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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003

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Plano de Aula: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003

Título

A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I

Número de Aulas por Semana

Número de Semana de Aula 13

Tema

A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I.

Objetivos

Compreender: - a importância da Lei de Introdução ao Código Civil como importante instrumento que regula a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação de norm as no direito brasileiro.

- o conceito de validade normativa à luz da Lei de Introdução ao Código Civil.

- o processo de vigência legislativa.

- o conceito de direito intertemporal.

Estrutura do Conteúdo

Atenção!!! Antes da aula, você já sabe o que tem a fazer: ler as páginas 172 a 180, do livro texto Livro didático de introdução ao estudo do Direito, Solange Ferreira de Moura [organizador]. Rio de Janeiro:

Editora Universidade Estácio de Sá, 1ª. Ed. 2014.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO

A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) 172 Princípio da obrigatoriedade e da continuidade das leis 172 Vigência e conhecimento da lei 173

Direito intertemporal no contexto do Sistema Jurídico Brasileiro. 174 Revogação da lei 174

Retroatividade, irretroatividade e ultratividade das leis 176 Obstáculos constitucionais à retroatividade da lei nova 176 Princípio da Irretroatividade da Lei (art. 5º, XXXVI CF) 176 Direito adquirido e expectativa de direito 177

Aplicação retroativa da lei 178 Aplicação imediata da lei 179

Leis temporárias e perpétuas, comuns e especiais 180

BREVE RESUMO DOS TÓPICOS CONCEITUAIS APRESENTADOS

Validade das Normas (técnico-formal ou vigência, social e ética). O início da vigência da lei. A vacância da lei: conceito e cômputo. O princípio da obrigatoriedade das leis. O princípio da continuidade das leis.

Término da vigência das leis: revogação (ab-rogação e derrogação). Revogação expressa e tácita. A questão da repristinação.

Anteriormente denominada Lei de Introdução ao Código Civil ou LICC, foi modificada pela Lei

12376/2010. Na verdade, é originalmente um decreto -lei (n. 4657/42, revestido da natureza jurídica de lei complementar) que regula a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação de normas no direito brasileiro, bem como delimita alguns conceitos como o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido. Consagra a irretroatividade como regra no ordenamento jurídico, ao mesmo tempo que define as condições para a ocorrência de ultratividade e efeito repristinatório. É, assim, uma

"lei sobre a lei".

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Foi editada em 1942, e está em vigor até hoje, com as modificações estabelecidas em 2010. Com ele, se encerrou a vigência das antigas ordenações portuguesas.

Seu objetivo foi orientar a aplicação do código civil, preencher lacunas e dirimir questões que foram surgindo entre a edição do primeiro código civil (em 1916) e a edição da LICC.

Segundo Maria Helena Diniz, a LINDB contém normas sobre normas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, predeterminando as fontes do direito positivo, indicando -lhes as dimensões espácio temporais.

Pontos fundamentais

A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro fixa e define algumas questões básicas, como o tempo de vigor da lei, o momento dos efeitos da lei, e a validade da lei para todos. Caracteriza -se por ser um metadireito ou supradireito, na medida em que dispõe sobre a própria estrutura e funcionamento das normas, coordenando, assim, a aplicação de toda e qualquer lei, e não apenas dos p receitos de ordem civil. Para melhor esclarecer tal faceta da LINDB, alguns doutrinadores formularam a expressão "lei de introdução às leis". A LINDB atesta o fato de que, modernamente, como salientou o sociólogo Anthony Giddens, as instituições tendem a guardar um caráter reflexivo. No caso do direito, pode-se dizer, sem maiores hesitações, que o diploma de introdução ao código civil é uma forma de auto -reflexão do ordenamento jurídico, por meio da qual se estabelecem certos critérios de aplicabilidade que são passíveis de controle pelo Poder Judiciário.

1 Validade das Normas Jurídicas.

A lei passa a existir como tal desde a sua promulgação, mas começa a obrigar da data sua publicação, produzindo efeitos com a sua entrada em vigor. Sendo assim, a pertinênci a de uma norma a um ordenamento é aquilo que se chama de validade.

Se uma norma jurídica é válida, significa que é obrigatório conformar-se a ela e, caso não nos conformemos, o juiz será obrigado a intervir, atribuindo esta ou aquela sanção.

Pode-se estabelecer a pertinência de uma norma a um ordenamento e, portanto, sua validade, remontando-se de grau em grau, até a norma fundamental.

O que é necessário para que uma coisa seja válida? Esta pergunta, em nosso entender, nos dá a chave para encontrarmos o conceito de validade. Um contrato, no qual uma das partes é incapaz, é válido? Não, porque lhe falta um dos elementos. Vemos assim que válido é aquilo que é feito com todos os seus elementos essenciais. Por elementos essenciais entendem-se aqueles requisitos que constituem a própria essência ou substância da coisa, sem os quais ela não existiria; é parte do todo. Para que o ato ou negócio sejam válidos, terão que estar revestidos de todos os seus elementos essenciais. Faltando um deles, o negócio é inválido, nulo não alcançando os seus objetivos.

Podemos dizer que a validade decorre, invariavelmente, de o ato haver sido executado com a satisfação de todas as exigências legais. Uma norma jurídica, para que seja obrigatória, não deve estar apenas estruturada logicamente segundo um juízo categórico ou hipotético, pois é indispensável que apresente certos requisitos de validade.

Na lição de Miguel Reale, a validade de uma norma jurídica pode ser vista sob três aspectos:

1) técnico-formal = vigência 2) social = eficácia

3) ético = fundamento

Vigência vem a ser "a executoriedade compulsória de uma norma jurídica, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração" (Miguel Reale).

Desta forma, a norma jurídica tem vigência quando pode ser executada compulsoriamente pelo fato de ter sido elaborada com observância aos requisitos essenciais exigidos:

1) emanada de órgão competente, 2) com obediência aos trâmites legais,

3) e cuja matéria seja da competência do órgão elaborador a) Validade Social ou Eficácia.

Sob o prisma técnico-formal, uma norma jurídica pode ter validade e vigência, ainda que seu conteúdo não seja cumprido; mesmo descumprida, ela vale formalmente. Porém, o Direito autêntico é aquele que também é reconhecido e vivido pela sociedade, como algo que se incorpora ao seu comportamento.

Assim, a regra do Direito deve ser não só formalmente válida, mas também socialmente eficaz.

Eficácia vem a ser o reconhecimento e vivência do Direito pela sociedade, "é a regra jurídica enquanto monumento da conduta humana" (Miguel Reale). Desta forma, quando as normas jurídicas são acatadas nas relações intersubjetivas e aplicadas pelas autoridades administrativas ou judiciárias, há eficácia.

Como esclarece Maria Helena Diniz[1], "vigência não se confund e com eficácia; logo, nada obsta que uma norma seja vigente sem ser eficaz, ou que seja eficaz sem estar vigorando".

Pode ser que determinadas normas jurídicas, por estarem em choque com a tradição e valores da comunidade, não encontrem condições fáticas para atuar, não seja adequadas à realidade. Todavia, o fato é que não existe norma sem o mínimo de eficácia, de execução ou aplicação na sociedade a que se destina. Daí a relevância da valoração do fato social, para que a norma seja eficaz.

Sobre a matéria, temos ainda a contribuição de Paulo Nader, ao se referir às causas do desuso, dizendo que elas estão em certos defeitos das leis, e em função disso as classifica em: "anacrônicas", isto é, as que envelheceram enquanto a vida evoluía, havendo uma defasagem entre as mudanças sociais e a lei;

"leis artificiais", ou seja, fruto apenas do pensamento, mera criação teórica e abstrata, estão distanciadas da realidade que vão governar; "leis injustas", ou seja, aquelas que, traindo a mais significativa das

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missões do direito que a de espargir justiça, nega ao homem aquilo que lhe é devido; "leis defectivas", que são as que, por não terem sido planejadas com suficiência, revelam -se na prática, sem condições de aplicabilidade, não fornecendo todos os recursos técnicos para a sua aplicação (por exemplo: quando prescreve uso de certa máquina pelo operário, mas que não existe no mercado).

b) Validade Ética ou Fundamento.

Toda a norma jurídica além da validade formal (vigência) e validade social (eficácia), deve possuir ai nda validade ética ou fundamento. O fundamento é na verdade o valor ou o fim visado pela norma jurídica.

De fato, toda a norma jurídica deve ser sempre uma tentativa de realização de valores necessários ao homem e a sociedade. Se ela visa atingir um valor ou afastar um desvalor, ela é um meio de realização desse fim valioso, encontrando nele a sua razão de ser ou o seu fundamento. As regras que protegem, por exemplo, as liberdades, são consideradas como tendo fundamento, porque buscam um valor considerado essencial ao ser humano.

Realmente, é o valor que legitima uma norma jurídica que lhe dá uma legitimidade; daí a distinção entre legal (que possui validade formal) e legítimo (que possui validade ética).

Podemos dizer que o valor que dá a razão última da ob rigatoriedade da norma. Ela obriga porque contém preceito capaz de realizar o valor; em última análise, esta é a fonte primordial da obrigatoriedade de uma regra de direito (imperatividade em termos axiológicos). Ter que é a coerção ou a coação que assegur am a obrigatoriedade do Direito é atitude que resulta no amesquinhamento da natureza humana. Nem a coação-ato, nem a coerção-potência podem substituir satisfatoriamente o sentimento jurídico; só o entendimento do Direito sob o prisma de valor dignifica a condição do ser humano.

2 O Início da Vigência da Lei.

Após a sanção, a lei já existe e é válida, tendo em vista que a promulgação é ato declaratório de sua existência. Todavia só terá vigência a partir da data disposta nela mesma.

Pode ocorrer que a lei não mencione a data a partir da qual vigorará. Neste caso prevalece a regra geral do art. 1o da LINDB (entrará em vigor 45 dias após a data de sua publicação).

3 VACATIO LEGIS - A vacância da lei: conceito e cômputo.

Chama-se VACATIO LEGIS o período que medeia a data de publicação da lei e a de sua entrada em vigor.

Com o período da vacatio legis (vacância da lei), o próprio legislador procura facilitar ao cidadão o cumprimento da lei, facultando o seu conhecimento prévio. Nada impede, contudo, que a vigê ncia da lei nova seja imediata, dispensando-se a vacatio legis, como se observa na Introdução ao código civil.

A forma de contagem do prazo da vacatio legis é a dos dias corridos, com exclusão do de começo e inclusão do de encerramento, computados domingos e feriados (dies a quo non computatur in termino;

dies termini computatur in termino). Não se aplica, portanto, ao cômputo da vacatio legis o princípio da prorrogação para o dia útil imediato quando o último dia do prazo for domingo ou feriado.

4 Princípio da Obrigatoriedade da Lei. (Art. 1º e Art. 3º LINDB)

A lei, a partir do momento em que entra em vigor, é obrigatória para todos os seus destinatários, não podendo o juiz negar-se a aplicá-la ao caso sub judice. Entrando em vigor, a ninguém é lícito ignorar a lei.

A doutrina, seguida pela maioria dos juristas do século passado, encontrou -o na presunção absoluta do conhecimento da lei. A justificação desse princípio decorre, segundo a opinião moderna, da necessidade social de que, publicada a lei, transcorrida a vacatio legis, deve ser a lei aplicada mesmo aos casos em que for argüida sua ignorância. Na verdade, a multiplicidade de leis, fenômeno característico de nossa época, dificulta o conhecimento de todas as leis pelos próprios juristas, quanto mais pel os leigos. Assim, esse princípio só pode ser justificado tendo em vista razões de ordem social.

Portanto, depois da publicação ou decorrida a vacatio legis, a lei torna -se obrigatória, não podendo ser alegada sua ignorância: nemo jus ignorare censetur, sendo aplicada, mesmo àqueles que a

desconhecem, porque o ?interesse da segurança jurídica exige esse sacrifício?. Por isso, a

obrigatoriedade da lei não está condicionada ao seu efetivo conhecimento, pois a lei é aplicável a todos, desde que publicada, independentemente de seu conhecimento. Se a aplicação da lei dependesse de seu efetivo conhecimento, não haveria segurança nas relações jurídicas, pois, como o conhecimento é subjetivo, não se poderia provar a falsidade da alegação de sua ignorância.

Conseqüência da obrigatoriedade da lei, independente de seu efetivo conhecimento: o erro de direito não anula os atos jurídicos. Em regra, o erro de direito não justifica: error juris non excusat, salvo quando for a causa única ou principal do negócio jurídico. No d ireito penal, no que diz respeito às normas que fixam crimes e penas, não tem nenhum valor o erro de direito, porém, nas contravenções penais, desde que excusável, tem valor relativo, pois o juiz pode, no caso de error juris, deixar de aplicar a pena.

Tal princípio, atualmente, comporta poucas exceções (Ex.: art.8o. da Lei de Contravenções Penais: "no caso de ignorância ou errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada".)

5 Princípio da Continuidade das Leis

Este princípio está contemplado no art. 2o da LINDB, quando menciona que uma lei só deixa de vigorar quando modificada ou revogada por outra posterior.

Há que se fazer uma distinção entre derrogação e ab -rogação. A derrogação significa revogação parcial enquanto que a ab-rogação diz respeito à revogação total. Ambas, derrogação e ab -rogação, são espécies do gênero revogação.

6 Término da vigência das leis

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Vigência e revogação são matérias disciplinadas pela Lei de Introdução ao Código Civil, que em verdade é a Lei de Introdução de todo o Direito, pois institui normas sobre normas, ou seja, são normas que informam os requisitos legais que as demais normas deverão obrigatoriamente possuir para que penetrem no Direito, enquanto sistema normativo positivado, com os atributos de validade, vigência e eficácia.

A lei nova revoga a anterior quando trata sobre o mesmo assunto de forma diversa. Assim, nos fatos ocorridos após a sua revogação, a lei antiga não produzirá qualquer efeito, cessando, desta forma, sua eficácia.

Mas, com relação aos fatos ocorridos anteriormente à edição da nova lei, a lei antiga poderá continuar produzindo efeitos. Tal fenômeno é chamado de ultratividade da lei.

6.1 Revogação: ab-rogação e derrogação

Revogação é a perda total (ab-rogação) ou parcial (derrogação) de vigência de uma lei, tal como é definido no art. 2º e §§ da LINDB, divide-se nas espécies derrogação e ab-rogação, esta é a perda total de vigência da norma, seja por lei posterior que revoga a anterior expressamente, seja pela lei nova completamente incompatível com a velha, seja porque a lei nova regula inteiramente a matéria da lei antiga; derrogação é revogação parcial de uma lei vigente, que tenha sofrido interferência de lei nova estabelecendo disposições gerais ou específicas, sem que co m isso perca a sua vigência. Em outras palavras, a norma nova, posterior, em relação à norma velha, anterior, dependendo do caso, um artigo pode revogar, ab-rogação, expressamente, todas as normas anteriores relacionadas com a matéria, como pode uma alínea revogar, derrogação, somente uma outra alínea de outra norma, sem que esta última se torne inválida "in totum" (totalmente).

6.2 Revogação: expressa e tácita

Se a lei posterior disser, de maneira expressa, que a lei anterior está revogada, temos a revogaç ão expressa.

A revogação tácita é a que decorre da vigência de uma nova disposição que colide com a anterior, sem que seja mencionada a lei nova a revogação da antiga. Assim, está implícita sua revogação.

Há também revogação tácita quando a lei posterior regula inteiramente certa matéria tratada por lei anterior, sem que, ao final, diga expressamente que revogou a lei antiga. Costume não revoga lei.

7 A questão da Repristinação

A lei posterior revoga a anterior quando trata da mesma matéria de forma contrár ia. Uma vez revogada a lei nova, volta a vigorar a lei antiga?

Art. 2º, parágrafo 3°, da LINDB: "Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência".

Repristinação seria o restabelecimento da lei revogada após a perda da vigência da lei revogadora. Tal fato, como vimos, não é possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição expressa em contrário.

Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. - art. 2°, caput: "Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue."

OBS: A questão do desuso da lei:

Dentre as leis que caem pelo desuso, vale lembrar a problemática da validade das leis injustas. Há quatro posições distintas a respeito:

a) Positivista

Considera as leis injustas válidas e obrigatórias desde que estejam em vigor. O não reconhecimento de sua validade ameaçaria a segurança jurídica, anseio primordial da sociedade.

b) Jusnaturalista

Nega a validade das leis injustas. O Direito, sendo criado pelos homens, deve por estes ser dominado e não erigir-se em dominador do próprio homem.

c) Posição eclética

Apesar de considerar as leis injustas ilegítimas, reconhece a validade daquelas cujo mal provocado não chega a ser insuportável. A não observância de uma lei injusta pode às vezes gerar mal maior, daí porque sua tolerância em alguns casos.

d) Posição de Kelsen

Nega a existência das chamadas leis injustas, já que consideram a justiça apenas relativa. Ele só considera injusta a não aplicação da norma jurídica ao caso concreto.

Conclusão: Sendo o Direito um sistema, uma lei injusta normalmente será um corpo estranho no ordenamento jurídico, estabelecendo-se um conflito com os outros mandamentos ali inseridos. O juiz, então, deverá manter-se fiel ao sistema, afastando a lei injusta por critérios interpretativos.

[1] DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 9a edição. Ed. Saraiva. São Paulo. 1997.

Aplicação Prática Teórica

Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental i mportância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia

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utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber:

CASO CONCRETO:

Sr. Lindolfo, vem de uma família onde todos os homens são militares. Ao encerrar sua gloriosa carreira e passar para a reserva Sr Lindolfo notou que seu contra -cheque apresentava um valor inferior do que ele esperava. Chegando na sessão de pagamentos de inativos questionou a falta uma verba chamada

“adicional de inatividade”. O funcionário do setor afirmou que a referida verba fora extinta já há muitos anos e que ele não fazia jus a tal remuneração. Sr. Lindolfo então argumentou que tal verba remuneratória era paga desde os tempo de seu avó e que quando ele entrou nas forças armadas a dita remuneração ainda existia, logo ele tinha direito adquirido à mesma. Irredutível, o funcionár io do setor não retrocedeu.

Inconformado, Sr. Lindolfo lhe procura como advogado(a) para uma consulta.

Responda: Sr. Lindolfo tem direito adquirido ao “adicional de inatividade” ?

QUESTÕES OBJETIVAS

1. No que concerne à vigência e aplicação das lei s, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasieliro, é correto afirmar que

a) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

b) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vi gor até que outra a modifique ou revogue.

c) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes modifica a lei anterior.

d) a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros se inicia dois meses depois de oficialmente publicada.

e) as correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova.

2 - A propósito da Lei de Introdução às Normas doDireito Brasileiro, salvo disposição em contrário, a lei, depois de oficialmente publicada, começa a vigorar em todo o país em:

a) 30 dias b) 40 dias c) 45 dias.

d) 60 dias e) 90 dias.

3 - No que se refere à revogação da Norma Jurídica, há as seguintes possibilidades:

I. Total, também chamada de ab-rogação e tácita, também chamada de Aberratio.

II. Total, também chamada de ab-rogação e Parcial, chamada de derrogação.

III. Expressa ou tácita.

IV. Expressa, chamada de ab-rogação e tácita, chamada de derrogação.

(a) Apenas opções I e II estão corretas.

(b) Apenas opções II e IV estão corretas.

(c) Apenas opções II e III estão corretas.

(d) Apenas opções I e IV estão corretas.

Referências

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