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COMENTAMOS DECADÊNCIA DO SFH

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COMENTAMOS

A

DECADÊNCIA DO SFH

Encontrado na Dissertação de Mestrado :

“A Concessão de Subsídios por meio do Sistema Financeiro da Habitação – SFH “

É SÓ UM RESUMO

Ver, neste site, este RESUMO na TRILHA: Descasamento – SFH / A Decadência do SFH /

Dissertação de Mestrado-Thais Porto Ferreira- PUC-Rio 2004

Mas é encontrado na internet o Capítulo 4 – A Decadência do SFH Entretanto, não foi encontrado o :

Capítulo 5 – Os Subsídios Implicitamente Concedidos: Um Estrago de Grandes Proporções 5.1 – Motivação : O ROMBO DO FCVS

5.2 – Exercícios de Simulação

Pedro Schubert Rio, 07 de maio de 2020

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* Administrador, Autor, Professor FGV-Rio, Perito Judicial TJ-RJ e Varas Federais, Contador.

Membro da Comissão Especial de Perícia Judicial, Extrajudicial e Administração Judicial – CEPAJ – do Conselho Federal de Administração – CFA

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I - INTRODUÇÃO

Há um princípio na Economia que aprendi nos corredores da Universidade ao ouvir comentários de estudantes da Faculdade de Economia :

“Moeda fraca expulsa a moeda forte.”

O Sistema Financeiro de Habitação - SFH - foi bem assentado, na sua instituição, pela Lei 4.380 de 02.08.1964 que criou a correção monetária das prestações e dos saldos devedores pelo índice de inflação.

A inflação, para ser controlada, precisa da administração das contas públicas – não gerar saldos de caixa negativo – o déficit fiscal – e de políticas firmes do salário, do cambio e da renda (juros) em mercado livremente competitivo. Infelizmente, o elo mais fraco é o salário.

E então, por receber “benefícios” em 1984/85 por não aumentar os valores das prestações, decidido pelo Governo da União, o mutuário é o “culpado” pela DECADÊNCIA do SHF.

A inflação “sempre violenta”, a partir de 1980 e só debelada em 1994.

As “moedas fortes movimentadas” entre 1967 e até 1994 eram sistematicamente expulsas, neste período, pela INFLAÇÃO. O problema do SFH foi a “fuga de capital” amplamente apontada pelos especialistas – Ver neste site na TRILHA ; O DESCASAMENTO – SFH /

ABECIP – SFI – 1992 a 2000/2001.

Aliado a este fato, ao total desconhecimento da matemática financeira pela Direção do BNH, ao permitir culpar o DESCASAMENTO pela geração dos Saldos Devedores Impagáveis no FCVS.

O DESCASAMENTO somente pode gerar Saldos Residuais Devedores ou

Credores. Com a presença do FATOR CES, por certo, gera Saldo Residuais Credores. NUNCA AMORTIZAÇÃO NEGATIVA.

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II - UMA NOTA

Os comentários encontrados, a seguir, do item 4 -. A DECADENCIA DO SFH – foram emitidos antes de ser encontrado na internet – pela busca : PUC – DIGITAL – este Resumo desta DISSERTAÇÃO que está aqui incluído, no seu original, conforme indicado:

Obs: Esta Dissertação está neste site na trilha: DESCASAMENTO – SFH/ A DECADÊNCIA DO SFH / DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE THAIS PORTO FERREIRA.

O nosso objetivo não é confrontar textos; o nosso objetivo é analisar os fatos que levaram à “bancarrota”, uma política habitacional que foi um dos projetos muito bem fundamentado que, 22 anos depois de sua criação, foi extinto pelo Governo Sarney, em novembro/1986, noticiado nos jornais, por corrupção.

Assim, destaco do RESUMO desta DISSERTAÇÃO :

1 - “. . . e nas benesses concedidas, de forma indiscriminada, aos mutuários.”

2 - “Por meio de estudos de casos, identificam-se os principais fatores responsáveis por essa concessão de subsídios, os quais podem ser classificados em TRÊS GRUPOS:

• Falhas intrínsecas aos planos de financiamentos

• Renegociações contratuais oferecidas pelo governo entre 1983 e 1985

e

• Planos de estabilização econômica implementados na segunda metade da

década de 80 (Plano Cruzado – 1986, Plano Bresser – 1987 e Plano Verão 1989) e na primeira metade da década de 90 (Plano Collor I – 1990 e Plano Collor II - 1991).”

O resumo destacado, a seguir, desta DISSERTAÇÃO, refere-se ao destaque do 2º

grupo:

- Renegociações contratuais oferecidas pelo Governo entre 1983 e 1985. “Apresenta-se a análise da contribuição individual de cada fator, bem como seu efeito conjunto, o que permite concluir que os mutuários do SFH

receberam enorme subsídios que resultaram no esgotamento das fontes de financiamentos...”

Obs: Leia-se Fuga de Capitais

“... as benesses concedidas de forma generalizada tiveram um efeito perverso...”

“Os detentores de dívidas mais elevadas e, portanto, em média, possuidores de maior renda, receberam subsídios mais elevados.”

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Comentamos: De 1964 a 1994 a inflação foi controlada pelo dito “arrocho salarial”. E destaco o Decreto Lei de 1983: só repassou para o salário 80% da inflação. E os economistas sabem o que é isto: o controle da inflação é multifacetado e começa pelo superávit de caixa” dos governos, o que se convencionou chamar de superávit fiscal ; depois o cambio, o salário, a renda (juros).

Vejam o que fizeram com a Lei de Responsabilidade fiscal, editada em 2000. Estes três grupos, para os seus esclarecimentos técnicos exigem contribuições de especialistas. Mas faço uma observação e relacionada ao 1º grupo:

• Falhas intrínsecas aos planos de financiamento

A lei 4.380 foi certeira: definiu que seria o Sistema Francês de Amortização. Lamentavelmente aqui no Brasil e na Direção do BNH, este Sistema Francês de Amortização não foi bem recebido ou melhor, não é conhecido. O Sistema Francês de Amortização exige o Plano de Amortização durante a sua AÇÃO DE COBRANÇA .

Como a lei 4.380/64 incorporou a correção monetária, neste Plano de Amortização tem que ser acrescentadas colunas para:

• atualizar monetariamente as prestações por um índice – no caso foi baseado no índice dos salários – o que foi correto

• atualizar monetariamente o Saldo Devedor por outro índice - no caso foi o de índice da inflação – o que foi correto

E DE MODO INDEPENDENTE

Havendo desbalanceamento entre estes dois índices, por diferenças de índices e pela periodicidade, surge o SALDO RESIDUAL – CREDOR OU DEVEDOR.

Especialistas denominaram o desbalanceamento, entre dois índices, de

DESCASAMENTO. Nada há a opor. Mas este DESCASAMENTO somente gera Saldos

Devedores Residuais – Jamais gera Amortização Negativa.

Como o salário “era travado” gerou o Saldo Residual Devedor que a Direção do BNH, em boa hora, em 1967, criou o FCVS, “construído” com as contribuições do mutuário e do agente financeiro, por sinal, bem desenvolvido.

Com os contratos sendo financiados com prazos de 10, 15 anos este Saldo Devedor Residual apareceu a partir de 1975.

E os financiamentos concedidos a partir de 1975 terminaram no “meio do furacão” – 1985 a 1994.

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E os agentes financeiros, para os contratos com a opção do FCVS, apresentaram

os seus SALDOS DEVEDORES IMPAGÁVEIS a partir de 1987 que totalizaram, em

Dezembro / 2015, R$ 144,8 bilhões.

E, para os contratos sem a opção de FCVS, levas de mutuários, podendo ser de 1

a 3,0 milhões de contratos, recorreram a JUSTIÇA, alegando Juro Composto na Tabela Price, no que resultou no REsp 951.894-DF de 06.02.2019 do STJ.

Com erros graves praticados por agentes financeiros na AÇÃO DE COBRANÇA, este Descasamento gerou AMORTIZAÇÃO NEGATIVA INEXISTENTE e que foi defendida

em DISSERTAÇÕES como a “fonte geradora” destes SALDOS DEVEDORES

IMPAGÁVEIS, justificando que, nestes contratos com a cláusula do FCVS, agentes

financeiros geraram um débito que foi absorvido pelo TESOURO NACIONAL.

Aqui a Sociedade está pagando: este DÉBITO; em dezembro / 2015, o Tesouro Nacional, registrou R$ 244,8 bilhões.

Nesta DISSERTAÇÃO, o FCVS está dissecado no item 5.1 MOTIVAÇÃO: O Rombo do FCVS.

Este FCVS merece uma TESE e as fontes geradoras destes Saldos Devedores Impagáveis estão “escondidas” no 3º Grupo:

Planos de estabilização econômica implementados na segunda metade da década de 80 – Plano Cruzado, Bresser e Verão e na 1ª metade da década de 90 – Plano Collor I e II – e, por fim, o Plano Real – Julho/1994 que os peritos judiciais precisam enfrenta-los.

Para os mutuários que não optaram pelo FCVS, parte deles recorreram a Justiça, em todo Brasil, com o contraditório do Juro Composto na Tabela Price que NÃO EXISTE.

Os peritos judiciais não deslindaram o contraditório e, em todo o Brasil, os mutuários do SFH judicializaram e resultou no REsp 1.124.552-RS de 03.12.2014 – STJ – que, em resumo, o I. Relator Luis Felipe Salomão expõe:

Do VOTO do I. Relator do REsp. Ministro Luis Felipe Salomão nº 1.124.552-RS de 03.12.2014 no STJ que incluímos neste item, destacamos o último parágrafo do seu voto :

“ dou-lhe provimento para anular a sentença e o acórdão, determinando a realização de prova técnica para aferir-se, concretamente, se há ou não capitalização de juros ( anatocismo, juros compostos, juro sobre juros, juros exponenciais ou não lineares ) ou amortização negativa ”

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O seu VOTO ainda afirma :

“ Nesta seara de incertezas, cabe ao Judiciário conferir a solução ao caso concreto, mas não lhe cabe imiscuir-se em terreno movediço nos quais os próprios experts tropeçam ”. “ As contradições, os estudos técnicos dissonantes e as diversas teorizações só demonstram o que já se afirmou no precedente paradigma de minha relatoria que, em matéria de Tabela Price, nem sequer os matemáticos chagam a um consenso ”. “ Os juízes não têm conhecimentos técnicos para escolher entre uma teoria matemática e

outra, uma vez que não há perfeito consenso neste campo. Não há como saber sequer a idoneidade de cada trabalho publicado nesta área ”.

e, como resultado, a Turma Especial do Superior Tribunal de Justiça – STJ com a posição: “Não cabe ao STJ afirmar a legitimidade da utilização da Tabela Price que, pelo REsp 951.884-DF, de 06.02.2019 DECIDIU devolver os processos para o 1º Grau para a realização de novos Laudos Periciais.

Nestes milhares, talvez milhões de contratos, por certo, estarão presentes estes Saldos Devedores Impagáveis que também NÃO EXISTEM.

A seguir, UM RESUMO da DISSERTAÇÃO DE MESTRADO de Thais Porto Ferreira retirada da INTERNET.

Ver neste site, este RESUMO, na TRILHA:

Descasamento – SFH / A Decadência do SFH /

Dissertação de Mestrado – Thais Porto Ferreira – PUC- RIO - AGO 2004 : A Concessão de Subsídios por meio do Sistema Financeiro de Habitação

III - “Esta DISSERTAÇÃO analisa o setor habitacional brasileiro, após a criação do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com ênfase nas características dos financiamentos realizados no âmbito do Sistema e nas benesses concedidas, de forma indiscriminada aos mutuários. Por meio de estudos de caso identificam-se os principais fatores responsáveis por essa concessão de subsídios, os quais podem ser classificados em três grupos:

1 - falhas intrínsecas aos planos de financiamento

2 - renegociações contratuais oferecidas pelo governo entre 1983 e 1985 e

3 - planos de estabilização econômica implementados na segunda metade da década de 80 e na primeira metade da década de 90. Apresenta-se a análise da contribuição individual de cada fator, bem como seu efeito conjunto o que permite concluir que os mutuários do

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SFH receberam enormes subsídios, que resultaram no esgotamento das fontes de financiamento para as décadas subsequentes.

Comentamos: Concluiu-se que as benesses concedidas de forma generalizada tiveram um efeito perverso, uma vez que foram aplicadas em razão inversamente proporcional às necessidades dos mutuários. Os detentores de dívidas mais elevadas e, portanto, em média, possuidores de maior renda, receberam subsídios mais elevados. Dessa forma, houve transferência de riqueza da sociedade como um todo para os mutuários do Sistema, em especial, transferência de riqueza das classes mais pobres para as mais abastadas e transferência de recursos dos que não possuíam casa própria para os que haviam adquirido sua moradia.”

IV - Item 4 - A Decadência do SFH

• Encontro na internet, parte de uma DISSERTAÇÃO DE MESTRADO sem origem e sem Autor que só publica o

item 4 – A Decadência do SFH – fls 41 a 72 que diz : 4.1 – Cenário Macro Econômico

4.2 – O Início dos Problemas (1980 – 1985 ) 4.3 – Planos de Estabilização (1986 – 2002)

Ver neste site este item 4 - A Decadência do SFH que é o item 4 da DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE THAIS PORTO FERREIRA. fls 41 a 61, na TRILHA:

Descasamento – SFH / A Decadência do SFH

“Neste capítulo, faz-se uma análise da evolução do SFH, ao longo da década de 80 e de parte da década de 90. Como visto no capítulo anterior, após a sua criação, o Sistema demonstrou um bom desempenho, não apresentando fortes sinais de problemas até o final da década de 70.

Entretanto, com a mudança do quadro macroeconômico, os problemas começaram a surgir.

A Seção 3.1 pretende ilustrar os principais fatos que marcaram a economia brasileira a partir do final da década de 70. As seções seguintes tratam, especificamente, dos efeitos sobre o SFH.”

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4.1 Cenário Macro Economico – fls 41 a 54

Este cenário abrange o período de 1979 a julho de 1994, até a fl 54, onde conclui:

“Como se pode observar, ao longo das décadas de 80 e 90, a economia brasileira enfrentou diversas crises e foi alvo de diferentes experimentos de política econômica e todos esses fatores provocaram fortes efeitos sobre o funcionamento do SFH.

As seções seguintes (itens 4.2 e 4,3) detalham esses efeitos”.

Comentamos: Esta decadência deste cenário Macro Econômico neste item 4.1 fica para análise do leitor .

O nosso interesse relaciona ao FCVS que é citado em Relatório da ABECIP e na DISSERTAÇÃO 1 como a fonte dos problemas de DÉBITOS suportados pelo Sistema Financeiro (os Bancos)

1 – Ver na TRILHA: Perícia Judicial 2 / Teses e Dissertações / Dissertação Teotonio Costa Rezende

4.2 – O Início dos Problemas (1980 - 1985) – fl 54 a 61

Comentamos – Este cenário deste item 4.2 que já é operacional, também fica para o leitor analisar.

Por exemplo: à fl 58 temos:

“Durante certo tempo, três Sistemas de Amortização vigoravam nos financiamentos do SFH:

Importante: A Matemática Financeira ensina que na Modalidade Quatro de Pagamentos (Amortização) em parcelas mensais, etc, anuais, sucessivas só tem DOIS MODOS:

Sistema Francês de Amortização Método Hamburguês

SAC – Método Hamburguês

TABELA PRICE - o correto é Sistema Francês de Amortização. SAM – Sistema de Amortização Misto (é um híbrido entre o

Sistema Francês de Amortização e o Método Hamburguês. Nossa opinião: é um inútil; Só traz mais trabalho.

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Todos pertencem a Modalidade Quatro de Pagamentos (Amortização) de Financiamentos e Empréstimos em parcelas. Não contribuem com nenhum dos quaisquer problemas que os “experts” destacam no SFH, especialmente os Saldos Devedores Impagáveis do FCVS.

Estes DOIS MODOS :

Não contêm Juro Composto (juro do juro ou anatocismo) Não geram Saldos Devedores Impagáveis

Seguem as regras do Valor Atual - Desconto Composto

O nosso interesse é o FCVS e destaco desta Seção 4.2 à fl 59 – 2º parágrafo:

“... a partir de 1983, o governo optou por criar diversos mecanismos que possibilitaram a redução imediata da prestação e resultaram em enormes e indiscriminados subsídios. (...) e, portanto, para o aumento da liquidez de curto prazo do Sistema.

Entretanto, essas concessões feitas sem quaisquer considerações quanto às condições econômico-financeiras dos mutuários, aumentaram consideravelmente o DESCASAMENTO entre a evolução do passivo e a do ativo (índices de atualizações monetárias das prestações e os índices de atualização monetárias do Saldo Devedor, nós destacamos) do SFH, resultando assim na criação de um pesado ônus para o FCVS”

E na fl 60, no 2º parágrafo, destaco:

“Além disso, eles não precisariam assumir qualquer responsabilidade pelos débitos residuais resultantes de tal modificação, pois estes ficariam inteiramente a cargo do FCVS” (...).

A consequência dessa renegociação foi a redução dos índices de reajustes relativos á Julho de1984 para 144%, enquanto, no mesmo período, a variação da UPC alcançou 191%.

E no 3º parágrafo

“...o reajuste das prestações no âmbito do PES/CP no ano de 1985 seria de 112%, enquanto, por exemplo, a correção monetária seguiu...”

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E na fl 61, 1º parágrafo destaco:

“... a variação da UPC entre agosto de 1984 e julho de 1985 apontava o índice de 246% e o reajuste com base no salário mínimo seria de 243%. Mais uma vez, os débitos residuais ficaram a cargo do FCVS e não dos mutuários”

Obs: O mutuário contribui para a formação deste FCVS.

E no 2º parágrafo temos:

“Além do impacto negativo acarretado pela sucessão de vantagens concedidas aos mutuários, no início dos anos 80, os diversos planos de estabilização elaborados pelo Governo, a partir de 1986, também afetaram fortemente o equilíbrio atuarial do SFH, ampliando o desequilíbrio do FCVS

Comentamos - 1 – Não é explicado o que é desequilíbrio atuarial do SFH.

2 – O Autor deste texto citou mas não enumerou as “vantagens concedidas aos mutuários no início da década de 80.”

E à fl 61

“O diversos planos de estabilização ... (de 1986 a 1994, acrescentamos) afetaram o equilíbrio atuarial do SFH” (sic) “ampliando desequilíbrio do FCVS.”

Discordamos, frontalmente, desta última afirmação relacionada aos “diversos planos de estabilização”

Neste período 1987/1994 tem diversos “procedimentos indevidos” praticados por agentes financeiros durante a AÇÃO DE COBRANÇA e não analisados pela I. Autora desta Dissertação e que são as fontes geradoras dos Saldos Devedores Impagáveis que a I. Autora afirma que resulta de benefícios concedidos aos mutuários.

• Como já citamos, o cenário deste item 4.2 – O Início dos Problemas (1980-1985) – já é operacional mas, neste cenário, bem como no período 1987/94 tem fatos não relatados por Autores e, em especial, pelo relatório da ABECIP. Estes FATOS estão relacionados ao DESCASAMENTO que, como afirma o I. Autor da DISSERTAÇÃO1, gera AMORTIZAÇÃO NEGATIVA que, por sua vez,

GERA OSSALDOS DEVEDORES IMPAGÁVEIS que o FCVS não suportou e a ABECIP

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atuou, junto ao Governo e ao Legislativo que culminou com a Lei 10.180 de 21.12.2000 e com a EMGEIA de 28.06.2011 que a CAIXA transferiu estes débitos dos Saldos Devedores do FCVS para o TESOURO NACIONAL que

totalizaram em Dezembro / 2015; R$ 244.8 bilhões.

Ver neste site : DESCASAMENTO – SFH / A Lei 10.150 – 21.12.2000 e a

EMGEA transferiram débitos do FCVS para o Tesouro Nacional

Este DÉBITO de R$ 244.8 bilhões decorre de “procedimentos indevidos”

praticados por Agentes Financeiros em cada contrato de financiamento entre 1987 e 1994.

A experiência em perícia judicial mostra que este DÉBITO de R$ 244.8 bilhões

NÃO EXISTE.

Comentámos - O universo de contratos assinados entre os mutuários e os agentes financeiros durante a vigência do SFH.

A quantidade total é vaga, talvez 6,0 milhões de contratos, no SFH. Neste universo há uma dicotomia. A partir de Junho de 1967: A criação do FCVS e 3,4 mi de mutuários optaram pelo FCVS

Para os mutuários que optaram pelo FCVS,- 3,4 milhões de contratos- não houve preocupação por parte destes mutuários pois, o Saldo Devedor Residual que certamente ocorreu, foi absorvido pelo FCVS e o seu Saldo Devedor foi transferido para o Tesouro Nacional

Para esta solução o Tesouro Nacional informou, em Dezembro de 2015: Contratos Valor – R$1,0 bilhão

1.504.768 143,50 quitados 1.923.316 101,20 por quitar

3.428.084 244,70 total

• Para os mutuários que não optaram pelo FCVS 2,6 mihões; parte peticionou à Justiça alegando que o Saldo Devedor Impagável era decorrente do JURO COMPOSTO contido na Tabela Price.

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Para este contraditório do juro composto leia o REsp 1.124.552-RS

de 03.12.2014 do STJ originário de um contrato que peticionou à Justiça, em 1999.

Em consequência deste REsp 1.124.552-RS, o Superior Tribunal de Justiça – STJ – pelo REsp 951.894-DF de 06.02.2019 decidiu que estes processos1 retornassem ao 1º Grau para a elaboração

de novos Laudos Periciais.

A quantidade de contrato que está retornando ao 1º Grau, é vaga.

1 - Ver neste site na TRILHA: Perícia Judicial 2 / DISSERTAÇÕES E TESES/

DISSERTAÇÃO TEOTONIO COSTA REZENDE

Há também mutuários que, ao longo deste quarto de século – 1998 a 2020 – fizeram acordos ao longo do caminho e não analisando os Saldos Devedores Indevidos.

Dos 2,6 milhões de mutuários que não optaram pela FCVS e que quitaram todas as prestações, com batalhas judiciais ao longo do caminho e REQUERERAM à Justiça, o documento de quitação do contrato de financiamento e o agente financeiro (Banco Réu) apresentou um DÉBITO que a perícia deslindou e demonstrou que o Banco Réu, de CREDOR passou a DEVEDOR.

A razão desta inversão é que não existe esse SALDO DEVEDOR

IMPAGÁVEL, mesmo com todas os percalços, com o

DESCASAMENTO que GERA Saldos Devedores Residuais mas

NÃO GERA Amortizações Negativas que é um “erro técnico” praticado por agentes financeiros e pela Autora desta

DISSERTAÇÃO2

Temos a experiência de processo que tramitou por 15 anos, chegando ao STJ em Agosto/2012, retornando ao 1º Grau em jan/2015 e liquidado 1 ano e 3 meses depois.

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Ver neste site - DESCASAMENTO SFH / A Lei 10.150 de 21.12.2000 e a EMGEA e também – A ABECIP Concorda com o DESCASAMENTO

Este FCVS foi formado com contribuições de mutuários.

Obs: O FCVS não é subsídio.

Item 4.3 – Planos de Estabilização (1986 – 2000) – fl 61 a 72 Deste item destaco o seguinte parágrafo – fl’s 65 a 66

“A preocupação com o desequilíbrio do FCVS resultou no Decreto-Lei 2.349 de 20.07.1987.

Com ele, o governo determinava que os novos contratos de financiamentos com valores acima de 2500 OTNs não teriam cobertura do FCVS, sendo o próprio mutuário responsável pelo Saldo Residual. Desta forma, impedia-se que os empréstimos para faixa de renda mais altas, assinados a partir de então, NÃO MAIS SERIAM SUBSIDIADOS”.

E às fls 66 e 67 destaco o seguinte parágrafo:

“O problema com o FCVS persistia e, na tentativa de minimizá-lo, em janeiro de 1988, por meio da Resolução no 1.488, o Banco Central estipulou um

abatimento de 25% aos mutuários que quitassem antecipadamente ou transferissem seus saldos devedores”.

Obs: Transferir para onde ?

Se o mutuário pagou este débito do FCVS, pagou DÉBITO que não existe. Por

certo, o Banco Central não analisou a origem deste DÉBITO.

Apesar do desconto de 25% concedido, essa medida traria bons resultados para o equilíbrio do FCVS devido à presença de AMORTIZAÇÕES NEGATIVAS em alguns contratos cujas prestações não eram suficientes, nem mesmo para cobrir o pagamento dos juros.

Obs: A I. Autora desta DISSERTAÇÃO DE MESTRADO demonstra não conhecer o PLANO DE AMORTIZAÇÃO do Sistema Francês de Amortização. Não existe AMORTIZAÇÃO NEGATIVA no Sistema Francês de Amortização.

E à fl 68 destaco o final do 1º parágrafo:

“... o Plano (Verão, acrescento) determinou o congelamento (suspensão...) das prestações no período de janeiro a maio de 1989...

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Os reajustes não aplicados nesses meses seriam repassados em três parcelas, após o período de cancelamento.

Entretanto, nesse período (de fevereiro a maio de 1989), os Saldos Devedores sofreram reajustes, o que contribuiu para o aumento dos débitos residuais e, consequentemente, para o desequilíbrio do FCVS”

E à fl 69 destaco o final do 2º parágrafo:

“... no âmbito do Plano (1990) optou-se mais uma vez pela adoção de diferentes critérios de reajustes dos Saldos Devedores e das prestações dos mutuários.

Enquanto essas foram corrigidas em função da variação do IPC até o mês de fevereiro, os Saldos Devedores sofreram correção monetária relativa inclusive à variação do IPC do mês de março.

Desta forma, houve um reajuste dos Saldos Devedores de cerca de 84,32% que não foi repassada ás prestações, o que resultou no agravamento potencial do FCVS”

ver o rodapé da fl 69

E à fl 70 destaco do 2º parágrafo:

“Com o Plano Collor e com as medidas adotadas no âmbito da Lei 8.177 de 01 de março de 1991, as operações do SFH sofreram grandes mudanças. O objetivo das medidas era propiciar o estancamento do déficit potencial do

FCVS...

Para isso, seria necessário promover o equilíbrio entre os reajustes das prestações e os dos Saldos Devedores, o que seria realizado com adoção de um mesmo indexador, com mesma periodicidade para os reajustes”

E no 3º parágrafo temos:

“Com o impeachment do Presidente Collor e a posse do Vice Presidente... algumas mudanças foram realizadas na área da habitação. Além de profundas alterações dos programas de habitação popular com o aumento da transparência da gestão dos mesmos, pode-se destacar a Lei 8.692 de 28/07/1993.

Esta Lei promoveu o fim do PES e criando o PCR e sem o FCVS.”

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“Como foi mencionado o PES (criado em 1970), ... foi o responsável pelo rombo do FCVS”

Comentamos: este é uma afirmação grave.

E na fl 71 no 1º parágrafo:

“No que tange à gestão FHC, período marcado pela consolidação da estabilidade econômica, deve destacar a criação do Sistema de Financiamento Imobiliário – SFH – por meio da Lei 9.514 de 20.11.1997

Ver neste combo: A ABECIP Concorda com o DESCASAMENTO e também com a Lei 10.150 de 21/12/2000 e a EMGEA de 21.06.2001. Obs: A realidade é outra. Não há rombo no FCVS.

E no 3º Parágrafo, temos:

“Entretanto até o final dos anos 70 os planos de reajustes das prestações foram gerenciados de maneira satisfatória, sem forte comprometimento do

FCVS”

Importante: Este comentário favorável ao PES conflita com o comentário exposto no 4º parágrafo da fl 70:

“... O PES... foi o responsável pelo rombo no FCVS”;

ocorre que não foi e, no último parágrafo, temos:

“Foi a piora do cenário macroeconômico, a partir de 1979 que os desequilíbrios despontaram, com a aceleração da inflação...

Além disso, as diversas benesses concedidas aos mutuários serviram para ampliar o descompasso do SISTEMA e, dessa forma, construir um rombo

potencial do FCVS.”

“Já no final da década de 80, surgiu o reconhecimento da situação insustentável do SFH em geral e do FCVS em particular.”

Comentamos: Não entro no mérito da situação insustentável do SFH. Por certo refere-se à políticas de financiamentos, fontes de recursos, etc.

Com relação ao FCVS o problema foi Técnico, de “procedimentos indevidos”, realizadas por agentes financeiros. Tecnicamente o Saldo Devedor Residual decorre dos índices e de sua periodicidade e isto não gera Saldo Devedor Impagável e, tão pouco, AMORTIZAÇÕES NEGATIVAS que decorrem de “erro técnico” ou o desconhecimento da, ACÃO DE COBRANÇA dos

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contratos de financiamento do Plano de Amortização da Modalidade Quatro de Pagamentos (Amortizações) em parcelas mensais, sucessivas e de DOIS MODOS:

Sistema Francês de Amortização – Parcelas Iguais e o

Método Hamburguês – SAC – Parcelas Decrescentes

V - Entendimento da I. Autora desta DISSERTAÇÂO de Fevereiro de 2004 1 - Não questiona-se as regras da correção monetária aplicadas no SFH.

(No entendimento contábil correção monetária ficou destinado para as atualizações monetárias do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido. Atualização Monetária para Ativos (Circulantes, de Longo Prazo) e Passivo (Circulante e de Longo Prazo), com destaque para os contratos de empréstimos e financiamentos.

2 - Com relação à benefícios concedidos aos mutuários a I. Autora segue a linha de raciocínio:

• Dos I. Juristas que elaboraram o anteprojeto de Lei de out / 1994 que resultou na Lei no 10.150 de 21.12.2001 que argumentaram que foram

concedidos aos mutuários benefícios: • Por não ter majorado o FATOR CES

• Concedida correções monetárias menores nas prestações • Desconto sobre os Saldos Devedores

• Da Direção da ABECIP de 1995, pelo Descasamento que gerou AMORTIZAÇÃO NEGATIVA

• Do I. Autor da DISSERTAÇÃO de 2003 pelo DESCASAMENTO que gerou AMORTIZAÇÃO NEGATIVA

3 - Concorda com demais analistas e destaco a Conferência do Ministro do Planejamento no VIII – Encontro ABECIP em Brasília nov/1995 – “A superinflação na Raiz dos Problemas do Sistema Habitacional” que, com a disparada da inflação entre 1980 e fev/86, como afirmou o I. Ministro.

“Aliás eu diria que foi exatamente a falta de estabilidade que praticamente destruiu o Sistema Financeiro de Habitação”

“Funcionou razoavelmente até o começo de 1980”

“A partir de então, com a superinflação, os problemas foram sendo gerados e agravados.

(18)

“Foram medidas sucessivas que começaram em 1982, continuaram em 1984, 1985 e assim sucessivamente. . . “

Aqui uma afirmação importante do I. Ministro do Planejamento: “Esse problema com o crescimento do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS – onde na verdade, ia-se pagando o

déficit decorrente dessas sucessivas medidas”

Comentamos: Este parágrafo de sua Conferência sugere uma TESE; entretanto, até 1986, a previsão feita para o FCVS absorveu o Saldo Residual Devedor promovido pelo DESCASAMENTO.

A dita DECADÊNCIA do SFH que já vinha sendo gerada pela AMORTIZAÇÃO

NEGATIVA,continuou e agravada por “procedimentos indevidos” praticados

por agente financeiros a partir de 1987 até 1994 e só percebido, mesmo que superficialmente, em 1990, pelo Autor da DISSERTAÇÃO:

SFH – Alternativas Face ao Esgotamento do Modelo EAESP – FGV – 1990 -- Marcos Camargo Campagnone

Ver esta Dissertação neste site:

Descasamento – SFH / Autores Não se Dão Conta do Desastre do Descasamento e escolhe esta Dissertação

4 - A experiência mostra que o Saldo Devedor Impagável que acumulou no Tesouro Nacional, em Nov / 2017, R$ 211,1 bilhões e decorrente dos Saldos

Devedores do FCVS de cada contrato para o mutuário que optou por contribuir para este FCVS, NÃO é o responsável pela DECADÊNCIA DO SFH.

As gestões do BNH e da CAIXA, a partir de 1986, por não terem controles sobre estes Saldos Devedores do FCVS são a raiz do problema:

Disse o Presidente da Caixa no 2º Painel no VIII Encontro da ABECIP – Brasília - Nov / 1995:

“Essa intervenção do Estado, no passado, criou esse monstro que temos que administrar hoje que é esse passivo do FCVS . . .” fl 71

“Achamos que até o final do ano teremos uma saída em definitivo para a questão do FCVS” fl 72

“Na Caixa, por exemplo, temos mais de um milhão de contratos. Agora estamos fazendo o levantamento de um a um, para saber exatamente qual é o passivo do

(19)

FCVS, um trabalho que está envolvendo mais de 1500 funcionários que vai durar cerca de um ano. Tivemos que dar treinamento para esses funcionários . . .” fl 81

Obs: E os demais 2,5 milhões de contratos ?

Comentamos: A inflação é um fator desorganizador mas, para o SFH, não foi o seu único algoz. A desorganização – a falta de controles – destacado por palestrantes neste VIII Encontro ABECIP – Brasília – Nov / 1995 é o FATOR PRINCIPAL. É a fonte principal para a geração desta “decadência” abordada nesta DISSERTAÇÃO e para o crescente DÉBITO de R$ 277,1 bilhões, em Nov / 2017.

Referências

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