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O século XVIII em questão e as raízes do atraso Português

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PORTUGAL E O SÉCULO DAS LUZES: O DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS DURANTE O ILUMINISMO

Wagner Chaves Bizerra Junior1

UEM

Resumo: O século XVIII ficou conhecido por “Século das luzes” devido à ascensão do

pensamento Iluminista que reconfigurou o mundo no âmbito social, econômico, político e científico. Não é fácil definir Iluminismo em algumas poucas palavras, haja vista, a imensa relevância que ele trouxe nas mais diversas áreas do pensamento humano. No que tange a esfera política, por exemplo, através dos ideais pregados por filósofos iluministas, sobretudo na França, pois fim ao regime absoluto de Luís XVI.

Obviamente não podemos caracterizar o iluminismo como um fenômeno homogêneo. Entre os vários pensadores que ganharam a alcunha de iluministas, há inúmeros pensamentos divergentes. Entretanto, pautas como liberdade individual, representação política e o fim do poder absoluto dos reis estavam no cerne da discussão.

Neste bojo, não apenas Portugal, mas diversos países da Europa não viram com bons olhos o que se passava na França, e na medida do possível, buscavam frear os avanços iluministas em seus territórios.

Durante o século XVIII em Portugal, podemos observar em três reinados diferentes (João V, José I e Maria I) a tentativa de modernizar o Estado, desenvolver a economia e as ciências através de um viés iluminista, salvo as exceções, naturalmente.

Este trabalho tem por objetivo, elaborar uma breve síntese sobre o desenvolvimento das ciências em Portugal durante o iluminismo, privilegiando as inovações, rupturas e continuidades envolvendo o século XVIII.

Palavras-chave: Portugal; Iluminismo; Século XIII.

O século XVIII em questão e as raízes do atraso Português

1 Graduando em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá. e-mail: wagnerchavesjunior@ gmail.com

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O século XVIII foi um laboratório económico, social e filosófico que moldou os anos que se seguiram. Grosso modo, a historiografia utiliza o ápice do século - A Revolução Francesa - para demarcar o fim da era Moderna e o início da Idade contemporânea. Nesses quase 300 anos que compreendermos por Idade Moderna, Portugal foi de potência ultramarina a um Estado em expressão dentro do continente europeu. Os motivos para o atraso lusitano podem ser compreendidos através de vários aspectos, entre ele, uma tradição mercantil, que aos poucos fora solapada pela presença dos holandeses que dominaram o comércio mundial no século XVII.

A partir do século XVII, com as invasões dos franceses ao Rio de Janeiro e dos holandeses no Nordeste e devido as crescentes dificuldades enfrentadas pelos portugueses em suas possessões no Oriente, a coroa lusitana se viu em necessidade de administrar as áreas coloniais com maior diligência. Essa valorização do Brasil e de áreas do vasto Império lusitano, sobretudo no século XVIII pode ser compreendida tanto na situação a qual se passava em Portugal como um Império em decadência, quanto às novas possibilidades de comércio concebidas pela Revolução Industrial. (BOXER, 1969, p. 149)

No campo científico a derrocada portuguesa em relação aos outros países era ainda mais nítida. Já no contexto do século XVIII, segundo Soares, “a paisagem intelectual era de irrisória pobreza. Portugal não tinham escritores filósofos, economistas. Resultado deplorável de mais de 150 anos de atraso [...] (1983, p. 217). De fato, parece que Portugal ficou alheio da Revolução Científica do século XVIII que trouxe cientistas e pensadores como Galileu (1564-1642), Isaac Newton (1742-1727), Descartes (1596-1650) e Francis Bacon (1561-1626).

Aqueles Estados cujos pensadores, filósofos e cientistas tiveram maior participação e relevância, desenvolveram muito mais rapidamente às bases do Iluminismo em relação aqueles que não passaram pela Revolução Científica. Essa raiz se tornou mais profunda em nações como França e Inglaterra, e a partir delas se espalhou pela Europa. Segundo Falcon,

[...] de um lado, os centros de irradiação que imprimem sua direção ao mundo do pensamento e da prática ilustrados - França, Inglaterra, Itália, Alemanha; de outro lado, os países receptores, sociedades defasadas. que buscam no movimento ilustrado uma ideologia de progresso, civilização, um argumento em favor das políticas ‘modernizadoras’: Espanha, Portugal, Suécia, Rússia, Polônia e parte do Império Otomano. (FALCON, 1993, p. 104).

O atraso português não permitiu o fomento de um iluminismo “tipicamente” lusitano, mais um reflexo do que Falcon chama de “Europa Francesa.”

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Chamamos de Iluminismo o movimento intelectual que surgiu na Europa em finais de Século XVII e foi dominante durante o século XVIII; ele abarcou a filosofia, as ciências sociais e naturais, a educação, a economia e demais áreas do conhecimento, sempre se valendo dos ditames da razão para compreender o mundo e o Homem.

Por se tratar de um período demasiado grande, a alcunha de “iluministas” ou “ilustrados” foi dada um é enorme números de pensadores dos mais diversos campos. Não podemos caracterizá-lo como um fenômeno homogêneo, pois o mesmo se deu em locais diferentes e com intensidades diferentes. Na França, os escritos políticos puseram fim ao Antigo Regime absolutista de Luís XVI, o que freou os avanços desse pensamento em lugares ainda dominados pelos reis absolutos.

No entanto, o Iluminismo extrapola questões política, de modo que encontrou na educação, na economia e nas ciências um modo de penetrar lugares onde o poder do rei era mais forte.

Diante deste cenário, buscamos então comparar três reinados distintos que ocorreram no século XVIII em Portugal e observar quais posturas “ilustradas” os monarcas tomaram em relação ao desenvolvimento científico.

O período Joanino e a Aurora do pensamento Ilustrado

Encontramos durante o reinado de D. João V (1706-1750) uma aurora do pensamento Ilustrado ainda que, de certa forma, encoberto por uma penumbra. Seu governo foi marcado por seu mecenato2 em relação à livros, cartas náuticas e instrumentos de observação e matemáticos.

(FURTADO, 2014, p.229).

É provável que D. João V estivesse imerso no espírito do colecionismo do século XVIII, porém, além de buscar novos títulos e grandes volumes de livros, ou os aparatos científicos mais modernos, era preciso também aplicar através de um projeto educacional.

O Colégio das Necessidades desempenhou importante papel no programa científico joanino. Ali os oratorianos ensinavam a nova filosofia de Newton e Descartes e os livros, reunidos na biblioteca, eram essenciais para a renovação do ensino dessas ciências, segundo o ensinamento desses autores. (FURTADO, 2014, p. 230)

2 O mecena ou mecenato é caracterizado pelo financiamento da ciência e da arte por parte de um monarca.

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Uma característica do ensino em Portugal é a constante presença das ordens religiosas, como Jesuítas, oratorianos e, posteriormente, jansenistas. Essa característica se manteve mesmo após a expulsão da Companhia de Jesus pelo Marquês de Pombal em 1559. Diante disso, é de suma importância dizer que o projeto de ilustração lusitana foi desempenhado, em grande parte, por padres ou religiosos.

O principal problema que a Ilustração Joanina buscou solucionar foi as questões de fronteiras das suas possessões na América. Com as descobertas do ouro aurífero na região das Minas Geraes e do avanço português em direção ao rio da Prata iniciou um embate entre as coroas Portuguesa e Espanhola. (COSTA; MENEZES; RODRIGUES, 2014, p. 442). Os escolhidos para essa empreitada foram os padres italianos Gioavanni Baptista Carbone e Domingos Capasse, ambos membros da Companhia de Jesus e instruídos em matemática e astronomia. A presença de homens de outras nacionalidades em Portugal é figura constante neste período. O “estrangeirado”;

[...] é uma figura intelectual característica da cultura portuguesa do Século XVIII. Inserindo-se no quadro geral da Ilustração europeia, é no ‘estrangeiro’, em países que se fazem distinção de Portugal, em contato com uma outra realidade e com as novas posturas político-filosóficas, tributárias de Descartes, Newton, Locke e Bacon” (COSTA; MENEZES; RODRIGUES, 2014, p. 439)

A figura do estrangeiro não ficou resignada apenas ao período Joanino; ela marcou também a administração Pombalina, sobretudo após a expulsão dos jesuítas e da criação de um novo corpo docente para Universidade de Coimbra.

Nesse bojo, a missão dos padres matemáticos (trabalho que duraria 18 anos desde a chegada dos Padres no Rio de Janeiro em 1730 o término da expedição em 1948) seria delimitar as fronteira do Brasil com um veredito favorável à Portugal, sobretudo a região da Colônia de Sacramento (COSTA;MENEZES; RODRIGUES, 2014, p. 443-444).

Grosso modo, o Período Joanino ficou caracterizado por seu financiamento das Artes e das ciências em Portugal e uma crescente preocupação com o ensino técnico em áreas como engenharia e cartografia. Para Costa, Menezes e Rodrigues (2014, p. 439), D. João lançou as bases das reformas de cujo ilustrado que foram intensificados durante o reinado de José I.

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O reinado de José I (1750-177) foi marcado pelas políticas Reformistas de seu Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Pombal exerceu o cargo de Diplomata em Londres e em Viena durante o Reinado de D. João V. Durante esse período, “cabia aos embaixadores em serviços nas cortes estrangeiras adquirir livros, pinturas, estampas, tapeçarias, mapas, instrumentos matemáticos e o que mais servisse à curiosidade intelectual dos savants portugueses” (FURTADO, 2014, p.233). A vivência em cortes ilustradas e o aval para adquirir os produtos que lá eram produzidas fomentou uma “rede de informações” almejada desde os tempos de D. João.

Entre as diversas reformas promovidas por Pombal duas merecem destaque ao nosso propósito: primeiramente a expulsão dos Padres Jesuítas das posses Portuguesas em 1759 e a Reforma da Universidade de Coimbra em 1772.

A expulsão da Companhia de Jesus colocou fim a uma tradição centenária que vinha desde o início do processo de Colonização do Brasil em meados do século XVI. A gênese do pensamento ilustrado do período Joanino em Portugal tinha os Jesuítas como pedra fundamental, já que historicamente a Companhia de Jesus era caracterizada por um “[...] ideário pedagógico e científico marcado pela modernidade renascentista do século XVI (COSTA; MENEZES; RODRIGUES, 2014, p. 445), entretanto, com a expulsão dos Jesuítas das possessões portuguesas, seria pertinente a criação de um novo quadro secular de pessoas dotadas das capacidades necessárias para a educação portuguesa que fora “totalmente elaborada de seu princípio, sem apoios anteriores” (CARVALHO, 2001, p. 465) e, embora, houvesse o término do monopólio dos Jesuítas, isso não significou o fim do domínio eclesiástico na pedagogia (FALCON, 1993, p. 209).

Novamente Portugal recorre a homens do estrangeiro para suprir a lacuna deixada pelos Jesuítas. Para Martins,

Este êxodo generalizado e extermínios de importantes sectores da vida intelectual, intensificados durante toda a década de sessenta, tinham colocado o país num absoluto e lamentável vazio pedagógico e científico. Só esta situação deplorável a que tinha sido reduzida a actividade cultural e científica justificou a necessidade de se recorrer a professores italianos para reactivarem alguns sectores do ensino que, entretanto, tinham sido completamente desmantelados desde finais da década de cinquenta. Foi nestas circunstâncias que vieram para Portugal os professores Antonio Dalla Bella e Domingos Vandelli (MARTINS, 2013, p.68).

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Antonio Dalla Bella e Domingos Vandelli vieram para lecionar na reformada de Universidade de Coimbra nos novos cursos de matemática e Filosofia Natural. Em 1770, portanto dois anos antes da reforma, Pombal formou Junta de Providência Literária que tinha por objetivo “examinar ‘com toda exactidão’ às causa da ‘decadência, e ruína’ a que tinham chegado os estudos universitários (CARVALHO, 2001, p. 462). O resultado foi publicado

Compendio historico do estado da Universidade de Coimbra (1771) cuja culpa recaiu sobre a escolástica

jesuíta.

A reforma da Universidade de Coimbra tinha como objetivo inserir em Portugal o pensamento ilustrado vigente na Europa. Para isso, além de novos cursos, foram reformulados os cursos de Teologia, Direito e Medicina. Foram edificadas novas construções que foram anexadas à Universidade: um Gabinete de História Natural, um Jardim Botânico, o Gabinete de física experimental e o Laboratório químico, todos com a finalidade de que “[...]estas sciencias se aperfeçoam cada vez mais; e se enriqueçam com descobrimentos novos [...]” (ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, 1772: 09). A reforma universitária tinha por objetivo não apenas inserção do pensamento ilustrado em Portugal, possuia também a tarefa de estudar de forma sistemática as possibilidades de ganho nas terras além-mar. Sobre a necessidade de se ter um Jardim Botânico, por exemplo, os Estatutos dizem que:

No lugar, que se achar mais proprio, e competente nas vizinhaças da Universidade, se estabelecerá logo o dito jardim: para que nelle se cultive todo o genero de Plantas; e particularmente aquellas, das quaes se conhecer, ou esperar algum prestimo na médicina, e nas outras artes; havendo o cuidado, e providencia necessaria, para se ajuntarem às Plantas dos meus Dominios Ultramarinos, os quaes tem riquezas immensas no que pertencem ao Reino Vegetal. (1772: 391).

Nota-se a crescente preocupação em saber o que havia além das parragens litorâneas das terras brasileiras e descobrir novas plantas ou minerais que viessem a gerar ganhos à coroa. Essa busca por recursos fomentou as expedições que cortaram o território brasileiro em finais do século XVIII.

Às viagens Philosophicas e a concretização do Projeto Pombalino

Com a morte de José I, Pombal deixou o cargo de Ministro cinco anos após a reforma de Coimbra. A criação de novos cursos não apresentou resultados satisfatórios, pelo contrário. Para Carvalho (2001), por exemplo, fundamentado pelo número de estudantes que ingressaram nos cursos imediatamente pós-reforma apresenta ainda, um cenário apático, mas ele prossegue

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afirmando que faltou a Pombal a percepção de que sociedade portuguesa não era capaz de acompanhar o progresso das demais universidades da Europa (2001, p. 501), ou como afirma Dias, “a falta de homens capazes [no caso do Brasil], eram em virtudes de tais circunstâncias, frequentemente levados a trocar os gabinetes de estudos, por ocupações administrativas ou cargos políticos e judiciários” (DIAS, 1968, p 151; SILVA, 2014, p. 53).

Os cursos de Filosofia Natural e Matemática não traziam o mesmo prestígio com os cursos de Direito ou Medicina. Para, além disto, havia a insegurança de qual profissão exercer com essa formação. Um caso clássico de quem deixou o campo e o gabinete de estudos pela vida política foi José Bonifácio de Andrada, que apesar de suas contribuições para a mineralogia e metalurgia é relembrado hoje, quase exclusivamente por seus escritos políticos.

Maria I reinou entre 1777 a 1816 (após 1792, seu filho, D João atuou como regente), e seu governo foi marcado por conflitos, sobretudo com as Guerras Napoleônicas no início do Século XIX e com a fuga da família real para o Brasil em 1808.

Podemos compreender o Reinado de Maria I como o momento de maturação do movimento iniciado no período joanino e com as reformas pombalinas: a manutenção os estatutos da Universidade; o término dos anexos da Universidade como o Jardim Botânico e Laboratórios; a criação da Academia Real de Ciências (1779); o fim da censura de inúmeros livros; a Criação da Tipografia do Arco de Cego; a manutenção de professores como o italiano Domingos Vandelli, que assumiu a cátedra de História Natural em 1772 e coordenou de Portugal às Viagens Philophicas por todo Império Lusitano, condicionando o inventário das viagens no Real Museu e no Jardim Botânico do Palácio d’Ajuda (SILVA, 2014, p.56-57).

Com a formação dos primeiros filósofos naturais por Coimbra a Coroa passou a financiar expedições tal quais aquelas realizadas pelos Padres matemáticas durante o Período Joanino, porém, agora, com ex-estudantes de Coimbra. As chamadas Viagens Philosophicas buscaram o maior conhecimento das possessões Portuguesas, tanto na América, quando na África. Para Silva,

A partir do ministério de Pombal, uma série de governantes e vassalos ilustrados concebeu o plano de inventariar as ricas produções naturais de sua principal colônia numa atitude pragmática de torná-la mais rentável para a Coroa e para os próprios colonos (SILVA, 2014, p. 47).

Para mencionar apenas algumas, temos a Viagens de Alexandre Rodrigues Ferreiras pelas Capitanias do Grão-Pará e Maranhão e São José do Rio Negro; a Viagem mineralógica de Manuel

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Arruda da Câmara pelo Nordeste Brasileiro; a viagem de Joaquim José Silva em Angola; de João da Silva Feijó em Cabo Verde e a viagem Botânica do Frei José Mariano da Conceição Veloso pela região fluminense, este último que não foi aluno de Coimbra, mas tem papel fundamental dentro da ilustração luso-brasileira.

Outro personagem que merece destaque deste período foi o ministro de Estado da Marinha e Ultramar D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1795-1801). Como um “autêntico ilustrado”. D. Rodrigo busco criar um programa científico que “combinavam com a criação de instituições de ensino científico e de meios de divulgação científica e tecnológico e com o desenvolvimento de uma estrutura tecnológica “(CAROLINO, 2014, p.193).

A criação de “meios de divulgação” foi das principais contribuições de D. Rodrigo. Juntamente com Frei José Mariano da Conceição Veloso, D. Rodrigo fundou a “Typographia Chalcographica, Typoplastica e Litteraria do Arco do Cego”; a oficina tipográfica tinha por objetivo publicar livros referentes a temas considerados estratégicos como náutica, medicina, ciências naturais, e sobretudo, a agronomia. A dita oficina funcionou durante 28 meses entre 1799 e 1801 publicando 83 títulos; com esse projeto, Frei Veloso queria muito mais que apenas disseminar informação em Portugal, ele buscava também garantir a autonomia portuguesa para publicação de livros.

Considerações finais

Neste artigo apresentamos apenas alguns fatores que contribuíram para o avanço das ciências em Portugal durante o século XVIII. Por se tratar de um período consideravelmente longo e heterogêneo, não conseguimos abarcar todos os elementos que compreende o processo. O principal objetivo foi traçar um fio condutor da maturação da Ilustração lusitana no que diz respeito ao desenvolvimento científico iniciado por D. João V e que foi aprimorada pelos monarcas seguintes.

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DIAS, Maria Odila da Silva. Aspectos da Ilustração no Brasil. Revista do Instituto Histórico e

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FALCON, Francisco José Calazans. A época Pombalina. São Paulo: Ática, 1993.

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