UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE "
ESCOLA DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE VOLTA REDONDA """
CURSO DE ADMINISTRAÇAO
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CAROLINE MONTONE CORREA DA SILVA
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AVALIAÇAO DE FORNECEDORES E TRANSPORTADORES VIA COMPOSIÇAO
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PROBABILISTICA DE PREFERENCIA
VOLTA REDONDA 2013
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A VALIAÇAO DE FORNECEDORES E TRANSPORTADORES VIA COMPOSIÇAO PROBABILÍSTICA DE PREFERÊNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Adlninistração.
Orientador: Prof. Dr. Pauli Adriano de Almeida Garcia
VOLTA REDONDA 2013
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CAROLINE MONTONE CORREA DA SILVA
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AVALIAÇAO DE FORNECEDORES E TRANSPORTADORES VIA COMPOSIÇAO
, "
PROBABILISTICA DE PREFERENCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração.
riano de Almeida Garcia - Orientador
_ / UFF
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Professor Dr. Gustavo a Silva Motta UFF
Professor Dr. Ilton C y Leal Júnior UFF
VOLTA REDONDA 2013
Pesquisa Operacional Título
Avaliação de Fornecedores e Transportadores via Composição Probabilística de Preferência
Title
Assessment of Suppliers and Transporters via Probabilistic Preferences Composition.
Resumo
o
gerenciamento da cadeia de suprimento (SCM) vem sendo um fator importante para acompetitividade e o desenvolvimento de diversas empresas no mercado. O SCM tem por objetivo
melhor atender aos requisitos dos consumidores finais, tendo COlno principais fatores a serem
analisados o fornecimento e o transporte. Diante disso, o objetivo do presente artigo é apresentar uma abordagem que considere as incertezas nas preferências entre fornecedores e transportadores em um breve estudo de caso. Para essa avaliação, será aplicada a Composição Probabilística de Preferência, que é Ulna abordagem baseada na distribuição conjunta das preferências relacionadas a cada critério
sob análise. O fato de se considerar uma abordageln probabilística está associado às incertezas
existentes na atribuição dos níveis de cada critério. Com a presente abordagem, essas incertezas são consideradas na priorização final conforme o perfil do tomador de decisão. Os resultados obtidos demonstram a eficácia da abordagem proposta para lidar com essa classe de problemas.
Palavras-chave: Gerencialnento da cadeia de suprimentos; análise de fornecedores e
transportadores; Composição Probabilística de Preferência.
Abstract
The supply chain management (SCM) has been an important factor for the competitiveness and the development of many companies. The SCM aitns to achieve, in a better way, the requirement imposed by the final consumers, having as main factors to be analyzed the supply and transporto Considering that, the purpose of the present work is to present an approach which considers the uncertainties associated to the preferences among suppliers and carriers, considering a short case. In
this analysis, one applied the probabilistic preferences composition, which is an approach that considers the joint distribution function of the preferences of each criterion. The consideration of a probabilistic approach is associated to the uncertainties in the leveI of the different criteria. In the proposed approach, those uncertainties are considered in the final prioritization, in accordance with the decision maker profile. The obtained results show the efficacy of the proposed approach to tackle this kind or probleln.
Keywords: Supply chain management; analysis of suppliers and transporters; Probabilistic
Preferences COlnposition.
PARTE I - Revisão de Literatura 1) Introdução
Segundo Neves (2000), vem se tendo uma grande preocupação com a logística implantada nos produtos, pois a importância da mesma numa escala global, além de influenciar no desenvolvimento
econômico, influencia também o desenvolvimento da globalização no aumento da competitividade
entre as diferentes empresas inseridas nos diversos ramos de mercado.
Com esses fatores COlneçou-se a dar maior importância à cadeia de supritnentos, que constitui
um desafio perseguido pelas empresas há pelo menos 80 anos, passando por diversas transfonnações, moldando-se ao que hoje se entende por gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM) (FLEURY, 2009).
Vários paradigmas operacionais, iniciativas e práticas surgiram nos últimos anos em resposta à
alta concorrência, exigindo qualidade do produto, o aumento da capacidade de resposta e prazos de entrega mais curtos a um custo menor (VIJA Y, 2004).
Uma abordagelTI que, juntamente com o gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM), tem recebido atenção especial é o Just in time (JIT). Na técnica do JIT seu princípio é produzir o que é necessário, na quantidade necessária e no momento certo. Desvios do planejado podem resultar em impactos substanciais na operação do destinatário (FLEURY, 2009).
Segundo Keah Choon (2004), a filosofia JIT defende a eliminação de resíduos por simplificação de processos de produção. Reduções nos tempos de montagem e controle de materiais, enfatizando
preventiva lnanutenção, são vistos como meios pelos quais o excesso de estoque pode ser reduzido ou eliminado, e os recursos utilizados mais eficientemente.
Com a introdução da prática do JIT, passou a ser fundamental o estabelecimento de relações mais estreitas com os fornecedores, pois, o gerenciamento da cadeia de suprimentos exige a integração dos mesmos com os compradores. A gestão do fornecimento é vista como uma das responsáveis pelas reduções nos prazos de entrega e nos custos de materiais, para que os produtos pudessem ser entregues com qualidade assegurada, nas quantidades e prazos corretos (LUMMUS; VOKURKA; e ALBER,
1998).
Segundo Christopher (1997), tem ocorrido uma reconfiguração do ambiente competitivo, de forma que a cOlnpetição passou a ocorrer entre cadeias inteiras, e não mais entre empresas isoladamente.
BaIlou (1993) ressalta que o objetivo da logística é prover o cliente com os níveis de serviços
desejados ao menor custo possível. Sendo níveis de serviços a avaliação do ciclo de pedido,
considerando, desde a recepção do pedido até a entrega do meSlno ao cliente (MEIRIM, 2006).
Já para Fleury (2000), o componente do custo logístico mais visível de uma empresa é o transporte, que pode chegar a compreender até 60% do custo total de um produto.
Segundo Slack (2009), a gestão da cadeia de suprimentos tem por objetivo atender aos requisitos dos consumidores finais ao fornecer produtos e serviços certos, quando necessários, a preços competitivos. O autor diz também que fazer isso significa fazer com que a cadeia de suprimento alcance níveis adequados de desempenho, dos cinco objetivos de desempenho da operação:
i) Qualidade; ii) Rapidez; iii) Confiabilidade; iv) Flexibilidade; v) custos.
Cada vez mais as empresas buscam aperfeiçoar seus processos para que se tenha um bom desempenho no mercado cOlnpetitivo. A escolha adequada do fornecedor influencia diretamente no produto, pois se deve prezar pela combinação ótima entre preço e qualidade. O transporte dos produtos atribui grande itnpol1ância no produto como um todo, pois muitas vezes sai ganhando quem entrega no menor telnpo, ao menor custo, e com maior confiabilidade.
Portanto, toma-se essencial o planejamento e a escolha de fornecedores e transportadores que se adéquem às necessidades de cada empresa. Entretanto, nesse processo de escolha, a consideração das incertezas nos níveis dos diferentes critérios envolvidos na análise toma-se um diferencial para o processo de tomada de decisão. Tendo em vista que o processo de levantamento das informações e
questões subjetivas, inerentes ao processo decisório, são fatores que têm sido abordados por meio de diferentes lnétodos baseados em lógica fuzzy (Zadeh, 1987). Além disso, a possibilidade de se considerar os diferentes perfis dos tomadores de decisão pode ser um diferencial estratégico na seleção de parceiros. Diante disso, o presente trabalho apresenta uma abordagem baseada na composição probabilística de preferências (Sant' Anna, 2002) para estabelecer uma ordem de prioridade entre as diferentes combinações de fornecedores e transportadores.
2) Avaliação de fornecedores e transportadores na cadeia logística
2.1) Analise de transportadores
o
transporte é o principal componente dos sistelnas logísticos das empresas. Sua importância pode ser lnedida por meio de pelo menos três indicadores financeiros: i) custo; ii) faturalnento; iii) lucro. Ela é a atividade logística mais importante simplesmente porque ela absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos, (BALLOU, 2008).O transporte refere-se aos ários métodos de se movimentar produtos. Existe uma larga escala de serviços de transporte, podendo ser combinados entre os cinco modos básicos. São eles: hidroviário, ferroviário, rodoviário, aeroviário e duto iário, (FLEURY, 2003).
Segundo Fleury (2009) são sete os principais critérios utilizados na seleção dos prestadores de serviços de transporte: 1- Confiabilidade; 2- Preço; 3- Flexibilidade operacional; 4- Flexibilidade comercial; 5- Saúde financeira;
6- Qualidade do pessoal operacional;
7- Informações de desempenho.
Onde, quando quanto menor o preço, melhor e, quanto maior a confiabilidade, a flexibilidade operacional e financeira, a saúde financeira da elnpresa, a qualidade do pessoal operacional e as informações de deselnpenho, melhor. O primeiro e mais importante critério para a seleção de um
transportador tende ser a confiabilidade, ou seja, a capacidade de cumprir o combinado, como por exemplo, os prazos de entrega e de coleta, disponibilidade de veículos, segurança, preço e infonnações.
Enquanto a confiabilidade é um critério qualificador, ou seja, é uma condição mínima
necessária para um transportador ser pré-selecionado, o preço tende a ser um fator classificador, dado que o critério confiabilidade foi atendido, aquele transportador com o menor preço provavelmente será preferido.
Segundo Fleury (2009), a flexibilidade, tanto operacional quanto comercial, temse tomado um critério cada vez mais itnportante. Pois, atualmente, como a segmentação de clientes e mercados é cada vez mais utilizada, e a inovação é uma constante, ter flexibilidade para adaptar a operação e renegociar preços e contratos, é um diferencial. A saúde financeira do prestador de serviços é um critério
crescentemente utilizado na escolha da transportadora. A tendência de reduzir o numero de
transportadoras utilizadas, assim como estabelecer um relacionamento cooperativo de longo prazo, faz com que a saúde financeira da transportadora cresça de importância.
Quanto à qualidade do pessoal operacional, como a educação formal, capacitação técnica e habilidade comportalnental são de grande importância e passou a ser fundamental no desempenho dos transportadores.
O lnonitoramento contínuo da operações é uma das principais características das empresas
modernas que possuem sistemas logísticos a ançados. Ao contratar um terceiro para realizar as operações de transporte, as empresas correm o risco de perder contato com o seu desempenho no campo. Para que isso não ocon·a, toma-se necessário selecionar um prestador de serviços com capacidade de medir o desempenho e disponibilizar as informações para a empresa contratante.
Outro fator que influencia diretamente no custo unitário do transporte é o tempo gasto com as atividades de carregamento e descarregamento. Portanto, deve-se planejar conjuntamente a empresa, com a transportadora e o destinatário para que assim, se reduza o tempo parado, e com isso, o custo unitário do transporte.
2.2) Análise de fornecedores
A escolha de fOlnecedores adequados deve envolver a negociação de atributos alternativos
modo que a decisão seja muito evidente. Muitos negócios acham melhor adotar algum tipo de classificação de fOlnecedores por nota ou procedimentos de avaliação, SLACK (2009).
Segundo Fleury (2000) vários fatores são analisados na hora da escolha dos fornecedores, como: pontualidade, confiabilidade, nível de capacidade técnica, talento gerencial, entre outros.
Um negócio pode escolher um fornecedor que, embora mais caro que os concorrentes, tenham
uma excelente reputação por entrega pontual, que é um fator adequado à forma como o negocio
compete no mercado, ou porque o alto nível de confiabilidade de entrega permite ao negocio manter baixos níveis de estoque, o que diminui o custo com os mesmos. Um fornecedor potencial pode ter altos níveis de capacidade técnica, mas pode ser financeiramente fraco, com um pequeno embora limitado o risco de sair do mercado. Outros fornecedores podem ter pouco histórico registrado de suprimentos dos produtos e serviços requisitados. Mas demonstram talento gerencial e energia para que os clientes potenciais percebam a possibilidade de desenvolver uma relação de suprimento como investimento em capacitação futura (SLACK, 2009).
Segundo estudos realizados por Hirakubo e Kublin (1998), duas categorias para a análise de fornecedores foram identificadas:
a. Característica de o.ferta - Qualidade - Preço - Entrega b. Característica do fornecedor - Capacidade de projeto - Capacidade técnica - Capacidade de manufatura
- Capacidade de redução de custos - Boa reputação
- Relacionamento atual - Experiência
- Reciprocidade
- Relacionamento de igualdade - Ser subsidiária
De acordo COIno autor, com este estudo podem ser avaliadas diversas situações, e chegando a algumas conclusões como: (i) A itnportância do critério de seleção depende do tipo de produto, sendo o
preço mais importante etn produtos padronizados e a qualidade mais importante em produtos
personalizados. (ii) Preço é mais importante em situações de baixo risco do que em de alto risco. (iii) Quando os produtos são personalizados é dada maior ênfase nas características do fornecedor, tais como: a localização, capacidade técnica e de manufatura. (iv) Os produtos padronizados são associados com baixo risco na aquisição, os clientes podem confiar em variáveis extrínsecas, por exemplo: marca registrada, reputação do fornecedor. Ou seja, adquirir com fornecedores de boa reputação produtos
padronizados, simplifica o processo de decisão. (v) Para produtos associados a um alto risco, as
capacidades do fornecedor são mais importantes e os clientes estarão propostos a investir mais na busca da qualidade.
PARTE 11- Método
3) Composição Probabilística de Preferências
Em Sant' Anna (2002a) descreve-se este método como sendo uma classificação de
procedimentos probabilísticos de composição de preferências, informadas por meio de avaliações
segundo múltiplos critérios. De modo que, a preferência é avaliada comparando probabilidades
conjuntas de cada opção ser a melhor.
Segundo Sant' Anna (2008), a estrutura básica para o apoio à escolha entre opções que podem ser avaliadas segundo múltiplos critérios consiste em determinar preferências, tanto entre as opções segundo cada critério, quanto entre os critérios em si, e agregar as medidas de preferência em uma avaliação global. A forma mais simples de realizar esta composição é por meio de uma média ponderada das preferências pelas opções com pesos extraídos da relação de preferências entre os critérios.
O método consiste eln determinar preferências, tanto entre as opções segundo cada critério, quanto entre os critérios em si, e agregar as suas medidas numa avaliação global. Diferentes tipos de
distribuição podem ser usadas para representar as incertezas associadas aos critérios. Dentre elas destacaln-se: distribuição Nonnal, distribuição Uniforme, e distribuição Triangular, sendo esta últitna a que foi utilizada na aplicação do método, como uma apologia às funções de pertinência triangulares, no caso das abordagens fuzzy (Zadeh, 1978).
A probabilidade de uma opção ser a melhor de acordo com cada critério é calculada pela integral da função densidade conjunta da opção em análise, considerando-se um intervalo (L, U) para que esta opção seja a melhor entre todas as opções. Essa probabilidade é dada pela fórmula:
(1)
Onde Lik
e
Uik são, respectivamente, os limites inferior e superior do domínio de uma variávelaleatória Xik que representa a preferência de a opção k, de acordo com o critério i, enquanto que
n
é onúmero de opções a SerelTIanalisadas e f é a função de densidade de probabilidade.
Se o objetivo for calcular a probabilidade de uma opção ser a pior de acordo com cada critério, é utilizada a equação abaixo:
(2)
Neste caso, o alor da ariá el Xik é o limite inferior das integrais na sequência do produto em
colchetes.
A partir das probabilidades calculada p la fo ulaçõe ( e (2 diferentes pontos de vista quanto à agregação dos critérios podem ser con iderado om o ições extremas em dois eixos: otimista-pessimista (OP) e conservador-progressista(CP .
De acordo com Sant' Anna (2005), uma compo ição é otimista quando considera a probabilidade de atingir a fronteira de excelência, ou afastar-se da fronteira de pior desempenho, em pelo menos uma variável. E pessimista quando se baseia na exigência de aproximação da fronteira conjuntamente, em todas as variáveis. Por outro lado, uma composição é progressista quando toma como referência a fronteira de excelência e conservadora quando toma como referência a fronteira de
pior desempenho. O conservador evita minimizar a preferência, evita perdas. Em contrapartida o progressista lnaximiza a preferência, busca elevar o nível.
,
E possível cOlnbinar essas medidas de quatro maneiras: Otimista-Progressista (OP); Otimista-Conservador (OC); Pessimista-Progressita (PP); Pessimista-Conservador (PC). Assumindo a independência dos critérios, em termos algébricos, tem-se: (i) Mik - probabilidade de a k-ésima opção ser a de máxima preferência segundo o i-ésimo critério; (ii) mik - probabilidade de a k-ésima opção ser a de mínima preferência segundo o i-ésimo critério; (iii) Pi - probabilidade de o i-ésimo critério obter a máxima preferência na escolha entre critérios.
As 4 medidas globais básicas de preferência pela k-ésima opção são: OP(k) == 1-1(( 1- Mik) PP(k) == 1t Mik OC(k) == 1- 1t 1TIik PC(k) == 1t (l-mik) (3) (4) (5) (6)
Onde 1t denota o produtório com m termos obtidos, fazendo i variar ao longo de todos os critérios. Eliminando os fatores Pi dos produtórios, obtemos resultados proporcionais, a razão de proporcionalidade sendo o produto de todas essas probabilidades Pi de preferências pelos critérios.
4) Aplicação do método de composição probabilística de preferência
No presente artigo utilizaremos o estudo de caso discutido em Garcia
et ai.
(2005), porém aplicando o método de compos·ção probabilística de preferências.Considere uma empre a hip té i a, operando num ambiente de manufatura JIT, que necessita avaliar o deSelTIpenho de seu fomec· men o. Foram on ide "ado os seguintes fatores importantes para avaliação, ou seja, aqueles que têm maio impa o br o de empenho operacional para a organização cliente. Esses fatores são:
• Preço unitário do beln fornecido;
• Paradas - número de paradas da produção de ido a um mau fornecimento; • Entrega - percentual de entregas realizadas sem atraso;
• Quantidade - percentual de itens fornecidos dentro da quantidade prevista; • Percentual de itens fornecidos dentro das especificações.
Uma vez estabelecido que o ambiente é JIT, o número de paradas de produção, na organização cliente, correspondem às falhas no fornecimento em entrega, qualidade e quantidade.
Supondo um levantalnento histórico de três fornecedores operando com três transportadores, foram obtidos os resultados, Tabela 1, para cada par fornecedor-transportador.
(Sendo que: For == fornecedor; Trans == transportador)
Tabela 1: Dados levantados
Séries Preço Paradas Entrega Quantidade Qualidade
For1 X Transl 116 20 92 94 94 Forl X Trans2 120 19 92 95 94 For1 X Trans3 125 16 94 96 94 For2 X Transl 109 29 92 88 91 For2 X Trans2 112 26 94 89 91 For2 X Trans3 127 24 94 91 91 For3 X Transl 116 18 95 90 97 For3 X Trans2 119 17 93 93 97 For3 X Trans3 121 17 95 91 97 Fonte: Neves (2000)
Sabe-se que quanto menor o preço melhor; quanto menor o numero de paradas melhor; quanto maior o numero de entregas melhor; quanto maior a quantidade melhor; e quanto maior a qualidade melhor.
Aplicando-se o método de composição probabilística, tendo em vista que o estudo de caso busca a lnaximização da pr r n" la. ik aplicaremos a fórmula (1) vista anteriormente na página 7. Analisando cada critério para am nt. ara qu e p a iden ificar a chance de cada opção ser a melhor e a escolhida dentro do eu rit rrio. °lizand - a b rramenta Excel, obtemos os seguintes
valores:
Tabela 2: Probabilidade para cada critério ser o m lhor
Séries Preço Paradas
I
rega Quantidade QualidadeForl X Transl 0,0636 0,0719
I
0~0368 0,1389 0,0614 For] X Trans2 0,0959 0,065I
0,0368 0,2011 0,0614 Forl X Trans3 0,2066 0,0505 0,1002 0,2916 0,0614 For2 X Transl 0,0401 0,3378 0,0368 0,0408 0,0322 For2 X Trans2 0,0476 0,1822 0,1002 0,0463 0,0322 For2 X Trans3 0,288 0,124 0,1002 0,0635 0,0322For3 X Transl 0,0636 0,0593 0,2676 0,0535 0,2397
For3 X Trans2 0,0852 0,0546 0,0539 0,1009 0,2397
For3 X Trans3 0,1094 0,0546 0,2676 0,0635 0,2397
Pode-se aplicar tanto a lnedida pessimista-progressista, vista a cima na fórmula (4), quanto à medida otimista-progressista, representada pela fórmula (3).
Primeiralnente, adotando-se uma ótica Pessimista-Progressista, calcularemos o resultado final através do produtório dos resultados obtidos em cada critério. Ficando com os resultados apresentados na tabela 3, a seguir.
Tabela 3: Probabilidade Pessimista-Progressista
Séries pp Posição For3 X Transl 2,322 x 10-5 1° For3 X Trans3 1,969 x 10-5 2° Forl X Trans3 1,004 x 10-5 3° For3 X Trans2 8,125 x 10-6 4° Forl X Trans2 1,032 x 10-6 5° Forl X Transl 0,960 x 10-6 6° For2 X Trans2 0,541 x 10-6 7° For2 X Transl 0,229 x 10-6 8° For2 X Trans3 0,198 x 10-6 9°
Percebe-se que houve pouca diferença entre a 1a e a 2a posição. O For3xTran 1 ficou eln 1° lugar, pOrélTI dentre todas as opções ele era o de menor preço, com o 3° menor número de paradas devido ao mau fornecimento (apenas uma posição atrás do For3xTrans3); Nota-se também que igualmente ao 2° colocado, o 1° colocado também obteve o maior percentual de entrega e a maior qualidade. E se sobre saiu ao 2° colocado, apenas no percentual de itens fornecidos dentro da capacidade prevista.
Observa-se que, elnbora o For3xTrans3 seja o terceiro mais caro e a quantidade de itens fornecidos dentro da quantidade prevista seja o 4° mais baixo, em contrapartida é o que tem o maior percentual de entregas realizadas sem atraso, o de maior qualidade, o 2° menor número de paradas devido ao mau fornecimento, fatores estes de maior destaque que o fizeram ser classificado como o segundo mais eficiente dentre todos.
Posterionnente, calcula-se a probabilidade da melhor escolha, através da ótica Otimista-Progressista, como é apresentado na tabela abaixo.
Tabela 4: Probabilidade Otimista-Progressista
Séries OP Posição For2 X Trans3 0,533 1° For2 X Trans2 0,528 2° For! X Trans3 0,524 3° For2 X Transl 0,449 4° For3 X Trans2 0,336 5° For3 X Trans3 0,328 6° For! X Trans2 0,309 7° For3 X Transl 0,306 8° For! X Transl 0,227 9°
Nota-se que neste caso, as cOlnbinações que ocuparam o primeiro e o segundo posto estão
lnedianeiras cOlTIparadas com as outras combinações de fornecedores e transportadores. O For 2 x
Trans3 apesar de ter ficado na primeira posição ele é o de maior preço, e obteve a primeira colocação por atender a pelo lTIenOSum dos critérios, mas levando-se em conta todos, conforme a teoria do Otimista- Progressista coloca.
Portanto a cOlnbinação do Fornecedor 3 com o Transportador 1 seria a melhor escolha na
óptica Pessimista-Progressista enquanto a combinação do Fornecedor 2 com o Transportador 3, seria a
melhor escolha sob a óptica Otimi ta-Progre sista, visando maximizar a preferência, levando-se em consideração todos os fatores analisados.
Observa-se também que o de MELHOR desempenho no quadro PP, foi o segundo PIOR desempenho no OP.
PARTE III - Conclusão
A abordagelTI aqui apresentada considera as incertezas referentes aos caráteres subjetivos quanto probabilísticos associadas aos valores dos critérios para cada alternativa. No caso apresentado.
essas incertezas fOralTIrepresentadas por meio de densidades triangulares, numa alusão às funçõe d
-discutida, foram apresentadas duas composições de preferências, baseadas nas probabilidades de cada alternativa ser considerada a melhor em cada critério, conforme formulação (1). Essas composições
baseialn-se na ótica progressista, pois, o estudo visa maximizar a preferência, identificando qual
escolha é a melhor; pessimista, pois a preferência é medida pela necessidade de maximizar a satisfação levando em conta todos os critérios simultaneamente; otimista, pois se julgou satisfatório atender a, pelo menos, um critério, lnas considerando todos simultaneamente. Nas composições estabelecidas, quanto maior o valor das probabilidades calculadas maior a preferência pela combinação fomecedor-transportador.
A principal lünitação do artigo está no fato de se ter considerado um estudo de caso hipotético, extraído de Neves (2000). Com isso não se pôde realizar análises mais detalhadas das priorizações estabelecidas pelo método. Contudo, apesar dessa limitação, acredita-se que os resultados alcançados demonstram o potencial de aplicação da composição probabilística de preferências para a classe de problemas representada no estudo de caso hipotético.
Para trabalhos futuros pretende-se considerar uma abordagem bayesiana para tratar as incertezas
referentes aos aspectos subjetivos das preferências. Essas incertezas serão tratadas por meio de
probabilidades subjetivas (Morettin e Bussab, 2010).
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