A logística reversa agregando valor aos resíduos de madeira através de uma visão empreendedora
Leozenir Betim (CEFET – PR) leobetim@visaonet.com.br Patrícia Guarnieri (CEFET – PR) patriciaguarnieri@ibest.com.br Luis Mauricio Martins de Resende (CEFET – PR) mauricio@pg.cefetpr.br
Kazuo Hatakeyama (CEFET – PR) khatakeyama@pg.cefetpr.br
Resumo
O objetivo do presente artigo é demonstrar como uma atitude empreendedora, combinada ao conceito de logística reversa pode agregar valor aos resíduos industriais de madeira. Diante do novo ambiente concorrencial que as empresas enfrentam e da constante necessidade de otimização de seus recursos para manter-se no mercado, além das recentes pressões por maior responsabilidade ambiental, faz-se necessário a adoção pelas empresas de atitudes empreendedoras aliadas a conceitos empresariais que visem solucionar estas questões. Para demonstrar como uma atitude empreendedora aliada ao conceito de logística reversa pode trazer verdadeiros benefícios para as empresas, realizou-se um estudo de caso em uma pequena madeireira estabelecida na cidade de Jaguariaíva-PR, onde foi possível observar que pequenas atitudes empreendedoras podem constituir-se em verdadeiro diferencial no ambiente de negócios.
Palavras-chave: Logística reversa, Visão empreendedora, Resíduos de madeira.
1. Introdução
O novo ambiente concorrencial que emergiu com maior força após a globalização dos mercados conduz as empresas a freqüentes mudanças em seus sistemas produtivos, de atendimento aos clientes e de visão dos seus negócios. Percebe-se a necessidade de uma visão empreendedora e uma maior ênfase na melhoria dos processos produtivos, na agilidade de resposta aos consumidores e mais recentemente na nova consciência ecológica da sociedade.
Diante disso, um dos conceitos resgatados para auxiliar as empresas nestas mudanças, foi o de logística, que apesar de muito antigo, somente agora tem tido maior ênfase nas pequenas empresas como forma de melhor administrar o fluxo de bens, serviços e informações desde o pedido da matéria-prima ao fornecedor até a entrega do produto acabado ao consumidor final.
Porém como a realidade da atividade empresarial é muito dinâmica e está freqüentemente sujeita a oscilações comportamentais do mercado consumidor, torna-se necessária a adoção de atitudes empreendedoras por parte das empresas, como também de políticas ambientalmente responsáveis no que tange aos seus
resíduos industriais e materiais diversos, anteriormente descartados no meio ambiente.
Para operacionalizar esse novo fluxo de materiais nas organizações, surge a logística reversa, que é um novo ramo da logística empresarial e abrange a movimentação de materiais de pós-consumo (no final de sua vida útil e resíduos industriais) e de pós-venda (devolvidos por erros comerciais, problemas de garantia, entre outros) desde o seu descarte por parte do consumidor final, até sua reintegração ao ciclo de negócios e/ou produtivo, sem causar maiores impactos ambientais.
Grande parte das empresas, porém, ainda vê a geração de resíduos como um verdadeiro problema. É neste momento que a empresa que possui uma visão empreendedora faz a diferença e encontra soluções inovadoras, de forma a agregar valor aos resíduos, ao mesmo tempo em que se torna ambientalmente responsável, ganhando com isso pontos em sua imagem corporativa e reduzindo riscos com penalidades legais.
Diante disso, o presente artigo tem por objetivo discutir a influência da visão empreendedora no ambiente de negócios, ressaltando uma prática adotada por uma empresa geradora de resíduos industriais de madeira, que viu na logística reversa, a oportunidade de agregar valor econômico e legal aos seus resíduos.
2. Logística reversa
Em um universo de crescentes exigências em termos de produtividade e de qualidade do serviço oferecido aos clientes, as organizações passaram a se preocupar mais com a qualidade do fluxo de bens dentro do processo produtivo, com o objetivo de atender bem ao cliente e conseqüentemente fidelizá-lo, mas para isso houve a necessidade de mudarem suas estratégias.
Uma das soluções encontradas para amparar estas mudanças foi a logística empresarial, que de acordo com Christopher (1997) é o processo de gerenciar estrategicamente na empresa, a aquisição, movimentação e armazenagem de matéria-prima, peças, produtos acabados e demais materiais, além dos fluxos de informação recíprocos, através da organização de seus canais de marketing, tornando possível a maximização das lucratividades presentes e futuras através do atendimento dos pedidos dos clientes a custos reduzidos.
Porém atualmente, somente a logística não basta para conquistar e fidelizar o mercado consumidor, houve uma mudança na visão de consumo nas sociedades
modernas, que tem se preocupado cada vez mais com as questões que tratam do equilíbrio ambiental.
Atualmente a sociedade tem demonstrado uma crescente preocupação com questões ecológicas e sociais, o que tem influência direta nas políticas empresariais, pois, agora são valorizadas as empresas que demonstrem ser ambientalmente e socialmente responsáveis. Segundo Leite (2003), o aumento da velocidade de descarte dos produtos de utilidade após seu primeiro uso, motivado pelo nítido aumento da descartabilidade dos produtos em geral, não encontrando canais de distribuição reversos pós-consumo devidamente estruturados e organizados, provoca desequilíbrio entre as quantidades descartadas e as reaproveitadas, gerando um enorme crescimento do lixo urbano.
Diante disso, a crescente preocupação ecológica dos consumidores, as novas legislações ambientais, os novos padrões de competitividade de serviços ao cliente e as preocupações com a imagem corporativa tem incentivado cada vez mais a criação de canais reversos de distribuição que solucionem o problema da quantidade de produtos descartados no meio ambiente.
Gomes & Ribeiro (2004), afirmam que a logística de fluxos de retorno, ou logística reversa, visa à eficiente execução da recuperação de produtos. Tem como propósitos a redução, a disposição e o gerenciamento de resíduos tóxicos e não tóxicos. Pode ser melhor entendida conforme figura 1.
Materiais de pós-consumo e pós-venda Processo Logístico Direto
Processo Logístico Reverso C L I E N T E C L I E N T E Distribuição Produção Suprimentos Materiais Novos Materiais Reaproveitados
Fonte: Adaptado de Roggers & Tibben-Lembke (1999:5)
Figura 1 – Processo Logístico Reverso
De acordo com Bowersox & Closs (2001), as necessidades da logística reversa também decorrem do crescente número de leis que proíbem o descarte
indiscriminado e incentivam a reciclagem de recipientes de bebidas e materiais de embalagem. O aspecto mais significativo da logística reversa é a necessidade de um máximo controle quando existe uma possível responsabilidade por danos à saúde (por exemplo, um produto contaminado). Nesse sentido, um programa de retirada do mercado é semelhante a uma estratégia de serviço máximo ao cliente, que deve ser executado independente do custo.
Pode-se então definir logística reversa, conforme Rogers & Tibben-Lembke (1999), como o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processamento e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado.
O processo de Logística Reversa, segundo Gonçalves & Marins (2004), apresenta três pontos de vista: Logístico, financeiro e ambiental:
• Do ponto de vista logístico, onde o ciclo de vida de um produto não se encerra com a sua entrega ao cliente. Produtos que se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados;
• Do ponto de vista financeiro, existe o custo relacionado ao gerenciamento do fluxo reverso, que se soma aos custos de compra de matéria-prima, de armazenagem, transporte e estocagem e de produção já tradicionalmente considerados na Logística;
• Do ponto de vista ambiental, devem ser considerados, e avaliados, os impactos do produto sobre o meio ambiente durante toda sua vida útil. Este tipo de visão sistêmica é importante para que o planejamento da rede logística envolva todas as etapas do ciclo de vida do produto.
Rodrigues & Pizzolato (2003), afirmam que a logística reversa tem sido amplamente reconhecida como uma das importantes fontes de vantagem competitiva para as empresas no ambiente atual. A crescente disputa por mercados, curtos ciclos de vida de produtos, pressões legais, a conscientização ecológica pela difusão do conceito de desenvolvimento sustentável, taxas de retorno relevantes em alguns segmentos de mercado são exemplos de fatores que determinam a necessidade do desenvolvimento do processo da logística reversa nos sistemas logísticos.
bens de pós-consumo e pós-venda não são tratadas, pelas empresas, como um processo regular no âmbito das suas atividades. Não há um planejamento e controle desse retorno, o que dificulta melhorias para esse fluxo reverso.
As empresas vêem o fluxo reverso de mercadorias como um entrave ao processo de negócios, que demanda pessoal, estrutura física e conseqüentemente aumenta os custos da empresa. Não consideram o retorno econômico, ecológico e de imagem corporativa que o gerenciamento do fluxo reverso de mercadorias pode proporcionar, ou seja, não percebem a oportunidade de negócios que a reintegração dos resíduos ao ciclo produtivo constitui.
A logística reversa pode ser ainda dividida em duas áreas de atuação: logística reversa de pós-venda e logística reversa de pós-consumo. A primeira pode ser entendida como a área da logística reversa que trata do planejamento, do controle e da destinação dos bens sem uso ou com pouco uso, que retornam à cadeia de distribuição por diversos motivos: devoluções por problemas de garantia, avarias no transporte, excesso de estoques, prazo de validade expirado, entre outros. Já a logística reversa de pós-consumo pode ser vista como a área da logística reversa que trata dos bens no final de sua vida útil, dos bens usados com possibilidade de reutilização (embalagens) e dos resíduos industriais.
É importante se fazer esta distinção entre logística reversa de pós-consumo e pós-venda devido às diferentes destinações dos resíduos provenientes de cada uma delas. Os bens de pós-consumo podem ser enviados a destinos finais tradicionais, como a incineração ou os aterros sanitários, ou retornar ao ciclo produtivo e/ou negócios através do desmanche, reciclagem ou reuso, prolongando sua vida útil. Já os bens de pós-venda retornam às empresas e podem ter seus componentes ou peças reaproveitadas através do desmanche, re-manufatura ou ainda ser vendidos no mercado secundário.
3. Logística reversa de pós-consumo
No presente artigo tratar-se-á somente da logística reversa de pós-consumo, pois é justamente ela que abrange os resíduos industriais, os quais serão abordados no estudo de caso.
A logística reversa de pós-consumo se caracteriza pelo planejamento, controle e disposição final dos bens de pós-consumo, que são aqueles bens que estão no final de sua vida útil, devido ao uso e também aqueles resíduos gerados ao final dos processos industriais. Essa vida útil pode ser prolongada se outras pessoas
virem neste mesmo bem, outras utilidades mantendo-o em uso por um determinado período de tempo, após isso esse bem é destinado à coleta de lixo urbano, podendo ser reciclado ou simplesmente depositado em aterros sanitários, causando sérios impactos ao meio ambiente.
Leite (2003), afirma que esses bens ou materiais transformam-se em produtos denominados de pós-consumo e podem ser enviados a destinos finais tradicionais, como a incineração ou os aterros sanitários, considerados meios seguros de estocagem e eliminação, ou retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de desmanche, reciclagem ou reuso em uma extensão de sua vida útil. Essas alternativas de retorno ao ciclo produtivo, constituem-se na principal preocupação do estudo da logística reversa e dos canais de distribuição reversos de pós-consumo.
Existem diversos meios de recuperação e de agregação de valor econômico e ambiental aos bens de pós-consumo: reuso, reciclagem de materiais e incineração. Na visão de Leite (2003), o sistema de reciclagem agrega valor econômico, ecológico e logístico aos bens de pós-consumo, criando condições para que o material seja reintegrado ao ciclo produtivo e substituindo as matérias-primas novas, gerando uma economia reversa; o sistema de reuso agrega valor de reutilização ao bem de pós-consumo; e o sistema de incineração agrega valor econômico, pela transformação dos resíduos em energia elétrica.
4. Visão Empreendedora
A riqueza de uma sociedade é medida pela capacidade do empreendedor produzir, em quantidade suficiente, os bens e serviços necessários ao bem-estar das pessoas, onde se acredita que o melhor recurso para solucionar os graves problemas sócio-econômicos é a liberação da criatividade dos empreendedores, através da livre iniciativa, para produzir bens e serviços.
Nessa linha, Dornelas (2001, p.37) caracteriza o empreendedor como “aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”.
Trabalhando individualmente ou coletivamente os empreendedores possuem a característica de manter naturalmente a inovação sistemática de seu negócio para mantê-lo competitivo (FONTANINI, 2000).
Dornelas (2001) menciona que é interessante observar que o empreendedor de sucesso leva consigo ainda uma característica singular, que é o fato de conhecer
como poucos o negócio em que atua, o que leva tempo e requer experiência,
assumindo por sua vez riscos calculados. Segundo Britto & Wever (2003, p.22) cinco elementos/qualidades são
fundamentais na caracterização de um empreendedor:
-Criatividade e inovação: empreendedores conseguem identificar
oportunidades, grandes ou pequenas onde ninguém mais consegue notar;
-Habilidade ao aplicar esta criatividade: eles conseguem direcionar esforços
num único objetivo;
-Força de vontade e fé: eles acreditam fervorosamente em sua habilidade
de mudar o modo como as coisas são feitas e têm força de vontade e paixão para alcançar o sucesso;
-Foco na geração de valor: eles desejam fazer as coisas da melhor maneira
possível, do modo mais rápido e mais barato;
-Correr riscos: quebrando regras, encurtando distâncias e indo contra o
status quo.
Entre as características dos empreendedores, destacam-se os valores e cultura do empreendedorismo que são adquiridos durante a vida, passando o empreendedor por um processo de aprendizagem a cada dia, onde este processo faz com que o empreendedor evolua e encontre respostas às suas perguntas. (PORTON, et.al. 2003).
Nessa linha de raciocínio, Greatti & Senhorini (2000) consideram que para ser empreendedor o indivíduo deve ser persistente, ter atratividade pela competição, lutar para a realização das suas idéias (ser teimoso), confiar em si mesmo, aprender com os próprios erros e com os erros dos outros.
Considerando que o dinheiro, muito trabalho e uma boa idéia sejam ingredientes indispensáveis para o empreendedor obter sucesso, torna-se relevante que esse esteja no lugar certo, na hora certa, e ter competência necessária para detectar e aproveitar as oportunidades.
5. Metodologia
A referida pesquisa foi realizada numa pequena empresa madeireira no segmento de desdobramento de madeira, situada na cidade de Jaguariaíva/PR.
A abordagem metodológica adotada para este estudo é qualitativa, onde do ponto de vista de seus objetivos a pesquisa classifica-se como descritiva, com caráter exploratório, cujo instrumento utilizado foi a entrevista estruturada com a proprietária da empresa.
Com intuito de proporcionar uma visão geral da logística reversa em sua área de atuação pós-consumo, que trata entre outros fatores do gerenciamento de resíduos industriais, bem como de demonstrar as possibilidades de retorno econômico e legal com sua aplicação através da atitude empreendedora em
solucionar questões tidas como problema no ambiente empresarial é que o presente artigo foi elaborado e dividido em duas partes: revisão bibliográfica e estudo de caso.
A revisão bibliográfica tem por objetivo embasar o estudo e o estudo de caso é a parte prática, onde é possível constatar se existe realmente ligação da teoria com a realidade.
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso possibilita que o pesquisador realize uma investigação que preserve as características holísticas e significativas da vida real, tais como: ciclos de vida individuais, processos organizacionais e administrativos, entre outros, que podem ser estudados mais profundamente através deste procedimento técnico.
6. O Caso da Empresa Madeireira 3 Filhos
Constituída no ano de 2000, ficando no ano de 2003 sem funcionamento por motivos financeiros, a empresa madeireira 3 Filhos retomou suas atividades no ano de 2004, onde atualmente apresenta-se entre as PE’s da cidade de Jaguariaíva/PR como uma empresa atuante no segmento de desdobramento de madeira para fabricação de paletes e bases para sofás.
Os resíduos gerados pela empresa são constituídos quando a tora de madeira de eucalipto passa por cinco processos para que seja comercializada em forma de madeira serrada. Em cada etapa do processamento, sobram restos de madeira como: costaneiras, refios e destopo, constituindo o que se pode chamar de resíduos industriais, ou seja, lixo originado da madeira.
Objetivando uma melhor geração de valor para esses resíduos e potencial de retorno econômico e utilizando as práticas da logística reversa de pós-consumo, a empresa no mês de fevereiro de 2005 optou pela compra de uma máquina, cujo investimento foi de aproximadamente US$ 19,000. Essa máquina funciona como um “moedor de carne”, onde o resíduo é triturado, processado e vendido para uma empresa transportadora que posteriormente, venderá para outras que se utilizam dos mesmos na geração de energia para o funcionamento de estufas de secagem de madeira e outros produtos.
Salienta-se que antes da compra dessa máquina, aproximadamente 500m³ desses resíduos no mês eram vendidos para empresas do próprio distrito industrial, porém essa venda não trazia o retorno financeiro esperado para empresa, que girava em torno de US$ 400 no mês.
Segundo relatos da proprietária da empresa, obtidos através da entrevista, com a máquina em constante atividade o lucro mensal é de aproximadamente US$ 1,250, superando por sua vez as expectativas em termos financeiros e a agilidade no reaproveitamento e venda dos resíduos.
7. Considerações finais
Verificou-se através da pesquisa a importância do empreendedor visionário, ou seja, que possua uma visão empreendedora no sentido de aproveitamento de oportunidades que possam surgir para seu empreendimento.
Preconiza-se que quando as pessoas se tornam empreendedoras deparam-se a cada dia com incontáveis decisões, grandes e pequenas, porém relevantes ao seu ambiente. Nesse sentido, torna-se necessário que empreendedores busquem a inovação como uma forma de geração de valor, combinada com as melhores práticas de comercialização de novos produtos e serviços, o que por sua vez resultará em uma empresa competitiva que consegue prosperar-se e destacar-se entre seus concorrentes.
Observando a atitude da empresa, no momento em que decidiu pelo investimento na máquina trituradora de resíduos, utilizando-se de práticas da logística reversa, notou-se a diferença que uma visão empreendedora representa no ambiente de negócios. A empresária viu naqueles resíduos que a maioria das empresas acreditam ser um “problema”, uma oportunidade considerável para aumentar seus lucros.
Fazendo isso, além de solucionar o impacto ambiental que os resíduos sem destinação específica causam, agregou-lhes valor econômico, possibilitando sua reintegração ao ciclo produtivo e de negócios, além de ganhar pontos na sua imagem corporativa, considerando-se que a adoção da logística reversa, também é vista como prática ambientalmente correta.
O presente artigo teve como principal objetivo demonstrar, através do estudo de caso apresentado, de que forma uma atitude empreendedora, utilizando-se de conceitos empresariais, como a logística reversa, pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de pequenas empresas em permanecer em um mercado tão acirrado e com margens de lucros tão irrisórias, onde pequenas atitudes podem se constituir em verdadeiro diferencial.
Referências Bibliográficas
BOWERSOX, D. J. & CLOSS, D. J. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2001.
BRITTO, F.; WEVER, L. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes
nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégias para a
redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997.
DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
FONTANINI, C.A.C. Programa de formação de novos empreendedores. In: I ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS, 10.; 2000, Maringá. Anais do I EGEP, p.123-131: Maringá, 2000. 1 CD.
GOMES, C.F.S. & RIBEIRO, P.C.C. Gestão da cadeia de suprimentos integrada à tecnologia da
informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
GREATTI, L.; SENHORINI, V. M. Empreendedorismo – uma visão comportamentalista. In: I ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS, 10.; 2000, Maringá. Anais... Maringá, 2000. 1 CD.
LACERDA, Leonardo. Logística Reversa: Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas
operacionais. In: FIGUEIREDO, K. F., FLEURY, P. F. & WANKE, P. Logística e gerenciamento da
cadeia de suprimentos: Planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São Paulo: Atlas, 2003. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2001.
LEITE, P. R. Logística Reversa. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
PORTON, R. A.B.; LONGARAY, A. A.; BEUREN, I.M.. Competências essenciais dos
empreendedores de empresas de base tecnológica: o caso de Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas. In: XXIII ENCONTRO NAC.DE ENG. DE PRODUÇÃO, 10.;
2003, Ouro Preto. Anais... Ouro Preto, 2003. 1 CD.
ROGERS, D. S. & TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going backwards: reverse logistics trends and
practices. Reno: Universidade de Nevada, 1999.
SILVA, E. L. e MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. Florianópolis: UFSC, 2001.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e método. Trad. Daniel Grassi. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.