Teoria da Administração
Graduação em Administração
Prof. Bruno Felix von Borell de Araujo bfelix@fucape.br
A Escola Cl
ássica de Administração e o Movimento da
Administração Cien7fica
“Os sonhadores
organizacionais imaginam
sistemas funcionalmente
tão perfeitos que o ser
humano não precisa mais
ser (moralmente) bom”
T. S. Eliot
Escola de Administração Clássica
-‐ Foco interno e estrutural
-‐ Organizações que possuem estruturas adequadas
funcionam bem e oFmizam a produção. Os demais
problemas, como comportamento e compeFFvidade,
se resolvem por consequência.
Escola de Administração Clássica
-‐ Pressuposto: racionalidade absoluta
-‐ O aperfeiçoamento dos sistemas garanFria, por si
só, os resultados desejados.
Origens
Descartes (séc XVII): A razão, e não os
costumes e tradições, devem ser os critérios para a resolução de problemas.
Séc XVIII: Apogeu do racionalismo, com
sua aplicação não apenas nas ciências naturais, mas também nas sociais.
Séc XVIII: Racionalização do trabalho.
Alguém só será um bom administrador se seus passos forem planejados, organizados
e coordenados de maneira racional.
Frederick Winslow Taylor
Engenheiro, mestre de fábrica, foi de técnico a mecânico-‐chefe e sempre se
preocupou em aumentar a eficiência do trabalho.
Em 1906, foi eleito presidente da Associação Americana de Engenheiros
e em 1911 publicou seu livro mais conhecido: “Princípios da
Administração CienYfica”.
TA I
Henri Fayol
Em 1916, publicou o livro
“Administração Geral e Industrial”. Embora fosse engenheiro, atuava mais
como administrador de cúpula.
TA I
F. W. Taylor
TA I
As grandes figuras da Escola Clássica
F. W. Taylor
TA I
As grandes figuras da Escola Clássica
H. Fayol
-‐ Experiência -‐ Indução
-‐ Métodos e sistemas de
racionalização de trabalho nas linhas de produção
-‐ Estabelecer princípios da boa administração.
-‐ Análise Lógico-‐DeduFva -‐ Definição de tarefas dos gerentes e execuFvos.
Frank e Lilian Gilbreth
Escreveram livros para os
trabalhadores, como “The WriFngs of the Gilbreths. Spriegel e Myers”.
Foco em “tempos e movimentos”, mas sua parFcularidade na
aplicação da psicologia na administração.
TA I
Henry GanU
Também aplicou conhecimentos da psicologia na administração.
Reconheceu a eficiência de incenFvos não monetários,
ressaltando a importância do moral do trabalhador..
TA I
Homo Economicus
Ser humano é simples e previsível, seu comportamento é
razoavelmente constante. O homem é racional, conhece todos os cursos de ação disponíveis, bem como as consequências da opção
por qualquer deles.
Diante desse homem, incenFvo financeiro, constante vigilância e treinamento adequados, eram considerados suficientes para
garanFr a boa produFvidade.
TA I
Homo Economicus
Uma vez que o homem é previsível, o comportamento não era visto como um problema em si. O comportamento inadequado é
consequência de defeitos na estrutura da organização ou por problemas na sua implementação.
TA I
Bases Econômicas e Filosóficas do Homo Economicus
A anFga éFca paternalista clássica condenava a avareza e o desejo de acumular riquezas, negando as bases do capitalismo industrial.
Hobbes: as moFvações humanas originavam-‐se do desejo que
tudo o que promovesse o “impulso vital” do organismo humano. Essa análise, apresenta o homem como egoísta e jusFfica a figura
do Estado autoritário, que protege as pessoas egoístas umas das outras.
TA I
Bases Econômicas e Filosóficas do Homo Economicus Adam Smith: Justamente o interesse egoísta faz com que os
agentes econômicos – produtores, consumidores e trabalhadores – procurem as alternaFvas mais racionais de ganhos em um
mercado compeFFvo.
O mercado age como uma “mão invisível”, provendo forças complementares que promovem o bem estar comum.
TA I
Jeremy Bentham
Propôs uma visão hedonista do ser humano: o indivíduo busca apenas o prazer e possui aversão
ao trabalho. Se não alcançar nenhum dos dois, o homem torna-‐
se inerte e indolente.
TA I
John Locke
O direito à propriedade individual seria decorrente do direito inato e
sagrado que o homem tem de possuir os frutos do uso de suas mãos e do seu corpo por meio do
seu trabalho. O trabalho seria, assim, a origem do direito à
propriedade. Uma sociedade liberal estaria de acordo com essas ideias.
TA I
MarZn Lutero
A éFca protestante do trabalho influenciou o capitalismo. A cada
homem, cabe o julgamento da validade de suas ações perante Deus.
Assim, os indivíduos devem buscar um trabalho disciplinado como forma
de glorificação religiosa.
TA I
Homo Economicus
-‐ Ser humano é previsível e controlável, egoísta e uFlitarista em seus propósitos.
-‐ Ser humano oFmiza suas ações após avaliar alternaFvas possíveis. -‐ Racionalidade absoluta
-‐ MoFvação financeira
A Produção
A função primordial do administrador é determinar a única maneira certa de executar o trabalho.
A forma de descobri-‐la é analisar o trabalho em suas diferentes fases e estudar os movimentos necessários à sua execução de
modo a simplificá-‐los e reduzi-‐los ao mínimo.
TA I
A Produção
Para Taylor, há um homem ideal para cada função, o chamado “homem de primeira classe”, que deve servir de base para o
estudo de tempos e movimentos.
Estas leis simplistas não levam em conta as diferenças individuais, reduzem a fadiga a um problema exclusivamente fisiológico, quando se sabe que se trata de um problema psicofisiológico.
TA I
Administração Cien7fica
-‐ Busca a “melhor maneira” por meio de “métodos cienYficos” -‐ Estudo dos tempos e movimentos.
-‐ Estabelecimento de padrões de produção.
-‐ Administradores e engenheiros estabelecem padrões. Operários apenas obedecem.
Funções do Administrador, segundo Fayol -‐ Planejar -‐ Organizar -‐ Comandar -‐ Controlar TA I
Funções do Administrador, segundo Taylor
-‐ Determinar a única maneira certa de se realizar um trabalho.
O IncenZvo Monetário Seleção: Encontrar o “homem de primeira classe”.
Treinamento: Simples, direcionado a um trabalho padronizado.
Controle: O supervisor deveria seguir detalhadamente o trabalho dos
subordinados em todas as suas fases, pois se admiFa haver uma única forma de realizá-‐lo.
MoZvação: A própria ideia de dispensa poderia ser suficiente para
moFvar, embora de forma negaFva, a produFvidade do empregado, mas já no início do século XX tornava-‐se necessário um sistema de incenFvos posiFvos.
TA I
Ideias Centrais sobre a Organização
-‐ Quanto mais dividido for o trabalho, mais eficiente será a empresa.
-‐ Quanto mais o agrupamento de tarefas em departamentos obedecer ao critério da semelhança de objeFvos, mais eficiente será a empresa.
-‐ Um pequeno número de subordinados para cada chefe e um alto grau de centralização tenderão a tornar as empresas mais eficientes.
-‐ O objeFvo da ação é de organizar mais as tarefas do que os homens. Dessa forma, ao organizar, o administrador não deverá levar em consideração os problemas de ordem pessoal daqueles que vão ocupar a função. Deverá criar uma estrutura ideal.
TA I
A Organização, segundo Fayol
-‐ Divisão do trabalho. -‐ Centralização das decisões. -‐ Poucos subordinados por gerente.
-‐ Impessoalidade nas decisões.
-‐ Busca de estruturas e sistemas perfeitos.
A Escola de Relações Humanas criFcou a ideia simplista do Homo
Economicus. As ideias de Fayol e Taylor não poderiam ser consideradas
como uma ciência com um grau de exaFdão das ciências naturais.
TA I
Fordismo
Henry Ford aperfeiçoou o sistema de linhas de montagem e popularizou os automóveis na década de 1910. Ele criou
plataformas volantes (vagões) que transportavam as peças, reduzindo a movimentação e o esforço dos operários.
Vídeos:
hnp://www.youtube.com/watch?v=Iejyyn3ikAQ hnp://www.youtube.com/watch?v=uDPTKau2os4
TA I
Fordismo
Foco no produto, e não no mercado. Favoreciam-‐se as economias de escala, e não a de escopo.
Nos anos 70, consequentemente, o modelo fordista perdeu espaço para o modelo de produçao japonês, o modelo Toyota.
TA I
TA I Maiores salários e lucros Aumento da produFvidade Supervisão Cerrada Padrão de Produção IncenFvo Monetário Lei da Fadiga Homem de 1º Classe Maneira Certa Maior eficácia Estudos de Tempo e Movimentos Organização Formal ObjeFvo Principal da Organização: Tarefas Divisão de Trabalho Especialização Amplitude de Controle Unidade de comando F. W. Taylor H. Fayol
-‐ A divisão do trabalho protegeu de forma paternalista os trabalhadores, que no início da Primeira Revolução Industrial trabalhavam cerca de 16 horas diárias e eram responsabilizados em casos de acidentes ou erros. -‐ Os operários deixaram de ser controlados de forma arbitrária por
mestres-‐artesãos. A padronização de diplomas e normas de trabalho conferiram aos empregados maior rigor e jusFça nos critérios que regulavam sua aFvidade profissional.
TA I
-‐ Estudo Hoxie: A Comissão Americana de Estudos Industriais da Câmara dos Deputados Norte-‐Americana realizou um estudo para avaliar os métodos tayloristas. Por meio de entrevistas com
trabalhadores, idenFficou-‐se que a classe trabalhadora havia perdido a “voz” e o direito de opinar, se tornado uma engrenagem mecânica no processo produFvo e que seu bem-‐estar havia sido reduzido.
TA I
-‐ Simon: Para cada princípio da administração, existe outro que lhe é contraditório.
TA I
CríZcas de outros autores
-‐ Especialização -‐ Unidade de Comando
-‐ Amplitude de controle -‐ Poucos níveis hierárquicos
E se a unidade de comando precisar tomar uma decisão que envolva duas áreas de especialização?
-‐ A visão quanto a incenFvos se restringia a aspectos financeiros, ignorando fatores como presYgio, poder, aprovação do grupo e senFmento de auto-‐realização.
-‐ Estruturalistas: O Taylorismo restringe a aprendizagem no trabalho, uma vez que o empregado apenas obedece.
-‐ Meyer e Bowan: a obediência restrita é ficYcia. O discurso nem sempre se reflete nas ações.
TA I
Concepção da Organização
TA I
Resumo – Movimento de Administração Cien7fica
Relações Administração/ Empregados Concepção da Natureza Humana Resultados Sistemas de IncenZvos Organização