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TÍTULO: A Formação da população de Nova Fátima PR ( )

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ESCOLA ESTADUAL PROF. DR . ALOYSIO B. TOSTES

PROJETO CONTAÇÃO DE HISTÓRIA DO NORTE DO PARANÁ.

UEL / FAFI / N.R.E. de CORNÉLIO PROCÓPIO

TÍTULO: A Formação da população de Nova Fátima – PR (1920-1960)

Professoras:

Ana Lúcia de Lima Xavier Clélia de Fátima Pucineli Edilene Rosa da Silva Souza Leila Francisco Xavier Ribeiro Leni Dalan Ferreira Maria Joana Del Padre Luna

Orientação: Maria de Fátima da Cunha

Nova Fátima - Pr 2005

(2)

INTRODUÇÃO

Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida. O deslocamento de população entre regiões de um mesmo país ou entre países é chamado migração. Existem basicamente dois tipos: as internas, dentro de um mesmo país e as externas, saída de um país para outro. (SANTOS, 1986) apud (ARCHELA & GOMES,1999).

Ainda na perspectiva de Archela e Gomes, os motivos e as conseqüências dos processos migratórios são múltiplos.

Questionando o meio na necessidade de compreender “o significado dos contatos entre universos culturais distintos”, de saber como os elementos estão se relacionando uns com os outros é possível entender e pensar um passado e um espaço mais distante e ao mesmo tempo, obter indicação das tendências para o futuro.

Assim pode-se dizer que o meio em que cada um vive é a concretização das forças que regem o mundo atual. É a partir do meio que se pode perceber a obra dos homens no tempo e no espaço e também se perceber como sujeito. Ou seja, “a realidade do processo migratório gera muitos acontecimentos sociais” e o homem como agente transformador do meio, através do seu trabalho cria uma história, que articulada com seu desenvolvimento social e cultural é construída de geração em geração.

As pessoas das suas diferentes regionalidades possuem interesses heterogêneos, exercendo influencia nos povoados e futuras regiões urbanas. Que mais tarde pelo volume e importância das atividades econômicas e culturais transformam o espaço das gerações futuras.

Na década de1920 em Nova Fátima, a população rural era maior do que a população urbana, no entanto hoje a população urbana cresceu, e se tornou maior que à população rural. (GARRIDO,1995).

Esse processo atinge todos os níveis de cidade, provocando uma profunda transformação. Esta realidade tem sido motivo de preocupação, por isso a busca de nossas raízes no processo histórico, se faz necessária, cujas expressões têm uma larga trajetória.

Como nos lembra o historiador José Miguel Arias Neto, as transformações pelas quais passaram várias cidades do Norte do Paraná foram tanto brutais, quanto vertiginosas, passado esse que, segundo o autor, as novas gerações desconhecem. (ARIAS: 1995, 69).

(3)

Reconstruir o processo histórico que deu início à formação do município de Nova Fátima, bem como, as influencias culturais, sociais deixadas pelos imigrantes, é o nosso objetivo nesse projeto de pesquisa, atentando para o fato de que a história dessa região ainda está por fazer principalmente quando se leva em conta que apenas uma parte dela foi contada, até bem pouco tempo. Nelson Tomazi já nos chamava a atenção na década de 1990, quando afirmava que muitas pesquisas esqueceram e silenciaram o fato de que nessa região viveram muitos seres humanos, que tinham uma história, organização e saberes sociais que deveriam ser levados em conta. Para esse autor, uma boa parte da historiografia sobre o Norte do Paraná considerou que o início da história regional só se deu em meados do século XIX, quando chegaram aqueles que buscavam novas terras para o capital, ou seja, os “pioneiros” capitalistas (TOMAZI, 1995: 37). A história que tentamos fazer irá buscar resgatar a vida de outras pessoas, daquelas que não entraram para os anais da vida dos pioneiros, mas que fizeram parte igualmente da construção dessa região, em especial de Nova Fátima.

JUSTIFICATIVA

A discussão sobre a história e formação das populações num âmbito paranaense e brasileiro é muito valorizada. Contudo não sabemos qual a nossa própria origem, de onde vieram nossos antepassados, como foram formando-se as primeiras famílias, em especial do município de Nova Fátima.

Em menos de sessenta anos, nossa história já começa a desaparecer e precisamos repensar nossa história, reconstruindo os saberes de nossa população.

Portanto, a reflexão sobre a história das pequenas cidades, da memória contida nos restos que sobraram de seu passado é de suma importância. Como ressalta o historiador Gilmar Arruda, que a memória dessas pequenas cidades nos chegam até o nosso presente moderno, através das ruínas das pequenas cidades do interior, como as decadentes “estações de trens”, dos prédios vazios das antigas máquinas de café ou dos coretos nas pracinhas. (ARRUDA, 2000: 239).

(4)

É necessário ressaltar e analisar a vinda de imigrantes para esta localidade, destacar as causas sociais e culturais que contribuíram para o crescimento do povoado que se tornaria Nova Fátima, considerar a necessidade das diversidades de cada grupo imigrante e o seu papel na estruturação da sociedade e organização do espaço geográfico.

Podemos em Nova Fátima, a data de 1920, todos esses povos vieram em busca de nova oportunidade na terra nova, com as mais variadas expectativas.

Embora a imigração tenha seu lado positivo, hoje muitos países procuram dificultá-la, desta forma tenta-se evitar um crescimento exagerado e desordenado da sua população.

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura de todos os lugares inclusive o fatimense que foi incorporando características de várias outras localidades, inclusive de outros países. E quando paramos para pensar percebemos que as influências trazidas pelos imigrantes começam a desaparecer.

Admite – se a prioridade da prática da entrevista e transcrição formal de relação das primeiras famílias imigrantes vindas para o município de Nova Fátima, procurando descobrir o caminho percorrido e o motivo da chegada até este município.

Para tanto, ocorrerá investigação junto ao cartório civil e de imóveis, de Nova Fátima e Congonhinhas (pois pertencíamos a esta comarca), bem como na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, para coleta de dados.

A ação se dará através de pesquisas a documentos oficiais já publicados sobre o município e entrevistas à comunidade local, bem como o resgate de possíveis documentos oficiais que fundamentem a pesquisa.

Reconhecemos que a vida que se leva no presente, tem origem no passado. E trata–se de um processo de pesquisa às origens para compreender sua natureza e função, resgatando nossos costumes que dão origem as novas culturas, poderão entender melhor o presente e organizar previsões futuras.

Nesse sentido, deve-se ressaltar que a questão da memória é de fundamental importância para essa pesquisa. A esse respeito consideramos que a contribuição de Pierre Nora e a sua definição de “lugares da memória” é primordial para a nossa análise, em especial quando pensamos as cidades como “lugares de lembrar”. Ou seja, elas são resultantes de investimentos simbólicos que lhes conferem sentidos e significados, para vários grupos sociais em diferentes momentos históricos. (NORA, 1993: 10).

(5)

OBJETIVO GERAL

Nosso objetivo principal consiste em reconstruir a origem e a formação da população fatimense, através da memória contida nos documentos oficiais e também nas entrevistas realizadas com moradores da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Nossos objetivos específicos consistem basicamente em:

- identificar quais fatores atraíram as primeiras famílias a esta localidade, especialmente aquelas que chegaram ao início da fundação da cidade, mas, que por diferenciados motivos não são consideradas “pioneiras”.

- verificar quais eram suas expectativas ao chegarem à nova terra e se essas foram atingidas.

- tentar identificar se essas pessoas têm idéia de por que não elas não foram eleitas “pioneiras” como outras famílias o foram.

FONTES

- Entrevista com pessoas das cidades ligadas às primeiras famílias que chegaram à Nova Fátima.

- Documentos do Fórum ou do Cartório como : registro de nascimento, certidão de casamento, registro de imóveis.

- Livro Tombo da Igreja Matriz “Nossa Senhora de Fátima”.

BIBLIOGRAFIA LEVANTADA

ALBERTI, Verena. História Oral: a experiência do CPDOC. RJ: Editora da FGV, 19990

ARIAS NETO, José Miguel. “Pioneirismo: discurso político e identidade regional” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995.

ARRUDA, Gilmar. Cidades e Sertões. Bauru: Edusc, 2000.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. SP: T. A . Queiroz, 1979. BURKE, Peter. “História como memória social” In: Variedades da História Cultural. RJ: Civilização Brasileira, 2000.

(6)

NORA, Pierre. “Entre memória e História: a problemática dos lugares” In: Revista Projeto História. SP: Ed. PUC, n. 10, 1993.

IVANO, Rogério. “Sobre as fronteiras: o norte do Paraná nos anos da Primeira República” In: Revista Pós-História, n. 7, Assis: UNESP, 1999.

SILVA, Helenice R. “Rememoração/comemoração: as utilizações da memória” In: Revista Brasileira de História, v. 22, n. 44,

TOMAZI, Nelson Dacio. “Tempo, História e Cronologia” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995. Universidade Federal do Pr, 2002.

WACHOWICZ, Ruy. “Norte Pioneiro” In: História do Paraná: Norte Novo e Norte Novíssimo. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.

ARCHELA, Rosely Sampaio; GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas, Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: UEL, 1999.

LUNA, Maria Joana Del Padre, Recuperação do Mato Ross. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

PUCINELI, Clélia de Fátima, Evolução Histórica do Município de Nova Fátima. Cornélio Procópio: UNOPAR, 1998.

PUCINELI, Clélia de Fátima, A evolução no município de Nova Fátima/Pr e suas aplicações ao meio ambiente local. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Carlos, Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

CRONOGRAMA

- Janeiro a Julho de 2005: Curso com as professoras da UEL

- Agosto a Dezembro de 2005: Curso com os professores da FAFI e confecção do projeto.

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ESCOLA ESTADUAL PROF. DR . ALOYSIO B. TOSTES

PROJETO CONTAÇÃO DE HISTÓRIA DO NORTE DO PARANÁ.

UEL / FAFI / N.R.E. de CORNÉLIO PROCÓPIO

TÍTULO: A Formação da população de Nova Fátima – PR (1920-1960)

Professoras:

Ana Lúcia de Lima Xavier Clélia de Fátima Pucineli Edilene Rosa da Silva Souza Leila Francisco Xavier Ribeiro Leni Dalan Ferreira Maria Joana Del Padre Luna

Orientação: Maria de Fátima da Cunha

Nova Fátima - Pr 2005

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INTRODUÇÃO

Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida. O deslocamento de população entre regiões de um mesmo país ou entre países é chamado migração. Existem basicamente dois tipos: as internas, dentro de um mesmo país e as externas, saída de um país para outro. (SANTOS, 1986) apud (ARCHELA & GOMES,1999).

Ainda na perspectiva de Archela e Gomes, os motivos e as conseqüências dos processos migratórios são múltiplos.

Questionando o meio na necessidade de compreender “o significado dos contatos entre universos culturais distintos”, de saber como os elementos estão se relacionando uns com os outros é possível entender e pensar um passado e um espaço mais distante e ao mesmo tempo, obter indicação das tendências para o futuro.

Assim pode-se dizer que o meio em que cada um vive é a concretização das forças que regem o mundo atual. É a partir do meio que se pode perceber a obra dos homens no tempo e no espaço e também se perceber como sujeito. Ou seja, “a realidade do processo migratório gera muitos acontecimentos sociais” e o homem como agente transformador do meio, através do seu trabalho cria uma história, que articulada com seu desenvolvimento social e cultural é construída de geração em geração.

As pessoas das suas diferentes regionalidades possuem interesses heterogêneos, exercendo influencia nos povoados e futuras regiões urbanas. Que mais tarde pelo volume e importância das atividades econômicas e culturais transformam o espaço das gerações futuras.

Na década de1920 em Nova Fátima, a população rural era maior do que a população urbana, no entanto hoje a população urbana cresceu, e se tornou maior que à população rural. (GARRIDO,1995).

Esse processo atinge todos os níveis de cidade, provocando uma profunda transformação. Esta realidade tem sido motivo de preocupação, por isso a busca de nossas raízes no processo histórico, se faz necessária, cujas expressões têm uma larga trajetória.

Como nos lembra o historiador José Miguel Arias Neto, as transformações pelas quais passaram várias cidades do Norte do Paraná foram tanto brutais, quanto vertiginosas, passado esse que, segundo o autor, as novas gerações desconhecem. (ARIAS: 1995, 69).

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Reconstruir o processo histórico que deu início à formação do município de Nova Fátima, bem como, as influencias culturais, sociais deixadas pelos imigrantes, é o nosso objetivo nesse projeto de pesquisa, atentando para o fato de que a história dessa região ainda está por fazer principalmente quando se leva em conta que apenas uma parte dela foi contada, até bem pouco tempo. Nelson Tomazi já nos chamava a atenção na década de 1990, quando afirmava que muitas pesquisas esqueceram e silenciaram o fato de que nessa região viveram muitos seres humanos, que tinham uma história, organização e saberes sociais que deveriam ser levados em conta. Para esse autor, uma boa parte da historiografia sobre o Norte do Paraná considerou que o início da história regional só se deu em meados do século XIX, quando chegaram aqueles que buscavam novas terras para o capital, ou seja, os “pioneiros” capitalistas (TOMAZI, 1995: 37). A história que tentamos fazer irá buscar resgatar a vida de outras pessoas, daquelas que não entraram para os anais da vida dos pioneiros, mas que fizeram parte igualmente da construção dessa região, em especial de Nova Fátima.

JUSTIFICATIVA

A discussão sobre a história e formação das populações num âmbito paranaense e brasileiro é muito valorizada. Contudo não sabemos qual a nossa própria origem, de onde vieram nossos antepassados, como foram formando-se as primeiras famílias, em especial do município de Nova Fátima.

Em menos de sessenta anos, nossa história já começa a desaparecer e precisamos repensar nossa história, reconstruindo os saberes de nossa população.

Portanto, a reflexão sobre a história das pequenas cidades, da memória contida nos restos que sobraram de seu passado é de suma importância. Como ressalta o historiador Gilmar Arruda, que a memória dessas pequenas cidades nos chegam até o nosso presente moderno, através das ruínas das pequenas cidades do interior, como as decadentes “estações de trens”, dos prédios vazios das antigas máquinas de café ou dos coretos nas pracinhas. (ARRUDA, 2000: 239).

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É necessário ressaltar e analisar a vinda de imigrantes para esta localidade, destacar as causas sociais e culturais que contribuíram para o crescimento do povoado que se tornaria Nova Fátima, considerar a necessidade das diversidades de cada grupo imigrante e o seu papel na estruturação da sociedade e organização do espaço geográfico.

Podemos em Nova Fátima, a data de 1920, todos esses povos vieram em busca de nova oportunidade na terra nova, com as mais variadas expectativas.

Embora a imigração tenha seu lado positivo, hoje muitos países procuram dificultá-la, desta forma tenta-se evitar um crescimento exagerado e desordenado da sua população.

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura de todos os lugares inclusive o fatimense que foi incorporando características de várias outras localidades, inclusive de outros países. E quando paramos para pensar percebemos que as influências trazidas pelos imigrantes começam a desaparecer.

Admite – se a prioridade da prática da entrevista e transcrição formal de relação das primeiras famílias imigrantes vindas para o município de Nova Fátima, procurando descobrir o caminho percorrido e o motivo da chegada até este município.

Para tanto, ocorrerá investigação junto ao cartório civil e de imóveis, de Nova Fátima e Congonhinhas (pois pertencíamos a esta comarca), bem como na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, para coleta de dados.

A ação se dará através de pesquisas a documentos oficiais já publicados sobre o município e entrevistas à comunidade local, bem como o resgate de possíveis documentos oficiais que fundamentem a pesquisa.

Reconhecemos que a vida que se leva no presente, tem origem no passado. E trata–se de um processo de pesquisa às origens para compreender sua natureza e função, resgatando nossos costumes que dão origem as novas culturas, poderão entender melhor o presente e organizar previsões futuras.

Nesse sentido, deve-se ressaltar que a questão da memória é de fundamental importância para essa pesquisa. A esse respeito consideramos que a contribuição de Pierre Nora e a sua definição de “lugares da memória” é primordial para a nossa análise, em especial quando pensamos as cidades como “lugares de lembrar”. Ou seja, elas são resultantes de investimentos simbólicos que lhes conferem sentidos e significados, para vários grupos sociais em diferentes momentos históricos. (NORA, 1993: 10).

(11)

OBJETIVO GERAL

Nosso objetivo principal consiste em reconstruir a origem e a formação da população fatimense, através da memória contida nos documentos oficiais e também nas entrevistas realizadas com moradores da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Nossos objetivos específicos consistem basicamente em:

- identificar quais fatores atraíram as primeiras famílias a esta localidade, especialmente aquelas que chegaram ao início da fundação da cidade, mas, que por diferenciados motivos não são consideradas “pioneiras”.

- verificar quais eram suas expectativas ao chegarem à nova terra e se essas foram atingidas.

- tentar identificar se essas pessoas têm idéia de por que não elas não foram eleitas “pioneiras” como outras famílias o foram.

FONTES

- Entrevista com pessoas das cidades ligadas às primeiras famílias que chegaram à Nova Fátima.

- Documentos do Fórum ou do Cartório como : registro de nascimento, certidão de casamento, registro de imóveis.

- Livro Tombo da Igreja Matriz “Nossa Senhora de Fátima”.

BIBLIOGRAFIA LEVANTADA

ALBERTI, Verena. História Oral: a experiência do CPDOC. RJ: Editora da FGV, 19990

ARIAS NETO, José Miguel. “Pioneirismo: discurso político e identidade regional” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995.

ARRUDA, Gilmar. Cidades e Sertões. Bauru: Edusc, 2000.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. SP: T. A . Queiroz, 1979. BURKE, Peter. “História como memória social” In: Variedades da História Cultural. RJ: Civilização Brasileira, 2000.

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NORA, Pierre. “Entre memória e História: a problemática dos lugares” In: Revista Projeto História. SP: Ed. PUC, n. 10, 1993.

IVANO, Rogério. “Sobre as fronteiras: o norte do Paraná nos anos da Primeira República” In: Revista Pós-História, n. 7, Assis: UNESP, 1999.

SILVA, Helenice R. “Rememoração/comemoração: as utilizações da memória” In: Revista Brasileira de História, v. 22, n. 44,

TOMAZI, Nelson Dacio. “Tempo, História e Cronologia” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995. Universidade Federal do Pr, 2002.

WACHOWICZ, Ruy. “Norte Pioneiro” In: História do Paraná: Norte Novo e Norte Novíssimo. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.

ARCHELA, Rosely Sampaio; GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas, Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: UEL, 1999.

LUNA, Maria Joana Del Padre, Recuperação do Mato Ross. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

PUCINELI, Clélia de Fátima, Evolução Histórica do Município de Nova Fátima. Cornélio Procópio: UNOPAR, 1998.

PUCINELI, Clélia de Fátima, A evolução no município de Nova Fátima/Pr e suas aplicações ao meio ambiente local. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Carlos, Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

CRONOGRAMA

- Janeiro a Julho de 2005: Curso com as professoras da UEL

- Agosto a Dezembro de 2005: Curso com os professores da FAFI e confecção do projeto.

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ESCOLA ESTADUAL PROF. DR . ALOYSIO B. TOSTES

PROJETO CONTAÇÃO DE HISTÓRIA DO NORTE DO PARANÁ.

UEL / FAFI / N.R.E. de CORNÉLIO PROCÓPIO

TÍTULO: A Formação da população de Nova Fátima – PR (1920-1960)

Professoras:

Ana Lúcia de Lima Xavier Clélia de Fátima Pucineli Edilene Rosa da Silva Souza Leila Francisco Xavier Ribeiro Leni Dalan Ferreira Maria Joana Del Padre Luna

Orientação: Maria de Fátima da Cunha

Nova Fátima - Pr 2005

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INTRODUÇÃO

Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida. O deslocamento de população entre regiões de um mesmo país ou entre países é chamado migração. Existem basicamente dois tipos: as internas, dentro de um mesmo país e as externas, saída de um país para outro. (SANTOS, 1986) apud (ARCHELA & GOMES,1999).

Ainda na perspectiva de Archela e Gomes, os motivos e as conseqüências dos processos migratórios são múltiplos.

Questionando o meio na necessidade de compreender “o significado dos contatos entre universos culturais distintos”, de saber como os elementos estão se relacionando uns com os outros é possível entender e pensar um passado e um espaço mais distante e ao mesmo tempo, obter indicação das tendências para o futuro.

Assim pode-se dizer que o meio em que cada um vive é a concretização das forças que regem o mundo atual. É a partir do meio que se pode perceber a obra dos homens no tempo e no espaço e também se perceber como sujeito. Ou seja, “a realidade do processo migratório gera muitos acontecimentos sociais” e o homem como agente transformador do meio, através do seu trabalho cria uma história, que articulada com seu desenvolvimento social e cultural é construída de geração em geração.

As pessoas das suas diferentes regionalidades possuem interesses heterogêneos, exercendo influencia nos povoados e futuras regiões urbanas. Que mais tarde pelo volume e importância das atividades econômicas e culturais transformam o espaço das gerações futuras.

Na década de1920 em Nova Fátima, a população rural era maior do que a população urbana, no entanto hoje a população urbana cresceu, e se tornou maior que à população rural. (GARRIDO,1995).

Esse processo atinge todos os níveis de cidade, provocando uma profunda transformação. Esta realidade tem sido motivo de preocupação, por isso a busca de nossas raízes no processo histórico, se faz necessária, cujas expressões têm uma larga trajetória.

Como nos lembra o historiador José Miguel Arias Neto, as transformações pelas quais passaram várias cidades do Norte do Paraná foram tanto brutais, quanto vertiginosas, passado esse que, segundo o autor, as novas gerações desconhecem. (ARIAS: 1995, 69).

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Reconstruir o processo histórico que deu início à formação do município de Nova Fátima, bem como, as influencias culturais, sociais deixadas pelos imigrantes, é o nosso objetivo nesse projeto de pesquisa, atentando para o fato de que a história dessa região ainda está por fazer principalmente quando se leva em conta que apenas uma parte dela foi contada, até bem pouco tempo. Nelson Tomazi já nos chamava a atenção na década de 1990, quando afirmava que muitas pesquisas esqueceram e silenciaram o fato de que nessa região viveram muitos seres humanos, que tinham uma história, organização e saberes sociais que deveriam ser levados em conta. Para esse autor, uma boa parte da historiografia sobre o Norte do Paraná considerou que o início da história regional só se deu em meados do século XIX, quando chegaram aqueles que buscavam novas terras para o capital, ou seja, os “pioneiros” capitalistas (TOMAZI, 1995: 37). A história que tentamos fazer irá buscar resgatar a vida de outras pessoas, daquelas que não entraram para os anais da vida dos pioneiros, mas que fizeram parte igualmente da construção dessa região, em especial de Nova Fátima.

JUSTIFICATIVA

A discussão sobre a história e formação das populações num âmbito paranaense e brasileiro é muito valorizada. Contudo não sabemos qual a nossa própria origem, de onde vieram nossos antepassados, como foram formando-se as primeiras famílias, em especial do município de Nova Fátima.

Em menos de sessenta anos, nossa história já começa a desaparecer e precisamos repensar nossa história, reconstruindo os saberes de nossa população.

Portanto, a reflexão sobre a história das pequenas cidades, da memória contida nos restos que sobraram de seu passado é de suma importância. Como ressalta o historiador Gilmar Arruda, que a memória dessas pequenas cidades nos chegam até o nosso presente moderno, através das ruínas das pequenas cidades do interior, como as decadentes “estações de trens”, dos prédios vazios das antigas máquinas de café ou dos coretos nas pracinhas. (ARRUDA, 2000: 239).

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É necessário ressaltar e analisar a vinda de imigrantes para esta localidade, destacar as causas sociais e culturais que contribuíram para o crescimento do povoado que se tornaria Nova Fátima, considerar a necessidade das diversidades de cada grupo imigrante e o seu papel na estruturação da sociedade e organização do espaço geográfico.

Podemos em Nova Fátima, a data de 1920, todos esses povos vieram em busca de nova oportunidade na terra nova, com as mais variadas expectativas.

Embora a imigração tenha seu lado positivo, hoje muitos países procuram dificultá-la, desta forma tenta-se evitar um crescimento exagerado e desordenado da sua população.

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura de todos os lugares inclusive o fatimense que foi incorporando características de várias outras localidades, inclusive de outros países. E quando paramos para pensar percebemos que as influências trazidas pelos imigrantes começam a desaparecer.

Admite – se a prioridade da prática da entrevista e transcrição formal de relação das primeiras famílias imigrantes vindas para o município de Nova Fátima, procurando descobrir o caminho percorrido e o motivo da chegada até este município.

Para tanto, ocorrerá investigação junto ao cartório civil e de imóveis, de Nova Fátima e Congonhinhas (pois pertencíamos a esta comarca), bem como na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, para coleta de dados.

A ação se dará através de pesquisas a documentos oficiais já publicados sobre o município e entrevistas à comunidade local, bem como o resgate de possíveis documentos oficiais que fundamentem a pesquisa.

Reconhecemos que a vida que se leva no presente, tem origem no passado. E trata–se de um processo de pesquisa às origens para compreender sua natureza e função, resgatando nossos costumes que dão origem as novas culturas, poderão entender melhor o presente e organizar previsões futuras.

Nesse sentido, deve-se ressaltar que a questão da memória é de fundamental importância para essa pesquisa. A esse respeito consideramos que a contribuição de Pierre Nora e a sua definição de “lugares da memória” é primordial para a nossa análise, em especial quando pensamos as cidades como “lugares de lembrar”. Ou seja, elas são resultantes de investimentos simbólicos que lhes conferem sentidos e significados, para vários grupos sociais em diferentes momentos históricos. (NORA, 1993: 10).

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OBJETIVO GERAL

Nosso objetivo principal consiste em reconstruir a origem e a formação da população fatimense, através da memória contida nos documentos oficiais e também nas entrevistas realizadas com moradores da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Nossos objetivos específicos consistem basicamente em:

- identificar quais fatores atraíram as primeiras famílias a esta localidade, especialmente aquelas que chegaram ao início da fundação da cidade, mas, que por diferenciados motivos não são consideradas “pioneiras”.

- verificar quais eram suas expectativas ao chegarem à nova terra e se essas foram atingidas.

- tentar identificar se essas pessoas têm idéia de por que não elas não foram eleitas “pioneiras” como outras famílias o foram.

FONTES

- Entrevista com pessoas das cidades ligadas às primeiras famílias que chegaram à Nova Fátima.

- Documentos do Fórum ou do Cartório como : registro de nascimento, certidão de casamento, registro de imóveis.

- Livro Tombo da Igreja Matriz “Nossa Senhora de Fátima”.

BIBLIOGRAFIA LEVANTADA

ALBERTI, Verena. História Oral: a experiência do CPDOC. RJ: Editora da FGV, 19990

ARIAS NETO, José Miguel. “Pioneirismo: discurso político e identidade regional” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995.

ARRUDA, Gilmar. Cidades e Sertões. Bauru: Edusc, 2000.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. SP: T. A . Queiroz, 1979. BURKE, Peter. “História como memória social” In: Variedades da História Cultural. RJ: Civilização Brasileira, 2000.

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NORA, Pierre. “Entre memória e História: a problemática dos lugares” In: Revista Projeto História. SP: Ed. PUC, n. 10, 1993.

IVANO, Rogério. “Sobre as fronteiras: o norte do Paraná nos anos da Primeira República” In: Revista Pós-História, n. 7, Assis: UNESP, 1999.

SILVA, Helenice R. “Rememoração/comemoração: as utilizações da memória” In: Revista Brasileira de História, v. 22, n. 44,

TOMAZI, Nelson Dacio. “Tempo, História e Cronologia” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995. Universidade Federal do Pr, 2002.

WACHOWICZ, Ruy. “Norte Pioneiro” In: História do Paraná: Norte Novo e Norte Novíssimo. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.

ARCHELA, Rosely Sampaio; GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas, Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: UEL, 1999.

LUNA, Maria Joana Del Padre, Recuperação do Mato Ross. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

PUCINELI, Clélia de Fátima, Evolução Histórica do Município de Nova Fátima. Cornélio Procópio: UNOPAR, 1998.

PUCINELI, Clélia de Fátima, A evolução no município de Nova Fátima/Pr e suas aplicações ao meio ambiente local. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Carlos, Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

CRONOGRAMA

- Janeiro a Julho de 2005: Curso com as professoras da UEL

- Agosto a Dezembro de 2005: Curso com os professores da FAFI e confecção do projeto.

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ESCOLA ESTADUAL PROF. DR . ALOYSIO B. TOSTES

PROJETO CONTAÇÃO DE HISTÓRIA DO NORTE DO PARANÁ.

UEL / FAFI / N.R.E. de CORNÉLIO PROCÓPIO

TÍTULO: A Formação da população de Nova Fátima – PR (1920-1960)

Professoras:

Ana Lúcia de Lima Xavier Clélia de Fátima Pucineli Edilene Rosa da Silva Souza Leila Francisco Xavier Ribeiro Leni Dalan Ferreira Maria Joana Del Padre Luna

Orientação: Maria de Fátima da Cunha

Nova Fátima - Pr 2005

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INTRODUÇÃO

Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida. O deslocamento de população entre regiões de um mesmo país ou entre países é chamado migração. Existem basicamente dois tipos: as internas, dentro de um mesmo país e as externas, saída de um país para outro. (SANTOS, 1986) apud (ARCHELA & GOMES,1999).

Ainda na perspectiva de Archela e Gomes, os motivos e as conseqüências dos processos migratórios são múltiplos.

Questionando o meio na necessidade de compreender “o significado dos contatos entre universos culturais distintos”, de saber como os elementos estão se relacionando uns com os outros é possível entender e pensar um passado e um espaço mais distante e ao mesmo tempo, obter indicação das tendências para o futuro.

Assim pode-se dizer que o meio em que cada um vive é a concretização das forças que regem o mundo atual. É a partir do meio que se pode perceber a obra dos homens no tempo e no espaço e também se perceber como sujeito. Ou seja, “a realidade do processo migratório gera muitos acontecimentos sociais” e o homem como agente transformador do meio, através do seu trabalho cria uma história, que articulada com seu desenvolvimento social e cultural é construída de geração em geração.

As pessoas das suas diferentes regionalidades possuem interesses heterogêneos, exercendo influencia nos povoados e futuras regiões urbanas. Que mais tarde pelo volume e importância das atividades econômicas e culturais transformam o espaço das gerações futuras.

Na década de1920 em Nova Fátima, a população rural era maior do que a população urbana, no entanto hoje a população urbana cresceu, e se tornou maior que à população rural. (GARRIDO,1995).

Esse processo atinge todos os níveis de cidade, provocando uma profunda transformação. Esta realidade tem sido motivo de preocupação, por isso a busca de nossas raízes no processo histórico, se faz necessária, cujas expressões têm uma larga trajetória.

Como nos lembra o historiador José Miguel Arias Neto, as transformações pelas quais passaram várias cidades do Norte do Paraná foram tanto brutais, quanto vertiginosas, passado esse que, segundo o autor, as novas gerações desconhecem. (ARIAS: 1995, 69).

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Reconstruir o processo histórico que deu início à formação do município de Nova Fátima, bem como, as influencias culturais, sociais deixadas pelos imigrantes, é o nosso objetivo nesse projeto de pesquisa, atentando para o fato de que a história dessa região ainda está por fazer principalmente quando se leva em conta que apenas uma parte dela foi contada, até bem pouco tempo. Nelson Tomazi já nos chamava a atenção na década de 1990, quando afirmava que muitas pesquisas esqueceram e silenciaram o fato de que nessa região viveram muitos seres humanos, que tinham uma história, organização e saberes sociais que deveriam ser levados em conta. Para esse autor, uma boa parte da historiografia sobre o Norte do Paraná considerou que o início da história regional só se deu em meados do século XIX, quando chegaram aqueles que buscavam novas terras para o capital, ou seja, os “pioneiros” capitalistas (TOMAZI, 1995: 37). A história que tentamos fazer irá buscar resgatar a vida de outras pessoas, daquelas que não entraram para os anais da vida dos pioneiros, mas que fizeram parte igualmente da construção dessa região, em especial de Nova Fátima.

JUSTIFICATIVA

A discussão sobre a história e formação das populações num âmbito paranaense e brasileiro é muito valorizada. Contudo não sabemos qual a nossa própria origem, de onde vieram nossos antepassados, como foram formando-se as primeiras famílias, em especial do município de Nova Fátima.

Em menos de sessenta anos, nossa história já começa a desaparecer e precisamos repensar nossa história, reconstruindo os saberes de nossa população.

Portanto, a reflexão sobre a história das pequenas cidades, da memória contida nos restos que sobraram de seu passado é de suma importância. Como ressalta o historiador Gilmar Arruda, que a memória dessas pequenas cidades nos chegam até o nosso presente moderno, através das ruínas das pequenas cidades do interior, como as decadentes “estações de trens”, dos prédios vazios das antigas máquinas de café ou dos coretos nas pracinhas. (ARRUDA, 2000: 239).

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É necessário ressaltar e analisar a vinda de imigrantes para esta localidade, destacar as causas sociais e culturais que contribuíram para o crescimento do povoado que se tornaria Nova Fátima, considerar a necessidade das diversidades de cada grupo imigrante e o seu papel na estruturação da sociedade e organização do espaço geográfico.

Podemos em Nova Fátima, a data de 1920, todos esses povos vieram em busca de nova oportunidade na terra nova, com as mais variadas expectativas.

Embora a imigração tenha seu lado positivo, hoje muitos países procuram dificultá-la, desta forma tenta-se evitar um crescimento exagerado e desordenado da sua população.

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura de todos os lugares inclusive o fatimense que foi incorporando características de várias outras localidades, inclusive de outros países. E quando paramos para pensar percebemos que as influências trazidas pelos imigrantes começam a desaparecer.

Admite – se a prioridade da prática da entrevista e transcrição formal de relação das primeiras famílias imigrantes vindas para o município de Nova Fátima, procurando descobrir o caminho percorrido e o motivo da chegada até este município.

Para tanto, ocorrerá investigação junto ao cartório civil e de imóveis, de Nova Fátima e Congonhinhas (pois pertencíamos a esta comarca), bem como na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, para coleta de dados.

A ação se dará através de pesquisas a documentos oficiais já publicados sobre o município e entrevistas à comunidade local, bem como o resgate de possíveis documentos oficiais que fundamentem a pesquisa.

Reconhecemos que a vida que se leva no presente, tem origem no passado. E trata–se de um processo de pesquisa às origens para compreender sua natureza e função, resgatando nossos costumes que dão origem as novas culturas, poderão entender melhor o presente e organizar previsões futuras.

Nesse sentido, deve-se ressaltar que a questão da memória é de fundamental importância para essa pesquisa. A esse respeito consideramos que a contribuição de Pierre Nora e a sua definição de “lugares da memória” é primordial para a nossa análise, em especial quando pensamos as cidades como “lugares de lembrar”. Ou seja, elas são resultantes de investimentos simbólicos que lhes conferem sentidos e significados, para vários grupos sociais em diferentes momentos históricos. (NORA, 1993: 10).

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OBJETIVO GERAL

Nosso objetivo principal consiste em reconstruir a origem e a formação da população fatimense, através da memória contida nos documentos oficiais e também nas entrevistas realizadas com moradores da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Nossos objetivos específicos consistem basicamente em:

- identificar quais fatores atraíram as primeiras famílias a esta localidade, especialmente aquelas que chegaram ao início da fundação da cidade, mas, que por diferenciados motivos não são consideradas “pioneiras”.

- verificar quais eram suas expectativas ao chegarem à nova terra e se essas foram atingidas.

- tentar identificar se essas pessoas têm idéia de por que não elas não foram eleitas “pioneiras” como outras famílias o foram.

FONTES

- Entrevista com pessoas das cidades ligadas às primeiras famílias que chegaram à Nova Fátima.

- Documentos do Fórum ou do Cartório como : registro de nascimento, certidão de casamento, registro de imóveis.

- Livro Tombo da Igreja Matriz “Nossa Senhora de Fátima”.

BIBLIOGRAFIA LEVANTADA

ALBERTI, Verena. História Oral: a experiência do CPDOC. RJ: Editora da FGV, 19990

ARIAS NETO, José Miguel. “Pioneirismo: discurso político e identidade regional” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995.

ARRUDA, Gilmar. Cidades e Sertões. Bauru: Edusc, 2000.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. SP: T. A . Queiroz, 1979. BURKE, Peter. “História como memória social” In: Variedades da História Cultural. RJ: Civilização Brasileira, 2000.

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NORA, Pierre. “Entre memória e História: a problemática dos lugares” In: Revista Projeto História. SP: Ed. PUC, n. 10, 1993.

IVANO, Rogério. “Sobre as fronteiras: o norte do Paraná nos anos da Primeira República” In: Revista Pós-História, n. 7, Assis: UNESP, 1999.

SILVA, Helenice R. “Rememoração/comemoração: as utilizações da memória” In: Revista Brasileira de História, v. 22, n. 44,

TOMAZI, Nelson Dacio. “Tempo, História e Cronologia” In: Revista História & Ensino, n. 1, Londrina: EDUEL, 1995. Universidade Federal do Pr, 2002.

WACHOWICZ, Ruy. “Norte Pioneiro” In: História do Paraná: Norte Novo e Norte Novíssimo. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.

ARCHELA, Rosely Sampaio; GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas, Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: UEL, 1999.

LUNA, Maria Joana Del Padre, Recuperação do Mato Ross. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

PUCINELI, Clélia de Fátima, Evolução Histórica do Município de Nova Fátima. Cornélio Procópio: UNOPAR, 1998.

PUCINELI, Clélia de Fátima, A evolução no município de Nova Fátima/Pr e suas aplicações ao meio ambiente local. Cornélio Procópio: FAFICOP, 2001.

SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Carlos, Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

CRONOGRAMA

- Janeiro a Julho de 2005: Curso com as professoras da UEL

- Agosto a Dezembro de 2005: Curso com os professores da FAFI e confecção do projeto.

Referências

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