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Análise das demonstrações contábeis: um estudo de caso comparativo entre as companhias Fibria, Klabin e Suzano

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JORDANA DANIELI SANTOS

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO

DE CASO COMPARATIVO ENTRE AS COMPANHIAS FIBRIA,

KLABIN E SUZANO

IJUÍ (RS)

2018

(2)

JORDANA DANIELI SANTOS

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO

DE CASO COMPARATIVO ENTRE AS COMPANHIAS FIBRIA,

KLABIN E SUZANO

Trabalho de conclusão do curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito para obtenção do título em bacharel em Ciências Contábeis.

Prof. Orientadora: STELA MARIS ENDERLI

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RESUMO

O presente estudo tem como foco principal a Análise de Demonstrações Contábeis por meio de indicadores econômicos, financeiros e operacionais de três empresas do ramo de papel e celulose: Fibria Celulose S.A, Klabin S.A e Suzano Papel e Celulose S.A. nos anos de 2015 a 2017. Os objetivos desse estudo foram analisar a evolução econômica, financeira e operacional das empresas objeto de estudo, desta forma fez-se necessário revisar a literatura referente ao tema, buscar as demonstrações contábeis, aplicar as técnicas de análise das demonstrações, apurando os indicadores, analisando e interpretando os mesmos e ainda relatando as conclusões da análise, com a finalidade de apresentar informações para os gestores nos processos de tomada de decisão. A pesquisa classifica-se quanto a sua natureza, como aplicada, quanto aos objetivos, descritiva, sendo sua forma de abordagem qualitativa e quanto aos procedimentos técnicos, uma pesquisa bibliográfica, documental e multicaso. Com a realização dos cálculos e análises, pode-se concluir que nos anos analisados, a análise financeira das três empresas está adequada, indicando que as empresas possuem capacidade de pagar suas dívidas, já quanto a análise econômica, em 2015 somente a empresa Fibria apresentou lucro e indicadores positivos, as empresas Klabin e Suzano apresentaram prejuízos, e nos demais anos as três empresas apresentaram bons resultados novamente. Com relação a análise operacional, relacionado ao ciclo operacional e financeiro, constata-se que nos três anos analisados a empresa Fibria apresentou os melhores resultados. Dessa forma, com a realização desses estudos, constata-se que os mesmos foram muito satisfatórios e contribuíram significativamente para formação pessoal e profissional, sendo uma ótima oportunidade de aprendizagem e aperfeiçoamento contábil, fazendo-se necessário que além disso o contador permaneça sempre atualizado com as frequentes mudanças da profissão contábil.

Palavras chave: Análise das Demonstrações Contábeis, Indicadores de Desempenho, Análise Comparativa

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, que me concedeu a vida e me capacitou para chegar até aqui, realizando dessa forma um sonho tão desejado que é formação profissional.

Aos meus pais, Marcio Adelar Santos e Marisa Maristela Michels Santos, que sempre acreditaram e estiveram do meu lado, o meu muito obrigada, vocês são a razão do meu viver.

Ao meu esposo, Alan Bairos dos Santos, por dividir todos os momentos comigo e por todas as palavras de conforto, por todo amor e dedicação.

Aos meus colegas, em especial a Fernanda Cardias Dornelles e Andriara Marques Rodrigues, que dividiram essa caminhada comigo, sou grata por essa amizade que fortalece a cada dia.

A todos os professores que sempre estiveram dispostos a compartilhar suas experiências e conhecimentos, em especial a Professora Stela Maris Enderli, pelo acompanhamento e orientação para o término desse estudo com certeza e segurança.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Cálculo do fator de atualização pelos índices do IGPM ... 43

Quadro 2- Indicadores de Liquidez empresa Fibria Celulose S.A ... 45

Quadro 3- Indicadores de Liquidez empresa Suzano Papel e Celulose S.A ... 46

Quadro 4- Indicadores de Liquidez empresa Suzano Papel e Celulose S.A ... 47

Quadro 5- Indicadores de Garantia da Dívida empresa Fibria Celulose S.A ... 49

Quadro 6- Indicadores de Garantia da Dívida empresa Klabin S.A ... 50

Quadro 7- Indicadores de Garantia da Dívida empresa Suzano Papel e Celulose S.A ... 51

Quadro 8- Indicadores de Lucratividade empresa Fibria Celulose S.A ... 53

Quadro 9- Indicadores de Lucratividade empresa Klabin S.A ... 54

Quadro 10- Indicadores de Lucratividade empresa Suzano Papel e Celulose S.A ... 55

Quadro 11- Indicadores da Rentabilidade empresa Fibria Celulose S.A ... 56

Quadro 12- Indicadores da Rentabilidade empresa Klabin S.A ... 57

Quadro 13- Indicadores da Rentabilidade empresa Suzano Papel e Celulose S.A .. 58

Quadro 14-- Indicadores de Giro empresa Fibria Celulose S.A ... 59

Quadro 15-- Indicadores de Giro empresa Klabin S.A ... 60

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Análise da Liquidez Fibria Celulose S.A ... 63

Gráfico 2- Análise da Liquidez Fibria Celulose S.A ... 64

Gráfico 3- Análise da Liquidez Suzano Papel e Celulose S.A ... 64

Gráfico 4- Análise do Capital Circulante Líquido Fribia Celulose S.A ... 65

Gráfico 5- Análise da Garantia da Dívida Fibria Celulose S.A... 66

Gráfico 6- Análise da Garantia da Dívida Klabin S.A ... 66

Gráfico 7- Análise da Garantia da Dívida Suzano Papel e Celulose S.A ... 66

Gráfico 8- EBTDA Fibria Celulose S.A ... 67

Gráfico 9- Análise da Lucratividade Fibria Celulose S.A ... 68

Gráfico 10- Análise da Lucratividade Klabin S.A ... 69

Gráfico 11- Análise da Lucratividade Suzano Papel e Celulose S.A ... 69

Gráfico 12- Análise da Rentabilidade Fibria Celulose S.A ... 70

Gráfico 13- Análise da Rentabilidade Klabin S.A ... 71

Gráfico 14- Análise da Rentabilidade Suzano Papel e Celulose S.A ... 71

Gráfico 15- Análise Operacional Fibria Celulose S.A ... 73

Gráfico 16- Análise Operacional Klabin S.A ... 73

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LISTA DE SIGLAS

CSLL- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

EBITDA- Eearnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization IGPM- Índice Geral de Preços do Mercado

IR- Imposto de Renda

PMPC Prazo Médio de Pagamento das Compras PMRE- Prazo Médio de Renovação dos Estoques PMRV- Prazo Médio de Recebimento das Vendas

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

1.1 ÁREA DO CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 11

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 11 1.3 PROBLEMA ... 12 1.4 OBJETIVOS ... 14 1.4.1 Objetivo geral ... 14 1.4.2 Objetivos específicos ... 14 1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 16 2.1 CONTABILIDADE ... 16 2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 18

2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 21

2.4 ANÁLISE FINANCEIRA ... 23

2.4.1 Análise de Liquidez ... 24

2.4.2 Análise de Garantia da Dívida ... 27

2.4.3 EBITDA ... 28

2.5 ANÁLISE ECONÔMICA ... 29

2.5.1 Indicadores de Lucratividade ... 30

2.5.2 Estudo da Rentabilidade ... 31

2.6 ANÁLISE OPERACIONAL OU INDICADORES DE ATIVIDADE ... 32

2.6.1 Indicadores de Giro ... 33

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ... 36

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 36

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ... 38

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3.4 ANÁLISE DOS DADOS ... 41

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 43

4.1 ORGANIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 43

4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES POR íNDICES ... 44

4.2.1 Análise Financeira ... 44

4.2.2 Análise Econômica ... 53

4.2.3 Análise Operacional ... 59

4.3 ANÁLISE COMPARATIVA ... 63

4.3.1 Análise da Liquidez ... 63

4.3.2 Análise de Garantia da Dívida ... 65

4.3.3 Análise Indicadores de Lucratividade... 68

4.3.4 Análise da Rentabilidade ... 70

4.3.5 Análise Indicadores Operacionais ... 72

5 CONCLUSÃO... 76

REFERÊNCIAS ... 78

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1 INTRODUÇÃO

Pode-se observar ao longo de décadas, com o desenvolvimento de trabalhos nas áreas de Contabilidade e Controladoria, que a maioria das empresas não se preocupam efetivamente em desenvolver modelos de gestão com base em informações contábeis e gerencias. A necessidade das empresas se organizarem surge em função de alguns fenômenos, como o advento da globalização, a abertura do mercado interno para produtos importados, avanços tecnológicos, diminuição de margem de lucros e estabilização econômica (SCHIER, 2009).

Segundo Sobral e Peci (2008), as organizações são uma realidade no mundo, e quase tudo que acontece nele depende delas. Elas estão presentes na vida civilizada, uma vez que fornecem os meios para o atendimento das necessidades humanas. Para alcançarem seus objetivos, as empresas devem ser capazes de utilizar corretamente seus recursos e, para isso precisam da contabilidade e de suas ferramentas de controle.

A Contabilidade apresenta várias ferramentas para demonstrar, evidenciar e relatar informações a partir de dados gerando elementos úteis e importantes nas decisões de gestores e de usuários internos e externos das organizações. A análise das demonstrações contábeis é uma dessas ferramentas, e procura evidenciar a situação patrimonial, financeira e econômica das entidades objeto de estudo, tendo por base as demonstrações contábeis básicas e complementares (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Ainda segundo os autores, a análise das demonstrações contábeis busca extrair informações dos demonstrativos contábeis para auxiliar as pessoas na compreensão da situação patrimonial, financeira e econômica, utilizando-se de técnicas como a análise de valores absolutos, análise de valores relativos e análise por índices econômicos e financeiros.

Com base nesses argumentos e nas mais variadas possibilidades de informações que a contabilidade pode oferecer aos seus diferentes usuários, são apresentadas aqui as principais etapas desse trabalho, realizado em três empresas do ramo de papel e celulose.

O trabalho inicialmente apresenta a contextualização da pesquisa, com a definição da área do conhecimento contemplada, problematização do tema, definição dos objetivos a serem alcançados e a apresentação da justificativa.

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No capítulo seguinte desenvolve-se a pesquisa teórica, envolvendo a contabilidade e as técnicas contábeis de análise de demonstrações contábeis, utilizadas como instrumento técnico para a realização da parte prática deste estudo, tendo por base as obras dos principais autores da área.

No terceiro capítulo,apresenta-se a metodologia utilizada na parte teórica do trabalho e na condução das ações práticas com vista a realização dos objetivos propostos.

O último capítulo apresenta a análise dos resultados obtidos com este estudo, evidenciando a análise e interpretação das demonstrações contábeis por índices econômicos e financeiros, extraindo conclusões da análise, finalizando a pesquisa com as referências bibliográficas e os anexos.

1.1 ÁREA DO CONHECIMENTO CONTEMPLADA

A Contabilidade tem como finalidade gerar informações de ordem econômica e financeira sobre o patrimônio e suas variações, com ênfase no controle e no planejamento das decisões. A gestão só é possível se ocorrer periodicamente o controle nos elementos patrimoniais e suas variações, sendo possível assim projetar o futuro por meio de metodologias e ferramentas de gerenciamento de dados nas organizações (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Ainda segundo os autores, a ferramenta chamada análise das demonstrações contábeis consiste na coleta de informações das demonstrações financeiras, que têm o objetivo de apurar dados e indicadores para avaliar a situação financeira, patrimonial e econômica das empresas. Nesse sentido o tema desse estudo é a análise das demonstrações contábeis.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Os trabalhos foram realizados com base em dados de três empresas do ramo de papel e celulose, portanto as organizações escolhidas para a realização desse estudo classificam-se como indústrias do setor de papel e celulose. Nessa primeira etapa será apresentado o setor de atuação das empresas, e na metodologia esse item é ampliado, incorporando informações sobre as empresas.

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O setor de papel e celulose é formado por indústrias de celulose, papéis e artefatos de papéis. A indústria brasileira de celulose é composta por empresas que produzem celulose e pasta de alto rendimento, as quais podem ser vendidas no mercado doméstico e externo ou utilizadas na produção de papel pelas próprias empresas. A indústria de papéis compreende as empresas produtoras de papéis, os quais são vendidos no mercado interno e externo sendo destinados a indústria de artefatos de papéis ou a indústria de edição e gráfica (MONTEBELLO, 2011).

As indústrias do setor de papel e celulose são caracterizadas pela utilização intensa de energia em seus processos produtivos, os principais componentes da matriz de consumo do setor se referem à geração de calor, vapor e eletricidade. Apesar de fazerem parte do mesmo setor, a indústria de papel e celulose é composta por dois grandes segmentos industriais, cada um com seu respectivo processo produtivo. O primeiro que é o da celulose produz diferentes tipos de celulose e pastas, e o segundo segmento que é o do papel, é responsável pela produção de diversos produtos relacionados (ABDI, 2012).

1.3 PROBLEMA

Pode-se afirmar que as transformações econômicas, tecnológicas e sociais vêm aumentando cada vez mais devido a evolução da economia mundial, causando consequências para qualquer organização. Essas transformações são bastante visíveis e no cenário competitivo atual que se encontram as empresas, é muito importante que as mesmas possuam uma boa estrutura organizacional que as auxiliem na tomada de decisão (MARION, 2010).

É relevante que os problemas de gestão sejam detectados e que seja realizado um bom planejamento empresarial e se possa implantar como base de melhorias e reparos. As ferramentas gerenciais que possibilitem minimizar os riscos têm sido amplamente utilizadas e uma delas é a análise das demonstrações contábeis, que tem sua aplicação no âmbito da gestão financeira.

Schier (2009) afirma que os empresários começam a ter necessidade de se organizarem, a terem um fluxo de informações consistentes e agilizar o processo de tomada de decisões, além de buscar alternativas de controle e redução dos custos.

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Por esse motivo é necessário que os gestores tenham conhecimento da Contabilidade como importante instrumento para auxiliar na tomada de decisões e na busca por alternativas de controle e gerenciamento dos processos.

A ferramenta de análise de demonstrações contábeis tem influência representativa nas organizações, sendo indispensável sua realização. Essa técnica contábil influencia na tomada de decisões e no gerenciamento das empresas, bem como evita possíveis transtornos futuros. É um estudo que envolve anos de movimentação, contendo indicadores de situações passadas e presentes, possibilidades futuras e mudanças que devem acontecer para o bom andamento da empresa (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

De acordo com Matarazzo (2003), a análise das demonstrações contábeis possibilita ao analista conhecer a visão da estratégia e dos planos da empresa analisada, possibilitando estimar o futuro, limitações e potenciais, além de avaliar os efeitos que certos eventos possam advir sobre a situação financeira da empresa, sendo um dos elementos mais importante para a tomada de decisões.

Ainda sob o mesmo assunto, por meio das demonstrações elaboradas de uma empresa, torna-se possível extrair informações a respeito de sua situação econômica e financeira, bem como informar ou concluir sobre atratividade de investimentos ou não, a capacidade de pagamentos, situação de equilíbrio e insolvência, satisfação dos proprietários quanto a rentabilidade e assim por diante (ASSAF NETO, 2014).

Com base nessas informações, esse trabalho busca por meio de indicadores de desempenho evidenciar a situação patrimonial, financeira e econômica das empresas objeto de estudo, tendo por base as demonstrações contábeis. Também busca-se demonstrar as diferenças de performance das empresas em análise, detalhadas em suas demonstrações contábeis que podem ser identificadas e analisadas a partir das técnicas contábeis de análise.

A análise foi realizada de forma comparada nas três empresas do ramo de papel e celulose, buscando a obtenção de índices econômicos e financeiros, bem como revelar a real situação patrimonial, econômica e financeira das empresas em estudo.

Diante dos argumentos expostos, questiona-se: Como se apresenta a situação patrimonial, financeira e econômica das empresas em estudo nos anos de 2015 a 2017, apontadas pela aplicação de indicadores econômicos e financeiros?

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1.4 OBJETIVOS

Objetivo pode se conceituado como algo a ser alcançado, deve ser visto como a razão ou motivo para realização de um trabalho. É o que se busca atingir ao término de uma atividade ou processo, aumentando os conhecimentos sobre determinado assunto. Em trabalhos de conclusão de curso, normalmente realiza-se um objetivo geral baseado em três objetivos específicos. (BEUREN et al., 2004).

1.4.1 Objetivo geral

Demonstrar as diferenças de performance das empresas em análise, evidenciadas em suas demonstrações contábeis que podem ser identificadas e analisadas a partir dos indicadores econômicos e financeiros.

1.4.2 Objetivos específicos

 Revisar a literatura referente à contabilidade e análise das demonstrações contábeis;

 Calcular os indicadores econômicos e financeiros com base nas demonstrações contábeis básicas das empresas objeto de estudo;

 Interpretar os indicadores econômicos e financeiros para estudar sua situação e evolução patrimonial, financeira e econômica no período 2015 a 2017;

 Sistematizar os resultados apresentando conclusões comparativas entre os indicadores das empresas em estudo.

1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

A análise de demonstrações contábeis consiste em uma técnica de estudo sobre as informações de uma entidade para avaliar sua situação patrimonial, econômica e financeira. Esta metodologia foi desenvolvida para suprir as necessidades de informações e têm um papel fundamental nas organizações.

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As empresas necessitam de um gerenciamento controlado, seja ele específico ou não. Essa técnica de análise ajuda a rever e analisar números financeiros, verificar o comportamento de clientes, concorrentes, fornecedores e interagentes do mercado, sendo hoje uma ferramenta gerencial indispensável, proporcionando às empresas a oportunidade de identificar o que precisa ser alterado ou mantido, e o rumo que deve ser seguido para alcançar os objetivos. (MARION, 2010).

A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ oferece aos seus alunos uma ampla gama de conhecimentos, pesquisas e aprendizados, e é por isso que ao final do curso, entre eles o de Ciências Contábeis, os alunos formulam um trabalho de conclusão.

Esse estudo proporcionou a concluinte um espaço de revisão, ampliação e experimentação prática de conhecimentos, e que poderá se constituir em mais um meio de estudo para qualquer pessoa que tiver interesse na área de conhecimento estudada, especialmente os alunos deste curso e empresários em geral, contribuindo para o desenvolvimento profissional de cada um.

Na condição de concluinte do Curso de Ciências Contábeis e profissional da Contabilidade, busquei por meio deste estudo aplicado na área de análise de demonstrações contábeis, ampliar e aprimorar meus conhecimentos e colocar em prática o meu aprendizado, abrindo horizontes profissionais. Com o objetivo de representar na prática suas efetivas contribuições no conhecimento da realidade das empresas e ainda poder constatar o grau de contribuição que essa importante ferramenta gerencial pode oferecer aos gestores das organizações em geral.

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2 RE FERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico busca mostrar a importância da contabilidade e a análise das demonstrações contábeis dentro das empresas, analisando seus demonstrativos e avaliando suas variações. Apresenta-se por meio de pesquisa bibliográfica, livros, artigos, para um bom desempenho das tarefas práticas do trabalho de conclusão de curso.

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma das principais tecnologias utilizadas por gestores, concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar situações patrimoniais, financeiras e econômicas, de qualquer ente, tendo um campo de atuação muito amplo. O surgimento do método contábil esteve associado ao surgimento do capitalismo, como forma de mensurar o aumento ou diminuição dos investimentos iniciais alocados a alguma atividade comercial ou industrial. (IUDÍCIBUS et al., 2017).

Os autores ainda afirmam que a economia de mercado também foi fortemente amparada pelo surgimento do método das partidas dobradas, e a contabilidade serviu como forte instrumento nos países que adotaram regimes políticos com economia controlada de forma centralizada. Hoje, o método tem aplicação a qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, que tenha necessidade de exercer atividades econômicas para alcançar suas finalidades.

Basso (2011), define que a contabilidade enquanto conjunto de conhecimentos, leis e métodos, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das empresas em aspecto quantitativo e qualitativo, tendo o objetivo de coletar e registros os fatos, buscando revelar informações de natureza econômica e financeira.

A contabilidade tem a finalidade de gerar informações de ordem física, econômica, e financeira sobre o patrimônio e suas variações aos diferentes usuários, tendo sua ênfase no controle e no planejamento para a tomada de decisões. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

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 Visa registrar fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;

 Procura organizar um sistema de controle adequado à empresa;

 Busca demonstrar com base em registros realizados, expor por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;

 Possibilita analisar os demonstrativos financeiros com a finalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa;

 Ajuda no acompanhamento de execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, os valores a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.

Com relação as finalidades da contabilidade, Iudícibus et al. (2017) agrupamem duas formas básicas: finalidade de planejamento e finalidade de controle. A finalidade de planejamento que consiste em considerar várias alternativas de ação para decidir qual a melhor alternativa a ser tomada pelas empresas, e a finalidade de controle que consiste na certificação da alta administração de que a organização está agindo conforme os planos e políticas traçados.

Destacam os autores Basso, Filipin, Enderli (2015, p. 22) as funções da contabilidade em:

- Coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem na entidade;

- Classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade;

- Registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade;

- Acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo;

- Resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis;

- Revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

O principal objetivo da contabilidade é permitir aos usuários uma avaliação da situação econômica e financeira das empresas, sendo que as suas principais funções são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico. (CONTENTE, 2013)

Quando aos objetivos Basso, Filipin, Enderli (2015) definem que são: controlar o patrimônio das empresas, apurar os resultados decorrentes das

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variações do patrimônio, evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira das empresas, atentar para o cumprimento das normas e leis e fornecer informações sobre o patrimônio a seus usuários, de acordo com as necessidades.

2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

IUDÍCIBUS (2010), define que as demonstrações contábeis são relatórios que apresentam de forma resumida e ordenada os principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período. Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as demonstrações contábeis, classificadas em: balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração dos fluxos de caixa e demonstração do valor adicionado.

A base para estrutura das informações necessárias a condução de um modelo de gestão empresarial está contida em duas demonstrações contábeis básicas, que serão utilizadas nesse estudo, sendo elas: balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício. Essas demonstrações configuram-se em dois grandes modelos de decisões para a gestão econômica, as demais são complementares ao balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício (PADOVEZE, BENEDICTO, 2014).

A demonstração denominada balanço patrimonial apresenta todos os bens e direitos da empresa (ativo), assim como as obrigações (passivo) em determinada data. Sendo a diferença entre ativo e passivo chamada de patrimônio líquido, que representa o capital investido pelos proprietários da empresa através de recursos trazidos de fora da empresa. (MATARAZZO, 2003).

Iudícibus et al (2017) afirmam que a demonstração balanço patrimonial tem a finalidade de apresentar a situação patrimonial da empresa em determinado período, encerrando a sequência dos procedimentos contábeis, apresentando de forma ordenada os três elementos componentes do patrimônio: ativo, passivo e patrimônio líquido.

Basso, Filipin e Enderli (2015) definem que o ativo do balanço patrimonial corresponde as contas que representam os bens e direitos da entidade, divididos em dois grandes grupos: ativo circulante e ativo não circulante. No ativo circulante registram-se os valores disponíveis em moeda e os bens e direitos conversíveis em disponibilidades no exercício seguinte, subdivididos em: disponível, clientes,

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estoques, outros créditos e despesa do exercício seguinte. Já no ativo não circulante registram-se os bens e direitos com prazo de conversão em moeda em períodos superiores ao exercício social, bem como os bens e direitos de permanência mais duradoura no patrimônio da entidade, subdivididos em: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

No passivo são apresentadas as obrigações da entidade, também classificadas em dois grandes grupos: passivo circulante e passivo não circulante. No passivo circulante apresentam-se as contas de obrigações com vencimento no discurso do exercício social seguinte, ou seja, nos próximos 12 meses. Já no passivo não circulante apresentam-se as contas de obrigações com vencimento para depois do exercício social seguinte, ou seja, próximos 12 meses. Por fim no patrimônio líquido são apresentadas as contas de recursos próprios da entidade. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Figura 1: Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

Disponibilidades Obrigações de Funcionamento

Clientes (Dupl. a Receber) Fornecedores (Dupl. a Pagar)

Estoques Outras Contas a Pagar

Outros Valores a Receber Obrigações de Financiamento

ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Obrigações de Funcionamento

Investimentos Temporários Fornecedores (Dupl a Pagar)

Outros Valores a Receber Outras Contas a Pagar

ATIVO PERMANENTE Obrigações de Financiamento

Investimentos TOTAL DO PASSIVO

Imobilizado

Intangível PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

Reservas de Capital

Reservas de Lucros

Ajustes de Avaliações Patrimoniais

(-) Ações em Tesouraria

Lucros Retidos ou (-) Prejuízos Acumulados

TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Fonte: Adaptado de Basso (2011, p. 304 a 307).

Com relação a demonstração do resultado do exercício, Matarazzo (2003) caracteriza-a como uma demonstração dos aumentos e reduções causados no

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patrimônio líquido pelas operações da empresa. As receitas normalmente representam aumento no ativo, através do ingresso de novos elementos, e as despesas representam redução no patrimônio líquido possíveis por redução do ativo ou aumento do passivo.

Iudícibus et al. (2017) definem que a demonstração do resultado do exercício é elaborada simultaneamente com o balanço patrimonial constituindo de um relatório sucinto das operações realizadas pela empresa em determinado período, nele apresenta-se um dos valores mais importantes as pessoas interessadas, o resultado líquido do período, lucro ou prejuízo.

Basso, Filipin e Enderli (2015) ressaltam que a demonstração do resultado do exercício tem a finalidade de evidenciar de forma resumida a formação do resultado, destacando dedutivamente as diversas fases do resultado do exercício, pela exposição sintética das receitas custos e despesas do período.

Figura 2: Demonstração do Resultado do Exercício.

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

Vendas de Mercadorias e Produtos Vendas de Serviços e Outras (-) Deduções da Receita Bruta

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (-) Custo dos Serviços Prestados

(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO

(-) Despesas Operacionais Não-Financeiras Outras Receitas Operacionais Não-Financeiras

(=) LUCRO OPERACIONAL PRÓPRIO

(-) Despesas Financeiras Receitas Financeiras

(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO

(+-) Resultado Não Operacional

(=) RESULTADO ANTES DO IMP. DE RENDA

(-) Provisão Para Imp.de Renda e Contr. Social

(=) RESULTADO DEPOIS DO IMP. DE RENDA

(-) Participações Legais, Estatutárias e Sociais

(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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Na sequência apresenta-se a análise dessas demonstrações contábeis, seus objetivos e finalidades, bem como o cálculo dos indicadores financeiros, econômicos e operacionais.

2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise das demonstrações contábeis permite produzir informações sobre acontecimentos de natureza econômica e financeira que impactam o patrimônio da entidade. Trazendo de forma resumida os grupos de contas, os valores que representam a situação patrimonial, bem como os valores acumulados de um determinado período e suas variações modificativas evidenciando a formação, a destinação e distribuição do resultado do período de forma objetiva. Ou seja, fazendo com que os números expressem de forma analítica e interpretativa uma compreensão mínima do que representam aqueles números gerados pela contabilidade aos usuários das demonstrações contábeis. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

É uma técnica que consiste na composição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis, podendo ser feita através da análise das demonstrações: balanço patrimonial, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração do resultado do exercício, demonstração do fluxo de caixa e demonstração do valor adicionado. (FERREIRA, 2010).

Ainda segundo o autor, a análise não é exigida por lei, mas decorre da necessidade de informações aprimoradas sobre a situação do patrimônio e suas variações por parte dos administradores, acionistas, credores.

Conforme Silva (2008, p.4):

A Análise de balanços é uma técnica que consiste na coleta de dados constantes nas respectivas demonstrações, com vista a apuração de dados indicadores que permitem avaliar a capacidade de solvência (situação financeira), conhecer a estrutura patrimonial (situação patrimonial) e descobrir a potencialidade em gerar bons resultados (situação econômica).”

Logo, sua necessidade é de extrema relevância para entidade disponibilizando informações para auxiliar a tomada de decisão, que devem ser feitas com muita cautela, pois, poderão causar efeitos positivos e negativos no futuro

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na situação líquida da organização. Desta forma, surge a necessidade e a importância de fazer o uso da análise das demonstrações contábeis, que representa um dos instrumentos mais importantes no processo de gerenciamento empresarial. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Portanto, a análise de avaliação de uma empresa pode ser aprofundada através de técnicas adicionais, sendo essas técnicas a análise vertical, análise horizontal e análise por índices. A análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras, realizando o cálculo de cada conta com relação a um valor base, a análise horizontal, baseia-se na evolução de uma série de demonstrações financeiras, em relação uma demonstração anterior, e na análise por índices relaciona-se as contas ou grupo de contas, visando evidenciar a situação econômica ou financeira de uma empresa, (MATARAZZO, 2003).

Ferreira (2010) define que a análise horizontal consiste na verificação da evolução dos elementos patrimoniais durante um período, facilitando a comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios. Já a análise vertical conforme o autor envolve a relação entre um elemento e o grupo de que ele faz parte, relacionando a parte como um todo.

Para Padoveze e Benedicto (2014), a análise vertical é denominada de análise da participação percentual, ou de estrutura dos elementos das demonstrações contábeis, na qual se assume como 100% um determinado elemento patrimonial que deve ser o mais importante do grupo e faz-se a relação percentual de todos os demais elementos sobre ele. Essa análise é muito mais significativa que o balanço patrimonial, pois permite uma visão da estrutura de custos e despesas da empresa, em termos de média sobre as vendas, permitindo extrair informações úteis para a tomada de decisão.

Quanto à análise horizontal, os autores citados anteriormente definem a mesma como uma análise da evolução, crescimento ou redução, que permite identificar a variação positiva ou negativa de um período em relação ao anterior. Os autores destacam ainda que é importante que a análise vertical e horizontal seja realizada em conjunto, pois embora apresentem objetivos específicos, as relações patrimoniais devem ser levadas em consideração na análise.

Por fim a análise por índices, normalmente consiste na relação de dois elementos heterogêneos de um mesmo exercício, indicando quantas vezes o divisor está contido no dividendo, como numa operação matemática de divisão. Esse tipo

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de análise é o mais aplicado a estudos de solvência, rotação e rentabilidade, e os indicadores obtidos podem ser classificados (FERREIRA,2010):

- Estáticos ou patrimoniais: obtidos por meio da relação entre elementos patrimoniais, como por exemplo entre o ativo circulante e passivo circulante na análise de liquidez corrente;

- Dinâmicos ou operacionais: obtidos por meio da relação entre elementos formados do resultado, como por exemplo entre lucro líquido e as vendas líquidas no cálculo da margem líquida;

De velocidade: obtidos por meio da relação entre um elemento patrimonial e um de resultado, como por exemplo entre o custo das mercadorias vendidas e o estoque final.

Matarazzo (2003), afirma que a característica fundamental dos índices é fornecer uma visão ampla da situação econômica ou financeira de determinada empresa, sendo assim divididos em índices que evidenciam aspectos da situação econômica e índices que evidenciam aspectos da situação financeira.

A técnica de análise financeira por índices é um dos mais importantes desenvolvimentos de contabilidade, e tem como finalidade principal, permitir ao analista extrair e comparar os quocientes com padrões estabelecidos. A finalidade é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer bases para inferir o que poderá acontecer no futuro. (IUDÍCIBUS, 2010).

2.4 ANÁLISE FINANCEIRA

A técnica de análise financeira por índices é um dos mais importantes desenvolvimentos da contabilidade, tendo como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências, comparar quocientes com padrões estabelecidos, bem como fornecerem informações do que poderá acontecer no futuro. (IUDÍCIBUS et al., 2017).

Basso, Filipin, Enderli (2015) enfatizam que na estrutura financeira de uma entidade estão expressas as informações quantitativas que refletem a composição das origens e aplicações de recursos das empresas no momento em que foram elaboradas.

A análise financeira refere-se ao dinheiro, representando o saldo de caixa da empresa, e visa analisar índices de liquidez e índices de endividamento. Sendo que

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os índices de liquidez apresentam a capacidade que a empresa tem de honrar com seus compromissos, e os índices de endividamento mostram o grau de endividamento que a empresa apresenta em determinado período. (MATARAZZO, 2003).

2.4.1 Análise de Liquidez

Os índices de liquidez são aplicados para análise e avaliação da capacidade de pagamento das exigibilidades, sendo de interesse de credores em geral, tanto na avaliação de riscos envolvidos na concessão de créditos, quanto na análise das perspectivas de recebimentos de créditos já concedidos. (FERREIRA, 2010).

Padoveze e Benedicto (2014) destacam que esses indicadores são extraídos apenas do demonstrativo balanço patrimonial, pois são considerados indicadores estáticos, e têm a finalidade de medir a situação financeira da empresa, procurando evidenciar a condição que a empresa tem e saldar suas dívidas.

A liquidez é uma variável que depende dos valores que compõe os meios de pagamentos, sendo as contas de ativo circulante e ativo realizável a longo prazo, e os valores que compõem as necessidades, sendo as contas de passivo circulante e passivo exigível a longo prazo do balanço patrimonial. Quanto mais meios de pagamentos e menos necessidades de pagamento, melhor será a liquidez da empresa. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Ainda de acordo com os autores, existem vários indicadores para o estudo da liquidez, e os mais utilizados são: coeficiente de liquidez circulante, coeficiente de liquidez imediata, coeficiente de liquidez seca, coeficiente de liquidez geral e a necessidade de capital de giro.

O coeficiente de liquidez circulante é considerado o principal e o mais utilizado para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, são relacionados todos os ativos realizáveis no curto prazo com todos os passivos que deverão ser pagos no curto prazo. Esse indicador é apurado pela seguinte forma (PADOVEZE E BENEDICTO, 2014):

Liquidez Circulante: __Ativo Circulante__ Passivo Circulante

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Esse coeficiente deve ser superior a 2,0, ou seja, o ativo circulante deve ser no mínimo duas vezes maior que o passivo circulante. Um índice menor que isso traduz que a empresa possuí dificuldades no pagamento de suas dívidas de curto prazo. (FERREIRA, 2010).

De acordo com Padoveze e Benedicto (2014), o indicador de Liquidez Imediata entre todos os indicadores é o que mais se caracteriza como de liquidez, pois mede os elementos patrimoniais do ativo circulante que podem ser disponibilizados imediatamente. Esse indicador é calculado pela seguinte fórmula:

Liquidez Imediata: ____Disponível_____ Passivo Circulante

Esse coeficiente reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo que podem ser liquidadas imediatamente pela empresa, evidentemente que quanto maior o índice, melhores são os recursos disponíveis pela empresa (ASSAF NETO E NETO LIMA, 2017).

O coeficiente de liquidez seca é considerado muito adequado para a situação de liquidez da empresa, nesse caso é considerado o valor do ativo circulante menos o valor de estoques (para eliminar fontes de incertezas) e também são considerados os valores do passivo circulante. Esse indicador é composto pela seguinte fórmula (IUDÍCIBUS, 2010):

Liquidez Seca: _Ativo Circulante - Estoques_ Passivo Circulante

Recomenda-se que esse coeficiente de liquidez seca, não seja inferior a 1,0, pois caso contrário, evidenciará que a empresa não tem condições de liquidar suas dívidas sem vender seus estoques ou se desfazer de elementos do ativo não circulante. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

De acordo com Marion (2010), o índice de liquidez geral busca evidenciar a capacidade da empresa a longo prazo, considerando tudo que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando tudo que ela já assumiu como dívida (a curto e longo prazo). Sendo calculado pela seguinte fórmula:

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Liquidez Geral = __Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo__ Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

(Passivo Não Circulante)

Ferreira (2010) afirma que o ideal é que esse índice não seja inferior a 1,00, caso contrário, a empresa estará financiando, pelo menos em parte, as aplicações no ativo circulante com recursos de terceiros, o que provoca dificuldade de pagamento das obrigações.

A necessidade de capital de giro não é só considerada um conceito fundamental para análise da empresa do ponto de vista financeiro, mas também de estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade. Para financiar as necessidades de capital de giro a empresa pode contar normalmente três tipos de financiamentos, sendo eles (MATARAZZO, 2003):

 Capital Circulante Próprio;

 Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo;

 Empréstimos Bancários de Curto Prazo e Duplicatas Descontadas.

Padoveze e Benedicto (2014) ressaltam que o capital de giro se constitui de um fundamento básico de avaliação do equilíbrio financeiro de uma empresa, sendo analisados seus elementos patrimoniais, onde são identificados os prazos operacionais, o volume de recursos permanentes que se encontra financiado, o giro e as necessidades de investimento operacional.

A administração do capital de giro envolve decisões de compras e vendas tomadas pelas empresas e seus prazos de pagamento e recebimentos, de maneira que essas decisões afetam as atividades operacionais e financeiras das empresas. Sendo assim, a administração do capital de giro visa garantir adequadas políticas de estoque, compras de materiais, produção, venda e prazo de recebimentos e pagamentos. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Os autores definem ainda que a obtenção do capital de giro é calculada por meio do valor da conta de ativo circulante menos o valor do passivo circulante do balanço patrimonial, constituindo uma medida de folga financeira que a empresa apresenta para liquidar seus compromissos a curto prazo.

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2.4.2 Análise de Garantia da Dívida

O estudo de garantia de dívida consiste no grau de segurança que a empresa pode oferecer aos seus credores para liquidação de suas obrigações. Podendo constatar que quanto maior for a proporção de recursos próprios sobre o de terceiros, melhor será a margem de garantia de dívidas que a empresa pode oferecer a seus credores. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Os indicadores mais utilizados para o cálculo de garantia da dívida são: participação de capital de terceiros sobre recursos totais, capital próprio ao capital de terceiros e participação das dívidas de curto prazo sobre o endividamento total (MARION,2010)

O coeficiente de capital de terceiros sobre recursos totais relaciona a posição positiva relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros que a empresa possuí. É um coeficiente muito importante, pois indica a dependência da empresa com relação a capital de terceiros. O cálculo desse indicador é feito pela seguinte fórmula, sendo que o exigível total é a soma do passivo circulante e passivo não circulante (IUDÍCIBUS, 2010):

Capital de Terceiros sobre Recursos Totais = Exigível Total__________ Exigível Total + Patrimônio Líquido

Basso, Filipin, Enderli (2015), definem que esse coeficiente de dívidas totais não deve ser superior a 1,00, sendo que as dívidas totais não podem ultrapassar o valor do Patrimônio líquido mais as dívidas totais, caso contrário não haverá garantia suficiente no capital próprio para sua cobertura.

De acordo com Iudícibus (2010) o quociente de capital de terceiros/capitais próprios é uma outra forma de encarar a dependência de recursos de terceiros, é utilizado para retratar o posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros. Grande parte das empresas que vão a falência apresentam alto quocientes de capital de terceiros/capitais próprios. Esse indicador é calculado pela fórmula:

Capital de Terceiros/Capital Próprio = _ _ Exigível Total____ Patrimônio Líquido

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Esse índice também deve ser menor que 1,00, sendo que as dívidas totais não podem ultrapassar o valor do patrimônio líquido. O autor Iudícibus (2010) afirma ainda que não significa que as empresas com alto quociente necessariamente irão a falência, mas que todas ou quase todas as empresas que vão a falência apresentam esse índice alto. Daí o cuidado que deve ser tomado com relação à captação de recursos quando da necessidade ou oportunidade de expansão.

Já o quociente de participação das dívidas de curto prazo sobre o endividamento total representa a composição de endividamento total ou qual a parcela que se vence a curto prazo, no endividamento total. É representado pela seguinte fórmula (MARION, 2010):

Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total = _ Passivo Circulante_ Exigível Total

Esse indicador quando maior que 1,00 indica que a empresa opera com mais dívidas de curto prazo, sendo essa situação desfavorável, prejudicando sua situação financeira. Sendo assim o recomendado é que esse indicador seja menor que 1,00. (MARION, 2010).

2.4.3 EBITDA

O EBITDA (Eearnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), denominado lucro antes das despesas financeiras, impostos sobre o lucro (IR e CSLL), depreciação e amortização, é apurado por meio da eliminação desses valores do resultado, mediante a adição dos juros, IR, CSLL, depreciação e amortização ao lucro líquido. (FERREIRA, 2010).

IUDÍCIBUS (2010) salienta que esse indicador não representa o valor de caixa, mas sim a capacidade que a empresa tem para a formação de resultado operacional. Isso porque o cálculo está embasado nas demonstrações de resultado que são formadas pela ótica do princípio contábil da competência.

Assaf Neto (2017) destaca que é importante considerar que o EBITDA não pode ser entendido como uma disponibilidade efetiva de caixa da empresa, sendo um indicador da capacidade de geração de caixa de suas operações. Este deve ser

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interpretado como uma medida de geração bruta de caixa, e não como um resultado disponível de caixa. O cálculo do EBTDA é realizado da seguinte maneira:

EBTDA = Receitas Operacionais de Vendas - Custos e Despesas Operacionais Desembolsáveis

Esse indicador serve de base para a remuneração de alguns executivos, a partir de metas de EBTDA, ou seja, alguns empreendimentos procuram valorizar o administrador que consegue um bom desempenho nesse indicador, o administrador que de fato produza resultado operacional líquido sem considerar os custos do imobilizado e o resultado financeiro. Da mesma forma, está analise é muito utilizada no mercado de capitais para avaliar a capacidade da empresa em gerar lucros e uso de capitais diretos, sem considerar os custos e receitas. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

2.5 A NÁLISE ECONÔMICA

Basso, Filipin, Enderli (2015) definem que a análise econômica também é expressa pelo comportamento das origens e aplicações de recursos decorrentes das atividades das empresas, mais especificamente pelos resultados obtidos pela empresa em determinado período. Sendo assim, os indicadores de desempenho econômico de qualquer ente, tem a finalidade de lucro, e são obtidos pela análise das demonstrações contábeis.

A análise econômica refere-se o lucro, o patrimônio e suas movimentações, e visa analisar índices de rentabilidade e índices de atividade das empresas. Sendo que os índices de rentabilidade mostram o rendimento dos investimentos feitos pela empresa e os índices de atividade são uma ideia de como está o ciclo operacional da empresa. (MATARAZZO, 2003).

(30)

2.5.1 Indicadores de Lucratividade

Os indicadores de lucratividade apresentam os resultados em modelos específicos de decisão e informação, visando identificar os principais componentes de geração de lucro e caixa. Portanto a análise de geração de lucros procura obter informações, dentro de modelos de análise e decisão, que possibilitem dados para inferir a tendência futura da empresa, em termos de crescimento de lucros e fluxo de caixa. (PADOVEZE e BENEDICTO, 2014).

Os autores Basso, Filipin e Enderli (2015) definem que o maior objetivo das empresas é a geração de lucros, sendo assim tanto para o estudo da lucratividade como da rentabilidade, a condição mínima é que a empresa tenha obtido lucro. Estudar a lucratividade consiste em comparar os diversos estágios do resultado, sendo: lucro operacional bruto, lucro operacional líquido e lucro líquido do exercício da empresa com base na receita operacional líquida no período examinado.

Marion (2010) explica que a margem de lucro operacional líquido significa quantos centavos de cada real de venda restam após a dedução de todas as despesas (inclusive IR), sendo que quanto maior a margem, melhor. Esses indicadores de lucro sobre as vendas são conhecidos como lucratividade, sedo que apuram quantos centavos se ganha a cada um real vendido. A fórmula para cálculo desse indicador é:

Lucro Operacional Líquido = Lucro Líquido_ Vendas

A margem de lucro operacional bruto mostra qual é a margem de lucro operacional bruto apurada pela empresa em cada ano estudado. Quanto maior e mais estável for o coeficiente durante os períodos, melhor o desempenho da entidade. É apresentado pela fórmula (IUDÍCIBUS, 2010):

Lucro Operacional Bruto = Lucro Operacional Bruto_ Vendas

Concluindo os estudos da lucratividade, apresenta-se a relação entre o valor do lucro líquido da empresa com relação a receita operacional líquida, objetivando

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verificar qual a parcela de lucro líquido final que ficou para a entidade com relação as suas vendas no exercício, encontrada mediante a aplicação da seguinte fórmula (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015)

Lucro Líquido do Exercício = Lucro Líquido do Exercício_ Vendas

Portanto, esse indicador indica o percentual de lucro líquido embutido no valor das vendas do período, devendo ser comparado com a participação do lucro líquido do exercício com as vendas líquidas da empresa. (FERREIRA, 2010).

2.5.2 Estudo da Rentabilidade

O estudo da rentabilidade tem por finalidade constatar os percentuais de remuneração dos diversos tipos de indicadores de capitais, de ativos e de outros aspectos que envolvem o patrimônio da empresa. É importante que a empresa tenha obtido lucro no final de seus exercícios, caso contrário o estudo da rentabilidade fica prejudicado, pois com prejuízos não há remuneração, e sim perdas nos capitais investidos. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

A análise da rentabilidade é a parte mais importante da análise financeira, visa mensurar o retorno do capital investido, e identificar os fatores que conduzem a empresa a essa rentabilidade. É o critério natural de avaliação do retorno do investimento, sendo, portanto, o indicador mais importante da análise financeira. (PADOVEZE, BENEDICTO, 2014).

Basso, Filipin, Enderli (2015) definem que os principais indicadores da rentabilidade são: rentabilidade do capital social, rentabilidade do patrimônio líquido, remuneração do ativo total, e taxa de retorno do investimento operacional.

A taxa de rentabilidade do capital social visa estabelecer a proporção de lucro líquido com o capital social da empresa, visando verificar em quanto a empresa está remunerando o capital investido pelos sócios, encontrada mediante a aplicação da fórmula (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015):

Rentabilidade do Capital Social = Lucro Líquido do Exercício_ Capital Social

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A taxa de rentabilidade do patrimônio líquido procura evidenciar quanto a empresa remunerou o seu capital próprio, ou seja, quanto tempo os proprietários levaram para recuperar seus investimentos. A fórmula para cálculo desse indicador é (MARION, 2010):

Rentabilidade do Patrimônio Líquido= Lucro Líquido do Exercício_ Patrimônio Líquido

A remuneração do ativo total representa as aplicações de recursos da empresa, por meio das quais são realizadas as suas atividades que geram resultados nos períodos. Verifica-se em quanto à entidade conseguiu remunerar seus ativos, utilizando a seguinte fórmula (IUDÍCIBUS, 2010):

Rentabilidade do Ativo Total = Lucro Operacional Líquido_ Ativo Operacional

E por fim, a taxa de retorno do investimento operacional indica o retorno, na forma de lucro, sobre o ativo vinculado as atividades das empresas, cuja fórmula é (FERREIRA, 2010):

Taxa de Retorno do Investimento Operacional = _Lucro Líquido _ Ativo Total

Sendo assim, esse indicador significa quanto tempo, em média a empresa irá obter de volta o valor dos seus investimentos.

2.6 ANÁLISE OPERACIONAL OU INDICADORES DE ATIVIDADE

Na análise operacional, os quocientes são importantíssimos, representando a velocidade com que os elementos patrimoniais se renovam durante um determinado período, que acabam direta ou indiretamente influenciando na posição de liquidez e rentabilidade da empresa. Os resultados normalmente são apresentados em dias, meses ou períodos maiores, fracionados de um ano. (IUDÍCIBUS, 2010).

Os indicadores da atividade operacional possibilitam a análise do desempenho operacional das empresas e suas necessidades de investimentos no

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capital de giro. Esses indicadores buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, em seus principais aspectos, refletidos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado de exercício. De modo geral, esses indicadores devem refletir as políticas de administração do fluxo de caixa, bem como a capacidade de manter um fluxo de caixa contínuo de atividades operacionais. (PADOVEZE, BENEDICTO, 2014).

2.6.1 Indicadores de Giro

Os índices de rotação/giro são aplicados no prazo de reposição, recebimento, ou pagamento de determinado item patrimonial, por meio deles apuram-se o número de renovações do capital médio aplicado em determinado elemento patrimonial. (FERREIRA, 2010).

Vários indicadores, financeiros e econômicos destacam-se pelo uso de fórmulas criadas especialmente para evidenciar outros aspectos da análise econômica e financeira das empresas, denominados indicadores de atividade ou de ciclometria, os principais coeficientes são: grau de imobilização do patrimônio líquido, exame de rotação de estoques, exame do prazo médio de cobrança de duplicatas e exame do prazo médio de pagamento de duplicatas. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

2.6.1.1 Estoque

O quociente de rotação dos estoques procura mensurar pelos custos das vendas quantas vezes se renovou o estoque baseado nas vendas realizadas pela empresa. Quanto maior a rotatividade melhor, desde que a margem de lucro sobre as vendas se mantenha constante, ou se diminuir, que diminua menos do que o aumento da rotação. É calculado mediante a aplicação da seguinte fórmula (IUDÍCIBUS, 2010):

Rotatividade do Estoque = _Custo dos Produtos Vendidos_ Estoque Médio

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Basso, Filipin, Enderli (2015) ressaltam que esse indicador procura verificar qual o tempo médio de permanência do estoque na empresa, evidenciando quantas vezes o estoque girou na empresa, e significa que quanto menos dias levar para girar, melhor é qualidade de estoque da empresa.

2.6.1.2 Duplicatas a receber

Ferreira (2010) afirma que o indicador de prazo médio de rotação de contas a receber, aponta o prazo que, em média, a empresa dá aos seus clientes para pagamento de títulos, sendo calculado com base no saldo final de contas a receber de cada mês, aplicando a fórmula:

Prazo Médio Contas a receber = _Média do valor de duplicatas a receber x 360_ Valor das Vendas a Prazo

O autor ressalta ainda que não é uma boa política a de dar maior prazo de pagamento ao cliente do que é concedido pelo fornecedor, podendo causar dificuldade de pagamento para empresa. Sendo assim quanto menos tempo a empresa levar para receber os valores e quanto maior a folga entre valores de contas a receber e pagar, melhor é a situação das duplicatas a receber da empresa.

2.6.1.3 Duplicatas a pagar

Quanto ao prazo médio de pagamento de duplicatas, busca-se verificar o prazo de pagamento com relação aos recebimentos da empresa. Quanto maior o prazo de pagamento, melhor é a situação das duplicatas a pagar da empresa, sendo esse índice calculado mediante a aplicação da fórmula (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015):

Prazo Médio Contas a Pagar = Valor das Duplicatas a pagar x 365_ Valor das Compras a Prazo (ou CMV)

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Esse coeficiente indica o prazo, que em média, a companhia recebe de seus fornecedores para pagamento das contas a prazo. (FERREIRA, 2010).

2.6.1.4 Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro

Com base nos cálculos de prazo médio de rotação de estoques, duplicatas a receber e duplicatas a pagar, podemos analisar o ciclo operacional e o ciclo financeiro. O ciclo operacional é composto de todas as fases operacionais da empresa, iniciando com o recebimento de materiais utilizados no processo produtivo e encerrando-se com a cobrança das vendas realizadas, composto pela seguinte fórmula (ASSAF NETO E NETO LIMA, 2014):

Ciclo Operacional: Prazo Médio de Renovação de Estoques + Prazo Médio de Recebimento de Vendas

Já o Ciclo Financeiro de acordo com os autores, consiste em identificar as necessidades de recursos da empresa que ocorrem desde o pagamento aos fornecedores até o efetivo recebimento das vendas realizadas, composto pela seguinte fórmula:

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3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Beuren et al. (2004), definem que os procedimentos metodológicos possuem um papel importante na pesquisa científica, pois visam articular planos e estruturas com o objetivo de obter respostas para os problemas em estudo. Com relação a questões da contabilidade não existe um plano particular, mas sim existem tipos de pesquisa que mais se ajustam a investigação de problemas desta área de conhecimento.

Com base nas informações citadas, nesse capítulo apresenta-se as informações úteis para o planejamento das etapas e dos procedimentos metodológicos do estudo, bem como desenvolve-se uma das partes da elaboração prática do trabalho de conclusão de curso.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa visa conhecer um ou mais aspectos de determinado assunto, devendo ser sistemática, metódica e crítica. Em trabalhos acadêmicos a pesquisa permite o estudante investigar sobre os trabalhos ou problemas sugeridos. Pode ser classificada do ponto de vista de sua natureza, do ponto de vista de seus objetivos, do ponto de vista dos procedimentos técnicos e do ponto de vista da forma de abordagem do problema, sendo que cada classificação possuí procedimentos e particularidades próprias. (PRODANOV E FREITAS, 2013).

Segundo Zamberlan et al. (2014), a pesquisa de natureza aplicada visa gerar conhecimentos para a aplicação e solução de problemas. Refere-se a discussão de problemas, quando se emprega um referencial teórico de determinada área e apesenta-se soluções alternativas.

Prodanov e Freitas (2013) destacam que a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, envolvendo verdades e interesses locais, buscando a solução de problemas específicos.

Portanto este estudo classifica-se como aplicado, analisou-se o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício de três empresas do ramo de papel e celulose, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a sua situação econômica e financeira. Para tanto foram elaborados os indicadores e

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analisadas individualmente e de forma comparativa os resultados das três empresas.

Quanto aos objetivos, o estudo classifica-se como uma pesquisa descritiva, pois realizou-se a análise e interpretação das demonstrações publicadas pelas empresas.

As pesquisas descritivas têm o objetivo de descrever as características de determinada população, e também podem ser elaboradas para identificar possíveis relações entre as variáveis. É grande o número de pesquisas que podem ser classificadas como descritivas, na grande maioria as pesquisas profissionais e acadêmicas se enquadram nessa categoria (GIL, 2010).

Beuren et al. (2004) destacam que a pesquisa descritiva observa, registra, analisa, classifica e interpreta os dados sem o pesquisador interferir. Os fenômenos são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador.

Diante ao exposto, a presente pesquisa classifica-se como pesquisa descritiva, pois a partir das demonstrações contábeis coletadas elaborou-se os indicadores e foram descritos os resultados obtidos.

Com relação aos procedimentos técnicos, esse estudo utiliza a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e multicaso.

No que afirma Zamberlan et al. (2014), a pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico que já teve publicação pública, como publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas monografias, teses, meios de comunicação orais e audiovisuais.

Os autores Prodanov e Freitas (2013) ressaltam que nesse tipo de pesquisa é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando possíveis incoerências e contradições.

A pesquisa documental, do ponto de vista de Gil (2010) é utilizada praticamente em todas as ciências sociais e visa selecionar, tratar e interpretar as informações, buscando contribuir com o meio científico de forma que outras pessoas possam voltar e desempenhar o mesmo papel futuramente.

Na Contabilidade utiliza-se muito a pesquisa documental, principalmente quando se deseja analisar o comportamento de empresas de um determinado ramo de atividade, buscando observar aspectos relacionados a situação financeira, patrimonial e econômica. (BEUREN et al., 2004).

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O método utilizado para a realização deste trabalho foi do tipo multicaso, o qual se mostrou adequado, pois, segundo Yin (2015), é conveniente na identificação de três fatores: fatores comuns a todos os casos no grupo escolhido; fatores não comuns a todos, mas apenas a alguns subgrupos; fatores únicos em caso específico.

Ainda de acordo com o autor, esse o método de pesquisa visa contribuir com conhecimentos individuais, grupais, organizacionais, sociais e políticos, permitindo que pesquisadores foquem em um determinado “caso”, sucedido nesse trabalho como análise comparativa das demonstrações contábeis de três empresas do ramo de papel e celulose.

Conclui-se que o presente estudo utilizou-se de estudos bibliográficos, pois foram consultadas fontes de pesquisa como livros, revistas, e meios eletrônicos. E ainda estudo documental, pois analisou-se as demonstrações contábeis das empresas em estudo, e estudo de multicaso, por se tratar de uma pesquisa nos dados publicados por três empresas objeto de estudo.

Considera-se pesquisa qualitativa aquela que necessita de um trabalho de campo mais extensivo, quando o pesquisador mantém contato direto com o ambiente objeto de estudo. Esse tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa, pelo fato de não utilizar dados estatísticos, mas sim se preocupar mais com o processo do que com o produto. No caso da pesquisa de análise de dados coletados, não há a preocupação em comprovar hipóteses estabelecidas, mas sim coletar, analisar e interpretar os dados (PRODANOV e FREITAS, 2013).

Diante o exposto, a presente pesquisa se classifica como qualitativa, pois embora trabalhe sobre números e valores não se utilizam de dados e fórmulas estatísticos.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Beuren et al. (2004) definem que a amostragem intencional consiste em selecionar amostras com base em informações disponíveis, que sejam representativas. Ainda de acordo com o autor, os elementos da amostra se relacionam intencionalmente de acordo com as características definidas no plano formulado pelo pesquisador, por isso a importância de se ter um conhecimento prévio da população selecionada.

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