incremento na altura da parte aérea se dá em função da quantidade de luz que chega até as folhas da planta ser insuficiente para atender a demanda metabólica dessas espécies, reduzindo drasticamente o crescimento como um todo, incluindo o crescimento em altura. Morais (2003) ao analisar o comportamento de plantas de cafeeiro sob

y = -0,0111x2+ 0,9061x + 22,064 R² = 0,9864

0 10 20 30 40 50 60

0 10 20 30 40 50 60 70

Altura(cm)

Nível de sombreamento (%)

Pereiro: Sombreamento: Altura

Referências

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