Charles
Fielding
Uma
instigante
e
moderna
introdu<;ao
a
cabala
combinando
a
psicologia
junguiana
e
a
tradi<;ao
occidental
com
o simbolismo
esoterico
E
PROIBIDA
A
VEND
A
OK,
CHARLES
FIELDING
A
Cabala
Prdtica
Tradugdo
DANIEL
CAMARINHA
DA
SILVA
Tftulo do original:
The Practical Qabalah
Copyright
©
Caroline Allen, 1989.Publicado pela primeira vez por Samuel Weiser,
York: Beach,
ME,
USA,
como
ThePractical Qabalah.mm
\ nEipai*.
ffiM
renin
HaMl
QUA!
IGUETA
—
S
p
Data:
m
kk
Z°
0t
TOMBO
OfiJ&&&_-
—
Oprimeirondmero aesquerdaindicna edi?ao,oureedi cao, desla obra.Aprimeira
dezenandireila indicao anoemque esia edifao, on reedi ?aofoi publicada.
Edic3o
Ano 5-6-7-8-9-10-11-12-13
04-05-06-07-08-09-10
Direitos de tradu^o para a lingua portuguesa
adquiridos com exclusividade pela
EDITORA
PENSAMENTO-CULTRJX
LTDA,Rua Dr. Mario Vicente, 368 - 04270-000 - S3o Paulo, SP
Fone: 6166-9000 - Fax: 6166-9008
E-mail: pensametito@cultrix.com.br http://www.pcnsameiito-cultrix.com.br
Sumdrio
Agradecimento
'Pref&cio
9
1.
Fundamentos
do
ocuttismo ocidental 132.
Uma
introducaoa
cabala 193.
A
arvore e suas for§as 454. Glifos e templos sefiroticos
57
5.
Os
caminhos
cabalisticos e suas atividades 676.
Cosmogonia
77
7.Anatomia
esotenca 89 8. Fisiologia esoterica 101 9. PsicologiaHI
10.Karma
e destino 131 11.A
anatomiado
ritual 14912. Exercicios rituais basicos 165
Agradecimento
Alguns
elementos deste livro basearam-seno
trabalhode
Dion
Fortune e
do
grupo por
ela fundado, aSociedadeda
Luz
Interior.O
alitoragradece reconhecido a ajuda e inspiracao
que
essas fontes lhePrefdcio
Quando,
h£
muito tempo,me
interessei pela primeira vez pelas< icncias ocultas,
meu
primeiro impulso foi ler tantos livrosquanto
pos-sfvcl.
Nao
era coisa muito dificil; havia grande quantidadede
livros eeu
08 li e tornei a ler
com
avidez, ateque
se tornassem familiares aosmeus
ouvidos.
Eu
pensava e sonhavacom
ocultismo e, provavelniente,me
hajatornado
um
excelenteexemplo
do
fanaticode
mente
tacanha.Apos
algum
tempo, o sensocomum
e a desilusaodevolveram-me
ali certo
ponto o
nivelde
sanidade.Eu
ainda estava entusiasmado eexci-tado. Sentiaainda que,
como
os cavaleirosde
antigamente, estavanuma
bus-ca.
Mas,
como
os seguidoresde Artur, distantes da perfeigao, fui aospoucose
arduamente
ganhando
sabedoria-
nao
muita,mas
eraum
come^.
Durante
aminha
educagao
ocultista, descobrique
haviapouquis-simos livros uteis; a maioria servia tao-somente para ser queimada.
Havia
algumas admir&veis exce^oes, entre as quais os livros
de
Dion
Fortune:T)\e Mystical
Qabalah
(A
Cabala Mistica),*The
Trainingand
Work
ofan
Initiate (Preparacjao e Trabalho
do
Iniciado),*Sane
Occultism(Ocultis-mo
Sadio),The
Esoteric Ordersand
TheirWork
(As
Ordens
Esotericas eseus Trabalhos) * e a abstrata e metafisica
Cosmic
Doctrine(A
DoutrinaC6smica).*
Sendo
bastantejovem
e muito ignorante, parecia-meque
aliPaulo-estava
uma
autoraque
conheciade
primeiramao
o assunto,nao
por ouvirdizer, e os seus textos se
tornaram
paramim
uma
valiosa fontede
informa^oes.
Havia
tambem
outros livros dos quais se falavacom
a
respiragaosuspensa,
nao
apenas por estaremh&
muitotempo
esgotados eserem
vendidos
por
pregos inflacionados,mas
por se acreditarque
contivessem"os segredos ocultos". Essas obras impressionantes incluiam os quatro
volumes
de
The
Golden
Dawn
1*
(A
Aurora
Dourada)
e as obrasde
Aleister Crowley.
As
ultimasganharam
uma
reputagao adicional gragasa notoriedadedeste autor, pois,
como
o
pr6prioCrowley
proclamava, ele era "ohomem
maiscorrompido
do mundo".
Eu
ansiava por esses frutos proibidos.Com
o passardo
tempo,um
niimero cada vezmaior
desses livrosespeciais foi reeditado e se tornou acessivel.
E
imediatamente ficouevidente que,
em
todo este acervo, havia muitode
interessante e algo util,mas
nao
"segredos".A
verdade
6que
os grandes segredosdo
ocultismo sao obtidosatraves
da
experiencia,nao
da
leitura.Um
"Misterio" e definidocomo
"uma
verdade
que
estaalem
da
razao",de
modo
que
dificilmentepode
ser registrado
num
livro. Para encontraro
Santo Graal,temos
de
fazeruma
viagem; enao
podemos
cavalgaruma
poltrona!Os
livrosde
Dion
Fortuneprendem
a
atengaoporque
a posturadeles e pr^tica. Lendo-os, participamos
de
uma
experiencia,em
vezde
simplesmente adquirirmos conhecimentos.
No
entanto, apesardo
seugrande
valor, tais obrastem
hoje maisde
meio
seculo, eo conteudo da
Aurora Dourada,
quaseum
seculo.Os
tempos
mudaram
e omesmo
aconteceucom
as atitudes.Muita
coisa
que
antes era "oculta" e hojeconhecimento
comum
e asinfor-magoes que
outrora se restringiam as Lojas hojepodem
ser discutidas.O
proposito deste livro, e dosvolumes
que o
acompanham,
6divulgar tanto
quanto
possivelda
Tradigao Esot6rica Ocidentalque
possa ser
devidamente
utilizadano
mundo
moderno
e indicarum
cami-nho
pelo qual possa ser tentadaa
busca pessoaldo
Graal.A
Cabala
6um
desses caminhos; 6
um
sistemaeminentemente
prdticopara o
ocidentalmoderno.
Algumas
pessoas sao "solitarios" inatos,enquanto
outras preferem
ii.«h;ilhar
em
grupos organizados.Espero
que
este livro, e outrosque
BCguirSo, sejam uteis a ambas. Finalmente,
dizem
que
os livros falamao
Inconsciente e elevam o
pensamento
amesma
fonteque
originalmente1 1| Inspirou.
Espero
que
este livro satisfa^a essas exigencias.Capitulo
1
Fundamentos
do
Ocultisrno
Ocidental
Este e
um
livro sobre ocultisrno. Foi escrito para pessoasmediana-tncote inteligentes,
que
sao bastante interessadasem
descobrir maislObre ele.
A
palavra "oculto" quer dizer "escondido"; apenas isto.O
MSUnto,
no
entanto, tern sido tao malcorapreendido e deturpado pelosMines
do
finalda
noite, pela supersticao e pelaimprensa
sensacionalistaqilC
com
freqiiencia econdenado
como
refugo espetaculoso.Homens
e
miilheres
de
todas as racasestudaram
este assunto, vistoque
a historiamais antiga e os
rumores
dizem que
muitas das mais eminentes pessoasdo
m
undo
fizeram desse assuntoo
objetode
estudode
suas vidas edevem
.1 pratica dele a propria grandeza.
O
estudoda
Cabala edo
seu grande smibolo, aArvore
da
Vida,talvez seja
um
dos melhores meiosde
nos iniciarmosna
teoria e praticado
ocultisrno.Para
apreciardevidamente
as teoriase
osm&odos
caba-ln.licos, e importante considera-los
em
confrontocom
um
substratoi ealista.
Que
pensam
osmodernos
cabalistas?
Por que devotam
tempo
e•iicncao
a
um
assunto ja vetustoquando
Jesus nasceu?Que
estaotentan-'loconseguir?
Todas
estas sao perguntas muito razoaveis.Desse modo,
antesde
I
omecar
a considerar a pr6pria Cabala,devemos
examinar as ideiashisicas
do
moderno
ocultisrnono
mundo
ocidental.Nem
todo ocultista< udossariatodas as ideias aqui expostas.
Do
mesmo
modo
moderna,
ha
diferen$asde
interpretagao e discordanciasem
relagao adetalhes.
O
que
vem
a seguir 6uma
sinopse razo&veldo pensamento
ocultista
em
voga.Houve
urn tempo,como
dizem
os livrosde
historias,em
que
todoo
conhecimento
da
humanidade
edo
mundo
em
que
vivemos eraes-tudado
sob a egideda
disciplinada
filosofia,que
quer dizer"amor
ksabedoria",
A
fisica e a psicologiacaminhavam
ladoa
ladocom
aquimica, ametafisicae a etica,
porque
todos estestemas
eram
tidoscomo
partes
de
urn s6grande
sistema.Com
o
tempo, alguns topicos-
notadamente a
fisica e a quimica-se destacaram
do
seu pai filosofico e desenvolveram a arroganteinde-pendencia
do
adolescente.Ate
meSmo
a psicologia renunciou as suasorigens e declarou
uma
independencia unilateral.De
todo
este desenvolvimento surgiu a civiliza^ao tecnologicaoci-dental e resultarammuitos
dos
nossos h£bitos sociais eprincipios morais.Apesar
dos seus detratores, a ciencia ocidental 6 urn extraordin&riotributo
&
criatividadehumana.
Mas
estamoscomegando
a perceberque
a nossa civilizagao e
um
sistema muito desequilibrado eque
se devebuscar
uma
concep§ao fundamental
de
propdsito e unidade, senao
sequiser destruir a civiliza^ao.
As
grandes civiliza^oesdo
Orientenao
conseguiram
nada
melhor.O
Ocidente
produziuum
ambiente tecnologicamente avangado,porem
emocional e espiritualmente esteril, ao
mesmo
tempo
em
que
o grande
desenvolvimento filos6fico e psico-espiritualdo
Oriente definha hojena
pobreza,
na
ignoranciae na
mis6ria. Algo,sem
dtivida, deve estar erradoerf
alguma
parte.Mas
ha
lampejosde
luzdespontando
nas trevas.A
cienciamoderna
est£dando
mostrasde
que
seaproxima
da
idade adulta.O
universode
Eiiistein e os fisicos
do
dtomo
estao distantesdos
mecanismos
irracionaisdaciencia vitoriana.
A
fisica esta se tornandorapidamente
uma
cienciada
vida, e as divisoes entre espirito e materia estaosendo
desgastadaslgnta
mas
seguramente. Assirn, oque
terno
ocultismo a vercom
tudoisso?
Corretamente compreendido,
o ocultismo 6 o estudodo
espirito eda
materia, deDeus
eda humanidade,
das origens edo
destino.E
aQuais sao entao os principles fundamentals
da
convic$ao ocultista?A
primeira coisaa
compreender
6que
o
ocultismonao
ternnenhum
I redo:
nao
h&
nenhum
"eu
creio..."Em
vezdisso,como
na
ciencia, existeCCrtO ntimero
de
hipoteses* Ora,uma
hip6tese euma
ideiaque
pareceNer cficaz
quando
postaem
pratica,mas
que
pode
ser modificadacom
aujuda da experiencia posterior.
O
ocultismo 6 a Cienciada
Vida.A
vidaBVolui e,
com
ela, a experiencia.Tendo,
portanto, tornado claroque
nao
hi
nenhum
dogma
no
ocultismo,examinemos
algumas
dessas ideiasI (Asicas e
vejamos
como
nosprendem
a atengao.Em
primeiro lugar, os ocultistas julgamque
h£
uma
realidademvisfvelportr&s
do
que
vemos
e experimentamos,no
mundo
fisico, eque
ftisa realidade 6 a causa oculta
por
trasde
todos osfenomenos
do
mundo
I aossa volta. Isto parece bastante razoivel,
quando
se consideraque
aI uncia afirma a
mesma
coisa. Afinalde
contas, a gravidade 6,de
certomodo,
uma
"realidade invisivel".Nao
podemos
ve-la,mas
ela atua.A
niuca diferenga, neste ponto, entre cientistase ocultistas, 6
que
os ultimos.impliam a hipotese
al6m
do
mundo
tangivel.A
hipotese seguintetem
relagaocom
o
proposito:"Qual
6 osigni-(Icado
de
tudo isso?"Em
certa 6poca, muitos cientistas consideravam oimtverso
um
acidente c6smico e a vidaum
acaso bioquimicobem-su-l dido.
Recentemente,
alguns delesparecem
estarmudando
de
opiniao.Os
ocultistasjulgam
que
nada
existesem
um
prop6sito. Elesar-Kiimentam
que
deve haverum
piano superior paraa
criagaoe
evolugao'Id universo,
que
abrange as gal&xias e os sistemas solares, os sois e osI
>Ianetas, os atomos, as plantas, os animais e a
humanidade.
Dentro
desteI
»lano superior estao os incontaveis pianos secundarios
de
toda a cria^ao,I ada qual entrela§ado e inter-relacionado
num
todo organico. ElesMigerem
que
n6s-
como
uma
forma
de
vida inteligentedotada
do
poder
de escolha
-
temos
uma
tarefa fundamental adesempenhar
no
desenvol-vimento ininterrupto
do
piano superior.Quanto
aque
imenso
mecanismo
poderia abranger e administrarOSte piano,
cada
um
deve fazer a sua pr6pria op^ao.Se
for religiosa,I »ode-se conceber
Deus
como
aorigem
e agente motor.Se
for agnostica,l>oder-se-ia preferir imaginar
algum
enorme
"sistema" cosmico.Afmal
I k; contas, estamos apenas utihzando palavras e e a ideia
que
importa.Resultante
do
pianovem
a
ideiada
evolugao universal,na
qualextraordinana
de
perfeicaoharmoniosa
emuito
desenvolvida, tendocada elemento
do
piano expandidoo
seu pr6prio piano secundario at6 amais
elevada qualidadeque
a sua estrutura permite.Ora,
somos
considerados,na
nossa natureza essencial, nucleosde
energia inteligente.
Como
tal,somos
por direito criadoresautomotiva-dores, eternos
e
indestrutiveis.Uma
das pedras fundamentalsdo
pen-samento
ocultista 6a
proposicaode
que
o serhumano
nao
ternque
viverapenas
atrav6sde
um
corpo
ffsico eque o
nosso envolvimentocom
amateria 6 simplesmente
uma
das muitas fases pelas quaispassamos
em
nossa evolucao. Contudo, trabalhar
por
meio
de
um
corpo
e consideradoum
aspecto fundamentalda
nossa educacao,por
nos ensinaro
controleda
mat6ria densa-
uma
condicao muito distanteda
nossa condicaonatural
de
liberdade.Ora, isto
chama
a
atencao para aid&a da
reencarnacao.A
reencar-nacao
e* anocao de
que passamos
por
muitos corpos duranteo
apren-dizado sobre a materia
densa
do
mundo
fisico.Um
curto periodode
setenta
ou
oitenta anosnao
6,de
modo
algum, suficiente paraaprender
todas as licoes e corrigir todos os erros.
A
id6iada
reencarnacao eum
grande
liberador.Em
vezde
uma
so vida, vencidaou
perdida, a id6iade
reencarnacao nos oferece
a
oportunidadede
aprendercom
os erros eavangar
com
o
estfmulode novos
desafios a enfrentar e a perspectivade
novas conquistas.
Quando
a id6iada
reencarnacao e aceitacomo
um
fato pr&tico ese
compreende
que ha
constantemente mais vida futura e novasopor-tunidades a explorar, entao
onde
estao
tormentoda
morte?
Os
ocultistassempre
sustentaramque
a nossa primeira vitoria residena
superagaodesse
medo.
Nisto esta a primeira grande liberdade.Os
ocultistasacentuam
muito a questaoda
responsabilidadepes-soal.
Se
a id6iade
evolugaopermanente
6 aceita, a ra^a e ascircuns-tancias
nao
sao entao simples acidentesde
nascimento.A
nacionalidade,a condigao
de
saude,o
dinheiroque
setem
e as caracteristicasde
personalidade
em
cada
vidanova
saoo
resultadode
sucessos e fracassospassados.
As
circunstanciasda
vida,em
qualquermomento
do
tempo,ofere-cem
o ambiente perfeito para aproxima
licaona
experiencia fisica. E, serespon-lAveis pelas circunstancias
em
que
nos encontramos,nao
importando
quao
duro isso possa nos parecer."Como
plantamos, assimtamb6m
colheremos","Faga
o
bem
sem
olhar a quern...", etc., sao todas expressoes baseadas nessa id6ia.
Na
lilosofia oriental, ela 6
chamada
de
karma^ a leide
causa e efeito„No
universo
nao
h&
linhas retas.Todo
pensamento
ou a$ao
retorna por fimao seu ponto
de
origem,como
urnbumerangue.
Em
ultima an&lise, a pessoa interior completa o seu periodona
matdria fisica, tendo aprendido todas as suas U9des.
A
evolu?ao,no
Bntanto, prossegue e a experiencia fisica 6 apenas
uma
pequena
parte( Ida.
Que
acontece, entao, aalgu6m
que
est& "livreda roda
do
nascimen-l o c da morte"?
Bem!
temos
umlivre-arbitrio;podemos,
portanto, optar.Dizem
que h& duas
opgoes fundamentals: continuarou
permanecer.Alguns
podem
preferir continuar sua experienciaem
niveisnao-I bicos, afastando-se dos colegas estudantes
que
ainda estaona
salade
aula
da
materia.Outros
podem
decidirpermanecer
proximosdo
mundo
ffsico para ajudar.
Os
ocultistasdao
a esses auxiliaresda
humanidade
o
i iome
de
"Iniciadosdo
Piano Interior", e acreditamque
elesoptaram
pororientar e instruir os
companheiros
menos
evoluidosda
Terra.Isto certamente deve suscitar outra pergunta.
Como
pode
um
ser• Icsprovido
de
corpo "orientar e instruir"algu6m
que
ainda est£na
carne?
Como
pode
acomunicaQao
se estabelecer? Bern, sepodemos
admitir
que h£
para n6s maisdo que
simplesmente o corpo, segue-seentao
que
uma
partede
n6s deve ser nao-fisica.Se
6 assim, entao 6razoavel supor
que
a parte nao-fisica 6 capazde
atuarno
mundo
invisiveique existe
por
tr&sda
materia fisica,do
mesmo
modo
que
o corpo fisicoatua
no
mundo
comum.
A
id6ia, dessemodo,
6
ade
que
o Iniciadodo
IMano Interior fala k nossa parte nao-fisica e a
mensagem
6 passadaao
cdrebro e se torna
um
pensamento
consciente. Basicamente, pode-seconsiderar
uma
ligacjao telepatica entreum
serdesencarnado
eum
sercncarnado.
Sao
estes osfundamentos
do
sistemade
pensamento
ocultistaocidental.
Alguns
conceitosque
mencioneipodem
ser aceitosimediata-niente
como
verdadeiros, outros poderiarn ser consideradoscomo
"nao-provados".
Se
o
que
o ocultismo diz e verdade, entaonao
importa,porque ao
acompanhar
o sistema voce finalmente descobrira por siAgora
voce podeii
fazeruma
de
trescoisas:
podera
jogar fora estelivro
com
aversao;podera
continuala le-lo
como
estimulointelectual-on
poder£
prosseguir a sua leitura, decidido a adquirirconhecimento
bas-tante para
por
a prova essasideias.
Voce
tern livre-arbftrio-
aCapitulo
2
Uma
Introdugdo
a
Cabala
Voce
estabuscando
a realidade invisivel.Todos
os leitores destelivro estao,
de
urnmodo
ou
outro,buscando
a realidade invisivelde
que
1 1 .ilamos
no
capitulo anterior.£
sobre istoque
este livro foi escrito.Mas
li.i algumas dificuldades.
Nao
e facil usar a linguagemdo
dia-a-dia parai il.tr
de
coisasque
sao supostamente reais,embora
de
certomodo
invisiveis!
As
vezes as palavras sao inuteis.A
Tradicao Ocultista Ocidental visa fazer a realidade invisivel<li\scer a Terra, estabelece-la e (finalmente!) instaurar
o
reino dos ceusi i.i Terra. Para realizar esta dificilima tarefa, precisamos ser capazes
de
Itentar para ideias que, na vida diaria, sao inconcebiveis.
Signos,
Simbolos
e
GlifosConsidere, por urn
momento,
os seuspensamentos
e ideiascomuns.
( )s
pensamentos
diarios sao expressos,com
mais freqiiencia,em
pala-vras.
De
fato,em
muitas pessoas, urnpensamento
pode
se tornarcons-I
ii nte
como
"palavrasna cabe^a".Um
pensamento
como
"precisocortarpensamen-tos
podem
vir &mente
como
uma
mesclade
palavras e imagens.Os
pensamentos de
coloragao emocionaltrazem
muitas vezes consigouma
imagem.
A
maior
partedo
nosso pensamento,na
sociedade ocidental, 6uma
operacao verbal.As
ideias sao urn tanto diferentes.E
verdadeque
as pessoas mais"intelectuais"
do que
"emocionais" frequentemente revestem ideiascom
palavras;
mas
muitas vezes as ideias saomais
pictoricas e se associama
sentimentos.
As
vezes as palavraspodem
ser tediosas e canhestras, emuitas vezes utilizamos signos para expressar ideias comuns.
Um
exem-plo palpavel disso sao os sinais rodoviarios,
em
que
um
simples desenho,um
"ideograma", pode'substituircom
vantagem
as palavras. Neste livro,usaremos
a palavra "signo",do
mesmo modo
como
poderiam
fazermuitos psicologos, significando
uma
substituiqdoda
coisa realou
uma
representagao dela.
Outros exemplos
de
sinais saoo
emblema
de
"res-taurante",
que
consisienumafaca
enum
garfo dentrode
um
cfrculo;um
cigarro acesso dentro
de
um
crrculocomumabarra
atravessada, significaque
6 proibido fumar.Ha,
naturalmente, muitos outros,como
o
sinalde
radioatividade, internacionalmente adotado.
As
vezesusam-se
sinaiscompostos -
um
grupo de
sinais dispostospara mostrar
uma
s6riede
relagoesou
o
fluxode dados no
interiorde
algum
sistema.Os
diagramasde
circuitosda
eletronica e os fluxogramasutilizados pelos
programadores de
computador
sao exemplos disso.Os
A
B
Figiira 1.
O
sinalrodoviariopara restaurante (A) eum
que reconhecemos seja qualfor a lingua que falemos.
Os
sinais e simbolos ocultos (B, a Cruz de Cristo) nossinais, simples
ou
compostos, sao representagoes taquigr&ficasde
pen-samentos, objetos
ou
processos,como
6mostrado
na
figura 1A.Nao
existe neles
nenhuma
emogao.
Voltemos
as palavras, Elas sao sinaisporquc
representampensa-mentos
e coisas. Ideiasbem
complexaspodem
ser representadaspor
pa-lavras.
No
entanto, as palavrastambem
podem
ser usadas para ajustaro
estado
de alma
do
leitor atravesda
descrigaode imagens
mentais,em-bora
mesmo
em
maos
experientes elas muitas vezessejam
inteiramenteinsuficientes.
Os
poetas sao mestresno
uso das palavras para pintara
imagem
de
alguma
coisa,mas
6 aimagem
que
retrata o sentidoda
coisa,com
asemogoes
e sentimentos concomitantes.Quanto
mais talentoso foro
poeta, maior serao
efeitoda
imagem-palavra.Ha
ainda,no
entanto,um
limite para oque
pode
ser alcangado exclusivamente pelas palavras.Consideremos
asimagens-
as figuras deixadasna
mem6ria,
quando
as palavras
do
poeta desapareceram.O
tipode
imagem
que
estamosdescrevendo
nao
eum
sinal;nao
e simplesmenteuma
taquigrafia pararepresentar algo
comum.
E
antesumsimbolo,
um
ideograma
que
expres-sa
algum
estadode
espiritoou
processoque nao
pode
ser postoadequa-damente
em
palavras.De
fato, isto nosda
a nossa defmi§aode
simbolo:uma
imagem
que retrata algoque naopoderia
seradequadamente
descritode outra maneira.
Os
sinais sao,na
sua essencia, objetos mentais.Os
sim-bolos tern
que
vercom
sentimentos num.ou
noutro mvel.Os
sinais saoprodutos artificiais
da
mente
logica recem-adquirida; os simbolos,por
outro lado,
invocam
as profundezas, as grandes e fundamentalssimplici-dades
em
que
ahumanidade
se baseia.Os
sinais sao conscientes, ossimbo-los pertencem ao inconsciente.
O
caminho
para a supraconsciencia passapelo inconsciente;
por
isso, os simbolos sao as ferramentasdo
ocultista.Tente
fazeruma
imagem
mentalda
Cruz
de
Cristo (veja a figuraIB).
Mesmo
paraum
ateu, ela suscita toda aconcepgao de
cristianismo,em
especial amorte
sacrificialdo
seu fundador. Para o devoto cristao,suas associagoes sao praticamente ilimitadas
-
desde a
ideia misticado
sacrificio vicario as mais elevadas
emo^oes
de
devogao, idealismo,pieda-de, etc.
E
claro que, parao
ateu, a cruztambem
pode
despertar fortessentimentos
de
irritagao e aborrecimento dianteda
evidente futilidadede
tudo isto!Uma
coisa,porem,
e certa: sentimentos serao despertados.6
provavelque
todos reajamemocionalmente de
alguma
forma
e ateOs
simbolos tern grausde
profundidade e universalidade.Os
sereshumanos
sao muito diferentes e urndado
simbolopode
significar inuitopara uns e
pouco
para
outros,do
rnesmo
modo
que
a mdsica
e a pinturaprendem
a atengaode
uns eenfadam
outros.Quanto
mais arquetipicofor
o
simbolo, mais universal serao
seupoder e
atrativo.Os
simbolospodem
expressar aspectosda alma ou
o
universo;o
"interior"ou
o
"exterior".
Se
os fisicosmodernos
tivessem a palavra, provavelmentediriam
que
interior e exterior sao amesma
coisa vistade
diferentesangulos.
Os
ocultistasusam
largamente os simbolos para representar oincompreensivel,
para
compreender
o inconcebivele
controlaro
inima-ginavel.
Somos
criaturasque
seservem de
ferramentase
usam
simboloscomo
ferramentas parapoder
compreender
a naturezada
realidadeinvisivel e operar
com
ela, tanto dentrode n6s
mesmos
quanto dentroda
alma da
natureza.A
maioria dos simbolosutilizadosno
ocultismoociden-tal e arquetipica.
Muitos
saobem
antigos; algunsremontam
aepoca
maisdistante
da
nossa organiza$ao neste planeta.Se
o
serhumano
for considerado quadruplamente,como
espirito,intelecto,
emo$6es
e
corpo, havera entao categoriasde
simbolosadapta-das a
cada
nivel.Os
simbolos mais simples e abstratos smgeometricos: oponto, a linha,
o
circulo,o
poligono, etc.O
nivel imediato,denominado
as vezes simbolos cotnpostos, abrange
imagens
como
a cruz, o "ankh"(simbolo
da
vida para os egipcios), a estrelade Davi
eo pentagrama
(simbolo
de
Salomao).O
terceiro nivel, caracterizado pelasimagens
humanas
ou de
animais,pode
serchamado
dspersonalizado.As
"Quatro
Sagradas Criaturas Vivas",
de
Ezequiel-
ohomem,
o
leao, a aguia e otouro
-
entram
nesta categoria, assimcomo
as formas antropoidesdo
arcanjo,
Maria
mae
de
Deus, Jesuscomo
o
Salvador'crucificado e Cristoo
rei. Talvez voce possa se lembrar de muitos mais,O
quarto nivelnao
6constituido
de
simbolos singulares,mas
de imagens
especialmenteesco-lhidas e ligadas entre si
como
uma
corrente.Na
pratica, este conjuntosimbolico din&rnico 6 organizado
como
um
trajeto visual dentrodo
qual"passamos"
de
um
estadode
consciencia para outro. Esses trajetosinteriores sao
chamados
pelo cabalistamoderno
viasde
trabalho;trata-remos
delas,com
mais detalhes, posteriormente.Se
considerarmos os quatro niveisde
simbolosque
descrevemos,quatro niveis
da humanidade.
Compreenderemos
que
os simbolosgeo-metricos dirigem-se
ao
nivel mais abstrato-
o
espiritoou
a
primeira causano
universo.Um
pontotem
localizagaomas nenhuma
dimensao.Uma
linha 6
um
ponto
prolongado,um
ponto que
avangana
diregaodo
infinito.
Um
circulo 6uma
linhaque
retornaao ponto
de
partida,uma
esp£cie
de
trajet6riasem
fim,formando
um
recintoonde
o
"espago" 6limitado.
Os
polfgonos-
quadrados, triangulos, hexdgonos, etc.-
repre-sentam
tipos especiaisde
recintos, cuja significagao e determinada pelonumero
dos seus lados.Os
simboloscompostos
expressam iddias maiscomplexas,como
erade
esperar.O
pentagrama, por exemplo,ou
estrelade
cinco pontas,representa a relagao especial entre os quatro elementos alqufmicos
(terra, ar, fogo e agua) e a quinta condigao
- o
6ter-
da
qual eles seoriginaram.
O
pentagrama
representa os nossos quatro niveis e a suarelagao
com
o
espirito. Este simbolo eusado
muitas vezesno
ocultismocerimonial.
Outra forma de
estrela 6 o hexagrama, desta vezcom
seispontas. Ele 6
composto
de
dois triangulos entrelagados,um
apontando
para cima,
o
outro para baixo.O
primeiro representa amateriaque
aspira"ascender"
ao
espirito;o
segundo, os principios espirituaisque
"descem"
em
diregao a materia.Em
conjunto, este simbolo retrata a perfeigao;no
primeiro caso,
Deus
no
Homem,
no
segundo, o reinodos
c6usna
Terra.Como
veremos, os simboloscompostos
fazem
partedo
niveldo
intelecto.Os
simbolos personalizados-
o
terceiro nivel-
dirigem-seprin-cipalmente &s nossas partes emocionais
ou
sentimentos,ou
aos niveisequivalentes
da
energiano
universo.Podemos
reconhece-los pela suaforma
humana
ou
animal.Enquanto
os dois primeiros tiposde
simbolosrepresentavam, respectivamente, principios e id6ias, esta terceira
cate-goria expressa a experiencia essencialmente
humana
y encontrada
nor-malmente
como
sentimentose
emogoes. Neste caso, 6o
coragaoque
fala,nao
a cabega. Considere,por
um
momento,
a
deleitosadeusa
gregaAfrodite, a
jovem
dos sonhosde
todo rapaz,ou
o
her6i bonitao, H6rcules,mal
saidodo
seu mais recente episodiode
bom
rapaz.Pense
(ou melhor,sinta)
no
soberbo tita Hdlios guiandoo
carrodo
Sol pelo c6u azul,ou
em
Maria,
mae
de
Jesus, vestidade
azul,ou no Horus
egipcio, o Falcaoda
Manha.
Sem
duvida,uma
ou
mais dessas imagensevocam
sentimentosCreio
que
dissemoso
suficiente sobre os simbolos para deixar claroque
eles interessam ao eu
interior-
ao
espirito, amente
superior e asemocoes
-
de
urnmodo
que
as palavras jamaispoderiam
conseguir.Os
simbolos
representam
verdades eternas. Essas verdadcs antigas saorealidades
que
existemna
alma, muitas vezes enterradasprofundamente
nos ocidentais
de
hoje,que
seesqueceram de onde
vieram, paraonde
estao indo e quern sao os seus antepassados.
Quando
estudamos
os sinais, aludimos aos sinaiscompostos
-diagramas
que
representam fluxos, processos e relagoes.Do
mesmo
modo,
os simbolospodem
ser agrupadospara
formar simboloscompos-tos,
chamados
por
vezesglifos.Os
glifospodem
assumir varias formas eter muitos usos.
Os
glifoscompreendem
alfabetos inteirosde
imagens
epodem
ser considerados supersimbolos.De
todos os glifos utilizadosno
ocultismo ocidental,o exemplo
supremo
e aArvore
da
Yida da
Cabala,chamada
OtzChiim
em
hebraico.Este
diagrama de dez
circulos e vinte eduas
linhas interligadas serve debase a to
da
uma
bibliotecade
simbolos, desde as formas geometricassimples ate as
complexas
formas personalizadas. Este glifo 6 a basedo
ritual
magico
e das suas praticas magicas.E
a
chaveda
filosofia,da
anatomia e
da
fisiologia ocultistado
Ocidente.E
o
grande
glifoda
alma
da humanidade
eda
natureza.O
simbolismo contidona Arvore da Vida
compensara
uma
vidade
estudos.Simbolos
Cabalisticos
A
Arvore
da Vida
e o glifo fundamentalda
Tradicao OcultistaOcidental e foi utilizada para
meditacao
e trabalho oculto praticodu-rante
inumeros
anos.Muitos
dos seus simbolos sao arquetipicos,o
que
significa
que
tern sentidoprofundo
para oshomens
de
todas as racas ecredos. Eles
encarnam
experienciashumanas
fundamentais,como
"mas-culinidade", "fenoinilidade", "maternidade", etc. Centenas
de
estudiososdo
ocultismoque
foram
criados neste ocultismoe
instrufdosno
seu usopratico,
comecam
a viver, a agire
a pensar dentro desse sistema.Traba-lhamos
com
ele todos os dias,meditando
sobre ele e interpretando a vidasonhos e o "psiquismo" aparecerao
em
fun^aodo
simbolismoda
Arvore
e,
ao
alcangarmos o estagioadequado
de
preparagao,o
trabalho ritualse baseara nele.
Para
que
a Cabala setome
partede
nossa vida, seu uso deve sercompletaraente automatico, se quisermos alcangar o seu pleno proveito.
Por
isso, euma
excelente ideiatomar
notas e tra^ar diagramas era todasas oportunidades.
Desse
modo, o
sisteraa se torna partedo
nossomundo
interior.
Nos
poucos
capftulos seguintes, concentrar-nos-emosna
Cabala ena
suaArvore da
Vida,de
modo
que devemos
dedicar urn brevetempo
pensando
nas origens deste grande sistema.A
palavraCabala
vem
do
hebraico
QBL,
Cabal,que
signifiesreceber. Assirn,Cabala
e "aquiloque
foi recebido".
Quanto
ao lugaronde
inicialmente teve origem,. os velhosrabinos diziam
que
ela nos foidada
pelos anjos. Havia,sem
duvida,um
segredo
em
tornodo
seu passado, segredoque
pode
ser responsdvel pelofato
de
que,embora
a maioriados
eruditos situe suas origensna Idade
Media,
a tradi^ao ocultista sustenta ser a Cabala pre-hist6rica.As
obrascabalistas surgiram, seguramente, nos
tempos
medievais,mas
6 possivelque
existisseuma
tradi^ao oral muito antes dessa epoca, transmitida"da
boca
para o ouvido" por gera^oesde
mestres a seus discipulos.Alguns
entendidos consideraram
que
as semelhangas entreoZendAvesta
zo-roastriano e a
Cabala
indicamque
os judeuspodem
ter recebido osprinefpios fundamentais
do
sistemada
mesma
fonteque
Zoroastro.Nao
obstante, durante
o
exflio, Daniel era conhecidocomo
Baltazar,o
Gran-de
Mago
da
Babilonia*A
maioriados
estudiososmodernos
nao
estd muito interessadaem
pesquisa
academica
por simesma;
quer algoque
possa ser utilizado hoje.A
Cabala 6
um
sistema vivo e se desenvolvecom
o uso, evoluindo,como
devem
evoluir todos os sistemasde conhecimento
destinados asobre-viver.
Os
elementos cabah'sticos sao freqiientemente classificados dentrode
quatro titulos:1)
Cabala
pratica,que
tratada magia
cerimonial;2)
Cabala
dogmatica,que compreende
a literatura e osiste-ma;
3)
Cabala
literal,que
trata das letras edos
seus valoresNegatividade
O
AbismoA
Luz
IlimitadaO
IlimitadoOV6u
4) Cabala oral,
que
seocupa
com
a atribui£ao dos sfmbolos asesferas
da Arvore da
Vida.Destas quatro divisoes,
o
ocultista ocidentalpraticante est&interes-sado principalmente
na
Cabala pr£ticae
oral, ernbora seja feitoalgum
trabalho
com
a
numerologia, envolvendo as letrase
palavras hebraicas,o
que
constitui parteda
Cabala
literal.Os
Triangulosna Arvore
Otz Chiim, a
Arvore
da
Vida, e,na
verdade, aArvore
do
Conhe-cimento
do
Bern
edo
Mat. Ela 6composta de dez
circulosou
esferaschamadas
sephiroth,que
significa"emanates".
A
forma
singularde
sephiroth 6 sephirah. Estas sephiroth sao dispostas
em
tres triangulos,ficando
o
ddcimo
circulo isolado embaixo,conforme
6mostrado
pelafigura
2
na pdgina anterior,Os
triangulos sao ligados entre sipor
vinte e duas linhasou
carni-nhoS) mas, por enquanto, ignoraremos os caminhos.
Observe a
figura3A
a seguir e
guarde
a suaforma
geralbem
claraem
sua mente.Os
circulosda
figura2
representam estagiosno
desenvolvimento das coisas-
em
especial a evolugao
do
universo eda
alma,Os
circulos saonumerados
de
1 a 10
de
acordocom
a linhaem
ziguezaguechamadam/o,
que
&s vezes6 ligada
ao
diagrama da
Arvore.Veja
a figura3B
a seguir.Se
voce se perguntar porque
as esferasna
Arvore
nao
podem
simplesmente ser dispostas
em
linhacomo
uma
s6riede
contas, a razaoe
que
aArvore
representaum
conjuntode
relates,nao
apenasuma
seqiiencia
de
eventos.Os
PilaresAs
dez esferasda
Arvore
podem
ser consideradascomo
tres linhasA
B
Figura 3.
Os
Triangulos naArvore sao mostradosem
(A), enquantoem
(B) vemoso Raio
complementares
de
atividade, passividade e equilTbrio.Os
pilareslate-rals
representam
sempre
os complementares, enquantoo
do meio
retratao estado
de
equilibrio entre eles.Veja
a figura 4.O
simbolismodo
pilar,como
todas as relagoesna
Arvore,pode
seraplicado igualmente
a
humanidade
ou
ao universeA
significagao dasforgas
complementares
da
Arvore
se tornara clara amedida
que
pros-seguirmos a nossa investiga§ao.
Observaremos
urn circulo pontilhadoentre os circulos
um
e seis; ele representauma
"sephirah invisivel",Severidade
c
MansidSo CornpaixSo
Figura 4.
Os
trespilares: severidade, compaixao e mansidaoos pilares muitas vezes
eram
chamados
de
Severidade (ativo),Compaixao
(passivo) e
Mansidao
(equilibrio).As
Letras HebraicasDizem
que
um
professorde
hebraiconuma
universidade inglesainiciou sua primeira prelegao
com
as palavras: "Senhoras e senhores, estae a lingua
que
Deus
falava." Talvezestivessesendo
urnpouco
exclusivista,escrituras
da
cultura ocidental foi indiscutivelmente escrita nes&a linguaantiga,
H£
vinte e duas letrasno
alfabeto hebraico.Sao
todas consoantes.Os
sons vogais,ou
"pontos", forara acrescentados posteriormente.Diz
alenda que, durante a Criacjio,
Deus
fez desfilar diantede
Si as vinte eduas
letras e "viuque
eram
boas".Recebida
a aprovagao divina, as letrasforam
consideradas sagradas, cadauma
representandouma
ideia eum
som.
A
forma
atualdas letras e semelhante aos objetosque
originalmentese
supunha
que
representassem.Desse
modo,
Shin, a vigdsima primeiraletra, representa o dente da serpente, enquantoXop/i, a
ddcima
primeira,uma
palmeira.O
hebraicosempre
fascinou os ocultistas cristaos, por ser antigo eparecer estranho e misterioso.
Os
seus sons saoincomuns
e por vezesguturais, e
sugerem
coisas curiosas e secretas fora dos limitesda
vidahumana
comum.
A
esta altura, vocepode
estar seperguntando
seprecisara aprender
o
hebraico antesde compreender
aArvore
eutiliza-la.
A
resposta 6um
simples "nao".A
Arvore
eum
sistema universalde
relacoes.
Pode
ser expressaem
qualquer lingua e epoca.Uma
vezque
aArvore
pode
serutilizadasem
nenhum
conhecimen-to
de
hebraico,por
que
entao estamos fazendo digressoes para levarem
conta esta lingua?
Antes de
tudo,porque
as ideias cabalfsticasforam
ori-ginariamente expressas
em
hebraicoe
muitas obras subseqiientes,como
os elementos
da
Aurora
Dourada, basearam
grande partede
suas teoriase praticas nas letras
e
seus significados. E,em
segundo
lugar,porque
centenas
de
estudiososdo
ocultismo,meditando
e trabalhando sobre elasno
ritual,tornaram
o
hebraicouma
especiede
centrono
inconscienteda
Tradicao Ocultista Ocidental.O
moderno
ocultista, assim diz a teoria,pode, atrav6s
da
reflexao sobre as letras, sintonizarcom
esse conjuntode
ideias e experiencias.
Voce
deve tentar issopor
simesmo.
Alguns
acham
isso proveitoso, outros nao.
No
entanto, se deseja estudar a literaturada
Cabala e a
Arvore
da
Vida, e necess&rioum
conhecimento
basicode
como
as letras se ajustam a Arvore,Desse
modo,
iremos apresentando-asa
medida
que
continuarmos o nosso estudo.Como
dissemos,ha
vinte e duas letras, todas consoantes.O
he-braico
nao
tem
nenhum
sinal para osnumeros, de
modo
que
seda
acada
letra
um
valor numerico.Os
antigos rabinosusavam
essa caracteristica,valores das letras isoladas
que
compoem
urna palavra sao totalizados, asoma
obtidapode
sercomparada
aos resultados ajustados a outraspalavras.
Todas
as palavrascom
urn totalcomum
sao consideradascomo
tendo
uma
afinidade especial.As
proprias letrassao utilizadasna Arvore
de
urnmodo
que examinaremos
mais tarde,de
forma
que,embora
nao
sejamos obrigados a usa-las, vale a
pena
conhece-las.Os
cabalistas dividem as letrasem
tres grupos: leiras-mae, letrasduplas e letras simples.
Ha
tres letras-mae, sete duplas edoze
simples.Porem,
posteriormente,ha
uma
quantidade maior.O
quadro
1, adiante,oferece urn
resume
Este desvio
da
nossa explanacao basica sobre a estruturada
Arvore
foi necessario
porque
as letras e seus valores numericos apareceraodaqui para diante.
A
Arvore
como
um
Todo
Ate
aqui estivemos considerando aArvore
como
se fossesimples-mente
dez circulos dispostosnuma
configuracao. Esses circulos sedis-poem
em
tres triangulos maisum
circulo embaixo.Podem
tambem
serconsiderados
como
tres pilares verticais.Ha
tambem
outrasconfigu-rates
importantes,mas
so teraomaior
significagaoquando
tivermosconsiderado a
Arvore
como
ilm todo,Voltando
a figura 2, voce vera as dez sephiroth reunidas por vintee duas linhas
ou
caminhos.Cada
esfera 6numerada
como
6mostrado no
Raio
(figura3B)
etambem
ternum
nome
hebraico.Os
caminhos
saonumerados,
comegando
por 11 (continuando a seqiiencianumerica
dassephiroth) e terminando
em
32
na basedo
glifo.O
diagrama
totalforma
os "32 Maravilhosos Sislemas
de
Sabedoria".As
letras sao ligadas aoscaminhos,
nao
as sephiroth. Aleph, a primeira letra,e
atribufdaao
primeiro caminho,
numero
11.O
Tau, a ultima, e posta sobre ocaminho
final,
o
trigesimo segundo.De
uma
olhadano
diagramada
Arvore e v& diretamente anume-ragao.
Se
desenhar a sua propriaArvore
e fizeralgumas
copias dela,Po-Quadro
L
As
letras hebraicasLetra Pronuncia RepresentagSo Valor Tipo
X
Aleph Boi 1MSe
3
Beth Casa 2 DuplaJ
Ghimel Camelo 3 Dupla1
Daleth Porta 4 Duplan
HS
Janela 5 Simplesi
Vau
Unha
6 SimplesT Zain Espada 7 Simples
n
Cheth Cerca 8 Simples&
Teth Serpente 9 Simples^ lod
Mao
10 Simples31
Kaph
Palmeira 20 (500) Dupla*
Lamed
AguilhSode boi
30 Simples
»D
Mem
Agua
40 (600)MSe
J)
Nun
Peixe 50 (700) SimplesD
Samekh
Coluna 60 SimplesV
Kwain Olho 70 SimplesW|
Fc
(Phe) Boca 80 (800) Duplaxr
Tsade Anzol 90 (900) Simplesp
Koph
Parteposterior da
cabeca
100 Simples
n
Resh Cabeca 200 Dupla?y
Shin Dente 300MSe
n
Tau
Cruzem
forma de
T
deria,
por
exemplo, praticarescrevendo asletras hebraicas e copiando-asao longo dos caminhos.
Agora,
uma
ideia importante.A
Arvore
eum
simbolo relativo,nao
um
simbolo absoluto,O
glifo representadez
estados fundamentals ea
relagdo entre eles.
A
primeira sephirah representasempre
o
ponto
de
partida
de
algo-
o
estado inicial,o
agente motor,a
origem.A
ultima,Malkuth, expressa a condi^ao final
-
o
resultado,o
fimda
mat6ria.As
outras sephiroth indicam etapas entre
o
comego
eo
fim e arelagao entreelas.
Usando
a
Arvore, escolhemosuma
das sephiroth, geralmentea
primeira
ou
a
ultima, e a associamos aalguma
id6iaque
estamosprocu-rando compreender.
Utilizamos entaoo
restantedo
glifo pararepre-sentar condi<joes associadas.
Suponhamos,
por
exemplo,que
estamosbuscando
compreender
a
natureza interiorda
humanidade.
Poderiamos
associar a primeira sephirah ao mais elevado aspecto
da
humanidade,
o
agente motor,
o
espirito.A
decima
sephirah poderia entao ser utilizadapara representar
o
resultado final, amais densa ecomplexa
manifestagaodo
Espirito-
o corpo
fisico.As
sephiroth intermediarias simbolizariamentao o intelecto, as
emogoes
e os instintos, as condigoes "entre"o
primeiro e o ultimo estado.
Ora,
para
tomar
outro exemplo: considere Kether,a
la sephirah*como
a causa primeiraou
Deus.A
ultima esfera, entao, Malkuth, poderiaexpressar
a
criagaode
Deus, o universo.As
sephiroth intermediariaspoderiam
ser consideradas entao etapas e inter-relagoesda
evolugao.Uma
iddiapode
ser associada auma
esfera intermediaria.Ainda
pensando
no
universo,o
nosso proprio Sol-
com
todas as suasasso-ciates
religiosas e mitol6gicas-
poderia ser "ligado" a 6a sephirah,Tipharet. Poder-se-ia entao atribuir
o
planetaTerra a Malkuth, deixandoque
a primeira sephirah, Kether, simbolize a causa primeira (seja qualfor
que
voce considere).Precisaremos
de
mais elementos paraexemplos
detalhados.Con-tudo,
sabemos
agoraque
o glifonao
6
absolutamenteum
conjunto rigidode
simboloscom
significados fixados para sempre.Temos,
ao
contr&rio,um
instrumento filosofico, psicologico emagico de grande
versatilidadeque,
como
qualquer ferramenta,temos de
aprender a usar.Os
caminhos
aindanao foram
estudadospormenorizadamente.
Por
condigoes, enquanto os
caminhos representam
etapasde
mudanga
entreuma
condigao sefirotica e outra.As
SephirothCada
uma
dasdez
sephiroth recebeuma
denorninagao.Veja o
Quadro
2
para
as definigoes e pronunciascommas. Alguns
dessesnomes
sao cheios
de
significagao eproporcionam
pistasquanto a
importanciada
esfera.Por
exemplo, Kether, onome
da
primeira sephirah, significa"a Coroa".
As
coroas sao associadas a reis e rainhas; ficamno
altoda
cabega
e saomais
altasdo que
a propria cabega; e assimpoderiamos
prosseguir.
Vale
apena
despender
agora alguns instantes e,em
seguida,deixar
que
a sua cabega se entretenha tranqiiilamentecom
as ideiasque
as
denominagoes
sugerem. Sejacomo
for, Malkuth,Netzach
eHod
poderiam
faze-lo pensar,com
seus titulos,no
reino,no
poder
e n&gldria.Para
nosacostumarmos
asdenominagoes
sefiroticas, utiliza-las-emos,durante
algum
tempo,em
vez dos numeros.Lembre-se
de
que
o
melhor
modo
de
aprender a respeitoda
Arvore
€ usando-a.
Desenhe
o
glifo muitas vezes,tome
notas sobre ele, meditea seu respeito e reflita sobre os seus simbolos. Utilizemo-lo agora
como
um
diagrama
representandoo
processode
descensodo
universo at6 amateria, desde a sua
origem
ate a suaforma
material.A
seqiienciaobedece
aocaminho do Raio
(Veja figura 3B,na
p£gina 28).Considere agora a figura 5.
Descubra
primeiroKether na
Arvore.Ver&
tres faixasde
radiagao sobre ele. Elasrecebem
onome
de
os tresveus.
A
ideia eque
Kether
deve ter vindode algum
lugar, e os veusrepresentam
a
condigao anteriorde onde
Kether
emergiu.O
veu
maisafastado 6
chamado
negatividade, o seguinte,o
ilimitado, eo
maisproxi-mo
de
Kether,a
luzsem
Unities. Essas ideias seraoexaminadas
na
subdivisao
do
capituloCosmogonia.
Da
luz ilimitada cristalizou-seo ponto
primordial, Kether. Perfeitoe independente, ele
permanece
na
eternidade, focode
um
circulo cujocentro esta
em
toda parte e cuja circunsferencianao
estaem
partealguma. Depois,
obedecendo
aalgum
misterioda
sua natureza,ou
um
•
Quadro
2
Denominagoes seftrdticasSephirah Denominac^o Pronuncia Definiqao
1 Kether K£-ther
ACoroa
2
Chokmah
Holc-ma"(h aspirado)
Sabedoria
3 Binah Bi-n2 CompreensSo
4 Chesed Hess-ed CompaixSo (ou
Majestade)
5 Geburah Gebb-u-ra" Severidade (ou fonja)
6 Tipharet Tif-a-ret Beleza (ou
Equilfbrio)
7 Netzach Nett-zac Vittiria (ou Poder)
8
Hod
Hod
(o fechado) Gl6ria 9 Yesod Yess-od (o fechado)A
Baseo
movimento.
Com
um
fragorde
silencio,a
energia ilimitadade Kether
rompeu
os limites e escapou parao
vazio infinito.Esse
incrivelmovimen-to
de
pura existenciapode
ser simbolizado porChokmah.
A
acao,pordm,
gera reacaoem
qualquer sistema feehado; e estesistema, quase infinito
em
sua grandeza, esta ainda limitado pela esferade
atencaodo
seu criador.Nao
ha
linhas retasno
cosmo.As
forgasreativas
transformam
a linha retanuma
curva e, finalmente,num
circu-lo.
A
energia ilimitadade
impulsaode
Chokmah
foi confinada,encer-rada
num
circulode
sua pr6pria criacao.Como
forcaincondicionada, elase extinguiu; mas,
ao
extinguir-se,deu origem
a primeira id6iade
forma,um
circulo feehadode
energia, simbolizadona Arvore
pela terceirasephirah, Binah.
Estas tres primeiras sephiroth constituem
um
modelo de
grandeimportancia,
um
trianguloque
drepetido nos nfveis inferioresda
Arvore.Os
elementos deste prot6tipo sao a unidade (Kether) e a dualidade(Chokmah
- Forca;Binah
- Forma).A
unidade (Kether) 6um
ponto;assim,
tem
posigao,mas
nao
dimensao.Deve
adquirir "largura" e"al-tura" para manifestar-se.
Da
unidade dimensional zerodo
ponto
em
Kether proveio a linha unidimensional
em
Chokmah,
que
se torna,Finalmente,
o
circulo bidimensionalem
Binah.Estamos,
sem
duvida, brincandocom
id^ias eusando
um
bocado
de
imaginacao.Mas
oque
importa, se,usando
estesm6todos
na
simplesestrutura
da
Arvore,podemos
ter percepcoes que,de
outra forma,poderiam
nos ter sido negadas?Se
o universo 6uma
iddiana
Inteligenciade
Deus, entao n6s,que
somos
criados aimagem
esemelhanca de Deus,
podemos
igualmente irem
frente e fazero
mesmo!
Pois
bem!
Voltando
aArvore
como
um
glifodo
universo, oimpor-tante grupo seguinte
de
sephiroth 6 Chesed-Geburah-Tipharet.Temos
mais
uma
vezum
triangulo, mas, desta vez, ele aponta para baixo.Novamente
6 a acao doscomplementares
-
aquiChesed
eGeburah
-que
criauma
nova
condicao. Este triangulo,por6m,
6um
reflexodo
primeiro. Originalmente,
da
unidade resultou a dualidade.Agora
oselementos
da
dualidade,Chesed
eGeburah,
sejuntam
eda
sua uniaonasce a nova unidade
de
Tipharet.Ha
uma
unica realidade; tudo maissao imagens e reflexos.
Ora, este
segundo
triangulo acrescentou outradimensao
a simplesNegatividade
O
Abismo
OV6u
A
Luz sem
limitef
\
O
IlimitadoKether