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GF CAP mod7

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Academic year: 2021

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(1)FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO •. • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem.

(2) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •• C APÍT UL O V II • AVALI AÇ ÃO D A AP RE NDIZ AGE M. • Object ivos - Realizar avaliações tendo em conta os critérios e os objectivos operacionais definidos; - Enumerar e seleccionar metodologias e momentos de avaliação; - Construir e aplicar instrumentos de avaliação.. • Metáf ora “ A parábola do cavalo” Um senhor, que vivia com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos na sua pequena quinta. Um dia, o seu capataz trouxe-lhe a notícia de que um dos cavalos tinha caído num velho poço abandonado. O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá. O dono do cavalo foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se que o animal não se tinha magoado. Mas, pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate. Tomou, então, a difícil decisão: Determinou ao capataz que sacrificasse o animal atirando terra para o poço até enterrá-lo, ali mesmo. E assim foi feito: Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo. Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal sacudia-a e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava a conseguir subir à medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguiu sair! À semelhança do que acontece na metáfora, a avaliação de uma qualquer situação, implica quase sempre a emissão de um juízo de valor, logo é necessário algum cuidado na forma como se avalia para que esta não seja feita de forma errónea. Não raras vezes, os educadores apresentam expectativas positivas de sucesso em relação a alunos ditos “fracos”, e estas acabam por se materializar num elevado rendimento escolar. No entanto, o contrário também é verdade, pois a expectativa negativa comunicada aos alunos ditos “excelentes”, afecta negativamente os seus rendimentos escolares. Este fenómeno é denominado de “Efeito Pigmaleão” e por ser muitas vezes aplicado em contexto de ensino-aprendizagem, mesmo que inconscientemente, tem que ser evitado ao máximo.. •2 •.

(3) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. A pessoa que aprende vale independentemente das expectativas que o educador exerce sobre ela, e qualquer um de nós apresenta potencialidades que por vezes desconhece e que ao virem ao de cima têm que ser aproveitadas.. • I ntrod ução Cita nd o … “É a bússola e o sextante do processo: fornece a informação necessária à busca dos caminhos e do marcar dos rumos”. Valter Lemos. Em quase em todas as situações, os líderes são responsáveis pela avaliação das pessoas que trabalham a seu cargo. A função de avaliar alguém reveste-se quase sempre de uma enorme complexidade, pois apesar de existirem alguns critérios rigorosos para que a sua aplicação seja possível, dependerá de igual modo da sua correcta integração no processo pedagógico. Uma vez efectuada uma avaliação, devem ser consideradas as consequências que inevitavelmente sucedem para quem avalia e para quem é avaliado. Assim torna-se fundamental conhecer e aplicar as estratégias mais eficazes na avaliação durante os contextos de ensino-aprendizagem. Porém, o processo que se entende por avaliação nem sempre foi unânime para diferentes avaliadores. Ao longo dos tempos tem havido muitas discussões sobre a concepção apropriada deste conceito e das condicionantes envolvidas para a sua correcta utilização. O processo de avaliação nem sempre é bem perspectivado, quer por avaliados, quer por avaliadores, pois é quase sempre associado ao uso de testes e à classificação de alunos. Todavia, embora qualquer processo avaliativo necessite de recorrer à utilização de instrumentos mensuráveis, não se limita só a isso, extendendo-se ao longo da situação de ensinoaprendizagem através da interligação de várias variáveis.. • A S abe r 1. A valiação: o conceito Seguidamente serão apresentadas algumas definições de avaliação: “Processo sistemático, contínuo e integral destinado a determinar até que ponto os objectivos educacionais forma alcançados”. (Fermin). •3 •.

(4) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. “Processo de fazer julgamentos, atribuir valor e decidir sobre esse valor (….)” (Ribeiro, 1989). “ A avaliação implica que, no processo de ensino-aprendizagem exista sempre um caminho a seguir entre um ponto de partida e um ponto de chegada, sendo necessário verificar se o trajecto está a decorrer em direcção à meta, se alguns param por não saber o caminho ou por terem enveredado por um desvio errado”. (Ribeiro, 1989). 2. Ava liaç ão: I mpo rtâ nc ia A avaliação é um ponto de controlo da aprendizagem, quer para os formadores, quer para os formandos. É o Feedback que mantém o interesse, a motivação e o empenho dos formandos. Não obstante as diversas definições de avaliação importa referir que o seu conceito se encontra em constante mudança. Assim, a avaliação pode ser definida como “o desenvolvimento de novos métodos e práticas que possam melhorar a aprendizagem dos formandos e encorajar o seu desenvolvimento pessoal e escolar, preparando-as para as exigências do futuro”. (Fernandes, 1997). Cita nd o … “A Avaliação, mais do que um conjunto de técnicas, serve para regular/melhorar a aprendizagem”. (AEP) In “Avaliação da aprendizagem”. A Avaliação só faz sentido se tiver como finalidade uma melhoria do processo formativo, o que significa que a avaliação não se reduz a determinar se os objectivos forma atingidos, uma vez que isso excluiria a avaliação-diagnóstico e a componente de avaliação formativa. A avaliação embora se socorra do empenho do formador na selecção/ adequação/ concepção, com rigor, de técnicas e instrumentos de recolha e tratamento de dados, não pode limitar-se a isso, pois era o mesmo que esterilizá-la. Para explicar o que se pretende demonstrar recorre-se a uma frase de Luiza Cortesão: “o problema da avaliação (…) diz respeito a uma opção pedagógica fundamental, que envolve uma concepção do homem e de formação”. Ou seja, significa que os instrumentos, as técnicas e as estratégias avaliativas de que nos socorremos, por mais rigorosas que sejam, devem ser utilizadas em função dos propósitos avaliativos mais amplos e humanos: regular e melhorar; permitir que, a partir dos dados obtidos, se possa redefinir o processo, de forma a maximizar o que de bom se conseguiu e melhorar o que de menos bom apareceu.. •4 •.

(5) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. A Ciência que se dedica ao estudo dos procedimentos de avaliação, das notas, dos instrumentos, dos comportamentos dos formandos e dos formadores é a “Docimologia”.. 3. Ava liaç ão: pe rsp ectiva s A Avaliação pode ser realizada tendo em conta várias perspectivas, que ao longo do século XX foram as dominantes, surgindo assim 4 concepções distintas: •. Avaliação como medida, na qual a medida científica e mensurável eram os testes, eliminadores da aprendizagem e da avaliação subjectiva. Pretendia-se “quantificar” a produção realizada pelo aluno.. •. Avaliação como congruência – concordância ou afastamento dos objectivos da formação. A avaliação pretende verificar se os objectivos estão a ser ou não alcançados, dando um ponto da situação do formando face às aprendizagens, quer do próprio formador no que respeita ao desenvolvimento da sua acção.. •. Avaliação como julgamento profissional – pressupõe a avaliação de comportamentos. Para tal recorre-se ao auxílio de instrumentos rigorosos e correctos, elaborados por especialistas para então ser-se possível emitir juízos sobre as aprendizagens ocorridas.. •. Avaliação como meio de gestão da formação – Reflecte a recolha de informação sobre o que os formandos sabem, mas também sobre aspectos a aperfeiçoar e a desenvolver, podendo ser apresentada como um processo que engloba três componentes: - Confrontar os dados reais (obtidos) com os resultados propostos; - Apreciar, julgar, informar sobre o valor de uma realidade face a um plano; - Produzir informação relevante, no sentido em que os dados recolhidos têm que ser úteis aos actores para uma intervenção eficaz.. Na actualidade defende-se então uma fusão de perspectivas denominada de Ecumenismo Metodológico.. 4. Ava liaç ão: Fi nal idad es (Pa ra quê?) A avaliação pode ter diferentes finalidades: •. Seleccionar candidatos (candidatos mais aptos para seguirem uma formação);. •. ecolher e processar dados (tem em vista a melhoria progressiva da formação);. •. Testar conhecimentos e competências (necessárias para enveredar pelo caminho da formação com sucesso); •5 •.

(6) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. Situar o formando num nível adequado (nível ajustado ao seu desempenho);. •. Controlar as aquisições dos formandos nos vários domínios do saber (saber-saber; saber-fazer e saber-ser);. •. Orientar, aconselhar, corrigir (Durante a formação sempre que seja necessário);. •. Diagnosticar os pontos fracos (diagnóstico feito a partir dos resultados obtidos);. •. Avaliar os objectos da formação (o que é que se avalia e porquê);. •. Verificar se as competências foram adquiridas (face aos objectivos traçados, verificar se estes são ou não atingidos).. 5. Ava liaç ão Pedag ógica Cita nd o …. “A avaliação é uma operação descritiva e informativa nos meios que emprega, formativa na intenção que lhe preside e independente face à classificação”. (Ribeiro, L., 1999) In “Aval iação da Aprend izagem”. Entrando propriamente no campo da avaliação em contexto de ensino-aprendizagem convém esclarecer que este conceito nada tem a ver com outro que tantas vezes é confundido, ou seja, com o de Classificação. O que distingue Avaliação pedagógica de Classificação? A avaliação no âmbito de qualquer sistema escolar constitui-se como uma operação indispensável. É necessário ter informação sobre o progresso de cada um dos alunos, e para tal há que identificar o que já foi conseguido e o que está a levantar dificuldades, procurando encontrar as melhores soluções. A avaliação pode assim incluir nas informações que fornece, elementos qualitativos e quantitativos, não deixando de permanecer distinta da classificação pela intenção que lhe está subjacente de facilitar a aprendizagem através de informações úteis. Constitui-se como uma recolha sistemática de informações com ou sem classificação. Exemplo: Podemos tomar como exemplo um professor que diz a um aluno: “A prova de avaliação que fizeste revela que tens dificuldades relativamente aos objectivos A, D e E”. Ainda pode fornecer indicações sobre como ultrapassar as dificuldades sentidas pelo aluno. Este tipo de informação diz respeito à avaliação mas no seu carácter qualitativo.. •6 •.

(7) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. No entanto o professor poderia acrescentar uma informação quantitativa: “para ficarem preparados neste conjunto de objectivos e poderem progredir com o vosso trabalho nesta unidade é necessário atingirem no mínimo, 3 dos 7 objectivos. Neste exemplo está presente o processo avaliativo na dupla vertente qualitativa e quantitativa, sem haver qualquer intenção de classificação e seriação de alunos (Ribeiro, L., 1989). A Classificação por outro lado tem uma intenção selectiva e procede à seriação de alunos ao atribuir-lhes uma posição numa escala de valores. Baseia-se numa comparação e seriação numa escala, visto que toda a informação feita pela avaliação é reduzida, de modo a extrair-se dela um símbolo – numérico, literal ou verbal – que apenas indica a posição do aluno numa escala de valores, não explicitando as causas dessa posição. Exemplo: Ao atribuir a um aluno a classificação 2, numa escala de 5 pontos, apenas lhe indica que está abaixo da média, ou que o seu resultado não satisfaz, havendo sempre à distância o horizonte da passagem ou não de ano ou da conclusão de uma disciplina ou curso. Neste sentido, omite ao aluno os motivos da sua nota, onde se localizam as suas falhas e o que pode fazer para as ultrapassar. Assim, a Classificação acaba por ser uma “informação pobre” relativamente à fornecida pela avaliação (Ribeiro, L., 1989).. 6. Qua is sã o o s object os da Ava liaç ão, i sto é, o q ue é q ue p rete nd e av alia r? •. Conteúdos (informação transmitida). •. Metodologias utilizadas (métodos/técnicas/instrumentos utilizados de forma a atingir os objectivos);. •. Formandos (testar em que medida atingiram os objectivos, o nível de conhecimento adquirido e as competências desenvolvidas);. •. Formadores (de que forma aplicam os métodos e as técnicas, uso que fazem dos materiais/equipamentos que têm ao seu dispor, assim como a forma de comunicação e a relação estabelecida com o grupo de formandos);. •. Entidade formadora (avaliação quanto à sua flexibilidade na adaptação e na resposta às dificuldades sentidas). •. Sistema de avaliação (como parte integrante e imprescindível no processo, no sentido de sabermos se o tipo de avaliação usado, os meios e os instrumentos são adequados à sua função);. •7 •.

(8) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. Resultados (previstos e imprevistos) – no sentido mais amplo, uma vez que devem ser não só avaliados os resultados esperados, mas também os que não foram previstos.. Nota: No capítulo “Avaliação da Formação”, estes conceitos serão explorados mais pormenorizadamente.. 7. Ava liaç ão c o mo Proc es so Si sté mic o:. Antes d a For maçã o Durante a Form ação. Perfil de E ntrada Proces so / De sen vol vim ento d a For maç ão. Depois d a Infor maç ão Perfil de S aída. A Avaliação pode ser considerada como um sistema, no sentido em que engloba vários componentes intervenientes na formação. Estes componentes interligam-se entre si e complementam-se formando um todo contínuo e integral. Assim antes Antes da formação é importante: • •. Seleccionar os formandos – testar os pré-requisitos; Recolher e processar dados.. Durante a Formação: • •. Situar os formandos – controlar as aquisições dos formandos; Informar os formandos dos seus progressos – orientar, aconselhar ou corrigir os formandos.. Após a Formação: •. Classificar os formandos – controlar se as competências foram atingidas;. 8. C rité rios da Av ali ação De certeza que todos nós temos lembranças de injustiças praticadas por professores na escola, desde notas mal atribuídas até julgamentos críticos sobre determinados trabalhos desenvolvidos, que de alguma maneira tiveram impacto nas nossas vidas. Para evitar a parcialidade na avaliação e garantir a isenção enquanto se avalia e classifica o trabalho de outrem, será então importante qualquer avaliador apoiar-se em critérios adequadamente escolhidos, relativamente ao fim e ao objecto da avaliação. •8 •.

(9) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. O que são critérios de avaliação? Tudo aquilo por que o avaliador se guia de forma a garantir o mais possível a objectividade da avaliação, bem como a sua isenção. Os critérios de avaliação devem estar presentes em todos os instrumentos avaliativos, devendo ser prévia e rigorosamente definidos. Que critérios deve o formador adoptar no contexto de formação? O formador terá que definir critérios iguais para todos os formandos, de maneira a mobilizar as suas diferenças em prol daquilo que se pretende atingir, rentabilizando o que já foi adquirido. Os critérios que são utilizados para julgar, apreciar e comparar, devem estar baseados nos métodos de recolha, no tratamento e na comunicação dos dados. A formulação destes critérios exige colaboração, trabalho conjunto, discussão, problematização e contextualização, levando-se em consideração de que a avaliação deve ser um processo de responsabilidade e com utilidade educativa e social. Numa avaliação integrada, a recolha de dados é feita a partir de diversas fontes, com diferentes instrumentos. Neste contexto, devem ser estabelecidos a periodicidade das avaliações, que recolherá os dados, como estes serão recolhidos, qual a função desta avaliação e quais serão os métodos de comunicação dos resultados. Hadgi (1997) afirma que o avaliador não é um instrumento de medida, mas, sim, o actor de uma comunicação social. Apesar do estabelecimento de critérios objectivos, o corpo docente deve ter em mente de que a atribuição de conceitos é uma operação subjectiva, necessitando de um verdadeiro código de postura e ética.. A apropriação dos critérios de avaliação é condição necessária para a auto-regulação. Questões como: "Que aspectos têm de se verificar para considerar que um trabalho é bom?", "o que é indispensável que o aluno aprenda?", "o que não deve acontecer?", "quais são considerados os erros graves?", devem ser partilhados com os alunos com o objectivo de desenvolver um processo de negociação. Assim, a avaliação não é estática, de simples análise de resultado, mas torna-se um processo. Cristina Dornelles (2004) In “P rog rama de Pós-Graduaç ão em C iências Médicas : Ped iat ria UFRGS” Disciplina de Prática Educativa em Medicina. •9 •.

(10) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. 9. Tipo s d e av ali ação Uma vez referidas as características do processo de avaliação é natural que surjam questões como: “que tipo de avaliação utilizar?” Seguidamente, destacam-se as duas formas de avaliação: A) Quanto ao Processo; B) Quanto ao Momento.. A) A avaliação quanto ao processo pode s er: 1- Normativa ou de Posicionamento; 2- Criterial ou de Domínio.. A. 1 – A Ava liaç ão Norma tiva o u d e P osic io na me nto Aquela que permite situar o desempenho de um formando numa distribuição estatística tendo como referência o desempenho de outros, utilizando um critério relativo. É recomendada sobretudo para casos de selecção. Este tipo de avaliação é utilizada quando se pretende seleccionar os melhores de um determinado grupo, por exemplo os 3 melhores. Para tal será necessário submetê-los a um teste. Os resultados serão comparados entre si e ordenados por ordem do melhor desempenho para o pior (1º, 2º, 3º). O mesmo teste submetido a outros grupos vai permitir concluir que os resultados irão variar consoante o nível de conhecimentos de cada um. Também será importante referir que os 3 primeiros muitas vezes podem não ter tantos conhecimentos quanto aqueles que não foram seleccionados.. A. 2 – Aval iaçã o Crite ria l o u de D omí ni o Avaliação baseada num objectivo específico e concreto que se pretende atingir, sendo independente do desempenho dos outros formandos, ou seja, não há a comparação com outros desempenhos. Para se proceder a este tipo de avaliação, a técnica mais comum é a de fazer corresponder o item de teste ao objectivo que se pretende avaliar, de forma a conseguir avaliar-se se o formando domina ou não o objectivo. Assim o único objectivo da avaliação criterial é pois perceber, através dos resultados obtidos pelo formando, se atingiu ou não objectivo proposto, ao invés daquilo que acontecia na avaliação normativa, que situava os formandos numa ordem.. • 10 •.

(11) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. B) Ava liaç ão q uant o ao mo me nto pode ser: 1- Avaliação Inicial ou Diagnóstica; 2- Avaliação Formativa; 3- Avaliação Somativa.. B. 1 – Aval iaçã o I nicial o u D iag nó stica “A avaliação diagnóstica é utilizada para averiguar qual a posição do formando face a novas aprendizagens que lhe vão ser propostas e a aprendizagens anteriores que servem de base àquelas, no sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos de resolver situações presentes” (Ribeiro, L., 1989). Na formação profissional permite verificar se os formandos possuem os pré-requisitos necessários para a frequência em determinada acção de formação. Ou seja, é o tipo de avaliação essencial para a definição de um perfil de entrada e para a selecção de candidatos à formação. Com base nos objectivos e nos conteúdos da formação o formador define os pré-requisitos do módulo e elabora testes para avaliar da posse destes pré-requisitos.. Os pré-requisitos dizem então respeito às aprendizagens, capacidades e aptidões consideradas essenciais para o prosseguimento da formação. É um ponto de partida para a concepção e desenvolvimento de qualquer projecto curricular e de planeamento, constituindo-se em instrumento útil mas, ao mesmo tempo, perigoso, pois se não for visto como um sistema de caracterização do nível a partir do qual se deve iniciar o processo de ensino, poderá provocar rotulações, estigmatizando alunos. Exemplificando: Um Caso clássico disto é o do professor de Bethoven, ao emitir o seu parecer de uma avaliação diagnóstica: "Nunca aprendeu nada, nunca aprenderá nada, como compositor é um caso perdido!” Se o aluno tivesse seguido a orientação deste professor o mundo não conheceria algumas das melhores composições já executadas. Num processo diagnóstico podemos utilizar as seguintes técnicas e instrumentos: • •. O pré-teste; A observação.. Cristina Dornelles (2004) In “P rog rama de Pós-Graduaç ão em C iências Médicas : Ped iat ria UFRGS ”Disciplina de Prática Educativa em Medicina. • 11 •.

(12) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. B. 2 – Aval iaçã o Fo rmat iva “A avaliação formativa pretende determinar a posição do aluno ao longo de uma unidade de ensino, no sentido de identificar dificuldades e de lhes dar solução” (Ribeiro, L., 1989). Desempenha assim, uma função semelhante à da avaliação diagnóstica, tendo lugar tantas vezes quantas o professor achar conveniente no decurso do processo de aprendizagem (Ribeiro, L., 1989). Na situação pedagógica visa a obtenção de um feedback contínuo e permanente de modo a possibilitar um diagnóstico fiel do processo evolutivo dos formandos: • •. Identificação das dificuldades de aprendizagem; Introdução de medidas correctivas adequadas (ao nível dos conteúdos, dos meios, dos métodos);. Há um processo importantíssimo no decorrer da Avaliação Formativa que é o da Retroalimentação, uma vez que, implementada esta medida será possível a recuperação dos formandos que apresentam dificuldades no domínio de um ou mais objectivos. Assim, na avaliação formativa é comum utilizar-se as seguintes técnicas e instrumentos: • • • •. Acompanhamento; Discussão em grupo; Relatórios; Fichas de avaliação de problemas.. B. 3 – Aval iaçã o S o mativ a “A Avaliação Somativa pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já recolhidos por avaliações de tipo formativo e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino” (Ribeiro, L., 1989). Surge no final da formação, e visa avaliar o resultado final da aprendizagem, isto é, atribuise uma avaliação em função do perfil de saída esperado. Esta fase da avaliação tem como objectivo detectar possíveis anomalias que tenham decorrido ao longo das aprendizagens, no entanto estas só poderão ser corrigidas em futuras acções de formação. Os instrumentos geralmente utilizados na avaliação somativa são: • •. Os testes; O questionário.. Ainda há autores que falam de mais um tipo de avaliação: avaliação emancipadora.. • 12 •.

(13) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. São pré-requisitos básicos da avaliação emancipadora a análise, a crítica e a transformação. Tem como fim a modificação e a melhora contínua. Ela é vista como um instrumento educativo da emancipação do aluno, do seu senso de autocrítica e auto – desenvolvimento. Parlett e Hamilton, já na década de 1970, defendiam a prática de uma "avaliação iluminativa" como uma alternativa ao modelo clássico, a qual levasse em conta o processo educativo como um todo, que o iluminasse, de maneira a permitir a compreensão da complexidade das situações. Numa avaliação emancipadora podemos utilizar a figura do tutor como relator do processo evolutivo, a auto - avaliação e discussões com os pares. Cristina Dornelles (2004) In “P rog rama de Pós-Graduaç ão em C iências Médicas : Ped iat ria UFRGS” Disciplina de Prática Educativa em Medicina. Este último tipo de avaliação traduz a forma como a avaliação deve ser efectuada em qualquer contexto de ensino-aprendizagem. Seguidamente apresenta-se um quadro-resumo explicitando as principais características respeitantes aos três tipos de avaliação:. Avali aç ão Diag nóstica Antes - Testar o s pré-req uisit os;. Avali aç ão Formati va Durant e - Identific açã o da progr ess ão da aprend izag em;. Avali aç ão Som ativ a Depois - Determina ção dos objecti vo s ating idos pelo s formand os;. - Retroali menta ção; - Definir o perfi l de e ntrada;. - Determina ção dos aspe cto s a mel horar/ap erfeiç oar;. - Classifi caç ão e certific açã o do forma ndo;. - Não tem clas sifi caçã o;. - Natureza q ualit ativ a.. - Instrum ento d e to mada de deci são;. - Pode s er usa da na sel ecç ão de cand idato s à f ormaç ão;. - Natureza q uanti tativ a;. - Natureza q ualit ativ a.. - Definiçã o do perf il de saída.. 10. Téc nicas e i nst rume nto s de ava liaç ão Cita nd o … “ (…) a correcção não pode ser reduzida ao mero assinalar dos erros e à contagem dos pontos”. Leandro de Almeida, 1992 In “Pré, inter e pós acção, planificação e avaliação em pedagogia”. • 13 •.

(14) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. De que maneira é que o formador vai avaliar? A partir de técnicas e de instrumentos previamente definidos será possível uma sistematização lógica e rigorosa do desempenho dos formandos ao longo das aprendizagens. O formador dispõe de inúmeras técnicas e instrumentos de avaliação das aprendizagens, devendo fazer as opções que julgar mais adequadas em função das vantagens e limitações de cada instrumento, do tipo de informações de que necessita, do contexto em que se encontra a actuar e, obviamente, das características dos formandos que tem pela frente. Desde logo, convém que tenha presente que não existe instrumento de avaliação que lhe permita avaliar a realidade de cada formando de uma forma absolutamente fiel. Cada instrumento tem as suas vantagens e também as suas limitações. O que significa que, se um formador optar por se socorrer de forma exaustiva e exclusiva de um só tipo de instrumento de avaliação poderá correr o risco de não conseguir ver o formando sob todos os ângulos necessários e, como tal, formular juízos incorrectos acerca dos alunos. In “Manual de Avaliação da formação”. Em seguida pretende-se diferenciar as duas formas de que o formador dispõe para efectuar a avaliação dos formandos: Técnicas e Instrumentos de Avaliação. O que se entende por Técnica de Avaliação? •. Técnica: o conceito. Acções metodicamente escolhidas que permitem fornecer dados, de maneira a medir ou constatar as alterações de comportamento de forma eficaz. O que se entende por Instrumento de Avaliação? •. Instrumento de avaliação: o conceito. Meio ou recurso utilizado na recolha das informações da avaliação. As técnicas de avaliação no contexto da Formação Profissional são três: 1) Observação; 2) Formulação de Perguntas 3) Medição.. 1) Começando pela Observação: Vejamos a seguinte passagem do livro de Chalmers (op. cit.: 52):. • 14 •.

(15) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. “... embora as imagens sobre nossas retinas façam parte da causa do que vemos, uma outra parte muito importante da causa é constituída pelo estado interior de nossas mentes ou cérebros, que vai claramente depender de nossa formação cultural, conhecimento, expectativas, etc. e não será determinado apenas pelas propriedades físicas de nossos olhos e da cena observada.” O sentido da visão permitir-nos-á verificar as alterações dos comportamentos dos formandos e efectuar um registo, podendo ser ele mental, escrito ou de qualquer outra forma. É uma das técnicas mais simples, mas também a mais usada pelos formadores. Para que a observação funcione como uma técnica e não como um improviso, há que obedecer a algumas regras que convém termos presente: - Inventariar previamente, os dados que se pretendem recolher; - Observar discretamente de forma a não ser percebido pelo formando; - Criar no grupo um ambiente que facilite a observação mas sem inibições, autentica e espontânea; - Considerar as diferenças individuais de cada um dos formandos, não valorizando os mais comunicativos em detrimentos dos mais reservados; - Ser imparcial e objectivo; - Na recolha de dados, quando se efectua o tratamento, generalização e julgamento dos mesmos, procurar manter o bom-senso e a prudência; - Os instrumentos devem ser criados de forma objectiva para que as opiniões subjectivas não se confundam com dados concretos. Se, se fizer uma observação cuidada poderá obter-se dados fidedignos em vários domínios do saber: afectivo, cognitivo e psicomotor.. • 15 •.

(16) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. Podemos observar em vários domínios do saber:. Domínios do Sab er Afectiv o (aprendiz age m de comp ortam ento s inter nos). Psicom otor (comport ame ntos que exige m m otricid ade e racio cínio). Dados - Motiv açã o; - Atenção; - Interes se; - Comporta ment o so cial (c aráct er, edu caçã o, po stura, c u mprim ento d e horário s e nor ma s…); - Participa ção (v onta de, s atisf ação em p articip ar, etc.); - Empen ham ento; - Capacidad e críti ca e autocr ítica (a uto-a vali açã o); - Organi zaç ão; - Outro s.. -. Capacidad e m otora; Habilidade ma nual; Resist ênci a à fad iga; Outro s.. -. Conheci men to; Compreen são; Aplicaç ão; Capacidad e de análi se; Capacidad e de sínte se; Capacidad e criat iva; Capacidad e de aval iaçã o.. Cogniti vo (aprendiz age m de conte údos intel ectu ais). Instrumentos utilizados na Observação •. Fichas de Observação. Fichas utilizadas por exemplo, durante visitas de estudo, lições teórico-práticas, onde são registados os factos decorridos com interesse para a avaliação. Exemplo Fic ha de Obser va çã o Assunto:. • 16 •.

(17) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. Listas de Ocorrências. São Listas que se elaboram previamente, listando-se os comportamentos que são esperados que venham a ocorrer numa sequência prevista. Torna assim a observação mais fácil e objectiva. Exemplo Comport ame nto Forma nd o. Estev e ate nto. Participo u. Compre end eu. Aplico u. Exec uto u a taref a. A B C. •. Escalas de Classificação. As escalas de classificação permitem registar e atribuir um determinado grau do desempenho, numa escala progressiva. Existem diferentes tipos de escalas: - Numéricas – traduzem num valor numérico o nível da característica avaliada, e por sua vez dividem-se em: - Ordinais; - Percentuais. Exemplo de uma Escala Numérica ordinal 5. 4. 3. 2. 1. Escal a Num érica. - Literais – Traduzem grau do desempenho através da correspondência de uma letra a um número. Escalas que são muito utilizadas nos Estados Unidos. Exemplo A. B. C. D. E. Escal a litera l 90 a 1 00%. 75 a 8 9%. • 17 •. 50 a 7 4%. 20 a 4 9%. 0 a 19 %.

(18) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. - Descritivas – Utilizam uma descrição detalhada do grau do comportamento a avaliar, por vezes, descrevem mesmo as diferentes características que pode assumir esse comportamento. Exemplo Toma a decisão e anuncia -a. Escal a Descritiva. “Vend e” a decisão. Apresent a o problem a, pede sugestõ es. O grupo funcio na livreme nt e. 2) A Formulação de Perguntas pode ser feita: I) Oralmente ou Avaliação Oral II) Por escrito ou Avaliação escrita que engloba: a) Inquéritos (Questionário; Inventário; Escala de atitudes; Sociograma); b) Teste: 1) De Produção ou Resposta Aberta (Produção Longa e Produção Curta; 2) De Selecção ou Resposta Fechada (Verdadeiro-Falso; Completar; Emparelhamento; Q.E.M).. I) Avali ação Oral A Avaliação oral é uma técnica eficaz que permite avaliar um formando de cada vez, e verificar com clareza os conhecimentos que este possui. Caso o formador não esteja esclarecido em relação a uma questão, pode através da avaliação oral aprofundá-la até onde considerar necessário.. • 18 •.

(19) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. Principais regras a ter em conta na Avaliação Oral:. Regras - Elaboraç ão de list a de perg unta s obj ecti vas e repres entati vas da m atéria a a valiar; - Procurar a valiar o que o form and o sab e da matéria e nã o pe squi sar e xau stiva me nte o q ue ele nã o sa be; - Pergunta s clar as e o m ais c urtas pos sív el, adequa ndo a ling uage m ao s for mand os; - Nuca dar pi stas, ajud a na s resp ost as; •. Avali aç ão Formati va. Avali aç ão Oral - Cada pergun ta de ve s er lan çada e po sta à con sidera ção d o grupo ; - Só depoi s é diri gida a um dos f orma ndos. - Pergunta s distri buída s por t odos os formand os arb itraria ment e para obter o feedbac k repre sent ativ o do gru po;. •. Avali aç ão Som ativ a. - Mes mas pergunt as a todo s os form ando s, para ser em cri ada s con diçõ es d e igua ldade e de un iformi dade na a vali ação .. Vantagens da Avaliação Oral • •. Há o confronto directo entre o formador e o formando; Permite o treino da expressão oral.. Desvantagens • • •. Gestão do tempo na colocação de perguntas a todos os formandos; Dificuldade em aplicar o mesmo tipo de perguntas a todos os formandos; Facilita os formandos mais comunicativos e com maior capacidade de expressão oral.. II) Aval iação Esc rita Consiste na apresentação de documentos escritos aos formandos, aos quais ele terá de responder por escrito. Permite recolher dados essencialmente nos domínios afectivo e cognitivo, sendo habitual o uso de inquéritos no primeiro caso, e o uso de testes no segundo caso.. • 19 •.

(20) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. a) Inquéritos No contexto pedagógico são instrumentos que permitem colocar questões escritas de forma sistemática, com o objectivo de recolher dados, principalmente no domínio afectivo. As respostas obtidas podem ser subjectivas, daí a muitas vezes terem de ser completadas com a Observação. Os Inquéritos podem ser: •. Questionários - Lista de interrogações acerca de um determinado assunto a que os formandos deverão responder.. São mais uma forma de avaliar o comportamento humano, e para tal obedecem a algumas regras: •. A elaboração das perguntas deve ser feita de forma muito clara e o menos ambígua possível para que evite mais do que uma interpretação;. •. Só elaborar perguntas objectivas se houver garantia de repostas sinceras;. •. Caso seja difícil garantir respostas sinceras, elaborar perguntas semelhantes entre si, para assim detectar a falta de sinceridade ou de insegurança;. •. Os resultados só têm significado no grupo inquirido;. •. É recomendável realizar um inquérito experimental para aferir as perguntas significativas e o vocabulário mais adequado.. Os Questionários são utilizados para fins muito específicos, tendo por isso uma utilidade bastante restrita.. •. Inventário - Lista de afirmações a que o formando terá de responder assinalando apenas aquela que concorda.. Exemplo: A ginástica é muito importante para uma boa preparação física O cinema é mais instrutivo do que o futebol.. • 20 •.

(21) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. Escalas de atitudes Cita nd o ….. “ (…) Podemos medir as atitudes através das crenças, opiniões e avaliações dos sujeitos acerca de um determinado objecto, e a forma mais directa de acedermos a estes conteúdos cognitivos é através da auto-descrição do posicionamento individual”. Luísa Pedroso de Lima In “Psicologia Social”. Note-se que a avaliação de comportamentos é muito mais complicada do que a de conhecimentos, pois é difícil encontrar uma medida para as atitudes humanas. A avaliação dos comportamentos decorre duma definição clara dos objectivos da formação negociados com os formandos ou dados a conhecer devidamente justificados. Definidos os objectivos de avaliação cabe ao formador seleccionar características representativas e observáveis do comportamento a avaliar. Para avaliar comportamentos, os instrumentos mais eficazes são as escalas e os questionários. A avaliação de valores e atitudes como a tolerância, o sentido de responsabilidade, espírito de equipa, só poderá ser realizada se for inferida em função da sua expressão por meio de opiniões. Os instrumentos mais adequados para esta avaliação são os questionários e as escalas de atitudes. Existem vários tipos de escalas de atitudes, contudo as mais utilizadas são as de Lickert e de Thurstone. As escalas intervalares de Thurstone foram propostas por este autor em 1928 e consistiam numa técnica que Jaspars (1978) designa por “centrada no estímulo”, isto é, caracteriza a atitude do sujeito através do posicionamento face a estímulos previamente cotados. Thurstone partiu dos seguintes princípios: • • • •. As opiniões sobre um objectivo podem ser ordenadas do mais favorável para o menos favorável; A ordenação permite manter uma “distância uniforme” de opinião para opinião; As opiniões expressas são independentes entre si; A valorização de um sujeito resulta da média de valorização dos itens com que está de acordo.. Passos para a construção de uma escala de Thurstone: 1. Selecção inicial de itens •. Reunião de opiniões sobre o objectivo a avaliar, que pode ser feita através da solicitação de opiniões por escrito àqueles que vão ser os inquiridos;. • 21 •.

(22) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. Estas opiniões terão de sofrer uma selecção consoante os seguintes critérios: - As opiniões com mais de uma ideia devem ser eliminadas; - As opiniões ambíguas não servem e ainda as que referem factos com os quais todos estamos de acordo.. 2. Valorização dos itens Este passo deverá ser concretizado por um conjunto de indivíduos, designados por juízes, que deverão esquecer a sua posição pessoal e indicar, para cada frase, se ela representa uma atitude favorável ou desfavorável face ao objecto da atitude, lembrando-se sempre que a distância entre cada ponto da escala é igual (1=posição completamente desfavorável; 11=posição completamente favorável). 3. Selecção definitiva Calcula-se o valor de escala de cada item através do cálculo de uma medida de tendência central (média ou mediana) a partir das pontuações dadas pelos juízes. Seleccionam-se os itens com maior uniformidade de opiniões e aqueles mais representativos de todos os valores da escala. 4. Apresentação e Emprego Na parte final, a cada item corresponde um valor numérico, contudo aqueles que respondem apenas devem indicar o item que traduz a sua opinião sem conhecerem o valor de cada item.. Escalas de Lickert Este tipo de escalas apresenta uma vantagem em relação às escalas de Thurstone que é a sua mais fácil elaboração. Assim, “o modelo de medição deixa os pressupostos psicofísicos, para se basear no modelo claramente psicométrico: é a própria resposta do indivíduo que a localiza directamente em termos de atitude, e não existe nenhum escalonamento a priori dos estímulos” (Lima, L., cit. por Monteiro, M. & Vala, J., 2000). A escala de Lickert baseia-se então nas seguintes características: •. A valorização dos itens baseia-se em dados empíricos obtidos no grupo-alvo;. • •. O sujeito assinala o grau em que concorda ou não com a opinião expressa; Os itens não são independentes entre si, apresentando entre si um grau de correlação; O autor não defende a existência de uma “distância uniforme” entre opiniões.. •. Causas de Erros na elaboração de escalas: • 22 •.

(23) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. •. Tendência para generalizar e usar estereótipos na listagem de características de comportamentos;. •. “Efeito de Halo”, pelo que o formador pode ser influenciado por informações avulsas sobre o grupo, acerca do seu desempenho por exemplo: “o grupo é bom ou mau”;. •. A personalidade do formador pode alterar os dados recolhidos ou a natureza destes.. Sociograma. Permite fornecer a estrutura afectiva de um grupo. Exemplo: Indique três colegas com quem gostaria de trabalhar em grupo. Para efectuar uma avaliação de conhecimentos rigorosa segundo critérios fiáveis e válidos, será então necessário proceder à elaboração de provas adequadas. A avaliação pode ser realizada a partir dos resultados obtidos de provas de conhecimentos designadas por testes. As questões que se colocam serão as seguintes: Que tipo de testes existem? Como proceder à elaboração dos testes e como avaliar as aprendizagens de grandes grupos?. b) Te stes Os Testes podem ser: - Testes de Norma; - Testes referentes a critérios; - Testes de conhecimentos elaborados por formadores.. •. Testes de Norma. Os Testes de norma servem para aferir resultados de grandes grupos e generalizá-los a populações mais vastas. O que está em jogo é a identificação do comportamento-padrão de grupos para com ele poder proceder à comparação de outras populações que respondam ao mesmo teste.. • 23 •.

(24) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. A análise destes testes não nos permite tirar ilações sobre as aprendizagens de cada indivíduo, apenas sobre o seu desempenho em relação às perguntas em causa, que são consideradas as normas a que deve obedecer a população-alvo.. •. Testes referentes a critérios. Os testes de critérios avaliam os conhecimentos de cada indivíduo numa área de competências ou objectivos definidos. Aqui o critério de avaliação é o desempenho, ou seja, pretende-se verificar qual o grau de afastamento ou de aproximação do desempenho face ao nível de proficiência definido para cada item ou objectivo. São testes difíceis de elaborar pelo rigor que exigem. •. Testes de conhecimentos elaborados por formadores. Os testes de conhecimentos elaborados por formadores visam avaliar os conhecimentos e competências já adquiridos e verificar que aspectos devem ser melhorados de forma a colmatar as falhas existentes. A elaboração destes testes deve preencher certos requisitos: - Validade do conteúdo do teste; - Adequação ao perfil de cada formando e ao grupo de formação. A validade do conteúdo do teste irá depender: - Relevância de itens seleccionados; - Qualidade dos itens. A adequação ao perfil dos formandos depende de: - Compreensão do teste; - Linguagem clara e adequada ao nível sócio-cultural; - Formato (imagens e disposição das perguntas); - Tempo concedido às respostas; - Modo de registo das respostas.. Características dos Testes Os testes, ao mesmo tempo que são considerados como ferramentas essenciais em vários contextos avaliativos, também em outros são o principal foco de divergências de opiniões. No dia-a-dia, a maioria das pessoas é submetida a testes e por isso está vulnerável a eles, que na sua essência deveriam ser um auxílio no processo de tomada de decisão para identificação do profissional que contemple habilidades e traços de personalidade ajustadas ao que se quer avaliar.. • 24 •.

(25) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. Ora, se o que está em causa é justamente o processo de avaliação e a sua eficácia, tem que se ter cuidado na aplicação dos testes, nomeadamente na aferição dos mesmos, tendo em conta as suas principais características: Validade De uma maneira geral diz-se que uma dada medida é válida se avalia aquilo que se pretende avaliar. A validade de um teste é, assim, representada pelo grau de precisão com que consegue avaliar o que o teste se propõe medir (Ribeiro, L., 1989). Porém, a validação de um teste não diz respeito aos “indicadores escolhidos para avaliar um universo” em causa, mas sim à interpretação de resultados tendo em vista um determinado propósito. Diferencialidade O índice de diferencialidade do teste deve ser analisado em função dos objectivos atingidos por cada formando e pelo grupo. Pretende-se colmatar possíveis dificuldades de aprendizagem e elaborar outro tipo de testes. Fidelidade A fidelidade ou fiabilidade de um teste diz respeito à consistência com que avalia o que quer que o teste se destine a avaliar (Ribeiro, L., 1989) . A questão que se coloca então é, por que motivo é que um teste pode não ser fiável? Ora a resposta está relacionada com aquilo que se entende por erro de medição. Assim quando se procede à classificação de um aluno num teste, avalia-se um conjunto de perguntas, aplicado num dado momento e circunstâncias e, classificado por um determinado examinador. A influência destes factores na classificação do teste corresponde então ao erro de medição. Assim, a fidelidade é o grau de concordância entre resultados de um mesmo teste, que seriam iguais se não houvesse erro de medição. Objectividade Os resultados dos testes devem ser consistentes mesmo que realizados por diferentes avaliadores. Significa que o critério de sucesso do formando num teste não deve deixar dúvidas, mesmo quando se usam testes subjectivos.. Ins trume nto s ou T ipos de Te ste s Construção de itens e provas •. Provas Subjectivas - Itens de resposta livre ou aberta. • 25 •.

(26) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. Os itens de resposta livre, embora considerados subjectivos pela existência de mais do que um critério na sua avaliação – podem ser avaliados de várias formas - não deixam por isso de exigir algumas regras para a sua elaboração: -. Articulação das perguntas aos objectivos e utilização do mesmo vocabulário para a definição de objectivos;. -. Escolha apenas de conteúdos fundamentais, pois aqui o factor tempo limita a avaliação de todos os objectivos;. -. Do ponto de vista do formando o tempo dever ser gerido da melhor forma enquanto pondera cada resposta.. Tanto as provas de resposta livre ou de resposta livre orientada são fáceis de elaborar, mas muito difíceis quanto à correcção pela subjectividade que apresentam. Exemplo de uma Prova de Resposta Livre Exponha as razões que levam à elaboração de estudos de impacte ambiental antes de se proceder à construção de estradas ou complexos habitacionais que introduzem alterações sensíveis à paisagem. Exemplo de uma prova de Resposta livre Orientada Numa composição que não exceda três páginas, exponha, em linhas gerais, alguns problemas dos países do Terceiro Mundo, cingindo-se às seguintes condições: - Países do continente africano; - Áreas de problemas: alimentação, saúde, habitação… “Manual de Avaliação da Formação” (AEP). - Vantagens -. Fáceis de elaborar;. -. São relativamente flexíveis quanto à adaptação a diferentes tipos de objectivos;. -. A resposta ao acaso tende a ser eliminada, ao contrário do que acontece nas provas objectivas em que há o perigo de acertar por acaso;. -. É dado mais enfoque a níveis taxonómicos de análise, síntese e avaliação.. - Desvantagens -. Difícil avaliação; Correcção morosa; • 26 •.

(27) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. -. Os conteúdos e objectivos a testar têm que ser reduzidos;. -. Pode acontecer as perguntas serem muito vagas ou gerais, provocando a memorização de conceitos sem a sua correcta compreensão.. Provas Objectivas. As provas objectivas conhecidas pelos famosos “Testes Americanos”, são muitas vezes mal vistas pelos formandos. A sua não aceitação prende-se com o facto destas provas serem na sua maioria, mal construídas ou elaboradas e/ou não ajustadas ao público-alvo. Não obstante as suas desvantagens – recurso à memorização e não à compreensão, acertar por acaso; ambiguidade das respostas –, como acontece em qualquer prova, importa também salientar alguns aspectos positivos, que logicamente estão relacionados com o uso que o formador faz delas. As provas objectivas mais conhecidas são: A) Provas de resposta de Escolha Múltipla; B) Provas de resposta por Associação; C) Provas de resposta em Alternativa ou Verdadeiro/Falso; D) Provas de resposta Limitada ou de Complementação; E) Provas de Ordenação.. A) Provas de escolha múltipla Questão apresentada seguida de várias possibilidades de resposta a serem escolhidas pelo formando. Exemplos: 1. Das seguintes afirmações, escolha a que constitui uma inferência. A) O Pedro é um formando alegre e interessado. B) A Mafalda chega 15 minutos atrasada aos sábados. C) O Francisco não acertou nas três últimas respostas do teste. D) O António não respondeu às questões que lhe coloquei. “Manual da Avaliação da Aprendizagem” (AEP). Sugestões para a sua utilização: -. A base do item deve ser redigida constituindo, por si só, um problema claramente definido e descrito da forma mais completa possível, para que se evitem que as alternativas sejam demasiado longas;. • 27 •.

(28) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. -. Construir o tronco da pergunta não incluindo informações desnecessárias;. -. Privilegiar a afirmativa nos troncos da pergunta;. -. Construir os itens para que apenas uma resposta seja correcta, ou como alternativa, mais correcta do que as restantes;. -. Procurar utilizar expressões de generalização como sempre, nunca, todos ou nenhuns nos distractores, uma vez que, em geral, são indicadores de falsidade;. -. Os distractores devem ser plausíveis, garantindo que apenas acerte na resposta as pessoas que saibam a matéria, mas evitando “artimanhas” que conduzam a erros.. • Vantagens -. Avaliam uma grande quantidade de conhecimentos;. -. Não permitem respostas ambíguas (duplo sentido);. -. Impedem opiniões formadas sobre os formandos por parte do formador, uma vez que a pontuação é objectiva;. -. Correcção rápida e simples;. -. Permitem testar vários objectivos de aprendizagem;. -. Diferenciam os vários níveis de competências de cada formando;. -. Possibilitam uma análise estatística.. • Desvantagens -. Elaboração e preparação morosa e complexa;. -. Podem provocar hábitos de estudo inadequados se se centrarem apenas na memorização de conteúdos;. -. Não testam o espírito crítico, a originalidade e a organização dos formandos, ou seja, não permitem medir a estrutura do raciocínio do formando;. -. Risco de se poder acertar por acaso.. • 28 •.

(29) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. B) Provas de Resposta por Associação Itens que incluem duas colunas, a da esquerda constituída pelas “premissas”, e a da direita as “respostas” às premissas. Os elementos das duas colunas mantêm entre si uma relação. Exemplos: Associe as seguintes palavras-chave aos pressupostos das Teorias da aprendizagem estudadas.. Col una A. Col una B A – Aprender é um processo pessoal, de índole vivencial;. 1.. Behaviorismo. 2.. Cognitivismo. 3.. Humanismo. B – O formador deve utilizar recompensas e punições; C – A aprendizagem resulta num comportamento observável e mensurável; D – O formando é um agente activo, criador da sua evolução; E – O clima de aprendizagem deve assentar em liberdade, empatia, criatividade e espontaneidade; F – A aprendizagem consiste numa mudança na maneira como o formando percebe os acontecimentos e lhes atribui significado;. Sugestões para a sua utilização: -. O número de elementos da coluna do lado direito (as respostas) deve ser inferior ao da do lado esquerdo (as premissas), de maneira a evitar que o formando, associando os primeiros elementos, saiba os restantes por exclusão de partes;. -. Deve evitar-se fornecer na coluna das premissas (esquerda) indicadores que facilitem a resposta (exemplo: “a aprendizagem consiste numa mudança da estrutura cognitiva do sujeito”), pois isso remeteria, de imediato, para a premissa Cognitivismo;. -. Elaborar as questões com base em material homogéneo, sob pena de causar dispersão no formando, obrigando-o a revisitar mentalmente várias partes da matéria abordada e implicar muito tempo para responder;. -. Os elementos utilizados em ambas as colunas não devem ser extensos (preferencialmente optar pelas expressões mais curtas na coluna do lado direito, que é a que contém maior número de elementos); • 29 •.

(30) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. -. •. Vantagens -. •. A coluna da direita (respostas) deve conter os elementos dispostos numa determinada ordem (alfabética, temporal, numérica…) de modo a facilitar a procura da resposta.. Avaliação de várias aprendizagens num só item; Elaboração rápida das perguntas; Difícil de adivinhar as respostas.. Desvantagens -. Não permite a avaliação de objectivos complexos. C) Provas de Respostas Alternativas ou V/F Perguntas que assentam na apresentação de afirmações, donde se caracterizam através das respostas: Verdadeiro (V) ou Falso (F). Exemplo Um dos principais seguidores da Teoria Humanista foi Carl Rogers. V F. Sugestões para a sua utilização: -. Devem evitar-se as afirmações genéricas (todos, nenhuns, sempre, nunca…) e termos ambíguos (novo, velho, poucos, muitos, antigo…), uma vez que estes podem ser interpretados de forma diferente por pessoas diferentes;. -. Evitar afirmações textualmente retiradas dos manuais distribuídos aos formandos;. -. Cada item deve conter uma única afirmação, de forma a verificar se a afirmação é totalmente falsa ou totalmente verdadeira;. -. Não utilizar expressões duplamente negativas;. -. As opiniões devem vir necessariamente acompanhadas da referência ao seu autor;. -. As afirmações verdadeiras e falsas devem ter, aproximadamente, a mesma extensão, isto porque as verdadeiras tendem a ser mais longas, o que pode ajudar o formando na escolha da resposta;. -. As afirmações falsas e verdadeiras devem ser distribuídas de forma aleatória; • 30 •.

(31) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. -. A quantidade de afirmações falsas e verdadeiras deve ser idêntica de forma a evitar que quem responda sempre verdadeiro ou falso tenha obtenha um resultado médio. Vantagens. • -. Fáceis na sua construção; De fácil compreensão pelo sujeito; Permitem avaliar a compreensão de conceitos, regras e relação entre conceitos. Desvantagens. • -. Permitem a resposta ao acaso; Avaliam apenas os níveis mais baixos das taxonomias.. D) Provas de Completação ou Completamento Depois de formulada uma pergunta deixa-se um espaço em branco para ser completado com a resposta do formando. Exemplo Um indivíduo faz parte de um grupo se tiver consciência que partilha dos mesmos valores,__________ , ___________ , característicos dos outros elementos que constituem o grupo. Sugestões para a sua aplicação: -. Utilizar perguntas que conduzam a uma única resposta possível, que deve ser simples e curta;. -. Reservar para os espaços em branco, elementos relevantes que o formando tenha necessidade de conhecer e não aspectos sem interesse;. -. Procurar fazer com que o cumprimento da(s) linha(s) ou dos espaço(s) em branco não facilite a resposta;. -. Não retirar frases textuais dos manuais entregues aos formandos, sob pena de a avaliação ser um teste à memorização e não uma avaliação do que foi aprendido;. -. Tornar cada item independente dos outros – doutra forma, os formandos que não responderem a algumas questões de que dependem outras poderão ser excessivamente penalizados.. • 31 •.

(32) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. •. Vantagens -. •. São os itens de mais fácil elaboração; Correcção fácil; Muito úteis para avaliar objectivos que impliquem a memorização; Evitam que os formandos acertem por acaso.. Desvantagens -. Avaliação de aprendizagens simples; Levantam alguns problemas de correcção quando surgem respostas incompletas e inesperadas.. E) Provas de Ordenação Os itens são constituídos por um conjunto de afirmações que devem ser colocados por ordem, que pode ser cronológica ou lógica. Exemplo Ordene por ordem cronológica os seguintes acontecimentos: Tratado de Roma Acordo de Itália Tratado de Versalhes Tratado de Potsdam Tratado de Maastricht.. •. Vantagens -. •. Avaliam conhecimentos memorizáveis; Permitem uma correcção rápida.. Desvantagens -. Não permitem a avaliação de conhecimentos complexos.. Med ição A medição (sem a qual não haverá classificação rigorosa), é a descrição quantitativa de um dado comportamento do aluno, assumindo-se como um processo que indica o grau em que uma determinada característica existe.. • 32 •.

(33) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VII . Avaliação da Aprendizagem. Os três conceitos, medição, classificação e avaliação encontram-se interligados, uma vez que só pela medição conseguimos integrar um candidato numa tabela, mas sem critério de avaliação, ou seja, sem a possibilidade de se fazer um juízo de valor, não é possível saber em que ponto da tabela ou da escala hierárquica devemos colocar a separação entre o Bom e o Suficiente, ou entre o Satisfatório e o Não Satisfatório. Técnica que consiste em medir determinadas “performances” de execução do formando. Torna-se indispensável no âmbito da avaliação prática do desempenho dos formandos Convém esclarecer que dentro da Técnica da medição podem estar englobados os instrumentos usados na técnica de formulação de perguntas escritas, visto que quer os inquéritos, quer os testes são formas de medir o comportamento e desempenho dos formandos.. Avaliação dos trabalhos práticos Para a avaliação de trabalhos práticos utiliza-se normalmente o método analítico ou a avaliação analítica. Em que é que se baseia este método? -. O formador indica aos formandos a tarefa a executar, fornecendo as instruções necessárias para a sua realização;. -. Os formandos com a colaboração do formador vão executando a operação, utilizando os meios, o equipamento e os materiais adequados a esse fim;. -. Todas as etapas necessárias para desenvolver o trabalho serão registadas numa ficha de classificação adequada, sendo contemplados aspectos como: término da tarefa, respeito pelas tolerâncias, o tempo gasto e as cotações a atribuir a cada um dos itens, etc;. -. A classificação atribuída a cada um dos formandos será então baseada nos aspectos e nas cotações referidas no passo anterior, para que estes se consciencializem dos pontos negativos e positivos do seu trabalho.. 11. A subjectiv idad e da ava liaç ão “A objectividade na avaliação não depende apenas de saber se o teste pode ser classificado automaticamente, mas igualmente de saber que métodos e conteúdos foram escolhidos pelo professor nas suas aulas, que quer ele realmente transmitir e como está ele a tentar fazer isso”. O formador precisa de ter em conta que cada formando possui as suas expectativas e objectivos pessoais e deve ser sempre considerado como uma pessoa individualizada e diferente das outras, com um papel importante e significativo a desempenhar, não esquecendo claro, o objectivo comum que é o da Formação profissional. Embora o avaliador disponha de um método de avaliação sistematizada, a complexidade de avaliar o desempenho dos formandos requer bom senso, perspicácia, um espírito livre • 33 •.

Referências

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