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Uma igreja comprometida com Jesus

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Academic year: 2021

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Uma igreja comprometida com Jesus

Texto Bíblico: Filipenses 1.6: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. Na mensagem inicial, vimos que a primeira razão para nos comprometermos com Jesus é que Ele nos ama e se entregou por nós.

Depois, aprendemos que uma segunda razão para que vivamos de forma comprometida com o Mestre é que Ele nos compreende e nos ama como somos, ou seja, Ele não apenas nos ama, mas, não nos fez nenhuma exigência para demonstrar esse amor.

Na terceira mensagem vimos que outra razão para vivermos de forma comprometida com Jesus é que Ele supre as nossas necessidades.

Encerrando essa série, veremos agora que Jesus nos aperfeiçoa, e isto também é razão suficiente para nos comprometermos com Ele.

Na maioria dos relacionamentos, as pessoas fazem questão de mostrar as nossas falhas e, até, gostam que elas – as falhas – sejam conhecidas de todos. Com Jesus isto não ocorre, pois as falhas existentes em nós são trabalhadas por Ele, de forma que não mais prevaleçam em nossas vidas.

O texto que lemos é uma afirmação feita pelo apóstolo Paulo, quando escreveu a carta aos cristãos da igreja de Filipos – uma igreja que havia sido fundada por Paulo por ocasião da segunda viagem missionária dele.

Recapitulando o que vimos na mensagem passada, quando Paulo escreveu essa carta, estava preso em Roma. A igreja de Filipos sempre teve uma relação de cordialidade e intimidade com Paulo e, depois que soube que ele estava preso, mandou uma oferta em dinheiro para o apóstolo.

Por tal razão, o Apóstolo enviou a carta, agradecendo pela oferta. Antes de agradecer, porém, fez uma análise do comportamento dos filipenses, mostrando (no versículo 5), que eles eram cooperadores do Evangelho desde o início, isto é, eram pessoas que viviam para o Evangelho; viviam (e não apenas pregavam) os ensinamentos do Evangelho. Depois de afirmar que Deus haveria de aperfeiçoá-los, Paulo concluiu (no versículo 7) que era justo pensar isto dos filipenses, pois eles eram participantes da graça com o próprio apóstolo. Ou seja, eram pessoas que, assim como Paulo, não mereciam as benesses de Deus. No entanto, assim

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como Paulo, elas foram agraciadas com a misericórdia de Deus e, por causa disto, estavam sendo aperfeiçoadas.

Sempre a graça! Há! Essa “última palavra perfeita” (como diz Phillip Yancey), que transforma e aperfeiçoa pessoas. É ela a razão da nossa transformação.

O apóstolo Paulo tinha autoridade para dizer isto porque era o exemplo do aperfeiçoamento de Deus. Antes, um homem cruel (que respirava “ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” – Atos 9.1) e agressivo (podemos citar, como exemplo, o episódio em que ele discutiu com Barnabé acerca de João Marcos – Atos 15.39 –, ou quando ele, diante do sumo sacerdote Ananias, chamou este de parede branqueada – Atos 23.3), estava se transformando, mesmo na prisão, num homem amável, manso e humilde (talvez o episódio mais conhecido dessa amabilidade e humildade esteja registrado na 2ª carta escrita a Timóteo, 4.11, quando ele escreveu a Timóteo pedindo que lhe trouxesse Marcos (aquele que ele se recusou a levar consigo em Atos 15.39).

Esse Paulo – que estava sendo aperfeiçoado – era o mesmo que dizia para os filipenses que Deus os estava, também, aperfeiçoando. Tratava-se de experiência própria, e não, de meras conjecturas.

No entanto, esse curso de aperfeiçoamento tem sua metodologia própria e lógica. Não se trata de uma transformação automática, ou fruto de experiências laboratoriais que, após testadas, são disseminadas a todos indistintamente. Não! É preciso passar pelos bancos da escola do aperfeiçoamento de Deus, para, em seguida, ser aprovado, como diria o Pr. Augustus Nicodemus, com louvor.

A grade curricular desse aperfeiçoamento é formada, basicamente, por três disciplinas. São elas:

1) O tempo – O tempo é usado por Deus para que aprendamos a esperar e, durante a espera, possamos crescer. Em Eclesiastes 3.1, consta a seguinte sentença:

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.

Observe que o texto é enfático ao afirmar que há uma determinação de tempo, ou seja, um tempo estabelecido para que ocorram as realizações. Não adianta querer antecipar os fatod, pois elas só ocorrerão no devido tempo. Se não houver subsunção ao tempo de Deus, haverá consequências negativas, pois enquanto o tempo de Deus traz bênçãos, o tempo do homem traz prejuízos.

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Um exemplo dessas consequências negativas pode ser aprendido com o Rei Saul. No capítulo 13 do 1º livro de Samuel, consta que os filisteus – povo inimigo de Israel – reuniram-se para pelejar contra o povo de Deus. Segundo o relato do versículo 5, os filisteus estavam aparelhados com trinta mil carros de guerra, seis mil cavaleiros e povo em multidão como a areia que está à beira-mar.

Consta, ainda, que ao ver esse povo marchando contra ele, o rei Saul esperou sete dias por Samuel – o sacerdote que estava encarregado de oferecer holocaustos a Deus e declarar as estratégias da batalha (1º Samuel 10.8). No entanto, ao sétimo dia, não chegando Samuel, Saul resolveu oferecer, ele próprio, holocaustos ao Senhor e, por isto, foi rejeitado por Deus e destituído do reino. Não soube esperar o tempo de Deus. Agiu no seu próprio tempo e, por isto, colheu as consequências negativas.

Em contrapartida, antes de Saul há a história de um homem que soube esperar o tempo de Deus. No livro de Josué (14.6-14), há a narrativa de como Calebe recebeu a terra que Deus o havia prometido. Deus havia prometido a Calebe uma herança, quando este tinha a idade de quarenta anos. No entanto, ele só veio receber a herança (a terra de Hebron), quarenta e cinco anos depois. Durante todo esse tempo ele teve que guerrear com Josué e conquistar aquilo que havia sido prometido ao povo. Durante esse tempo, Calebe foi aperfeiçoado e, quando recebeu a terra prometida, estava mais experiente e com a mesma energia de antes (versículo 11) para poder desfrutar da herança.

O tempo é um aliado nosso! Deus o usa para que sejamos aperfeiçoados. Observem que o Apóstolo Paulo diz que aquele que começou a boa obra há de completá-la. Entretanto, nada fica completo antes do tempo. Todo crescimento tem uma lógica. Nenhuma criança nasce e, logo em seguida, torna-se adolescente. Há uma sequência natural a ser seguida, que redunda num crescimento saudável.

E isto leva-nos à segunda “cadeira” deste curso de aperfeiçoamento:

2) As provações – A segunda disciplina dessa grade curricular é a provação. Na carta de Tiago consta a seguinte orientação:

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes – Tiago 1.2-4

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As provações, amados, são estágios importantes do nosso CFC – Curso de Formação de Cristãos. Tiago escreveu essa carta para os cristãos que estavam passando por inúmeras dificuldades. E ao escrevê-la, ele ensina que a perseverança deve ter ação completa. Isto nos rememte ao ponto anterior: devemos dar tempo ao tempo. As provações nos levam à perseverança e, para que sejamos perseverantes, consequentemente, devemos buscar a dependência de Deus.

O Apóstolo Paulo, quando escreveu a carta aos filipenses, fez questão de constar uma assertiva que reflete a maturidade cristã a que ele havia chegado. Disse ele:

... aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. – Filipenses 4.11-13

Por que Paulo disse isto? Porque durante sua vida ministerial ele enfrentou situações antagônicas: em um momento estava pregando a Palavra de Deus; em outro, por causa desta mesma Palavra, estava preso. Em alguns momentos, passou por situações de fartura; em outros, por grandes privações. Mas em todas elas, recorreu ao Senhor e, por causa disto, aprendeu que Deus age em toda e qualquer situação.

Quando ele diz que aprendeu a viver “contente”, ele está dizendo, literalmente, que aprendeu a viver de forma “auto-suficiente”. Isto não quer dizer que ele independia de Deus, ou, que confiava nele mesmo (em Paulo), mas que, havia aprendido a viver independentemente das circunstâncias externas. O que ele disse foi que a escassez de bens materiais ou a abundância destes, ou ainda, as condições desfavoráveis ou favoráveis ao seu ministério, não significam desaprovação ou aprovação de Deus, mas permissão Deste para a maturidade cristã.

São as provações que nos aprimoram; nos tornam mais humanos; nos tornam menos orgulhosos; nos fazem mais dependentes de Deus.

Quando você estiver passando por provações, não queira saber os porquês, mas, procure aprender com elas. Procure tirar lições que lhe permitam tornar-se um (a) cristão(ã) autêntico, que depende de Deus em todas as circunstâncias.

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3) Cumprimento das promessas – No livro de Josué (21.45) consta que:

“nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel. Tudo se cumpriu”.

A partir do capítulo 12 do livro de Gênesis, Deus chamou Abraão e prometeu a este uma terra fértil. Abraão deixou sua terra natal e migrou para a terra prometida. No curso da viagem passou por várias situações (boas e ruins): enfrentou guerras, viu nascer seu filho prometido e morreu próspero.

Vieram os netos, entre eles, Israel, que se apaixonou por uma mulher e teve que trabalhar 14 anos para poder conquistar o direito de ser seu esposo; teve doze filhos, teve encontro com Deus, e, apesar de muito rico, teve que migrar para o Egito, por causa de uma fome que assolou a terra em que vivia. Morreu por lá e sua família cresceu e se tornou uma nação.

Tal povo viveu 400 anos no Egito, sofrendo nas mãos do Faraó e, após a saída do Egito, rumo à terra que Deus havia prometido a Abraão, vagou 40 anos pelo deserto, passando por situações complicadas e experimentando as provisões de Deus. Ao chegar, finalmente na terra, teve que enfrentar batalhas e mais batalhas para conquistá-la. Após a conquista, a terra foi repartida entre os herdeiros e, concluída a partilha, Josué afirmou o que acabamos de ler: “tudo se cumpriu!”. Este relato serve para nos mostrar o objetivo do curso de aperfeiçoamento do Senhor: cumprir em nossas vidas as promessas que tem para nós. Ele cumpre tudo aquilo que nos prometeu.

Entretanto, Ele sabe que nós não temos condições psicológicas e espirituais de desfrutar de tais promessas, sem que, antes, sejamos preparados para isto. Por isto que existem as provações!

Por isto que existe o tempo!

Porque Ele nos ama é que Ele nos aperfeiçoa. E esta é a razão para vivermos comprometidos com Jesus.

Quando você estiver passando por provações, ao invés de reclamar ou buscar entender todos os porquês, comprometa-se ainda mais por Jesus e tenha a certeza de que esse período difícil é uma preparação, ministrada por Deus, para que você alcance os propósitos Dele.

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Quando a resposta estiver demorando, viva ainda mais comprometido(a) com o Senhor sabendo que Ele está lhe dando um tempo para seu próprio crescimento; está lhe aperfeiçoando e lhe concedendo a oportunidade de apreciar como Ele lhe ama.

Viva de forma comprometida com o Senhor, sabendo que “aquele que começou boa obra em você há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”.

Referências

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