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BARROCO SLIDES

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Academic year: 2021

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(1)

O Barroco

Prof.ª Rosseana Mezzadri Dusi

(2)

Igreja de Jesus,

Roma, Itália. Iniciada em 1568

(3)

Catedral de São Franciso,

(4)

BARROCO EUROPEU

POZZO, Andrea Del.

Igreja de Santo Inácio, Roma

1700

- Exagero nos detalhes (cultismo) - Aproveitamento e

aperfeiçoamento das técnicas classicistas (renascimento)

- Técnica do trompe-l'oeil (engana olho): perspectiva dando a

impressão de três dimensões. - Reintrodução da ideia de céu e inferno

- Reforço na noção de pecado e salvação

(5)

BARROCO EUROPEU

CARAVAGGIO, Michelangelo Merisi da Baco, 1597

Característica do barroco: Aproveitamento e aperfeiçoamento das técnicas de pintura aprendidas e desenvolvidas no renascimento

(perspectiva, perfeição)

Faixa preta: simboliza a morte, que está sempre presente. Tal presença é característica geral do

barroco

Frutas podres: Crítica do artista sobre a obsessão

pela beleza dos tradicionais classicistas através da ideia de que a beleza acaba com o tempo. Observam-se dois importantes lemas barrocos:

- Carpe diem (aproveite o presente)

- Tempus fugit (o tempo passa rápido)

Contrastes, ilumismo, incidência da luz de mais de um ponto, dramaticidade, excessos.

(6)

valores medievais padrões renascentistas

espiritualismo Espírito Barroco materialismo

(7)

Contexto histórico EUROPA:

- Fim das grandes navegações - Desenvolvimento do capitalismo

mercantilista (burguesia)

- Reforma protestante apoia o capitalismo - Divisão da igreja católica marca toda a

cultura europeia. Tal cisão estimula a

contrarreforma, centralizada em Portugal

e Espanha.

- Tensão entre o racionalismo renascentista e a religiosidade católica, que volta a ficar latente.

- Embate. Tensão. Conflito.

- Confrontam-se o antropocentrismo e o teocentrismo.

Contexto Histórico BRASIL:

- Regime Colonial

- Atividade cultural restrita a Bahia e Pernambuco (economia açucareira)

- Como não havia uma sociedade estruturada no Brasil, houve “ecos da Europa”.

- Houve manifestações literárias e artísticas no final do século XVII e início do XVIII.

Barroco

Final do século XVI início do XVII (Europa) Final do século XVII e início do XVIII (Brasil)

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Barroco

Final do século XVI início do XVII (Europa) Final do século XVII e início do XVIII (Brasil)

O Barroco sucedeu o Renascimento. O momento final do Barroco, o Rococó é considerado um

barroco exagerado exuberante e meramente decorativo. Para alguns, é a decadência do movimento.

Características literárias:

- Exploração dos sentidos como forma de conhecimento do mundo.

- Uso frequente de figuras de linguagem (metáfora, antítese, paradoxo, hipérbole, prosopopeia).

- Cultismo: emprego abusivo de figuras, excesso de detalhes nas pinturas e arquitetura.

- Emprego de interrogativas.

- Ordem inversa (sujeito x verbo; objeto x verbo). - Conceptismo: jogo de ideias; trocadilhos; livres

associações.

Principais temas barrocos:

- Morte - Sobrenatural - Fugacidade - Castigo - Heroísmo - Erotismo - Cenas trágicas - Céu e religião - Arrependimento

(9)

• LITERATURA – século XVII, durante o ciclo na cana de açúcar, na Bahia e

em Pernambuco

• Gregório de Mattos Guerra

• Padre Antônio Vieira (português, produziu literatura no Brasil)

• Bento Teixeira Pinto

• Manuel Botelho de Oliveira

• Frei Manuel de Santa Maria Itaparica

• ARQUITETURA, ESCULTURA E PINTURA – século XVIII, durante o ciclo do

ouro, em Minas Gerais (“Barroco” tardio)

• Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho)

• Clarival do Prado Valladares (pintor de igrejas. Usava muito o efeito trompe-l'oeil)

(10)

GREGÓRIO DE MATOS

(7 de Abril de 1633, Salvador – 1696 em Recife)

-

Advogado e poeta

- Estudou no Colégio dos Jesuítas em Coimbra, Portugal e

voltou ao Brasil em 1681

-

Dedicou-se a Sátiras, Líricas e Poemas erótico-irônicos

-

Exilado em Angola por suas críticas.

-

Escreveu muitos poemas denunciando a corrupção e a injustiça da sociedade baiana e colonial da

época

- A população era composta de muitos negros escravos e brancos pobres que em sua maioria

conviviam com pouquíssimas famílias influentes e ricas vindas de Portugal que dominavam a colônia

que crescia à custa de muita exploração humana.

- Depois de infernizar essa elite escravagista com seus versos, quando mais velho Gregório se volta ao

catolicismo.

(11)

Soneto a Nosso Senhor

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinquido Vos tem a perdoar mais empenhado.

Se basta a voz irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido,

Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada

Glória tal e prazer tão repentino

Vos deu, como afirmais na sacra história. Eu sou, Senhor a ovelha desgarrada, Recobrai-a; e não queirais, pastor divino,

Perder na vossa ovelha a vossa glória.

(12)

À mesma d. Ângela

Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente:

Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós, se uniformara: Quem vira uma tal flor, que a não cortara,

De verde pé, da rama fluorescente; E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,

Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

(13)

Soneto bem conhecido

A cada canto um grande conselheiro Que nos quer governar cabana e vinha,

Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um frequentado olheiro,

Que a vida do vizinho, e da vizinha, Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha

Para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres,

Posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres,

(14)

Gregório de Matos - Pica flor A uma freira que satirizando a

delgada

fisionomia do poeta lhe chamou "Pica-Flor".

Se Pica-Flor me chamais, Pica-Flor aceito ser, Mas resta agora saber, Se no nome que me dais, Meteia a flor que guardais

No passarinho melhor! Se me dais este favor, Sendo só de mim o Pica, E o mais vosso, claro fica,

(15)

Não são só ladrões - diz o Santo - os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os pobres. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. Diógenes que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas (juízes) e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões e começou a bradar: "Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos." Ditosa Grécia que tinha tal pregador! Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul ou ditador por ter roubado uma província.

Sermão do bom ladrão, apresentado diante de D. João IV,

(16)

Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagens valíssimas da servidão e espetáculos de extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, porque só ela cativa o entendimento para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos contudo vossa justiça e providência! Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem com os nossos? Não respiram o mesmo ar? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina tão triste, tão inimiga, tão cruel?

(17)

PADRE ANTÔNIO VIEIRA

. (Lisboa, 6 de fevereiro de 1608

— Salvador, 18 de julho de 1697)

- Foi um religioso, filósofo, escritor e orador português da

Companhia de Jesus.

- Veio ao Brasil ainda criança e teve formação jesuítica e

tornou-se sacerdote em 1634.

- Propagou esses principais ideais:

- Defesa dos judeus: a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais)

- Abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.

- Defesa dos índios que estavam sendo escravizados.

• Uso genial da linguagem, estudado tanto à literatura

portuguesa, quanto a literatura brasileira.

(18)

Barroco literário no

Brasil

(19)

Enem 2014

Quando Deus redimiu da tirania Da mão do Faraó endurecido

O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Páscoa ficou da redenção o dia.

Páscoa de flores, dia de alegria Àquele Povo foi tão afligido

O dia, em que por Deus foi redimido; Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. Pois mandado pela alta Majestade Nos remiu de tão triste cativeiro, Nos livrou de tão vil calamidade.

Quem pode ser senão um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade O Faraó do povo brasileiro.

DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.

Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por

a) visão cética sobre as relações sociais. b) preocupação com a identidade brasileira. c) crítica velada à forma de governo vigente. d) reflexão sobre os dogmas do cristianismo. e) questionamento das práticas pagãs na Bahia.

Este poema é uma crítica mordaz e faz um paralelo entre a sociedade baiana que não melhorava por conta de seus governantes ao faraó do Egito do velho testamento.

(20)

Enem 2012

Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem forte influência do rococó europeu e está representada aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas, (MG), esculpido em pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa, sua obra revela

a) liberdade, representando a vida de mineiros à procura da salvação. b) credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de Minas Gerais. c) simplicidade, demonstrando compromisso com a contemplação do

divino.

d) personalidade, modelando uma imagem sacra com feições populares. e) singularidade, esculpindo personalidade do reinado nas obras divinas.

(21)

Enem PPL 2014

Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações, nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? Não há um homem que em um sermão entre em si e se resolva, não há um moço que se arrependa, não há um velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir.

VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965. No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira questiona a eficácia das pregações. Para tanto, apresenta como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as quais têm por objetivo principal

a) provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o conteúdo que será abordado no sermão. b) conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os temas abordados nas pregações.

c) apresentar questionamentos para os quais a Igreja não possui respostas.

d) inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre a eficácia das pregações. e) questionar a importância das pregações feitas pela Igreja durante os sermões.

Referências

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