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Pesquisa Científica. Pesquisa Científica

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Academic year: 2021

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1 P e s q u is a C ie n tí fi c a Pesquisa Científica

Pesquisa Científica

Nas universidades, centros universitários e faculdades é muito comum a realização de trabalhos de Conclusão de Curso. Para a realização do chamado TCC, é fundamental a compreensão de que tais trabalhos são o resultado de pesquisas científicas realizadas pelos estudantes / pesquisadores, ou seja, a pesquisa como um tipo de atividade que envolve fases, etapas desde a elaboração de um projeto de pesquisa até a apresentação da monografia.

Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização de pesquisas são os seguintes:

● formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses;

● efetuar observações e medidas;

● registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o intuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada;

● elaborar explicações ou rever conclusões, idéias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações ou com as respostas resultantes;

● generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução;

● prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar que surjam certas relações (CERVO; BERVIAN, 1996, p.46-47).

As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Quanto às suas finalidades, as pesquisas podem ser divididas em dois grandes grupos: puras e aplicadas. No primeiro, encontram-se os estudos motivados por razões de ordem intelectual e, no segundo, as pesquisas que objetivam resultados de ordem prática.

Se a pesquisa pura pretende alargar a fronteira do conhecimento, a

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disponíveis para responder às demandas da sociedade em contínua transformação.

Ao tomarmos como critério de classificação o procedimento geral de que se valeu o pesquisador, podemos classificar as pesquisas em

Bibliográficas, de Laboratório e de Campo.

A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que Trata-se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo.

Por tudo isso, deve ser uma rotina tanto na vida profissional de

professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a

pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final ou monografia.

A Pesquisa de Laboratório ocorre em situações controladas, valendo-se de instrumental específico e preciso. Tais pesquisas, quer valendo-se realizem em recintos fechados ou ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um ambiente adequado, previamente estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado.

A Pesquisa de Campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

O estudante pesquisador deve compreender que se existem diversos métodos e técnicas para a realização de pesquisas que buscam contribuir para o desenvolvimento das ciências, algumas questões são fundamentais e devem

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ser respondidas para uma maior compreensão do que é ciência e da importância da ciência.

Para responder estes dilemas, a própria comunidade científica / acadêmica estabelece critérios para que uma teoria, estudo ou descoberta tenha valor científico, tais como: coerência, consistência, originalidade e objetividade, aplicabilidade, replicabilidade, além de se submeter, necessariamente, à apreciação crítica da comunidade científica, após sua imprescindível divulgação.

Fontes Confiáveis do Conhecimento Científico

Para uma boa formação universitária e, conseqüentemente, uma boa pesquisa, é necessário que o estudante / pesquisador desenvolva algumas habilidades próprias de cada área do conhecimento. Inicialmente, para que essas habilidades sejam adquiridas, faz-se necessário um embasamento teórico.

Esse embasamento teórico deve ser adquirido em fontes confiáveis de pesquisa, que podem ser localizadas em diversos locais, tais como: bibliotecas especializadas, arquivos públicos, sites acadêmicos / científicos dedicados a divulgação de pesquisas, sites governamentais, entre outros.

A identificação das fontes confiáveis de pesquisa (livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, revistas acadêmicas / científicas, bases de dados etc.) pode ser iniciada da seguinte forma:

(...) pela consulta de obras que propiciam informações gerais sobre o assunto: enciclopédias, manuais, dicionários especializados etc. Essas obras indicarão outras, que abordam o assunto de maneira mais específica e abrangente. Se houver necessidade de atualizar informações, as obras de publicação mais recente, os artigos de revistas e outras

publicações especializadas deverão ser consultados.

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Para a elaboração de trabalhos (pesquisas) acadêmicos, podemos recorrer também, a diversas instituições públicas e privadas que armazenam e disponibilizam para consulta bases de dados do acervo de documentos e da produção intelectual. Mas cuidado! Como vimos anteriormente, existem sites que não são científicos / acadêmicos e portanto, não são confiáveis para o recolhimento de informações.

Outro ponto a se destacar é a importância da realização da análise crítica dos materiais selecionados pelo estudante / pesquisador. É fundamental após o recolhimento das fontes, a realização da leitura e crítica dos materiais (levantamento dos aspectos positivos e negativos).

Infelizmente, existem pessoas que vendem pesquisas prontas, trabalhos de conclusão em diferentes níveis (graduação e pós-graduação). Estes trabalhos, além de não contar com uma pesquisa confiável, servem para levar os estudantes pesquisadores a completa alienação e submissão, pois na medida em que não requer empenho e reflexão crítica, contribuem para a subserviência e fácil manipulação.

Elaboração de Projeto de Pesquisa

Como vimos anteriormente, toda pesquisa, deve passar por uma fase preparatória de planejamento. Esta fase é concretizada mediante a elaboração de um projeto, que é documento explicitador das ações a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa (GIL, 1995, p.22).

A finalidade do projeto é indicar as intenções do autor, deixando claros o título (ainda que provisório), a delimitação inicial do objeto da pesquisa, a justificativa, os objetivos, o caminho a ser percorrido, as estratégicas e os instrumentos a serem utilizados e as etapas a serem vencidas.

É importante lembrar, que o projeto inicial pode sofrer alterações na medida em que o pesquisador desenvolve e aprofunda suas idéias ou faz a descoberta de novos dados.

Embora possam aparecer em outra ordem e mesmo ser ampliados ou reduzidos, de acordo com a natureza do estudo, os elementos que compõem

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• Título e subtítulo (devem ser inseridos na capa e na folha de rosto do projeto): O título deve sintetizar o conteúdo da pesquisa. Pode ser acompanhado ou não de subtítulo. Neste último caso, enquanto o título tem caráter mais geral, o subtítulo delimita com mais precisão o alcance dos objetivos da pesquisa;

• Delimitação do tema: O pesquisador pode escolher seu tema movido pelo interesse em aprofundar o estudo em uma determinada questão. Pode, igualmente, ser motivado por interesses profissionais, por leituras que tenha feito etc. Entretanto, um dos fatores que mais pesam na delimitação de temas de pesquisa, é o caráter atual e instigante de determinado problema;

• Introdução: O pesquisador deve apresentar o tema (assunto / objeto) da pesquisa e contextualizá-lo no tempo e no espaço;

• Justificativa: Neste item, o pesquisador expõe os motivos mais significativos que o levaram a abordar o tema escolhido. Contudo, o principal critério mediante o qual se justifica a escolha de um tema, é o de sua relevância tanto social quanto científica;

• Objetivos: Os objetivos devem estar claramente definidos, coerentes com o tema proposto, esclarecer o que se pretende com o projeto a partir das hipóteses ou das questões de pesquisa a serem investigadas. • Problematização: Neste item, o pesquisador deve inserir suas questões e hipóteses de pesquisa que deverão ser respondidas durante o trabalho de pesquisa, levantamento e análise de fontes (materiais);

• Metodologia: Aqui se esclarece a respeito do tipo de pesquisa que será desenvolvida: bibliográfica, de campo, de laboratório ou, se for o caso, um estudo que combinará diferentes formas de investigação. Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e instrumentos de pesquisa que serão empregados na coleta de dados como, por exemplo: levantamento das fontes documentais e bibliográficas, observação, entrevistas, questionários, testes, história de vida, análise de conteúdo etc.;

• Cronograma: Refere-se à distribuição dos vários momentos ou etapas do desenvolvimento da pesquisa, dentro de um determinado tempo;

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• Custos: Caso o projeto envolva custos financeiros, deve-se fazer um levantamento dos materiais a serem utilizados e o seu preço, a fim de que se estabeleça o valor total do projeto, principalmente quando se tratar de pesquisas financiadas;

• Referências Bibliográficas: Neste item devem ser listadas de acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os livros, artigos, sites, entre outros materiais que foram utilizados para elaboração do projeto de pesquisa.

Quanto à apresentação formal de um projeto, sugere-se a seguinte estrutura:

Capa:

• Contendo os dados de identificação do (s) autor (es); título e subtítulo do projeto; universidade ou faculdade onde vai ser apresentado; local da instituição e data.

Folha de rosto:

• Contendo os dados de identificação do (s) autor (es); orientador do projeto; título e subtítulo do projeto; universidade ou faculdade onde vai ser apresentado; local da instituição e data.

Sumário:

• Relação dos itens com as respectivas páginas.

Introdução:

• Nela apresentam-se, de forma dissertativa, o tema, sua delimitação e origem. É importante contextualizar o tema (assunto da pesquisa) no tempo, no espaço e o diálogo com a bibliografia (pressupostos teóricos).

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• Texto dissertativo apontando o porquê de sua escolha, sua relevância, as questões da pesquisa a serem investigadas e o diálogo com a bibliografia (pressupostos teóricos).

Objetivos:

• Texto dissertativo apresentando de forma clara a definição dos objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa.

Metodologia / procedimentos:

• Anunciam-se também de forma dissertativa, o tipo de pesquisa, os métodos, as técnicas e instrumentos a serem empregados.

Cronograma:

• Previsão do tempo para a realização das diferentes etapas do trabalho.

Custos:

• Previsão do orçamento para o desenvolvimento da pesquisa.

Referências:

• Relação, em ordem alfabética, das fontes utilizadas no planejamento e na elaboração do projeto.

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Referências

ANDRADE, M. M. Introdução á metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2003.

BARBOSA, Derly. Metodologia de estudos e elaboração de monografia. São Paulo: Expressão & Arte, 2006.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.. Metodologia científica. São Paulo: Graw-Hill do Brasil, 1983.

DIONE, J.; LAVILLE, C. A construção do saber. Porto Alegre: UFMG, 2004. GIL, A . C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1989.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2003.

MOREIRA, Daniel A. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Referências

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