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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANALISE DE BALANÇOS – ESTUDO DE CASO:

CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A – ELETRONORTE

ROBERTO BATISTA BLASI JUNIOR

Cuiabá/MT 2017

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ROBERTO BATISTA BLASI JUNIOR

ANALISE DE BALANÇOS – ESTUDO DE CASO:

CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A – ELETRONORTE

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito parcial para a conclusão da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, sob orientação da Professora Ana Maria de Moraes Duarte.

Cuiabá/MT 2017

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ROBERTO BATISTA BLASI JUNIOR

ANALISE DE BALANÇOS – ESTUDO DE CASO:

CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A – ELETRONORTE

Monografia defendida e aprovada em ___/___/____ pela banca examinadora composta pelos professores:

________________________________________ Profª. Esp. Ana Maria de Moraes Duarte

Presidente

________________________________________ Prof, Dr. Varlindo Alves da Silva

_______________________________________ Prof. Ms, João Soares da Costa

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DEDICATORIA

Dedico o presente trabalho primeiramente, a Deus, pois Ele é quem tornou todas as minhas realizações possíveis. E, dedico, também, a Sra. Josenil Batista Blasi, minha avó, mulher responsável por tudo que sou e tudo que conquistei.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os professores e colegas que fizeram parte da minha jornada acadêmica, todos deixaram, por mínima que fosse, uma contribuição para meu desenvolvimento pessoal e profissional. Agradecimento especial a Prof.ª Esp. Ana Maria de Moraes Duarte, pela atenção, orientação, paciência e dedicação aplicadas a mim.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015...37

Quadro 2: Demonstração do Resultado do Exercício 2014 e 2015...38

Quadro 3: Analise Vertical Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015...42

Quadro 4: Analise Vertical Demonstração dos Resultados dos Exercícios 2014 e 2015...42

Quadro 5: Analise horizontal Balanço Patrimonial 2014-2015...45

Quadro 6: Analise horizontal Demonstração do Resultado do Exercício 2014-2015...49

Quadro 7: Índices de Liquidez...51

Quadro 8: Índices de Endividamento...53

Quadro 9: Índices de Rentabilidade...54

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Composição do Ativo do Balanço Patrimonial de 2014...39

Figura 2: Composição do Passivo do Balanço Patrimonial de 2014...39

Figura 3: Composição do Ativo do Balanço Patrimonial de 2015...40

Figura 4: Composição do Passivo do Balanço Patrimonial de 2015...41

Figura 5: Composição do Lucro Líquido de 2014...42

Figura 6: Composição do Lucro Líquido de 2015...44

Figura 7: Analise Horizontal da Composição do Ativo...46

Figura 8: Analise Horizontal da do Ativo Total...46

Figura 9: Analise Horizontal do Passivo e PL...48

Figura 10: Analise Horizontal DRE...49

Figura 11: índices de Liquidez...51

Figura 12: Índices de Endividamento...53

Figura 13: Índices de Rentabilidade...55

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LISTA DE ABREVIATURAS BP – Balanço Patrimonial

AT – Ativo Total AC – Ativo Circulante

ANC – Ativo Não Circulante RLP – Realizável a longo prazo PT – Passivo Total

PC – Passivo Circulante PNC – Passivo não circulante

PL – Patrimônio Líquido CT – Capitais de Terceiros

CP – Capital Próprio

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício LL – Lucro Líquido

ROL – Receita Operacional Liquida IR – Imposto de renda

CSLL – Contribuição social sobre o lucro líquido LC – Liquidez Corrente

LS – Liquidez Seca GA – Giro do Ativo LG – Liquidez Geral

LI – Liquidez Imediata

GCP – Garantia de Capital de Terceiros PCT – Participação de Capitais de Terceiros RT – Recursos totais

CE- Composição do Endividamento TRI – Taxa de retorno sobre investimento

TRLP – Taxa de Retorno sobre o patrimônio Líquido ML – Margem Liquida

GA – Giro do Ativo A.V – Análise Vertical

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RESUMO

O presente estudo de caso teve como objetivo geral a aplicação da Análise das Demonstrações Contábeis fornecidas pelas Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, para determinar a situação econômica e financeira da empresa nos anos de 2014 e 2015, e definir se a Analise é capaz de auxiliar no processo de gerenciamento e tomada de decisão. Utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica para coleta de dados, estes fornecidos pela própria empresa através de seu portal eletrônico. A metodologia de aplicação de analise utilizada foram as análises vertical e horizontal e índices financeiros. Verificou-se que a empresa não teve em 2015 o seu melhor ano operacional, reduzindo a maioria de seus índices, tanto os de liquidez, quanto os de endividamento e rentabilidade. Por fim, concluiu-se que a Análise das Demonstrações Contábeis é eficaz para determinação de da situação econômica e financeira, tanto quanto para auxiliar na tomada de decisão.

Palavras-chave: Analise das Demonstrações Contábeis, Eletronorte, Tomada de Decisão

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SUMARIO

1. INTRODUÇÃO...15

2. REFERENCIAL TEORICO...18

2.1. HISTORICO DA ANALISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...18

2.2. OBJETIVO...18 2.3. USUARIOS...19 2.3.1. FORNECEDORES...19 2.3.2. CLIENTES (COMPRADORES) ...20 2.3.3. BANCOS COMERCIAIS...20 2.3.4. BANCOS DE INVESTIMENTO...20

2.3.5. SOCIEDADES DE CREDITO IMOBILIARIOS...21

2.3.6. SOCIEDADES FINANCEIRAS...21 2.3.7. CONCORRENTES...21 2.3.8. DIRIGENTES...21 2.3.9. GOVERNO...22 2.4. DEMONSTRAÇÕES ANALISADAS...22 2.4.1. BALANÇO PATRIMONIAL...23

2.4.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO...23

2.5. METODOLOGIA DA ANALISE...24

2.5.1. REESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS...24

2.5.2. ANALISE VERTICAL...25 2.5.3. ANALISE HORIZONTAL...25 2.5.4. INDICES DE BALANÇO...26 2.5.4.1. INDICES DE LIQUIDEZ...26 2.5.4.1.1. LIQUIDEZ CORRENTE (LC) ...27 2.5.4.1.2. LIQUIDEZ SECA (LS) ...27 2.5.4.1.3. LIQUIDEZ GERAL (LG) ...27

2.5.4.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI)...28

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2.5.4.2.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS SOBRE

RECURSOS TOTAIS (PCT/RT)...29

2.5.4.2.2. ENDIVIDAMENTO DO CAPITAL PROPRIO (ECP)...29

2.5.4.2.3. GARANTIA DE CAPITAL PROPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS (GCP/CT)...29

2.5.4.2.4 COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE)...30

2.5.4.3. INDICES DE RENTABILIDADE...30

2.5.4.3.1. TAXA DE RETORNO DE INVESTIMENTO (TRI)...31

2.5.4.3.2. MARGEM DE LUCRO (ML)...31

2.5.4.3.3. GIRO DO ATIVO (GA)...32

2.5.4.3.4. TAXA DE RETORNO SOBRE O PL (TR/PL)...32

2.5.5. Margem EBITDA... ...32

2.5.6. INDICES PADRÕES... ...33

3. METODOLOGIA DEPESQUISA...34

4. ESTUDO DE CASO...36

4.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA: CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL ELETRONORTE...36

4.2. REESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS...36

4.3. APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS...38

4.3.1. ANALISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL DE 2014...39

4.3.2. ANALISE VERTICAL BALANÇO PATRIMONIAL DE 2015...40

4.3.3. ANALISE VERTICAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO DE 2014...42

4.3.4. ANALISE VERTICAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO DE 2015...44

4.3.5. ANALISE HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL – 2014 E 2015...45

(13)

4.3.6. ANALISE HORIZONTAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO

EXERCICIO – 2014 E 2015...49

4.3.7. ANALISE DOS INDICES DE LIQUIDEZ...51

4.3.8. ANALISE DOS INDICES DE ENDIVIDAMENTO...53

4.3.9. ANALISE DOS INDICES DE RENTABILIDADE...54

4.3.10. Margem EBITDA...56

4.4. RELATORIO DE CONCLUSÃO DA ANÁLISE...56

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...60

REFERÊNCIAS...62

ANEXOS...64

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1. INTRODUÇÃO

Assim como qualquer área profissional, a Contabilidade vem, ao longo do tempo, evoluindo e se tornando, cada vez mais, uma poderosa ferramenta nas mãos dos gestores empresariais, para que, com ela, possam esculpir um futuro bem mais promissor e benéfico a todos os interessados em suas empresas.

A Contabilidade deixou de ser um mero método de escrituração dos fatos ocorridos no cotidiano da empresa. Ela se tornou, com tanto que seja bem utilizada, imprescindível a qualquer gestor no processo tomada das melhores decisões. Sejam elas reativas, ou seja, que consistam em resoluções de contratempos e superação de dificuldades; sejam elas proativas, ou seja, decisões tomadas com o intuito de melhorar o desempenho da empresa, de identificar qual o melhor caminho a ser seguido pela empresa.

Uma das formas em que a Contabilidade se faz útil nessa gestão, é através da Análise das Demonstrações Contábeis. Essa ferramenta analisa, as demonstrações elaboradas pela entidade durante um período, verificando como a empresa se encontra econômica e financeiramente.

A partir da Análise, o gestor pode definir se a empresa deve seguir novos rumos, tomar novas decisões, com informações mais confiáveis e, até mesmo, com experiências anteriores, evidenciadas por ela.

Dada a complexidade que consiste na administração de uma empresa, não se é possível determinar o sucesso ou fracasso dessa empresa apenas pelo seu resultado anual ou pelo tamanho de seu patrimônio. Quanto maior a gama de informações disponíveis sobre ela, melhor, tanto para a gestão, quanto para usuários e investidores externos.

A pesquisa foi desenvolvida através do estudo de caso, das demonstrações contábeis, com ênfase no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A – Eletronorte, a maior geradora e transformadora de energia dos estados pertencentes a Amazônia Legal, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Dada a magnitude e importância da empresa alvo do estudo, observou-se a necessidade de se desenvolver tal estudo, para

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uma análise, ainda que não muito profunda, da atual situação, permitindo projeções e decisões através do mesmo.

O problema detectado para o desenvolvimento do trabalho consiste na questão: O método da Análise de Demonstrações Contábeis é eficaz para determinar a atual situação financeira e, assim, orientar sobre decisões futuras da empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A – Eletronorte?

Durante o desenvolvimento da pesquisa, a hipótese elaborada, foi de que, através da Análise das demonstrações, em especial os Balanços Patrimoniais e Demonstrações do resultado do Exercício, utilizando o método dos indicadores, além das análises vertical e horizontal, esses são eficientes para determinar a situação financeira e auxiliar no processo de tomada de decisão.

A presente pesquisa tem como objetivo geral evidenciar a situação financeira e econômica da ELETRONORTE, através dos indicadores devidamente selecionados para determinar a evolução patrimonial e de resultado nos exercícios. E tendo como os objetivos específicos:

a- Revisar os aspectos conceituais.

b- Reestruturar as demonstrações contábeis para análise c- Estabelecer os indicadores.

d- Aplicar as fórmulas para a determinação dos quocientes e- Elaborar tabelas e gráficos para análise dos indicadores f- Identificar e diagnosticar os quocientes apurados

g- Apresentar sugestão e recomendação

A estrutura do trabalho tem-se como a fundamentação a divisão por seções. São elas quatro seções: referencial teórico, metodologia de pesquisa, estudo de caso e considerações finais.

O referencial teórico abordou todos os conceitos utilizados para o desenvolvimento do trabalho, demonstrações, analises, indicadores.

A metodologia de pesquisas evidenciou qual o procedimento metodológico utilizado no trabalho, os dados utilizados, além de ter evidenciado as

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características do estudo de caso, dando base para o desenvolvimento do mesmo.

A terceira seção consistiu no estudo de caso propriamente dito, onde foram apresentados os dados obtidos, as analises, e por fim as conclusões e recomendações.

Na última seção discorreu-se sobre as considerações finais, referentes a todo o desenvolvimento do estudo de caso.

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2. REFERENCIAL TEORICO

Nesta seção serão apresentados os conceitos que nortearam todo o desenvolvimento do trabalho. Serão apresentados um breve histórico da análise de demonstrações financeiras, os objetivos e usuários da análise, as demonstrações a serem analisadas, assim como a metodologia de análise.

2.1. HISTORICO DA ANALISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Apesar de se mostrar, diariamente, uma imprescindível ferramenta de gestão de empresa, auxiliando na tomada de decisões, a Analise de demonstrações financeiras é, relativamente, nova no universo contábil.

Matarazzo (2003, p. 20) preceitua que:

A Análise de Balanços surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancário que foi até hoje o seu principal usuário, (...) A medida ganhou aceitação ampla quando, em 9 de fevereiro de 1895, o Conselho Executivo da Associação dos Bancos do Estado de Nova York resolveu recomendar aos seus membros que solicitassem aos tomadores de empréstimos declarações escritas e assinadas de seus ativos e passivos.

Enquanto Marion (2010 p. 7) relata:

Todavia, remonta da época mais recente o surgimento da Análise das Demonstrações Contábeis de forma mais solida, mais adulta. É no final do século XIX que observamos os banqueiros americanos solicitando as demonstrações (praticamente o Balanço) às empresas que desejavam contrair empréstimos.

E por se exigir, de início, apenas o Balanço para a Análise é que se introduz a expressão Analise de Balanços, que perdura até nossos dias.

No Brasil, então, a utilização foi ainda mais tardia, Matarazzo (2003 p. 22) descreve:

Os primeiros passos da Análise de Balanços ocorreram no final do século passado. No Brasil, ela só se difundiu nos anos 70. No Brasil, até 1968, a Análise De Balanços era um instrumento pouco utilizado na pratica.

2.2. OBJETIVO

Matarazzo (2003 p. 15) afirma que:

A Análise de Balanços objetivas extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.

(18)

As demonstrações financeiras fornecem uma serie de dados sobre a empresa de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir.

É possível afirmar, então que o principal objetivo da Análise é fornecer informações de grande relevância acerca das demonstrações fornecidas por cada empresa. Auxiliando os gestores dessa empresa nas tomadas de decisões, mas, também, àqueles usuários externos a empresa, em suas próprias tomadas de decisões relacionadas a empresa analisada.

2.3. USUÁRIOS

Dada tamanha importância para a Analise, é necessário entender e explicitar quem seriam, então, os mais interessados nos resultados alcançados por essas análises. Matarazzo (2003 p.28) vem dizer:

A Análise de Balanços é fundamental para quem pretende relacionar-se com a empresa.

Cada usuário está interessado em algum aspecto particular da empresa.

O autor descreve então, quais seriam esses usuários.

a) Fornecedores

b) Clientes (Compradores) c) Bancos comerciais d) Bancos de investimento

e) Sociedades de credito imobiliário f) Sociedades financeiras g) Concorrentes h) Dirigentes i) Governo 2.3.1. FORNECEDORES Matarazzo (2003 p. 29):

O fornecedor de mercadoria precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, a sua liquidez.

Geralmente os fornecedores observam alguma coisa além da liquidez, visto que os balanços são divulgados uma vez por ano (...). Por isso, não observam pura e simplesmente índices de

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liquidez, mas alguma coisa além, como a rentabilidade e o endividamento.

É necessário conhecer a atual situação financeira da empresa, tal qual sua capacidade de pagamento, para decidir ser, ou não, um de seus fornecedores.

2.3.2. CLIENTES (COMPRADORES) Matarazzo conceitua (2003 p. 31):

Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor. Em geral, ocorre analise por parte do comprador quando depende de fornecedores que não possuam o mesmo porte dele ou que possam de alguma forma oferecer riscos

Outra possibilidade de ocorrer analise se dá quando existem poucos fornecedores no mercado e a relação entre comprador e fornecedor é bastante forte. Antes de se apoiar em um ou dois fornecedores, ou seja, num número pequeno de fornecedores, o comprador deveria analisar quais fornecedores proporcionam-lhe maior segurança.

Analisar o histórico de financeiro de seus fornecedores pode possibilitar evitar aqueles que possam estar com as operações comprometidas, e consequentemente, evitar prejuízo em suas próprias operações.

2.3.3. BANCOS COMERCIAIS Preceitua Matarazzo (2003, p. 32):

Como os bancos comerciais concedem crédito a curto prazo, devem, além de observar a situação atual do cliente, procurar conhecer ou obter alguma informação sobre a situação futura de seu cliente. Dessa forma, poderá o banco escolher os melhore clientes de hoje e os melhores de amanhã. Estaria, assim, o banco comercial atento aos objetivos de curto e de longo prazo.

Quando se trabalha com concessões de credito, cada informação referente ao seu cliente é útil, capacidade de pagamento, de endividamento, cada detalhe pode interferir na captação de um bom ou de um mal cliente.

2.3.4. BANCOS DE INVESTIMENTO Matarazzo discorre (2003, p. 33):

Diferentemente dos bancos comerciais, os de investimento concedem financiamentos a um número menor de empresas, porem a um prazo mais longo. Nesse caso, o financiamento concedido depende da situação futura do cliente.

Por isso, o risco assumido pelo banco de investimento precisa ser rigorosamente calculado. Ele só receberá de seus clientes se a situação futura deles for boa. Exige-se, por essa razão, análise cuidadosa da futura capacidade do cliente.

(20)

Quando se trabalha com concessões de credito a longo prazo, é ainda mais imprescindível uma análise detalhada da situação financeira de cada cliente. Essa análise pode ser o ponto divisor do sucesso e do fracasso de uma instituição financeira.

2.3.5. SOCIEDADES DE CREDITO IMOBILIARIOS Matarazzo escreve (2003, p. 33):

Essas sociedades concedem financiamentos a construtoras por prazos superiores a um ano. A análise delas, feita pela sociedade de credito imobiliário, geralmente fica no meio termo entre a análise de um banco de investimento e a de um comercial.

2.3.6. SOCIEDADES FINANCEIRAS Segundo Matarazzo (2003, p. 34):

Essas sociedades concedem credito diretamente aos consumidores. As lojas vendem para seus clientes e estes recebem o credito da Sociedade Financeira, sendo que a loja intervém como avalista dos empréstimos. É por essa razão que tais sociedades necessitam conhecer a competência ou capacidade da loja em conceder avais a seus clientes.

2.3.7. CONCORRENTES Matarazzo diz (2003, p. 34)

A análise dos concorrentes de uma empresa é de vital importância: o conhecimento profundo da situação de seus concorrentes pode ser fator de sucesso ou fracasso da empresa no mercado

É preciso conhecer as outras empresas existentes no ramo de atividade, verificar as condições de operação, para, tanto verificar exemplos positivos de situação financeira, quanto negativos. A análise dos concorrentes fornece mais informações para prosseguir com a operação.

2.3.8. DIRIGENTES

Matarazzo afirma (2003, p. 35):

A Análise de Balanços, para os administradores da empresa, é instrumento complementar para a tomada de decisões. Ela será utilizada como auxiliar na formulação de estratégia da empresa, e tanto pode fornecer subsídios uteis como informações fundamentais sobre a rentabilidade e a liquidez da empresa hoje em comparação com as dos balanços orçados,

Se para os usuários externos as informações fornecidas pela analise são importantes, para os dirigentes, essa importância aumenta exponencialmente, através dela ele entende como a empresa está e como deve proceder para se alcançar os objetivos traçados.

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2.3.9. GOVERNO

Matarazzo escreve (2003, p. 36-37)

O governo utiliza intensamente a Análise de Balanços em diversas situações. Por exemplo, numa concorrência aberta, provavelmente escolherá, entre duas propostas semelhantes, apresentadas por empresas em determinada concorrência, aquela que estiver em melhor situação financeira.

Em virtude de os serviços públicos serem sempre de interesse nacional, o governo acompanha o desempenho de empresas concessionárias de serviços públicos para saber como andam sua rentabilidade e suas políticas de desenvolvimento. Igualmente controla empresas públicas e autarquias e

estabelece níveis de investimentos e índices de desempenho.

Principal fiscalizador, além das funções transcritas da obra do autor, o Governo utiliza as análises das demonstrações para acompanhar o desenvolvimento das empresas em geral e, a partir daí prever os resultados futuros.

2.4. DEMONSTRAÇÕES ANALISADAS

Todas as demonstrações financeiras devem ser analisadas para que se elabore uma análise completa e mais fidedigna possível da situação econômica atual da empresa.

Entretanto, o foco do trabalho foi a análise da situação financeira e econômica da empresa, evidenciadas por meio do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

Sobre as demonstrações que devem ser analisadas, discorre Marion (2010, p.9):

Indubitavelmente, todas as Demonstrações Contábeis (DC) devem ser analisadas:

• Balanço Patrimonial (BP);

• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); • Demonstração das Origens e Aplicação dos Recursos

(DOAR);

• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);

• Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); • Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

Maior ênfase é dada para as duas primeiras demonstrações, uma vez que, por meio delas, são evidenciadas de forma objetiva a situação financeira (identificada no BP) e a situação econômica (identificada no BP e, em conjunto, na DRE).

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Como esclarece Marion, as duas demonstrações com maior ênfase de analise são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Apesar de ser prevista pela Lei 6.404 de 1976 que dispõe sobre as Sociedades por Ações, a exigência da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos foi revogada pela redação da Lei 11.638 de 2007, que acrescentou, também, a Demonstração do Fluxo de Caixa.

2.4.1. BALANÇO PATRIMONIAL Matarazzo (2003, p. 41) escreve:

É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa – Ativo -, assim como as obrigações – Passivo Exigível – em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada de Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente.

Roberto N. Anthony, conceituado autor americano, afirma que o balanço mostra:

1. As fontes de onde provieram os recursos utilizados para a empresa operar – Passivo e Patrimônio Líquido; e 2. Os bens e direitos em que esses recursos se acham

investidos.

É a demonstração responsável por ilustrar, momentaneamente, a situação patrimonial financeira e econômica da empresa. Abrange todos os bens, direitos e obrigações exigíveis ou não da empresa, que tenham se realizado ou que ainda venham a se realizar, a curto ou longo prazo.

2.4.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO

É a demonstração responsável por ilustrar todas as receitas e despesas realizadas e apropriadas durante o exercício ao qual se refere.

É esta demonstração que fornece as informações como o faturamento anual da empresa, os custos de operação, as despesas apropriadas no exercício, o resultado das operações financeiras e o lucro ou prejuízo obtidos ao final do exercício social.

Matarazzo (2003, p. 45) discorre sobre:

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento no Ativo, através de

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ingresso de novos elementos (...). Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.

Enfim, todas as receitas e despesas se acham compreendidas na Demonstração do Resultado do Exercício, seguindo uma forma de apresentação que as ordena de acordo com sua natureza, fornecendo informações significativas sobre a empresa.

2.5. METODOLOGIA DA ANALISE

Para se realizar a Análise das Demonstrações Contábeis, é necessário que se siga alguns passos e métodos, para que, ao fim da análise, o resultado seja verídico e útil.

Marion (2010, p.9) afirma que:

O primeiro passo para análise é averiguar se estamos de posse de todas as Demonstrações Contábeis. (...). Com as publicações em colunas comparativas, teremos, de posse de uma única publicação, dois períodos: exercício atual e exercício anterior. O segundo passo é preparar as DC de forma conveniente para análise. Essa etapa denominamos de Reclassificação de Itens nas Demonstrações Contábeis.

Certificados de estar de posse das duas Demonstrações Contábeis utilizadas na análise, no exercício atual e no anterior, partamos para o segundo passo.

2.5.1. REESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS

Cada empresa possui uma linha de operação, diferente da outra, consequentemente, cada uma possui o seu próprio plano de contas, moldado as suas necessidades de escrituração.

O método da reestruturação das demonstrações contábeis consiste em moldar, qualquer que for o plano de contas da demonstração, a um modelo padrão, para simplificar o entendimento e a execução da análise.

Sobre o processo de reestruturação, Matarazzo (2003, p.135) tem a dizer:

(...) Padronização consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido.

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Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DC, sobretudo no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. São alguns ajustes necessários para melhorar à eficácia da análise.

2.5.2. ANALISE VERTICAL

Uma das metodologias de analise adotadas no presente trabalho, foi a de Analise Vertical das demonstrações contábeis.

Esse método consiste em estipular um valor percentual para cada conta, em relação a uma conta base. Geralmente, a nível de Balanço Patrimonial, as contas bases são Ativo Total (AT) e Passivo + Patrimônio Líquido.

Assim, é possível determinar, quanto cada conta do ativo representa em relação ao ativo total da empresa, e quanto cada conta do passivo representa em relação as obrigações totais da empresa.

Já a nível de Demonstração do Resultado do Exercício, geralmente, a conta base utilizada é a Receita Operacional Liquida. Permitindo, assim, verificar quanto cada custo, despesa, ou receita da demonstração representa em relação ao faturamento anual da empresa.

Acerca da Analise Vertical, preceitua Matarazzo (2003, p. 243):

Analise Vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras.

Para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor-base. Por exemplo, na Analise Vertical do Balanço calcula-se o percentual de cada conta em relação ao total do Ativo.

2.5.3. ANALISE HORIZONTAL

Outra metodologia adotada na análise das demonstrações, é a Analise Horizontal das Demonstrações Financeiras.

Essa análise consiste na comparação das mesmas demonstrações em exercícios diferentes. Dessa forma, é possível observar a evolução, positiva ou negativa, de cada conta movimentada pela empresa durante aquele exercício social.

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Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica geralmente mais antiga da série.

2.5.4. INDICES DE BALANÇO

Enfim, o último método utilizado do decorrer do trabalho, para análise da empresa, foi o cálculo dos índices de balanço.

Esse método consiste na aplicação de formulas para determinação de índices que indicam a situação da empresa em diversos aspectos. Os utilizados no trabalho foram os Índices de Liquidez, Índices de Endividamento e os Índices de Rentabilidade.

Sobre índices de balanço, Matarazzo (2003, p. 147) diz:

Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa.

2.5.4.1. INDICES DE LIQUIDEZ

Esses índices são utilizados para medir a capacidade que a empresa tem, conforme suas demonstrações financeiras, de arcar de forma mais imediata, com suas obrigações. Ele, basicamente, confronta os recursos existentes no Ativo Circulante (AC), com as obrigações existentes.

A respeito desses índices, Marion (2010, p. 73) traz:

São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade de saldar seus compromissos.

Concomitantemente, Matarazzo (2003, p.163-164) relata:

São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dividas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa.

Durante a realização do presente trabalho foram utilizados os seguintes Índices de Liquidez:

a) Liquidez Corrente b) Liquidez Seca c) Liquidez Geral d) Liquidez Imediata

(26)

2.5.4.1.1. LIQUIDEZ CORRENTE (LC)

É o índice que avalia a capacidade da empresa de arcar com as obrigações de curto prazo. Consiste na razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante da empresa. Dado pela formula:

Liquidez Corrente (LC) = Ativo Circulante (AC)

Passivo Circulante (PC)

O resultado indica qual a quantidade de recurso contido no Ativo

Circulante para pagamento de cada um real registrado no Passivo Circulante.

2.5.4.1.2. LIQUIDEZ SECA (LS)

É o índice que avalia a capacidade de pagamento da empresa para com suas obrigações de curto prazo, sem, porém, os valores contidos em seu estoque. Consiste na razão entre o Ativo Circulante, decrescido do Estoque, e o Passivo Circulante. É dado pela formula:

Liquidez Seca (LS) = Ativo Circulante (AC)−Estoques

Passivo Circulante

Indica qual a quanto o Ativo Circulante consegue pagar, sem seus

estoques, a cada real registrado no Passivo Circulante.

2.5.4.1.3. LIQUIDEZ GERAL (LG)

É o índice que avalia a capacidade da empresa de arcar com suas obrigações exigíveis, a curto e a longo prazo, a partir de seu Ativo Circulante acrescido dos valores que se converterão em moeda a longo prazo, registrados no Realizável a Longo Prazo. Consiste na razão entre o Ativo Circulante, acrescido do Realizável a Longo Prazo, e a soma do Passivo Circulante com o Passivo Não Circulante, ou Passivo Total (PT). Explica-se na formula:

Liquidez Geral (LG) = Ativo Circulante (AC)+Realizavel a Longo Prazo (RLP)

Passivo Circulante (PC)+Passivo nao Circulante(PNC)

Ou

Liquidez Geral (LG) = Ativo Circulante (AC)+Realizavel a Longo Prazo (RLP)

(27)

Seu resultado indica a capacidade de pagamento de do ativo circulante e do realizável a longo prazo para cada um real do passivo total da empresa.

2.5.4.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA (LI)

É o índice que analisa quanto a empresa consegue pagar de suas obrigações com o que possui em seus disponíveis, ou seja, Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras de Curto prazo. Consiste na razão entre o Caixa e Equivalentes de Caixa da empresa e seu Passivo Circulante. Se dá pela formula:

Liquidez Imediata (LI) = Caixa e Equivalentes de Caixa

Passivo Circulante (PC)

Revela quanto há de disponível em imediato para a empresa, para cada

um real do seu Passivo Circulante.

2.5.4.2. INDICES DE ENDIVIDAMENTO

Esses índices são utilizados para medir o nível de endividamento da empresa, expondo quanto de seu patrimônio é proveniente de terceiros, quanto é exigível a curto e a longo prazo, e quanto é proveniente de capital próprio. Utiliza dados como valores de Patrimônio Líquido, Passivo Circulante e Não Circulante.

Marion (2010, p.92 -93) discorre sobre:

É por meio desses indicadores que apreciaremos o nível de endividamento da empresa.

Também são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. Saberemos se os recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte a Curto Prazo (Circulante) ou a Longo Prazo (Exigível a Longo Prazo).

No desenvolvimento do trabalho, os índices de endividamento aplicados e analisados foram:

(28)

b) Endividamento do Capital Próprio

c) Garantia de Capital Próprio em Capital de Terceiros d) Composição de Endividamento

2.5.4.2.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS SOBRE RECURSOS TOTAIS (PCT/RT)

São os índices que vão avaliar qual o percentual de capital de terceiros em relação aos recursos totais aplicados na empresa, e, consequentemente, informa, também, o percentual de capital próprio. Consiste na razão entre o Passivo Total e o Passivo Total acrescido do Patrimônio Líquido. Dado pela formula:

PCT/RT = Passivo total (PT)

Passivo Total (PT)+Patrimonio Liquido (PL)

Seu resultado indica a quantidade existente de capital de terceiros para

cada um real de capital total investido na empresa.

2.5.4.2.2. ENDIVIDAMENTO DO CAPITAL PROPRIO (ECP)

É o índice que averigua o nível de endividamento do capital dos proprietários investidos na empresa. Quanto o capital próprio se sobressai ou é superado pelo capital de terceiros. Consiste na razão entre o Passivo Total e o Patrimônio Líquido. Entende-se pela formula:

ECP = Passivo total (PT)

Patrimonio Liquido (PL)

Evidencia, então, a quantidade investida de capital de terceiros para cada um real de capital próprio investido.

2.5.4.2.3. GARANTIA DE CAPITAL PROPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS (GCP/CT)

É o índice que avalia a capacidade de garantia do capital de terceiros investido na entidade, conforme o que a empresa tem como capital próprio investido. Consiste na operação inversa do índice anterior, ou seja, na razão entre o Patrimônio Líquido e o Passivo Total. Pela formula:

(29)

GCP/CT = Patrimonio Liquido (PL)

Passivo total (PT)

Discorre quanto o capital próprio da empresa consegue garantir para cada um real de capital de terceiros investidos.

2.5.4.2.4 COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE)

É o índice que analisa qual parcela Passivo Total da empresa será exigido a curto prazo, e, consequentemente, qual parcela seria cobrada a longo prazo. Consiste na razão entre o Passivo circulante e o Passivo Total da empresa. Descrito na formula:

CE = Passivo Circulante (PC)

Passivo total (PT)

Demonstra quanto é devido a curto prazo pela empresa, para cada um

real do passivo total.

2.5.4.3. INDICES DE RENTABILIDADE

Esses índices são utilizados para analisar a rentabilidade da empresa, em relação ao capital investido. Eles nos fornecem informações acerca de retorno de investimentos, em valores e o tempo demandado para o devido retorno.

Marion (2010, p.128-129) descreve a aplicação dos índices:

Passaremos daqui em diante, a apreciar os aspectos econômicos da analise empresarial. Portanto, nossa atenção estará concentrada na geração dos resultados, na demonstração do Resultado do Exercício.

A partir de agora nossa atenção estará voltada para a rentabilidade da empresa, para seu potencial de vendas, para sua habilidade de gerar resultados para evolução das despesas, etc.

Para o desenvolvimento do trabalho, foram trabalhados os seguintes índices de rentabilidade:

a) Taxa de Retorno de Investimento b) Margem de Lucro

(30)

c) Giro do Ativo

d) Taxa de Retorno Sobre o PL

2.5.4.3.1. TAXA DE RETORNO DE INVESTIMENTO (TRI)

É o índice que indica qual foi o retorno, ao final daquele exercício, do investimento aplicado pela empresa.

A partir desse índice é capaz analisar se o investimento tem gerado o resultado esperado, ou não, para definir novos métodos de investimentos. Informa também, o tempo médio que demoraria para a empresa retornar o investimento total aplicado. Consiste na razão entre o Lucro Líquido do Exercício e o Ativo Total da empresa. Definido na formula:

TRI = Lucro Liquido (LL)

Ativo Total (AT)

Mostra o valor retornado à aos investidores para cada um real, por eles investido. Indica também a base para cálculo do tempo médio de retorno do investimento.

2.5.4.3.2. MARGEM DE LUCRO (ML)

É o índice que analisa, como o próprio nome sugere, a margem de lucro obtido com as vendas do exercício. Qual o percentual das vendas que retornarão como resultado para a empresa. Consiste na razão entre o Lucro Líquido do Exercício e as Vendas da empresa. Explicado pela formula:

ML = Lucro Liquido (LL)

Vendas

Ilustra quanto retorna para a empresa, como lucro, a cada real por ela vendido.

(31)

2.5.4.3.3. GIRO DO ATIVO (GA)

É o índice que indica, percentualmente, quanto do ativo da empresa foi comercializado, vendido, pela empresa, permitindo assim, avaliar o tempo médio de giro, de renovação do ativo. Consiste na razão entre as Vendas do exercício, e o Ativo Total. Ilustrado pela formula:

GA = Vendas

Ativo Total (AT)

Permite analisar quanto foi vendido pela empresa para cada um real constante em seu ativo, além de possibilitar o cálculo, a partir desse valor, o tempo demandado para renovação do ativo.

2.5.4.3.4. TAXA DE RETORNO SOBRE O PL (TR/PL)

É o índice que analisa a taxa de retorno do capital próprio, ou seja, o capital investido pelos proprietários da empresa, de acordo com o resultado do exercício. Consiste na razão entre o Lucro Líquido do exercício e o Patrimônio líquido da empresa. Define-se pela formula:

TR/PL = Lucro Liquido (LL)

Patrimonio Liquido (PL)

Indica quanto houve de retorno do resultado do exercício para cada real investido pelos proprietários da empresa.

2.5.5. EBITDA (LAJIDA)

É o indicador financeiro que oferece condições de avaliar o desempenho operacional financeiro, relacionado a atividade fim da entidade, retirando -se, para tanto, as despesas econômicas do resultado

Matarazzo (2010, p. 256) esclarece sua aplicação:

(...) lucro somado às despesas que não provocaram saídas de caixa como a depreciação, amortização, perdas da equivalência patrimonial, provisões para perdas no ativo permanente, juros de longo prazo, impostos definidos e outros.

(32)

É dado pela formula:

EBITDA = LL+DESP.FINANCEIRA+DEPRECIAÇÃO+AMORTIZAÇÃO+ir+CSLL

RECEITA LIQUIDA

Permite visualizar tudo que a empresa desembolsou com sua atividade operacional, para atingir o objetivo que ela se propôs para a sociedade.

2.5.6. INDICES PADRÕES

São os índices que são abordados como parâmetros para os

resultados de analises anotados por uma entidade especifica. A partir da comparação do resultado da análise de uma entidade com os índices padrões é que se pode concluir se aquele está acima, abaixo ou em conformidade com o padrão.

Reis (2009) segrega os índices em dois tipos de padrões diferentes: os padrões setoriais, que indicam qual o padrão aceitável para cada ramo ou setor empresarial; e os padrões históricos que consistem na comparação dos resultados atuais com antigos resultados, tivessem eles padrões positivos ou negativos

(33)

3. METODOLOGIA DE PESQUISA

Nesta seção será evidenciada a metodologia de pesquisa utilizada no desenvolvimento do trabalho.

Vergara (2009) propõe dois critérios básicos para definição de tipos de pesquisa: quanto aos fins; e quanto aos meios.

Em relação aos fins, a presente pesquisa se caracteriza como uma pesquisa descritiva. Vergara (2009) explica, “a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. ”

O objetivo foi expor as demonstrações da Centrais elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, e, a partir daí, analisa-la conforme as doutrinas contábeis.

Já com relação aos meios, esta pesquisa se classifica como estudo de caso e bibliográfica. Vergara (2009), novamente ressalta “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público geral”, e, também, “estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. ”

Serão utilizados dados e demonstrações fornecidos pela própria Eletronorte em seu portal eletrônico, para estudo e analise, com o fim de emitir parecer única e exclusivamente dirigido a própria Eletronorte.

Foram analisadas todas as demonstrações contábeis exigidas por lei, e notas explicativas publicadas pela empresa. Contudo, como o foco do trabalho foi a análise pelo método dos indicadores financeiros, e estes são empregados de acordo com informações contidas no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício, essas foram, então, as demonstrações utilizadas como base para o desenvolvimento da pesquisa.

A presenta pesquisa, porém, não evidenciará os índices padrões obtidos por empresas do mesmo ramo da Eletronorte, por conclusão de falta de informações suficientes para a determinação adequada desses índices padrões. Todas as análises terão como base, então, apenas o conhecimento acadêmico e bibliográfico adquirido durante o desenvolvimento do trabalho.

(34)

Os dados utilizados como base para elaboração dos quadros e figuras, como dito anteriormente, então, foram os Balanços Patrimoniais e Demonstrações dos Resultados dos Exercícios dos anos de 2014 e 2015, publicados no endereço eletrônico da entidade.

Vale ressaltar que os profissionais mais indicados para a aplicação das análises são os auditores contábeis. Porém, em tese, qualquer profissional contábil, seja ele perito, auditor, contador, ou de área diferente, pode executar uma análise válida de demonstrações, desde que tenha o conhecimento teórico necessário para fazê-lo. Pois é através dessa análise que se extrai informações de suma relevância para qualquer usuário, interno ou externo, da entidade.

(35)

4. ESTUDO DE CASO

Nesta seção será abordado uma breve apresentação da empresa estudada, Centrais Elétricas do Norte do Brasil - Eletronorte, preparação dos dados obtidos com a reestruturação das demonstrações contábeis, assim como a apresentação e analise dos resultados, dos indicadores financeiros e um relatório conclusivo da análise. Todos os dados estão disponíveis no endereço eletrônico da entidade: http://www.eln.gov.br/opencms/opencms/.

4.1 - APRESENTAÇÃO DA EMPRESA: CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL - ELETRONORTE

A Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte, a partir de agora, chamada de Eletronorte, apenas, é uma empresa subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobrás. É, também, uma das maiores empresas de transformação e distribuição de energia elétrica do Brasil.

Criada em 20 de junho de 1973 ela atende aos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Beneficiando, assim, aproximadamente 60% das 25 milhões de pessoas residentes na região. Além de ainda ser capaz de vender energia a compradores das demais regiões do país.

Por ser uma empresa de sociedade anônima de economia mista de capital aberto, publica anualmente seus demonstrativos aos que, por eles, se interessarem.

4.2 – REESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS

Cada empresa, por possuir atividades e métodos de registros diferentes das outras, elabora suas demonstrações contábeis conforme sua conveniência, elucidando o que for de mais relevância para ela e seus usuários interessados. Esse fator gera uma infinidade de tipos de disposição de demonstrações, dificultando uma análise padrão e até mesmo dificultando a comparabilidade com outras demonstrações, tanto da empresa, quanto de empresas concorrentes.

(36)

Em virtude disso, é necessário que se faça uma reestruturação padrão das demonstrações, deixando-as dispostas de um modo em que seja mais fácil a compreensão e, assim, que sejam elaboradas analises em cima das mesmas.

A seguir, os Balanços Patrimoniais de 2014 e 2015 (valores expressos em milhares de reais).

B.P. 2014 2015

A T I V O 22.744.876 24.483.011

CIRCULANTE 4.297.737 2.944.823

Caixa e equivalentes de caixa 153.749 70.633

Títulos e valores mobiliários 1.512.459 1.064.934

Clientes 921.641 806.817

Outros ativos 1.709.888 1.002.439

NÃO CIRCULANTE 18.447.139 21.538.188

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 8.171.823 10.288.810

INVESTIMENTOS 2.709.944 3.805.382

IMOBILIZADO 7.547.366 7.169.916

INTANGÍVEL 18.006 274.080

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

TOTAL DO PASSIVO 9.517.911 12.508.330

CIRCULANTE 2.963.340 3.398.702

Fornecedores 921.054 587.433

Financiamentos e empréstimos 524.604 602.509

Impostos e contribuições sociais 63.363 343.065

Outros passivos 1.517.682 1.865.695

NÃO CIRCULANTE 6.554.571 9.109.628

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.226.965 11.974.681

TOTAL DO PASSIVO E

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22.744.876 24.483.011

Quadro 1: Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015 Fonte: Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, reestruturado pelo autor

A seguir, as Demonstrações dos Resultados dos Exercícios de 2014 e 2015 (valores expressos em milhares de reais).

(37)

DRE 2014 2015

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 6.046.351 5.777.076

Custo operacional 4.168.887 -3.100.300

LUCRO BRUTO 1.877.464 2.676.776

Despesa operacional -998.069 -2.263.366

RESULTADO ANTES DOS

ENCARGOS FINANCEIROS 879.395 413.410

Resultado Financeiro 208.791 -314.236

RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS 1.088.186 99.174

Imposto de renda e contribuição social 945.279 2.497

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.033.465 101.671

Quadro 2: Demonstração do Resultado do Exercício 2014 e 2015 Fonte: Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, reestruturado pelo autor

4.3 – APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS

Analise vertical do balanço Patrimonial da Eletronorte, dos anos de 2014 e 2015:

BP 31/12/2014 A.V. 31/12/2015 A.V.

A T I V O 22.744.876 100,00% 24.483.011 100,00%

CIRCULANTE 4.297.737 18,90% 2944823 12,03%

Caixa e equivalentes de caixa 153.749 0,68% 70.633 0,29%

Títulos e valores mobiliários 1.512.459 6,65% 1.064.934 4,35%

Clientes 921.641 4,05% 806.817 3,30%

Outros ativos 1.709.888 7,52% 1.002.439 4,09%

NÃO CIRCULANTE 18.447.139 81,10% 21.538.188 87,97%

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 8.171.823 35,93% 10.288.810 42,02%

INVESTIMENTOS 2.709.944 11,91% 3.805.382 15,54%

IMOBILIZADO 7.547.366 33,18% 7.169.916 29,29%

INTANGÍVEL 18.006 0,08% 274.080 1,12%

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22.744.876 100,00% 24.483.011 100,00%

TOTAL DO PASSIVO 9.517.911 41,85% 12.508.330 51,09%

CIRCULANTE 2.963.340 13,03% 3.398.702 13,88%

Fornecedores 921.054 4,05% 587.433 2,40%

Financiamentos e empréstimos 524.604 2,31% 602.509 2,46%

Impostos e contribuições sociais 63.363 0,28% 343.065 1,40%

Outros passivos 1.517.682 6,67% 1.865.695 7,62%

NÃO CIRCULANTE 6.554.571 28,82% 9.109.628 37,21%

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.226.965 58,15% 11.974.681 48,91%

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO

LÍQUIDO 22.744.876 100,00% 24.483.011 100,00%

Quadro 3: Analise Vertical Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015 Fonte: Demonstrações das Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, estruturada pelo

(38)

4.3.1.

ANALISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL DE 2014

Figuras 1: Composição do Ativo do Balanço Patrimonial de 2014 Fonte: Analise Vertical Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015

Figura 2: Composição do Passivo do Balanço Patrimonial de 2014 Fonte: Analise Vertical Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015

Partindo das informações contidas no Quadro 3 e nas Figuras 1 e 2, é possível observar a situação patrimonial da Eletronorte ao final de 2014.

A nível de ativo, a maior parte do patrimônio da empresa se encontra no Ativo Não Circulante (ANC), 81%, sendo que quase 70% constam no Realizável a Longo Prazo (RLP), que contém as contas de impostos, indenizações, concessões de serviço público, títulos, clientes e outros ativos, e no Imobilizado da empresa. Esse dado indica que a empresa investe fortemente em sua atividade fim, já que necessita de uma boa estrutura para a prestação de serviço, e indica também, que a empresa trabalha com direitos que se realizarão a longo prazo. 0,68% 6,65% 4,05% 7,52% 35,93% 11,91% 33,18% 0,08%

COMPOSIÇÃO ATIVO 2014

Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Clientes Outros ativos REALIZÁVEL A LONGO PRAZO INVESTIMENTOS

IMOBILIZADO INTANGÍVEL 4,05% 2,31% 0,28% 6,67% 28,82% 58,15%

COMPOSIÇÃO PASSIVO 2014

Fornecedores Financiamentos e empréstimos Impostos e contribuições sociais

(39)

O fato de apenas 18% do Ativo Total (AT) se encontrar no Ativo Circulante (AC) reforça a ideia de investimentos a longo prazo na parte operacional da empresa. Menos de 1% do capital sem encontra nos disponíveis (Caixa e Equivalentes de Caixa), ainda que seja uma quantia significativa para circulação imediata, proporcionalmente não possui tamanha significância.

A nível de Passivo, a empresa segue na mesma toada do Ativo, a maior parte se encontra no Passivo Não Circulante (PNC), cerca de 29% do Passivo Total (PT). Apenas 13% do PT estão contidos no Passivo Circulante (PC).

O Passivo Não Circulante é composto em sua maioria pelos Empréstimos e Financiamentos, além de outras obrigações a longo prazo, como debentures, impostos e contribuições, adiantamentos de clientes, provisões para riscos e outros passivos não circulantes.

Porém, a maior parte da origem dos recursos se encontra, realmente, no Patrimônio Líquido (PL) da empresa. Quase 60% das origens de recursos são provenientes do PL, o que posteriormente será explicado com as vantagens e desvantagens desse dado. Sua composição se divide no capital social da empresa, mais de 96% dos valores totais, além das reservas e dividendos.

4.3.2. ANALISE VERTICAL BALANÇO PATRIMONIAL DE 2015

Figura 3: Composição do Ativo do Balanço Patrimonial de 2015 Fonte: Analise Vertical Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015

0,29% 4,35% 3,30% 4,09% 42,02% 15,54% 29,29% 1,12%

COMPOSIÇÃO ATIVO 2015

Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Clientes Outros ativos REALIZÁVEL A LONGO PRAZO INVESTIMENTOS

(40)

Figura 4: Composição do Passivo do Balanço Patrimonial de 2015 Fonte: Analise Vertical Balanço Patrimonial Reestruturado 2014 e 2015

A partir do quadro 3 e das figuras 3 e 4 é possível observar e analisar a situação patrimonial da Eletronorte ao final de 2015.

A nível de Ativo, a maior parte do patrimônio da empresa se encontra investido no Ativo Não Circulante, cerca de 88% do Ativo Total. 42% desse valor, é constante no Realizável a Longo Prazo da empresa que contém as contas de impostos, indenizações, concessões de serviço público, títulos, clientes e outros ativos, indicando que uma grande parcela de suas receitas ainda está por ser realizada. 29% do patrimônio está contido no Imobilizado, ilustrando, mais uma vez, como a entidade investe em sua estrutura para melhor prestação de serviços.

Menos de 0,5% do Ativo Total está concentrado no Caixa e Equivalente de caixa, aumentando a impressão de que a empresa prefere manter seu capital investido, ao invés de mantê-lo estagnado.

A nível de Passivo, a maior parte continuou no Passivo Não Circulante que é composto em sua maioria pelos Empréstimos e Financiamentos, além de outras obrigações a longo prazo, como debentures, impostos e contribuições, adiantamentos de clientes, provisões para riscos e outros passivos não circulantes, mais de 37% das obrigações da empresa são de longo prazo, enquanto apenas 13% se encontram no Passivo Circulante. O que ilustra, pela

2,40% 2,46% 1,40% 7,62%

37,21% 48,91%

COMPOSIÇÃO PASSIVO 2015

Fornecedores Financiamentos e empréstimos Impostos e contribuições sociais

(41)

atividade da empresa, que ela depende de financiamentos e obrigações com mais tempo para sua apropriação.

Mas, novamente, a maior parcela da origem dos recursos da Eletronorte, pertence ao Patrimônio Líquido, onde sua composição novamente se divide no capital social da empresa, além das reservas e dividendos., ou seja, aos valores provenientes dos acionistas. 49% do patrimônio da entidade é resultante desse massivo investimento.

A seguir, será apresentada a analise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício, dos anos de 2014 e 2015.

DRE 2014 A.V. 2015 A.V.

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 6.046.351 100,00% 5.777.076 100,00%

CUSTO OPERACIONAL (4.168.887) (68,95%) (3.100.300) (53,67%)

LUCRO BRUTO 1.877.464 31,05% 2.676.776 46,33%

DESPESA OPERACIONAL (998.069) (16,51%) (2.263.366) (39,18%)

RESULTADO ANTES DOS

ENCARGOS FINANCEIROS 879.395 14,54% 413.410 7,16%

RESULTADO FINANCEIRO 208.791 3,45% (314.236) (5,44%)

RESULTADO ANTES DOS

IMPOSTOS 1.088.186 18,00% 99.174 1,72%

Imposto de renda e contribuição

social 945.279 15,63% 2.497 0,04%

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.033.465 33,63% 101.671 1,76%

Quadro 4: Analise Vertical Demonstração dos Resultados dos Exercícios 2014 e 2015 Fonte: Demonstrações das Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, estruturada pelo autor

4.3.3. ANALISE VERTICAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO DE 2014

Figura 5: Composição do Lucro Líquido de 2014 Fonte: Analise Vertical Demonstração dos Resultados dos Exercícios 2014 e 2015

100,00% (68,95%) (16,51%) 3,45% 15,63% 33,63% RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO OPERACIONAL DESPESA OPERACIONAL RESULTADO FINANCEIRO Imposto de renda e contribuição social LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

(42)

Através do quadro 4 e da figura 5 é possível observar e analisar a Demonstração do Resultado do Exercício de 2014 da Eletronorte.

No ano de 2014 a Eletronorte realizou pouco mais de R$ 6 bi de reais, e, obviamente, quanto maior a receita, maior o custo demandado para realização da mesma. Por essa razão, o custo operacional da empresa ultrapassou a marca de R$ 4 bi de reais, utilizando quase 70% da receita produzida.

Outro fator de suma importância para a plena operação da empresa consiste nas despesas operacionais. No ano de 2014 a Eletronorte totalizou pouco mais de R$ 998 milhões de reais, consumindo pouco mais de 16% da receita gerada pela entidade.

Após os descontos operacionais, o saldo da empresa foi de pouco mais de R$ 879 milhões de reais. Montante que representa apenas 14,54% da Receita Operacional Liquida da empresa. Contudo, o resultado financeiro da empresa, em 2014, foi positivo, adicionando ao resultado final mais de R$ 200 milhões de reais, totalizando a quantia de mais de R$ 1 bi de reais antes dos impostos.

Após o confronto dos impostos e contribuições devidos pelo resultado no ano com os diferidos durante o ano, a empresa apurou um saldo positivo de mais de R$ 945 milhões de reais, montante equivalente a 15,63% da Receita Operacional Liquida realizada naquele ano.

Enfim, após todos os acréscimos e decréscimos registrados no resultado da empresa, a Eletronorte apurou um Lucro Líquido de R$ 2.033.465.000,00 (dois bilhões, trinta e três milhões e quatrocentos e sessenta e cinco reais). Comparando a receita produzida no exercício, o Lucro Líquido equivale a aproximadamente 34% da receita liquida.

(43)

4.3.4. ANALISE VERTICAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO DE 2015

Figura 6: Composição do Lucro Líquido de 2015 Fonte: Analise Vertical Demonstração dos Resultados dos Exercícios 2014 e 2015

A partir do quadro 4 e da figura 6 pode-se observar e analisar o Resultado do Exercício de 2015 da Eletronorte.

No ano de 2015, a Eletronorte conseguiu produzir uma Receita Operacional Liquida de R$ 5.777.076.000,00, e, mais uma vez, teve elevados custos e despesas para que pudesse prestar seus serviços e arrecadar sua receita.

Contabilizando um consumo de mais de 50% do valor produzido, os principais redutores da receita foram, novamente, os custos operacionais, acumulando mais de R$ 3 bi ao final do exercício. As Despesas Operacionais, por sua vez, totalizaram mais de R$ 2,2 bi de reais, montante equivalente a mais de 39% da Receita.

Após os descontos operacionais, sobrou a Eletronorte pouco mais de 7% do valor total das Receitas, percentual equivalente a pouco mais de R$ 440 milhões, porém, o resultado financeiro do exercício teve saldo negativo. Resultado esse ocorrido quando o montante de despesas financeiras supera exacerbadamente as receitas financeiras da entidade, segundo notas explicativas, o principal fator para a negativação do resultado financeiro consiste no preço do alumínio no mercado internacional, onde se havia registrado um ganho em 2014, observou-se perda em 2015, culminando em mais de 314 milhões de reais de descontos financeiros, resultando em R$ 99 milhões para desconto de IR e CSLL. 100,00% (53,67%) (39,18%) (5,44%) 0,04% 1,76% RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO OPERACIONAL DESPESA OPERACIONAL RESULTADO FINANCEIRO Imposto de renda e contribuição social LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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Novamente, após o confronto dos impostos e contribuições devidos pelo resultado do exercício, com os diferidos durante o exercício, o resultado foi um saldo positivo de aproximadamente R$ 2,5 milhões de reais, montante que somado ao saldo anterior, decretou a Eletronorte um Lucro Líquido de R$ 101.671.000,00 (cento e um milhões, seiscentos e setenta e um reais), valor equivalente a apenas 1,76% das Receitas Operacionais Liquidas apuradas em 2015.

4.3.5. ANALISE HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL – 2014 E 2015

ATIVO 2014 2015 A.H. (%)

CIRCULANTE 4.297.737 2.944.823 -31%

Caixa e equivalentes de caixa 153.749 70.633 -54%

Títulos e valores mobiliários 1.512.459 1.064.934 -30%

Clientes 921.641 806.817 -12%

Outros ativos 1.709.888 1.002.439 -31%

NÃO CIRCULANTE 18.447.139 21.538.188 17%

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 8.171.823 10.288.810 26%

INVESTIMENTOS 2.709.944 3.805.382 40% IMOBILIZADO 7.547.366 7.169.916 -5% INTANGÍVEL 18.006 274.080 1422% TOTAL ATIVO 22.744.876 24.483.011 8% TOTAL DO PASSIVO 9.517.911 12.508.330 31% CIRCULANTE 2.963.340 3.398.702 15% Fornecedores 921.054 587.433 -36% Financiamentos e empréstimos 524.604 602.509 15%

Impostos e contribuições sociais 63.363 343.065 441%

Outros passivos 1.517.682 1.865.695 23%

NÃO CIRCULANTE 6.554.571 9.109.628 39%

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13.226.965 11.974.681 -9%

TOTAL DO PASSIVO E

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22.744.876 24.483.011 8%

Quadro 5: Analise horizontal Balanço Patrimonial 2014-2015 Fonte: Demonstrações das Centrais Elétricas do Norte do Brasil – Eletronorte, estruturada

pelo autor

A análise horizontal foi escolhida como método pois consegue ilustrar, anualmente, a evolução ou regresso de cada conta movimentada pela entidade.

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Figura 7: Analise Horizontal da Composição do Ativo Fonte: Analise horizontal Balanço Patrimonial 2014-2015

Figura 8: Analise Horizontal da do Ativo Total Fonte: Analise horizontal Balanço Patrimonial 2014-2015

A partir do quadro 5 e das figuras 6, 7 e 8, é possível observar e analisar as mutações ocorridas no patrimônio da Eletronorte entre os anos de 2014 e 2015.

O aumento do patrimônio registrado para 2015 foi de 8%, pouco mais de 1,5 bilhão de reais, indicando um crescimento financeiro da Eletrobrás – Eletronorte nesse período.

O ativo circulante, porém, sofreu uma queda de 31% em seus valores, valor equivalente a pouco mais de 1 bilhão de reais. Essa queda é evidenciada em todos os grupos de conta do circulante: 54% no caixa e equivalente de caixa,

- 54% - 30% - 12% - 31% + 26% + 40% - 5% + 1422%

ANALISE HORIZONTAL DA COMPOSIÇÃO DO ATIVO

2014 2015

ATIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE TOTAL ATIVO

- 31%

+ 17%

+ 8%

ANALISE HORIZONTAL DO ATIVO TOTAL

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baixa essa, segundo notas explicativas, devida a grande diminuição das aplicações financeiras de curto prazo, quase R$ 100.000.000,00; 30% nos títulos a receber; 12% de clientes; e 31% de outros ativos.

Evidentemente, essa queda diminui o poder de circulação de capital da empresa, porem este número contrasta com o crescimento registrado no ativo não circulante, de 17%, que corresponde a um aumento de 3 bilhões de reais. O que eleva o status financeiro da empresa, podendo atrair ainda mais investidores e acionistas.

Assim como no ano anterior, o realizável a longo prazo e os investimentos colaboraram para o aumento do ativo não circulante. O realizável a longo prazo registrou um aumento de 26% em relação ao ano anterior, pouco mais de 2 bilhões de reais, que viriam a entrar para os cofres da empresa com o passar dos anos. Os investimentos somaram um aumento de 40% em relação a 2014, conforme notas explicativas, esse aumento se deve a novas incorporações aprovadas no ano de 2015, assim como aquisições de controles sobre linhas, pouco mais de 1 bilhão de reais aumentados, totalizando mais de 3 bilhões de reais da Eletrobrás – Eletronorte investidos em diversas vertentes, com o intuito de gerar mais retorno financeiro, futuramente.

Percentualmente, porém, o quesito do ativo não circulante que mais progrediu de 2014 para 2015 foi o intangível da empresa, conforme as Notas Explicativas da empresa, esse aumento foi registrado graças a uma concessão obtida, devido à repactuação de risco Hidrológico, registrando um aumento de 1422%, valor equivalente ao montante de mais de 250 milhões de reais, totalizando, finalmente, pouco mais de 270 milhões de reais em ativos intangíveis.

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Figura 9: Analise Horizontal do Passivo e PL Fonte: Analise horizontal Balanço Patrimonial 2014-2015

Por parte do passivo, em discordância da diminuição do Ativo Circulante, o Passivo Circulante registrou um aumento de 15%, pouco mais de R$ 400 milhões de reais, no quesito Impostos e Contribuições sociais houve um aumento de 441%, segundo notas explicativas, esse aumento é composto pelo aumento de mais de 230 milhões no IRPJ e na CSLL, e pouco mais de 30 milhões de aumento no PIS e COFINS, enquanto o Não Circulante, maior colaborador para o crescimento de 31% do Total do Passivo, registrou aumento de 39% em relação ao ano anterior, valor equivalente a pouco mais de R$ 2,5 bi de aumento.

O Patrimônio Líquido, por sua vez, apurou uma redução de 9%, mais de R$ 1 bi de reais. Essa redução pode ser explicada tanto pela evasão do capital dos acionistas, quanto pela diminuição do Lucro Líquido Apurado, em relação ao ano anterior, conforme será explicado a seguir.

PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO

+ 15 %

+ 39%

- 9%

ANALISE HORIZONTAL DO PASSIVO E DO PL

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