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DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO:

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

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DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO

ECONÔMICO BRASILEIRO: 1983-2007

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“DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO: 1983-2007”

RODRIGO VIEIRA VENTURA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Economia como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Economia.

Área de Concentração: Economia Empresarial

ORIENTADOR: FERNANDO AUGUSTO ADEODATO VELOSO

(3)

“DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO: 1983-2007”

RODRIGO VIEIRA VENTURA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Economia como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Economia.

Área de Concentração: Economia Empresarial

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________

Professor Dr. FERNANDO AUGUSTO ADEODATO VELOSO (Orientador) Instituição: IBMEC RJ

_____________________________________________________ Professor Dr. ALEXANDRE BARROS DA CUNHA

Instituição: IBMEC RJ

_____________________________________________________ Professor Dr. VICTOR GOMES E SILVA

Instituição: Universidade de Brasília (UnB)

(4)

339 V468

Ventura, Rodrigo Vieira.

Decomposição do crescimento econômico brasileiro: 1983-2007 / Rodrigo Vieira Ventura - Rio de Janeiro: Faculdades Ibmec, 2008.

Dissertação de Mestrado Profissionalizante apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Economia das Faculdades Ibmec, como requisito parcial necessário para a obtenção do título de Mestre em Economia.

Área de concentração: Economia empresarial.

1. Macroeconomia. 2. Crescimento econômico - Brasil. 3. Produtividade.

(5)

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Bete e Humberto, que sempre fizeram da educação de seus filhos a principal prioridade de suas vidas.

(6)

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Bete e Humberto, que me educaram e formaram diariamente nos últimos 25 anos, fazendo-me acreditar que o futuro é algo que pode ser construído com trabalho, dedicação, otimismo e superação.

Ao meu irmão Ricardo, pela amizade incondicional que só o seu melhor amigo pode lhe oferecer.

À Paula, pelo carinho, pelo presente e pelo futuro.

À Macroplan, em especial a Claudio Porto, pela confiança, pela formação, pelas oportunidades e pelo apoio no financiamento do curso de Mestrado.

(7)

RESUMO

Esta dissertação tem por objetivo analisar o crescimento econômico brasileiro entre 1983 e 2007, buscando evidenciar os determinantes do crescimento (capital físico, capital humano e Produtividade Total dos Fatores) com maior importância relativa em cada período por meio de um método denominado decomposição do crescimento. Os resultados demonstram que o capital humano (educação) consistiu no principal responsável pelo crescimento do produto por trabalhador no Brasil durante os últimos 25 anos. Além disso, evidencia-se que a trajetória de queda da PTF nos anos 80 é sucedida por sua substancial recuperação na década seguinte. Este movimento de recuperação da PTF mostra-se mais acentuado entre 2003 e 2007, sendo este componente o principal responsável pela aceleração do crescimento econômico registrada no período.

(8)

ABSTRACT

This dissertation explores the Brazilian economic growth performance between 1983 and 2007. It empirically shows the most important determinants of economic growth (capital, education and Total Factor Productivity) for the Brazilian economy in several periods of the last 25 years, in a method called growth decomposition. The growth decomposition exercises shows that the human capital (education) performance was the main responsible for the Brazilian economic growth from 1983 and 2007. In addition, we conclude that the downfall in productivity in the 80’s was succeeded by its recuperation in the 90’s. This increasing TFP growth becomes stronger from 2003 to 2007 and stimulates the accelerated economic growth occurred in this period.

(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Taxa de Crescimento da Produtividade e Outras Estatísticas ... 27 Tabela 2 – Decomposição Logarítmica do Crescimento - Método 1: População Economicamente Ativa (PEA) ... 29 Tabela 3 – Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento - Método 1: População Economicamente Ativa (PEA) ... 30 Tabela 4 – Decomposição Logarítmica do Crescimento - Método 2: População Ocupada (PO) ... 32 Tabela 5 – Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento - Método 2: População Ocupada (PO) ... 33 Tabela A1 – Taxa de Crescimento da Produtividade e Outras Estatísticas para Períodos Adicionais ... 42 Tabela A2 – Decomposição Logarítmica do Crescimento para Períodos Adicionais - Método 1: População Economicamente Ativa (PEA) ... 43 Tabela A3 – Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento para Períodos Adicionais - Método 1: População Economicamente Ativa (PEA) ... 44 Tabela A4 – Decomposição Logarítmica do Crescimento para Períodos Adicionais - Método 2: População Ocupada (PO) ... 45 Tabela A5 – Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento para Períodos Adicionais - Método 2: População Ocupada (PO) ... 46

(10)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 1

2 REVISÃO DA LITERATURA ... 4

2.1 GOMES, PESSÔA E VELOSO (2003) ... 4

2.2 BUGARIN, ELLERY JR., GOMES E TEIXEIRA (2004) ... 8

2.3 BACHA E BONELLI (2005) ...10

2.4 FERREIRA, ELLERY JR. E GOMES (2008) ...12

3 METODOLOGIA E BASE DE DADOS ... 15

3.1 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO ...16

3.2 DECOMPOSIÇÕES DO CRESCIMENTO ...20

4 RESULTADOS ... 23

4.1 EVOLUÇÃO DA PTF NO BRASIL ...24

4.2 DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO ...28

5 CONCLUSÕES ... 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 40

(11)

1 INTRODUÇÃO

Esta dissertação tem por objetivo analisar o crescimento do produto por trabalhador da economia brasileira nos últimos 25 anos, avaliando, para diversos sub-períodos, a contribuição relativa dada por cada um dos determinantes do crescimento: produtividade total dos fatores (PTF), estoque de capital físico e estoque de capital humano.

A decomposição do crescimento e o comportamento da PTF no Brasil em distintos períodos são objeto de estudo de diversos artigos. Gomes, Pessôa e Veloso (2003) apontam que a PTF foi o principal determinante de crescimento do produto por trabalhador da economia brasileira no período 1950-2000. Além disso, evidenciam que, entre 1976 e 1992, a produtividade da economia brasileira registrou queda substancial, recuperando-se no período seguinte – 1992 a 2000.

Bugarin, Ellery Jr., Gomes e Teixeira (2004) também analisam a evolução do crescimento econômico brasileiro nas décadas de 70, 80 e 90. O estudo aponta que, entre 1971 e 1974, o comportamento da PTF constituiu-se no principal determinante do crescimento do PIB per capita brasileiro. Entre 1975 e 1998, o acúmulo de capital se transformou no principal determinante do crescimento, enquanto que a contribuição da

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evidências do incremento da contribuição da PTF para o crescimento do PIB per capita no período.

O comportamento do crescimento econômico brasileiro nas décadas de 80 e 90 também é analisado em Bacha e Bonelli (2005). O estudo revela que a poupança, por si só, é insuficiente para explicar o colapso da acumulação de capital e do crescimento do PIB brasileiro após 1980. Até o início dos anos 80, a taxa de poupança foi a principal fonte de dinamismo do estoque de capital. O colapso do crescimento do estoque de capital após 1984, no entanto, é explicado principalmente pelo comportamento adverso do preço relativo do investimento.

Ferreira, Ellery Jr. e Gomes (2008) discutem o comportamento da PTF no Brasil entre 1970 e 1998, buscando identificar o quanto de sua queda pode ser explicada a partir de mudanças na forma tradicional de cálculo do estoque de capital físico. O estudo conclui que, ao comparar as diversas medidas, percebe-se a robustez do grande declínio da PTF no Brasil de 1970 a 1998.

A dissertação segue a mesma metodologia empregada por Gomes, Pessôa e Veloso (2003), estendendo a análise relacionada ao cálculo da PTF e à decomposição do crescimento econômico até 2007. Adicionalmente, estima a PTF com a utilização de medidas alternativas para o cálculo do fator de produção trabalho, obtendo-a a partir da população economicamente ativa (PEA) e, alternativamente, a partir da população ocupada. Cabe ressaltar que a variável de capital humano utilizada nesta dissertação é calculada a partir dos dados de escolaridade do Ipeadata, enquanto que Gomes, Pessôa e Veloso (2003) utilizam dados de escolaridade de Barro e Lee (2000).

(13)

Os resultados encontrados indicam que as conclusões acerca do comportamento do crescimento econômico brasileiro nos últimos 25 anos não são influenciadas por modificações na forma de mensuração do fator de produção trabalho. Para ambas as séries – PEA e população ocupada –, a evidência mostra que, entre 1983 e 2007, a economia brasileira registrou queda da PTF.

Entre 1983 e 1992, essa queda foi mais acentuada, mantendo-se relativamente estável entre 1992 e 2001. No período 2001-2007, a produtividade da economia brasileira registrou trajetória de crescimento, que, por seu turno, mostrou-se mais intensa a partir de 2003.

No que se refere à decomposição do crescimento, os resultados encontrados são de que a acumulação de capital humano – determinado pela ampliação da escolaridade da força de trabalho brasileira – consistiu no principal determinante do crescimento econômico do País no período 1983-2007. Em particular, uma parcela expressiva da acumulação de capital físico ao longo do período pode ter sido induzida pelo crescimento do capital humano e da PTF.

A dissertação está organizada em cinco capítulos, incluindo esta introdução. No capítulo 2 é apresentada a revisão da literatura econômica relacionada a este tema. No capítulo 3 apresentamos a descrição da base de dados e da metodologia utilizada. No capítulo 4 são apresentados os resultados obtidos, seguidos da conclusão no capítulo 5.

(14)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 GOMES, PESSÔA E VELOSO (2003)

O estudo analisa a evolução da PTF para a economia brasileira de 1950 a 2000. Primeiramente, o artigo faz uma análise comparativa da PTF utilizando uma amostra de países desenvolvidos e em desenvolvimento, buscando confrontar o observado para o Brasil com o ocorrido em outros países. Essa análise permite que se identifique até que ponto a evolução da PTF no Brasil reflete características específicas da economia brasileira – como políticas econômicas e as instituições que moldam a estrutura de incentivos da economia – ou fatores comuns a outras economias.

Os autores subdividem a PTF em duas parcelas. A primeira consiste em uma taxa calibrada de progresso tecnológico, suposta constante e comum a todas as economias. Denominada de evolução da “fronteira tecnológica”, ela é calculada com base no comportamento de longo prazo do produto por trabalhador da economia norte-americana. Já a segunda parcela corresponde à diferença entre a evolução da PTF e a fronteira tecnológica, sendo denominada por evolução da produtividade total dos fatores descontada (PTFD). Nesse sentido, entende-se por PTFD a componente de produtividade específica ao país, enquanto que a fronteira tecnológica corresponde ao

(15)

crescimento da produtividade resultante da ligação da economia com as demais economias de mercado.

Os métodos de cálculo da PTF utilizados no artigo permitem que se avalie até que ponto a trajetória de uma determinada economia reflete dinâmica de transição ou crescimento balanceado. Para tal, a evolução da PTFD é investigada para um conjunto de 30 países selecionados e divididos nos seguintes grupos: América Latina, Europa Continental, Países de Língua Inglesa, Países Ibéricos e Leste Asiático.

O estudo utiliza duas bases de dados. Para os dados de produto por trabalhador, população economicamente ativa (PEA) e investimento, é empregada a Penn-World Table (PWT) versão 6.1 – base de dados que contém informações sobre 23 variáveis para 168 países. A vantagem proporcionada pela PWT é que as estatísticas das Contas Nacionais são calculadas a preços internacionais, segundo o conceito de paridade de poder de compra, que corrige os efeitos de diferenças sistemáticas de custo de vida entre as economias.

Já os dados referentes aos anos médios de escolaridade da PEA foram obtidos em Barro e Lee (2000), onde constam os anos médios de escolaridade da PEA a cada cinco anos para uma grande amostra de países entre 1960 e 2000.

A produção agregada é representada pela função de produção, dada pela especificação Cobb-Douglas: α α λ − = it it ( it t)1 it A k h y

(16)

onde y é o produto por trabalhador da i-ésima economia no instante t, it A é a PTFD, it

it

k é o capital por trabalhador, h é o capital humano (educação) por trabalhador e it

t

λ

representa a evolução da fronteira tecnológica.

O capital humano é calculado a partir dos anos médios de escolaridade da PEA e

da taxa de retorno da escolaridade sobre a produtividade do trabalho. O estoque de

capital físico por trabalhador é calculado a partir do método do inventário perpétuo,

utilizando-se o investimento bruto e o estoque de capital agregado para cada ano, além

de uma taxa de depreciação constante e igual a 3,5% a.a. no período 1950-2000.

Nesta abordagem, a PTFD para cada economia a cada ano, dada por A , é it

calculada a partir da função de produção:

α α

λ

− = 1 ) ( it t it it it H k y A

Por fim, para obter o valor da taxa de progresso tecnológico foi ajustada uma

tendência exponencial à série do produto por trabalhador dos EUA entre 1950 e 1972,

corrigindo pelo aumento da escolaridade média da força de trabalho. Usando esse

procedimento, foi obtida uma taxa anual de progresso tecnológico de 1,53% a.a..

O cálculo da decomposição de crescimento permite determinar, para cada

intervalo de tempo, qual a contribuição quantitativa de cada um desses quatro

componentes – capital humano, capital físico, PTFD e fronteira tecnológica – para a

evolução do produto por trabalhador. A decomposição logarítmica do crescimento entre

(17)

) ( ) ( , , , , ln ) 1 ( ln ln ) 1 ( ln ln it N t i h h it N t i t N t it N t i it N t i e e k k A A y y φ φ

α

α

λ

λ

α

+ − + + − + = + + + +

Em seguida, o artigo apresenta uma decomposição alternativa do crescimento, na

qual a contribuição do capital é mensurada utilizando-se a relação capital-produto em

vez da relação capital-trabalho. A idéia por trás desse procedimento é que, como em

crescimento balanceado a razão capital-produto é constante, a acumulação de capital

induzida pelo progresso tecnológico será atribuída corretamente ao aumento da PTF e da

escolaridade, o que não ocorre na contabilidade tradicional do crescimento. A

decomposição alternativa do crescimento é dada por:

it N t i h h it N t i t N t it N t i it N t i e e A A y y ( ) ( , , , , ln ln 1 ln ln 1 1 ln φ φ

κ

κ

α

α

λ

λ

α

+ + − + + − = + + + +

onde

κ

it representa a relação capital-produto da economia.

Como conclusões, o estudo aponta que, entre 1950 e 1967, a trajetória da

economia brasileira apresenta as características de uma trajetória de crescimento

balanceado. Entre 1967 e 1976, por sua vez, há evidência de crescimento da PTF além

da evolução da fronteira tecnológica. Já entre 1976 e 1992, a PTF cresceu a uma taxa

inferior à taxa de crescimento da fronteira tecnológica, registrando taxas negativas

durante a década de 1980. Por fim, entre 1992 e 2000, a trajetória da economia

brasileira, mais uma vez, apresenta características de uma trajetória de crescimento

(18)

Outro importante resultado obtido é que a PTF foi o principal determinante de

crescimento do produto por trabalhador da economia brasileira no período 1950-2000.

No entanto, o estudo sugere que esse crescimento da PTF deveu-se exclusivamente à

evolução da fronteira tecnológica à qual a economia brasileira teve acesso em função de

sua ligação com as demais economias de mercado. Para a década de 1990, por sua vez,

grande parte do crescimento do produto por trabalhador foi fruto da elevação da

escolaridade da PEA.

Por fim, os resultados mostram que o crescimento da PTF em relação à evolução

da fronteira tecnológica, observada no Brasil entre 1967 e 1976, não se verificou em

outros países. Por outro lado, embora a queda da PTF no Brasil entre 1976 e 1992

também tenha se verificado em outros países, a intensidade e a duração dessa queda só

encontram paralelo em países da América Latina. Tal evidência sugere que as variações

da PTF nesses períodos possivelmente refletem características próprias da economia

brasileira e de outras economias da América Latina, como a qualidade da política

econômica e do ambiente institucional.

2.2 BUGARIN, ELLERY JR., GOMES E TEIXEIRA (2004)

O estudo analisa a evolução da economia brasileira nas últimas décadas, buscando

descrever os principais determinantes do crescimento do PIB per capita em dois

sub-períodos distintos: a década de 70 – período conhecido como “milagre econômico” – e

os anos 80 e 90, quando o PIB per capita brasileiro registrou estagnação. Em linhas

gerais, o estudo busca estimar a contribuição do progresso tecnológico, medido pela

(19)

Aplicando o modelo Cass-Koopmans para dados da economia brasileira relativos

ao período de 1970 a 1998, o estudo revela uma brusca mudança de comportamento do

crescimento econômico nos dois sub-períodos avaliados. Entre 1970 e 1979, o Brasil

cresceu pouco acima de 5% a.a., enquanto que entre 1981 e 1998 este crescimento

despencou para menos de 0,3% a.a..

Adicionalmente, traz luz ao fato de que, mesmo dentro de cada um dos

sub-períodos analisados – 1971 a 1980 e 1981 a 1998 –, o perfil do crescimento econômico é

distinto, com os determinantes da expansão do PIB per capita oscilando no decorrer do

tempo. Para tal, o estudo utiliza como metodologia a função de produção agregada, onde

o fator de produção trabalho é calculado a partir do número de horas trabalhadas –

obtido por meio de dados agregados da PNAD – e a eficiência da economia é medida

pela PTF. O estoque de capital, por sua vez, é medido utilizando-se dados da formação

bruta de capital físico (FBKF) presente nas Contas Nacionais.

O estudo revela que o Brasil cresceu de maneira contínua ao longo da década de

70, com o PIB per capita registrando expansão média de 5,05% a.a. entre 1970 e 1979.

No entanto, o principal determinante do crescimento econômico é diferente no decorrer

do período. Entre 1971 e 1974, quando o PIB per capita cresceu, em média, 9,24% a.a.,

o comportamento da PTF constituiu-se no principal determinante deste crescimento,

contribuindo com 5,48 pontos percentuais deste total.

A partir do primeiro choque do petróleo, o ambiente internacional se deteriorou e

a natureza do crescimento econômico brasileiro, conseqüentemente, se modificou.

(20)

PND). Responsável pela expansão dos investimentos totais, o Plano contribuiu para que,

entre 1975 e 1980, o acúmulo de capital se transformasse no principal determinante do

crescimento econômico brasileiro. Enquanto isso, a contribuição da PTF ao crescimento

tornou-se negativa.

O segundo sub-período analisado, 1981-1998, também retrata a mudança do

padrão de crescimento da economia brasileira. Entre 1981 e 1998, o PIB per capita

cresceu, em média, 0,28% a.a. e foi estimulado, principalmente, pelo acúmulo de

capital. Contudo, a contribuição da PTF à expansão da economia, que decresceu

continuadamente entre 1981 e 1992, torna-se o principal determinante do crescimento

econômico nos anos seguintes (1993 a 1998). Entre 1981 e 1988, a contribuição da PTF

à expansão do PIB per capita é negativa e equivalente a 1,63 pontos percentuais, se

reduz para -5,41 pontos percentuais entre 1989 e 1992 e, entre 1993 e 1998, sobe

abruptamente para 2,02 pontos percentuais.

2.3 BACHA E BONELLI (2005)

O estudo analisa a experiência brasileira de crescimento, em especial buscando

investigar a razão da drástica desaceleração do crescimento do PIB do Brasil a partir de

1980. Sua característica distintiva, no entanto, é uma nova maneira de expressar a

igualdade entre poupança e investimento como forma de organizar a contabilidade do

crescimento brasileiro.

Utilizando dados para o Brasil para o período 1941-2002, o estudo,

primeiramente, encontra uma associação positiva e robusta entre as séries históricas das

(21)

o foco é dado à análise dos principais determinantes da taxa de crescimento do estoque

de capital: preço relativo do investimento, produtividade do capital e grau de utilização

da capacidade instalada. Para tal, estima o modelo AK – onde a acumulação de capital é

o único fator responsável pelo crescimento do PIB – para dados brasileiros em vários

períodos.

No modelo, as variáveis determinantes da acumulação de capital, medida pela

taxa de crescimento do estoque de capital, são o investimento bruto real, o estoque de

capital existente e a taxa de depreciação. Ademais, o modelo mostra que o impacto da

taxa de poupança na taxa de crescimento do estoque de capital é condicionado pelo

preço relativo do investimento, a capacidade instalada e a produtividade do capital.

Nesse sentido, observa-se que o crescimento do estoque de capital avançou a taxas

muito elevadas até meados dos anos 80, atingindo pico de 8,5% a.a. durante o período

do “milagre econômico” (1964-74). O comportamento de seus componentes, entretanto,

mudou de forma substancial nas diferentes fases consideradas. Entre 1942 e 1974, a

utilização média de capacidade permaneceu em níveis elevados, em 97%. Depois disso,

no período 1974-1984, declinou fortemente. A produtividade – medida pelo inverso da

relação capital-produto –, por seu turno, caiu durante toda a história, tendo sua tendência

declinante acentuada no período 1974-1984. Já o preço relativo do investimento

aumentou continuadamente em todos os períodos, e de forma particularmente forte a

partir de 1984.

Dentre seus resultados, o estudo revela que a poupança, por si só, é insuficiente

(22)

fonte de dinamismo do estoque de capital. O colapso do crescimento do estoque de

capital após 1984, no entanto, é explicado principalmente pelo comportamento adverso

do preço relativo do investimento. Em resumo, a principal razão da depressão na

acumulação de capital no Brasil nos últimos 20 anos parece ter sido o aumento no preço

relativo do investimento, que reduziu fortemente o poder de compra da poupança.

Assim, para uma descrição mais completa da acumulação de capital no Brasil é

preciso levar em conta, além da poupança, as mudanças no preço relativo do

investimento, a produtividade do capital e o grau de utilização da capacidade instalada.

2.4 FERREIRA, ELLERY JR. E GOMES (2008)

Usualmente, a PTF é calculada a partir de estimativas para o estoque de capital e

de horas trabalhadas, bem como de uma função de produção agregada. As estimativas

de estoque de capital são construídas geralmente através da acumulação do

investimento, porém este método apresenta uma série de problemas como descrito em

Pritchett (2000). De maneira análoga, problemas relacionados ao uso do capital

costumam ser desconsiderados no cálculo da PTF em vários trabalhos aplicados.

É com este espírito que o artigo discute o comportamento da PTF no Brasil,

buscando identificar o quanto de sua queda pode ser explicada a partir de mudanças na

forma tradicional de cálculo desta variável. Tendo o problema da mensuração de

insumos em mente, no trabalho são feitos vários cálculos da PTF de forma a considerar

diversas medidas alternativas da produtividade.

O caso base para análise da PTF utiliza dados de capital e trabalho comuns na

(23)

Nacional Bruto (PNB), o estoque de capital é construído a partir da série de

investimento do IBGE – assumindo taxa de depreciação de, aproximadamente, 9% – e o

fator de produção trabalho é calculado a partir da série de total de horas trabalhadas,

obtida na PNAD.

Utilizando séries temporais para o Brasil no período entre 1970 e 1998, o estudo

analisa a PTF em termos relativos – tal como em Gomes, Pessôa e Veloso (2003) –,

utilizando a PTF norte-americana como norma, dado que foi a economia dos EUA a

líder de crescimento econômico no século XX. Primeiramente, analisa o caso-base de

medida da PTF para o Brasil e, em seguida, realiza estimativas da produtividade

considerando a utilização do capital, a semana de uso do capital e, também, medindo o

capital a partir do consumo de energia.

Após apresentar uma estimativa da PTF com capital humano, o estudo analisa

medidas alternativas de mensuração do estoque de capital no Brasil para o cálculo da

produtividade. Na primeira, o capital é composto apenas por máquinas e equipamentos,

e na segunda é construído um estoque de capital onde são adicionadas as construções

não-residenciais às séries de máquinas e equipamentos.

O principal resultado do artigo é que, ao comparar as diversas medidas,

percebe-se a robustez do grande declínio da PTF no Brasil de 1970 a 1998. Modificações no

modelo básico não foram suficientes para mudar este resultado. Isto significa que

considerar fatores como uso do capital, medidas alternativas para mensuração do capital

e usar ou não uma medida de capital humano não levam a mudanças significativas no

(24)

De fato, a única estimação que se diferencia em termos quantitativos ocorre

quando a PTF é corrigida por movimentos no preço relativo do investimento em relação

ao produto e, mesmo neste caso, o resultado qualitativo – o declínio da produtividade

nos anos 80 – permanece. Diante disso, a conclusão do estudo é que mudanças na forma

de cálculo da PTF não geram mudanças importantes no fato de que seu comportamento

explica de forma significativa o comportamento do PIB per capita brasileiro.

(25)

3 METODOLOGIA E BASE DE DADOS

A metodologia utilizada para a decomposição do crescimento é a mesma descrita

por Gomes, Pessôa e Veloso (2003), onde foi utilizado o modelo neoclássico de

crescimento. O emprego da mesma metodologia torna possível, portanto, a

comparabilidade dos resultados aqui apresentados com aqueles obtidos pelos autores.

Três bases de dados foram utilizadas. Para os dados de escolaridade, PIB e

investimento, utilizou-se as séries históricas do Ipeadata. Já para a composição da série

histórica relacionada ao fator de produção trabalho, foram utilizados dois dados de

fontes distintas.

Primeiramente, foi empregada a série da PEA encontrada na atualização 6.1 da

Penn World Table (PWT), base de dados internacional que contém informações sobre

23 variáveis para 168 países. Além disso, como método alternativo para elaboração da

série histórica de trabalho, foram utilizados os dados da população ocupada presentes na

(26)

3.1 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

As possibilidades de produção da economia podem ser descritas pela seguinte

função: ) , ( t t t t A f k h y =

onde y é o produto por trabalhador no instante t, t A é a PTF, t k é o capital por t

trabalhador e h é o capital humano por trabalhador. t

A hipótese assumida é a de que f(.) tem as propriedades de uma função de

produção neoclássica: homogeneidade de 1º grau e produtividade marginal positiva e

decrescente nos fatores de produção.

Neste trabalho, é adotada uma forma funcional específica para a função de

produção, dada pela especificação Cobb-Douglas:

α

α −

= t t t1

t Ak h

y

onde α é a elasticidade do produto em relação ao capital, o equivalente à participação do

capital na renda em equilíbrio competitivo. Neste trabalho, assim como em Gomes,

Pessôa e Veloso (2003), supõe-se α igual a 0,40 – valor que descreve a participação do

(27)

3.1.1 Produto

A variável de produto foi construída utilizando-se os dados do Ipeadata para o

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a preços de 2007.

3.1.2 Capital Humano

A educação afeta o capital humano de acordo com a seguinte função:

) (st

t e

h = φ

onde st denota a escolaridade média, medida em anos de estudo, da população adulta

brasileira. A evidência empírica, descrita em Psacharopoulos (1994), mostra que a

função

φ

(.) é côncava, o que estabelece que há uma relação decrescente entre a escolaridade média e a sua taxa de retorno. Bils e Klenow (2000) sugerem a seguinte

especificação funcional: ψ

ψ

θ

φ

− − = 1 1 ) (s s onde θ > 0 e 0 < ψ < 1.

Os parâmetros utilizados neste trabalho são aqueles sugeridos em Bils e Klenow

(2000) e utilizados em Gomes, Pessôa e Veloso (2003): θ = 0,32 e ψ = 0,58.

(28)

brasileiros com 25 anos ou mais de idade. A escolaridade média consiste na razão entre

o somatório do número de anos de estudo completados pelas pessoas que tem 25 ou

mais anos de idade e o número de pessoas nessa faixa etária.

Para os anos de 1991, 1994 e 2000, em que não havia observações disponíveis,

fez-se uma interpolação linear dos dados existentes. Além disso, dado que a série

histórica do indicador se estende apenas até 2005, para o período 2006-2007 utilizou-se

uma extrapolação da tendência evidenciada nos cinco anos anteriores.

3.1.3 Capital Físico

O estoque de capital físico por trabalhador é obtido a partir do método do

inventário perpétuo, descrito pela seguinte equação:

t t

t K I

K +1 =(1−δ) +

onde δ é a taxa de depreciação física do capital, It é o investimento bruto em t e Kt é o

estoque de capital agregado. A taxa de depreciação utilizada neste trabalho é constante é

igual àquela calculada por Gomes, Pessôa e Veloso (2003): 3,5% a.a..

Este procedimento requer um valor inicial para o estoque de capital, K0. Nesse

sentido, utiliza-se como estoque inicial o mesmo valor empregado por Gomes, Pessôa e

Veloso (2003) no ano de 1950, extraído do Ipeadata. É a partir deste valor que se

calcula a série histórica de capital físico para o período de análise 1983-2007.

Os investimentos totais em cada ano são obtidos no banco de dados do Ipeadata a

(29)

de capital fixo. Ademais, o estoque de capital é dividido por uma medida de trabalho

para a construção da série histórica do capital por trabalhador.

3.1.4 Trabalho

Para elaborar a série de trabalho, foram utilizados dois métodos alternativos.

Primeiro, foi construída para o Brasil a mesma série da PEA utilizada em Gomes,

Pessôa e Veloso (2003), obtida na PWT. Outra medida utilizada do número de

trabalhadores é a força de trabalho ocupada. Nesse sentido, foi construída a partir de

dados do Banco Central (BCB) uma série para a população ocupada brasileira – número

de pessoas que declararam estar ocupadas na semana de referência. Para os anos de

1994 e 1997, em que não havia observações disponíveis, fez-se uma interpolação linear

dos dados existentes.

3.1.5 Produtividade Total dos Fatores (PTF)

Uma das contribuições desse trabalho é descrever a dinâmica da PTF na economia

brasileira. Calculada a partir da função de produção, a PTF da economia brasileira a

cada ano, At, é dada por:

α α − = 1 t t t t h k y A

(30)

3.2 DECOMPOSIÇÕES DO CRESCIMENTO

A partir dos elementos que fazem parte da função de produção, é possível calcular

a decomposição do crescimento econômico brasileiro entre 1983 e 2007. Isto é, pode-se

determinar, para cada intervalo de tempo, qual a contribuição quantitativa de cada um

dos três componentes – PTF, capital humano e capital físico – para a evolução do

produto por trabalhador.

São considerados dois métodos para a decomposição do crescimento: a

decomposição logarítmica do crescimento e a decomposição logarítimica alternativa do

crescimento.

3.2.1 Decomposição Logarítmica do Crescimento

A decomposição logarítmica do crescimento é comumente encontrada na

literatura. Pode-se calcular a variação logarítmica da PTF, do capital físico e do capital

humano entre dois instantes t e t+N a partir da equação a seguir:

) ( ) ( ln ) 1 ( ln ln ln t N t h h t N t t N t t N t e e k k A A y y φ φ α α + − + + = + + +

A importância relativa para o crescimento do produto por trabalhador de variações

na PTF, acumulação de capital físico por trabalhador e variação da escolaridade média

(31)

t N t h h t N t t N t t N t t N t y y e e y y k k y y A A t N t + + + + + + − ln ln ) 1 ( , ln ln , ln ln ) ( ) ( φ φ α α

A decomposição descrita acima corresponde à contabilidade tradicional do

crescimento1.

3.2.2 Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento

A decomposição logarítmica alternativa do crescimento difere da primeira por

descontar da contribuição do capital aquela parcela que é induzida pelo progresso

tecnológico e elevação da escolaridade. A decomposição logarítmica alternativa do

crescimento é dada pela seguinte equação:

) ( ) ( ln ln 1 ln 1 1 ln t N t h h t N t t N t t N t e e A A y y φ φ κ κ α α α + + − + − = + + +

onde κt é a relação capital-produto da economia brasileira no instante t.

Esse procedimento implica que, como em crescimento balanceado a razão

capital-produto é constante, a acumulação de capital induzida pelo progresso tecnológico será

atribuída corretamente ao aumento da PTF e da escolaridade, o que não ocorre na

contabilidade tradicional do crescimento2.

(32)

A importância relativa para o crescimento do produto por trabalhador de variações

na PTF, acumulação de capital físico e variação da escolaridade média da força de

trabalho é dada por:

t N t h h t N t t N t t N t t N t y y e e y y y y A A t N t + + + + + + − − ln ln , ln ln 1 , ln ln 1 1 ) ( ) ( φ φ κ κ α α α

A vantagem da decomposição alternativa em relação à contabilidade tradicional

do crescimento é que ela, além de calcular corretamente a importância relativa da PTF,

também permite que se avalie até que ponto a trajetória da economia reflete uma

dinâmica de transição ou trajetória de crescimento balanceado. Isso se deve ao fato de

que o modelo neoclássico prevê que, em crescimento balanceado, a importância relativa

do capital é nula. Portanto, dependendo do valor da importância relativa da relação

capital-produto, pode-se avaliar até que ponto a trajetória da economia captura uma

(33)

4 RESULTADOS

Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos para a economia brasileira

no período 1983-2007, utilizando-se as diferentes especificações de decomposição do

crescimento. Além disso, são apresentados os resultados para as duas séries temporais

construídas para o fator de produção trabalho, com a análise das diferenças encontradas

entre eles.

Os resultados são apresentados para diferentes períodos. Além da análise do

comportamento do crescimento econômico brasileiro em todo o período de estudo,

1983-2007, é dada atenção especial aos seguintes sub-períodos:

• 1983-1992, período de baixo crescimento da economia brasileira, durante

o qual houve a crise do endividamento e elevadas taxas de inflação;

• 1992-2001, período de baixo crescimento econômico, mas durante o qual,

a partir do sucesso do Plano Real, em 1994, o País conquistou a

(34)

• 2001-2007, período de crescimento econômico mediano e que apresenta

uma atualização dos resultados encontrados por Gomes, Pessôa e Veloso

(2003) à luz dos dados mais recentes; e

• 2003-2007, período para o qual se observou aceleração do crescimento

econômico.

Adicionalmente, é feita a decomposição do crescimento para três sub-períodos

complementares. O primeiro consiste no período 1983-1993, marcado pela

hiperinflação. Os demais períodos, 1994-2002 e 2002-2007, coincidem com os períodos

de mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso e do Presidente Luís Inácio Lula

da Silva, respectivamente.

Cabe ressaltar que, embora o primeiro ano do Governo Fernando Henrique

Cardoso tenha sido 1995 e o do Governo Lula tenha sido 2003, na decomposição

logarítmica o crescimento dos anos 1995 e 2003 faz parte dos períodos 1994-2002 e

2002-2007, respectivamente. Os principais resultados para estes períodos adicionais são

destacados ao longo desta seção, e as tabelas completas com os resultados encontrados

constam no Apêndice desta dissertação. A seguir, são apresentados o cálculo da PTF

para o Brasil e os resultados das duas decomposições de crescimento: logarítmica e

alternativa.

4.1 EVOLUÇÃO DA PTF NO BRASIL

Conforme reportado nas seções anteriores, a PTF é calculada a partir da função de

(35)

período 1983-2007. O gráfico apresenta a PTF em nível calculada a partir de duas

formas alternativas de mensuração do fator de produção trabalho: a partir da PEA,

utilizando-se a base de dados da PWT [PTF (PEA)]; e a partir da população ocupada,

com os dados disponibilizados pelo BCB [PTF (PO)].

Para ambas as séries, a evidência mostra que, entre 1983 e 2007, a economia

brasileira registrou queda da PTF. A PTF calculada a partir dos dados da PWT

apresentou queda de 12% em todo o período, enquanto que a produtividade medida pela

população ocupada caiu 15%.

Gráfico 1 – Evolução da PTF: 1983-2007 (Base 1983=100)

70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 PTF (PEA) PTF (PO)

Entre 1983 e 1992, essa queda foi mais acentuada. Usando-se a série de trabalho

da PWT, registra-se uma queda acumulada de 16%. Quando a PTF é calculada a partir

(36)

apontam que nos anos de hiperinflação, 1983-1993, a PTF apresentou a maior redução

de todo o período analisado.

De 1992 a 2001, a PTF manteve-se relativamente estável. Medida a partir da PEA,

a produtividade oscilou negativamente em 0,2% a.a., à razão que, calculada a partir da

população ocupada, subiu 0,1% a.a.. Nesse aspecto, um ponto importante encontra-se

no fato de que a economia brasileira não conseguiu recuperar os níveis de produtividade

observados no início dos anos 80, inclusive permanecendo com a PTF em nível abaixo

ao observado no auge da crise do endividamento, em 1987, quando se deu a moratória

da dívida brasileira.

Entre 2001 e 2007, a produtividade da economia brasileira registra trajetória de

crescimento. A PTF se expandiu em 1,1% a.a. medida pela PEA e 0,6% a.a. medida

pela população ocupada. Essa trajetória de recuperação da produtividade mostra-se mais

intensa a partir de 2003, quando se observou a aceleração do crescimento econômico.

De 2003 a 2007, a PTF cresceu cerca de 2% a.a., calculada com as séries de trabalho da

PEA e da população ocupada.

A Tabela 1 sintetiza a evolução da PTF e dos outros determinantes do crescimento

(37)

Tabela 1 – Taxa de Crescimento da Produtividade e Outras Estatísticas

Período

Taxa anual de crescimento

y k h A 1983-1992 -0,3% 1,9% 1,3% -1,9% (-0,8%) (1,4%) (1,3%) (-2,2%) 1992-2001 0,9% 0,7% 1,5% -0,2% (1,5%) (1,3%) (1,5%) (0,1%) 2001-2007 2,0% 0,7% 1,1% 1,1% (1,3%) (-0,1%) (1,1%) (0,6%) 2003-2007 2,9% 0,9% 0,9% 2,0% (3,1%) (1,1%) (0,9%) (2,1%) 1983-2007 0,7% 1,2% 1,3% -0,5% (0,6%) (1,0%) (1,3%) (-0,6%)

Obs: Os resultados entre parênteses são aqueles obtidos a partir da série de trabalho construída com a população ocupada. Em negrito são os resultados obtidos com a série de PEA da PWT.

Dentre os resultados encontrados, evidencia-se ainda que durante o Governo

Fernando Henrique Cardoso, quando o produto por trabalhador da economia brasileira

cresceu próximo a 0,5% a.a., a produtividade registrou ligeira desaceleração. Medida

tanto pela PEA quanto pela população ocupada, a PTF apresentou taxa de crescimento

negativa, equivalente a -0,6% a.a..

Durante o Governo Lula, quando a taxa de crescimento do produto por

trabalhador situou-se pouco acima de 2% a.a., a PTF consistiu no componente que

apresentou crescimento mais acentuado. A produtividade registrou crescimento anual

médio de 1,3%, medida pela PEA, e de 1,4%, medida pela população ocupada. A

Tabela A1, localizada no Apêndice desta dissertação, traz os resultados completos da

(38)

O comportamento da PTF no Brasil em distintos períodos é objeto de estudo de

diversos artigos, incluindo Bonelli e Fonseca (1998), Silva Filho (2001), Pinheiro et alli

(2001) e Gomes, Pessôa e Veloso (2003). De maneira geral, tais artigos encontram taxa

negativa de crescimento para a PTF na década de 1980 e uma reversão dessa tendência

na década de 90, com a taxa de crescimento atingindo, inclusive, valores positivos.

Como evidencia a Tabela 1, os resultados aqui demonstrados são consistentes com

as evidências para o Brasil encontradas na literatura econômica. A taxa de crescimento

da PTF é, em média, negativa no período 1983-1992, e apresenta reversão no período

1992-2001, oscilando em torno de zero e atingindo, eventualmente, valores positivos. A

tendência de crescimento positivo da PTF se consolida a partir de 2001.

4.2 DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO

Nesta seção são apresentados os resultados da contabilidade do crescimento da

economia brasileira ao longo do período 1983-2007. Os resultados foram obtidos com a

utilização dos dois métodos para a construção da série de trabalho retratados nas seções

anteriores – a partir da PEA e, complementarmente, com o uso da população ocupada.

Adicionalmente, são apresentados os resultados encontrados para os dois

procedimentos de contabilização do crescimento descritos: a decomposição logarítmica

do crescimento e a decomposição logarítmica alternativa do crescimento.

Primeiramente, apresentamos os resultados obtidos a partir do uso da série de trabalho

calculada com a PEA.

A Tabela 2 apresenta os resultados da decomposição logarítmica do crescimento

(39)

capital humano consistiu no principal determinante do crescimento econômico do País

no período 1983-2007, com uma contribuição de 108%. A PTF, por seu turno, ofereceu

contribuição negativa ao crescimento dos últimos 25 anos, na magnitude de 71%.

Tabela 2 – Decomposição Logarítmica do Crescimento Método 1: População Economicamente Ativa (PEA)

Taxa de crescimento Contribuição do Fator

Período y Anual k h A 1983-1992 -0,3% 0,8% 0,8% -1,9% (-232,0%) (-246,0%) (578,0%) 1992-2001 0,9% 0,3% 0,9% -0,2% (30,0%) (93,0%) (-23,0%) 2001-2007 2,0% 0,3% 0,7% 1,1% (14,0%) (33,0%) (53,0%) 2003-2007 2,9% 0,4% 0,5% 2,0% (13,0%) (18,0%) (70,0%) 1983-2007 0,7% 0,5% 0,8% -0,5% (62,0%) (108,0%) (-71,0%)

Obs: Os resultados entre parênteses são percentuais e correspondem à fração aproximada do crescimento do produto por trabalhador atribuído ao fator em questão.

Como discutido anteriormente, uma forma possivelmente mais apropriada de

fazer a decomposição do crescimento é dada pela decomposição alternativa do

crescimento. Isto implica que, como em crescimento balanceado a razão capital-produto

é constante, a acumulação de capital induzida pelo progresso tecnológico será atribuída

corretamente ao aumento da PTF e à elevação da escolaridade, o que não ocorre na

contabilidade tradicional do crescimento. A Tabela 3 traz os resultados da

(40)

Tabela 3 – Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento Método 1: População Economicamente Ativa (PEA)

Taxa de crescimento Contribuição do Fator

Período y Anual

κ

h A 1983-1992 -0,3% 1,5% 1,3% -3,2% (-453,0%) (-411,0%) (964,0%) 1992-2001 0,9% -0,2% 1,5% -0,4% (-17,0%) (155,0%) (-38,0%) 2001-2007 2,0% -0,9% 1,1% 1,8% (-43,0%) (55,0%) (88,0%) 2003-2007 2,9% -1,3% 0,9% 3,4% (-45,0%) (29,0%) (116,0%) 1983-2007 0,7% 0,3% 1,3% -0,9% (37,0%) (180,0%) (-117,0%)

Obs: Os resultados entre parênteses são percentuais e correspondem à fração aproximada do crescimento do produto por trabalhador atribuído ao fator em questão.

Como mostra a Tabela 3, a contribuição do capital para o crescimento do produto

por trabalhador no período 1983-2007 se reduziu de 62% para 37% em relação à

contabilidade tradicional do crescimento. Isso sugere que uma parcela expressiva da

acumulação de capital no período foi induzida pelo crescimento do capital humano e

pela variação da PTF.

De fato, levando-se em conta este efeito sobre a acumulação de capital, a Tabela 3

confirma que a acumulação de capital humano foi o principal componente responsável

pelo crescimento do produto por trabalhador na economia brasileira durante o período

(41)

As Tabelas A2 e A3 localizadas no Apêndice desta dissertação trazem os

resultados da decomposição do crescimento para os sub-períodos relacionados aos

mandatos presidenciais, utilizando-se a PEA como método de mensuração do fator de

produção trabalho.

Evidencia-se que o acúmulo de capital humano consistiu no principal

determinante do crescimento do produto por trabalhador durante período do Governo

Fernando Henrique Cardoso. Já durante os anos do Governo Lula, a evolução da PTF

caracterizou-se como o principal determinante do crescimento econômico no período.

Para ambos os períodos, observou-se a redução da contribuição do capital físico para o

crescimento econômico quando utilizada a decomposição logarítmica alternativa em

substituição à contabilidade tradicional.

Na seqüência, apresentamos os resultados obtidos a partir do uso da série de

trabalho calculada com a população ocupada. As conclusões obtidas a partir da análise

dos resultados encontrados para a população ocupada são similares àquelas derivadas da

PEA.

A Tabela 4 apresenta os resultados da decomposição logarítmica do crescimento,

destacando que a acumulação de capital humano consistiu no principal determinante do

crescimento econômico do País no período 1983-2007, com uma contribuição de 142%.

(42)

Tabela 4 – Decomposição Logarítmica do Crescimento Método 2: População Ocupada (PO)

Taxa de crescimento Contribuição do Fator

Período y Anual k h A 1983-1992 -0,8% 0,6% 0,8% -2,2% (-66,0%) (-96,0%) (262,0%) 1992-2001 1,5% 0,5% 0,9% 0,1% (33,0%) (58,0%) (8,0%) 2001-2007 1,3% 0,0% 0,7% 0,6% (-2,0%) (53,0%) (48,0%) 2003-2007 3,1% 0,4% 0,5% 2,1% (14,0%) (17,0%) (69,0%) 1983-2007 0,5% 0,4% 0,8% -0,6% (69,0%) (142,0%) (-112,0%)

Obs: Os resultados entre parênteses são percentuais e correspondem à fração aproximada do crescimento do produto por trabalhador atribuído ao fator em questão.

Os resultados obtidos a partir da série de trabalho construída com a população

ocupada também sugerem que parcela expressiva da acumulação de capital no período

foi induzida pelo crescimento do capital humano e da PTF. Como mostra a Tabela 5, a

contribuição do capital para o crescimento do produto por trabalhador no período

1983-2007 se reduziu de 69% para 49% em relação à contabilidade tradicional do

(43)

Tabela 5 – Decomposição Logarítmica Alternativa do Crescimento Método 2: População Ocupada (PO)

Taxa de crescimento Contribuição do Fator

Período y Anual

κ

h A 1983-1992 -0,8% 1,5% 1,3% -3,7% (-177,0%) (-160,0%) (437,0%) 1992-2001 1,5% -0,2% 1,5% 0,2% (-11,0%) (97,0%) (13,0%) 2001-2007 1,3% -0,9% 1,1% 1,0% (-70,0%) (89,0%) (80,0%) 2003-2007 3,1% -1,3% 0,9% 3,6% (-43,0%) (28,0%) (115,0%) 1983-2007 0,5% 0,3% 1,3% -1,0% (49,0%) (237,0%) (-186,0%)

Obs: Os resultados entre parênteses são percentuais e correspondem à fração aproximada do crescimento do produto por trabalhador atribuído ao fator em questão.

As Tabelas A4 e A5 trazem os resultados para os sub-períodos relacionados aos

mandatos presidenciais, utilizando-se, desta vez, a população ocupada para mensurar o

fator de produção trabalho. As principais evidências encontradas são as mesmas

observadas para a PEA: durante o Governo Fernando Henrique Cardoso, o capital

humano consistiu no principal determinante do crescimento econômico, função esta que

foi desempenhada pela evolução da produtividade nos anos do Governo Lula. Mais uma

vez, para ambos os mandatos presidenciais, registrou-se a contração da contribuição do

capital físico para o crescimento do produto por trabalhador quando utilizada a

(44)

As diferenças entre os resultados obtidos a partir das duas metodologias de

cálculo do fator de produção trabalho apresentadas anteriormente se devem ao fato de

que, entre 1983 e 2007, a PEA e a população ocupada registraram dinâmicas distintas.

Nos últimos 25 anos, a PEA cresceu, em média, 2% a.a., ritmo um pouco inferior ao

registrado pela população ocupada – 2,3% a.a.. Com isso, as séries de produto por

trabalhador, capital por trabalhador e PTF construídas a partir da população ocupada são

subestimadas quando comparadas àquelas obtidas com a PEA.

Contudo, apesar da existência de algumas distinções, é possível evidenciar

similaridades entre os diversos resultados encontrados. A principal delas é a de que, em

resumo, os resultados mostram que o acúmulo de capital humano – determinado pela

ampliação da escolaridade da força de trabalho brasileira – foi o principal determinante

do crescimento do produto por trabalhador da economia brasileira no período

1983-2007. Em particular, uma parcela expressiva da acumulação de capital físico ao longo

do período pode ter sido induzida pelo crescimento do capital humano e pelo aumento

da PTF.

Adicionalmente, os resultados encontrados evidenciam os seguintes aspectos para

os sub-períodos definidos:

• Entre 1983 e 1992, a PTF registrou forte queda e foi a principal

responsável pela redução do crescimento econômico no período.

• A perda de eficiência alocativa dos fatores de produção da economia

brasileira desencadeada pela hiperinflação e pela crise do endividamento

(45)

na década de 1980. Nos anos de hiperinflação, 1983-1993, a PTF consistiu

no fator de produção que apresentou queda mais acentuada.

• Entre 1992 e 2001, a escolaridade média da população adulta aumentou de

4,9 para 6 anos de estudo. Este aspecto permitiu que a acumulação de

capital humano se consolidasse como o principal determinante do

crescimento do produto por trabalhador brasileiro ao longo da década de

1990.

• Os resultados encontrados para os primeiros anos da década de 2000

permitem diferentes interpretações. Utilizando-se as variáveis construídas

a partir da PEA, evidencia-se que, entre 2001 e 2007, a PTF foi o principal

determinante do crescimento econômico no período. Por outro lado, com

os dados da população ocupada, a acumulação de capital humano revela-se

como o principal determinante deste crescimento. Conforme mencionado

anteriormente, isso se deve ao fato de que a utilização da população

ocupada no cálculo da PTF subestima esta variável quando comparada ao

emprego da PEA.

• Entre 2003 e 2007, período para o qual se observou a aceleração do

crescimento econômico, registra-se que a PTF consistiu no principal

determinante deste crescimento.

• Por fim, no que se refere aos sub-períodos relacionados aos mandatos

(46)

crescimento econômico no período. Já durante o Governo Lula, a evolução

da PTF foi aquela que ofereceu maior contribuição ao crescimento do

produto por trabalhador da economia brasileira.

(47)

5 CONCLUSÕES

Essa dissertação teve como objetivos mensurar o comportamento da PTF da

economia brasileira e apresentar a decomposição do crescimento do seu produto por

trabalhador ao longo do período 1983-2007. Os resultados encontrados indicam que

alterações na forma de mensuração do fator de produção trabalho não implicam

alterações na conclusão principal acerca do comportamento da PTF nos últimos 25 anos.

Para ambas as formas de mensuração do trabalho – PEA ou população ocupada –,

a evidência mostra que a economia brasileira registrou queda da PTF ao longo do

período. Entre 1983 e 1992, essa queda foi mais acentuada, sobretudo nos anos

marcados por hiperinflação. De 1992 a 2001, a PTF manteve-se relativamente estável. A

produtividade da economia brasileira registra trajetória de crescimento entre 2001 e

2007, e essa trajetória de recuperação mostra-se mais intensa a partir de 2003, quando se

observou a aceleração do crescimento econômico.

Nesse aspecto, um ponto importante encontra-se no fato de que a economia

brasileira não conseguiu recuperar os níveis de produtividade observados no início dos

anos 80, inclusive permanecendo com a PTF em nível abaixo ao observado no auge da

(48)

média, negativa no período 1983-1992 e apresenta reversão no período 1992-2001,

oscilando em torno de zero e atingindo, eventualmente, valores positivos. A tendência

de crescimento positivo da PTF se consolida a partir de 2001.

Os resultados da decomposição logarítmica do crescimento do produto por

trabalhador para a economia brasileira destacam que a acumulação de capital humano

consistiu no principal determinante do crescimento econômico do País no período

1983-2007. A PTF, por seu turno, ofereceu contribuição negativa ao crescimento dos últimos

25 anos.

Entre 1983 e 1992, a PTF registrou forte queda e foi a principal responsável pela

redução do crescimento econômico no período. A perda de eficiência alocativa dos

fatores de produção da economia brasileira desencadeada pela hiperinflação e pela crise

do endividamento pode ter contribuído para o pífio desempenho do produto por

trabalhador na década de 1980. Entre 1992 e 2001, a acumulação de capital humano se

consolidou como o principal determinante do crescimento do produto por trabalhador

brasileiro, decorrente da ampliação da escolaridade média da população adulta, que

aumentou de 4,9 para 6 anos de estudo.

Os resultados encontrados para os primeiros anos da década de 2000 permitem

diferentes interpretações. Utilizando-se as variáveis construídas a partir da PEA,

evidencia-se que, entre 2001 e 2007, a PTF foi o principal determinante do crescimento

econômico no período. Por outro lado, com os dados da população ocupada, a

acumulação de capital humano revela-se como o principal determinante deste

(49)

crescimento econômico, observa-se que a PTF consistiu no principal determinante deste

crescimento.

No que se refere aos anos relacionados aos mandatos presidenciais, os resultados

sugerem que durante o Governo Fernando Henrique Cardoso o capital humano consistiu

no principal determinante do crescimento econômico brasileiro. Durante o Governo

Lula, a evolução da PTF foi aquela que ofereceu maior contribuição ao crescimento

(50)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

Tabela A1 – Taxa de Crescimento da Produtividade e Outras Estatísticas para Períodos Adicionais

Período

Taxa anual de crescimento

y k h A Hiperinflação 1983-1993 0,0% 1,8% 1,5% -1,6% (-0,5%) (1,4%) (1,5%) (-1,9%) Governo FHC 1994-2002 0,5% 0,5% 1,4% -0,6% (0,5%) (0,5%) (1,4%) (-0,6%) Governo Lula 2002-2007 2,2% 0,8% 1,1% 1,3% (2,4%) (1,0%) (1,1%) (1,4%) 1983-2007 0,7% 1,2% 1,3% -0,5% (0,6%) (1,0%) (1,3%) (-0,6%)

Obs1: Os resultados entre parênteses são aqueles obtidos a partir da série de trabalho construída com a população ocupada. Em negrito são os resultados obtidos com a série de PEA da PWT. Obs2: Embora o primeiro ano do Governo FHC tenha sido 1995 e o do Governo Lula tenha sido 2003, na decomposição logarítmica o crescimento econômico referente aos anos de 1995 e 2003 faz parte dos períodos 1994-2002 e 2002-2007, respectivamente.

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