FORMAÇÃO E RECUPERAÇÃO
DE PASTAGENS
2
Pecuária brasileira está fundamentada na exploração de 170 milhões de hectares de pastagens.
INTRODUÇÃO
Gênero Brachiaria, ocupam mais de 60% desta área, constituindo-se no gênero de gramínea de maior área ocupada no país.
Cerca de 100 milhões de hectares (58 % do total) são ocupados com pastagens cultivadas ou artificiais.
3
O investimento na formação ou implantação de pastagem pode ser considerado uma das atividades mais importantes. INTRODUÇÃO
Custo elevado!!!
4 4 Onerosa INTRODUÇÃO 5 INTRODUÇÃO 6 INTRODUÇÃO7
Formação de pastagens: inclui planejamento e projeção da exploração.
INTRODUÇÃO
O sucesso da formação de uma pastagem depende muito mais do conhecimento do que de sorte.
8
PLANEJAMENTO
Decisão
Recuperar Renovar Estabelecer
Análise criteriosa: uso para a pastagem, atividade a ser adotada, nível tecnológico a ser adotado,
características do solo.
9
FORMAÇÃO DE PASTAGENS Local para implantação da pastagem; Escolha das espécies forrageiras;
Análise, preparo do solo, correção e adubação; Cuidados no plantio e época de plantio; Qualidade da semente;
Densidade de semeadura;
Profundidade de plantio e compactação; Condições de umidade;
Controle de plantas invasoras; Utilização da pastagem.
• Escolha da Área
10 10
•
Topografia da região
•
Topografia da região
Métodos adequados de preparo do solo, escolha da planta
•
Escolha da espécie forrageira
13 “Capim da moda” “Capim milagroso” ???? 14 FORMAÇÃO DE PASTAGENS•
Escolha da espécie forrageira
Tolerância à seca; Tolerância a geadas;
Tolerância a inundação periódica; Tolerância a pragas e doenças;
Tolerância a acidez, exigência quanto adubação; Hábito de crescimento;
Capacidade de produzir sementes; Potencial produtivo;
Período de estabelecimento; Capacidade de rebrotação; Preferência pelo animal.
15
•
Escolha da espécie forrageira
16
•
Escolha da espécie forrageira
17
•
Escolha da espécie forrageira
18
•
Escolha da espécie forrageira
Contra erosão do solo
< produção de forragem, desvalorização da terra e
assoreamento dos mananciais de água
19
•
Escolha da espécie forrageira
20
•
Escolha da espécie forrageira
21
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Coleta de amostras de solo para análise O preparo do solo
• Amostragem e análise do solo
1ª Etapa:
Subdividir a área em talhões ou
glebas mais homogêneas possível
22
•
Amostragem e análise do solo
Profundidade: 0 a 20 cm• Amostragem e análise do solo
2ª Etapa:
Antes da colheita da amostra de
solo, deve-se remover toda a
cobertura vegetal existente sobre o
solo
25
Caminhamento em zigue-zague Mínimo 20 locais diferentes Amostra composta
Caixinha ou saquinho de plástico identificado
Procedimento da amostragem
• Amostragem e análise do solo
3ª Etapa:
Em cada gleba ou talhão deve-se
colher de 20 a 30 amostras
26
• Amostragem e análise do solo
4ª Etapa: As 20 a 30 amostras simples retiradas por talhão ou gleba homogênea, depois de rigorosamente misturadas, constituem amostra denominada de composta
27
• Amostragem e análise do solo
5ª Etapa:
Após a conclusão da colheita das
amostras compostas de cada gleba ou
talhões, faz-se a identificação da
amostras.
28
29
Análise do solo e Adubação
Amostragem do solo
Existem manuais para a determinação das doses dos corretivos e adubos Permite: avaliar a fertilidade do solo;
definir as doses de corretivos e adubos.
30
Correção da acidez do solo
Aplicação:
Dois a três meses antes do plantio No início das chuvas
Incorporação 20 a 30 cm aração
uma gradagem de nivelamento (antes do plantio)
Tipo de Corretivo Calcário Cal virgem agrícola
Cal hidratada agrícola ou cal extinta Calcário calcinado
Escória básica de siderurgia Carbonato de cálcio PRNT
31
Adubação de correção
Micronutrientes Leguminosas
Forrageiras mais produtivas recomenda-se: 80Kg/ha de FTE – BR.12 (9% -Zn, 1,8% - B, 0,8% - Cu, 3% - Fe, 2% - Mn, 0,1% - Mo, 0% - Cu)
Aplicação: à época da correção do solo Muito pouco se sabe sobre as exigências das plantas nestes elementos.
32
Adubação de correção
Macronutrientes Cálcio e magnésio:
Formas disponíveis em pH acima de cinco Correção da acidez fornece, normalmente, as quantidades exigidas
Enxofre:
Normalmente o uso de superfosfatos e sulfatos podem ser o suficiente para pastagem
O gesso
Eliminar o Al+3 trocável
Fornece Cálcio
Fornece quantidade apreciável de S ao solo
33
Adubação de correção
Micronutrientes Leguminosas
Forrageiras mais produtivas recomenda-se: 80Kg/ha de FTE – BR.12 (9% -Zn, 1,8% - B, 0,8% - Cu, 3% - Fe, 2% - Mn, 0,1% - Mo, 0% - Cu)
Aplicação: à época da correção do solo Muito pouco se sabe sobre as exigências das plantas nestes elementos.
34
Adubação de manutenção
Anual, devido ao ciclo vegetativo das espécies forrageiras
Análise de solo de amostras coletadas nos 10 cm superficiais
Pastagens já formadas
Fósforo: fosfatos naturais reativos e em cobertura
Nitrogênio: de 60 a 240 Kg de N por ano, independente da análise do solo.
Economicidade
Limpeza da área
Áreas de agricultura ou pastagem roçada geral e/ou aplicação de herbicida para posterior semeadura
Áreas com vegetação natural
Correntão: para áreas maiores e planas e com vegetação composta de arvoretas pouco densas Lâminas frontais: áreas com vegetação mais densa
Limpeza manual: recomendado para áreas pequenas e/ou locais de difícil mecanização Queima: menos recomendável
Uso de
Lâminas
frontais
38
• Sistema de cultivo convencional: uma aração
e gradagens, após semeadura a lanço seguido
de um rolo compactador ou gradagem;
• Sistema de cultivo direto: semeadura direta
por meio de uma semeadora sem sulcador
apenas com disco de corte;
• Sistema de cultivo mínimo: por meio de uma
gradagem ou escarificação, após semeadura a
lanço seguido de um rolo compactador.
SISTEMAS DE CULTIVO
39 • Preparo do solo e práticas conservacionistas:
O preparo do solo → condições para o desenvolvimento do sistema radicular → proporcionar produção de MS dentro das condições de clima e nutrição de plantas.
a) Incorporar restos culturais b) Controlar plantas daninhas c) Eliminar camadas compactadas d) Incorporar corretivos e fertilizantes
e) Deixar o solo o suficientemente solto e em condições adequadas para receber as sementes ou mudas da espécie forrageira que será implantada.
PREPARO DO SOLO
40
• Em áreas cobertas com vegetação baixas, como: cerrados ralos, campos nativos e de pastagens degradadas, com pequeno grau de declividade:
1. aração com arado tipo aiveca;
2. gradagem de nivelamento, antes do plantio;
3. nos arenosos recomenda-se fazer uma compactação do solo com rolo compactador, antes e após a semeadura;
PREPARO DO SOLO
Arado de discos
Grade
pesada
ou
aradora
PREPARO DO SOLO
Implementos
41 O preparo do solo Grade leve ou
niveladora
PREPARO DO SOLO
Implementos
Cuidado:
Deficiência de preparo: terreno muito irregular,
variação da profundidade das sementes.
Excesso de preparo: compactação e erosão mais
fácil.
Arar
Gradear
Forma incorreta de preparo de solo
52 Cultivo mínimo
O cultivo mínimo: forma não convencional de preparo do solo para receber mudas ou sementes de uma determinada cultura
Consiste do preparo do solo e plantio ao mesmo tempo, em um menor número de operações possível
Apenas as linhas em que haverá o plantio terão o solo revolvido
Há o revolvimento mínimo do solo
Benefícios:
Menor revolvimento do solo Conserva a estrutura a estrutura do solo Mantém o solo coberto pelos resíduos da cultura Economia de combustível.
Diminui a ação de processos erosivos
Conservação do Solo
56
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Melhor época de plantio: novembro a janeiro;
Plantio
INÍCIO DO PERÍODO CHUVOSO
Boas condições para germinação
Facilidade para o preparo do solo
O método de plantio escolhido deve possibilitar a distribuição uniforme das sementes ou mudas; Final do período chuvoso: riscos para a formação
do pasto; 57 Semeadura manual Matraca Lanço
PLANTIO
PLANTIO
MANUAL Mudas - planta c/ raiz; - estolão maduro(100 dias);
- 8 a 10 gemas; -até 10 dias;
58
Covas – planta c/ raiz; - estolão cortado; - 3 t/ha. Sulco – planta c/ raiz; - estolão inteiro; - estolão cortado; - 2,5 t/ha.
MECANIZADO Plantadora
- Solo adubado (total); - sulca e cobre; - maior gasto – 4,5 t/ha; - muito dependente do clima.
67
PLANTIO
MÉTODOS DE SEMEADURA
68
Forma com que as sementes são distribuídas na área Sulcos Aérea Lanço
MÉTODOS DE SEMEADURA
A LANÇO
•
Grande capacidade operacional• Altamente dependente das condições ambientais • Utilização de alta densidade de semeadura • Menor contato da semente com o solo • Demora no estabelecimento da pastagem
69
SULCOS
Permite maior uniformidade de semeadura Maior contato semente - solo Distribuição da semente, adubo, cobertura e compactação na mesma operação
Linha de plantio.
70
MÉTODOS DE SEMEADURA
Aérea
Na semeadura aérea, que é um plantio de risco, recomenda-se aumento de 50 a 80% a quantidade de sementes.
MÉTODOS DE SEMEADURA
Sistema plantio direto (SPD) Plantio direto: processo de semeadura em solo não revolvido, no qual a semente é colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a terra Técnica de cultivo conservacionista
Considera-se uma técnica de cultivo mínimo Objetivo: manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais
Essa cobertura tem por finalidade:
Proteger o solo do impacto das gotas de chuva Escoamento superficial
Erosões hídrica e eólica
O preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, procedendo-se a semeadura, a adubação e, eventualmente,
73
Sistema plantio direto (SPD)
Fundamentos Eliminação/redução das operações de preparo do solo Uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas Formação e manutenção da cobertura morta Rotação de culturas
Uso de semeadoras específicas
Sistema plantio direto (SPD)
Sistema plantio direto (SPD)
Sistema plantio direto (SPD)
78
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Boa regulagem do equipamento de plantio Qualidade das sementes/mudas Taxa de semeadura
A compra da semente e a taxa adequada de semeadura baseiam-se no valor cultural
Cuidados com o Plantio
Uma causa frequente de insucesso é o plantio de quantidades insuficientes de sementes;
Qualidade da semente
Diferentes processos de colheita e diversas origens Teste de germinação e pureza das sementes
Simples e permite uma estimativa razoável do valor cultural (VC)
79
Frequentemente é baixa
Taxa de semeadura
Estima-se que 10 a 20 plantas/m2 é um bom número Varia muito em função da espécie, condições climáticas,
método de semeadura adotado
Aumentar a taxa de semeadura para corrigir essas variações
80
Quantidade de sementes por unidade de área
81 FORMAÇÃO DE PASTAGENS Taxa de semeadura Q = kg de SPV x 100 VC VC= valor cultural (%)
Espécies com sementes pequenas necessitam de maior número de sementes viáveis por m2
É a quantidade de sementes, em percentagem, que
germinará em condições normais de umidade,
temperatura e oxigênio.
VALOR CULTURAL
Ex.:
Pureza = 50%
Germinação = 80%
82 FORMAÇÃO DE PASTAGENS Recomendação da taxa de semeaduraEspécie forrageira Sementes puras viáveis (kg/ha)
Tanzânia-1 1,6 Mombaça 1,8 Vencedor 2,0 Tobiatã 2,5 Brizantão 2,8 Decumbens 1,8 Humidícola 2,5 Dictyoneura 2,5 Pensacola 1,5
ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO:
Taxa de semeadura
ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO:
Taxa de semeadura
Condições ideais:
85
ASPECTOS A CONSIDERAR ANTES DA FORMAÇÃO:
ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO:
Taxa de semeadura
Condições médias:
86
ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO:
Taxa de semeadura
Condições adversas:
87 88
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Sementes graúdas (Braquiárias) – 1,5 a 2 cm Sementes miúdas (Coloniões) – 0,5 a 1 cm
As sementes devem ser cobertas após a distribuição na área
Compactação: após o plantio passa-se um rolo compactador sobre o terreno, de tal forma que o mesmo irá acomodar o solo sobre a semente.
Profundidade e compactação
Profundidade está acondicionaa a fatores como ar, umidade e temperatura para boa germinação
89
Implementos para a incorporação das sementes, quando a semeadura for feita a lanço:
Grade niveladora fechada logo após a semeadura germinação e emergência das plântulas.
Rolo compactador
sempre ser empregado em solos arenosos
Compactação
Grade niveladora
Uso de rolo compactador
92
• Compactação
Controle de plantas invasoras
Manual Mecânico Cultural
Químico (solicitar orientações técnicas sobre tipo de herbicida e doses adequadas para minimizar danos ao meio ambiente)
94
MANEJO PARA FORMAÇÃO DE
PASTAGENS
95
FORMAÇÃO DE PASTAGENS Manejo de formação
Chamado pastejo de uniformização; Pastejo iniciado entre 60 - 90 dias;
Evitar o acamamento das plantas;
Eliminar a maior parte das gemas apicais, estimulando emissão de novos perfilhos e raízes; Propiciar mais rápida e completa cobertura do solo;
Benefícios
RECUPERAÇÃO DE
PASTAGENS
Recuperação de pastagens
101
Degradação: Fenômeno de abrangência global caracterizado pela diminuição da produtividade, do vigor,
e aparecimento de plantas invasoras Principais causas
Falha no estabelecimento
Prática inadequada de pastejo – não considera-se o ritmo de crescimento das plantas
Práticas inadequadas de manejo da pastagem – falta da adubação de manutenção, fogo...
Fatores bióticos Fatores abióticos
-
Limpeza e eliminação de macega
102
SOLO PASTO
FOGO PÓS-FOGO
Perda de nutrientes por volatilização (C, N, P)
Maior mineralização da matéria orgânica devido ao calor Calor + cinzas aumentam o pH do solo Aumento na disponibilidade de nutrientes Nutrientes (N, P, cátions, etc.) provenientes das cinzas Perda de nutrientes por erosão das cinzas e do solo
Perda de nutrientes por lixiviação
103 104
Representação simplificada do conceito de pastagem degradada.
Decréscimo da produtividade ao longo dos anos de implantação
105
Recuperação de pastagens
106
Processo de degradação Varia com cada situação Mais de uma causa envolvida
107 Degradação da pastagem
Menor disponibilidade de forragem (queda na capacidade de suporte) Áreas de solo descoberto Diminuição da capacidade competitiva da forrageira Plantas daninhas Ciclagem nutrientes
(queda fertilidade solo)
Prática inadequadas de pastejo Ausência de adubação Fatores bióticos Fatores abióticos Falhas no estalecimento
Uso excessivo do fogo
1
2
3
4
(1) Consequências primárias (2) secundárias (3) durante o processo (4) final do processo de degradação
108
Recuperação de pastagens
109
É importante identificar as principais causas e processos envolvidos na degradação e como recuperar.
Recuperação: importante para o aumento da produção de carne, leite sem necessidade de
haver aumento de áreas plantadas
Estádio de degradação: diferentes intensidades e estratégias de intervenção para recuperar a produtividade. Pastagem Degradada Recuperação (mesma espécie) Renovação (substituição da espécie)
Direta Indireta Direta Indireta
Operações mecânicas e químicas Calagem e adubação Processos mecânicos e químicos Calagem, adubação e herbicidas Rotação com lavouras Operações mec. e químicas Calagem, adubação e herbicidas Operações mecânicas e/ou químicas Calagem e adubação Culturas anuais
MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO / RENOVAÇÃO
110
Recuperação de pastagens
Estratégias de recuperação Renovação
Implantação de sistemas agroflorestais e agrícolas Pousio
A escolha estaria acondicionada a diversos fatores (econômico, agronômicos, ecológicos,
estádio de degradação)
Recuperação de pastagens
Estratégias de recuperação Renovação
Quando proporção da gramínea ou leguminosa na pastagem é muito baixa ou inexistente
Novo processo de formação
Condicionada ao tamanho da área, percentual de infestação, estádio de desenvolvimento das plantas daninhas
Recuperação de pastagens
113
Estratégias de recuperação Renovação
Pequenas propriedades, invasoras de porte baixo: renovação é prática simples
Plantio manual
Recuperação: competitividade do capim
Recuperação de pastagens
114
Estratégias de recuperação Renovação
Área extensas, alto percentual de plantas invasoras de grande porte: renovação envolve enleiramento, gradagem do solo, adubação e a semeadura.
Recuperação de pastagens
115
Estratégias de recuperação Renovação
Adubação: essencial para a recuperação da produtividade dos pastos degradados.
Adubação: complexa do ponto de vista econômico. Importante: manejo pós-adubação
Práticas que diminuam perdas causadas pelo aumento na taxa de crescimento do pasto.
Recuperação de pastagens
116
Estratégias de recuperação Renovação
Importante: Leva ao aumento da produção de carne e leite sem aumento de área plantada.
Sem incorporação de áreas naturais ainda inalteradas
Recuperação de pastagens
117
Estratégias de recuperação Sistemas agroflorestais e agrícolas
Alternativa ecologicamente mais apropriada para recuperar a produtividade de áreas degradadas Sistemas silvipastoris:
combinação de árvores, pastagem e gado numa mesma
área ao mesmo tempo e manejados de forma integrada.
Recuperação de pastagens
118 Estratégias de recuperação Sistemas silvipastoris Benefícios: Conservação do solo; Conservação dos recursoshídricos;
Promoção de sequestro de carbono;
Recuperação de pastagens
119
Estratégias de recuperação Sistemas silvipastoris
Suplementação da dieta animal durante período de baixa produtividade do pasto.
Solo: melhorias na ciclagem de nutrientes e atividade biológica do solo.
Animal: influência no comportamento.
Prática pouco comum: maior complexidade de implantação, carência de informações tecnológicas,
maiores custos, mão-de-obra capacitada. Viabilizar: fornecer sementes e mudas a baixo custo
Recuperação de pastagens
120 Sistemas silvipastorisNão é simplesmente plantar árvore e gramínea Necessita-se de conhecimento a respeito Características desejáveis de uma árvore:
rápido crescimento, mercado, valor do produto, não ser tóxica...
Características desejáveis de uma gramínea: tolerante ao sombreamento...
Recuperação de pastagens
121 Estratégias de recuperação Sistemas silvipastoris Plantas utilizadas: Gramíneas Árvores Paricá Brachiaria humidicola Brachiaria brizantha Panicum maximum Mogno brasileiro Acácia mangiumNão há receita. Peculiaridades devem ser compreendidas e referenciadas nas condições
regionais.
Recuperação de pastagens
122
Sistemas silvipastoris
Arranjo espacial: gerar sombra sem que o animal tenha que caminhar grandes distâncias
Manejo:
- Desrama e desbaste (manejo do componente arbóreo);
- Manejo do pastejo.
Recuperação de pastagens
Estratégias de recuperação Sistemas agropastoris:
plantio de culturas anuais como a soja, o milho, o arroz sob sistema de rotação ou de consórcio com as plantas
forrageiras. Objetivo: Viabilizar economicamente. Amortizar custos de recuperação com comercialização da produção da cultura anual.
Recuperação de pastagens
Estratégias de recuperação Sistemas agropastoris: Duas formas de recuperação:1. Plantio consorciado 1. Plantio exclusivo da cultura
anual e plantio da pastagem após a colheita da última safra da cultura (rotação)
125 Set – Ago – Jul – Jun – Mai – Abr Out – Nov – Dez – Jan – Fev – Mar
Rotação lavoura-pastagem
Milho + Braquiária
Milho + braquiária Colheita do milho
Pastejo da braquiária
125
Set – Ago – Jul – Jun – Mai – Abr Out – Nov – Dez – Jan – Fev – Mar
Rotação lavoura-pastagem
Soja (ciclo curto) + Braquiarão
Soja precoce
Pastejo direto
Colheita da soja Plantio a lanço o do Braquiarão 126
Recuperação de pastagens
127 Estratégias de recuperação Sistemas agropastorisSolo: melhorias no nível de fertilidade e conservação da MO do solo.
Apropriada para produtores já envolvidos com produção
de grãos. Produtores de carne ou leite:
arrendamento da terra pode minimizar gastos com
equipamentos, infra-estrutura. 128 Estratégias de recuperação Integração lavoura-pecuária O QUE É
INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA (ILP)? É a diversificação e rotação das atividades de agricultura e de pecuária dentro da propriedade, constituindo um mesmo sistema, com benefícios para
ambas
129
BENEFÍCIOS DA INTEGRAÇÃO
• A lavoura possibilita melhoria da fertilidade do solo
permitindo ganhos em produtividade.
• Adubação de manutenção mantém este novo
patamar de produtividade.
Para a Pastagem
BENEFÍCIOS DA INTEGRAÇÃO
Para a Lavoura A pastagem favorece:
• Melhoria da qualidade física e biológica do solo; • Aumenta a matéria orgânica;
• Redução de pragas e doenças; • Minimiza erosão;
• Com plantio direto reduz uso de agrotóxicos.
132
• Efeito no solo • Efeito nas plantas • Efeito nos animais • Efeito econômico e ambiental
Integração Lavoura-Pecuária
133 Fertilidade do solo corrigida durante cultivos anuais Características fisicas e biológicas do solo melhoradas com a pastagemEfeito no solo
134Efeito sobre produção de milho, sorgo, soja e arroz
Adaptado: Embrapa (2001)
Efeito nas plantas
Período Águas* Secas** P inicial (kg) 243 349,9
P final (kg) 381 473,2 GMD (kg) 0,730 1,03 Lotação (UA/ha) 3,0- 4,3 2,1- 3,0
Desempenho de animais durante o período da seca e das águas em pastagens formadas pelo Sistema Santa Fé no ano 2001/02.
*Suplementação com mineral
** Suplementação de 2,0 kg/animal/dia (84% gérmen de milho , 12% de farelo de girassol, 2,2% uréia, 1,8% de calcário + suplemento mineral).
Como pode ser feita a ILP?
Plantio Direto
Plantio Convencional
137
Milho em monocultivo sem capina
– P. Convencional Milho em monocultivo sem capina - Plantio Direto
PLANTIO CONVENCIONAL X PLANTIO DIRETO
138 0 5 10 15 20 25 30 Solo descoberto Plantio convencional Plantio direto Pastagem bem manejada
Solo erodido (t/ha/ano) Água perdida (% da chuva)
139
Resíduos(t/ha) Escorrimento Infiltração Perda
0 45,3% 54,7% 13,69t/ha
0,550 24,3% 74,7% 1,56t/ha 1,1102 0,5% 99,5% 0,33t/ha
2,205 0,1% 99,9% 0
4,410 0 100% 0
Fonte: Ramos (1976) citado por Ruedell (1998)
140
Modelos de ILP
• Sistema Barreirão • Sistema Santa Fé• Sistema de cultivo sequencial ou de sucessão • Sistema de cultivo consorciado (usa-se reguladores de
crescimento – evitar competição)
• 141
Sistema Barreirão
Tecnologia que consiste na recuperação/renovação de pastagens degradadas em consórcio culturas anuais ( arroz, milho, sorgo e o milheto) com forrageiras, principalmente com as braquiárias, Andropogon gayanus , Panicum sp e/ou com leguminosas, como Stylosantes sp.,Calopogonio muconoides e Arachis pintoe.
Vantagens: Diminuição dos cupinzeiros e plantas daninhas; Desenvolvimento das forrageiras por mais tempo na seca;
Retorno parcial ou total do capital aplicado a curto prazo pela venda dos grãos produzidos no consórcio.
Sistema Barreirão
Atingiu 81 unidades de demonstração em 7 estados (GO, MT, MS, TO, MG, SP e BA) entre 1991 e 1994.
Lavoura de 4 em 4 anos.
143
Sistema Barreirão
Índices zootécnico nas pastagens da Fazenda Barreirão antes e após terem sido recuperadas/renovadas pelo Sistema Barreirão. Médias de águas e seca.
Índice Antes Após
Idade primeira cria (meses) 40-42 30-36 Natalidade (%) 65 80-85 Mortalidade de bezerros (%) 2,5 2,5 Mortalidade de adultos (%) 1 1 Lotação animal (animal ha-1) 0,8 2,0 Idade de abate (meses) 46 24-30 Ganho de peso (g animal dia-1) 375 555 Produtividade do arroz (scs 60 kg ha-1) - 30-40 Produtividade do milho (scs 60 kg ha-1) - 60-70 Produtividade do sorgo (t ha-1 silagem) - 25-30
Fonte: Augusto Zaccharias Gontijo. 144
Sistema Santa Fé
Produção consorciada de culturas de grãos especialmente milho, milheto, arroz e soja com forrageiras do gênero Brachiaria principalmente, em áreas de lavouras com solo parcial ou devidamente corrigido.
Kluthcouski et al., (2000)
145
Formas de integração
• Sucessão de culturas com forrageiras anuais
Estação chuvosa - culturas;
Estação seca - pastagens anuais (aveia, sorgo forrageiro ou milheto) ou perenes (Brachiarias);
Propriedades que fazem apenas uma lavoura de verão por ano e deixam a área ociosa no inverno.
Medeiros, (1978)
Pecuária opção de diversificação renda adicional
- Produção forrageira na entressafra para pastejo ou corte;
- Produção de palhada em quantidade e qualidade para o SPD.
- Baixos custos e não exige equipamentos especiais na sua implantação.
Objetivos
:Vantagens:
ARRANJOS DE SEMEADURA
• Uma linha na entrelinha do milho • Duas linhas na entrelinha do milho • A lanço no dia do plantio do milho • A lanço na época de adubação de cobertura
ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO DO CONSÓRCIO LAVOURA-PASTAGEM
15 a 30 dias subdose herbicida Paralisar crescimento da gramíneas
3 - 4 cm 6 - 8 cm
Desejável linhas de capim na entrelinha da lavoura 149 5,91 --- Milho solteiro --- 7,63 Braquiária solteira 5,77 0,45 A lanço 5,55 0,71 Na linha de plantio 5,57 1,15
Uma linha na entrelinha
5,03 2,66
Duas linhas na entrelinha
(t ha-1)
Milho Braquiária Arranjos de semeadura
Adaptada de Jakelaitis et al., (2004)
150
Milho + 2 linhas de braquiária Milho + braquiária a lanço
Milho + braquiária a lanço Milho + 2 linhas de Braquiária
151
DESAFIOS E TENDÊNCIAS
• Aceitação dos produtores; • Adoção da atividade;
• Pecuaristas arrendando terras para a agricultura; • Benefícios biológicos e financeiros;
• Incentivos e cursos.
Selecionar as alternativas tecnicamente corretas e economicamente viáveis;
Decidir por aquela que melhor se ajuste a uma situação em particular. 152
Recuperação de pastagens
153 Estratégias de recuperação Pousio:Processo natural de sucessão secundária. Plantas que se estabelecem primeiro podem ter os
seguintes efeitos sobre as subsequentes: Inibição – devido a competição por recursos Facilitação – melhoria das condições adversas; Tolerância – não tem efeito claro no estabelecimento ou
no desempenho dessas espécies
Recuperação de pastagens
154
Estratégias de recuperação Pousio:
Processo natural de sucessão secundária. Fenômeno observado em pastagens abandonadas em regiões tropicais e sub-tropicais. Invasão de arbustos, árvores...
Recuperação de pastagens
155
Estratégias de recuperação Pousio:
Recuperar áreas que não deveriam ter sido desmatadas (encostas, cursos
d’água)
Considerações
156
Degradação é um problema de caráter econômico e ecológico de abrangência mundial;
Entender o processo de degradação e suas causas é essencial para elaborar estratégias de intensificação ou recuperação da produtividade;
Formação de pastagem é tão importante, que deve ser considerada como um plantio semelhante a outras culturas;
157 “Uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz
suas necessidades sem diminuir as perspectivas das gerações futuras”