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TCC Fernanda Martins UNA

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, PESSQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROJETOS EDITORIAIS IMPRESSOS E

MULTIMÍDIA

PROJETO VISUAL GRÁFICO DA REVISTA ULTIMATO

ALUNA: Fernanda Bilio Martins PROFESSORA ORIENTADORA: Juliana Lopes de Almeida Souza

BELO HORIZONTE 2011 / 2 º SEMESTRE

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1 Projeto visual gráfico da revista Ultimato*

Fernanda Bilio Martins 1

Resumo

A pesquisa investigou o projeto visual gráfico da Revista Ultimato, com o intuito de verificar a influência da diagramação da revista, na facilidade da leitura. De acordo com o problema levantado, verificaram-se necessidades para adaptar o projeto visual da Revista. O estudo compreendeu também a influência da disposição dos elementos gráficos da Revista Ultimato para se entender a importância da diagramação como um elemento comunicador. Com o auxílio do conhecimento de vários estudiosos das artes gráficas, a pesquisa foi classificada como exploratória. A abordagem utilizada foi um estudo de caso, em que se estudou profundamente o design da Revista Ultimato.

Palavras-chaves: Projeto visual gráfico; diagramação; Revista Ultimato

Introdução

Nesta pesquisa estuda-se o projeto visual gráfico da Revista Ultimato, com o intuito de investigar a influência da disposição dos elementos gráficos na facilidade da leitura. Para isto, é relevante analisar a diagramação da revista, pois auxiliará na identificação do que se faz necessário adaptar no projeto, visando promover uma leitura facilitada. Analisa-se a disposição dos elementos gráficos da revista: o texto, a imagem, a ilustração, o box, o título, as margens da página, o espaço em branco, o chapéu, entre outros. No corrente estudo, questiona-se: qual a influência da diagramação da revista Ultimato na facilidade da leitura?

Este estudo é relevante, pois visa compreender a importância da diagramação como um elemento comunicador, já que a comunicação deve ser feita de maneira clara e objetiva. Deseja-se compreender qual o papel da diagramação para alcançar esta

* Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso do Programa de Pós-Graduação nível

Latu Sensu do Centro Universitário UNA, como requisito para obtenção do título de especialista em

Projetos Editoriais Impressos e Multimídia. 1

Graduada em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Cândido Rondon. Pós-graduanda em Projetos Editoriais Impressos e Multimídia na UNA. E-mail: fermartins@gmail.com

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objetividade e clareza.

Características de uma revista

A revista é uma mídia impressa publicada em intervalos regulares, podendo ser produzida em diversos formatos, e para diversos públicos. Geralmente, sua estrutura é construída por seções temáticas, com conteúdo diversificado e anúncios relacionados aos temas de cada seção. É um material dobrável e flexível, preso por uma lombada, onde suas metades internas ficam escondidas até que o folheador encontre algo interessante nas metades externas que o motive abrir a revista para lê-la (WHITE, 2006).

De acordo com Goulart (2006), algumas das características das revistas são:

a variedade – muitos assuntos para fisgar o leitor e passar a sensação de janela do mundo; a especialização – centrada num determinado universo de expectativas, visto que conhece seu leitor; visão de mercado – por conhecer seu público, apresenta um produto de olho nos nichos de mercado; texto – o público é curioso, escolhe a revista, logo, se importa com o texto; imagem – o leitor é seduzido com apelo visual, com o bom fotojornalismo. Texto e imagem, traduzidos em matéria bem escrita e apresentação visual eficiente são as bases da revista (GOULART, 2006, p.43).

O objetivo geral de uma revista é falar com seu público previamente definido, utilizando linguagem adequada, assunto de interesse do público, visando atender suas expectativas. O conteúdo da revista é mais profundo do que a de um jornal e menos profundo do que o conteúdo de um livro. Infelizmente pouco foi registrado sobre o surgimento da revista no mundo.

Segundo Corrêa (2005), foi na Alemanha, em 1663, que surgiu a primeira revista da qual se tem registro, seu nome era Edificantes Discussões Mensais (Erbauliche Monaths-Unterredungen). Era uma revista com “forma e formato de um livro, e só foi caracterizada como tal, por conta dos artigos de teologia, possuir público específico e periodicidade regular” (FONSECA, 2010, p.1).

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3 Projeto visual gráfico de uma revista

Cada página da revista é composta por diversos elementos: texto, título, subtítulo, chapéu, imagens, ilustrações, tabelas, box, paginação, olho, espaço em branco, margens. E para que todos estes elementos sejam dispostos de maneira adequada, faz-se necessário utilizar o alinhamento, o espaçamento, as tipologias, as cores e os grids para compor um ambiente agradável que promova uma leitura rápida e objetiva. Um ponto crucial é conhecer os princípios básicos da diagramação de revista, visando oferecer munições para combater a possível falta de comunicação visual organizada.

A diagramação tem uma função ainda mais importante além de dispor os elementos em uma página; a de se comunicar diretamente com o leitor. Por este motivo, o foco deste estudo é a diagramação da revista Ultimato, visando investigar qual a influência que ele exerce na facilidade da leitura. É necessário utilizar princípios básicos adequadamente - a proximidade, o espaço em branco, o alinhamento, a repetição, o contraste e as cores - na construção de uma página de revista.

Para se produzir uma revista, planeja-se cada espaço da página, conhecendo a hierarquia das informações, para assim distribuir cada elemento de maneira consciente na página. Os elementos devem trabalhar em plena harmonia, proporcionando uma aparência organizada e clara das informações, visando facilitar a leitura.

Proximidade

A Proximidade tem como finalidade organizar as informações de uma página, agrupando os elementos que estão logicamente conectados. Nesse sentido, é formado um conjunto coeso, deixando as informações imediatamente acessíveis ao leitor. Segundo Williams (2008, p.30) “a proximidade implica uma relação”, ou seja, tudo que tem uma relação, ligação, tem que ficar próximos, formando um conjunto de elementos.

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Uma das características da proximidade é direcionar a leitura de uma página, indicando ao leitor por onde começar e terminar a leitura. Lembrando que o leitor quer ter acesso às informações de maneira rápida e clara, e a proximidade das informações oferece essa agilidade e facilidade na compreensão do conteúdo.

É importante evitar elementos soltos na página; quando for trabalhar os espaços em branco na página, deve-se observar que estes sejam padronizados (separado e/ou unido), deixando visível a formação de subgrupos; não deixar dúvidas quanto à conexão dos elementos entre si, afinal “a proximidade implica uma relação” (WILLIAMS, 2008, p.30); e por fim, separar itens que não tenham relação entre si.

Um exemplo simples do quanto à proximidade é importante e facilita o dia-a-dia, é uma lista de compras. Se subdividir a lista em: alimentos, produtos de limpeza, higiene pessoal e assim por diante, facilita a localização dos produtos que estão relacionados e otimiza o tempo de compra.

Espaço em branco

Além da proximidade é importante fazer uso de outro recurso muito valioso no processo de diagramação: os espaços em branco. Que se bem trabalhados ajudam na organização das informações, permitindo ao leitor uma leitura mais confortável. O espaço em branco deixa os olhos “respirarem” no momento da leitura, deixando-a menos cansativa. Outra função importante dos espaços em branco é a organização. Pois quando o espaço em branco é utilizado de maneira adequada não deixa dúvidas do que está ou não relacionado (WHITE, 2006).

Alinhamento

Este fundamento busca formar uma aparência unificada dos elementos, mesmo que estes estejam fisicamente separados. É importante que os itens alinhados estejam visualmente conectados com outros itens da página, oferecendo uma leitura mais

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ágil e clara das informações. Sendo assim, a informação não deve ser simplesmente jogada na página sem critérios com os elementos que contém na página. Utilizar o alinhamento de forma consciente organiza e direciona a leitura, hierarquizando as informações. Lembrando que os “olhos gostam de ver tudo em ordem, pois isso cria uma sensação de calma e segurança” (WILLIAMS, 2008, p.48).

Repetição

Repetir algum aspecto de um elemento no material todo é o que conceitua o princípio da repetição. Para criar uma identidade visual é necessária a repetição de alguns aspectos no material, poderia ser um tipo de ilustração, espessuras de linhas, paginação ou alinhamentos. Estes elementos repetidos por todo o material faz com que cada página pareça fazer parte do mesmo.

O objetivo central da repetição, além de contribuir para a organização das informações, é unificar os elementos do material. Deve-se, porém, não exagerar na repetição para não deixar a leitura cansativa (WILLIAMS, 2008). Williams (2008, p.62) acrescenta ainda afirmando que “este é um truque visual que os designers sempre utilizam para controlar o fluxo do olho dos leitores, para manter sua atenção sobre a página o máximo de tempo possível”.

Contraste

A finalidade do contraste é fazer o anúncio saltar aos olhos do leitor. É utilizado como guia para os olhos pela página, chamando atenção para partes específicas da página que se contrasta com as outras informações. Para que haja contraste, é necessário diferenciar completamente dois elementos que não sejam precisamente iguais. Procure um item que seja mais interessante ou que tenha maior importância no anúncio e destaque-o (WILLIAMS, 2008).

Podem-se contrastar através das cores (quente e fria), fontes (estilo antigo, moderno, serifa grossa, sem serifa, manuscrita e decorativa), linhas (fina ou grossa)

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e assim por diante. “O contraste ressalta o propósito e a organização do material, além de deixá-lo mais interessante e claro, tendo maior probabilidade de aguçar o interesse do leitor em lê-lo; definindo ainda melhor a hierarquia das informações” (WILLIAMS, 2008, p.64).

O contraste serve para ressaltar o propósito e a organização do material, deixando a informação mais clara e direta. Segundo Ribeiro (1998, p.54), no contraste é necessário criar um equilíbrio entre cores quentes e frias, o “menor espaço para as cores quentes e mais espaço para as cores frias”, pois as cores quentes causam certa irritação e fadiga aos nossos olhos, dificultando a leitura. O contraste simultâneo acontece pela necessidade que nossos olhos têm das cores complementares (RIBEIRO, 1998).

Cores

As funções mais comuns das cores são: “chamar a atenção, dar mais realismo aos objetos e cenas, estimular a ação, tornar bela a peça e mais atrativa, formar atmosfera adequada” (SANT’ANNA, 2003). Segundo Baer (2002, p.34) não são necessárias todas as luzes que compõem o espectro solar para obter a luz branca, bastando apenas que os “feixes luminosos nas cores vermelho, verde e azul-violeta se sobreponham parcialmente”.

As cores-pigmento são as cores industrializadas que tentam reproduzir as cores-luz, por exemplo, as tintas guache, a óleo, acrílicas. Essas cores para serem reproduzidas são extraídas das matérias-prima: vegetal, mineral e animal e misturadas com outras sibstâncias para se obter as tintas. As cores primárias são: ciano, magenta, e amarelo (CMYK – Cyan Magenta Yellow Black), e a misturas dessas três cores resultam no preto, essa mistura é nomeada de “mistura subtrativa” (RIBEIRO, 1998). Observe a Figura 1

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Figura 1 – Respectivamente mistura subtrativa e mistura aditiva

Harmonia das cores

Experiências comprovam que a combinação de “elementos gráficos escuros em fundo claro são percebidos melhor que os claros sobre fundos escuros” (RIBEIRO, 1998, p.67). Harmonia é combinar as cores de maneira que seja agradável aos olhos do leitor. Sendo assim, ao mesmo passo que as cores dão um toque especial e dinâmico para qualquer material, se não bem combinadas, o material pode ficar desarmônico e agressivo aos olhos. As cores servem para contribuir na comunicação e não para evitá-la.

A harmonia nas cores pode ser conseguida através de combinações simples, como: as cores análogas, que são a transição de uma cor para outra. Por exemplo, na transição do amarelo para o azul obtêm-se a cor análoga, que é o verde e, assim por diante.

As cores análogas são combinações sutis e agradáveis aos olhos. Já a harmonia de contraste, que são as combinações das cores complementares que ficam do lado oposto no círculo cromático, como, amarelo e violeta, ciano e vermelho, magenta e verde e assim por diante, são cores que se complementam criando harmonia visual.

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8 Procedimentos metodológicos

A pesquisa é classificada como exploratória. Buscou-se obter conhecimento aprofundado sobre determinado assunto, pouco explorado. O estudo visa elaborar questões chaves para melhor compreender o tema estudado e/ou tornar o assunto de fácil compreensão.

A pesquisa analisou a diagramação da Revista Ultimato. A estratégia de pesquisa que está sendo utilizada é o estudo de caso. Segundo Laville e Dionne (1999, p. 56) "a vantagem mais marcante dessa estratégia de pesquisa repousa, é claro, na

possibilidade de aprofundamento que oferece, pois os recursos às restrições ligadas

à comparação do caso com outros casos." [grifo dos autores].

Primeiramente, foram coletados informações e conhecimentos científicos sobre a diagramação da revista, para então, se conhecer qual a influência da mesma na facilidade da leitura. Para isso, foi realizado um estudo de caso, necessário para a coleta de informações sobre: história e estrutura da revista, disposição dos elementos gráficos na revista, e, por fim a análise da diagramação da Revista Ultimato de acordo com as informações obtidas.

Revista Ultimato

Antes de se tornar uma revista, a Ultimato, criada em 1968, pelo jornalista Elben Cézar, em Barbacena-MG, era um jornal tabloide, com 8 páginas, impresso em papel jornal em preto e branco (Figura 2). No ano de 1976, em Viçosa-MG, o jornal Ultimato se torna revista, contendo 20 páginas, sendo ainda impresso em preto e branco. Já em 1985, surgiu a Editora Ultimato com um objetivo ainda mais ousado: publicar livros.

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Figura 2 - Primeira edição do Jornal Ultimato, 1968

Fonte: < http://www.ultimato.com.br/revista/quem-somos>

Somente em 1996, a Ultimato publica o primeiro exemplar da revista Ultimato colorida. As dimensões da revista Ultimato aberta é de 26,5x 40,7cm, com tiragem 35 mil exemplares coloridos, com média de 68 páginas, tendo 329 edições publicadas (Revista Ultimato, 1998). Apesar de a revista possuir conteúdo bíblico, ela se destina não somente aos cristãos, mas todos aqueles que desejam conhecer mais sobre o que as Escrituras revelam sobre Deus.

O estudo de caso refere-se ao projeto visual da Revista Ultimato, como meio de comunicação impresso. A diagramação da revista tem sido analisada para saber se a mesma promove uma leitura facilitada. Para isto, a pesquisa compreende o que envolve a diagramação e como ela influencia na facilidade da leitura.

Análise da diagramação da Revista Ultimato

A Revista Ultimato é bimestral. A edição analisada é a de número 331, do mês de julho e agosto, do ano de 2011. Verificou-se a facilidade da leitura na diagramação, nos seguintes elementos da revista: capa, chapéu, título, texto, unidade visual e cores.

a) Capa

A capa é um dos elementos mais importantes da revista, afinal, ela é o primeiro contato que o possível leitor tem com a revista, logo, esta deve ser atrativa, objetiva, limpa e clara. Do ponto de vista gráfico, a Revista Ultimato tem observado bem estes

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critérios no momento da construção da capa.

b) Chapéu, título e texto

O chapéu também conhecido como cartola, é uma linguagem jornalística para descrever a palavra-chave que é posicionada sempre acima do título da matéria, e serve para atrair a leitura. A revista Ultimato, de um modo geral, faz bom uso do chapéu, sendo ele padronizado, obtendo certo destaque na página, não perdendo a harmonia e o equilíbrio.

Os títulos, porém, nem todos são bem trabalhados. Alguns são muito longos, o que não só dificulta a diagramação em uma coluna, como também deixa de lado a objetividade, já que a intenção da Revista é fisgar a atenção do leitor com poucas palavras. Nas primeiras páginas da revista, como na seção "abertura", o título é trabalhado com fontes distintas, o que dá destaque para a informação de maior relevância e o tema central do texto. Passando-se cinco páginas, os títulos são trabalhados com um mesmo tipo, no mesmo corpo, sem destaque algum no título da matéria de mais importância. O único recurso utilizado para hierarquização da informação é a exploração da leitura ocidental, feita da esquerda para a direita.

Já o texto, está bem disposto, com entrelinhamento confortável para leitura e espaçamento entre caracteres agradável. O tipo e o tamanho da letra também foram bem escolhidos, proporcionando uma boa leitura. A utilização do capitular também é interessante, sendo que foi feito o uso de uma fonte sem serifa contrastando com a fonte do corpo do texto, que é serifada. Um ponto negativo é o uso de linhas finas para separar as matérias, pois deixou a impressão de unir ainda mais as matérias já que não foi utilizado o espaço adequado entre elas que deixasse evidente de que se trata de matérias independentes. O espaçamento não está padronizado, o que deixa confuso, e sem área de respiro para os olhos.

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A revista Ultimato deixa em dúvida sobre sua identidade visual, já que não há uma unidade visual na diagramação da revista. Pode-se perceber que há cinco unidades visuais no decorrer da revista. Na seção “+ do que notícias” é uma seção simples, chega a ser um pouco pobre visualmente. Há algumas imagens não tão bem posicionadas, os títulos são padronizados, as matérias estão muito “coladas”, e o espaço em branco foi mal utilizado, a seção ficou um tanto pálida, as cores são bem pouco exploradas, o que a empobreceu visualmente. Este empobrecimento visual deve-se a falta do uso do contraste, que além de dinamizar mais a página, destaca a informação de maior relevância, dá vida e organização a página como um todo.

Logo após, vem à seção “Notícias” que possui basicamente o mesmo estilo de composição gráfica que a seção anterior, com acréscimo da barra lateral sangrada a esquerda. Ao invés das matérias estarem predominantemente dispostas na vertical como na seção “+ do que notícias”, elas estão trabalhadas em duas colunas, sendo duas matérias na horizontal e outra na vertical, o que deu certo movimento na página, mas ainda assim é uma página pobre, sem muitas imagens e as matérias continuam muito próximas.

A próxima seção é a “capa” onde contém a matéria principal, a barra lateral sangrada a esquerda se mantém, mas os títulos são trabalhados de maneira diferenciada, o que dá certo dinamismo no layout. Porém as imagens e Box estão sendo pouco explorados, o que deixa o texto muito corrido, cansativo e com a sensação de interminável.

As próximas sete seções “O caminho do coração”, “Da linha de frente”, “Meio ambiente e fé cristã”, “Missão Integral”, “Casamento e família”, “De hoje em diante...” e “Caminhos da missão” possuem a mesma composição visual. Em sua maioria com uma foto por seção, fazendo uso de um box no topo da página, onde se localiza o nome da seção e do escritor e o título. As cores dos box superiores vão mudando a cada seção, tendo cada uma delas uma cor predominante para diferenciá-las. O capitular é utilizado só que num corpo maior e com um box sangrada a esquerda. E no rodapé da página há uma linha grossa sangrada de fora a fora. A composição gráfica dessas seções são muito “quadradonas”, logo não há movimento nas páginas. Essas seções se diferenciam das outras de forma marcante.

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Já as seções “Ética”, “Reflexão”, “Redescobrindo a Palavra de Deus” e “Cidade em foco” possuem um estilo de diagramação agradável. Elas se iniciam com uma foto em destaque no topo da página e o título está sobreposto a foto, com destaque nas palavras mais importantes, dentro de um box. São, em sua maioria, matéria de duas páginas, onde é trabalhado olho, sendo olho um box que destaca algum assunto da matéria. As imagens fisgam de fato a atenção do leitor e estão relacionadas às matérias. Em cada uma das seções também são utilizadas cores diferentes.

Por fim, a seção “História” trabalhou com o título em grande destaque e uma ilustração na abertura da matéria. Há a presença de subtítulos bem demarcados e o uso de olho. Uma seção bem construída, mas que poderia ter sido trabalhada com mais contraste.

d) Cores

As cores foram bem escolhidas, mas mal distribuídas, pois várias páginas ficaram pálidas, sem contraste, sem vida, devido à escassez de cor. No entanto, outras páginas ficaram atraentes visualmente, organizadas. A seção “Entrevista”, por exemplo, ficou muito carregada, pois foram utilizadas cores que não possuem harmonia entre si, sendo o fundo na cor marrom-avermelhado e os títulos sendo trabalhados em um tom de azul-esverdeado. Ficou uma página pesada. Em suma, o que mais garantiu vida a revista Ultimato foram os anúncios que fizeram um excelente uso das cores.

Considerações finais

De um modo geral, o miolo da revista Ultimato possui uma composição gráfica confusa. Pois utiliza vários elementos de unidades visuais diferentes, o que impede que haja uma identidade visual única. Algumas páginas são muito pálidas e outras carregadas de cor. Observou-se, no entanto, que há páginas balanceadas, agradáveis, onde o uso do branco foi bem empregado, assim como as imagens, disposição do título e do texto.

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A utilização do grid não foi bem explorado, afinal, muitas páginas ficaram com aparência de ser um único bloco de informação, justamente por não ter sido utilizado a proximidade de maneira que contribuísse para diferenciar estes blocos. As linhas nas páginas deixaram a informação muito cercada, o que causa certa tensão ao leitor, de não ter um espaço em branco para onde os olhos podem escoar durante a leitura.

Pode-se pensar em utilizar um espaço maior entre as colunas para que o final do texto da coluna da esquerda não fique tão próximo com o início do texto da coluna da direita, o que causa certa confusão visual. Pode-se pensar também em criar uma identidade visual para a revista como um todo, claro, mantendo as peculiaridades de cada seção, porém não deixando a sensação de que esta não pertença ao todo, pela discrepância visual que há.

A diagramação da revista Ultimato se comunica sim com o leitor. Porém, como já mencionado, há muito que pode ser melhorado para deixar esta comunicação mais fluida, intuitiva, clara, objetiva e confortável.

Referências

BAER, Lorenzo. Produção gráfica. 4ª Ed. São Paulo, Editora SENAC, 2002. CÉSAR, Elben. Diário Íntimo de Ultimato, 2002. Disponível em:

<http://www.ultimato.com.br/pagina/diario-intimo-de-ultimato> Acesso em: 15 Nov 2011

CORRÊA, Thomaz Souto. Primeira parte de uma breve história das revistas, 2005. Disponível em: <http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.shtml> Acesso em: 17 Nov 2011

FONSECA, Ariane, As características da revista, 2010. Disponível em:

<

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GOULART, Alexander. Uma lupa sobre o jornalismo de revista, 2006. Disponível em:

<http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=388DAC001> Acesso

em: 20 Nov 2011

RIBEIRO, Milton. Planejamento Visual Gráfico. 7ª ed. rev. e atualizada, Brasília, Linha Gráfica Editora, 1998.

SANT’ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. 7ª Ed. São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2003.

WHITE, Jan V., Edição e Design: Para designers, diretores de arte e editores. São Paulo: JSN Editora Ltda., 2006.

WILLIANS, Robin. Design para quem não é designer – Noções Básicas de Planejamento Visual. 2ª ed., São Paulo: Callis Editora Ltda., 2008.

Referências

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